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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
TRABALHO EM EQUIPE NAS EMPRESAS INSERIDAS NA
CULTURA BRASIELIRA
Por: Ana Claudia Lacerda Caiafa Soares
Orientador
Profº. José Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2009
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
TRABALHO EM EQUIPE NAS EMPRESAS INSERIDAS NA
CULTURA BRASIELIRA.
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como condição prévia para a conclusão do
Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em logística
Empresarial.
Por: Ana Claudia Lacerda Caiafa Soares
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a ajuda de meus amigos, pais,
professores e colegas de trabalho.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia a professora Flavia
Saraiva de Rose Souza, que com sua
paciência, boa vontade, comprometimento
me ajudou muito para que este trabalho
fosse concluído.
5
RESUMO
Esta monografia tem como objetivo demonstrar a importância do trabalho em
equipe, reconhecendo seu potencial e dificuldades, assim como identificar
alternativas de auto desenvolvimento e desenvolvimento em equipe e poderá
auxiliar na difícil tarefa de se trabalhar em equipe. Podemos classificar essas
equipes quanto aos fins e quanto aos meios e assim tentar entender a importância
do trabalho em equipe dentro das Organizações, com isso podemos concluir a
importância do trabalho em equipe dentro das organizações, analisando todos os
conceitos e definições relativas ao mesmo. Acentuaram-se as diferenças entre
grupos e equipe, os objetivos do trabalho em equipe, os tipos de equipe e seus
estágios de desempenho, permitindo um melhor esclarecimento sobre estas
definições.
6
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste estudo forma seguidos os seguintes
passos metodológicos, pesquisas bibliográficas como leitura de livros, revistas,
jornais, revistas e um estudo de caso (Companhia Aérea).
Para classificação da pesquisa, toma-se como base a taxionomia por
Vergara (1990), que a qualifica em relação a dois aspectos: quanto aos fins e
quantos aos meios.
a. Quanto aos fins
Segundo Vergara (2000, p.45), considerando o problema levantado neste projeto,
o estudo será conduzido como pesquisa descritiva, já que busca-se expor
características, propriedades e relações existentes no trabalho em equipe e
explica, pois pretende-se “esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma,
para a ocorrência de determinado fenômeno”.
b. Quanto aos meios
Ainda segundo Vergara (2000, p.46), e levando-se em consideração os meios
necessários para a solução do problema levantado, a pesquisa será do tipo
bibliográfica e telematizada. Bibliográfica, porque se recorrerá ao uso de material
acessível ao público em geral como livros, artigos, revistas, jornais e redes
eletrônicas já publicadas. Telematizada, pois busca informações em meios que
combinam o uso do computador.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I -
Compreendendo o Trabalho em Equipe 11
CAPÍTULO II -
Aprendendo a trabalhar em equipe 22
CAPÍTULO III –
Estilos de Membros de Equipes 30
CAPITULO IV – A Construção de uma Equipe de Sucesso 37 CAPITULO V – Comunicação no Trabalho de equipe 42 CAPITULO VI – Liderança nas Equipes 46 CAPITULO VII _ Estudo de Caso 54 CONCLUSÃO 63
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 65
ÍNDICE 70
FOLHA DE AVALIAÇÃO 73
8
INTRODUÇÃO
Quando iniciamos nossa carreira profissional, colocamos em prática tudo aquilo
que aprendemos em nossa vida escolar. No início, nos sentimos um pouco
inseguros e inexperientes, mas com o tempo o trabalho torna-se uma rotina e,
finalmente, vemos que somos capazes de superar nossos medos e executar
trabalhos de alto nível. Porém, há algo que, na maioria das vezes, as pessoas
mais demoram a se adaptar, a trabalhar em equipe. Por mais que muitas vezes
optemos por trabalhar sozinhos, dentro das organizações muitas vezes nos
deparamos com situações onde a escolha não é mais uma questão de opção. Por
isso, temos que estar preparados para saber lidar e superar todos os possíveis
“problemas” que poderemos encontrar quando trabalhamos em conjunto, em
busca de sempre desenvolvermos bons trabalhos.
Para trabalhar em equipe é necessário desenvolver principalmente a
competência interpessoal, pois durante muito tempo as pessoas foram educadas
para o individualismo e a competição, e para trabalhar em conjunto deve-se
cooperar compartilhar idéias e informações, compreender que outras pessoas
podem ter melhores idéias que você, se comprometer com o outro em busca de
um objetivo comum, respeitar as individualidades e fortalecer relações com os
colegas, que muitas vezes não compactuam com suas crenças e valores.
Por essa razão, saber trabalhar em equipe é uma das qualidades que as
empresas mais exigem dos profissionais hoje em dia. Atualmente os
departamentos não trabalham mais de forma isolada como há alguns anos. Um
grupo unido transmite muitas características que até então passavam
desapercebidas no individual, como a criatividade, a participação, visão de futuro,
questionamento de posições e colocações e senso crítico. Além disso, atividades
desenvolvidas em conjunto trazem mais ousadia ao grupo, pois somos capazes de
enfrentar riscos, que na maioria das vezes, não enfrentaríamos sozinhos, o que
9
aumenta o desempenho na hora de realizar atividades, transmitindo
autoconfiança, habilidade e união, características primordiais para o sucesso
pessoal.
A formação de uma boa equipe que conquiste excelentes resultados tem sido
uma busca cada vez mais freqüente nas organizações. Finalmente chegamos à
consciência de que juntos fazemos melhor, quando somamos recursos e
despertamos o espírito cooperativo. Este é o paradigma da nova era: transformar
talentos individuais em competência coletiva. Diante dessa realidade, uma
conclusão é inevitável: a de que o indivíduo que não sabe ou não gosta de
trabalhar em equipe está com seu futuro profissional comprometido.
Este trabalho tem o objetivo primário de demonstrar a importância do trabalho
em equipe nas organizações de grande porte, reconhecendo seu potencial e
dificuldades, assim como identificar alternativas de autodesenvolvimento e de
desenvolvimento de equipe.
A investigação se limitará a uma visão teórica e prática a respeito do tema,
apoiando-se em estudos e obras publicadas recentemente. Será feita uma
pesquisa bibliográfica e telematizada, buscando conhecimento aplicável a
empresas de grande porte inseridas na cultura brasileira. Visando detalhar os
elementos que influenciam o trabalho em equipe, apresentarei um estudo de caso
sobre um dos departamentos da companhia aérea: o Centro de Gerenciamento de
Crise (CMC), local planejado e estabelecido para se conduzir as ações de
gerenciamento de uma situação de crise, ou seja, um evento ou conjunto de
circunstâncias que possam significativamente afetar a habilidade da empresa em
conduzir suas operações normalmente.
No Capítulo I – compreende-se o trabalho em equipe, a diferença entre grupo e
equipe, os objetivos do trabalho em equipe, os tipos de equipes e os estágios de
desempenho de uma equipe.
No Capítulo II - Aprende-se a trabalhar em equipe, quais as vantagens de se
10
trabalhar em equipe, como lidar com os problemas de uma equipe.
No Capítulo III- Aprende-se quais são os estilos de membros de uma equipe,
qual a relação entre os tipos de personalidade no trabalho em equipe.
No Capítulo IV – Descobre-se como se constrói uma equipe de sucesso, como
são formadas as equipes.
No Capítulo V – Apresenta-se a comunicação no trabalho em equipe, como se
apresenta uma comunicação eficaz.
No Capítulo VI – Aborda-se a liderança nas equipes, define-se a distinção entre
chefe e líder descobre-se como motivar uma equipe.
No Capítulo VII - Apresenta-se e discute-se o estudo CE caso da Companhia
Aérea.
11
CÁPÍTULO I
1- COMPREENDENDO O TRABALHO EM EQUIPE
O simples fato de diversas pessoas estarem fazendo alguma coisa juntas
não caracteriza, necessariamente, uma equipe. Enfatiza-se aqui a necessidade da
existência de objetivo comum e do estabelecimento de um clima de interação
entre os membros, visando-se ao aproveitamento máximo do potencial de cada
um em benefício do todo.
Segundo a psicóloga Maria Inês Felippe1 o trabalho em equipe:
... é um trabalho de grupo com alto desempenho, onde seu potencial geralmente
é grande e precisa ser bem administrado, pois necessita obter uma participação
mais objetiva, alcançando altos estágios de desempenho ou seja, ultrapassando
os modos tradicionais. Trabalhar em equipe é uma questão de maturidade, pois
significa escutar pessoas, abrir mão de opiniões, concordar que as opiniões de
outros membros podem ser melhores que as minhas etc. Dessa forma, é
importante que estejamos seguros das nossas habilidades para conseguirmos
controlar nossas emoções, aproveitando ao máximo da equipe, reconhecendo
falhas e desenvolvendo habilidades (FELIPPE, 1998).
O sucesso da equipe depende mais da garra e sinergia dos
integrantes do que de suas habilidades individuais, pois trata-se de uma atividade
de doação e compromisso com o outro, na busca de atingir objetivos comuns.
Para o indivíduo, fazer parte de uma equipe bem estruturada, significa uma
oportunidade de perceber o trabalho como uma nova forma de relacionamento e 1 Maria Inês Felippe - Consultora de Recursos Humanos, Psicóloga, Mestre em Criatividade, Professora Universitária de Recursos Humanos.
12
de estimulação do potencial criativo. Para a empresa, montar equipes bem
estruturadas pode significar a redução de desperdícios, sucesso nos programas
de qualidade, eficiência nos processos internos, idéias inovadoras, melhoria da
qualidade do ambiente e conseqüentemente dos resultados (CONFORTO, 2000).
Chiavenato (1996) afirma ser inegável o benefício de equipes de trabalho para
as empresas, por representarem, hoje, um dos aspectos mais importantes na
melhoria da produtividade e da qualidade de vida das pessoas e conclui que um
grande número de empresas está migrando rápida e definitivamente nessa
direção:
... passar a selecionar grupos - não mais indivíduos - treinar grupos, remunerar grupos,
liderar grupos, motivar grupos e uma enorme extensão de atividades organizacionais
no sentido de utilizar não mais as pessoas de maneira confinada e isolada, mas grupos
de trabalho atuando coesa e conjuntamente (CHIAVENATO, 1996, p.23).
Conforme Moscovici (1995), as pessoas, quando em equipe, estão
constantemente investindo em seu crescimento, vendo nas habilidades
complementares a possibilidade de alcançar melhores resultados, tendo em alta o
respeito, a mente aberta e a cooperação.
13
1.1 GRUPO X EQUIPE
Na visão de Basso2 (2004) pode-se entender que grupo é um conjunto de
pessoas com um mesmo objetivo, que, em geral, se reúnem por afinidades. O
respeito, o apreço e os benefícios psicológicos que os membros encontram,
geram resultados de aceitáveis a bons. No entanto, este grupo não é uma equipe.
Entende-se que equipe é um conjunto de indivíduos com propósitos
comuns agindo no cumprimento de metas específicas. A formação da equipe deve
considerar as competências individuais indispensáveis para o desenvolvimento
das atividades e alcance das metas. O respeito às regras da equipe, a interação
e, principalmente, o reconhecimento da interdependência entre seus membros no
alcance das metas, deve beneficiar ainda os resultados das outras equipes e da
organização como um todo. É isso que torna o trabalho desse grupo um
verdadeiro trabalho em equipe (BASSO, 2004).
Katzenbach e Smith (1993) expõem no quadro a seguir algumas diferenças
entre grupo de trabalho e equipe:
1- Grupo de Trabalho – (Extraído: Katzenbach / Smith, Munck, 1999, p.39).
GRUPO DE TRABALHO EQUIPE
• Há um líder explícito;
• A responsabilidade é do líder;
• Papéis de liderança compartilhados;
• Comprometimento mútuo;
2 Carlos Basso é Consultor Organizacional e Sócio-Diretor da CR Basso Consultoria. Administrador de Empresas, com especialização em Finanças - Internacionais e Corporativas pela FGV-SP e New York University-NY e MBA em Marketing pelo IBMEC-SP.
14
• A responsabilidade é de apenas
alguns dos membros do grupo;
• Há grupos de especialistas;
• As reuniões são ‘‘racionais” e chegam
logo a conclusões;
• Mensura-se sua efetividade
indiretamente em outros grupos;
• As decisões ocorrem pelo voto da
maioria;
• A decisão final é do líder;
• Os objetivos são “clarificados” ou
sugeridos pelo líder.
• Responsabilidades compartilhadas;
• Multiplicidade de funções (Produção,
Marketing, Recursos Humanos e
Finanças);
• Encorajamento da aparição de
divergências de opiniões e conflitos
construtivos;
• Mensuração de seus resultados pelo
desempenho de cada indivíduo do
grupo;
• Decisões por consenso;
• Decisão final do grupo;
• Objetivos aceitos e incorporados por
todos os membros do grupo.
Um grupo se transforma numa equipe quando: trocam e compartilham idéias a
fim de melhorar sua atuação e os processos de trabalho do grupo; respeitam as
individualidades e sabem ouvir; comunicam-se intensivamente; produzem
respostas claras e coerentes em benefício dos propósitos estabelecidos; criam
respeito, confiança mútua, e afetividade nas relações; contribuem para o
estabelecimento de metas comuns e desenvolvem a cooperação e a integração
entre os membros (CONFORTO, 2000).
Transformar grupos em equipes é um grande desafio. Formar equipes de
indivíduos que possam sentar juntos, analisar problemas (técnicos e humanos),
encontrar soluções e executá-las com um desempenho satisfatório tornou-se a
grande questão, e isto justifica o desenvolvimento desse modelo de trabalho.
15
1.2 OBJETIVOS DO TRABALHO EM EQUIPE
As organizações que se baseiam no trabalho em equipe buscam evitar
condições opressivas de trabalho e as substituem por processos e políticas que
estimulam as pessoas a trabalharem efetivamente para atingirem objetivos
comuns. Conforme Moscovici (1996), para desenvolver uma equipe é necessário
ajudá-la a aprender e a estabelecer um processo constante de auto-avaliação e
avaliação das condições que interferem no seu funcionamento efetivo, além de
desenvolver habilidades para lidar eficazmente com esses problemas.
É necessário que uma equipe possua objetivos, para que consiga se
manter e se desenvolver. Os objetivos são de suma importância para o trabalho
em equipe, pois guiam as ações dos participantes do grupo, que coordenam e
planejam seus esforços. Servem ainda para delimitar critérios para resolver
conflitos interpessoais e para a melhoria do trabalho, que passa a ser
constantemente avaliado, analisado e revisado.
Para existir uma equipe parte-se do pressuposto de uma nova dimensão de
compromisso de cada integrante, o compromisso com objetivos coletivos. A
equipe não nega, nem anula os objetivos pessoais, mas os objetivos comuns se
sobrepõem. Se todos os membros de uma equipe conseguirem atingir plenamente
seus objetivos pessoais, mas não conseguiram atingir os objetivos coletivos, essa
equipe não foi bem sucedida enquanto equipe.
Segundo Katzenbach e Smith (1993), uma equipe é marcada pela interferência
e pela priorização dos objetivos coletivos sobre os objetivos individuais. Os
objetivos coletivos são diretamente influenciados pela inter-relação entre as
atividades específicas, de tal forma que um desempenho individual problemático
interfere negativamente no resultado do trabalho final de toda a equipe.
16
Chang (1999, p.17) define que as equipes precisam de uma finalidade e de
metas claramente estabelecidas:
Não basta entender o que deve ser feito em um determinado momento, mas sim
compreender o enfoque geral da equipe. As metas e os objetivos comuns levam ao
compromisso. Os líderes de uma equipe de sucesso devem certificar-se de que todos
os membros estão envolvidos na definição dos objetivos da equipe.
1.2.1 Foco no cliente
Empresas existem para identificar e satisfazer as necessidades do cliente.
Toda companhia precisa buscar e desenvolver sua própria vantagem competitiva
sustentável - algo que lhes proporciona a capacidade de trabalhar melhor que
qualquer outra companhia ao identificar e satisfazer estas necessidades. As
companhias que desenvolvem competências e habilidades múltiplas distintas são
aquelas que irão desfrutar de uma quantidade maior de vantagens competitivas
sustentáveis (KUSCH, 2004).
Segundo Kusch (2004), nenhuma empresa pode sobreviver sem clientes.
Os clientes são o sangue e a vida de qualquer companhia. Relações com os
clientes podem levar anos para serem desenvolvidas, mas podem ser perdidas em
um instante se suas necessidades passarem a não ser atendidas.
Toda a equipe precisa estar engajada em satisfazer os clientes para que o
negócio seja verdadeiramente bem sucedido. Recomenda-se a criação de uma
equipe orientada com performance no atendimento e a satisfação do cliente, para
que possa transpor do desempenho esperado para algo mais surpreendente,
desenvolvendo idéias para melhor atender as expectativas do cliente, visando a
sua fidelização e a melhoria dos resultados da organização.
17
O desafio da eficiência da organização encontra-se na execução e a chave
da execução está no teamwork3 dentro da organização - e a chave do teamwork
dentro da organização está na liderança excelente. Os líderes no ambiente
altamente competitivo de hoje devem ser pessoas que tem o poder de fazer as
coisas acontecerem. No coração, ou no centro de onde as coisas acontecem
existem três principais áreas de foco: pessoas, estratégia e operações (KUSCH,
2004).
A qualidade adquire novo significado quando é medida em termos de
necessidades, desejos e capacidades de clientes e de processos controlados e
melhorados. É por isso que um slogan popular do movimento por qualidade é: “a
qualidade começa com o cliente”. Uma única pessoa usando práticas de melhoria
da qualidade pode fazer uma grande diferença em uma organização. Mas
raramente uma única pessoa possui conhecimento ou experiência suficientes para
compreender tudo o que está envolvido num processo. Portanto, importantes
aumentos de produtividade e qualidade resultam, geralmente, de equipes
adequadamente treinadas (SCHOLTES, 1992).
Os membros de uma equipe de qualidade reconhecem tanto os clientes
externos – aqueles que compram ou usam os produtos ou serviços – quanto os
internos – empregados da mesma firma, cujo trabalho depende do trabalho dos
que o precedem (SCHOLTES, 1992).
Ainda segundo Scholtes (1992), o objetivo da equipe deve ser exceder as
expectativas do cliente, não apenas satisfazê-las. Os clientes devem comentar
sobre as grandes vantagens que a equipe lhes oferece. Para alcançar este
objetivo, a equipe deve coletar informações confiáveis sobre o que eles precisam
e querem de seus produtos ou serviços. Ao fazer isso, a equipe descobrirá se
seus processos estão bem dirigidos.
3 Termo em inglês que significa “trabalho em equipe”.
18
1.3 TIPOS DE EQUIPE
As equipes, segundo Parker (1995), podem ser divididas em três tipos
específicos, cada qual com as suas características:
1) Equipe funcional - é formada por um chefe e seus subordinados
diretos e tem sido a marca da empresa moderna. Questões como
autoridade, relações, tomada de decisão, liderança e gerenciamento
demarcado são simples e claras.
2) Equipe autogerenciável - é um grupo íntegro de colaboradores
responsáveis por todo um processo ou segmento de trabalho, que
oferece um produto ou serviço a um cliente interno ou externo. Em
diferentes instâncias, os membros da equipe trabalham em conjunto
para melhorar as suas operações, lidar com os problemas do dia-a-
dia e planejar e controlar as suas atividades.
3) Equipe interfuncional - às vezes chamada equipe multidisciplinar, faz
parte da silenciosa revolução que atualmente vem assolando as
organizações. Há possibilidades ilimitadas para este tipo de equipe,
pois é encontrada em vários ramos de atividade, desempenhando
diversas funções igualmente amplas, até então praticadas de forma
isolada. Ainda sob o enfoque do autor as equipes interfuncionais:
ajudam a reduzir o tempo necessário para a execução de tarefas,
especialmente no processo de desenvolvimento de produtos;
enfocam os recursos de que as organizações dispõem para
satisfazer as necessidades dos clientes; aumentam a capacidade
criativa de uma organização; os membros de uma equipe
interfuncional têm mais facilidade de desenvolver novas habilidades
técnicas e profissionais, saber mais a respeito de outras disciplinas e
aprender a trabalhar com pessoas que tenham estilos de trabalho e
19
formações culturais diferentes; e melhoram a capacidade de
solucionar problemas complexos.
1.4 ESTÁGIO DE DESEMPENHO DE EQUIPES
De acordo com Moscovici (1996), a curva de desempenho da equipe
permite classificá-la de acordo com o modo de funcionamento em uma das cinco
posições:
1. Pseudo-equipe: este tipo de grupo pode definir um trabalho a fazer,
mas não se preocupa com o desempenho coletivo, nem tenta
conseguí-lo. As interações dos membros inibem o desempenho
individual, sem produzir nenhum ganho coletivo apreciável.
2. Grupos de trabalho: os membros desse grupo não vêem nenhuma
razão para se transformarem numa equipe. Podem partilhar
informações entre si, porém responsabilidades e objetivos pertencem
a cada indivíduo. Um grupo de trabalho pode ser eficiente e efetivo,
porém não costuma produzir desempenho coletivo ou “de equipe”.
3. Equipe potencial: este grupo quer verdadeiramente produzir um
trabalho conjunto. Contudo, os membros precisam de esclarecimento
e orientação sobre suas finalidades, objetivos e abordagem da
tarefa. Devem, ainda, assumir um compromisso efetivo em relação
ao resultado grupal.
4. Equipe real: de todas as possíveis transições de grupo, a mudança
de equipe potencial para real é a que traz o maior incremento ao
desempenho. Uma equipe real compõe-se de pessoas com
habilidades complementares e comprometidas umas com as outras
através de missão comum, objetivos comuns e abordagem de
20
trabalho bem definida. Além disso, os membros aprenderam a
confiar uns nos outros e assumem plena responsabilidade por seu
desempenho.
5. Equipe de elevado desempenho: equipe com membros altamente
comprometidos com o desenvolvimento pessoal de cada indivíduo e
com o sucesso deles mesmos e dos outros. Esse tipo de equipe
significativamente supera o desempenho de outras equipes e
consegue resultados muito além das expectativas. Na análise de
Manz e Sims (1996), instalando equipes de elevado desempenho,
tem-se:
a) Aumento na produtividade;
b) Aumento do nível de qualidade dos produtos e serviços;
c) Melhora na qualidade de vida profissional dos funcionários;
d) Redução do nível de rotatividade de pessoal e absenteísmo;
e) Redução no nível de conflito;
f) Aumento na inovação;
g) Aumento na flexibilidade; e
h) Obtenção de economia de custos da ordem de 30% a 70%.
É necessário aprender a trabalhar em equipe, sabendo-se que uma equipe
não começa a funcionar eficientemente no momento em que é criada. À medida
que a empresa torna-se madura, os seus membros aprendem, gradativamente, a
lidar com pressões emocionais e de grupo com as quais se deparam. Conforme
Kopittke (2000) é importante que a equipe tenha um tempo para se alinhar. Num
importante estudo, feito nos anos 70, o psicólogo Tuckman identificou quatro
estágios de desenvolvimento de equipes que visam ao sucesso, conforme relata
Kopittke (2000), sendo eles:
a) Formação: é a fase que ocorre ao ser constituído um novo grupo.
Neste estágio, os membros ainda estão avaliando uns aos outros e
procurando se situar, buscando fazer-se aceitos e respeitados como
21
membros da equipe. Quando uma equipe está se formando, os
membros pesquisam cautelosamente, os limites do comportamento
adequado ao grupo. No que diz respeito às metas da equipe realiza-se
pouco ou nada, pois nesta fase vários fatores desviam à atenção dos
membros.
b) Tormenta: esta fase se apresenta bastante conturbada. É um
momento de difícil negociação das condições sob as quais a equipe vai
trabalhar; nesta fase é comum os membros da equipe ficarem
impacientes ou ansiosos, pois começam a perceber a quantidade de
trabalho que têm à frente e sentem que nada progride. Essas várias
pressões significam que os membros da equipe têm pouca energia
para despenderem na perseguição das metas da equipe. Estão,
porém, começando discutir seus papéis, objetivos e como
desenvolverão o trabalho.
c) Aquiescência: esta é a fase na qual os papéis são aceitos e as
informações fluam livremente; à medida que os membros da equipe
acostumam-se a trabalhar em conjunto, sua resistência inicial vai
desaparecendo. Nesta fase, os membros começam a cooperar mais
que competir, passando a ter mais energia para despenderem no
projeto;
d) Realização: à medida em que os membros da equipe sentem-se mais
à vontade entre si e compreendem melhor sobre qual a missão da
equipe e o que se espera dela, tornam-se uma equipe mais eficaz, com
todos trabalhando em harmonia; nesta fase, a execução do trabalho
atinge níveis excelentes.
22
CÁPÍTULO II
2- APRENDENDO A TRABALHAR EM EQUIPE
Trabalhar em equipe de modo eficaz não é tão simples, é preciso desenvolver
algumas habilidades de caráter social (comunicar, ouvir, apoiar) e de caráter
intelectual (pensar e decidir de modo coletivo).
Na visão de Muchielli (1980, p. 34): “para que o trabalho em equipe seja
eficaz, cada um de seus membros deve estar consciente das motivações
subjacentes dos outros e querer que os outros atinjam seus objetivos tanto
quanto ele”. Todos devem trabalhar em conjunto, de forma que todas as idéias
e decisões sejam definidas em consenso, em vez de predeterminadas.
As características apresentadas abaixo foram propostas por Parker (1994) e,
segundo ele, são elementos que identificam uma equipe quando eficaz:
- Propósito claro: a meta, missão ou objetivo da equipe foi
estabelecido e aceito por todos os membros por meio de um plano de ação;
- Informalidade: o ambiente é favorável e descontraído, os membros
se sentem confortáveis e à vontade. Não há sinais de tensão ou tédio.
- Participação: trata-se de um espaço para discussão, exposição e
troca de idéias e informações, onde há incentivo e participação.
- Comunicação aberta: os membros da equipe sentem-se à vontade
para expressar suas idéias quanto às tarefas e ao funcionamento do grupo.
Todos participam, conflitos são administrados e consenso e compromisso
são alcançados. Há poucas questões que não são abordadas.
23
- Ouvir com atenção: os membros utilizam estratégias para ouvir com
eficácia perguntas, paráfrase e resumos a fim de absorver idéias.
- Divergência civilizada: apesar de haver discordância, a equipe se
sente à vontade e não evita nem reprime o conflito.
- Decisões de consenso: para decisões importantes a meta é
imprescindível, mas não há, necessariamente, unanimidade em todas as
opiniões; evitam-se a votação formal e concessões fáceis.
- Papéis e atribuições bem definidas: as funções e atividades a serem
desempenhadas pelos membros da equipe são bem claras. Ao iniciar um
trabalho, as atribuições de cada componente são claramente definidas,
aceitas e cumpridas. Há uma justa distribuição de trabalho entre os
membros da equipe.
- Liderança compartilhada: embora a equipe tenha um líder formal, as
funções de liderança variam conforme as circunstâncias, necessidades do
grupo e capacidades dos integrantes.
- Relações externas: a equipe procura criar relacionamentos
importantes fora do grupo, dedica-se a ganhar credibilidade junto a
membros importantes em outras áreas da organização.
- Diversidade de estilo: a equipe possui diversos tipos de integrantes,
inclusive membros que priorizam a atenção à tarefa, a definição de metas,
o processo e o funcionamento da equipe.
- Auto-Avaliação: periodicamente, a equipe avalia sua performance e
o que pode estar intervindo em sua eficácia.
24
1.5 VANTAGENS DO TRABALHO EM EQUIPE
Trabalhar em equipe traz resultados vantajosos tanto para seus membros
como para a organização em que trabalham. Entre os teóricos da administração
parece predominar a premissa de que existem vantagens inquestionáveis do
trabalho em equipe em relação ao trabalho individual nas organizações. Critchtley
e Casey (1997, p.397) chegam a afirmar que: “O bom trabalho em equipe é uma
característica de organizações saudáveis e em bom funcionamento”. Para Boyett
& Boyett (1999) as equipes são o alicerce das organizações de alto desempenho
e, por mais que se tente, é impossível chegar ao alto desempenho sem elas.
Munck (1999, p. 43) menciona que o trabalho em equipe traz enormes
vantagens às organizações e às pessoas:
Para as organizações, as equipes podem romper as tradicionais barreiras
interdepartamentais e facilitar o funcionamento da estrutura funcional, lubrificando
as comunicações, melhorando a coordenação e integração e, sobretudo, impondo
um tempo de reação mais rápido. As equipes constituem um poderoso mecanismo
informal de integração dentro das estruturas organizacionais. Para as pessoas, as
equipes trazem mais envolvimento social e emocional, mais participação nas
decisões, maior penetração nos assuntos da empresa, maior compromisso e,
conseqüentemente, maior motivação.
Apresentam-se abaixo os principais benefícios do trabalho em equipe,
segundo Quick (1995):
- Colaboração: as pessoas procuram realizar juntas um bom trabalho e
cooperam entre si porque se identificam com a equipe, desejam que esta
se destaque e seja bem sucedida. A competição individual é reduzida e o
interesse do grupo prevalece, pretendendo ir além da competição entre si.
Todos colaboram e de boa vontade entregam-se ao esforço da equipe;
25
- Comunicação: pessoas que aprenderam a cooperar e a confiar uma
nas outras compartilham livremente seus conhecimentos. Elas
compreendem o quanto é necessário para uma equipe fazer circular
informações livremente para todos os lados, importantes para que os
membros possam trabalhar de modo eficaz.
- Recursos: há também uma aplicação mais eficiente de recursos,
talentos e forças, porque eles são utilizados de boa vontade e
compartilhados com os demais companheiros. Toda vez que falta a algum
membro da equipe certo conhecimento, habilidade ou competência, um
outro está pronto para suprí-lo;
- Decisões e soluções: adotadas simultaneamente, no caso de uma
tomada de decisão, todos os membros criam e analisam um maior número
de alternativas do que uma única pessoa poderia faze-lo. O tempo para
implementação é reduzido porque as pessoas fazem suas escolhas em
conjunto e não seqüencialmente. As decisões são tomadas por consenso,
ou seja, todos aprovam, o que significa que normalmente são melhores do
que até mesmo aquelas à qual a pessoa mais inteligente do grupo de
trabalho poderia estabelecer sozinha;
- Compromisso: quando as pessoas que são responsáveis por
decisões e soluções, as consideram como sua propriedade e,
conseqüentemente, sentem-se compromissadas e responsabilizadas em
guiá-las com sucesso. Os integrantes criam também um forte
compromisso com a própria equipe para que ela não se separe;
- Qualidade: há uma maior preocupação em se obter qualidade e
precisão pois os membros sentem que fazem parte de um esforço
conjunto e querem que sua equipe seja a mais eficiente e eficaz. Além
disso, como os membros trabalham em colaboração, estão assegurando
que cada um obtenha da equipe o que necessita para produzir o melhor
trabalho.
26
1.6 COMO LIDAR COM OS PROBLEMAS DA EQUIPE
Quem já trabalhou em equipe, sabe como é difícil conciliar as diversas visões e
estilos em torno de um objetivo comum. Existem algumas razões pelas quais,
eventualmente, pessoas fazendo algo juntas, nem sempre transformam as coisas
para melhor. Robbins e Finley (1997) definem algumas delas, assim como oferece
sugestões de como eliminá-las:
� Necessidades Mal Combinadas
Existem, no grupo de pessoas que compõem a equipe, pessoas que
trabalham com agendas ocultas, em benefício próprio ou em prol de
propósitos contraditórios.
Solução: é importante conhecer os planos particulares dos integrantes de
uma equipe, para isso, devemos questionar às pessoas o que elas desejam
e o que esperam obter da equipe.
� Metas Confusas, Objetivos Embolados
As pessoas não sabem exatamente o que se espera que façam, o objetivo
da equipe não está claramente definido, ou as metas traçadas não fazem
sentido.
Solução: esclareça a razão pela qual a equipe existe; defina seu propósito
e resultados esperados. Em meio à correria de cumprir prazos cada vez
mais curtos, às vezes algumas metas podem não apontar na mesma
direção.
� Papéis Não Resolvidos
Os integrantes da equipe não sabem ao certo qual é a sua função, o seu
trabalho e qual a tarefa que devem desempenhar.
Solução: cada pessoa deve estar informada do que se espera de seu
desempenho, e qual sua função dentro do grupo.
27
� Tomada de Decisões Ruim
Existem várias ferramentas decisórias diferentes, sendo cada uma mais
apropriada para situações específicas. Equipes podem estar tomando as
decisões certas, mas de forma errada.
Solução: escolher uma abordagem de tomada de decisões apropriada para
cada situação e utilizá-la. Por exemplo, quando se deseja priorizar entre
diversas idéias propostas por um grupo para a solução de um problema, e
não existe um referencial objetivo, mensurável, pode-se utilizar a técnicas
de análise por comparação par a par, onde uma idéia é avaliada tendo as
outras como referencial. Já em situações nas quais existam critérios
mensuráveis, pode-se lançar mão de técnicas de avaliação.
� Conflitos de Personalidades
Pessoas são dotadas de uma série de características que lhes conferem
sua distinta personalidade e, às vezes, isto pode causar sérios conflitos
quando os membros não se entendem.
Solução: tome conhecimento das expectativas dos membros da equipe e
do que desejam uns dos outros, o que preferem, em que são diferentes;
comece a valorizar essas diferenças.
� Liderança Ruim
A liderança pode influenciar de várias maneiras negativamente o
comportamento de uma equipe, sendo, por exemplo, incoerente,
inexpressiva ou inconstante.
Solução: O líder deve aprender a servir a equipe e manter sua visão viva.
Caso isso não seja possível, deve deixar a liderança para outra pessoa.
� Cultura Anti-equipe
Nem todas as empresas estão completamente comprometidas com o ideal
de equipes, principalmente de equipes autogerenciáveis, pois isto implica
28
em diferenciados níveis de liberdade aos integrantes, em especial. Isto faz
com que a cultura da empresa trabalhe contra as equipes.
Solução: neste tipo de empresa, deve-se avaliar as verdadeiras razões
para se criar uma equipe e não cria-lás de qualquer forma. Caso estas
razões não sejam absolutamente relevantes, é preferível não formar
equipes.
� FeedbacK4 e Informações Insuficientes
Uma das coisas mais importantes para monitorar o trabalho da equipe é
avaliar seu desempenho; além disso, para que o desempenho possa ser o
esperado, a equipe necessita dos mais diversos recursos, em especial
informações. Porém, isto pode não estar ocorrendo.
Solução: é necessário criar uma ferramenta que permita a livre circulação
de informações úteis para todos os membros da equipe, para depois avaliar
seu desempenho com base em premissas realistas.
� Sistemas de Recompensa Mal Concebidos
O reconhecimento pelo trabalho desenvolvido é indispensável para
aumentar o nível de motivação dos membros de uma equipe, mas nem
sempre isto é feito da forma correta e justa.
Solução: Projete remunerações que façam as equipes sentirem-se seguras
em fazer seu trabalho. É imprescindível recompensar a equipe como um
todo tanto quanto os comportamentos individuais.
� Falta de Vontade de Mudar
Quando a equipe sabe o que deve ser feito, mas não tem vontade de fazê-
lo, nenhum trabalho há de obter êxito.
Solução: a tarefa aqui é descobrir os impedimentos à mudança, e assim,
lidar com os mesmos, eliminando-os, quando necessário.
4 Feedback - significa, na linguagem dos negócios, retorno ou avaliação informal.
29
� Ferramentas Erradas
A equipe é provida de ferramentas erradas para cumprirem suas tarefas. A
metáfora mais comum é a de uma equipe que é enviada para uma batalha
com uma atiradeira.
Solução: fornecer aos membros da equipe todas as ferramentas
necessárias para, pelo menos, engajar-se apropriadamente em suas
tarefas, ou então, dar-lhes liberdade para o uso da criatividade e
improvisação.
30
CÁPÍTULO III
3- ESTILOS DE MEMBROS DE EQUIPE
As equipes são formadas por pessoas, as quais são diferentes umas das
outras, cada qual com sua visão de mundo e suas atitudes individuais. Como
relatam Hurley e Dobson (1995), até mesmo pessoas extremamente profissionais,
que resolvem diariamente grandes problemas, ficam muitas vezes perplexas com
o comportamento de seus companheiros de trabalho, reforçando a noção de que a
relação entre as pessoas é de difícil compreensão e funcionamento. Diante disso,
expõem-se abaixo, os nove tipos de personalidades segundo Palmer (1993),
denominados Eneagrama5, a fim de que, posteriormente, se faça uma relação
com os resultados das equipes:
Tipo 1 – O perfeccionista
Trabalhador, organizado, disciplinado e responsável, este tipo tem a
tendência de focar sua atenção no erro, ou seja, naquilo que precisa de correção.
É perfeccionista e reprime seus impulsos e desejos para manter uma postura
correta na vida. Com padrões de exigência muito altos, avalia o comportamento
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31
dos outros e principalmente o seu próprio, mas contém a raiva quando se depara
com a imperfeição, podendo experimentar ressentimento.
No trabalho, este tipo possui como pontos fortes a integridade, a
responsabilidade e a busca da excelência, da justiça e da razoabilidade. Por outro
lado, pode tornar-se inflexível, irritar-se com o padrão "inferior" dos outros e
exagerar no perfeccionismo, chegando a fazer críticas destrutivas. Desta forma,
suas tarefas chaves são calar o seu exigente "crítico interno" e desenvolver a
aceitação.
Tipo 2 – O prestativo
Generoso, colaborador e atencioso, este tipo identifica-se facilmente com
os problemas e com os desejos alheios, tendo dificuldade de dizer “não” quando
se trata de ajudar alguém, negligenciando suas próprias necessidades. Procura
ser indispensável para algumas pessoas significativas em sua vida e para isto
transforma-se naquilo que estas pessoas querem que ele seja, numa estratégia de
dar para então receber aprovação e aceitação.
No trabalho, este tipo possui como pontos fortes o apoio aos outros, a
generosidade e sua capacidade de gerar bons sentimentos. Por outro lado, pode
focar excessivamente as necessidades dos outros, evitar conflitos e negar seus
próprios objetivos. Desta forma, suas tarefas chaves são receber e dar apoio
apropriado e tomar decisões com liberdade.
Tipo 3 – O bem-sucedido
Autoconfiante, eficiente, vaidoso e cheio de energia, este tipo tem facilidade
em disfarçar seus sentimentos verdadeiros, quer tornar-se o protótipo daquilo que
esperam dele, focando excessivamente as tarefas e as metas, mas deixando de
lado seus próprios sentimentos. Enquanto foge do fracasso e busca a aprovação
32
dos outros, ele tende a se tornar muito competitivo, ambicioso, impaciente e
"workaholic"6.
No trabalho, este tipo possui como pontos fortes a orientação para as
metas, a postura de fazer acontecer e a confiança e otimismo. Por outro lado,
pode enfatizar apenas a atividade e a eficiência, trocar sentimentos pelo sucesso
e não pedir opiniões dos colegas. Desta forma, suas tarefas chaves são prestar
atenção aos relacionamentos e moderar o seu ritmo.
Tipo 4 – O romântico
Sensível, individualista, autêntico e criativo, este tipo tem a tendência de
sentir que algo importante lhe está faltando, alimentando uma sensação
permanente de perda. Altamente emotivo e carente, freqüentemente se desaponta
consigo mesmo e com os outros e pode se rebaixar na comparação com as outras
pessoas.
No trabalho, este tipo possui como pontos fortes o talento criativo, o
idealismo apaixonado e a compaixão. Por outro lado, pode ter uma sensação de
insuficiência, evitar compulsivamente o trabalho comum e rotineiro e se abater à
oscilação emocional. Desta forma, suas tarefas chaves são apreciar o que está
presente e manter uma liderança firme, apesar da alternância de sentimentos.
Tipo 5 – O observador
Inteligente, objetivo, observador e cheio de boas idéias, este tipo tem a
tendência de se isolar das pessoas para ter privacidade e ser auto-suficiente.
Pode ignorar facilmente as pessoas ao seu redor, incomodando-as. Substituindo
6 A palavra workaholic tem origem inglesa e significa “viciado em trabalho”, é uma gíria derivada da palavra “alcoholic”, que quer dizer alcoólatra. O workaholic faz de seu trabalho o sentido de sua vida, canaliza cada vez em maior escala sua energia no trabalho, sacrificando assim o lazer e as relações pessoais.
33
experiências reais por uma vida mental, ele passa a armazenar conhecimento e
informações e passa a observar o mundo à distância.
No trabalho, este tipo possui como pontos fortes a análise atenta e
elucidativa, a calma nas crises e uma postura não invasiva. Por outro lado, pode
tornar-se excessivamente analítico, desconectar-se emocionalmente dos outros e
retrair-se, isolar-se. Desta forma, suas tarefas chaves são sustentar a conecção
com as pessoas e manter-se envolvido com a vida.
Tipo 6 – O protetor
Cauteloso, fiel e cooperativo, este tipo tem a tendência de imaginar o pior,
evitando aquilo que pode dar errado ou ser perigoso. Ele foge do risco e torna-se
vigilante e ansioso, tendo dificuldade em confiar nas pessoas e nas situações.
Tende a ser pessimista e a não reconhecer ou esquecer as coisas positivas que
acontecem em sua vida.
No trabalho, este tipo possui como pontos fortes a lealdade, o questionamento
revelador e a previsão de problemas e situações. Por outro lado, pode amplificar
cenários negativos, ser inseguro e duvidar de seu próprio poder. Desta forma,
suas tarefas chaves são construir a confiança e seguir adiante, apesar da dúvida e
da incerteza.
Tipo 7 – O sonhador
Inovador, entusiasmado e alegre, este tipo tem a tendência de se dispersar e
buscar opções mais prazerosas em tudo o que faz, perdendo seu foco e, às
vezes, seus comprometimentos e vínculos. Evita entrar em contato com qualquer
eventual dor ou sofrimento e, para isto, mantém a vida em ritmo de aventura,
racionalizando a maior parte de suas ações.
34
No trabalho, este tipo possui como pontos fortes o otimismo contagiante, a
disposição, as idéias e planos criativos e o estilo igualitário e encantador. Por
outro lado, pode distrair-se facilmente, tornar-se impaciente com limitações e
esquecer o que é importante para os outros. Desta forma, suas tarefas chaves são
manter compromissos e vínculos e reconhecer a dor e as limitações.
Tipo 8 – O confrontador
Resoluto, determinado e autêntico, este tipo tem a tendência de cometer
excessos e exagerar no exercício do poder e da dominação. Acha-se capaz de
dirimir e vingar as injustiças do mundo. Foge da vulnerabilidade e tem a tendência
de negar suas fraquezas e de defender aqueles que são mais fracos. Costuma
expressar sua raiva de maneira direta e confrontadora, podendo tornar-se
intimidativo.
No trabalho, o este tipo possui como pontos fortes a franqueza e
generosidade, o vigor e prazer no que faz e seu lado justo e protetor. Por outro
lado, pode invalidar as posições dos outros, negar suas vulnerabilidades e ter uma
abordagem do tipo "tudo ou nada". Desta forma, suas tarefas chaves são aplicar
poder e controle proporcionais às situações e valorizar as opiniões dos outros.
Tipo 9 – O pacificador
Calmo, paciente, democrático e quase sempre favorável, este tipo tem a
tendência de se perder nas agendas, pedidos e demandas das outras pessoas,
esquecendo-se do que é fundamental para si próprio. Este tipo foge do conflito e
tem imensa dificuldade em falar "não". Busca situações familiares e de conforto,
contendo sua energia e sua raiva.
No trabalho, este tipo possui como pontos fortes a regularidade, a
adaptabilidade e a capacidade de solucionar conflitos. Por outro lado, pode
esquecer-se da sua própria importância, evitar o desconforto e tornar-se teimoso.
35
Desta forma, suas tarefas chaves são traçar prioridades e limites e expressar suas
próprias visões.
3.1 RELAÇÃO ENTRE OS TIPOS DE PERSONALIDADE NO TRABALHO EM
EQUIPE
Conforme foi apresentado, os tipos de personalidade podem contribuir ou
não para o desempenho das equipes. As equipes são constituídas por pessoas
diferentes uma das outras, cada qual com suas características individuais.
Analisando os nove tipos de personalidade descritos, observa-se que
nenhum dos padrões é bom ou mau, certo ou errado. Às vezes, determinada
pessoa pode achar que o seu padrão é o melhor, outras vezes que é o pior. Mas é
possível, num momento, encontrar força em um padrão e, num outro, encontrar
fraqueza.
O que se observa é que as pessoas acabam ficando perplexas umas com
as outras quando começam a perceber os segredos que as outras pessoas
ocultam de sua personalidade.
Na análise das personalidades, nada é estanque e tudo pode se ajustar,
desde que se esteja disposto a fazê-lo. Nunca um protetor, por exemplo, carrega
somente as características da sua tipologia. Uma pessoa com o centro emocional
predominante não será necessariamente uma boa artista. Talvez brilhe mais como
administradora, quem sabe? Todos os tipos são interligados e se movimentam
fazendo contrapontos e complementos. Nesse sentido, cada tipo de personalidade
é formado por três aspectos: o predominante, que vigora na maior parte do tempo,
quando as coisas transcorrem normalmente e que é chamado de seu tipo; o
aspecto que vigora quando se é colocado em ação, gerando situações de
estresse; e o terceiro, que surge nos momentos em que não se sente em plena
segurança. Para dar um exemplo, ao ver-se numa situação de estresse, o
36
observador (em geral, quieto e retraído) torna-se repentinamente extrovertido e
amistoso, características típicas do sonhador, num esforço de reduzir o estresse.
Sentindo-se em segurança, o observador tende a se tornar o confrontador,
direcionando os outros e controlando o espaço pessoal (PREISLER; BORBA;
BATTIROLA, 2001).
Percebe-se que, para o sucesso das equipes, se faz necessário que os
seus integrantes utilizem-se de empatia, ou seja, coloquem-se no lugar dos outros,
estejam receptivos ao processo de integração e, dessa forma, permitam-se
amoldar. Se não houver esse tipo de abertura, em que cada um dos elementos
ceda, a equipe será composta de pessoas que competem entre si, o que traz o
retrocesso da equipe ao conceito simplista de grupo, ou seja, apenas um
agrupamento de indivíduos que dividem o mesmo espaço físico, mas que
possuem objetivos e metas diferentes, bem como não buscam o aprimoramento e
crescimento dos outros (PREISLER; BORBA; BATTIROLA, 2001).
Como citam Hurley e Dobson (1995), por mais que os individualistas
considerem importante um projeto ou por mais que os observadores reflitam sobre
ele, ele não será concluído sem a energia despendida por outra pessoa, com outro
tipo de personalidade; o que demonstra a necessidade da interdependência.
37
CÁPÍTULO IV
4 - A CONSTRUÇÃO DE UMA EQUIPE DE SUCESSO
Chang (1999) relata que as equipes de sucesso possuem certas
características em comum, entre elas: deixam sua missão e suas metas claras;
funcionam de maneira criativa; concentram-se nos resultados; esclarecem funções
e responsabilidades; baseiam-se nas potencialidades individuais; apóiam a
liderança e cada um dos membros; desenvolvem um ambiente de trabalho em
equipe; solucionam as discordâncias; tomam decisões objetivas e avaliam sua
própria eficiência.
Para Critchley e Casey (1997) o propósito de quem constitui uma equipe é
que ela se transforme em uma unidade de alto desempenho. Na verdade, o que
se busca é otimizar e maximizar os resultados desejáveis, mediante a criação de
um espaço de produção coletiva com elevado nível de sinergia, como
conseqüência de um ambiente em que as pessoas se preocupam umas com as
outras; as pessoas comunicam-se de maneira aberta e franca; há um elevado
nível de confiança mútua; existe um forte comprometimento com a equipe;
enfrentam-se e resolvem-se conflitos; as pessoas estão realmente prontas a
escutar idéias e impressões e os sentimentos são manifestados livremente.
Para atingir o sucesso das equipes, é necessário um estudo mais
aprofundado. Conforme um dos objetivos da dissertação, de identificar os fatores
que sustentam uma implantação bem sucedida de equipes. A seguir destacam-se
os procedimentos desde a sua implantação ao seu desenvolvimento, em direção a
atingir melhores desempenhos.
38
4.1 FORMAÇÃO DAS EQUIPES
A tarefa de se formar uma equipe é um grande desafio, pois conforme
Goldbarg (1995) existem diversas razões que dificultam a formação dos mesmos,
não sendo fácil assumir responsabilidades que dependem do desempenho de
outras pessoas, agir em conjunto sem esmagar a individualidade de cada um,
despertar o comprometimento necessário para a missão, negociar e alcançar
consenso, encontrar as pessoas certas na hora certa, resistir às pressões internas
e externas despertadas pelo processo de mudança, enfim, não é fácil ser
persistente o suficiente.
4.1.1 Tamanho da equipe
Um grande número de membros (trinta, quarenta, e até cinqüenta
membros), provavelmente pode atrapalhar uma equipe. Para algumas empresas o
maior parece dar a sensação de ser melhor, mas nem sempre isso pode ser
considerado uma verdade. Algumas respostas variam conforme cita Parker (1995,
p.64):
• "Mais membros de equipes significam mais idéias”: ao contrário, as
equipes pequenas incentivam a participação porque mais pessoas sentem
liberdade para se manifestar;
• "Quanto maior a equipe, mais importante o projeto”: à medida que o
tamanho do grupo aumenta, a produtividade individual diminui;
• "Uma equipe grande significa que a tarefa como líder deve ser
grande e importante”: para alguns líderes isso pode representar uma grande
vantagem, mas não durará muito tempo se a equipe produzir pouco valor real para
a empresa;
39
• "Não deixar ninguém de fora”: este pode ser um dos argumentos mais
fascinantes. Porém, acima de dez membros, a capacidade e a oportunidade de
participação dos membros eficazmente diminui radicalmente;
• "As reuniões de equipe são um bom fórum educacional”: a presença
de todos pode reduzir a eficácia da equipe pelo simples fato de aumentar o
número de pessoas que estão na sala e não estão contribuindo com nada.
Um pequeno número de participantes, até dez membros, é a sugestão feita
por Katzenbach e Smith (1994, p.43), porque:
Um grande número de pessoas – devido ao seu tamanho – já têm problemas para
interagir construtivamente como grupo, quanto mais para entrar e, acordo sobre
cursos de ação específicos. Um número de dez pessoas apresenta maior
probabilidade do que o de cinqüenta de poder trabalhar com sucesso suas
diferenças individuais, funcionais, e hierárquicas para a obtenção de um plano
comum, e também de poder manter-se conjuntamente responsáveis pelos
resultados.
Hoffherr e Young (1995) não dão uma resposta única para determinar o
tamanho de grupo ideal pois, segundo eles, a chave é ser flexível e sugerem a
consideração de alguns fatores para se descobrir o tamanho certo de um grupo,
estabelecendo o propósito da equipe, as aptidões que cada pessoa traz ao grupo
e o tempo disponível para a comunicação vital.
40
4.1.2 A seleção dos membros da equipe
Um dos segredos do sucesso na escolha de pessoas para compor uma
equipe é o balanceamento entre os membros que já possuem as habilidades
necessárias e os que necessitam desenvolvê-las. Assim Goldbarg (1995) ressalta
que muitos líderes superenfatizam o processo de seleção, acreditando que
precisam ter as pessoas certas para poder iniciar. Com exceção de específicas
habilidades técnicas, a maioria das pessoas poderá desenvolver as habilidades
que se fazem necessárias.
Todos possuem capacidade de, em resposta aos desafios, agregar e
mobilizar energias, aperfeiçoando suas habilidades. Um ponto importante na
escolha dos componentes está associado exatamente à disposição de aprender e
ensinar. Todos os membros de uma equipe deverão possuir vontade e tempo para
auxiliar no crescimento dos demais componentes. Quando novas habilidades são
desenvolvidas, o poder de atuação da equipe é maximizado e a satisfação,
multiplicada.
“Em um time verdadeiro não devem existir estrelas solitárias, ao redor das
quais gravitam todos os outros. Todos devem ser importantes e contribuir para o
sucesso. Mesmo o líder não é um astro de grandeza superior” (GOLDBARG,
1995, p.58).
Katzenbach e Smith (1994, p.45) também pensam como Parker,
defendendo os conhecimentos complementares:
Uma equipe não poderá ser iniciada sem que haja um mínimo de
complementaridade de conhecimentos, especialmente conhecimentos técnicos e
funcionais. E nenhuma equipe conseguirá alcançar seu propósito sem desenvolver
todos os níveis de conhecimentos necessários.
41
Esse conhecimento poderá ser desenvolvido pela própria equipe, não
exigindo que a mesma já os possua. Definem, também, três categorias de
requisitos de conhecimentos de equipe:
• Competência Técnico ou Funcional: grupos de desenvolvimento de
produto compostos apenas por elementos de marketing ou apenas por
engenheiros apresentam menor probabilidade de sucesso do que grupos que
possuam conhecimentos complementares nas duas áreas;
• Capacidade para Solucionar problemas e para tomar decisões:
equipes devem ser capazes de identificar os problemas e oportunidade com que
se defrontam, avaliar as opções disponíveis para poder prosseguir, e então fazer
opções e decidir como prosseguir;
• Conhecimentos Interpessoais: Compreensão e propósito comuns não
podem surgir sem que existam comunicações efetivas e conflito construtivo, os
quais, por sua vez, dependerão da existência de conhecimentos interpessoais.
42
CÁPÍTULO V
5 - COMUNICAÇÃO NO TRABALHO EM EQUIPE
A comunicação é o processo pelo qual os seres humanos trocam entre si
informações, neste processo já temos implicitamente presentes os elementos
nucleares do ato comunicativo: o emissor, o receptor (ser humano) e a mensagem
(informação). De fato, em qualquer ato comunicativo encontramos alguém que
procura transmitir a outra pessoa uma dada informação.
Além desses três elementos nucleares, é costume considerar outros três: o
código, o canal e o contexto. Nenhum ato comunicativo seria possível, na
ausência de qualquer um desses elementos. De fato, é necessária a intervenção
de, pelo menos, dois indivíduos, um que emita, outro que receba; algo tem que ser
transmitido pelo emissor ao receptor; para que o emissor e o receptor se
comuniquem é necessário que esteja disponível um canal de comunicação; a
informação a ser transmitida tem que estar "traduzida" num código conhecido quer
pelo emissor, quer pelo receptor.
Na organização que busca a comunicação eficiente, é imprescindível que
ocorram ações e medidas de prevenção aos ruídos na informação. Designa-se por
ruído tudo aquilo que afeta a transmissão de informação. Exemplos de ruído são,
por exemplo, uma voz excessivamente baixa, uma articulação deficiente ou um o
barulho ambiental; manchas de tinta cobrindo algumas palavras, erros ortográficos
ou uma caligrafia pouco legível são também ruídos. O ruído pode ter origem em
qualquer um dos elementos da comunicação: emissor, receptor e canal.
43
Não pode haver colaboração ou apoio sem comunicação entre os membros
de uma equipe. A maneira como as pessoas se comunicam, seja de forma oral ou
escrita, não somente reflete como se sentem em relação ao trabalho mas também
constrói (ou destrói) a eficácia do grupo. A boa comunicação transmite mensagens
claras, o que contribui para que as pessoas trabalhem harmoniosamente, sem
incompreensões ou interpretações equivocadas (QUICK, 1995).
44
5.1 A COMUNICAÇÃO EFICAZ
A comunicação espontânea e verdadeira existe quando se estabelece um clima
de confiança e apoio mútuos. O respeito com as palavras é acompanhado pelo
respeito de ouvir. Isso significa ouvir o outro sem preconceitos. O importante é o
esforço para captar o que realmente está sendo dito, e não apenas “ouvir o que a
gente gostaria de ouvir”.
A comunicação eficiente seria aquela que ultrapassa todos os obstáculos que
surgem diariamente. Precisamos compartilhar idéias e informações de forma clara,
concisa e aberta em nossas organizações, reduzindo as barreiras e os ruídos que
podem surgir e interferir nos processos de comunicação. É necessário que se
utilize uma informação compatível com as ações, pois assim estaremos
disponibilizando uma visão holística da organização (QUICK, 1995).
É importante que todos possuam boas técnicas de feedback para melhorar
suas reuniões de equipe e, de um modo geral, as interações entre os membros de
equipe. Essas técnicas trarão como resultados, também, uma comunicação mais
eficaz com clientes e fornecedores (tanto internos como externos).
Fornecer e receber feedback devem ser mais do que simplesmente um
componente de um comportamento dos membros da equipe. Segundo Quick
(1995) o feedback deve ser um componente da cultura de toda a organização. Os
membros da equipe devem oferecê-lo um ao outro expondo suas emoções e/ou
opiniões, mesmo quando ele é negativo, pois ele ajuda a desenvolver um
comportamento mais eficaz. Todos os componentes devem ser encorajados a
expressar suas críticas e opiniões, especialmente se isso vai ampliar sua
percepção ou perspectiva em torno de uma questão.
Para formar e manter uma equipe, seus membros devem desejar e ser capazes
de se comunicar abertamente uns com os outros, de maneira que reflitam
confiança e respeito. Equipes bem-sucedidas fazem com que seus membros
45
troquem e compartilhem espontaneamente informações oportunas sobre o que
ocorre por toda a organização, exceto o que é classificado como confidencial. É
considerado prejudicial ao grupo reter ou racionar informação que poderia ser
importante aos membros da equipe (QUICK, 1995).
De maneira geral, compartilhar informação, fornecer feedback, e encorajar
participação entre todos os membros da equipe são as três práticas-chave de
comunicação utilizadas por equipes bem-sucedidas.
46
CÁPÍTULO VI
6 - LIDERANÇA NAS EQUIPES
Segundo Chiavenato (1999), a liderança pode ser considerada um tipo de
poder pessoal, onde, através dela, uma pessoa influencia outras em função dos
relacionamentos existentes. Sendo a influência uma transação interpessoal, em
que uma pessoa age no sentido de identificar ou provocar o comportamento de
uma outra, de maneira intencional.
O mesmo autor ainda nos diz que: "a liderança pode ser orientada para as
tarefas ou para as pessoas", onde a liderança centrada na tarefa é um estilo de
liderança focado na execução da tarefa e com os seus resultados imediatos,
usando de procedimentos rotineiros e padronizados, seguindo regras e
regulamentos; e a liderança centrada nas pessoas que é um estilo de liderança
que prioriza os aspectos humanos dos subordinados e que procura manter uma
equipe de trabalho atuante, com maior participação nas decisões, dando mais
ênfase às pessoas do que ao trabalho em si, procurando compreender e ajudar os
subordinados e preocupando-se mais com as metas do que com os métodos.
As coisas acontecem e são realizadas na sociedade devido à convicção de
certas pessoas. A mesma coisa ocorre nas empresas. Os gerentes são os
responsáveis diretos pela sobrevivência e pelo sucesso da organização. Cada
sucesso da empresa é o sucesso de um ou mais gerentes. Cada fracasso é o
fracasso de um ou mais gerentes. A excelência empresarial está profundamente
relacionada com a excelência gerencial. A visão, a dedicação e a integridade do
gerente são os principais determinantes do sucesso empresarial. As principais
habilidades e ferramentas gerenciais quase sempre se resumem em uma das
características fundamentais de gestão: a liderança (ABREU, 2002).
47
Segundo Abreu (2002) cada pessoa tem as suas aspirações
pessoais, os seus objetivos, as suas preferências, as suas características de
personalidade, os seus talentos e habilidades. Cada pessoa é única e ímpar. Ao
constituírem uma equipe de trabalho, as pessoas se destacam pela diferenças
individuais. Para que as pessoas possam trabalhar satisfatoriamente em equipe
elas precisam de liderança. A liderança constitui uma necessidade típica do
trabalho em equipe. Para fazer a equipe funcionar e produzir resultados, o gerente
precisa desempenhar muitas funções ativadoras. Dentre estas funções, sobressai
a liderança. O gerente deve saber como conduzir as pessoas, isto é, como liderar
as pessoas e administrar as diferenças entre elas. A liderança é necessária em
todas as atividades e em todos os tipos de organização humana, principalmente
nas empresas.
Conforme Gomes (1994) o representante que assume posição do
líder da equipe deve mostrar-se capaz de transmitir as tarefas com clareza,
demonstrando também a capacidade de valorização e reconhecimento pelas
contribuições oferecidas aos demais componentes. Além disso, o líder deve ser
um catalisador, tornando o trabalho possível. A originalidade de sua liderança
deve ser reconhecida pelos demais, sendo suas atitudes tomadas como exemplo
e, por este motivo, a sua competência e domínio sobre o assunto devem
transparecer claramente. Gomes (1994) ainda argumenta que o líder necessita da
capacidade de distribuição correta das informações, além de oferecer feedbacks
construtivos aos colegas de equipe.
A liderança não deve ser confundida com direção ou com
gerência. O líder não precisa ser necessariamente um dirigente ou gerente, mas
um bom dirigente ou gerente deve ser sempre um bom líder. Na realidade, os
líderes podem estar presentes em diversos níveis hierárquicos e áreas de atuação
da organização. Contudo, é na gerência que reside o ponto mais crítico da
liderança. É neste nível onde são decodificados e traduzidos os objetivos e
necessidades da organização e transformados em metas e esquemas de trabalho
para serem implementados e realizados pelos demais outros níveis da
48
organização. Como a gerência transita numa posição intermediária, ela passa a
servir de elo entre os objetivos fixados pela alta direção e os meios utilizados pelo
nível operacional para o seu alcance. A gerência funciona como o nível mediador,
seja interpretando os objetivos fixados pela direção, seja transformando-os em
planos e programas de trabalho para serem realizados pelas demais pessoas da
organização. Ao converter os objetivos fixados em programas de ação, a gerência
assume o papel de direcionar esforços, comunicar, liderar, avaliar e recompensar
as pessoas dentro da organização (ABREU, 2002).
Ainda segundo Abreu (2002) o gerente não somente lida com capital ou
dinheiro, com máquinas ou equipamentos, mas trabalha, sobretudo, com pessoas.
É através delas que o gerente consegue a execução das tarefas, a alocação dos
recursos materiais e financeiros, a produção de bens ou serviços, bem como o
alcance dos objetivos da organização. Daí a sobrevivência e o sucesso da
empresa. Ao lidar com pessoas, a principal habilidade e ferramenta gerencial que
se manifesta é a liderança.
Também podemos refletir sobre as idéias de Moscovici (1996), que diz que
a qualidade do relacionamento interpessoal entre o líder e os membros do grupo é
um dos fatores mais importantes na facilitação de um clima de confiança, respeito
e afeto que possibilite relações de harmonia e cooperação, determinando a
eficácia do trabalho conjunto produtivo. Segundo o autor a liderança da equipe é
melhor exercida por pessoas que acreditam que precisam dos outros para o êxito
da missão comum e que contribuem integralmente com sua parte no trabalho.
49
6.1 DISTINÇÃO ENTRE CHEFE E LÍDERES
Líder é o indivíduo que tem o poder de influenciar as pessoas, obtendo das
mesmas maior cooperação e menor ou nenhuma oposição. Já o chefe é o
indivíduo que é colocado numa posição de autoridade funcional por uma
autoridade superior com competência legal, através de um ato administrativo.
Líder e Chefe têm uma coisa em comum: direito de mandar e poder de fazer-se
obedecido, sendo legítimos detentores da autoridade. O líder tem o poder de
prestígio; o chefe que não é líder tem o poder da autoridade pura e simples,
autoridade de posição, mando, e não de comando.
As grandes corporações chegaram a conclusão que, para a empresa ter
sucesso é importante ter líderes em seu staff7 de pessoas. Quanto mais líderes se
puder ter ou formar, mais possibilidades de sucesso a empresa tem. A função do
líder é dar poder para que cada pessoa produza, transforme suas intenções em
ações, que por sua vez, traduzam resultados. É essencialmente empowerment8,
para que o outro adquira competências, promova mudanças e, principalmente,
transforme-se. É um compromisso com a pessoa, acompanhando sua evolução,
dando-lhe suporte nos momentos difíceis e estimulando-a a avançar.
A diferença fundamental é que o líder não é valorizado só pelo seu potencial
individual, mas o que ele consegue que as pessoas façam e a sua capacidade
para descobrir o talento oculto das pessoas.
Infelizmente, o verdadeiro líder ainda é uma figura escassa nas empresas.
Ele não é necessariamente o chefe, mas alguém que tem talento para orientar
pessoas. A mudança não é fácil e infelizmente ainda impera o "manda quem pode
e obedece quem tem juízo". Muitas vezes, o gerente, o diretor, chegou a esta
7 Quadro dos dirigentes de uma organização. 8 Significa, literalmente, "dar poder", dar "autonomia" aos funcionários para que eles mesmos diagnostiquem, analisem e proponham soluções para os problemas da empresa.
50
posição pela sua capacidade técnica, por conhecer bem o mercado. O papel de
desenvolver pessoas não era exigido. Pelo contrário, o cargo foi um prêmio, um
reconhecimento por sua capacidade de ser autoritário. Mas agora, o novo cenário
diz que ele precisa mudar o estilo de atuar, rever sua "fórmula de sucesso".
Munck (1999) apresenta algumas características de líderes que se opõem
aos gerentes, conforme o quadro abaixo:
2 – Líderes X Gerentes – (Extraído: Munk (199,p.60)
LÍDERES GERENTES
• Enfatiza o futuro; • Foco no presente;
• Estabelece direções, questionando
como poderia ser;
• Planeja em cima do que é;
• Proporciona visão e inspiração; • Executa controles;
• Lidera pessoas; • Gerencia coisas, programas e
recursos;
• Constrói efetividade nas organizações; • Enfoca a eficiência organizacional;
• Enfatiza a autoridade distribuída; • Enfatiza a hierarquia;
51
6.2 MOTIVANDO AS EQUIPES
A tarefa de um líder é direcionar sua equipe para obter melhores resultados
continuamente, e é por isso que ele necessita de uma equipe motivada de forma
correta e inteligente.
O trabalho em equipe vai exigir dos componentes características comuns a
qualquer grupo que queira alcançar bons resultados como, estar aberto a
desafios, coesão, comprometimento, responsabilidade e principalmente a
motivação.
A motivação, para Chiavenato (1999), funciona como um resultado da interação
entre o indivíduo e a situação em que ele está envolvido, considerando que as
pessoas se diferem quanto ao seu impulso motivacional básico, variando de um
indivíduo para o outro e também de tempos em tempos, ou seja, ele pode estar
mais motivado em um momento e menos em outra ocasião.
Na idéia de Mucchielli (1980), para motivar uma equipe, precisa-se levar em
conta alguns parâmetros, que o autor coloca como inevitáveis: a consideração às
motivações dos participantes desta equipe com integração destas motivações; a
aptidão de cada um à cooperação; e a dimensão ótima da equipe em relação à
tarefa.
Muchielli (1980, p.75) reforça isto dizendo que: “o indivíduo motivado por um
objetivo ou uma ação pode não se sentir competente para atingir o objetivo ou ter
sucesso na ação, e que, nesse caso, ele está ainda mais motivado para participar
de uma equipe que tem esses objetivos”, usando da união de forças dos
componentes da equipe. O autor cita, ainda, quatro métodos para motivar uma
equipe, são eles:
52
- Colocar a equipe conjuntamente em uma situação desconfortável, de tal
forma, que todos tenham desejo “de sair dela”, e que essa seja a
motivação e o estímulo para a integração do grupo. Este é o momento
da “descoberta”, em que o grupo enfrenta dificuldades e deve encontrar
sozinho a solução e a informação pertinente;
- Fornecer uma recompensa coletiva satisfatória, levando-se em
consideração os limites das capacidades e das aptidões de cada
membro;
- Formar uma competição interequipes ou sua produção diante de um
público, dentro de um ambiente de qualidade possível e aceita;
- Após análise das motivações ou das expectativas (através de
entrevistas individuais ou coletivas, por exemplo), escolher uma
motivação comum dominante, seja direta ou indiretamente, e fazer dela
o objetivo claro do grupo num prazo combinado, e deixar a ele a escolha
de seu meios, de sua estruturação e de seu programa.
Estar interessado e envolvido no que se faz, assim como sentir-se
desafiado, isso é motivação. Embora seja um sentimento que venha de dentro, a
motivação pode ser estimulada por meio de cursos, treinamentos ou outras ajudas
externas como leitura, troca de experiências, enfim, tudo que trabalhe o campo da
imaginação, do sonho, da fantasia. A pessoa motivada é aquela que, seja qual for
a situação, olha os obstáculos de frente, como barreiras a serem vencidas e não
como problemas a serem carregados.
É o diferencial daqueles que seguem em busca de novos ideais,
conquistando melhores resultados tanto para si mesmos quanto para a
organização ou grupo de trabalho ao qual estejam inseridos. A motivação nasce
do entusiasmo natural de estar vivo, de pulsar com a vida. Assim, o indivíduo
motivado tem perfil facilmente reconhecido: é positivo, entusiasmado com seu
53
trabalho, gosta do que faz, tem macro-visão das situações e está sempre
buscando motivações extras.
A produtividade está diretamente ligada à motivação. Embora se saiba que
a pessoa motivada é aquela que gosta do que faz e considera o dinheiro
conseqüência positiva do trabalho bem-feito, isso não exclui a motivação que vem
do reconhecimento por parte dos colegas, superiores e até recompensas do ponto
de vista econômico como bônus, prêmios, participação nos lucros.
54
CÁPÍTULO VII
ESTUDO DE CASO: Companhia Aérea.
7.1 CONTEXTO HISTÓRICO
No ano de 1927 a aviação comercial alça seus primeiros vôos no mundo.
No Brasil, navega entre o sonho e a ousadia. Até que numa pequena sala da
Associação Comercial de Porto Alegre, uma reunião de idealistas - mais
audaciosos que sonhadores - tendo à frente Otto Ernst Meyer, o criador da
empresa, marca a decolagem do principal e mais importante capítulo da história
do transporte aéreo brasileiro.
Neste dia, 7 de maio de 1927, nascia a S.A. Empresa de Viação Aérea Rio-
Grandense, cuja certidão de nascimento - os estatutos da empresa, aprovados
pelos primeiros acionistas - era não mais do que um documento com vários
propósitos e muitas assinaturas, símbolos de compromissos pela construção de
um ideal que a história provou ser nobre e que é motivo de orgulho para o Brasil e
para os brasileiros. Do primeiro avião - o Atlântico, nove passageiros, 180
quilômetros por hora - ao Boeing 777 de hoje (o avião comercial mais moderno do
mundo), com capacidade para transportar 287 (duzentos e oitenta e sete)
passageiros a uma velocidade de quase 1000 quilômetros por hora, conta-se uma
verdadeira epopéia de homens e máquinas, onde o nome Ruben Berta - o
primeiro funcionário e seu presidente de 1941 a 1966, quando faleceu - destaca-
se não apenas como um símbolo, mas como um exemplo de desprendimento e
dedicação à Organização.
55
A Companhia aérea começou com uma linha de apenas 270 quilômetros -
Porto Alegre - Pelotas - Rio Grande, que no seu primeiro ano de atividade realizou
85 vôos, transportou 652 (seiscentos e cinqüenta e dois) passageiros e voou 210
(duzentos e dez) horas. Atualmente, em conjunto com a Rio Sul e a Nordeste,
opera a maior e mais completa rede de linhas do Brasil, servindo a 110 (cento e
dez) cidades. Para o exterior voa diretamente para 27 destinos em 18 países, em
quatro continentes. E a partir do seu ingresso na Star Alliance, a maior aliança de
companhias aéreas do mundo, passou a oferecer ainda maiores facilidades para o
seu passageiro que agora pode alcançar com rapidez e conforto qualquer ponto
do globo terrestre.
Hoje, a pioneira companhia - primeira empresa de avião comercial do Brasil
- ostenta números que a consagram como a maior companhia do país e da
América Latina e uma das líderes do mercado mundial: ao longo de mais de 75
anos de existência transportou mais de 210.000.000 (duzentos e dez milhões) de
passageiros, voou mais de sete milhões de horas, realizou mais de 2.500.000
(dois milhões e quinhentos mil vôos) e seus aviões deram cerca de 115.000 (cento
e quinze mil) voltas ao redor da terra.
7.2 O CENTRO DE GERENCIAMENTO DE CRISE – CMC
Em 1999, a companhia aérea , criou a 1º estrutura da América Latina para
suporte em situação de emergência, o Centro de Gerenciamento de Crise (CMC).
O CMC é o local planejado e estabelecido para se conduzir as ações de
gerenciamento de uma situação de crise, ou seja, um evento ou conjunto de
circunstâncias que possam significativamente afetar a habilidade da empresa em
conduzir suas operações normalmente. Mas o que seria estes eventos ou conjunto
de circunstâncias? São fatos como: acidentes aéreos; mortes, ferimentos ou
danos significativos às instalações da empresa causados por incêndio; mortes,
ferimentos ou risco à vida de passageiros ou funcionários causados por atos
56
ilícitos; ou desastres causados por condições climáticas adversas. A companhia
áerea também têm o compromisso de, em caso de evento com vôos, atender na
América do Sul a todas as empresas participantes do grupo Star Alliance: VARIG -
Brasil, Air Canadá - Canadá, Air New Zealand - Nova Zelândia, All Nippon Airways
- Japão, Asiana Airlines - Coréia, Austrian - Áustria, British Midland BMI - Grã
Bretanha, Lufthansa - Alemanha, LOT Polish Airlines - Polônia, Scandinavian
Airlines - Escandinávia, Singapore Airlines - Cingapura, Spanair - Espanha, Thai
International - Tailândia, United Airlines e U.S Airways - Estados Unidos.
No organograma da empresa, o CMC encontra-se subordinado ao Centro
de Controle Operacional (CCO), área responsável por viabilizar, executar e
monitorar a malha planejada, visando os interesses da Varig e a satisfação dos
seus clientes, através de uma infra-estrutura e de processos capazes de fazer
frente a situações operacionais adversas. Para fins de ilustração, buscando
facilitar o entendimento, apresento abaixo, um recorte do organograma da
empresa, onde são apresentadas as áreas subordinadas à vice-presidência
técnica e operacional.
57
3 – Organograma da empresa – Estudo de caso Companhia Aérea.
Para assistirem a empresa no caso de um evento, a companhia aérea
conta com uma equipe de cerca de 1.500 voluntários (team members)9, a Equipe
de Assistência Especial (SAT), previamente treinados e cadastrados. As equipes
são definidas por áreas de cobertura: América do Sul, U.S.A., Europa e Ásia.
Para fazer parte do corpo de voluntários, os funcionários que têm interesse,
participam de um processo seletivo onde são avaliados seus perfis,
conhecimentos e habilidades. Depois de definidos os voluntários, todos passam
por um período de treinamento, onde ficam definidas as funções de cada um. Para
o gerenciamento da equipe, cada grupo de 10 voluntários é representado por um
líder, chamado de Team Leader10. Daí por diante, são aplicados exercícios
simulados bimestralmente, que ajudam a prepará-los melhor para situações reais
e validam os processos. 9 Team Members – membros do time 10 Team Leader – líder do time
Presidência
Vice-presidência
Técnica e Operacional
Diretoria de Operações de Vôo
Centro de
Treinamento
CCO
Diretoria de Atendimento
Gerência
Técnica VEM
58
Em caso de evento, o CMC é ativado da seguinte maneira:
- Primeiras ações da base envolvida: a equipe localizada na base
deve informar, quando disponível, ao Centro de Controle Operacional (CCO):
• Se há vítimas e, caso positivo, em que estado se encontram;
• Se há funcionários envolvidos e, caso positivo, em que estado se
encontram;
• Se envolve terceiros;
• Se há danos materiais e, caso positivo, qual a extensão;
Em seguida ela deve fazer uma descrição resumida do evento e da
abrangência dos fatos ao Centro de Controle Operacional (CCO), e acionar o
plano de emergência local.
- Segundo passo: o Centro de Gerenciamento de Crise – CMC - será
ativado logo após a notificação/comunicação de um evento, feita ao gerente de
plantão no Centro de Controle Operacional (CCO). Este gerente fica encarregado
de avisar, imediatamente, o gerente de resposta a emergência da empresa que
vai definir a abertura do CMC, dando início ao Plano de Emergências e
Procedimentos (PEP), desenvolvido para determinar os procedimentos a serem
adotados em uma situação de emergência. A equipe (team members) do CMC é
distribuída da seguinte maneira:
Equipe do Centro de Controle para Emergência (ECC): o ECC é a
primeira área a ser ativada no CMC. Esta área é responsável pela manutenção,
monitoramento, envio e recebimento de informações, documentos e chamadas
telefônicas. É o canal de comunicação.
Sala de Crise: localizado junto ao ECC, este ambiente é preparado para
que o comitê executivo da empresa (Comitê de Resposta a Emergência – ERT)
em uma tomada de decisão, possa dispor de recursos técnicos, de sistemas
operacionais e facilidades de comunicação, necessárias a correta condução do
59
gerenciamento da crise. É formada por representantes das seguintes áreas:
operações, aeroportos, Gipar (Segurança do Vôo), manutenção, vendas,
imprensa, jurídico, FRB (Fundação Ruben Berta), carga e presidência.
Sala de Reunião Adjunta (BDR): equipe de apoio ao comitê executivo da
Sala de Crise, para acompanhamento do evento, bem como recebimento de
instruções, antes, durante e após a emergência.
Equipe do Call Center (TEC): assim que a sala de crise é aberta,
o TEC é acionado. Dependendo da proporção e do local onde ocorre o evento, o
Telephone Enquiry Center (TEC) pode ser ativado em várias partes do mundo
(São Paulo – 150 posições; Montevidéu – 50 posições; Illinois – 150 posições;
Dublin – 250 posições; e Tokyo – 20 posições) e tem capacidade para atender
acima de 35.000 ligações por dia, com o tempo médio de dois minutos e 30
segundos por ligação. A equipe do TEC é responsável pelo atendimento das
chamadas de familiares, amigos e público em geral, tendo como objetivo: fornecer
informações concernentes ao acidente/incidente e identificar os familiares para
efetuar o processo de notificação, feita pela equipe do SAC (Centro de Assistência
Especial).
Equipe do Centro de Assistência Especial (SAC): centro responsável
pelo monitoramento das ações dos voluntários e todo o processo humanitário que
envolve a assistência familiar. O SAC tem a responsabilidade de: acionar toda a
equipe de voluntários, coletar as informações sobre os passageiros e notificar aos
familiares, agrupar os passageiros procurados, reconciliar lista de passageiros e
prover assistência e arranjos logísticos aos familiares. O processo é dividido em
três partes: agrupamento, reconciliação e notificação.
60
Centros nos aeroportos: consiste na abertura de três centros:
- Centro de atendimento a sobreviventes (localizado na base mais próxima
ao acidente);
- Centro de atendimento aos familiares e amigos (localizado nas bases de
origem/rota/destino) e;
-Centro de atendimento a imprensa.
Equipe do hospital: uma equipe de voluntários desloca-se imediatamente
para o hospital onde estão as vítimas. Esta equipe tem a responsabilidade de
estabelecer comunicação com todas organizações envolvidas, informar número de
passageiros hospitalizados e a respectiva identificação, manter assistência aos
familiares neste local e garantir atendimento às necessidades dos sobreviventes
hospitalizados.
Centro de assistência familiar: equipe designada para prestar
assistência familiar, na cidade do evento, ou mais próxima ao local. Em delicadas
situações como essas, normalmente é recomendado um hotel com facilidades,
que ofereça recursos suficientes para que sejam disponibilizados aos familiares
e/ou sobreviventes: acompanhamento/informações 24 horas, hospedagem,
alimentação, salas para reuniões, transporte aéreo e terrestre e segurança.
61
4 - INFRA-ESTRUTURA PARA EMERGÊNCIA- Estudo de caso Companhia
Aérea
7.3 Consider
7.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS DO ESTUDO DE CASO
Infelizmente situações como estas de acidentes de massa acontecem e
esse não é o propósito da empresa. É por isso que a Companhia aérea prepara
sua equipe e seu ambiente de trabalho para prestar o melhor atendimento
possível às vítimas e seus familiares, afinal a parte humanitária é o maior foco
nestes casos, para que assim, eles possam amenizar a dor e os prejuízos
materiais e psicológicos.
A capacidade de desenvolver trabalhos em equipe é o requisito mais
importante para àqueles que têm interesse em participar do grupo de
colaboradores do CMC, pois todos os seus membros devem manter atitude
Sala de Sala de Reunião Adjunta (BDR)
Centro de Controle
de Emergência
Centro de
Atendimento
Centro nos
Aeroportos
Equipe no
Hospital
Centro de
Assistência
Centro
Operacional
Centro de Assistência
Especial (SAC)
62
profissional, participativa e colaboradora, integrando as contribuições de todos
para melhor consecução dos objetivos.
É muito importante também que seus colaboradores saibam agir com total
calma e frieza, de modo que não se deixem envolver pelas situações que, na
maioria das vezes, podem ser extremamente delicadas. É por essas razões que o
recrutamento e seleção do corpo de voluntários devem ser muito criteriosos.
Até hoje, o CMC só foi ativado por completo no dia 11 de setembro de
2001, dia do atentado à cidade de Nova York, Estados Unidos, onde duas
aeronaves precipitaram-se contra as duas torres do edifício World Trade Center e
uma contra o Pentágono. Dentre as quatro aeronaves seqüestradas pelos
terroristas, duas eram da companhia aérea United Airlines, que, como já citado
anteriormente, é participante do grupo Star Alliance e que, por isso, necessitou do
suporte da Varig. No momento do acidente, a equipe do CMC, coincidentemente,
encontrava-se em treinamento e, por isso, todos já estavam preparados. Apesar
do triste ocorrido, a equipe do CMC demonstrou ser capaz de lidar com grandes
eventos, pois executou um excelente trabalho, demonstrando apoio mútuo,
comunicação eficaz, cooperação, papéis de liderança e responsabilidades
compartilhadas, compreensão e identificação dos objetivos do grupo.
É importante ressaltar que, para os passageiros, a idéia de um acidente aéreo
deve ser uma situação completamente inesperada e inusitada. Por esta razão,
apesar da Varig possuir uma das maiores estruturas do mundo para atendimento
em caso de emergência, não existe interesse algum da mesma em divulgá-la, já
que seu maior objetivo é construir e manter na mente dos passageiros a imagem
de uma das companhias aéreas mais seguras do mundo.
63
CONCLUSÃO
A presente monografia constatou a importância do trabalho em equipe
dentro das organizações, analisando todos os conceitos e definições relativos ao
mesmo. Acentuaram-se as diferenças entre grupos e equipe, os objetivos do
trabalho em equipe, os tipos de equipes e seus estágios de desempenho,
permitindo um melhor esclarecimento sobre estas definições.
Buscou-se elucidar como trabalhar em equipe de modo eficaz,
apresentando suas vantagens e reconhecendo suas dificuldades, assim como,
oferecendo sugestões de como eliminá-las.
Em uma equipe encontram-se pessoas de atitudes e valores diferentes. Por
isso, foram identificados os tipos de personalidade que pode-se encontrar numa
equipe, a fim de que se fizesse uma relação com os resultados das equipes.
Constatou-se a necessidade de interdependência e empatia entre os indivíduos, a
fim de que a equipe possa atingir seus objetivos.
Foram identificados os fatores que sustentam uma implantação bem
sucedida de equipes, destacando-se os procedimentos desde a sua implantação
ao seu desenvolvimento, em direção a atingir melhores desempenhos.
Para existir colaboração e apoio mútuo entre os membros de uma equipe,
todos devem se comunicar de forma franca e aberta. É importante que as pessoas
saibam ouvir umas as outras, para que se crie um ambiente de confiança e
respeito. A boa comunicação transmite informações concisas e sem ruídos, o que
64
contribui para que as pessoas trabalhem harmoniosamente, sem incompreensões
ou interpretações equivocadas.
O líder da equipe deve mostrar-se capaz de conduzir sua equipe para obter
melhores resultados continuamente. A integração, a dedicação e a capacidade do
líder são os principais determinantes do sucesso da equipe. Identificaram-se as
diferenças entre líder e chefe (ou gerente), além de demonstrar as formas como
um líder pode motivar sua equipe.
Apresentou-se um estudo de caso realizado no Centro de Gerenciamento
de Crise (CMC), uma das áreas da companhia aérea, com o propósito de
intensificar o conhecimento dos tópicos abordados neste trabalho, demonstrando
como acontece, na prática, um verdadeiro trabalho em equipe.
65
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70
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Compreendendo o Trabalho em equipe 11
1.1 – Grupo x Equipe 13
1.2 – Objetivo do Trabalho em equipe 15
1.2.1 – Foco no Cliente 16
1.3 – Tipos de Equipe 18
1.4 - Estágio de desempenho de equipes 19
CAPITULO II
Aprendendo a Trabalhar em Equipe 22
2.1 – Vantagens do Trabalho em equipe 24
2.2 – Como lidar com o problema de equipe 26
71
CAPITULO III
Estilos de Membros de Equipe 30
3.1 – Relação entre os tipos de personalidade
no trabalho em equipe. 35
CAPITULO IV
A Construção de uma Equipe de Sucesso 37
4.1 – Formação das equipes 38
4.1.1 – Tamanho da Equipe 38
4.1.2 – A Seleção dos membros das equipes 40
CAPITULO V
Comunicação no Trabalho em Equipe 42
5.1 - A Comunicação Eficaz 44
CAPITULO VI
Liderança nas Equipes 46
6.1 – Distinção entre Chefe e Líderes 49
6.2 – Motivando as Equipes 51
CAPITULO VII
Estudo de Caso Varig: S/A 54
7.1 – Contexto Histórico 54
7.2 – O Centro de Gerenciamento Crise CMC 55
7.3 – Considerações finais de estudo de caso 61
72
CONCLUSÃO 63
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 65
ÍNDICE 70
73
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: