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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR NO VAREJO,
SOB A ÓTICA DOS 4C’S DE MARKETING
Por: Eduardo Marins Everard Reeve
Orientador
Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR NO VAREJO,
SOB A ÓTICA DOS 4C’S DE MARKETING
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Varejo
Por: Eduardo Marins Everard Reeve
3
AGRADECIMENTOS
....à minha família ....
4
DEDICATÓRIA
.....Dedico ao meus pais.......
5
RESUMO
Qual o reflexo no comportamento do consumidor quando exposto
aos 4C’s de marketing?
Quando o mercado varejista usa as ferramentas do Mix de
Marketing, para conquistar o consumidor, sob a ótica do próprio consumidor, a
discussão proposta é como esse contato afeta o processo de decisão de
compra do público alvo.
Esse trabalho discute, de acordo com o modelo apontado por Philip
Kotler, o comportamento do consumidor e suas conseqüências, sob a ótica dos
4 C’s de marketing, proposta por Lautebourn, que substitui os 4 P’s (Produto,
Preço, Praça e Promoção) de Jerome Mc Carthy no modelo de Kotler.
É o comportamento do consumidor sendo abordado pela perspectiva
do próprio consumidor (necessidades e desejos dos clientes, custo, influência
da comunicação e a conveniência no processo de compra) e seus
desdobramentos no segmento do varejo.
Os quatro C’s de Marketing, são os 4 P’s, mas sob o ponto de vista
do consumidor. Este trabalho pretende mapear o comportamento do
consumidor, segundo o modelo descrito por Kotler, complementando suas
observações segundo os estímulos gerados pela perspectiva dos 4 C’s de
marketing. Estes estímulos, somados ao repertório do indivíduo, desencadeiam
uma série de respostas. Este trabalho visa analisar estas respostas.
6
METODOLOGIA
Esse trabalho teve como modelo principal as informações contidas
nos livros de Philip Kotler: Administração de Marketing e Marketing para o
Século XXI. Acrescidas de dados teóricos coletados em bibliografia atualizada
que aborda profundamente o comportamento do consumidor e sua reação
quando exposto ao Marketing Mix desenvolvido pelo mercado de varejo.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - Estímulos Externos 11
CAPÍTULO II – Estímulos Internos 23
CAPÍTULO III – Decisões do Comprador 29
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37
ANEXO 39
ÍNDICE 40
8
INTRODUÇÃO
A televisão, o rádio, a internet, o vizinho ao lado, o outdoor na rua.
Seja dentro ou fora de casa, seja no trabalho ou em um final de semana com
amigos, estamos sempre recebendo estímulos para que possamos mesmo nas
escolhas mais simples, melhorar a nossa qualidade de vida através da compra.
O processo de escolha por um produto e serviço, começa no
ambiente externo. De forma intencional, através das empresas que usam a
mídia ou o ponto de venda para divulgar seus produtos ou serviços e não
intencional quando andamos na rua e vemos um bonito carro estacionado, ou
quando uma amiga mostra sua bolsa nova para outra comprada em algum
Shopping da Cidade, gerando informação para o que consumo se concretize.
Mesmo que acordemos com vontade de consumir algo, em algum momento
anterior, fomos estimulados externamente para isso.
Segundo Kotler: "Estímulos ambientais e de marketing penetram no
consciente do comprador. As características e seus processos de decisão
levam as certas decisões de compra. A tarefa do profissional de marketing é
entender o que acontece no consciente do comprador entre a chegada do
estímulo externo e a decisão de compra." O modelo de estímulo e resposta de
Kotler define perfeitamente que a decisão de compra vem do casamento dos
estímulos externos com os estímulos internos.
Os estímulos externos são representados pelo Mix de Marketing
dividido inicialmente por Mc Carthy em quatro grupos amplos, denominados de
4P’s do marketing: produto, preço, praça e promoção (do inglês product, price,
place e promotion) formados por um conjunto de variáveis controláveis que
influenciam a maneira com que os consumidores respondem ao mercado,
tratando de pontos de interesse para os quais, as organizações devem estar
atentas se desejam perseguir seus objetivos de marketing.
9
Este trabalho visar discutir, de acordo com o modelo apontado por
Philip Kotler, o comportamento do consumidor e suas conseqüências, sob a
ótica dos 4 C’s de marketing, proposta por Lautebourn, que substitui os 4 P’s
(Produto, Preço, Praça e Promoção) de Jerome Mc Carthy no modelo de
Kotler.
É o comportamento do consumidor sendo abordada pela perspectiva
do próprio consumidor (necessidades e desejos dos clientes, custo, influência
da comunicação e a conveniência no processo de compra) e seus
desdobramentos no segmento do varejo.
De acordo com Philip Kotler: “Os 4Ps representam a visão de
marketing disponível para influenciar os compradores. Do ponto de vista da
empresa compradora, cada ferramenta de marketing é projetada para oferecer
um benefício ao cliente. Robert Lautenborn sugeriu que os 4Ps do vendedor
correspondem aos 4Cs dos clientes. Existe ainda outra crítica muito válida, que
sustenta que o conceito dos quatro Ps vê o mercado do ponto de vista do
vendedor, e não do comprador. Um comprador, ao avaliar um produto ou
serviço, pode não vê-lo da mesma maneira que o vendedor.
Os quatro Ps podem ser mais bem descritos, do ponto de vista do
comprador, como quatro Cs. Portanto, enquanto os profissionais de marketing
se vêem como vendedores de um produto, os clientes se vêem como
compradores de um valor ou da solução de um problema. E os clientes estão
interessados em mais do que preço; estão interessados no custo total de
obtenção, uso e descarte de um produto. Eles querem que o produto ou serviço
esteja disponível da maneira mais conveniente possível. Por fim, os clientes
não desejam promoção; querem uma comunicação bidirecional. Os
profissionais de marketing deveriam pensar primeiro em atender aos quatro Cs
do cliente e utilizá-los, em seguida, como uma plataforma para o
desenvolvimento dos quatro Ps.
10
4Ps 4Cs
Produto Cliente(solução para o )
Preço Custo (para o cliente)
Praça Conveniência
Promoção Comunicação
Outros estímulos externos que atingem a sociedade moderna são as
variações da economia, as evoluções da tecnologia, os acontecimentos
políticos e culturais. São variáveis incontroláveis, caracterizadas por
ocorrências que independem das ações da empresa, mas provocam alterações
importantes no mercado, afetando a todos os indivíduos.
Chamamos estímulos internos, aqueles que fazem parte da nossa
construção como seres humanos, nosso próprio repertório acumulado
decorrente do nosso contato com o mundo que nos cerca. Nossas
características pessoais, culturais, sociais e psicológicas. Segundo a Wikipédia
“Repertório é todo conhecimento armazenado, que modifica e confirma os
ideiais do ser. Assim, o ser pode ser definido por sua ideologia, por suas
experiencias, por suas ações, enfim, pelo seu repertório individual.”
Modelo de estímulo e resposta apontado por Philip Kotler e que será
objeto de estudo deste trabalho, sob a ótica inicial dos Quatro C’s, está no
anexo da página 39.
11
CAPÍTULO I
ESTÍMULOS EXTERNOS
1.1 - Os 4 C’S E O ESTÍMULO AO CENÁRIO
Nesse capítulo serão abordados os estímulos externos que afetam o
consumidor na hora da compra. Esses estímulos são representados pelo Mix
de Marketing adaptados para os 4’Cs de Lautebourn. As empresas buscam
através destes estímulos se aproximarem e manter seus clientes em sua base.
1.1.1 - Força de vendas – Conveniência e Comunicação a
serviço do cliente
Segundo Philip Kotler: “A força de vendas apresenta a vantagem
de ser muito mais eficaz que uma série de anúncios ou peças de mala direta.
O vendedor encontra-se com o cliente, leva-o para almoçar, sonda seus
interesses, responde a perguntas, argumenta contra objeções e fecha a
venda. Quanto mais complexo o produto ou serviço, mais necessário se torna
o uso de profissionais de vendas. Nos casos em que os produtos e preços
são muito similares, o vendedor pode constituir o único fator capaz de afastar
o cliente de um fornecedor e fazê-lo pender para outro.”
Tão importante quanto ao planejamento de vendas no mercado de
varejo é a ação da equipe de vendas no dia a dia dos consumidores. O
conhecimento do produto aliado a entrevistas bem elaboradas junto aos seus
clientes, torna a força de vendas diferenciada e personalizada, pois o
vendedor precisa sempre adaptar seu discurso ao cliente que atende. Até
porque vender é atender necessidades específicas do compradores. A força
de vendas aliada aos 4C’s de Marketing criou nos consumidores muito mais
que desejos e necessidades criou Necejos. Segundo Schweriner: “ É um
12
conceito que designa as necessidades criadas ou despertadas pelo
Marketing. Não são necessidades e, por serem muito menos intensos,
permitem ao consumidor abdicar ou trocar facilmente de produto/ marca. Por
não se encaixar nem nos desejos nem nas necessidades foi criada os
Necejos. São desejos tão poderosos por marcas/ produtos, que o consumidor
os percebe como necessidades, que provocam sofrimento se não forem
satisfeitas. Porém, são necessidades, criadas artificialmente, que não se
deduzem da condição psicológica do ser humano.”
A força de vendas criada pela equipe de vendas fecha o ciclo dos
4C’s, ou inicia outro, considerando que o cliclo de vendas bem feito é
ininterrupto, um ciclo virtuoso que acompanha muitas vezes, toda a vida do
consumidor. Citando Kotler: “Sempre que a empresa emprega uma força de
vendas direta, ela precisa investir na produtividade desse grupo. Uma atitude
a tomar é proceder a uma análise de tempo e responsabilidades, que vai
revelar como a equipe de vendas aloca seu tempo para reuniões de vendas,
preparação de relatórios, estudos de produtos e técnicas de vendas,
deslocamento físico e tempo de assinatura do contrato com o cliente.
Normalmente a empresa consegue encontrar maneiras de reduzir o tempo
gasto pelo pessoal de vendas com preparação de relatórios, deslocamento
físico e outras atividades. Às vezes, ela refaz os territórios, de modo que
possam ser cobertos com mais eficiência”.
Hoje, o profissional de vendas, vende mais que o produto, vende
todos os valores dos 4 C’s de marketing, enxergando o consumidor pelo ponto
de vista dele, levando sempre soluções para os clientes, indicando sempre o
melhor custo benefício e agregando conveniência, sempre com uma
comunicação eficaz, direcionada e personalizada.
Kotler diz que: “O gerenciamento da força de vendas envolve
questões complexas como recrutamento, seleção, contratação, treinamento,
motivação, remuneração e avaliação do pessoal. Anos atrás, as empresas
contratavam um gerente de vendas para cada seis ou oito vendedores. Hoje,
13
essa proporção é de 20 a 40 vendedores para cada gerente. O fato é que os
vendedores estão se autogerenciando mais, sem precisar que um Big Brother
os vigie o tempo todo.”
Com o advento da tecnologia, várias formas de comunicação e
contato com consumidor, foram aproveitadas para melhor vender, distribuir e
divulgar os produtos. Em um mundo em que a ordem é a comodidade e a
conveniência do cliente o mercado varejista disputa de igual para igual,
independente da sua capacidade de venda. Está havendo uma disputa entre
varejistas, pequenos varejistas competem com grandes e grandes com outros
grandes. Além disso, de acordo com Kotler: “ Uma outra disputa está surgindo
agora entre compras feitas de casa e compras feitas nas lojas. Os
consumidores, hoje, conseguem comprar uma variedade maior de mercadorias
a partir de sua própria casa, em vez de tirar o carro da garagem, enfrentar
trânsito, dificuldades com estacionamento e filas nas lojas.” Hoje, os
consumidores podem comprar, sem sair de casa e os varejistas oferecem seus
produtos pelos seguintes canais:
• Catálogo.
• Mala direta.
• Ofertas descritas em revistas, jornais, rádios ou TV.
• Programas de compra pela TV
• Telemarketing.
• Internet.
Com um mundo extremamente competitivo e que o tempo é cada
vez menor, desde nossa infância até a nossa maturidade, as pessoas se vêem
pressionadas pelo tempo, e cada vez mais cresce a tendência de comprarem
em casa, a fim de se dedicarem a outros afazeres. Philip Kotler diz que “Os
varejistas, portanto, têm o desafio de trazer os consumidores de volta a suas
lojas. Mas se a loja cobra preços mais altos, se o estacionamento é difícil, se o
serviço é ruim, se as lojas são de modo geral pouco interessantes, é uma
batalha perdida. Varejistas criativos, por outro lado, estão engajados na luta
14
para melhorar a experiência de compras, com o acréscimo de divertimento,
shows ou outras atrações para agradar e manter seus clientes.”
A distribuição, hoje é uma necessidade e que precisa estar de
acordo com a comodidade dos consumidores. As empresas competitivas,
continua Kotler, reconhecem que suas escolhas de distribuição estabelecem
um compromisso longo e terão que conviver com elas, mesmo se aparecerem
canais novos e mais atraentes. Um número cada vez maior de compradores
pode querer comprar produtos de formas diferentes e os fabricantes, devem
cada vez mais, superar restrições e aumentar ainda mais a suas escolhas se
aproximando e aprimorando outros canais de distribuição.
1.1.2- O Produto – As finalidades do consumidor
O cliente sempre espera ser surpreendido e motiva às empresas a
investirem em pesquisa, tecnologia, em novas formas de comunicação e em
facilidades de compra e serviços agregados. Quem oferece maior benefício,
por um custo adequado, normalmente se torna mais competitivo. Kotler diz
que: “Uma empresa tem por objetivo oferecer algo de maneira diferente e
melhor, para que o mercado-alvo venha a preferi-lo e até mesmo pague um
preço mais alto por ele.” Qualquer produto é adquirido e consumido para
preencher diversas finalidades, Schweriner, divide essas finalidades em sete
grupos essenciais:
• Utilidade (Dimensão funcional) - Entram em cena itens de
valorização racional e como performance, durabilidade,
rendimento ou praticidade.
• Sentimental - Geralmente heranças, memórias e relações
afetivas.
• Sinalização – Roupas, adornos e carros são os principais
exemplos. Existem três básicas de sinalizar:
o exibir/ ostentar/ sobressair
o pertencer ao grupo (estender necessidade)
15
o exteriorizar personalidade
• Gratificação Sensorial – O objetivo é exercitar positivamente
qualquer dos órgãos dos sentidos. Perfumes, música, obras
de arte, cremes para a pele, alimentos e bebidas são os
melhores exemplos.
• Gratificação Psicológica – Orgulho e privilégio, pessoas que
saíram de realidades sofridas e compram produtos que
exibem sua conquista particular.
• Reserva de Valor – Aquelas que preenchem a finalidade de
investimento, como: apartamentos, jóias ou obras de arte.
Um bem pode ser adquirido visando mais de uma finalidade,
dependendo do perfil do consumidor.
1.1.3 - Preço – O cliente o preço psicológico.
O mercado varejista constantemente usa o preço como forma de
seduzir seu público-alvo e aumentar suas vendas. O cliente necessita ter a
sensação de que fez um bom investimento e que teve uma boa relação custo-
benefício. Constantemente, os varejistas usam fórmulas antigas, mas que
funcionam muito bem junto aos seus compradores.
O melhor exemplo é o preço terminado em “9”. Segundo Nicolas
Guéguen: “Os preços com terminação “9” participam de informação e das
decisões de seleção dos produtos. Mas curiosamente, os indivíduos não têm
consciência do efeito desses preços sobre sua decisão.” Vários testes e
pesquisas realizadas, junto a grupos de consumidores, comprovaram o efeito
positivo que o preço terminado em “9” causa. Guéguem cita testes que
produtos anunciados com a terminação “9” são estatisticamente os mais
escolhidos quando apresentados junto com produtos semelhantes com preços
convencionais.
Outra técnica muito usada e que seduz o consumidor e o levar a crer
que está tendo um benefício maior por um custo menor são as propagandas
16
que um dois preços são apresentados, um maior e o outro menor em uma
mesma mercadoria e o maior aparece riscado. Guéguem fala que: “ Esse
pequeno detalhe serve para lhe fazer crer em uma variação maior entre dois
preços e que o cliente está prestes a realizar um negócio muito melhor.
Resultados muito positivos, também foram observados, quando as duas
modalidades de desconto aparecem misturadas em uma mesma comunicação
de venda.
A informação que gera um preço de um produto terminado em “9”
induz o cliente a subavaliar o produto que está sendo apresentado. Os
produtos seriam julgados pelos clientes, menos caros, o que aumenta as
vendas.
O cliente também criou o hábito de avaliar a qualidade do produto
pelo preço cobrado, onde os melhores produtos sempre são mais caros. Isso
acontece, principalmente quando esse produto não possui uma referência a
altura.
Portanto, é através de experimentos testados e observados junto
aos consumidores, que o varejo precifica suas mercadorias, a fim de aumentar
suas vendas, dando a impressão que o consumidor está tendo uma enorme
vantagem, sem diminuir drasticamente sua margem de lucro.
1.2 - Teorias sobre o Comportamento do consumidor e Fatores
de Influência no Processo de Compra
O comportamento do consumidor, envolve conceitos e ferramentas
metodológicas de diferentes áreas do conhecimento, como a psicologia, a
economia, a sociologia, a antropologia e outras ciências.
Neste estudo daremos foco no processo de tomada de decisão do
consumidor final. De acordo com Roberto Meireles, “O consumidor final é
representado pelas pessoas físicas que compram bens e serviços para o seu
uso, para o uso do lar ou para outras pessoas.”
17
Segundo Solomon “O Comportamento do Consumidor é entendido
como o estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos
selecionam, compram, usam ou dispõe de produtos serviços, idéias, ou
experiências para satisfazer necessidades e desejos.” Os elementos de
compra do consumidor, descrevem e entendem o processo de percepção do
consumidor, antecipando as necessidades e prevendo as reações do público
alvo. Além disso, é preciso entender o que motiva os indivíduos para a compra
de produtos e que os fazem rejeitar outros. As principais abordagens teóricas
que descrevem as possíveis visões do consumidor antes do processo de
compra, empregadas no estudo do comportamento do consumidor evoluíram
desde a teoria da racionalidade econômica e as teorias psicológicas e suas
subdivisões, conforme será abordado a seguir.
1.2.1 - Influência da racionalidade econômica.
A base desta teoria tem uma visão do consumidor apoiada na
racionalidade econômica, isto é, um padrão egoísta, cujas escolhas de
consumo são pautadas em uma relação custo/ benefício. Prazer ou satisfação
evitando ao máximo o desconforto ou sofrimento. De acordo com Roberto
Pinheiro: “A maximização da utilidade, isto é, os esforços de escolha de um
consumidor sempre teriam como base a maximização dos graus de satisfação
psicológica e prazer obtidos com o uso dos produtos e serviços adquiridos.”
Pinheiro diz ainda que: “O uso contínuo de um bem, seja ele um
produto ou um serviço, leva a um decréscimo da percepção de utilidade por
parte do consumidor, ou seja, o grau de satisfação psicológica decresce à
medida que quantidades adicionais deste bem vão sendo consumidas.” O que
explica o decréscimo de prazer com o uso constante dos bens é a taxa de
utilidade marginal, uma sensação de retorno decrescente que o consumidor
experimenta após o uso prolongado de certos produtos.
A teoria da racionalidade econômica não leva em consideração as
diferenças individuais, sociais e culturais que permeiam o comportamento de
18
consumo, mas levanta uma série de questões importantes para a compreensão
do fenômeno de compra, especialmente no que diz respeito ao uso de
estímulos de marketing, como os 4 C’s, que objetivem influenciar o
comportamento de compra dos consumidores.
Portanto, descreveremos dentre as várias teorias do comportamento
do consumidor aquelas que representam, de acordo com a abordagem deste
trabalho, as principais influências externas promovidas pelo cenário vivenciado
pelo consumidor durante sua evolução pessoal.
1.2.2 - Cenário atuando no Indivíduo e Indivíduo respondendo
ao cenário
No sentido mais amplo, a psicologia surge como uma alternativa
para a compreensão dos fatores cognitivos, motivacionais e emocionais
envolvidos nos processos de escolha e decisão de compra. Podemos citar
como um sistema de observação que estuda os impulso e os hábitos como
tema central, o behaviorismo. Onde os hábitos são as vias de acesso entre o
estímulo provocado e a resposta conseguida, e os impulsos são as motivações
que percorrem este caminho e são aprendidos pelo indivíduo, durante sua vida.
De acordo com Eliane Karsaklian:”Na teoria behaviorista, a motivação tem
como ponto central o conceito de impulso, entendido como a força que impele
a ação, atribuível às necessidades primárias e vê a execução de uma resposta
como se fosse exclusivamente determinada pelo hábito e pelo impulso.”
Segundo Kotler, citando Freud “Os impulsos nunca são eliminados ou
perfeitamente controlados” eles podem aparecer através de diversos distúrbios
de comportamento.
É citando a teoria de Maslow, que podemos compreender que as
pessoas são dirigidas por necessidades específicas em determinadas fases e
situações. A hierarquia de necessidades de Maslow é descrita pela sua ordem
de importância, onde os impulsos seguem um direcionamento, que começa
pelos instintos fisiológicos, de segurança, sociais, de estima e de auto-
19
realização, onde as primeiras necessidades serão antes das outras,
naturalmente escolhidas. Apenas depois de saciadas as primeiras, o indivíduo
buscará resolver as seguintes.
É com a psicologia que se originaram outras importantes
perspectivas teóricas: a comportamental, a psicanalítica e a cognitivista.
1.2.2.1 - Influência comportamental.
A teoria comportamental enfatiza o comportamento do indivíduo e
suas relações com o meio ambiente, onde o consumo, que é um tipo de
comportamento, é um conjunto de reações, geradas por estímulos localizados
no meio ambiente. A influência no comportamento de compra surgirá com o
estudo dos estímulos presentes no ambiente de consumo, levando o
consumidor a produzir reações de aproximação ou afastamento em relação aos
produtos disponíveis.
De acordo com Pinheiro “A teoria comportamental enfatiza o papel
da aprendizagem e a influência do ambiente no processo de compra, mediante
o uso de estímulos de marketing que maximizam a intenção de compra. Além
disto, a visão comportamental é uma importante fornecedora de métodos e
técnicas na pesquisa do comportamento do consumidor.”
Nesta teoria o meio justifica e direciona as ações, sem entrar em
detalhes, nos estímulos que acontecem internamente no indivíduo. Essa
supervalorização do papel do meio ambiente no processo de compra, levou ao
aprofundamento de outras teorias psicológicas, que direcionassem ao
entendimento do que se passa “dentro” da mente do consumidor.
20
1.2.2.2 - Influência psicanalítica.
Outra teoria utilizada na compreensão da dinâmica psicológica do
consumo é a psicanálise, criada pelo neurologista austríaco Sigmund Freud.
Onde a principal fonte de observação cobre o comportamento humano, de uma
visão interna do consumidor no momento da compra. Uma abordagem que
começa dentro do indivíduo.
Para Freud a mente humana é caracterizada por motivações
conscientes e inconscientes. Esta última exerce uma forte determinação sobre
a primeira, através de motivações inconscientes e pelos impulsos do instinto
humano.
Segundo Roberto Meireles: “A teoria psicanalítica afirma que os
comportamentos expressos na consciência são uma expressão distorcida de
desejos recalcados que se localizam no inconsciente. O significado de um
comportamento ou de uma atitude não deve ser buscado no plano consciente,
mas sim nos motivos ocultos que estão situados no plano do inconsciente.
Nesta abordagem, o consumo é a expressão de desejos inconscientes, posto
que o indivíduo projeta nos produtos seus desejos, expectativas, angústias e
conflitos. O Consumo é, então, uma tentativa de dar vazão a esses desejos,
que encontram uma satisfação parcial ao se vincularem a produtos que
mantêm uma relação de similaridade com estes. A teoria psicanalítica, desta
forma, chama a atenção não apenas para os motivos inconscientes da compra,
mas também para o seu caráter expressivo, posto que os consumidores
projetem seus desejos nos produtos ofertados. A escolha dos produtos, então,
dá-se de acordo com a capacidade de estes satisfazerem, mesmo que parcial
e temporariamente, os impulsos inconscientes”.
No ponto de vista prático, é sabido que no momento da decisão de
compra, não optamos apenas pela funcionalidade e pelas facilidades que o
produto proporciona, mas também pela série de significados que encontramos
ao comprá-lo, através de sua forma, cor, nome, etc. Citando novamente
21
Meireles: “A técnica de atrelar conceitos e imagens aos produtos com o intuito
de aumentar a intenção de compra deve muito à compreensão da mente
humana dada pela psicanálise. A busca da felicidade, da beleza, do corpo
ideal, do status e da aceitação social por parte dos outros, que está presente
em muitas estratégias de marketing na atualidade, deve muito à psicanálise”.
O mercado voltado para o entendimento das prováveis
necessidades dos consumidores, melhora a percepção sobre o Target,
acarretando a diminuição da subjetividade e aumentando a eficiência da
comunicação orientada, que auxilia na organização das prioridades,
aumentando a possibilidade da satisfação das necessidades. Criando um
verdadeiro ciclo virtuoso.
Mapear os estímulos internos do consumidor, as origens
motivacionais que orientam o comportamento humano, e suas escolhas para o
consumo, servem para planejar com maior clareza as ações de venda,
aumentando as possibilidades de sucesso, justificando os investimentos
realizados.
1.2.2.3 - Influência cognitivista
Esta integra produto, consumidor e ambiente conforme a visão de
consumo como um processo de tomada de decisão. Esta linha determina que o
pensamento, crenças, atitudes e experiências passadas são fundamentais para
o processo de decisão de compra.
Segundo Meireles: “Leva a entender o consumo como resultante de
um processamento de informações oriundas do indivíduo, da cultura e do meio
ambiente. Pensar o comportamento de consumo como um processo de tomada
de decisão implica ver o consumidor como aquele que opta por diferentes
produtos, tendo por pano de fundo a influência de fatores cognitivos tais como
percepção, motivação, aprendizagem, memória, atitudes, valores e
personalidade, assim como os socioculturais, isto é, influência de grupo,
22
família, cultura e classe social e ainda os situacionais, tais como influências
localizadas no meio ambiente por ocasião da compra. Para os cognitivistas, as
decisões de compra são variadas, e podem ser classificada pelo tipo de
produto, motivação do consumidor, freqüência da compra, busca e
processamento da informação, percepção das alternativas por parte do
consumidor e influências situacionais.”
A teoria cognitivista integra os diferentes aspectos levantados pelas
abordagens anteriores. O esforço de comunicação para este grupo é mais
persuasivo, a fim de estimular a mudança de atitude no comportamento do
indivíduo, visando à satisfação das suas necessidades. Neste momento as
variáveis controláveis precisam atuar de modo assertivo e focado na mudança
de comportamento do consumidor, a favor do seu planejamento de vendas.
1.2.3 - Influências Sociais e Antropológicas
Esta teoria enfoca o consumo como um processo social, com uma
dinâmica voltada para fatores históricos, sociais e culturais, inseridos em uma
perspectiva histórica, aumentando o nível de compreensão das variações dos
padrões de consumo.
As abordagens sociais e antropológicas oferecem a este estudo uma
compreensão mais profunda sobre a dinâmica social e cultural que determina
os processos de consumo.
Todas as sociedades humanas apresentam uma estratificação
social, que as vezes toma a forma de classes, segundo Kotler: “Classes sociais
são divisões relativamente homogêneas e permanentes de uma sociedade
organizada hierarquicamente, e cujos membros compartilham valores,
interesses e comportamento similar”.
Segundo Roberto Meireles: “O consumo é um processo cuja
significação social proporciona uma referência para a construção da identidade
23
social dos indivíduos. A preferência pelo mesmo tipo e marcas dos produtos,
define a posição social do consumidor, tanto em relação aos seus iguais,
quanto em relação à sociedade como um todo O consumo não é um ato
meramente individual e racional, mas também um processo, essencialmente
social, possibilitando o posicionamento do indivíduo em relação ao seu
contexto social e cultural.”
As classes sociais possuem hábitos de consumo em que suas
preferências por moradia, conhecimento, lazer, trabalhos e referências culturais
e mídia e com uma linguagem própria. O entendimento profundo dos valores e
crenças de cada classe social ajuda a identificação de subdivisões. Grupos
bastante específicos, definidos por nichos de mercados altamente
segmentados, através do seu posicionamento social. De acordo com Christiane
Cage: “Cada classe social tem um padrão lingüístico que a identifica.”
O estudo destas particularidades permite que o planejamento de
marketing e vendas seja direcionado de forma direta e particular, diminuindo os
ruídos e aumentando a eficácia da comunicação e do planejamento de vendas.
CAPÍTULO II
EXTÍMULOS INTERNOS –
2.1 - Percepção, Aprendizado e Crenças
O objetivo desse capítulo é mapear os estímulos internos do
consumidor: Sua percepção do mundo que o cerca e sua subjetividade; as
origens motivacionais que orientam o comportamento humano e suas escolhas
para o consumo, orientadas para o atendimento de suas necessidades; a
organização das prioridades na satisfação de suas necessidades. De acordo
com Kotler, São quatro os fatores psicológicos que influenciam a decisão de
compra: Motivação, Percepção, Aprendizado e Crenças. Nesse trabalho serão
24
comentados e abordados apenas os fatores de Percepção, Aprendizado e
Crenças, pois entendo que as teorias de Motivação principalmente as citadas
por Freud, Maslow e Herzberg, abririam um leque extremamente amplo, o que
tiraria o principal foco, que é o Comportamento do Consumidor pela ótima dos
4 C,s de Lautenborn.
2.1.1- Percepção
Além das influências, teorias e percepções que influenciam os
diversos grupos para a decisão de compra, existe um fator que influencia o
comportamento do consumidor, amplia, valoriza e facilita a captação das
influências exercidas pelos 4 C’s no posicionamento do indivíduo, ao consumir.
O que sustenta a ótica inicial deste trabalho é a percepção do consumidor que
consolida o conceito dos quatro Cs que vê o mercado do ponto de vista do
próprio consumidor e não do vendedor como os 4 P’s. Um comprador, ao
avaliar um produto ou serviço, pode não vê-lo da mesma maneira que o
vendedor. Suas percepções e valores são diferentes, mas complementares.
Um é a flecha, o outro o alvo.
De acordo com Pinheiro: “A percepção é o conjunto de processos
psicológicos pelos quais as pessoas reconhecem, organizam, sintetizam e
conferem significação às sensações recebidas por meio dos estímulos
ambientais captados pelos órgãos dos sentidos (visão, audição, gustação, tato
e olfato). Longe de ser um processo de recepção passiva de estímulos, a
percepção é um processo que conta com o ativo envolvimento do indivíduo,
uma vez que seu resultado final é um significado. Desta maneira, a percepção
pode ser entendida como um processo psicológico de atribuição de significação
aos estímulos sensoriais, direcionado tanto pelo sistema de crenças e valores
do indivíduo, quanto por sua codificação, dada pela cultura e pelo contexto
situacional.”
A percepção rege as relações das pessoas com o mundo. Durante o
processo de vendas, devemos conhecer de maneira detalhada nas quais os
25
estímulos presentes no ambiente, interferem no comportamento de compra
influenciando o processo de tomada de decisão por parte dos consumidores. O
conhecimento dos estímulos sensoriais (visual, auditivo, gustativo, olfativo e
tátil) é de fundamental importância no processo de despertar a necessidade e a
motivação da compra. Segundo Eliane Karsaklian: “Podemos definir percepção
como um processo dinâmico pelo qual aquele que percebe atribui um
significado a matérias brutas oriundas do meio ambiente. O indivíduo não é
objeto, mas um ator confrontado ‘a primeira etapa do processamento da
informação.”
A percepção humana possui alguns dispositivos que proporcionam
uma seleção das informações baseada em critérios de relevância e de
interesse, chamados filtros perceptivos. Roberto Pinheiro destaca os filtros
mais importantes e paralelamente, os conceitos dos 4 C’s foram destacados:
o Atenção Seletiva – Diz respeito à capacidade que os seres
humanos têm de selecionar as informações que lhes são submetidas.
Desta forma, os estímulos devem ser capazes de mobilizar a atenção do
consumidor, impedindo que estes sejam descartados do foco da
consciência. Uma das técnicas mais utilizadas visa despertar o contraste
com os concorrentes ao explorar características como formato, tamanho,
cor e posição dos produtos, criando embalagens e concebendo a
atmosfera do PDV para tirar partido da intenção de compra. Na
abordagem dos 4C’s toda a atenção, direcionada ao produto deve partir
do ponto de vista do consumidor, onde todos os bens e serviços são
passíveis de diferenciação, feitos preferencialmente diferenciadores
psicológicos (Status, por exemplo), físicos, agregando serviços
adaptando frequentemente o design. Proporcionando uma forma rápida
e visível de demonstrar um benefício a mais.
o Distorção Seletiva – É a tendência que os consumidores
possuem de interpretar as informações dando-lhes um significado
pessoal, por meio de seu sistema de crenças e valores. Os indivíduos
26
acomodam os estímulos sensoriais em percepções que façam sentido
em sua visão do mundo, facilitando a classificação e a organização dos
produtos disponíveis. Os esforços de construção da marca, de acordo
com a abordagem dos 4 C’s, devem orientar-se no sentido da
harmonização com as atitudes e as disposições mentais presentes na
mente do consumidor.
o Retenção Seletiva – Seres humanos são predispostos a
armazenar estímulos sensoriais que reforcem o seu sistema de crenças
e valores. Tal fator deve ser levado em consideração por ocasião da
introdução de um produto em países com diferentes características
sociais e culturais. O profissional não pode se esquecer de que, sem o
cuidado prévio, muitos dos esforços para adequação das variáveis
controláveis (valores individuais do consumidor, custo menor com maior
benefício, maior conveniência na distribuição e comunicação voltada
para sua crenças e valores individuais) tornam-se ineficazes por
apoiarem-se em estímulos que colocam em risco as crenças dos
consumidores.
O uso dos estímulos sensoriais como forma de despertar a atenção
do consumidor e levá-lo a construir uma percepção individual do produto é o
que diferencia a ação dos 4 C’s. Os mais variados estímulos sensoriais
remetem a experiência da compra a dimensões extremamente individualizadas,
possibilitando adicionar características experimentais e interativas que
permitem o envolvimento cada vez mais ativo e participativo do consumidor.
Deve-se estar aberto à exploração destas novas técnicas de interferência na
compra, dada a crescente evolução da sociedade, da tecnologia, das novas
formas de comunicação, dos gostos e das preferências dos consumidores.
2.1.2 - Aprendizado
O aprendizado de um indivíduo é extremamente importante, quando
analisamos o cliente pela sua própria ótica, uma das propostas dos 4 C,s de
27
marketing. Ao longo da sua vida o indivíduo passa por uma série de situações
em que ele necessita tomar atitudes e fazer escolhas. Durante sua trajetória
todas as experiências são acumuladas e armazenadas em seu repertório
pessoal. Segundo Coelho Neto, “Repertório é uma espécie de vocabulário, de
estoque de signos conhecidos e utilizados por um indivíduo. Uma mensagem
será ou não significativa, conforme o repertório dessa mensagem pertencer ou
não ao repertório do receptor.” A partir dessa informação, as escolhas
tomadas, são a relação entre nosso repertório pessoal e a relação do indivíduo
com o mundo exterior. Ainda segundo Neto “A significação de um repertório,
para seu possuidor, é função de suas condições de existência, de uma história
pessoal. Repertório é, além dos conhecimentos técnicos específicos, todos os
valores éticos, estéticos, filosóficos, políticos, a ideologia do indivíduo, do grupo
ou da classe social.”
Kotler afirma que “Quando as pessoas agem, elas aprendem. O
aprendizado descreve mudanças no comportamento do indivíduo originando-se
em sua experiência. A maior parte do comportamento humano é aprendida. Os
estudiosos afirmam que o aprendizado de uma pessoa é produzido através de
uma atuação recíproca de impulsos, estímulos, sugestões, respostas e
reforço.”
Essa cadeia de ações internas, estimuladas por fatores externos
decorrentes da nossa relação com o mundo inicia com a definição de impulso,
que de acordo com Kotler, é definido como um forte estímulo interno, que
impele a ação. Seu impulso torna-se um motivo, quando está direcionado a um
objeto de estímulo específico que reduz o impulso. Estímulos menos intensos
são chamados de sugestões, que determinam quando, onde e como a pessoa
responde. Estas respostas são decorrentes de todos os motivos (as outras
variáveis dos 4C’s, Custo, Conveniência e Comunicação) que influenciam a
nossa resposta, durante o processo de escolha, ao consumirmos. Esse fluxo,
termina com o reforço que é definido como uma ação decorrente de uma
experiência gratificante que os consumidores tem, quando o processo de
compra ocorre de acordo ou acima das expectativas. O consumidor generaliza
28
sua resposta a um estímulo similar. Quando a experiência de consumo é feliz,
existe uma forte tendência de o consumidor repetir a ação de compra,
reforçando sua relação com o produto e/ou serviço.
De acordo com Phillip Kotler: “ A importância prática da teoria do
aprendizado, para os homens de marketing é que eles podem estabelecer a
demanda de um produto ao associá-lo com fortes impulsos, usando sugestões
motivadoras e fornecendo reforços positivos. Uma nova empresa pode entrar
no mercado utilizando-se dos mesmos esforços a que os concorrentes
recorrem e fornecer configurações similares de sugestões, porque os
compradores estão mais dispostos a transferir lealdade para marcas similares
do que para marcas diferentes.”
2.1.3 - Crenças e Atitudes – Impulsos Cerebrais
Crença é o resultado da ação e do aprendizado, e que influencia o
comportamento de compra. Segundo Kotler: “Uma crença é um pensamento
descritivo que uma pessoa sustenta sobre alguma coisa. Os fabricantes estão
muito interessados nas crenças que as pessoas têm em suas mentes sobre os
seus produtos e serviços. Estas crenças compõem as imagens de produtos e
de marcas, e as pessoas agem de acordo com as suas imagens.”
Antes de tomar atitudes os consumidores passam por três estágios
principais. Três engrenagens, ativadas por qualquer escolha que apareça na
nossa frente. Uma está ligada as nossas experiências, a tudo que vivemos no
passado e que ficou armazenado em nosso repertório pessoal. Ou seja, tudo o
que aprendemos. Outra está ligada ao desejo de chegarmos a conclusões mais
lógicas e racionais, independente da nossa construção como indivíduo. A
terceira é genética e tem a ver com nossos antepassados. Cada uma das três
analisa as alternativas por um ponto de vista, mas nenhuma toma a atitude
sozinha. De acordo com o texto de Alexandre de Santi: “Individualmente cada
engrenagem tem uma opinião, mas precisa apresentá-la as outras e convencê-
29
las. Em um determinado momento, alguma delas fala mais alto, mas as três
juntas chegarão a decisão e tomarão a atitude juntas.”
Se estamos indecisos por uma compra, o córtex cerebral no cérebro,
interpreta es compara todas as conseqüências das opções existentes, analisa
a hipótese mais vantajosa e faz um balanço das decisões a serem tomadas.
Segundo de Santi: “Essa frieza toda é parte do papel que a razão tem nas
escolhas, quer garantir o sucesso no longo prazo, mesmo que a escolha
pareça menos prazerosa no presente. É o contraponto aos sentimentos
irracionais, como emoções e instintos, que se preocupam com o resultado
imediato das nossas escolhas.”
Outra dessas engrenagens é a experiência, todos nossos registros
no passado são considerados no momento em que tomamos uma decisão de
compra, o nosso sistema de recompensas e acionado e optamos por
experiências parecidas com o que vivemos e que nos gerou prazer
anteriormente. Nos momentos que fomos bem sucedidos, nossos neurônios
fazem uma relação e liberam a dopamina, uma substancia relacionada ao
prazer. É um processo químico que faz parte do nosso processo decisório e
diretamente relacionada às nossas atitudes.
A última das engrenagens, mas não menos importante é o instinto,
que está sempre disposto a nos socorrer quando a ameaça surge e nos livra
sempre dos perigos, sejam quais forem às conseqüências. Diz Santi que
“Atento a preservação do corpo, ele disparam impulsos que nos fazem proteger
a vida, buscar alimentos, procurar parceiros, competir. Esse trabalho depende
de duas áreas importantes do cérebro: amídala e ínsula, que carregam
impulsos da herança do homem milenar, que competia por tudo na natureza.”
O instinto opta pala ação no momento em que a escolha aparece. Ou seja,
aparecem principalmente decisões imediatas. Por exemplo, nas compras por
impulso quando somos submetidos a uma ação de merchandising no ponto de
venda.
30
CAPÍTULO III
DECISÕES DO COMPRADOR
3.1 - O processo decisório de consumo
Por trás do ato de comprar encontra-se um processo decisório que
merece ser relatado com profundidade. O consumidor percorre estágios
importantes ao fazer escolhas sobre produtos e serviços. Segundo Mowen e
Minor, os consumidores tomam decisões a fim de alcançar objetivos, o que
inclui fazer a melhor escolha entre duas ações, reduzir o esforço da tomada de
decisão, minimizar as emoções negativas e maximizar a capacidade de
justificar a decisão.
Sheth, Mittal e Newman dizem que “as decisões dos clientes são as que
eles tomam no mercado como compradores, pagantes e usuários. Tipicamente
essas decisões incluem se deve comprar, o que comprar, quando comprar, de
quem comprar e como pagar”. Esta fase é descrita por vários autores, como
processo decisório de consumo. São divididas em 5 etapas:
o Reconhecimento do problema;
o Busca de informações
o Avaliação das alternativas;
o Decisão de compra;
o Comportamento pós-compra.
3.1.1 - Reconhecimento do problema: percebendo uma
necessidade
O reconhecimento do problema é a percepção da necessidade, é o
ponto de partida do processo decisório do consumidor onde ele reconhece um
problema a ser resolvido ou uma necessidade a ser satisfeita. O
31
reconhecimento do problema é influenciado por fatores internos ou externos.
Podem ser fatores culturais, sociais, influências de grupos de referências,
fatores psicológicos, que podem fazer com que as pessoas mudem seus
hábitos de consumo. Dentro dos fatores controláveis dentro do planejamento
de vendas é fundamental vê-los de dentro para fora, sob a ótica do cliente,
onde sua perspectiva é respeitada e sua individualidade preservada. E dentro
desta ótica, várias experiências passadas e características pessoais também
podem influenciar o reconhecimento de uma necessidade. Segundo Pinheiro:
“Para iniciar uma ação de consumo, a distância referida deve ser grande o
bastante para gerar uma sensação de desconforto, mesmo que sutil, iniciando
um processo decisório que tem por objetivo trazer o indivíduo de volta ao
estado de equilíbrio, ainda que transitoriamente. Isso pode ser tão simples
quanto você perceber que o seu estoque de iogurte na geladeira acabou; ou
uma adolescente notar que suas roupas destoam das usadas pelas outras
adolescentes em uma festa; ou ainda quando um motorista repara que o seu
carro anda fazendo um barulho incomum na mudança de marcha.”
Vários agentes podem ser os responsáveis por levar o consumidor à
percepção do problema: o planejamento de marketing, a propaganda, a
publicidade ou os vendedores, podem ativar o processo decisório de consumo
ao evidenciar os problemas e limitações dos produtos concorrentes ou das
soluções que o consumidor já possui em suas mãos.
3.1.2 - Busca de informações: procurando valor
Depois de reconhecer um problema, o consumidor precisa de
informações ligadas ao produto ou serviço que deseja, o que configura o
segundo estágio do processo decisório de consumo. É nessa etapa que é
possível identificar diversas maneiras de solucionar o problema inicial. De
acordo com Roberto Pinheiro: “De início, você pode ativar sua memória e
procurar lembrar-se de experiências anteriores com produtos ou marcas da
categoria em questão. Essa fase é chamada de busca interna, que pode ser
32
suficiente para produtos comprados com freqüência, como café ou lâminas de
barbear. Alternativamente, um consumidor pode empreender uma busca
externa de informações. Isso acaba sendo necessário quando a experiência
prévia ou o conhecimento das alternativas são insuficientes, quando o risco de
tomar uma decisão de compra errada é alto, ou quando o custo de reunir
informações é baixo.” Segundo Kotler: “As influências dessas fontes variam de
acordo com as características do consumidor e categoria de produtos. A fonte
que fornece o maior número de informações do produto é a fonte comercial e
nessa fonte podemos destacar os profissionais de marketing e vendas.
Todavia, a fonte de informação mais efetiva é a pessoal, pois ela é capaz de
legitimar, avaliar o produto. Cada fonte de informação desempenha uma função
diferente ao influenciar a decisão de compra.”
As fontes primárias de informações externas são: fontes pessoais
(parentes, amigos ou especialistas conhecidos); fontes públicas (instituições
como a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, publicações
especializadas ou revistas que trazem matérias comparativas; e a mais
importante para o nosso estudo , fontes instituídas pelo pessoal de marketing,
como a interação com vendedores, test drives, demonstrações de produtos ou
ainda degustações nos pontos-de-venda. Hoje em dia os consumidores
possuem várias oportunidades para fazer sua compra sem sair de sua casa,
como internet, telemarketing, programas de compras feitas pela a TV. É desafio
do mercado de varejo tornar mais atraente o ponto de venda e fazer com que
seu público volte a freqüentar seu PDV, como foi visto neste trabalho
anteriormente.
3.1.3 - Avaliação de alternativas: definindo o valor
Em posse das informações, o consumidor vai para a próxima etapa:
a avaliação das alternativas. Nessa etapa o consumidor compara as opções
identificadas e analisa qual delas poderá resolver seu problema. De acordo
com Kotler “Os consumidores variam de acordo com os atributos que
consideram mais relevantes e a importância associada a cada atributo. Eles
33
prestarão mais atenção aos atributos que forneçam os benefícios buscados”.
Este estágio esclarece o problema para o consumidor porque sugere critérios
para orientar a compra; cria um conjunto de nomes de marcas que poderiam
atender aos critérios; desenvolve as percepções de valor do consumidor.
Segundo Pinheiro: “Existem vários critérios de avaliação do
consumidor, que representam tanto os atributos objetivos (como presença
física do fabricante), quanto os subjetivos (como prestígio da marca) que você
usa para comparar as diferentes alternativas.” As empresas voltadas para seu
cliente procuram identificar os dois tipos de critérios mencionados, de modo a
capitalizar valor para o seu consumidor. Normalmente, esses critérios são o
principal direcionamento das mensagens da comunicação focada no seu
Target.
Os critérios para avaliar as marcas mudam o tempo todo. Sabendo
disso, as empresas realizam pesquisas para identificar os conjuntos de critérios
de avaliação mais importantes usados pelos consumidores quando comparam
as marcas, assim como os principais valores e pontos de vista dos
consumidores a respeito do produto.
3.1.4 -Decisão de compra: adquirindo valor
Depois de examinar as alternativas, o consumidor já está
praticamente pronto para tomar uma decisão de compra. Neste ponto, três
escolhas ainda devem ser feitas: quem comprar; quando comprar; como pagar.
Para alguns produtos, o processo de busca de informações
envolverá um investimento de tempo e energia, fazendo pesquisa no mercado,
visitando-se lojas, buscando publicações que envolvem diferentes marcas,
lendo-se revistas que tragam informações, ou acessando os sites de possíveis
fornecedores que envolvam sua compra. A seleção do fornecedor dependerá
de aspectos como as condições da venda, sua eventual experiência passada
em comprar daquela empresa, bem como localização de seus PDV, visando
34
sempre à conveniência do cliente, sua política de troca. Para uma decisão de
compra existir a avaliação envolve tanto os atributos do produto quanto as
características da empresa vendedora e os serviços agregados oferecidos por
ela: como garantias, seguros, atualizações, etc.
A decisão de quando comprar é, freqüentemente, determinada por
vários fatores como promoção nos preços, descontos ou facilidades nas formas
de pagamento, os juros cobrados, etc. Outros fatores são importantes para o
varejo, como, o prazer da experiência de compra, a capacidade de persuasão
dos vendedores, e as circunstâncias financeiras que afetam a rapidez da
tomada de decisão de compra. Completando essa parte, Pinheiro descreve “A
tecnologia de informação está realizando uma verdadeira revolução no
processo decisório de consumo. A compra por meio do computador, ou a
compra online, baseia-se na tecnologia da Internet na etapa da busca de
informações, na avaliação de alternativas e na tomada de decisão de compra.
Essa tecnologia também facilita a personalização das ofertas de acordo com as
necessidades específicas dos indivíduos, aumentando o valor e a satisfação da
clientela.”
3.1.5 - Comportamento pós-compra: valor no consumo ou no
uso
Segundo Kotler: “O trabalho do profissional de marketing não
termina quando o produto é comprado. Ele deve monitorar a satisfação, as
ações e a utilização em relação ao produto depois de efetuada a compra.”
Após comprar um produto, o consumidor compara o seu desempenho com as
expectativas anteriormente acumuladas sobre ele e fica satisfeito ou
insatisfeito. Se o cliente fica insatisfeito, os profissionais de venda precisam
descobrir se o produto era de fato deficiente ou se as suas expectativas
elevadas. Essa avaliação pós compra, faz com que a responsabilidade sempre
seja de quem vende, seja através da mudança na concepção do produto ou na
adequação da comunicação a expectativa do consumidor. Segundo Pinheiro ”O
35
grau de envolvimento com o que se consome ou a experiência de uso do
cliente são extremamente importantes na sua percepção de valor. Por
exemplo, um estudo sobre os serviços de telefonia interurbana indica que a
satisfação ou a insatisfação afetam as percepções de valor, influenciando a
interpretação das comunicações de marketing e o comportamento de compra
repetida pelo consumidor. Compradores satisfeitos contam sua experiência
para um certo número de pessoas. Compradores insatisfeitos reclamam para
um número três vezes maior. Os compradores satisfeitos também tendem a
voltar ao mesmo vendedor cada vez que surgir uma ocasião de compra.
Considerando os resultados financeiros das empresas vendedoras, o impacto
positivo do comportamento de compra repetida é relevante. Como
conseqüência, grandes e pequenas empresas concentram atenção no
comportamento pós-compra de seus clientes, visando a maximizar a sua
retenção, oferecendo-lhes um ótimo pacote de satisfações.”
Hoje as empresas fazem muitos o treinamentos junto as suas
equipes de atendimento e venda a fim de lidar com as reclamações, responder
a perguntas, registrar sugestões e alimentar as empresas com informações
muito importantes sobre seus consumidores e seus próprios produtos. Estes
esforços subsidiam comunicações positivas depois da compra entre os
consumidores e contribuem para a construção de um relacionamento sólido
entre vendedores e seus clientes.
36
CONCLUSÃO
Quando o varejo anuncia seus produtos e divulga suas novidades na
mídia, não é só a comunicação bem elaborada destinada ao público-alvo, a
boa distribuição dos seus produtos e da informação ou um produto
desenvolvido segundo o ponto de vista dos seus consumidores além do preço
que leva o cliente a tomar a decisão de compra, que fazem as empresas
conquistar seus clientes e fazer a manutenção positiva do seu público alvo,
junto a sua carteira de clientes. Apesar dessa visão do Mix de Marketing, sob a
ótica dos 4C’s ser extremamente positiva e aproximar cada vez mais os
clientes da empresa, é a capacidade da empresa participar ativamente das
mudanças que estes clientes passam por toda a sua vida, que realmente fazem
o sucesso de grupos que entendem o comportamento sempre mutante e
evolutivo de seus consumidores.
Observar um indivíduo ou um grupo, estudar suas ações depois de
fornece-lhes algumas informações, pode oferecer a empresa importantes
subsídios para induzir comportamentos favoráveis posteriores que são
importantes tanto no conteúdo da informação quanto na maneira que esta é
apresentada ao Target. Segundo Guéguen; “É preciso conhecer e controlar
sutilmente seu público alvo a fim de poder influenciar seu comportamento e
julgamento.”
Resumindo, além dos 4’Cs desenvolvidos tendo a ótica do cliente
como base, dois tipos de fatores individuais influenciam a decisão de compra:
Os fatores psicológicos do indivíduo e os fatores comportamentais. De acordo
com Roberto Pinheiro: ”Os mecanismos psicológicos do indivíduo (motivação,
percepção, aprendizagem, processo cognitivo); e os fatores comportamentais
(experiências de compras passadas, risco percebido, hábitos de comunicação)
afetam a decisão de compra organizacional. Isso quer dizer, que as empresas
realmente necessitam compreender esses quatro fatores fundamentais para
37
uma relação completa e harmônica: Qual a melhor solução deverá ser dada ao
cliente e que solução ele espera da empresa; Qual o custo ele espera ter, para
uma melhor relação custo benefício; Como se aproximar do cliente da forma
mais conveniente possível para ele e qual a melhor forma de se comunicar com
esse consumidor de uma forma a seduzi-lo por um espaço maior de tempo.
Estas questões deverão fazer sempre parte da vida, de uma empresa
competitiva e duradoura voltada para o comportamento do cliente.
Se o ser é produto do meio é necessário que as empresas
conheçam o meio para chegarem de uma forma mais eficaz aos seus clientes.
Mais do que isso, conhecendo o meio as empresas reorganizam esse meio e
sutilmente direcionam os seres aos seus objetivos de venda. Sendo assim,
esses seres influenciados pela comunicação de consumo também acabam
reorganizando o meio que vivem. É uma relação de complemento e
retroalimentação dos dois lados em que a empresa evolui e participa e
monitora a evolução do indivíduo e do meio que o cerca. Para a empresa
competitiva de hoje, muito mais do que entender o comportamento do
consumidor é participar ativamente da evolução do indivíduo e da sociedade
que o cerca.
38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
KOTLER, Philip. Administração de Marketing – São Paulo: Ed. Atlas, 1995. KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI - São Paulo: Ed. Futura, 2001. COBRA, Marcos. Administração de Vendas – São Paulo: Ed. Atlas, 1981. GADE, Christiane. Psicologia do Consumidor – São Paulo: Ed. Pedagógica, 2005 CANCLINI, Nestor. García. Consumidores e Cidadãos - Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1995. KARSAKLIAN, Eliane. Comportamento do Consumidor – São Paulo: Ed. Atlas, 2004. BLESSA, Regina. Merchandising no PDV – São Paulo: Ed. Atlas, 2007. PINHEIRO, Roberto. Comportamento do Consumidor e Pesquisa de Mercado – Rio de Janeiro: FGV Management, 2006. COELHO NETO, J. Teixeira - Semiótica, Informação e Comunicação – São Paulo: Ed. Perspectiva, 1996. SCHWERINER, Mario Ernesto René - Comportamento do Consumidor – Identificando Necejos e Supérfluos Essenciais – São Paulo: Ed. Saraiva, 2006. GUÉGUEN, Nicolas. - Psicologia do Consumidor – Para compreender melhor de que maneira você é influenciado – São Paulo: Ed. SENAC, 2010. SUPER INTERESSANTE, Revista - Como tomar Decisões -– Ed. Abril, Set/ 2011
39
ANEXO
Estímulos de Marketing
4 P’s/ 4C’s Outros Estímulos Características
do Comprador Processo de decisão
de compra Decisões do comprador
Ø Produto / Cliente (solução para o
Ø Econômico Ø Culturais Ø Reconhecimento do problema
Ø Escolha do produto
Ø Preço/ Custo (para o cliente)
Ø Tecnológico Ø Sociais Ø Busca dasinformações
Ø Escolha da marca
Ø Praça/ Conveniência Ø Político Ø Pessoais Ø Avaliação das alternativas
Ø Escolha do revendedor
Ø Promoção/ Comunicação Ø Cultural Ø Psicológicos Ø Decisão de compra
Ø Freqüência de compra
Ø Comportamento pós compra
Ø Montante de compra
Fonte: KOTLER, Philip. Administração de marketing: Editora Atlas, 1993
40
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 1
AGRADECIMENTOS 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - ESTÍMULOS EXTERNOS 11
1.1 - OS 4 C’S E O ESTÍMULO AO CENÁRIO 11
1.1.1 - FORÇA DE VENDAS 11
1.1.2- O PRODUTO 14
1.1.3 - PREÇO 15
1.2 - TEORIAS SOBRE O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E
FATORES DE INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE COMPRA 16
1.2.1 - INFLUÊNCIA DA RACIONALIDADE ECONÔMICA. 17
1.2.2 - CENÁRIO ATUANDO NO INDIVÍDUO E INDIVÍDUO RESPONDENDO
AO CENÁRIO 18
1.2.2.1 - INFLUÊNCIA COMPORTAMENTAL. 19
1.2.2.2 - INFLUÊNCIA PSICANALÍTICA. 20
1.2.2.3 - INFLUÊNCIA COGNITIVISTA 21
1.2.3 - INFLUÊNCIAS SOCIAIS E ANTROPOLÓGICAS 22
CAPÍTULO II – ESTÍMULOS INTERNOS 23
2.1 - PERCEPÇÃO, APRENDIZADO E CRENÇAS 23
2.1.1- PERCEPÇÃO 24
2.1.2 - APRENDIZADO 26
2.1.3 - CRENÇAS E ATITUDES – IMPULSOS CEREBRAIS 28
41
CAPÍTULO III – DECISÕES DO COMPRADOR 30
3.1 - O PROCESSO DECISÓRIO DE CONSUMO 30
3.1.1 - RECONHECIMENTO DO PROBLEMA: PERCEBENDO UMA
NECESSIDADE 30
3.1.2 - BUSCA DE INFORMAÇÕES: PROCURANDO VALOR 31
3.1.3 - AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS: DEFININDO O VALOR 32
3.1.4 - DECISÃO DE COMPRA: ADQUIRINDO VALOR 33
3.1.5 - COMPORTAMENTO PÓS-COMPRA: VALOR NO CONSUMO OU NO
USO 34
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37
ANEXO 39
ÍNDICE 40