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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA – UNEB GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS – SEMARH CENTRO DE RECURSOS AMBIENTAIS – CRA NÚCLEO DE ESTUDOS AVANÇADOS DO MEIO AMBIENTE – NEAMA SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI JOHNNY WILLIAM SANTOS BARBOSA LEVANTAMENTO DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS DO PERÍMETRO IRRIGADO FORMOSO NO MUNICÍPIO DE BOM JESUS DA LAPA - BA. Salvador 2006

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SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS – SEMARH

CENTRO DE RECURSOS AMBIENTAIS – CRA NÚCLEO DE ESTUDOS AVANÇADOS DO MEIO AMBIENTE – NEAMA

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

JOHNNY WILLIAM SANTOS BARBOSA

LEVANTAMENTO DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS DO PERÍMETRO IRRIGADO FORMOSO NO MUNICÍPIO DE BOM JESUS

DA LAPA - BA.

Salvador

2006

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JOHNNY WILLIAM SANTOS BARBOSA

LEVANTAMENTO DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS DO PERÍMETRO IRRIGADO FORMOSO NO MUNICÍPIO DE BOM JESUS

DA LAPA - BA.

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Gestão Ambiental Municipal da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, como requisito para a obtenção do Grau de Especialista.

Orientador – Professor DSc. Iara T. Queiroz Pereira dos Santos

Salvador

2006

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Dedico este trabalho,

Aos meus pais, Maria Lúcia e Antonio; a minha esposa Cássia Jeane, ao meu filho

Felipe William, as minhas irmãs Daiane e Taiana e minha sobrinha Maria Eduarda

pelo apoio, carinho e confiança.

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Agradecimentos

A conclusão desse trabalho representa mais uma vitória em minha vida. Por

isso, não poderia deixar de agradecer a algumas pessoas que fizeram parte das

minhas conquistas durantes vários momentos.

Agradeço em primeiro lugar a DEUS, pois sem a sua presença constante em

minha vida nada disso seria possível.

Aos meus pais, fonte inesgotável de esperança e fé.

A minha esposa, que apesar de longe, sempre acreditou no meu potencial me

provando o quanto sou capaz de realizar as coisas que almejo.

Ao meu filho, pela compreensão e paciência nos momentos em que estive

ausente.

As minhas irmãs, pelo apoio incondicional sem o qual não poderia realizar esta

etapa importante de minha vida profissional.

A orientadora Iara, por suas críticas e sugestões ao longo da elaboração desse

trabalho.

A equipe do CRA, idealizadora e concretizadora do Curso de Pós-Graduação

em Gestão Ambiental Municipal, na pessoa da Diretora, Maria Lúcia Cardoso de

Souza, a Coordenadora Pedagógica, Júlia Salomão, a toda equipe de Educação

Ambiental, Angélica, Raquel, Lea e Angélica Tachard, e aos funcionários Solange,

Jaqueline, Adriana, Milena, Antonio, Ivan Julia, Maria, Gislene, Arlete, Rose, Tainá e

Anne pelo importante apoio prestado.

A equipe do SENAI – CETIND na pessoa de Iolanda, Taiana e Cristiane pelo

trabalho prestado e esforços desprendidos para realização do curso.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................6

2. JUSTIFICATIVA ...............................................................................................................7

3. CARACTERIZAÇÃO REGIONAL DO PERÍMETRO IRRIGADO FORMOSO .....8

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO VALE DO SÃO FRANCISCO ...........................................8

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BOM JESUS DA LAPA.........................9

3.3 ASPECTOS ECONÔMICOS DO MUNICÍPIO.....................................................10

4. PERÍMETRO IRRIGADO FORMOSO E O MEIO AMBIENTE ..............................12

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO PERÍMETRO......................................................................12

4.2 ASPECTOS FÍSICO-CLIMÁTICOS .............................................................................13

5. SITUAÇÃO AMBIENTAL ATUAL NO PERÍMETRO ...............................................15

6. METODOLOGIA ............................................................................................................18

7. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................19

8. CONCLUSÃO ................................................................................................................30

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS .............................................................................32

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1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, os homens investiram violentamente contra os recursos

naturais na busca frenética por um desenvolvimento econômico, que se revelou

predador e excludente. Os homens ignoram que as potencialidades naturais são

esgotáveis e que a exclusão força uma parcela da nossa sociedade a adotar

atitudes que penalizam o meio ambiente.

O ambiente é resultado da relação entre a natureza e as ações antrópicas que

exploram ou não, segundo sua visão de mundo, valores e tecnologias, determinados

recursos presentes em seu espaço.

A relação homem-ambiente, no processo da produção agrícola, vem

provocando alterações no equilíbrio ambiental através dos processos de ocupação e

uso do solo e da exploração dos recursos naturais. A agricultura precisa ser

sustentável para atender à demanda futura de bens, evitar a degradação dos

mananciais hídricos, da flora, da fauna e do solo como também promover a melhoria

da qualidade de vida dos indivíduos a ela integrados.

Em decorrência disso, o trabalho ora apresentado tem como pressuposto

básico, apresentar o levantamento dos principais problemas ambientais do

Perímetro Irrigado Formoso, perímetro público vinculado a CODEVASF 2ª S/R –

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba, situado no

município de Bom Jesus da Lapa, no oeste do Estado da Bahia.

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2. JUSTIFICATIVA

A evolução e o aperfeiçoamento constante das tecnologias disponíveis devem

ser o objetivo fundamental da investigação científica para que os atuais sistemas de

produção agrícolas possam auto sustentar-se, mantendo elevado índice de

produtividade sem degradação do meio ambiente.

O Perímetro Irrigado Formoso, desde os anos 70, iniciou suas atividades sem

as devidas preocupações de natureza ambiental, sendo assim, são especialmente

importantes sua revitalização e emancipação ambiental na busca da eco-eficiência

adotando-se processos de produção em conformidade com os requisitos ambientais.

O perímetro não dispõe da necessária cultura e estrutura ambiental para a

prevenção de impactos negativos ao meio ambiente e para uso sustentável dos

recursos naturais, cuja produção agrícola é dependente, surgindo, diante do

exposto, a idéia de realizar-se um levantamento dos principais problemas ambientais

do Perímetro Irrigado Formoso.

Sendo assim, na tentativa de fomentar o desenvolvimento de maneira mais

sustentável, baseado no tripé meio ambiente equilibrado, produção econômica e

qualidade social, o referido levantamento tem como objetivo a sensibilização da

comunidade residente no perímetro irrigado como também das entidades públicas e

privadas, ligadas direta ou indiretas as atividades ali desenvolvidas, no sentido de

propor formas e sistemáticas de trabalho que promovam a melhoria da qualidade

ambiental do perímetro.

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3. Caracterização Regional do Perímetro Irrigado Formoso

3.1 Caracterização do Vale do São Francisco

O rio São Francisco constitui a principal fonte de abastecimento de água para

os habitantes do vale do São Francisco, nasce na Serra da Canastra, em Minas

Gerais, percorre os estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas desaguando

no oceano atlântico a 2.700 km da nascente. A bacia do São Francisco drena

aproximadamente 640.000 Km2 abrangendo Goiás e Distrito Federal além dos cinco

estados cortados pelo rio.

As precipitações pluviométricas anuais são baixas e irregulares variando entre

350 mm e 1900 mm. As temperaturas máximas e mínimas situam-se em torno de,

respectivamente, 27 ºC e 18 ºC. A evapotranspiração varia de 2.000 a 3.000 mm

anuais e a umidade relativa média anual situa-se na faixa de 60% a 80%.

O vale do São Francisco dividi-se em quatro áreas: alto, médio, submédio e

baixo. O alto São Francisco situa-se da nascente até Pirapora (MG) abrangendo as

sub-bacias de dos rios Velhas, Abaeté, Pará, Jequitaí e indaiá. O médio São

Francisco estende-se de Pirapora (MG) a Remanso (BA) abrangendo as sub-bacias

dos rios Paracatu, Urucaia, Carinhanha, Corrente, Grande e Paramirim. O submédio

São Francisco compreende o trecho de Remanso (BA) até Paulo Afonso (BA)

abrangendo as sub-bacias de dos rios Tourão e Vargem. O baixo São Francisco

compreende o trecho que vai de Paulo Afonso (BA) até a foz, em Penedo (Al).

A principal atividade do vale é a agricultura seguida da pecuária e do

extrativismo vegetal. Os níveis de renda, saneamento básico, saúde e educação

produzem um quadro de acentuadas carências sociais na região do vale.

Os ecossistemas predominantes no vale são divididos em três zonas: Cerrado;

Caatinga e Mata Atlântica. Na zona do cerrado os recursos naturais favorecem os

setores silvo-agropecuários e mineração. A rede hidrográfica promove o

abastecimento de água populacional e industrial, geração de energia e irrigação. A

zona da Caatinga abrange áreas de clima subúmido, seco e semi-árido. A população

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concentra-se nas margens do Rio São Francisco, que juntamente com os reservatórios

constituem as fontes de água disponível. A barragem de Sobradinho compõe o

sistema regional de geração de energia atendendo a demanda do nordeste. A zona da

mata atlântica está inserida em área de clima úmido e subúmido. A economia baseia-

se na exploração da cultura da cana-de-açúcar e fumo destacando-se as usinas de

açúcar e de álcool.

O vale do São Francisco defronta-se com inumemos problemas ambientais,

devido sua ocupação econômica na exploração dos potenciais energéticos,

agropecuários e indústrias, como: o desmatamento causado pela expansão da

pecuária extensiva e agricultura mecanizada; a desertificação causada pela

exploração agrícola incompatível com o meio; a contaminação de mananciais

hídricos pela utilização intensiva de fertilizantes e agrotóxicos e a devastação dos

manguezais ocasionando a perda de espécies marinhas do ecossistema enquanto

criadouro natural.

3.2 Caracterização do Município de Bom Jesus da Lapa

A origem da cidade de Bom Jesus da Lapa ocorreu a partir de 1550, com o

povoamento do entorno do morro e a descoberta da gruta pelos jesuítas. Mais

especificamente origina-se com a chegada do português Francisco Mendonça Mar,

que, por volta de 1700, habitou a gruta como eremita por vários anos.

O município possui 4.148,5 Km2 de extensão territorial e está situado na região

centro-oeste do estado na Zona Fisiográfica do Médio São Francisco, com território

totalmente abrangido pelo “polígono das secas”.

Por entre uma vasta planície do sertão baiano, surge um imponente e vistoso

bloco de granito e calcário cheio de grutas e fendas estreitas denominado de Morro

da Lapa. Situado no perímetro urbano da sede com 93 metros de altura, 400 metros

de largura e aproximadamente 1.000 metros de extensão, o morro e suas grutas se

constituem na principal atração turística da cidade.

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O rio Corrente, o rio das Rãs e o Santana são os principais afluentes do rio São

Francisco que banha a cidade pela margem direita.

O clima varia de seco a subúmido e semi-árido com temperatura média anual

de 23,7 ºC e pluviosidade anual de 833 mm.

A vegetação é constituída por floresta estacional, cerrado e caatinga. A floresta

estacional possui formações de pioneiras, com influência fluvial, e arbustiva. Na

vegetação de cerrado encontram-se formações vegetais de fisionomia peculiar

caracterizada por apresentar indivíduos de porte atrofiado, de troncos retorcidos

cobertos por casca espessa e copas assimétricas, folhas na maioria grandes,

grossas, algumas coriáceas, de caule e ramos encortiçados com ausência de

acúleos e espinhos. A vegetação de caatinga é definida por formação caducifólia, de

porte variável; geralmente arbustivo de caráter xerófilo, que se caracterizam pela

presença de plantas espinhosas, cactáceas e bromeliáceas.

3.3 Aspectos Econômicos do município

Historicamente a economia do município, sustenta-se, basicamente, do turismo

religioso, que atrai cerca de um milhão de pessoas com objetivo de visitar o morro

da Lapa e a Gruta do Santuário, sendo a terceira maior romaria do Brasil.

Segundo o Plano Diretor Urbano do Município de Bom Jesus da Lapa (2004),

boa parte das atividades econômicas está relacionada ao turismo religioso. Esta

vertente econômica é responsável por parte não desprezível da renda gerada no

Município, face ao fluxo de pessoas que faz circular a cada ano na cidade. Embora a

maior parte dos romeiros esteja situada numa faixa de renda baixa, a capacidade de

mobilização da romaria e a diversidade de atividades relacionadas ao evento,

acabam gerando um considerável volume de recursos, cumprindo também, em

tempos de crise, um importante papel de “amortecedor” do desemprego. Muitas

famílias auferem seus rendimentos exclusivamente com a romaria.

Com a implantação do Perímetro Irrigado Formoso, projeto de assentamento

rural destinado à produção agrícola irrigada, houve um crescimento na produção

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agropecuária, com destaque para a fruticultura irrigada, voltada ao mercado interno

e externo (Ministério da Integração Nacional, 2005).

A bananicultura é a cultura mais explorada ocupando cerca de 60% da área

plantada no perímetro que possui uma área cultivada de 6.211 ha., sendo 4.774 ha.

ocupados com culturas perenes e 1.437 ha com culturas temporárias (Ministério da

Integração Nacional, 2005).

A comercialização da banana vem sendo realizada em parte pela Coofrulapa -

Cooperativa de Produtores de Fruta de Bom Jesus da Lapa, criada para consolidar a

maior parte da produção no perímetro que estava a cargo da Central Lapa – Central

das associações de Fruticultores de Bom Jesus da Lapa e Região a qual ficou

responsável pela administração da Central de Comercialização de Processamento

de Frutas e Hortaliças, ocupando uma área de 60 hectares constituído de dois

galpões com câmaras frias, um para banana e outro para as demais frutas.

A produção de frutas no Perímetro Irrigado Formoso, segundo o diagnóstico do

Ministério da Integração Nacional (2005), apresenta um crescimento contínuo, o que

possibilita a transformação da região em um grande pólo de negócios e

oportunidades, proporcionando alternativas para pequenos irrigantes, gerando

empregos e real desenvolvimento econômico no município.

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4. Perímetro Irrigado Formoso e o Meio Ambiente

4.1 Caracterização do Perímetro

O Perímetro Irrigado Formoso situa-se no oeste do Estado da Bahia, limitando-

se ao norte por um meandro acentuado do rio Corrente, afluente da margem

esquerda do rio São Francisco, e ao sul pela rodovia BR- 349.

A área do Perímetro Irrigado Formoso, segundo o Relatório de Impacto

Ambiental, (1987), foi objeto de estudos em 1967 a pedido do governo brasileiro e

efetuado por Bureau of Reclamation do Departamento do Interior dos Estados

Unidos. O perímetro foi então apresentado em duas divisões, Correntina e Formoso.

A concepção do perímetro previa o assentamento de 240 colonos em área de

2.050 ha, o restante da área irrigada, cerca de 6.050 ha., destinava-se a pequenas e

médias empresas, sendo 23% destinado para colonização e 77% à média empresa.

Este parâmetro foi alterado pelo Decreto lei nº. 89.496 / 84, que determina que as

terras destinadas à irrigação pública tenham obrigatoriamente 80% de sua área

irrigável com pequenos agricultores e 20% com médios empresários.

O perímetro destina-se a suprir as necessidades básicas da população da sua

circunvizinhança, com ênfase no setor de produção de alimentos, ampliando as

oportunidades de emprego e melhorando as condições de trabalho da população

rural.

O Perímetro Irrigado Formoso, implantado pela CODEVASF – Companhia de

Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba, constitui-se em lotes

familiares e empresariais e é composto por dois perímetros denominados de

Formoso “A” e Formoso “H”, com sistemas hidráulicos independentes e administrado

pelo DIF - Distrito de Irrigação do Formoso, associação civil de direito privado, que

congrega todos os usuários de água do perímetro e que, por delegação da

CODEVASF, é responsável pelas atividades de operação e manutenção da infra-

estrutura de irrigação de uso comum, distribuição de água para irrigação, tendo

como receita própria a arrecadação da tarifa d'água, representada pelo rateio das

despesas operacionais. O Distrito é constituído pela Assembléia Geral dos usuários,

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pelos Conselhos de Administração e Fiscal e pela Gerência Executiva, com início do

processo de co-gestão em 1988.

4.2 Aspectos físico-climáticos

A temperatura é uniforme durante o ano, sendo a média anual em torno de

26°C com umidade relativa média anual de 64,2%, sendo maior em dezembro e

menor em setembro. A insolação anual atinge 3.029 horas, sendo agosto o mês de

maior incidência solar e novembro o de menor incidência solar. A evaporação é

estimada em 2.000mm anuais. A precipitação cresce á medida que se afasta do rio

São Francisco variando entre 900 e 1.100 mm anuais.

Os solos irrigáveis da área do perímetro encontram-se divididos em quatro

classes principais: os cambissolos de textura argilosa em relevo plano; os

cambissolos associados à brunizes e vertissolos nas partes interiores do relevo e os

latossolos e os podzólicos textura leve/média, com altas taxas de infiltração e baixa

capacidade de retenção de água disponível ao norte e a leste da área.

A cobertura florestal predominante na área do Perímetro Irrigado Formoso é de

caatinga arborescente – chamada por alguns autores de floresta estacional decidual.

Existia junto aos rios São Francisco e Corrente e respectivas áreas de alagação nas

cheias, nas lagoas e depressões fluviais uma floresta de galeria (matas ciliares), que

hoje teria classificação como “floresta estacional semi-decidual” (RADAMBRASIL,

1982).

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Tabela 1. Relação das espécies vegetais existentes no perímetro:

NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO

Amburana-vermelha Bursera lepthlocos

Angico Piptadenia spp

Aroeira Astronium urundeuva

Barriguda-de-espinho Chorisia sp

Barriguda-liisa Cavanillesia arbórea

Brauna Schinopsis brasiliensis

Caatinga-de-porco Terminalia fagifolia

Canafistula Pithecellobium multiflorum

Cangerana Cabralea cangirana

Cedro Cedrela fissilis

Favela Cnidosculus phyllocanthus

Guanambi Parapiptadenia sp

Imburana-de-cheiro Amburana cearensis

Itapicuru Goniorrachis marginata

Jacarandá Machaerium sp

Jatobá Hymenaea coubaril

Joazeiro Zyziphus joazeiro

Jurema Mimosa ostilis

Malvão Cordia sp

Oiticica Licania rígida, L. sclerophyla

Pau-branco Auxemma oncocalix

Pau-clareo Tabebuia impetigosa

Pau-de-sangue Pterocarpus sp

Pau-ferro Caesalpinia férrea

Pau-pintado Machaerium scleroxylon

Pereiro Aspidospermapyrifolium

Peroba Aspidosperma sp

Quixabeira Bumelia sartorum

Sabiá Mimosa caesalpinifolia

Sucupira Pterocarpus abruptus

Surucucu Piptadenia viridiflora

Umbu Spondias tuberosa

Vinhático Platymenia sp

Fonte: Roteiro de Caracterização do Empreendimento (RCE), CODEVASF, 2002.

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5. Situação Ambiental Atual no Perímetro

Segundo o Diagnostico Ambiental dos Perímetros da Codevasf (2005), as

questões ambientais do Perímetro Irrigado Formoso vêem sendo conduzidas de

forma segmentada. A CODEVASF, como empreendedora pública, mantém uma

unidade especifica de gerenciamento ambiental, localizada na sede da 2ª

Superintendência Regional em Bom Jesus da Lapa, sendo que no perímetro, as

questões ambientais são tratadas pelo Distrito de Irrigação Formoso, de forma direta

ou indireta, via assistência técnica com participação pontual dos produtores, mas

não de forma sistêmica.

Atendendo a legislação ambiental do Estado da Bahia, a CODEVASF 2ª

Superintendência Regional, criou a Comissão Técnica de Garantia Ambiental –

CTGA, composta por técnicos do seu próprio quadro funcional.

A comunidade, através do CONGEA – Comissão de Gestão Ambiental do

Perímetro Formoso juntamente com a empresa MAGNA Engenharia, atual

responsável pela ATER - Assistência Técnica e Extensão Rural no perímetro, tem

realizado algumas atividades e/ou ações pontuais, relacionadas com a Educação

Ambiental, como: mobilização de produtores e comunidade, através de palestras,

reuniões técnicas e uso dos meios de comunicação, sobre a importância de um

ecossistema equilibrado.

Alguns temas abordados neste contexto é o uso obrigatório de EPI -

Equipamento de Proteção Individual, gerenciamento de resíduos sólidos perigosos

tais como devolução de embalagens vazias de agrotóxicos e preocupação com o lixo

urbano tais como a coleta eficiente do lixo urbano residencial, com mutirão de

limpeza de ruas das vilas do perímetro.

O gerenciamento do resíduo sólido perigoso tal como a coleta e destino correto

das embalagens vazias de agrotóxicos nos lotes agrícolas vêm sendo realizados

adequadamente por alguns produtores e parcialmente, por outros, há situações em

que as embalagens são recolhidas em depósitos inadequados, nos próprios lotes

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agrícolas, sem tríplice lavagem e não furadas, aguardando transportes para a central

de recebimentos.

A Reserva Legal do Perímetro Irrigado Formoso, abrange cerca de 3.995

hectares, representando 20,5% da área total do perímetro, tem sofrido invasões

esporádicas para retirada de madeira caracterizando uma transgressão ao Código

Florestal, visto que na reserva legal não é permitido corte raso de madeira.

A fauna existente na área de Reserva Legal, mesmo com a pressão antrópica,

ainda é significativa. A área abriga espécies como jaguatirica, cachorro do mato,

veado catingueiro, tatu-galinha, furão, paca, cotia, capivara, dentre outras. A

avifauna apresenta-se bastante diversificada e rica em numero de elementos, como:

gralha, pardal, bem-te-vi, cheque, sabiá-laranjeira, pica-pau, casaco de couro,

jandaia, sofreu, dentre outros. Também a herpetofauna possui um vasto numero de

indivíduos das diversas espécies ocorrentes, tais como: cascavel, jararaca, calango,

tiú, cobra verde, lagartixa, salamandra, preá, etc. (CODEVASF, RCE, 2002).

As áreas de preservação permanente, com extensão de 16,23 km por uma

largura contínua de 100 m, estão em conformidade com a legislação vigente, Lei

Federal 4771/64 Código Florestal, para cursos d’água, com largura entre 50 a 200m,

possuem 15% (24,34 ha.) da sua área total degradada por ações antrópicas.

Tabela 2. O uso da terra e respectiva cobertura vegetal no Perímetro Formoso.

Fonte: Diagnostico Ambiental, CODEVASF, (2005).

Descrição Área (ha.) Observação Área irrigável 12.100,00 Área de infra-estrutura e outros usos 3.376,02 Área de Reserva Legal existente 3.995,48 Reserva Legal prevista em lei:

3.894,30 ha. - Conservada 3.396,16 - Degradada 599,32 Inclui áreas antropizadas e

jazidas Área de Preservação Permanente dentro da Reserva Legal

162,29

- Conservada 137,95 - Degradada 24,34 Inclui áreas antropizadas e a

área das estações de captação de água para irrigação.

ÁREA DO PERÍMETRO 19.471,50

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As águas do perímetro, segundo avaliação realizada entre dezembro/2003 e

janeiro/2004, foram enquadradas na classe 3, para os seguintes usos

preponderantes: abastecimento doméstico após tratamento convencional, irrigação

de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras e dessedentação de animais,

conforme a Resolução 357/2005 do Conama – Conselho Nacional de Meio

Ambiente.

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6. Metodologia

O levantamento dos principais problemas ambientais do Perímetro Irrigado

Formoso surgiu pela importância socioeconômica e ambiental do perímetro para o

município de Bom Jesus da Lapa, identificando-se soluções e estratégias que

mitiguem os impactos negativos ao meio ambiente e promovam o uso sustentável

dos recursos naturais.

Para elaboração deste trabalho monográfico realizou-se primeiramente a

catalogação e seleção do material seguida do levantamento de livros e textos

referentes ao Perímetro Irrigado Formoso sendo selecionadas as obras mais

significativas sobre os referidos assuntos para posterior análise e confecção dos

resumos.

Foram selecionadas seis entidades ligadas diretamente às atividades

desenvolvidas no perímetro, sendo três associações de produtores (ASPI -

Associação dos Pequenos Irrigantes do Setor 33, APROSSEIS - Associação dos

Produtores do Setor 06 e Novos Empreendedores), o DIF – Distrito de Irrigação do

Formoso, Empresa Magna Engenharia Ltda., que presta o serviço de ATER –

Assistência Técnica e Extensão Rural no perímetro, e a CODEVASF 2ª S/R –

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba,

objetivando o preenchimento orientado da ficha de levantamento dos principais

problemas ambientais do perímetro e identificação de estratégias e soluções para

posterior tabulação dos resultados e discussões culminando na conclusão do

trabalho monográfico após a análise dos resultados.

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7. Resultados e Discussões Tabela 3. Principais problemas ambientais do perímetro diagnosticados pelas entidades pesquisadas.

PROBLEMAS ENTIDADE SOLUÇÕES ESTRATÉGIA COMUNIDADE

ESTRATÉGIA ENTIDADE

ÁG

UA

1 – Água sem tratamento. 2 – Inexistência de água potável. 3 - Água sem tratamento. 4 - Água sem tratamento. 5 - Inexistência de água potável.

1 - ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural 2 - ASPI - Associação dos Pequenos Irrigantes 3 - Associação Novos Empreendedores 4 – CODEVASF - Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba 2ªS/R 5 – DIF – Distrito de Irrigação do Formoso

1 - Construir estação de tratamento de água com ramificações que abranjam todo o perímetro. 2 – Elaborar projetos para tratamento da água e fazer parcerias. 3 – Tratar água, através da Estação de Tratamento, captada diretamente do rio, com pontos de distribuição para os lotes. 4 - Construir estações de bombeamento de água para abastecimento. 5 - Construir um sistema de tratamento e abastecimento de água.

1 - Viabilizar a elaboração de um projeto de água para consumo humano junto aos órgãos competentes. 2 - Formar comissões para debater sobre a inexistência de água potável com os órgãos competentes. 3 - Reivindicar o tratamento da água através das organizações de produtores e moradores. 4 – Promover discussão referente ao tratamento da água com os membros da comunidade e órgãos competentes. 5 - Conscientizar todo perímetro da importância vital da água – educação ambiental.

1 - Mobilizar e assessorar a comunidade na busca de soluções para o problema da água sem tratamento. 2 - Se organizar na elaboração do projeto de abastecimento de água. 3 - Buscar recursos para tratamento da água junto aos órgãos municipais, estaduais e federais. 4 - Viabilizar a implantação da ETA - Estação de Tratamento de Água. 5 - Promover elaboração de projeto específico para construção de estação de tratamento e distribuição de água.

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PROBLEMAS ENTIDADE SOLUÇÕES ESTRATÉGIA COMUNIDADE

ESTRATÉGIA ENTIDADE

CA

NA

IS D

E IR

RIG

ÃO

1 - Contaminação da água dos canais de Irrigação. 2 - Canais de Irrigação abertos.

1 - ASPI 2 - Novos Empreendedores

1 - Utilização de água subterrânea. 2 - Fechar os canais deixando janelas para limpeza.

1 – Organizar a comunidade para discutir maneiras para uso da água subterrânea. 2 – Reivindicar formas de solucionar o problema dos canais abertos através das organizações de produtores e moradores.

1 – Promover discussão como os parceiros (Distrito de Irrigação e CODEVASF) para solucionar o problema da contaminação da água dos canais. 2 - Buscar recursos junto aos órgãos municipais, estaduais e federais.

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PROBLEMAS ENTIDADE SOLUÇÕES ESTRATÉGIA COMUNIDADE

ESTRATÉGIA ENTIDADE

LIX

O

1 – Falta de coleta seletiva. 2 – Falta de local específico para deposição do lixo. 3 – Falta de coleta do lixo. 4 – Falta de coleta e destinação final do lixo. 5 – Inexistência de Aterro sanitário.

1 – ATER 2 – APROSSEIS - Associação dos Produtores do Setor 06 3 - Novos Empreendedores 4 – DIF 5 - CODEVASF 2ªS/R

1 – Promover a coleta seletiva do lixo. 2 - Recolher o lixo para lugares adequados. 3 – Dispor de caminhões para recolhimento do lixo pelo menos uma vez por semana. 4 - Programar a coleta de lixo conforme demanda e construir aterro sanitário para o perímetro. 5 - Construir aterro sanitário.

1 - Promover eventos que conscientizem a população sobre a destinação final do lixo selecionado. 2 - Colaborar com a limpeza exigindo dos administradores a execução da coleta. 3 - Reivindicar formas de solucionar o problema através das organizações de produtores e moradores. 4 - Mobilizar o perímetro no sentido conscientizar a todos da necessidade de se organizar a programação de coleta de lixo. 5 - Se organizar de forma a realizar a coleta seletiva do lixo de forma a aproveitar o material orgânico, na forma de adubo para as culturas irrigadas.

1 – Promover palestras educativas sobre resíduos sólidos. 2 - Conscientizar em primeiro momento seus membros, fazer campanhas de limpeza junto à comunidade. 3 - Buscar recursos junto aos órgãos municipais, estaduais e federais para financiar os projetos elaborados para solucionar o problema da falta de coleta do lixo. 4 - Participar de parcerias com prefeituras e outros órgãos para resolver a falta da coleta e destinação final do lixo. 5 – Analisar as possíveis áreas aptas a construção do aterro sanitário e que atendam a legislação ambiental vigente.

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PROBLEMAS ENTIDADE SOLUÇÕES ESTRATÉGIA COMUNIDADE

ESTRATÉGIA ENTIDADE

AG

RO

TÓX

ICO

S

1 – Uso Inadequado de agrotóxicos. 2 – Falta de treinamento para o uso correto e destinação final das embalagens de agrotóxicos. 3 – Falta de estação de pré-aviso na pulverização aérea.

1 - APROSSEIS 2 - ASPI 3 – ATER

1 - Promover o uso racional de agrotóxico. 2 – Promover treinamento no uso e destinação correta das embalagens de agrotóxico. 3 – Implantação de estações de pré-aviso para antes da pulverização aérea no controle fitossanitário da cultura da banana.

1 - Participar de palestras educativas para instruir os trabalhadores no uso de EPI - Equipamento de Proteção individual e usar agrotóxico quando necessário e recomendado pela ATER. 2 - Organizar a comunidade para discutir uso e destinação correta das embalagens de agrotóxico. 3 – Promover ações que conscientizem a todos do risco de exposição a agrotóxicos.

1 - Buscar junto às instituições responsáveis apoio à educação ambiental na comunidade. 2 - Promover discussão como os parceiros (Distrito de Irrigação e CODEVASF). 3 - Conscientização da comunidade para o risco de intoxicação com agrotóxicos.

RE

SE

RV

A L

EG

AL

1 – Falta de fiscais na reserva legal. 2 – Falta de conscientização da comunidade da importância da reserva legal.

1 - APROSSEIS 2 - CODEVASF 2ªS/R

1 - Contratar fiscais e promover o reflorestamento nas áreas degradadas. 2 - Conscientizar a população da importância da área.

1 - Participar de campanhas e mutirões para preservar e reflorestar as áreas. 2 - Treinamento sobre Educação ambiental.

1 – Promover, organizar e liderar campanhas de preservação e reflorestamento. 2 - Elaborar Plano de Manejo Florestal.

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Gráfico 1 – Relação dos problemas ambientais levantados e o percentual de instituições que

os identificaram.

83,3

33,3

83,3

50,0

33,3

0102030405060708090

%

Problemas Ambientais do Perímetro Irrigado Formoso

Agua

Canais de irrigaçãoabertosLixo

Uso de agrotoxicos

Preservação da reservalegal

No levantamento dos principais problemas ambientais do Perímetro Irrigado

Formoso foram diagnosticados impactos ambientais relacionados a quatro temas

distintos e bastante debatidos na atualidade, no rol das questões ambientais, são

eles: a falta de água tratada; a falta de gestão dos resíduos sólidos; uso

indiscriminado e inadequado de agrotóxicos e preservação da reserva legal.

Na temática da água, destacada por 83% das entidades pesquisadas,

enfatizou-se as questões referentes à captação, tratamento e abastecimento de

água juntamente com o perigo de contaminação da água em decorrência dos canais

de irrigação, local de armazenamento e transporte de água, destinada à irrigação e

consumo humano, serem abertos (fig.03).

O aproveitamento da estrutura montada para captação, transporte e

distribuição da água para irrigação pode ser aproveitado para o abastecimento

humano, através da captação diretamente no canal de irrigação e proporcionando-

lhe o devido tratamento, mediante a construção de uma pequena ETA – Estação de

Tratamento de Água, conforme se observa na vila do setor 33 do perímetro (fig. 01 e

02).

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Fig. 01 – ETA - Estação de Tratamento de Água. Fig. 02 – Captação de água do canal para ETA.

Fig. 03 – Canal de irrigação aberto.

A questão do lixo obteve o mesmo percentual de destaque da água. Nesta

temática foram evidenciados problemas referentes à coleta, transporte e destinação

final dos resíduos sólidos, gerados no perímetro, como também a necessidade da

implementação da coleta seletiva e a construção de um aterro sanitário.

No perímetro verifica-se a preocupação e a pré-disposição dos indivíduos para

mudança de hábitos e atitudes em relação à problemática do lixo. A implementação

de um adequado Sistema de Gestão de Resíduos, segundo FERREIRA (2001), é

pautado nos princípios, em ordem de prioridade, da não geração de resíduos, da

minimização da geração, da reutilização, da reciclagem, do tratamento e da

disposição final deverá dar suporte para elaboaração do PGRS - Plano de

Gerenciamento de Residuos Sólidos que apontará e descreverá as ações relativas

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ao manejo dos resíduos sólidos, comtemplando as caracteristicas dos resíduos e os

programas de controle na fonte objetivando a eliminação de práticas e

procedimentos incompatíveis com a legislação e normas tecnicas pertinentes.

A separação da fração orgânica e inorgânica dos resíduos gerados pode

contribuir para a diminuição da quantidade de lixo destinado ao aterro, podendo a

fração orgânica ser utilizada como adubo orgânico, já que a comunidade se encontra

numa área agrícola. Já a fração inorgânica, como vidro, os plásticos (PET-

politereftalado de etileno), PE-polietileno e PP- polipropileno e o papelão, podem ser

destinados as instituições que os reutilizem no processo de produção industrial,

podendo obter retorno financeiro para a instituição e para os seus colaboradores,

sendo um fator motivador para a segregação do lixo pela comunidade e indústria.

Verifica-se no perímetro a prática da queima do lixo a céu aberto (fig. 05)

objetivando a redução do mesmo, no entanto tal prática gera ainda mais resíduos

tóxicos, formando três tipos de poluentes perigosos para o ambiente e para a saúde

humana: os metais pesados(chumbo, cádmio, mercúrio e cromo), os produtos de

combustão incompleta e substancia químicas novas formadas durante o

processo(dioxinas e furanos), além de ser proibida segundo o Decreto Estadual nº.

7967 ( 2001).

Fig. 04 – Lixo espalhado pela vila de moradores. Fig. 05 – Queima de lixo acumulado na vila.

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Fig. 06 – Tonéis para acondicionamento do lixo. Fig. 07 - Local inadequado de deposição do lixo.

No tema relacionado ao uso de agrotóxicos, relatado pela metade das

entidades, foram ressaltadas questões concernentes ao uso inadequado de

agrotóxicos, à destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos, ao

treinamento e orientação do uso de agroquímicos e a implantação de estação de

pré-aviso objetivando alertar a comunidade do dia, local e horário de realização das

pulverizações aéreas, no controle fitossanitário da cultura da banana.

O uso de agrotóxicos no perímetro se deve à necessidade do controle de

pragas e doenças que atacam as culturas de interesse agronômico, no entanto

pode-se adotar práticas mais seguras de produção como a PIF – Produção

Integrada de Frutas que prioriza os métodos, biológicos, culturais e físicos para o

controle de pragas e doenças permitindo a redução do uso de agroquímicos,

diminuindo a possibilidade do surgimento de resistência de pragas e doenças aos

defensivos.

A Produção Integrada de Frutas é um sistema de produção econômica de

frutas de alta qualidade, dando prioridade aos métodos ecologicamente mais

seguros, minimizando os efeitos secundários indesejáveis e o uso de agroquímicos,

dando ênfase a proteção do meio ambiente e a saúde humana.

(FACHINELLO,1999)

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Referente ao uso racional de agrotóxicos na área do perímetro deve-se

implantar além das medidas relatada pela ATER, como a criação de estações de

advertência no pré-aviso para antes da pulverização aérea no controle fitossanitário

da cultura da banana, com o objetivo de alertar os produtores, para se precaverem

dos riscos de contaminação, também a conscientização do uso imprescindível do

EPI – Equipamento de Proteção Individual na aplicação dos defensivos agrícolas

assim como o cumprimento da Lei Federal 9974 de 06 de junho 2000, que dispõe,

dentre outras coisas, sobre o destino final dos resíduos e embalagens de

agrotóxicos estabelecendo que os usuários de agrotóxicos deverão efetuar a

devolução das embalagens vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais

em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas

bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou prazo superior, se

autorizado pelo órgão registrante, podendo a devolução ser intermediada por postos

ou centros de recolhimento, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão

competente, práticas que diminuem os danos ao ambiente e a saúde humana.

Fig. 08 – Uso de agrotóxico sem EPI. Fig. 09 – Pulverização aérea na cultura da banana.

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Fig. 10 – Embalagens vazias de agrotóxicos Fig. 11 – Embalagens prensadas na unidade de

acondicionadas para devolução. recebimento.

Com relação à preservação da reserva legal é importante ressaltar que o

Código Florestal Brasileiro, lei 4771/64, define a reserva legal como sendo uma área

localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de

preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à

conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da

biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas, exposto por 30% das

entidades pesquisadas, apresentou, como principais problemas: a inexistencia de

fiscais objetivando a fiscalização da reserva, a fim de minimizar as ações antrópicas

de degradação da flora e da fauna; o reflorestamento das áreas degradadas; a

conscientização sobre a importância da educação ambiental para a preservação das

espécies da flora e da fauna da região; e a elaboração de um Plano de Manejo

Florestal, deve ser um instrumento norteador das ações a serem desenvolvidas na

reserva.

Segundo a instrução normativa nº. 19, os participantes de MUTIRÕES

AMBIENTAIS, indicados por entidades civis ambientalistas ou afins, devidamente

treinados e credenciados pela Coordenação Geral de Fiscalização Ambiental do

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis,

passam a ser denominados Agentes Ambientais Voluntários e com competência de

lavrarem Autos de Constatação circunstanciados e devidamente assinados pelos

presentes, sempre que for identificada infração à legislação ambiental e reterem,

quando possível, os instrumentos utilizados na prática da infração penal e/ou os

produtos dela decorrentes, e encaminhá-los imediatamente à autoridade policial

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mais próxima. Este instrumento legal poderia atender a demanda do perimetro

concernente a fiscalização da reserva legal, pois promoveria a qualificação dos

indivíduos da comunidade para atuar na defesa e proteção do meio ambiente

proporcionando maior interação da comunidade com o meio conseqüente da

parceria gerada entre a sociedade civil e poder público.

A elaboração do Plano de Manejo Florestal, apresentado pela CODEVASF,

vem de encontro a legislação ambiental com o objetivo de minimizar os danos

gerados pela degradação da reserva visto que segundo o Código Florestal a

vegetação da reserva legal não pode ser suprimida, podendo apenas ser utilizada

sob regime de manejo florestal sustentável.

Além disso, a criação de um Parque Natural Municipal tem como objetivo a

preservação do ecossistema natural, possibilitando a realização de pesquisas

científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, de recreação

e de turismo ecológico, estando ainda em conformidade com o Sistema Nacional de

Unidades de Conservação, lei 9985 de 2000, como uma maneira de integrar a

comunidade e a reserva despertando a necessidade de preservá-la e obter renda a

partir do ecoturismo.

Fig. 12 – Degradação da reserva legal. Fig. 13 – Despejo de lixo na reserva.

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8. Conclusão

Os problemas ambientais diagnosticados no Perímetro Irrigado Formoso

demonstram o desequilíbrio ambiental do mesmo, seja na relação do homem com o

meio, seja na relação da produção agrícola com o meio ambiente. Sendo assim,

concluímos que algumas ações devam ser implementadas no sentido de equilibrar

tais relações, como:

Implantação de pequenas unidades de estações de tratamento de água

objetivando o fornecimento de água potável.

Promoção de parcerias com o poder público municipal através do órgão

competente SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto com o objetivo de

promover a distribuição da água tratada pela ETA como também a operação e

manutenção da mesma.

Construção de grades de proteção ao longo dos canais de Irrigação para

impedir a queda de animais e uma possível contaminaçào da água.

Implementação de um Programa de Monitoramento de Recursos Hidricos no

perímetro, adequado a legislação pertinente para se ter informações, através de

análises, da qualidade da água.

Implementação de um adequado Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos

objetivando a mudança comportamental em relação aos resíduos, com redução na

sua geração, utilização de tecnologias que estejam dentro da capacidade técnica e

de recurso do perímetro, para gradativamente se adquirir maior controle sobre os

efeitos ambientais e na saúde.

Elaboração do Plano de Gerenciamento de Residuos Sólidos do perímetro pelo

poder público municipal, conforme a Dedreto Estadual nº. 7967 de 2001, com

propósito de reduzir a geração de resíduos na fonte, adequar à segregação na

origem, controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar o correto manuseio

e disposição final.

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A segregação da fração orgânica e da fração inorgânica dos resíduos sólidos

gerados no perímetro como também a devida utilização das mesmas em processos

orgânicos de compostagem e em processos de reciclagem.

Criação de uma cooperativa com objetivo de coletar e/ou receber produtos que

se destinem a reciclagem tanto para processamento e transformação como para

destiná-los a instituições que os reutilizem no processo de produção industrial.

Introdução de cultivares resistente ás pragas e doenças, que acometam as

culturas implantadas no perímetro, principalmente a da banana, com o intuito de

minimizar o uso dos agroquímicos e reduzir os impactos negativos causados ao

meio ambiente.

Promover a adesão dos produtores ao Sistema da PIF - Produção Integrada de

Frutas com a finalidade de proporcionar frutas de melhor qualidade, diminuição de

custos e da quantidade de tratamentos e agroquímicos utilizados e garantia de

sustentabilidade para o sistema de produção de frutas.

Promoção de campanhas para coleta de embalagens vazias de agrotóxicos em

todo perímetro irrigado objetivando a conscientização dos produtores rurais da

necessidade e obrigação da entrega das embalagens nas unidades de recebimento.

Estabelecer parceria com IBAMA para formação de Agentes Ambientais

Voluntários no perímetro promovendo a capacitação e qualificação dos indivíduos da

comunidade para atuar na defesa e proteção do meio ambiente.

Criação do Parque Natural Municipal na área dos 3.995 hectares da reserva

legal do perímetro com intenção de integrar a comunidade nas atividades

desenvolvidas de pesquisas científicas, de educação ambiental, de recreação e de

turismo ecológico.

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