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0 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CECOP 3 JACQUELINE FABIANE PEREIRA SOUZA SENTIDOS E SIGNIFICADOS DOS PROJETOS DE LETRAMENTO DIDÁTICOS NA PROGRESSÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS DO FINAL DOS ANOS INICIAIS (5º ANO) DA ESCOLA MUNICIPAL MÁRIO ANDREAZZA. Salvador 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3

JACQUELINE FABIANE PEREIRA SOUZA

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DOS PROJETOS DE LETRAMENTO DIDÁTICOS NA PROGRESSÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS DO FINAL DOS ANOS INICIAIS (5º ANO) DA ESCOLA MUNICIPAL MÁRIO ANDREAZZA.

Salvador 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3

JACQUELINE FABIANE PEREIRA SOUZA

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DOS PROJETOS DE LETRAMENTO DIDÁTICOS NA PROGRESSÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS DO FINAL DOS ANOS INICIAIS (5º ANO) DA ESCOLA MUNICIPAL MÁRIO ANDREAZZA.

Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientador: Prof. Rosemary Lopes Soares da Silva

Salvador 2015

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JACQUELINE FABIANE PEREIRA SOUZA

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DOS PROJETOS DE LETRAMENTO DIDÁTICOS NA PROGRESSÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS DO FINAL DOS ANOS INICIAIS (5º ANO) DA ESCOLA MUNICIPAL MÁRIO ANDREAZZA.

Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.

Aprovado em janeiro de 2016.

Banca Examinadora

Primeiro Avaliador. ____________________________________________________ Segundo Avaliador. ___________________________________________________ Terceiro Avaliador. ____________________________________________________

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A minha família menor:

Paulo, Maria Luisa e João Antonio, que não mediram esforços para que eu pudesse

concluir este estudo de grande importância para o meu crescimento pessoal e

profissional. Vocês são especiais.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por nunca me desamparar nos momentos mais tribulados, obrigada

pela sabedoria e estímulo que me foi dado ao longo do curso.

Aos meus pais Valdemar Pereira Souza e Maria Bispo de Jesus (In

memorian), pais analfabetos, mas que sempre prezaram pela educação dos filhos.

Aos meus irmãos Jocélia, Jocelisia (In memorian), Joceneide, Jocelita, Idael

Carlos, Ruy, Joilson, Aroldo, cunhados, cunhadas e sobrinhos pela compreensão

das minhas faltas nos eventos familiares que tanto amo, e pelo apoio e incentivos

permanentes.

A Paulo, meu companheiro inseparável, pelo amor, apoio, incentivo

incondicional em tudo o que faço.

A minha mocinha, Maria Luisa, companheira que dividiu comigo as noites

em claros e que soube administrar as minhas faltas, obrigada filha pela dedicação.

Ao meu filhote João Antonio, que do seu jeito já entendia que eu estava

estudando – “Malu fale baixo que mamãe está estudando”. Obrigada filho pelo

carinho e apoio.

À Faculdade de Educação da UFBA e ao Programa Escola de Gestores, por

terem me dado a oportunidade de fazer um curso tão enriquecedor e prazeroso, que

oportunizou momentos de aprendizagens significativas que vão me beneficiar no

fazer pedagógico.

A minha tutora, Cristiomara Barbosa dos Santos, a nossa “mãe”

companheira de todas as horas, que com seu jeito singular conquistou a todos,

auxiliando e dando suporte em todo o desenvolvimento do curso.

Aos professores do CECOP 3 Jean, Aroldo, Claúdio, Luzinete, Carol,

Djenane, Fernanda, Maria Betânia e Rosemeire pelos momentos de estudos, pelos

conhecimentos adquiridos, pelo incentivo.

A Miguel, pelo incentivo e encorajamento na escritura de todas as fases do

CECOP 3.

A minha orientadora, Prof. Rosemary, pela paciência, dedicação e

competência ao me auxiliar nessa jornada.

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As minhas queridas companheiras do CECOP 3 Itamaraju, pelo

companheirismo, amizade e compromisso pela educação do nosso município. Vocês

foram companheiras valiosas nessa longa caminhada.

À equipe da Escola Municipal Mário Andreazza, pelo protagonismo desse

estudo, que, ao longo desse curso, sempre me incentivou, disponibilizando tempo e

espaço para a construção desta escrita.

À Secretária de Educação, Eliene Celes, por ter reconhecido a importância

do nosso trabalho, disponibilizando dois dias de folga na semana para realização

deste trabalho.

À Secretária de Finanças, Lucilene Curvelo, pelo incentivo e pelo apoio na

viabilização das viagens rumo a Salvador.

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Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos. E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo para todos, no toldo (a manhã) que plana livre de armação. A manhã, toldo de um tecido tão aéreo que, tecido, se eleva por si: luz balão. Tecendo a Manhã

João Cabral de Melo Neto (1999)

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SOUZA, Jacqueline Fabiane Pereira. Sentidos e significados dos projetos de letramento didáticos na progressão das aprendizagens dos alunos do final dos anos inicias (5º Ano) da Escola Municipal Mário Andreazza. 2015. Projeto Vivencial (Especialização) – Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016.

RESUMO

Este trabalho é o resultado de um Projeto Vivencial cujo o tema é Sentidos e significados dos projetos de letramento didáticos na progressão das aprendizagens dos alunos do final dos anos inicias (5º Ano) da Escola Municipal Mário Andreazza. 2015. Tem como objetivo geral avaliar os sentidos e significados dos projetos didáticos de letramento de leitura e escrita de gêneros textuais, na progressão das aprendizagens dos alunos do 5º ano do ensino fundamental I, e como objetivos específicos o de conhecer as percepções dos estudantes sobre as próprias aprendizagens no âmbito de projetos de letramento; conhecer experiências pedagógicas de letramento que são significativos na visão dos professores e gestores e o de analisar sentidos e significados do projeto de letramento na vida escolar dos estudantes. Partindo da concepção de que aprender a ler e escrever é um direito de todos, e que deve ser garantido por meio de uma prática educativa voltada para uma educação de qualidade, é que proponho esta proposta de intervenção, que será apresentada por meio de uma reunião com a presença da comunidade escolar (direção, professores, alunos e pais) da Escola Municipal Mário Andreazza para sensibilizá-los sobre a importância da implementação deste projeto no âmbito desta escola. A proposta contará com um conjunto de ações a serem desenvolvidas na perspectiva de entender e avaliar como os projetos de letramentos didáticos promovem sentidos e significados no processo ensino-aprendizagem do nosso alunado. Espera-se que este trabalho estimule a reflexão e a construção de práticas pedagógicas em projeto didático de letramento, e que alcance os objetivos propostos que são, efetivamente, fazer sentido e ter significados que ampliem as aprendizagens de letramento dos estudantes. Palavras-chave: Avaliação. Projeto didático. Protagonismo do estudante.

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SOUZA, Jacqueline Fabiane Pereira. Senses and meanings of teaching literacy projects in the progression of student learning of the late initial years (5th year) of the Municipal School Mario Andreazza. 2015. Experiential Design (Specialisation) - National Program Managers School, Faculty of Education, Federal University of Bahia, Salvador, 2016.

RESUMO

This work is the result of a Experiential project whose theme is Senses and meanings of teaching literacy projects in the progression of student learning of the late initial years (5th year) of the Municipal School Mario Andreazza. 2015. Its overall objective to evaluate the meanings of the educational projects of reading literacy and writing genres, in the progression of student learning of the 5th year of elementary school, and specific objectives to meet the perceptions of students about their own knowledge in the areas of literacy projects; know teaching of literacy experiences that are significant in view of teachers and administrators and to analyze the senses and meanings of literacy project in the school life of students. Starting from the idea that learning to read and write is a right for all, and that must be guaranteed by an educational practice focused on quality education, it is that I propose this proposed intervention, which will be presented through a meeting with the presence of the school community (management, teachers, students and parents) Municipal School Mario Andreazza to sensitize them on the importance of implementation in the context of this school. The proposal will include a set of actions to be developed with a view to understand and assess how literacies educational projects promote senses and meanings in the teaching-learning process of our student body. It is hoped that this work will stimulate reflection and the construction of pedagogical practices in teaching literacy project, and achieve the goals that are, in fact, make sense and have meanings that increase the literacy learning of students. Keywords: Assessment. Educational project. Role of student.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CECOP Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica

CP Coordenador Pedagógico

IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação

MEC Ministério da Educação e Cultura

PNAIC Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

UFBA Universidade Federal da Bahia

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SUMÁRIO SUMÁRIO ....................................................................................................................... 10

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11

2 MEMORIAL: TECENDO CAMINHOS, COSTURANDO HISTÓRIAS E CONSTRUINDO APRENDIZAGENS.............................................................. 13

2.1 Vida acadêmica .............................................................................................. 13

2.2 Vida profissional ............................................................................................. 14 2.3 Expectativas ................................................................................................... 17

3 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................... 19

3.1 Educação e currículo no ensino fundamental I ............................................... 21 3.2 Projeto como estratégias didáticas de ensino ................................................. 23

4 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO – AVALIANDO OS PROJETOS DE LETRAMENTO DIDÁTICO A PARTIR DO PROTAGONISMO DO ESTUDANTE. ................................................................................................. 25

4.1 Caracterização da unidade escolar ................................................................ 26 4.2 Metodologia .................................................................................................... 28 4.3 Objetivos ......................................................................................................... 29

4.4 Apresentação das ações da Proposta de Intervenção ................................... 30 4.5 As ações serão realizadas em 2016 de acordo com Cronograma a seguir: ... 31

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 33

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, o fazer pedagógico é um caminho em constante transformação,

estamos vivenciando um tempo de muitas mudanças, e, concomitante a isso, é

preciso renovar ações para qualificar ainda mais o ensino dos alunos do

Fundamental I. Ao analisar a proposta de estudo até a escolha da temática, passei

por um ponto de reflexão sobre qual delas seria a mais próxima da minha realidade

profissional, e também pela constante necessidade de aprender e refletir ainda mais

sobre as mesmas. Esse momento se caracterizou desde o início como sendo

importante e também um desafio, pois tive a tarefa de analisar sobre qual caminho

trilhar diante de vários temas nos quais convivemos rotineiramente.

O presente trabalho aborda como objeto de estudo os sentidos e significados

dos projetos de letramento didáticos na progressão das aprendizagens dos alunos

do final dos anos inicias (5º Ano) da Escola Municipal Mário Andreazza. Projetos

esses que já foram aplicados ao longo desses 4 anos, desde que ingressei nesta

instituição de ensino.

Já algum tempo trabalhando nessa instituição de ensino e com a cultura de

projeto de letramento didático implantada desde o meu ingresso na mesma, sempre

me dediquei a apurar, juntamente com a equipe pedagógica, como os projetos

didáticos são executados, o que precisa melhorar, suas impressões e quais

aprendizagens os alunos adquirem ao longo da sua aplicação. Tudo isso sobre a

visão dos professores.

Vale ressaltar que nunca foi questionado em saber o que os alunos pensam

sobre esta proposta de ensino inserindo os projetos didáticos em nossa instituição,

por isso este estudo vem de uma inquietação pessoal de saber como os projetos

didáticos apresentam na vida do nosso alunado, como os mesmos podem contribuir

efetivamente na construção dos seus saberes e quais sentidos e aprendizagens os

mesmos trazem para sua progressão.

Para atender ao referido objeto de estudo, partiu-se do seguinte problema:

Como os projetos didáticos podem contribuir dando sentidos e significados na

progressão das aprendizagens dos alunos do 5º ano do ensino Fundamental I?

O trabalho organiza-se em 3 capítulos caracterizados a seguir. No capítulo 1,

com o memorial: Tecendo caminhos, costurando histórias e construindo

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aprendizagens. Em que relato a minha progressão na vida acadêmica, profissional e

expectativas. O capítulo 2, com a revisão de literatura, dividido em três subitens:

Diretos à educação; Educação e currículo; Projeto como estratégias didáticas de

ensino. E no capítulo 3, apresenta-se a proposta de intervenção – Avaliação de

projeto de letramento didático a partir do protagonismo do estudante. Além das

considerações finais.

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2 MEMORIAL: TECENDO CAMINHOS, COSTURANDO HISTÓRIAS E CONSTRUINDO APRENDIZAGENS.

2.1 Vida acadêmica

A história precisa ser escrita para que os fatos não caiam no esquecimento.

Neste memorial registra a essência da minha vida acadêmica, profissional e

expectativas. Meu nome é Jacqueline Fabiane Pereira Souza, tenho 45 anos (sou

casada, mãe de dois filhos), filha caçula de 10 irmãos, pais analfabetos, mas que

sempre prezaram pela educação dos filhos. Sou a única filha que cursou o Nível

Superior.

Tenho dois cursos do 2º Grau: Contabilidade e Magistério, logo que terminei

este último, prestei concurso público municipal para professora, fui aprovada e então

começa a minha trajetória na educação de Itamaraju, indo trabalhar na Educação de

Jovens e Adultos (EJA). E hoje estou há 16 anos atuando como professora no

Ensino Fundamental I.

O ano 2000 foi histórico para mim, pois foi implantada no meu município o

Curso Superior de Pedagogia em parceria com a Prefeitura Municipal de Itamaraju e

pela Universidade do Estado da Bahia, aplicado pelo Campus X, de Teixeira de

Freitas, intitulada de REDE UNEB 2000. Prestei o vestibular e concorri com mais de

300 candidatos para 100 vagas, sendo aprovada em 10º lugar. Comecei então uma

nova fase, fazendo parte da história de Itamaraju, sendo uma das pioneiras em nível

superior de um curso implantado pela prefeitura.

Em 2006, fiz um curso de Pós-graduação em Psicopedagogia pela

Universidade Castelo Branco. Em 2008, prestei concurso para coordenação do

município. Passando em 7º lugar, iniciei minhas atividades como Coordenadora

Pedagógica em escolas do Fundamental I. Estou atuando há 6 anos e durante esse

período coordenei em três escolas.

Participei de vários cursos de formação na área de coordenação, dentre

outros destaco o Programa de Capacitação para Gestores Escolares

(PROGESTÃO) oferecido em 2009 em parceria com o Município e Estado. O fazer

pedagógico é um caminho em constante transformação e estamos vivenciando um

tempo de muitas mudanças e eu não fiquei alheia as mesmas. É preciso se

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qualificar, há uma necessidade de aprender e refletir sobre as práticas que estou

vivenciando.

2.2 Vida profissional

"Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática". (FREIRE, 1991, p.32).

Como citei anteriormente, comecei a trabalhar na coordenação em 2008,

minha primeira experiência foi na Escola Municipal Duque de Caxias, escola do

Ensino Fundamental I, onde trabalhei por dois anos. Durante este período, foi

realizado um belo trabalho: Projeto de Leitura e Escrita- Crianças leitoras e

escritoras na Escola, cujos os gêneros trabalhados foram as poesias, fábulas e

contos clássicos, em que as crianças ouviam os originais e outras versões, liam,

reescreviam e ilustravam. Este projeto culminou em uma Mostra de Arte, no final do

ano, intitulada de A Caligrafia de Dona Sofia. Em 2009, a Mostra de Arte foi “A Arte

de Ensinar e Aprender”, sendo o meu último trabalho de coordenação na instituição.

Em 2010, fui convidada para coordenar a escola do ensino Fundamental I,

Escola Municipal Lions Clube, onde continuei com o projeto de leitura e escrita, no

entanto, não houve Mostra de Arte. Em 2011, comecei coordenando a escola Lions

Clube em um turno e fui novamente convidada para coordenar em outro turno a

Escola Municipal Mário Andreazza, onde continuei com o projeto de leitura e escrita.

Como a demanda dessa última escola era muito grande, tive que sair da

escola Lions Clube, ficando apenas na escola Mário Andreazza. Nesta instituição, já

realizei duas Mostra de Arte. No final de 2013, o projeto de leitura e escrita culminou

na I Mostra “Centenário de Vinícius de Moraes”, na qual alunos e professores

encantaram a comunidade apresentando o mundo poético através do livro “ A Arca

de Noé” e das músicas do poeta.

No decorrer do ano de 2014, a escola vivenciou momentos intensos de

construção do conhecimento e de encantamento pela leitura e escrita. Alunos,

professores, direção, coordenação, enfim, toda a escola, viveu um momento

divertido no mundo dos “dos brinquedos e brincadeiras”. O auge deste trabalho

culminou na II Mostra de Arte “A Arte de Brincar e Aprender – Brinquedos e

Brincadeiras”, em que foram trabalhadas as obras do pintor brasileiro Ivan Cruz,

baseadas nas brincadeiras de crianças.

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Outra experiência muito boa foi com as atividades envolvendo as TICs. Mas,

no começo não foi fácil, não tinha domínio com as ferramentas tecnológicas, tinha

sempre que recorrer à ajuda de alguém: preparação da Semana Pedagógica,

Formação Continuada e Projeto TRILHAS. Hoje os meus professores fazem uso das

tecnologias em sala de aula, utilizam essas ferramentas tecnológicas nos cultos

semanais, apresentações dos projetos pedagógicos e aulas envolvendo todas as

matérias com o uso do datashow.

No início, foi um pouco difícil introduzir essa prática, pois, os professores só

faziam uso das TVs. Observei que, embora alguns soubessem como manuseá-las,

eles somente as utilizavam para passar DVDs, que muitas vezes não estavam

relacionados com os conteúdos estudados.

Nos nossos encontros quinzenais de Atividade Complementar (AC), os

professores puderam expressar seus aspectos vividos no cotidiano e suas

perspectivas e angustias: diziam que não usavam os computadores porque não

saibam manuseá-los, outros não estavam preparados e poucos utilizavam apenas

para pesquisar matérias que pudessem ser aplicadas em seus planejamentos. A

esse respeito Miranda (2009, p. 44) diz: “[...] vários estudos têm revelado que a

maioria dos professores considera que os dois principais obstáculos no uso das

tecnologias nas práticas pedagógicas são a falta de recursos e de informação”

(cf.Paiva, 2002; Pelgrum, 2001; Silva,2003; entre outros).

Estava disposta a incentivar a minha equipe nessa nova construção de

conhecimentos, foram momentos de discussões e reflexões, alguns sentiram a

necessidade de fazer um curso de formação na área de informática, a escola

convidou uma professora “amiga da escola” para ensinar a manusear o datashow e

na semana pedagógica teve formação na área de informática.

Nesse sentido:

“[...] qualquer recurso digital que possa ser reutilizado para suporte ao ensino. A principal ideia dos objetos de aprendizagem é quebrar o conteúdo em pequenos pedaços que possam ser reutilizados em diferentes ambientes de aprendizagem, em um espírito de programação orientada a objetos.” (BECK apud WILEY,1999)

Outra experiência bem significativa nesta minha caminhada foi o estudo da

Matriz de Referência da Prova Brasil de Língua Portuguesa. Com o objetivo de

promover uma discussão dos “Tópicos e Descritores”, que tem como foco a leitura

de diversos gêneros textuais e subsidiar o trabalho pedagógico do professor em sala

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de aula, o que consequentemente irá refletir na melhoria da qualidade educacional

em todo Município e País.

Formamos um grupo de sete Coordenadoras Pedagógicas, nucleamos nove

escolas que contou com a participação de cerca de 30 professores que atuavam nas

turmas de 4º e 5º Ano.

Com o uso do Datashow, notebook, câmera fotográfica e pen drive,

começamos o encontro com muito dinamismo, vídeos de motivação, mensagens e

atividades para serem respondidas. Em seguida, iniciamos as discussões do tema

proposto enfocando o que é Prova Brasil e sua importância no contexto educacional.

Fizemos uma explanação minuciosa de todos os descritores da Matriz de

Referência, o que foi um momento muito rico, em que expomos várias questões, no

qual em conjunto puderam refletir, analisar, responder e depois conferir com as

respostas corretas. Os participantes tiveram a oportunidade de trocar experiências,

aprofundar ainda mais seus conhecimentos almejando melhor resultado no IDEB de

Itamaraju.

O encontro foi um sucesso, com gostinho de “quero mais”, haja visto que o

envolvimento dos participantes nas discussões do tema abordado foi muito grande.

Então fizemos uma proposta aos professores, que era para os mesmos aplicarem a

mesma estratégia de ensino em suas salas de aula, todos acharam a ideia oportuna

e, com uso dos seus pen drives, copiaram as atividades com o compromisso de

realizar a tarefa pelo menos uma vez na semana.

Nessa capacitação, os professores tiveram a oportunidade de refletir e avaliar a

sua práxis, nesse contexto Jordão diz: “O professor precisa ser um pesquisador

permanente que busca novas formas de ensinar e apoiar alunos em eu processo de

aprendizagem.” (JORDÃO, 2009, p. 12).

Na semana seguinte, vi as primeiras mudanças nas salas de aula, os alunos

empolgadíssimos com a possibilidade de assistirem uma aula com o datashow. A

experiência foi fantástica, alunos interagindo com muito interesse em responder as

questões e a professora fazendo as intervenções necessárias para melhor

compreensão dos Descritores da Prova Brasil.

Somos sabedores que hoje os nossos alunos estão cada vez mais conectados

com o mundo tecnológico e as escolas juntamente com seus professores têm que

acompanhar esse ritmo que cresce a passos rápidos, tornando as aulas mais

dinamizadas, prazerosas, criativas, estimulando assim o ensino-aprendizagem.

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Diante de tantos esforços, o resultado não poderia ser diferente, há quase 4

anos trabalhando nessa Instituição de Ensino, o IDEB a cada ano cresce. Quando lá

cheguei, o IDEB estava em 3,0 passando para 3,2/3.8 e no ano de 2014 passou

para 4.0. Acredito que todo esse avanço é fruto de um trabalho realizado em equipe,

sistematizado e com objetivos claros a serem alcançados.

Tudo isso foi realizado pensando em criar um ambiente onde as crianças

aprendam com prazer, uma boa escola deve se preocupar em preparar seus

professores com práticas que despertem nos alunos o desejo de aprender. Mediante

a tudo isso, é propícia a renovação constante em busca da qualificação profissional

que fundamente o exercício da cidadania na educação dos nossos alunos,

assegurando através de um processo novo a renovação e a construção do saber

através de uma Escola eficaz que suscite em novas aprendizagens.

2.3 Expectativas

"Nada acontece por acaso.

Não existe a sorte.

Há um significado por detrás

de cada pequeno ato.

Talvez não possa ser visto

com clareza imediatamente,

mas sê-lo-á antes que

se passe muito tempo."

Richard Bach

Este Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica (CECOP 3)

veio em hora e tempo oportuno, estando há um bom tempo sem fazer leituras

científicas, a minha mente já estava “preguiçosa”, agora vejo como é bom e

prazeroso fazer uso destas linguagens e conhecimentos. Após tantas leituras e

reflexões realizadas, tenho certeza que há muito que fazer, no entanto, os estudos

que estou fazendo ao longo dessa formação com vários teóricos tem me dado

subsídio para realizar o meu fazer pedagógico, mesmo sabendo que ainda falta

muito para ser apreendido.

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Como cursista, professora e coordenadora, as expectativas de aprendizagens

são muitas, tanto para minha formação pessoal quanto profissional, o que será um

aprendizado significativo de posse de tantas reflexões.

Aranha (1989) aponta que é de especial importância para a reflexão sobre a

educação o curso de recuperação de sua história, pois a realidade presente só pode

ser bem compreendida a partir da análise da experiência.

Segundo Sá, Pinheiro, Bessa, Silva, Porcaro (2001, p.2)

“Para se alcançar o papel a que se propõe ao Coordenador Pedagógico, hoje em dia, existe um longo caminho a ser trilhado, uma vez que o almejável depende de compromisso social e pessoal para ser concretizado.”

Diante disso, fica claro que é necessária a reflexão sobre a prática,

reaprender, analisar e avaliar para que ela seja capaz de transformar a realidade

educacional. Tenho muitos projetos e sonhos para serem realizados. Mas, acredito

que são sonhos possíveis e estou trabalhando para que eles se concretizem. O fim

do ano está chegando, encontros com pessoas queridas, reflexão sobre o ano que

está passando. Fé e perspectivas para o ano que está chegando, vida nova,

renovação de energia, sonhos e novas histórias... é isso que preciso, é isso que

quero...

“Tem gente famosa que não é importante. A passagem de cada um pela vida deve contribuir para que, ao final, o mundo não esteja pior do que era antes. As pessoas são lembradas pelo comportamento que tem no trabalho, com os amigos, na família.” Mário Sérgio Cortella.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

O direito à educação é garantido a todos na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (Lei Federal nº 9.394), aprovada em 20 de dezembro de 1996,

que consolida e amplia o dever do poder público para a educação em geral e em

particular para o ensino fundamental. Assim, vê-se no Art. 22 dessa lei que a

educação básica deve assegurar a todos “formação comum indispensável para o

exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em

estudos posteriores”.

Ainda seus princípios e fins se fundamentam no art. 205 de nossa

Constituição Federal de 1988 afirmam que:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

De fato, é obrigatório o direito ao acesso a escola para todas as crianças e a

mesma tem um papel relevando para a formação de todos como prevê no Artigo 32.

Com a mudança na Lei Federal nº 11.274 de 2006, o ensino fundamental obrigatório

tem como duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6

(seis) anos de idade, e terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos

o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Diante disso, a LDB contempla como objetivos a apropriação os instrumentos

básicos necessários ao acesso a outros graus de ensino, o conhecimento e

valorização da diversidade cultural brasileira e a qualificação para o mundo do

trabalho. Dentre outros, foram privilegiados a formação para a vivência democrática,

o fortalecimento da autoestima e o exercício da autonomia pessoal.

Sabendo-se que a educação é um direito assegurado, é necessário que ela

seja garantida igualmente a todos sem distinção, pois, os alunos de níveis sócios

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econômicos desfavorecidos há anos adentraram a rede escolar. Este acesso das

crianças das camadas populares à escola significou um enorme desafio. A escola,

contudo não tem sido suficientemente competente em fornecer uma escolarização

regular a essas crianças.

Segundo Ceccon e Oliveira (1982. p.20), embora a lei assegure que a escola

deva ser democrática, aberta para todos, a mesma não cumpre o seu papel, e até

desmente todas as suas promessas de acesso igual para todos. Espera-se que a

escola cumpra o seu papel, que é o de fornecer instrução e qualificação a todos.

Freire (1979, p.13), coloca que a escola não é comunitária numa sociedade

de classe e que ela faz parte da sociedade, por isso, nela estão inseridas as

contradições e os antagonismos existentes numa sociedade classista. Portando,

uma tarefa que revela muito mais conflito interior à ordem classista do que a busca

de diálogo que instaure a comunhão de pessoas ou de classe.

Sabe-se que a educação por si só não resolve os problemas sociais, e pensar

assim significaria apenas acreditar em propostas ingênuas que incluiriam a utilização

de volumosos recursos para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Contudo,

estudos têm alertado ser a educação um importante aferidor do desenvolvimento

social, pois ela indica o grau de comprometimento e a capacidade com que a

sociedade trata os seus. Paulo Freire nos convida às possibilidades da ação

educativa perante o mundo em que vivemos: “se de um lado, a educação não é a

alavanca das transformações sociais, de outro, estas não se fazem sem ela.”

(FREIRE apud RIBEIRO, 2001 p. 210).

Em novembro de 2012, foi lançado o Pacto Nacional pela Alfabetização na

Idade Certa (PNAIC) no qual o Governo Federal, os estados e os municípios

reafirmam e ampliam o compromisso previsto no Decreto 6.094/2007,

especificamente no tocante ao inciso II do art. 2º - “alfabetizar as crianças até, no

máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados por exame periódico

específico” – que passa a abranger. Dentro desse processo estão os alunos do ciclo

inicial 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental, denominado ciclo de Alfabetização.

O PNAIC é um programa integrado cujo objetivo é a alfabetização em Língua

Portuguesa e Matemática, até o 3º ano do Ensino Fundamental, de todas as

crianças das escolas municipais e estaduais, urbanas e rurais, brasileiras.

Caracteriza-se, sobretudo:

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- Pela integração e estruturação, a partir da Formação Continuada de

Professores Alfabetizadores, de diversas ações, materiais e referências curriculares

e pedagógicas do MEC que contribuem para a alfabetização;

- Pelo compartilhamento da gestão do programa entre Governo Federal,

estados e municípios;

- Pela orientação de garantir os direitos de aprendizagem e desenvolvimento

a serem aferidos pelas avaliações anuais.

E Brasil (2012: p.31) diz ainda que “para atender às exigências previstas nas

Diretrizes, torna-se necessário delimitar os diferentes conhecimentos e as

capacidades básicas que estão subjacentes aos direitos”.

Do ponto de vista social, a nova lei é considerada significativa, pois, contribui

para a inserção de um grande número de crianças de 6 anos no ensino fundamental

I possibilitando o acesso ao mundo do letramento. A esse respeito, Micotti diz que:

Algumas experiências bem-sucedidas reforçam a ideia de estender o tempo dedicado à alfabetização, antecipando o início do ensino fundamental, pode conduzir ao êxito no aprendizado escolar. Mas a ocorrência de algumas experiências bem sucedidas de alfabetização aos 6 anos não significa, necessariamente, passaporte para o êxito, nem que essa medida por si só possa resolver os problemas da alfabetização no país. (MICOTTI, 2009:29)

Com a mudança na lei, a autora sinaliza uma preocupação na educação em

atender essa clientela que não teve acesso a educação infantil, período em que as

crianças menores tem aproximação ao mundo letrado, pois, segundo Micotti

(2009:p.35), “a antecipação da matrícula pode agravar a problemática educacional,

caso se resuma na transposição, para as crianças mais novas, do trabalho

pedagógico tradicionalmente feito com alunos de 7 anos ou mais”.

Diante disso, a nova lei lança desafios para serem discutidos, analisados e

refletidos a favor da plena alfabetização de nossas crianças.

3.1 Educação e currículo no ensino fundamental I

Estudar educação no contexto atual requer um referencial teórico que pode

ser encontrado nas diversas áreas do conhecimento. A educação no contexto social

é concebida por muitos autores como uma doutrina pedagógica que está implícita ou

explícita, baseada em uma filosofia de vida e numa realidade social concreta que se

dá através de instituições específicas: família, igreja, escola, comunidade), que se

torna porta vozes de uma determinada doutrina pedagógica.

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Conforme já abordado anteriormente, isso está respaldado e confirmado na

Lei de Diretrizes e Bases (Lei nº 9.394/96), que coloca a educação como processo

formativo desenvolvido na família, sociedade, convivência humana, movimentos,

organizações, trabalhos, instituições de ensino e pesquisa, e em manifestações

culturais.

Ceccon e Oliveira (1982) ratificam que o processo educacional não começa

na escola, ele inicia muito antes e sofre a influência de muitos fatores. Ao longo do

seu desenvolvimento físico e intelectual, a criança passa por várias fases nas quais

o convívio familiar, o local onde mora, o acesso aos diversos meios de informação e

as condições socioeconômicas da família são de grande relevância na formação de

sua personalidade e dos saberes extraescolares que o educando é portador ao

ingressar na escola.

Aranha (1989) aponta que é de especial importância para a reflexão sobre a

educação o curso de recuperação de sua história, pois a realidade presente só pode

ser bem compreendida a partir da análise da experiência passada.

No minidicionário da Língua Portuguesa (2000: 344), em uma de suas

definições, educação é: “desenvolvimento das capacidades humanas, visando à

integração social.”

Nesse momento, faz-se importante pensar no currículo como instrumento

preparatório para o exercício da cidadania a esse respeito. Paiva afirma que: “[...]

não se prepara para a cidadania a não ser pela prática, pois não é possível ensinar

a ser cidadão, somente através de discursos e prática.” (RODRIGUES apud PAIVA,

1997:3).

Ainda sobre currículo Veiga diz:

Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito. (VEIGA, 2002, p.7).

A maneira de construir esse currículo é coletivo, favorecendo a participação

ativa de todos os envolvidos: a escola, os alunos, os pais, os professores, os

profissionais e a comunidade, os quais devem estar em constante diálogo.

No currículo, devem ser apresentados os métodos e seus fundamentos nas

temáticas sociais a serem inseridos na sala de aula, organizadas de forma apta a

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favorecer a visão transdisciplinar que permite a compreensão da realidade. Essas

temáticas vêm conjuntamente com os saberes produzidos pelos alunos na prática

social e também com todos os materiais e meios que circulam na sociedade letrada:

livros, jornais, revistas, folhetos, televisão, internet...

Pois, de acordo com Paiva:

Dominar as diferentes linguagens que circundam na sociedade, as verbais e não verbais; a oral e a escrita em todas as suas modalidades, apropriando-se delas com a consciência do poder que esse instrumento de comunicação lhe confere, precisa ser também, conteúdo curricular. (PAIVA, 1997:7)

A ética, o meio ambiente, a saúde, o trabalho, o consumo, a orientação sexual

e a pluralidade cultural não são disciplinas autônomas, pois estão presentes em

todas as áreas do conhecimento. Segundo Lerner (2002):

O objeto de ensino, ao ser apresentado deve ser fiel ao saber ou à pratica social que se pretende comunicar, devendo-se partir do pressuposto de que o aprendiz se constitui num participante ativo e capaz de atribuir ao saber uma pauta, um sentido pessoal.

Desse modo, entende-se que a organização do currículo deve ser pautada no

desenvolvimento das competências reais e necessárias que se pretendem trabalhar

no espaço escolar. Desse modo, percebe-se que o currículo é elemento fundamental

na construção dos saberes, mas esses devem pautar-se em valores holísticos e

sociais.

3.2 Projeto como estratégias didáticas de ensino

A pedagogia por projetos vem sendo estuda e aplicada ao longo dessa

década sobre olhares de vários autores, dentre eles destacam-se Kleiman, Lerner,

Micotti e outros.

A LDB 9394/96 exige explicitamente a elaboração de projetos pedagógicos

que definem a identidade, os objetivos e a metodologia a serem desenvolvidos pela

escola. No PCN de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental I, destacam-se os

eixos práticas de leitura, práticas de produção de textos orais e escritos e análise

linguística.

Kleiman (2000) aponta que o debate em torno da ressignificação da leitura e

escrita na sala de aula tem levado muitos profissionais a desenvolver projetos de

letramento.

Segundo Micotti (2009: p. 21), um projeto abre infinitas possibilidades de

práticas de linguagem, pois implica ações como:

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comunicar-se oralmente: dialogando, discutindo, expondo, argumentando, descrevendo, analisando, resumindo, sintetizando etc.;

Comunicar-se por escrito: lendo e escrevendo (cartas, artigos de informação, fichas técnicas, cartazes, contos e romances, poemas etc.);

relacionar-se com interlocutores – pertencentes não apenas à própria casse, mas ao estabelecimento escolar – com pais, com outras escolas, vizinhança, comunidade, região, país, até atingir o que as crianças chamam “o vasto mundo”.

Desse modo, as práticas de linguagens passam a ser uma das vias para a

inclusão em uma sociedade tão necessitada de leitores e escritores na perspectiva

do letramento emancipatório.

A escola já vem trabalhando com projetos didáticos de letramento há algum

tempo a exemplo dos projetos: Folclore, Poesia, Brinquedos e Brincadeiras e Contos

Clássicos. Nos quais os alunos têm mais acesso ao mundo da leitura, das

produções, aos diferentes gêneros textuais dentre outras habilidades que são

adquiridas ao longo do desenvolvimento dos projetos.

Nesse sentido, entendemos que se faz necessário avaliar os sentidos e

significados dos projetos de letramento didáticos na progressão das aprendizagens

dos alunos do final dos anos inicias (5º Ano) da Escola Municipal Mário Andreazza,

que em 2016 serão avaliados para que a escola possa replanejar seus projetos e

delimitar objetivos claros e as práticas pedagógicas significativas para a vida escolar

do nosso alunado.

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4 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO – AVALIANDO OS PROJETOS DE LETRAMENTO DIDÁTICO A PARTIR DO PROTAGONISMO DO ESTUDANTE.

Este projeto de intervenção faz parte do estudo realizado no eixo 08 que trata

da Relação entre Aprendizagem Escolar Trabalho Pedagógico, do polo de Itamaraju,

do trabalho de Conclusão de Curso cujo título é Sentidos e significados dos projetos

de letramento didáticos na progressão das aprendizagens dos alunos do final dos

anos iniciais (5º Ano) do Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica

(CECOP 3).

Hoje, os projetos de didáticos de letramento de leitura e escrita estão muito

populares em nossas escolas, e têm levado muitos educadores a pensar, a

desenvolver e aplicar essa proposta pedagógica de leitura e escrita. Pretendo nessa

comunicação, avaliar e ter elementos para analisar o que, de fato, muda quando

focamos o projeto didático a partir das concepções dos alunos no que diz respeito

ao seu aprendizado. Por isso, essa proposta tem como direcionamento responder:

Como os projetos didáticos podem contribuir dando sentidos e significados na

progressão das aprendizagens dos alunos do 5º ano do ensino Fundamental I?

Embora a escola organize suas atividades em torno de temas relevantes, é interessante pensar nos projetos como projetos de letramento: planos de atividades visando ao letramento do aluno. Assim, um projeto de letramento se constitui como “um conjunto de atividades que se origina de um interesse real na vida dos alunos e cuja realização envolve o uso da escrita, isto é, a leitura de textos que, de fato, circulam na sociedade e a produção de textos que serão realmente lidos, em um trabalho coletivo de alunos e professor, cada um segundo sua capacidade”.(KLEIMAN, 2000, p. 238).

Partindo dos pressupostos apontados por Kleiman (2000), na citação acima, o

projeto traz a vida real para dentro das salas, dando um sentido mais ampliado e

significativo às práticas desenvolvidas nas escolas, desse modo, faz-se necessário a

participação e interesse de todos os envolvidos nesta proposta pedagógica visando

possibilitar a realização de uma prática exitosa para formar leitores e escritores na

escola.

Trabalhar com projetos possibilita mudanças de postura do nosso alunado,

com as atividades realizadas dentro e fora da sala de aula, possibilitando-os ao

acesso ao mundo das leituras diversas, de reescritas, de revisão textual, de

produção, de atividades de análise linguísticas, visitas, de publicações. Portando,

essa proposta de intervenção, introduzindo a cultura dos projetos de letramento

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didáticos, visa contribuir de forma significativa na organização e planejamento dos

trabalhos escolares para além dos livros didáticos.

4.1 Caracterização da unidade escolar

A Escola Municipal Mário Andreazza de Itamaraju, situada à Praça Walter

Carvalho S/Nº, Centro, telefone (73) 8882-7687, 9808-6858, CEP-45836-000, zona

urbana, escola de pequeno porte.

A área livre da escola é bastante ampla, nos intervalos, os alunos aproveitam

os espaços livres para brincar, no entanto, foi construída há pouco tempo uma

pequena quadra para a realização de aulas extraclasse, e não tem um parquinho

para os alunos menores.

As salas de aula dessa Unidade em questão possuem janelas, porém

precisam ser melhoradas tanto a iluminação quanto a ventilação. O mobiliário está

sendo renovado aos poucos. Possui um pequeno espaço propício para leitura: a

minibiblioteca. Falta espaço adequado para receber os pais e realizar eventos, como

também não há iluminação externa para possíveis eventos noturnos.

Com todas as dificuldades citadas, essa Unidade Escolar consegue

desenvolver um trabalho participativo envolvendo a comunidade em busca de uma

educação de qualidade, visando uma melhor aprendizagem para sua clientela na

construção do seu próprio conhecimento.

A escola oferece hoje para a comunidade duas modalidades: Educação

Infantil (04 e 05 anos) e 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental de 09 Anos com 03

turmas no turno matutino – Pré II; BIA II (2º Ano); BAAI I (4º Ano); e 03 turmas no

turno vespertino –PréI, BIA I (1º Ano); BAAI II (5º Ano).

Funcionando atualmente nos turnos matutinos e vespertinos, com 01 diretora,

01 coordenadora pedagógica, 01 secretária, 02 auxiliares administrativos, 01 auxiliar

técnico administrativo, 03 vigias noturnos, um corpo docente composto de 06

professores: cujo nível escolar é de 01 professora com Magistério e 05 com nível

superior completo. Os professores trabalham com base no Projeto Político

Pedagógico, Parâmetros Curriculares Nacionais e PNAIC. Realizam o trabalho de

forma integrada, trocando experiências e buscando aprimorar cada vez mais sua

pratica pedagógica e participam de formação continuada ao longo do ano letivo.

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Quando se fala em formação continuada, proposta firmada no PPP, vale

ressaltar a presença marcante do Coordenador Pedagógico, responsável por essa

formação que faz parte de uma das suas atribuições. Essa atribuição deve nortear o

trabalho do coordenador pedagógico uma vez que.

Desencadear o processo de formação continuada na própria escola, com o

coordenador pedagógico assumindo as funções de formador, além de

possibilitar ao professor a percepção de que a proposta transformadora faz

parte do projeto da escola, propiciará condições para que ele faça de sua

prática objeto de reflexão e pesquisa, habituando-se a problematizar seu

cotidiano, a interrogá-lo e a transformá-lo, transformando a própria escola e

a si próprio (ORSOLON, 2003, p. 23)

Dessa forma, pode-se perceber como é imprescindível a importância desse

profissional no contexto escolar, que é também um espaço de transformações,

movimentos e atualizações, uma vez que a educação está em constante construção

e renovação de ações.

A Unidade Escolar conta atualmente com um quadro discente de 165 alunos

da Educação Infantil e Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano, atendendo também

alunos com necessidades especiais na sala de Recursos Multifuncionais; clientela

diversificada na faixa etária de 04 a 15 anos, oriundos na maioria da zona urbana e

periférica, com dificuldades de leitura e escrita, cujos pais exercem profissões

diversificadas, variando de comerciantes ambulantes, garis, empregadas domésticas

a colhedores de café, filhos de pais separados, convivendo apenas com a mãe, ou

com o pai e na maioria das vezes com os avôs. Alguns educandos são frutos de

uma família desestruturada, com problema de desemprego, violência e alcoolismo.

Nas atividades semanais, os recreios acontecem em horários diferentes, por

segmentos, também estão incluídos além das matérias específicas, projeto de leitura

e escrita; sequência didática; culto e as atividades das oficinas do Programa Mais

Educação.

Quando a direção atual iniciou sua gestão em maio de 2010, detectou-se que

a comunidade apresentava pouco vínculo com a escola. A escola foi buscar parceria

na comunidade, realizando reuniões periódicas, para apresentar as propostas

pedagógicas, informar sobre rendimento e frequência dos alunos, compartilhar

decisões, compor parceria para realização de eventos, bem como troca de

experiência, contando sempre com a receptividade da comunidade em todos os

momentos.

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Foram implementados alguns projetos de leitura e escrita com Poemas,

Folclore, Meio Ambiente, Trânsito, Brinquedos e Brincadeiras, Contos Clássicos

dentre outros pautados na qualidade, na aprendizagem, e em resultados positivos,

buscando construir uma escola que cumpra a sua função social que é promover o

acesso e a permanência dos estudantes para que elevem a sua escolaridade e

alcancem a alfabetização na idade certa, eficaz e participativa.

O quadro docente existente na escola tem possibilitado que a coordenação

pedagógica atue com eficácia. Há receptividade nas propostas apresentadas e

muitas delas são construídas na coletividade. O que caracteriza essa conquista são

a eficácia, a responsabilidade e o compromisso da equipe administrativa e

pedagógica.

O principal objetivo da escola é cumprir a sua função social, no que diz

respeito ao direito a educação com qualidade social, e comprometendo-se com a

aprendizagem dos alunos, que nesse caso, é fazer com que elabore propostas

pedagógicas que contribuam para a efetividade da sua função social para que os

alunos permaneçam e consigam concluir os estudos nas idades adequadas.

Para tanto, será necessário sabermos quem são os alunos com maior

dificuldade de aprendizagem, os que mais faltam, o porquê das faltas, onde e como

vivem, o porquê da evasão escolar. Essas questões devem ser discutidas visando

encontrar estratégias de motivação para trazê-los de volta, oportunizando a

aprendizagem para todos os educandos.

4.2 Metodologia

No âmbito da metodologia, se faz necessário dizer o que se vai fazer, por

que, para que, como e com quem, convida o coordenador pedagógico desta

instituição a se debruçar sobre a proposta de intervenção a ser realizado na escola

Municipal Mário Andreazza. Visto que está propondo um trabalho de intervenção

pedagógica para a ampliação do letramento pelas crianças do 5º Ano. A presente

proposta, que surgi neste ambiente escolar, torna a instituição um espaço de

aprendizagem para todos os autores e atores envolvidos neste contexto escolar.

A Proposta em questão será apresentada por meio de uma reunião com a

presença da comunidade escolar (direção, professores, alunos, pais) da Escola

Municipal Mário Andreazza, para sensibilizá-los sobre a importância da

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implementação desta Proposta de Intervenção (PI) no âmbito desta escola e da

comunidade escolar.

Para dar movimentos, a Proposta circunscreve-se a seis entradas: a) A

Proposta em questão será apresenta por meio de uma reunião com a presença da

comunidade escolar (direção, professores, alunos, pais) da Escola Municipal Mário

Andreazza para sensibilizá-los sobre a importância da implementação deste Projeto

de Intervenção (PI) no âmbito desta escola e outras comunidades escolar. b)

Realização de um questionário com a equipe gestora, para saber sua visão sobre a

cultura da escola em realizar os trabalhos com projetos didáticos de Poesias,

Brinquedos e Brincadeiras, Folclore e Contos Clássicos realizados ao longo do

tempo; e análise de documentos sobre os projetos. c) Realização de um grupo focal

com todos os professores da instituição, para um momento de escuta para saber

suas impressões sobre os projetos didáticos de letramento Poesia, Brinquedos e

Brincadeiras, Folclore e Contos Clássicos e discutir sobre os sentidos e significados

dos projetos de letramento na vida acadêmica dos estudantes. d) Realização de um

trabalho de grupo com os alunos do 5º Ano: A sala de aula será dividida em 3

grupos, onde cada grupo irá analisar fotos dos vários momentos de realizações dos

projetos, depois irá escolher uma foto e legendar de acordo com seus significados.

e) Elaboração de relatório embasada nas impressões da gestão, dos professores e

alunos de acordo com os seus depoimentos. f) Apresentação dos resultados da

pesquisa, para a comunidade escolar da Escola Municipal Mário Andreazza.

4.3 Objetivos

O presente estudo tem como objetivo geral avaliar os sentidos e significados

dos projetos didáticos de letramento de leitura e escrita de gêneros textuais na

progressão das aprendizagens dos alunos do 5º ano do ensino fundamental I.

Específicos:

Conhecer as percepções dos estudantes sobre as próprias

aprendizagens no âmbito de projetos de letramento;

Conhecer experiências pedagógicas de letramento que são

significativos na visão dos professores e gestores;

Analisar sentidos e significados do projeto de letramento na vida

escolar dos estudantes.

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4.4 Apresentação das ações da Proposta de Intervenção

A Escola Municipal Mário Andreazza já trabalha com projetos didáticos de

letramento desde 2011, quando comecei a trabalhar nesta instituição, desde então a

clientela passou a ter acesso aos projetos de leitura e escrita. A cada término de um

projeto, sempre era realizado uma reunião com toda a equipe pedagógica para

avaliar todo o desenvolvimento do o seu desenvolvimento, só que os alunos não

participavam dessa discussão.

Hoje, 4 anos depois e com uma vivência ampliada na cultura da escola com

projetos de letramento, durante a Atividade Complementar explanei para a minha

equipe a necessidade que eu tinha de saber como estes projetos chegam na vida

dos nossos alunos, quais sentidos e significados o mesmo está proporcionando para

a progressão das aprendizagens em nossa clientela. Por conta do tempo e

contratempo, este projeto será implementado no ano de 2016.

Sensibilização da Direção, Professores, Alunos e Pais sobre a

importância do PI

Aplicação de um questionário com a equipe gestora para saber sua

visão sobre a cultura da escola em realizar os trabalhos com projetos didáticos de

letramento de Poesias, Brinquedos e Brincadeiras, Folclore e Contos Clássicos

realizados ao longo do tempo; e análise de documentos sobre os projetos.

Realização de um grupo focal com 05 professores do 1ª ao 5ª ano da

instituição para um momento de escuta para saber suas impressões sobre os

projetos de Poesia, Brinquedos e Brincadeiras, Folclore e Contos Clássicos e

discutir sobre os sentidos e significados dos projetos de letramento na vida

acadêmica dos estudantes.

Realização de um trabalho de grupo com os alunos do 5º Ano: A sala

de aula será dividida em 3 grupos, onde cada grupo irá analisar fotos dos vários

momentos de realizações dos projetos de Poesia, Brinquedos e Brincadeiras,

Folclore e Contos Clássicos, depois irá escolher uma foto e legendar de acordo com

seus significados.

Elaboração de relatório embasado nas impressões da gestão, dos

professores e alunos de acordo com os seus depoimentos.

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31

Apresentação dos resultados da pesquisa para a comunidade escolar

da Escola Municipal Mário Andreazza.

4.5 As ações serão realizadas em 2016 de acordo com Cronograma a seguir:

AÇÃO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO

Sensibilização da Direção, Professores, Alunos e Pais sobre a importância do PI

X

Aplicação de um questionário com a equipe gestora para saber sua visão sobre a cultura da escola em realizar os trabalhos com projetos didáticos de Poesias, Brinquedos e Brincadeiras, Folclore e Contos Clássicos realizados ao longo do tempo; e análise de documentos sobre os projetos.

X

Realização de um grupo focal com todos os professores do 1ª ao 5ª ano da instituição para um momento de escuta para saber suas impressões sobre os projetos de Poesia, Brinquedos e Brincadeiras, Folclore e Contos Clássicos e discutir sobre os sentidos e significados de todos osprojetos de letramento na vida acadêmica dos estudantes que foram desenvolvidos 2015.

X

Realização de um trabalho de grupo com os alunos do 5º Ano: A sala de aula será dividida em 3 grupos, onde cada grupo irá analisar fotos dos vários momentos de realizações dos projetos de Poesia, Brinquedos e Brincadeiras, Folclore e Contos Clássicos, depois irá escolher uma foto e legendar de acordo com seus significados

X

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32

Elaboração de relatório embasado a partir análisedas impressões da gestão, dos professores e alunos de acordo com os seus depoimentos.

X X

Apresentação dos

resultados da pesquisa

para a comunidade

escolar da Escola

Municipal Mário

Andreazza.

X X

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33

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escrita deste Trabalho de Conclusão de Curso, na modalidade Projeto

Vivencial, trata-se da realidade que venho acompanhando como coordenadora

pedagógica da escola Mário Andreazza situada município de Itamaraju-Bahia.

O estudo aponta para a ruptura protagonizada por alunos, através dos

projetos de letramento didático que eles possam aprender na vertente da leitura e

escrita no âmbito de projetos de letramento, e não somente a partir de metodologias

tradicionais de ensino. Nessa perspectiva, se faz importante avaliar os projetos

didáticos que foram implantados na escola.

Uma das finalidades é exatamente a ideia de abordar as diferentes

percepções da gestão, professores e alunos, no intuito de verificar se há

similaridade ou não, na avaliação dos projetos de letramento didático, oferecendo

elementos à coordenação pedagógica, para repensar os projetos, tanto para o

aluno, como para o professor. Será a partir dos resultados dessa análise que se

inicia a estruturação de propostas de ação educativa.

Entendemos que os objetivos de aprendizagem e os componentes

curriculares não são definidos num só momento e devem ser repensados durante

todo o desenvolvimento do projeto.

Como coordenadora pedagógica, destaco alguns pontos positivos em

trabalhar com projeto de letramento didático: os alunos passam adquirir hábitos de

leitura, adquirir comportamento de leitor e escritor, práticas de leituras como: ler para

estudar, para aprender, memorizar, dramatizar, produzir textos, ter familiaridade com

os gêneros dentre outras. Destaco ainda a participação da família em apoiar seus

filhos para a realização das atividades e nas apresentações da Mostra de Arte

realizada ao final do ano.

Os pontos negativos são poucos, mas, não deixam de existir, destaco a falta

de um estudo teórico sobre pedagogia de projetos didáticos para os professores se

sentirem mais preparados em realizar as atividades em sala de aula e fora dela.

Diante disso, os avanços apresentados nesse âmbito de projetos devem

permanecer e ser cada dia melhorado em função de todos os envolvidos

possibilitando o acesso a uma aprendizagem significativa e prazerosa.

A investigação realizada não terá a pretensão de finalizar o assunto, mas o

início de um estudo que necessita a maior ampliação. Necessito ressaltar que como

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qualquer trabalho de pesquisa está suscetível a uma análise mais ampla deste

fenômeno. Espero que este trabalho na modalidade de Projeto Vivencial venha

contribuir para a melhoria das práticas docentes em trabalhos com projetos didáticos

e que promova o desenvolvimento de habilidades e competências aos nossos

discentes.

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REFERÊNCIAS

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VEIGA NETO, ALFREDO. De Geometrias, Currículo e Diferenças IN: Educação e Sociedade, Dossiê Diferenças-2002. XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa. 2ª ed. Reform. São Paulo: ed. Ediouro,2000.

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APÊNDICE A

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA–CECOP 3

COORDENADORA CURSISTA: Jacqueline Fabiane Pereira Souza Pesquisa realizada na Escola Municipal Mário Andreazza.

Data : ___/____/ 2016

Público alvo: Equipe Gestora.

ROTEIRO DE PESQUISA

1- Há quase 4 anos a escola vem desenvolvendo o trabalho com projetos de

letramento didático (Poesias, Brinquedos e Brincadeiras, Folclore e Contos

Clássicos) como a equipe avalia sobre essa cultura de projetos de letramento

didático?

2- Algumas crianças que estudam aqui já vêm acompanhadas com essa cultura

de projetos desde o 1º ano e hoje estão no 5º ano , a equipe gestora notou

alguma mudança na postura desses alunos no que diz respeito ao interesse

na leitura e a escrita?

3- A equipe pode destaca alguns pontos positivos e negativos dessa cultura de

projeto realizada nesta instituição?

4- A equipe tem o desejo que essa cultura de projetos de letramento didático

possa continuar sendo desenvolvida nesta instituição?

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA–CECOP 3

COORDENADORA CURSISTA: Jacqueline Fabiane Pereira Souza Pesquisa realizada na Escola Municipal Mário Andreazza.

Data : ___/____/ 2016

Público alvo: Professores do 1º ao 5º Ano. TIPO DE ATIVIDADE A SER REALIZADA : GRUPO FOCAL

ROTEIRO DE PESQUISA

1-Há quase 4 anos a escola vem desenvolvendo o trabalho com projetos de

letramento didático(Poesias, Brinquedos e Brincadeiras, Folclore e Contos

Clássicos) como você avalia sobre essa cultura de projetos de letramento didático?

2- Vocês acreditam que com os projetos de letramentos seus alunos passaram a ter

melhor aprendizagem e desempenho na leitura e na escrita?

3- Destaque alguns pontos positivos e negativos dessa cultura de projeto realizada

nesta instituição?

4-Quais sentidos e significados os projetos didáticos de letramento, vem se

apresentando na vida dos nossos alunos.

5- Vocês notam comportamentos leitores nos alunos? Quais?

6-Você tem o desejo que essa cultura de projetos de letramento didático possa

continuar sendo desenvolvida nesta instituição?

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APÊNDICE B

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

PÚBLICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA–CECOP 3

COORDENADORA CURSISTA: Jacqueline Fabiane Pereira Souza Pesquisa realizada na Escola Municipal Mário Andreazza.

Data : ___/____/ 2016

Público alvo: Alunos do 5º Ano. TIPO DE ATIVIDADE A SER REALIZADA : Realização de um trabalho de grupo com os

alunos do 5º Ano.

A sala de aula será dividida em 3 grupos, onde cada grupo irá analisar fotos dos

vários momentos de realizações dos projetos de Poesia, Brinquedos e Brincadeiras,

Folclore e Contos Clássicos, depois irá escolher uma foto e legendar de acordo com

seus significados

A sala de aula será arrumada com objetos expostos que fizeram parte de todos os

projetos didáticos de letramento ao longo desses quase 4 anos.( fotografias das

apresentações, livros publicados, quadros pintados, painéis, fantasias);

Em seguida os alunos serão divididos em 3 grupos onde cada grupo irá analisar

todos os objetos que fizeram parte das Mostras de Artes;

Depois dos objetos escolhidos, legendar de acordo com os seus significados;

Depois, haverá um momento de escuta para que cada grupo fale sobre os projetos

de letramento didático;

1- Há quanto tempo vocês estudam nesta escola?

2- Em outras escolas que vocês estudaram trabalhavam com projetos de letramento

didático?

3- Vocês acham interessante trabalhar com atividades de projetos? Justifique.

4- O que vocês aprenderam com os projetos didáticos de letramento?

5- Destaquem alguns pontos positivos e negativos em trabalhar com projetos de

letramento didático.

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6- Vocês leem e escrevem melhor hoje? Vocês acreditam que estudar com os

projetos ajudou a desenvolver essa prática?

7- Vocês tem hábito de ler em casa?

8- Vocês têm o desejo que essa cultura de projetos de letramento didático possa

continuar sendo desenvolvida nesta instituição?

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ANEXO

A escola já vem trabalhando com projetos didáticos de letramento há algum

tempo a exemplo dos projetos: Folclore, Poesia, Brinquedos e Brincadeiras e Contos

Clássicos. No qual os alunos tem mais acesso ao mundo da leitura, das produções,

aos diferentes gêneros textuais dentre outras habilidades que são adquiridas ao

longo do desenvolvimento dos projetos e em 2016 serão avaliados para saber quais

sentidos e significados esses projetos dão na vida dos nossos alunados.

Projeto Folclore: Apresentação

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Projeto Poesia/ Centenário de Vinícius de Moraes

Projeto: Brinquedos e Brincadeiras – Releitura das telas de Ivan Cruz

Projeto: Brinquedos e Brincadeiras-Exposição das releituras de Ivan Cruz

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Projeto: Contos Clássicos – Apresentação

Projeto Contos Clássicos - Dramatização