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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Faculdade de Ciência da Informação Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação Rafael Henrique Santos Soares Métodos para análise da comunicação e mediação da informação em organizações públicas por meio de redes sociais mapeadas a partir de publicações oficiais. Orientador: Prof. Dr. Jorge Henrique Cabral Fernandes Brasília – DF

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIAFaculdade de Ciência da Informação

Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação  

Rafael Henrique Santos Soares  

Métodos para análise da comunicação e mediação da informação em organizações 

públicas por meio de redes sociais mapeadas a partir de publicações oficiais.

  

 Orientador: Prof. Dr. Jorge Henrique Cabral Fernandes

  

Brasília – DF2014

Visão geral

Modelo de análise da comunicação e mediação da informação em organizações públicas brasileiras através da Análise de Redes Sociais. 2

Administração Pública(Órgãos e indivíduos)

Análise de redes sociais

Indícios sobre comunicação emediação da informação

Fontes de dados abertas

MODELO DE COMUNICAÇÃO ENTRE ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS

Organiza

ção

Publica B

Espaço FormalEspaço Informal

Organiza

ção

Publica A

Imprensa e comunicação oficial

Representante

Na cronologia dos processos de comunicação os processos informais e formais servem a fins distintos, (mas) são indispensáveis e utilizados em momentos diferentes. Os processos informais antecedem os processos formais. (LeCoadic 2004 p. 35)

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METODOLOGIA – COLETA DE DADOS

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Metodologia exploratória

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MÉTODOS PARA INVESTIGAÇÃO EM REDES SOCIAIS MAPEADAS A PARTIR DE INFORMAÇÕES DE FONTES DE 

DADOS ABERTAS

• FENÔMENOS COESIVOS E GRUPOS DE DESTAQUE

• FENÔMENOS DE DIFUSÃO• FENÔMENOS DE MEDIAÇÃO

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FENÔMENOS COESIVOS E GRUPOS DE DESTAQUE

• Estudo: Existem, na prática, em termos de fluxo da informação, grupos de ministérios em um número tal que suporte a hipótese de Klimek, Hanel e Thurner (2009) ?– “A quantos políticos deve-se deixar o governo”. Klimek, Hanel e Thurner (2009) 

– Rede mapeada com informação ‘extra’ sobre o órgão autor da publicação para definição da orientação dos relacionamentos.

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FENÔMENOS COESIVOS E GRUPOS DE DESTAQUE

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Componentes

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FENÔMENOS COESIVOS E GRUPOS DE DESTAQUE

• K-Cores: O maior grupo (57-core) contou com Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ministério da ciência, tecnologia e inovação. (Também estão no componente)

• Cliques: – Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão que figura entre 18 dos 31 cliques de tamanho 4 da rede

– O componente identificado anteriormente também forma dois cliques de tamanho 3.

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FENÔMENOS COESIVOS E GRUPOS DE DESTAQUE

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• Ministérios de maior prestígio também se destacaram nas métricas anteriores

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FENÔMENOS COESIVOS E GRUPOS DE DESTAQUE

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• Ranking– (1) identificar relacionamentos simétricos entre os vértices. (2) remover os 

relacionamentos não simétricos. (3) computar os componentes da rede resultante e considera-los clusters.  (4)  Encolher os cluster para torna-los um único elemento da rede. (5) repetir os passos 2 e 3 ate que não existam mais relacionamentos bidirecionais na rede.

– Execução completa não oferece resultados úteis– Execução intermediária permite identificar grupos coesos.

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FENÔMENOS COESIVOS E GRUPOS DE DESTAQUE

• Hipótese relacionada ao numero 20 não pode ser provada.

• Presidência tem destaque, conforme esperado• Ministérios da Ciência Tecnologia e Inovação e do 

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior têm relação estreita

• Baixo fluxo de informação mapeado (não se destacaram em nenhuma das métricas): Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Turismo e Ministério da Integração Nacional.

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FENÔMENOS COESIVOS E GRUPOS DE DESTAQUE

• Avaliação da relevância das métricas

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Componentes Cliques Cores Prestigio Ranking Soma Orçamento 2014Presidência da República                                      1 1 1 1 1 5 300Ministério do Esporte                                        0 0 1 0 0 1 3,3Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão                0 1 1 1 1 4 13,6Ministério do Trabalho e Emprego                              0 0 1 0 0 1 46,5Ministério da Justiça                                        0 1 1 0 1 3 11,6Ministério das Cidades                                        0 0 0 0 0 0 25,6Ministério da Educação                                        0 1 1 1 1 4 81,2 Ministério das Comunicações                                  0 0 0 0 0 0 5,3 Ministério do Desenvolvimento Agrário                        0 0 1 1 0 2 5,3 Ministério da Defesa                                        0 0 0 0 0 0 67,8 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 1 1 1 1 0 4 2,7 Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação                 1 1 1 1 1 5 9,4 Ministério da Fazenda                                        1 1 0 1 1 4 24,3 Ministério de Minas e Energia                                0 0 1 0 1 2 10,8 Ministério das Relações Exteriores                           0 0 0 0 0 0 2,2 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento          1 1 1 1 1 5 10,5 Ministério dos Transportes                                   0 0 0 0 0 0 21,4 Ministério da Pesca e Aquicultura                            0 0 0 1 1 2 0,63 Ministério do Meio Ambiente                                  0 0 0 0 0 0 4,4 MINISTÉRIO DA CULTURA                                        1 1 1 0 0 3 3,5 Ministério do Turismo                                        0 0 0 0 0 0 2,7 Ministério da Saúde                                        0 0 1 1 1 3 99,2 Ministério da Integração Nacional                            0 0 0 0 0 0 9,1 Ministério da Previdência Social                             0 0 0 0 0 0 80 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome        0 1 1 1 0 3 62,1

A correlação entre a soma das métricas e o orçamento é de 0,304208 : Associação moderada

Nooy, Mrvar e Batagelj (2005, p.191):

0 < x < 0.05: Não há correlação; 0.05 < x < 0.25: Associação fraca; 0.25 < x < 0.6: Associação moderada;0.6 < x < 1.0: Associação forte;

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FENÔMENOS DE DIFUSÃO

• Estudo: Adesão ao SiSU por parte das universidades federais.– Comunicação intensa entre as Universidades: Poucos atores e muitos relacionamentos

– Remoção de relacionamentos menos relevantes. (Provavelmente originados de portarias que listam todas as universidades. Ex: orçamento)

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Vertices Linhas Loops Linhas Multiplas Densidade Grau Médio59 21928 300 20185 12,51 743,32

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FENÔMENOS DE DIFUSÃO

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FIGURA - À ESQUERDA, DIFUSÃO ACUMULADA A PARTIR DE UM VÉRTICE CENTRAL E UM MARGINAL (NOOY, MRVAR E BATAGELJ, 2005, P. 165). À DIREITA, DIFUSÃO ACUMULADA DA ADESÃO AO SISU NA REDE DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

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FENÔMENOS DE DIFUSÃO

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FENÔMENOS DE DIFUSÃO

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• Inspeção visual é etapa importante no estudo da difusão.

• Tema complexo politicamente – Influência da rede existe, mas não pode ser tomada como único fator.

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FENÔMENOS DE MEDIAÇÃO

• Estudo: Rede de ego da Presidente da República– 93% de relacionamentos com apenas 1 ocorrência: Desprezados

– Contato com a Presidente parece ser restrito: Apenas 8,5% dos atores (16 de 172) permaneceram no primeiro nivel da rede manipulada

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Lowest value of line: 1.00000000Highest value of line: 124.00000000  Line Values Frequency Freq% CumFreq CumFreq%----------------------------------------------------------- ( ... 1.0000] 9831124 93.7047 9831124 93.7047 ( 1.0000 ... 42.0000] 660173 6.2924 10491297 99.9971 ( 42.0000 ... 83.0000] 279 0.0027 10491576 99.9998 ( 83.0000 ... 124.0000] 23 0.0002 10491599 100.0000-----------------------------------------------------------

Total 10491599 100.0000

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FENÔMENOS DE MEDIAÇÃO

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FENÔMENOS DE MEDIAÇÃO

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• Clique: Mirian Belchior, Marco Antônio Raupp, Fernando Damata Pimentel, Guido Mantega e Dilma Rousseff. 

• Mediação: Ministros são brokers entre seus colaboradores e o restante da rede.

• Restrição agregada da Presidente– Quanto menor mais ‘poder’ de intermediação– Com clique: 0,28. Sem clique: 0,15– Interpretação: Muita centralização do fluxo de informação na Presidência.

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FENÔMENOS DE MEDIAÇÃO• Efeitos da proximidade estrutural em

relação ao suporte social

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Spearman Rank Correlation Coefficient 0.61031322Pearson Correlation Coefficient 0.42528

Correlação entre tempo de cargo e proximidade com a Presidente

Kadushin (2004): “membros de círculos sociais, especialmente os membros mais centrais, se beneficiam de suporte social e confiança compulsória”.

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COMENTÁRIOS FINAIS

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• DOU parece ser boa alternativa para coleta de dados sobre fluxo de informação entre agentes públicos

• Métodos computacionais propostos apresentaram desempenho aceitável

• Com as devidas adaptações na interpretação dos resultados, muitas métricas importantes da ARS foram aplicadas com resultados coerentes.

• Métodos propostos se adequam melhor ao papel de elemento complementar às análises, devido, principalmente, à complexidade do objeto ao qual se aplicam.

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Rafael Henrique Santos Soares  

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