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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CECOP 3 ALEXANDRE DOURADO BOTELHO A UTILIZAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO CONTEXTO PESSOAL E PEDAGÓGICO NA ESCOLA MUNICIPAL MILTON DE ALMEIDA SANTOS Vitória da Conquista 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3

ALEXANDRE DOURADO BOTELHO

A UTILIZAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO CONTEXTO PESSOAL E PEDAGÓGICO NA ESCOLA MUNICIPAL MILTON DE

ALMEIDA SANTOS

Vitória da Conquista 2015

ALEXANDRE DOURADO BOTELHO

A UTILIZAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO CONTEXTO PESSOAL E PEDAGÓGICO NA ESCOLA MUNICIPAL MILTON DE

ALMEIDA SANTOS

Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientadora: Prof. Gilmária Santos

Vitória da Conquista 2015

ALEXANDRE DOURADO BOTELHO

A utilização das Novas Tecnologias no contexto pessoal e pedagógico na Escola Municipal Milton de Almeida Santos

Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.

Aprovado em janeiro de 2016.

Banca Examinadora

Primeiro Avaliador. Gilmária Santos Segundo Avaliador. ___________________________________________________ Terceiro Avaliador. ____________________________________________________

Dedico este trabalho à minha Família.

AGRADECIMENTOS

A Deus, por me permitir mais esta conquista.

Aos meus familiares que sempre me apoiaram em especial a Adeline, minha

esposa, pela colaboração e cooperação nesse percurso. A meu filho, André, por

oportunizar momentos de descontração e muitas alegrias ao longo dos estudos e

aos meus Pais, Edigar e Orlinda, que sempre me incentivaram e orientaram na

construção de valores que me tornaram quem sou hoje.

A Jaqueline e Elisângela, pela parceria nos estudos, nas discussões constantes e

apoio nas diversas etapas do curso.

A minha orientadora, Profª. Gilmária Santos, pela paciência e competência ao me

auxiliar nesta jornada.

À Faculdade de Educação da UFBa e ao Programa Escola de Gestores, por levarem

a cabo esta iniciativa que beneficia tantos Coordenadores Pedagógicos como eu.

À minha tutora Maria Tereza, pelo acompanhamento e colaboração nas diversas

ações do curso.

À Secretaria Municipal de Educação pela colaboração e contribuição nos encontros

presenciais.

À todos que me incentivaram.

Pane no sistema alguém me desconfigurou Aonde estão meus olhos de robô?

Eu não sabia, eu não tinha percebido Eu sempre achei que era vivo

Parafuso e fluído em lugar de articulação Até achava que aqui batia um coração

Nada é orgânico é tudo programado E eu achando que tinha me libertado

Pitty – Admirável chip novo

BOTELHO, ALEXANDRE. A utilização das Novas Tecnologias no contexto

pessoal e pedagógico na Escola Municipal Milton de Almeida Santos. 2015.

Projeto Vivencial (Especialização) – Programa Nacional Escola de Gestores,

Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.

RESUMO

O presente trabalho é o texto final do TCC/PV que teve como objetivo verificar o uso das novas tecnologias em relação ao contexto pessoal e pedagógico na Escola Municipal Milton de Almeida Santos. O uso das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC, associado a formação de professores busca alcançar resultados satisfatórios no ensino e aprendizagem. A preocupação maior deste trabalho foi investigar os motivos que dificultam o uso das TIC na educação e compreender qual a visão dos professores em relação ao uso das novas tecnologias. A pesquisa foi desenvolvida com aplicação de questionários para professores. A metodologia constituiu-se pesquisa ação e revisão bibliográfica. Os resultados apresentam frente a respostas dos professores a necessidade de cursos/oficinas de formação continuada diante da totalidade das respostas acreditarem que as TIC contribuem consideravelmente para o ensino aprendizagem e, que as dificuldades mais frequentes foi falta de conhecimento para o uso das tecnologias associado a sua formação. Foi apontado também que os professores não estão preparados para atuar com as novas tecnologias em sala de aula. Tendo posse desse conhecimento, será proposto um projeto de intervenção para o primeiro semestre do ano de 2016, objetivando o rompimento das barreiras existentes entre a cultura da escola tradicional e os avanços tecnológicos, pois só ousando e enfrentando as dificuldades aqui apresentada é que poderemos superar esses desafios e implantar novas ações com uso dos recursos tecnológicos. Palavras-chave: Tecnologias da Informação e Comunicação. TIC. Novas Tecnologias. Formação Continuada.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 Idade, sexo e escolaridade dos professores entrevistados 31

Gráfico 2 Recursos tecnológicos utilizados 33

Gráfico 3 Dificuldades apresentadas para a formação continuada. 34

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Descrição das turmas da Escola pesquisada 28

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CECOP Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica

PCN Parâmetro Curricular Nacional

UESB Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

UFBA Universidade Federal da Bahia

FTC Faculdade de Tecnologia e Ciência

TIC Tecnologias de Informação e Comunicação

EAD Educação a Distância

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

DCE Diretório Central dos Estudantes

DABIO Diretório Acadêmico de Biologia

SUMÁRIO

1 HOME PAGE............................................................................................. 12

2 BACKUP DO AUTOR................................................................................. 14

3 DOWNLOAD DA REALIDADE................................................................... 20

4 UPTODATE DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR....................................... 27

4.1 NOVAS TECNOLOGIAS: UM NOVO LINK PARA A EDUCAÇÃO ............ 30

4.2 UPGRADE – FEEDBACK DA PESQUISA.................................................. 35

5 DOWNLOAD CONCLUÍDO – PARA NÃO FINALIZAR............................. 36

6 REFERÊNCIAS........................................................................................... 38

7 ANEXO........................................................................................................ 41

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1. HOME PAGE

As Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC, nos dias de hoje,

possibilitam várias maneiras de pensar e comunicar-se com a sociedade. Essas

novas tecnologias têm se desenvolvido e avançado rapidamente, tornando-se

capazes de armazenar e divulgar diversas informações, podendo construir novos

conhecimentos. As TIC fazem parte do nosso cotidiano, modificando as nossas

atitudes, comportamento e, por isso não podem ser ignoradas e nem consideradas

como recursos maléficos.

A nossa sociedade vem apresentando formas diversas na orientação da

sistematização do ensino e nesse sentido destacamos que o uso das novas

tecnologias na sala de aula é importante, tanto para o aluno como para o professor,

buscando a apropriação de mais uma forma de ensinar.

A utilização das novas tecnologias na educação não deve se restringir apenas

ao uso de aplicar técnicas e/ou digitar textos, pois de acordo com Bonilla (2005,

p.204), “O professor deve ser sujeito de sua ação e não mero expectador de

atividades ou técnicas deve ser produtor de conhecimento, e não meramente

consumidor”.

Dialogando com alguns teóricos, buscamos embasar a necessidade de uma

mudança de postura frente aos novos desafios com as TIC na educação e o papel

do professor diante a uma educação com inserção de recursos tecnológicos.

Neste contexto, verificamos como se dá o uso das TIC em sala de aula e na

vida pessoal, pelos professores da Escola Municipal Milton de Almeida Santos, no

intuito de conhecer as dificuldades encontradas para o uso dessas tecnologias em

sua ação pedagógica. A metodologia utilizada foi por meio de pesquisa ação,

aplicando questionários junto aos professores da escola e por meio de revisão de

literatura. Entrevistamos 50% dos professores que estão atuando, pois havia alguns

profissionais que estavam de licença, atestados e atuando em outros setores, que

não fosse a sala de aula.

Constatamos que todos os professores, entrevistados, consideram as TIC

como recurso que favorece a aprendizagem significativa, pois é uma alternativa que

amplia o interesse do aluno pela educação.

Dessa forma, destacamos a importância da apropriação do uso de novos

recursos e metodologias de ensino, por parte dos professores, para incluir em sua

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prática pedagógica e buscar dirimir o cenário que a economia globalizada apresenta

para a nossa sociedade, pois a escola tem papel importante na promoção desse

conhecimento e dessa forma, não pode estar defasada diante da realidade.

Apresentamos como proposta de intervenção, diante da necessidade

apontada pelos professores, a sugestão de cursos de formação continuada para os

professores, para que possa ser adequada a realidade e necessidades específicas.

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2. BACKUP DO AUTOR Experiências: do acadêmico ao profissional!

O presente memorial faz parte do conteúdo exigido pelo componente

curricular TCC/PV, que integra o curso de Especialização em Coordenação

Pedagógica, oferecida pela Universidade Federal da Bahia e, representa ações,

momentos e acontecimentos memoráveis que contribuíram para a minha formação

acadêmica e consequentemente a minha trajetória pessoal e profissional.

Sou Alexandre Dourado Botelho, natural de Irecê-Ba. Conclui a educação

básica no ano de 1997 e, ao final deste ano prestei vestibular, sem obter êxito.

Permaneci na minha cidade natal trabalhando com meu Pai, que é Engenheiro

Agrônomo, em uma mini indústria de leite pasteurizado e, ao final do ano de 2008,

prestei vestibular na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, para o

curso de Biologia. Quando o resultado saiu, meu nome não estava na lista dos

aprovados. Pensei... preciso me preparar mais! Alguns dias depois, meu irmão que

já morava em Vitória da Conquista, entrou em contato comigo informando que eu

havia sido convocado na lista de 2ª chamada! Tive que me organizar às pressas,

pois a matrícula seria nos dias seguintes, pois o curso já iria iniciar. Fui arrumar as

malas para me mudar para Vitória da Conquista e sair da casa dos meus pais.

Ingressei no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas no ano de 2009.

Foi a primeira turma do curso e contava, inicialmente, com 40 pessoas. No primeiro

semestre, enfrentamos diversas dificuldades relacionadas ao quadro de docentes

que não estava completo e a estrutura física para aulas práticas – laboratórios, pois

o curso estava sendo implantado e essas questões foram sendo sanadas ao longo

dos semestres letivos. Ainda no primeiro semestre, aproveitamos a oportunidade de

participar de um curso de extensão, do modo básico de informática, em um dos

poucos laboratórios que havia na UESB, para uso dos alunos. Este foi de grande

importância, pois diante de uma gama de disciplinas que os professores cobravam

trabalhos acadêmicos, participamos de forma ativa e iniciamos de modo mais

frequente o uso de computadores para a produção de trabalhos, que não era uma

rotina.

Ao longo do curso percebíamos nos diálogos com alguns colegas que o

objetivo nosso se assemelhavam em relação a expectativa do curso. Muitos

ingressaram no curso de Biologia com uma visão de atividade mais voltada para o

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meio ambiente, ecologia, área da saúde e, pouquíssimos interessados na área de

educação. A ideia nas nossas cabeças era a de um curso de bacharelado, pois a

grande maioria não estava pensando em sala de aula. Essa ideia foi se modificando

ao longo dos semestres, principalmente quando iniciaram as disciplinas específicas

da licenciatura. Com a realidade do curso de licenciatura cada vez mais forte e

presente em nosso cotidiano, muitos colegas buscaram outros cursos e eu, busquei

uma transferência de curso e de universidade. Na tentativa de mudar de curso o

processo foi indeferido e, na tentativa de mudar de Universidade, quando iniciou o

processo seletivo eu já havia cursado as disciplinas de didática e psicologia da

educação I, que fazem parte do fluxograma do curso de Licenciatura em Ciências

Biológicas, ai resolvi não participar daquele processo seletivo, pois essas duas

disciplinas juntamente com os professores que ministraram, me encantaram e me

fez visualizar uma outra área de atuação. Preferi ficar no curso de licenciatura, mas

ainda com receio da sala de aula. Nesse momento da minha trajetória acadêmica, já

se passava do 4º semestre e eu me sentia mais motivado a participar das diversas

atividades que ocorriam no meio acadêmico.

Participei do movimento estudantil da UESB, inicialmente de forma mais

discreta, sendo suplente no Diretório Acadêmico de Biologia - DABIO, no primeiro

ano do curso. Depois, fui tesoureiro do diretório e posteriormente, até o ano de

conclusão do curso, que foi em 2004, fiquei a frente do DABIO como diretor geral.

Nesse período, que participei do Diretório Acadêmico, fui representante discente no

departamento de Ciências Naturais e no Colegiado do Curso de Ciências Biológicas.

Foi um momento de muito aprendizado político, ético e social. Organizei, juntamente

com colegas e professores, seminários, encontros e semanas do curso de biologia.

Fiz parte da comissão organizadora do 2º Congresso do DCE da UESB, além da

participação de outros eventos durante todo o período da graduação.

No fluxograma do curso de Biologia há duas disciplinas que são de prática de

ensino: Metodologia e Prática do Ensino de Ciências Naturais (Estágio I) e

Metodologia e Prática do Ensino de Biologia (Estágio II), no 7º e 8º semestre

respectivamente. Quando cursei essas disciplinas, os professores que as

ministravam realizaram um trabalho de forma que me deixou muito seguro quanto a

fase de assumir a sala de aula pela primeira vez. A relação que tive com os

professores dessas disciplinas foi de muita amizade e, ainda permanece atualmente,

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fez com que eu me sentisse muito a vontade para poder expor as minhas

dificuldades, meus anseios, expectativas e medo, diante do momento prático da

disciplina, que seria a regência. Na disciplina de Estágio I, foi proposto a elaboração

de um projeto pedagógico, com a temática de Sexualidade na Educação, com

embasamento no PCN de Educação Sexual. Esse projeto foi realizado por um

período de uma semana, sendo que cada um de nós assumiu uma sala de aula do

ensino fundamental, anos finais, em uma escola estadual, Maria Viana, que hoje já

está desativada. No primeiro momento, fiquei muito preocupado e ansioso, mas no

decorrer dos outros dias, a proposta que construímos foi muito bem aceita e muito

participativa, de modo que conseguimos alcançar o objetivo implícito ao projeto, que

não foi apenas de cumprir um momento de estágio curricular.

Na disciplina de Estágio II, foi apresentado para nós a mesma proposta da

disciplina de Estágio I, que foi a elaboração de um projeto temático, relacionado aos

conteúdos que os alunos do ensino médio estavam estudando naquele período.

Fomos visitar a escola escolhida, que foi a Escola Estadual José de Sá Nunes, e eu

e mais alguns colegas ficamos no grupo do 3º ano do ensino médio. Em conversa

com os alunos da turma, foi definido democraticamente a proposta do projeto com o

conteúdo de genética. A partir desse momento, em grupos começamos a

desenvolver atividades para que fosse aplicada no período de uma semana, assim

como o anterior. Como os alunos de ensino médio já são mais maduros, em relação

ao ensino fundamental, a metodologia abordada foi diferente da que estava sendo

trabalhada no cotidiano da escola, pois a turma tinha uma grande quantidade de

alunos, favorecendo a conversa paralela e consequentemente não contribuía para

motivar os alunos a participarem. Com a proposta de metodologia diferenciada,

buscamos realizar muitas atividades práticas, no intuito de empolgar e instigar a

participação dos alunos, que foi o que ocorreu, tornando aquele momento um

estágio de muito sucesso.

Fiquei muito feliz por ter superado essas duas etapas com sucesso e por isso,

realizei o meu TCC com a temática do Estágio II, que foi um estudo de caso da

abordagem metodológica realizada no estágio, com a orientação do mesmo

professor que me auxiliou no período das disciplinas de estágios. Concluí a

graduação em setembro de 2004 e nesse período atuava em uma escola particular,

no ensino médio, com as disciplinas de biologia, tendo iniciado no mês de abril do

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mesmo ano. No mês de abril do ano seguinte, solicitei minha exoneração para

retornar para Irecê, minha cidade natal.

Nesse período que fiquei em Irecê, não atuei na área de educação e no

período de julho de 2006 a outubro de 2007 cursei uma especialização em Saúde

Pública, pela Universidade Estácio de Sá. As aulas ocorreram em um fim de semana

por mês, em Salvador. Esse curso fez com que a minha motivação reascendesse

para voltar a atuar na minha área de formação.

Permaneci morando em Irecê e em março de 2008 recebi a notícia que eu

havia sido convocado pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, por um

concurso que fiz quando estava finalizando a minha graduação, em 2004. Tive que

me organizar novamente para retornar a Vitória da Conquista e em abril de 2008

tomei posse, assumindo a regência, na Escola Municipal Paulo Setúbal, localizada

no Distrito de Inhobim, zona rural, com uma carga horária de 20h.

Foi um momento de ansiedade e readaptação a sala de aula, pois havia

algum tempo sem atuar diretamente na educação. Destaco que foi uma experiência

nova e de certa forma, desafiadora. No ano seguinte, me ofereceram 20h de carga

horária de contrato, passando a atuar com 40h. Atuei nessa escola até o final do ano

letivo de 2011, com a disciplina de ciências, sempre preocupado com o aprendizado

dos alunos, principalmente com a disciplina que eu ministrava.

No ano de 2010, período que estava trabalhando na escola do distrito de

Inhobim, tive a oportunidade de ser contratado para trabalhar na FTC EaD, como

tutor de uma turma de Biologia. Foi a partir desse trabalho que tive uma atuação

mais próxima e frequente com as novas tecnologias. Depois de um período atuando

como tutor fui convidado a assumir a tutoria de uma turma de Pedagogia. As

discussões eram interessantes e, por ser uma modalidade EaD, percebíamos a

dificuldade de alguns alunos em participar das atividades obrigatórias,

disponibilizadas no ambiente virtual de aprendizagem – AVA. Essas dificuldades me

deixavam intrigado, principalmente pela questão de ser um curso na modalidade

EaD e as pessoas não buscavam alternativas para sanar essas questões.

Acompanhamos as turmas de Biologia e Pedagogia até o final, finalizando meu

trabalho, na FTC EaD, com a conclusão do curso de Pedagogia, em meados de abril

de 2013, pois após esse período não foram ofertadas novas turmas.

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No ano de 2012, solicitei transferência da Escola Municipal Paulo Setúbal e

me informaram as vagas disponíveis para a minha área. Tive que escolher trabalhar

20h em uma escola e 20h em outra, no matutino e vespertino, respectivamente. Pela

manhã, fui trabalhar na Escola Municipal Milton de Almeida Santos e a tarde, na

Escola Municipal Euclides da Cunha, localizada na zona rural, em um distrito

próximo a Vitória da Conquista. Em 2013, foi solicitado a elaboração de um projeto

para a participação da Conferência Municipal Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente.

Com essa tarefa a ser realizada, buscamos desenvolver de modo que contemplasse

toda a comunidade escolar. Com essa proposta, desenvolvemos um projeto

interessante com os alunos, relacionado com as TIC, pois percebi que com essas

ferramentas, seria mais um momento de estreitamento da relação professor-aluno.

Nesse sentido, concordamos que O uso das TIC em sala de aula diminui a distância

entre o aluno e professor e ocorre um aprendizado mútuo. Questão essa é

ressaltada por Miranda (2007, p. 46) quando diz que “a Internet pode facilitar esta

aprendizagem colaborativa, se o professor criar projetos onde alunos (e outros

adultos) possam realizar atividades, resolver problemas em cooperação e participar

em tarefas comuns”.

Assim destacamos a importância do uso das TIC na sala de aula e no

ambiente escolar no sentido de favorecer o aprendizado do aluno de uma maneira

mais agradável.

No início do ano letivo de 2014 fui convidado a fazer parte do quadro de

Coordenadores do Núcleo Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação e,

aceitei o desafio de atuar nessa nova área para mim. A formação continuada dos

professores do ensino fundamental – anos finais, é um dos nossos desafios que

estamos vivenciando e percebendo esse como um dos grandes desafios da

educação atual. A Coordenação Pedagógica nos trouxe uma visão diferenciada do

espaço escolar, com uma experiência de sala de aula pequena, mas possível de

perceber as necessidades constantes que estamos vivenciando. Por meio dessa

oportunidade da coordenação da rede municipal, ingressei como aluno do Programa

Pós Graduação em Educação, especialização em Coordenação Pedagógica,

oferecida pela UFBA, Faculdade de Educação, curso que tem contribuído com a

minha formação profissional e pessoal.

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Em março de 2014, atuando no Núcleo Pedagógico, fui designado a assumir

a tutoria de um programa de formação continuada, do governo federal. Participei de

encontros de formação de tutores e iniciei as atividades do programa Formação Pela

Escola, que é um programa do FNDE, que oferece cursos modulares na modalidade

a distância. Atuando novamente como tutor, agora tendo com o maior público, os

colegas professores da rede municipal. Com essa atividade agregada a

Coordenação, percebi a dificuldade apresentada pelos colegas em manusear os

recursos tecnológicos, mesmo após a orientação que ocorre nos encontros

presenciais, com a participação prática de cada cursista no AVA do curso.

Diante às novas tecnologias que os nossos alunos vivenciam cotidianamente

e às dificuldades apresentadas por alguns professores em diversos momentos dos

cursos oferecidos, destacamos que a didática em sala de aula não pode ficar

estagnada, pois os nossos educandos já vivenciam essas situações, com as novas

tecnologias, diariamente e com muito mais habilidade que muitos educadores. O

aluno não deve ser tratado como um mero receptor do conhecimento, sem ser

valorizado o seu conhecimento de mundo. Assim, concordamos com Pretto & Pinto

(2006) quando diz afirmam que:

(...) já que a escola e todo o sistema educacional passam a funcionar com outros tempos e em múltiplos espaços, diferenciados. Não deixa de ser, no entanto, esse um rico momento para repensarmos as políticas educacionais na perspectiva de resgatar a dignidade do trabalho do professor, com a retomada de sua autonomia e, com isso, experimentar novas possibilidades com a presença de todos os novos elementos tecnológicos da informação e comunicação.

Estando a frente de um curso na modalidade EaD e atuando na coordenação

pedagógica da rede municipal, surgiu o desejo de investigar a situação do uso das

TIC em sala de aula, pelos professores e se existe necessidade de formação

continuada para ampliar os recursos pedagógicos que o professor pode utilizar em

sala de aula, de forma educacional.

Penso que de posse da conclusão desse estudo a partir da compreensão da

metodologia com o uso das TIC em sala de aula, poderemos reivindicar a oferta de

cursos de formação continuada em TIC na área educacional, proporcionando uma

melhor relação professor-aluno e consequentemente uma melhor condição de

ensino e aprendizagem na educação do município.

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3. DOWNLOAD DA REALIDADE TIC na Educação – contexto, inserção e formação

A educação no contexto atual nos cobra muito mais do que o currículo

comum, executado pela maioria das escolas. A diversidade de conteúdos e a

possibilidade de aprendizagem pelas mais diversas linguagens nos permitem buscar

mudanças a fim de abandonar hábitos arraigados, na cultura dos professores.

Atualmente as Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC, ganham

espaços em todos os contextos da sociedade, possibilitando novas maneiras de

pensar, viver, comunicar, conviver e relacionar-se com a realidade (PORTO, 2009).

Lévy (1999), numa análise das mutações contemporâneas, traz para debate a

velocidade do surgimento de informações e da renovação destas, dos dados e das

redes que se criam/interconectam. Para ele, os contatos transversais entre

indivíduos proliferam de forma anárquica, produzindo “guerra” de imagens,

propagandas e contrapropagandas. O autor assinala que vivemos numa sociedade

do conhecimento interconectada por redes, entendendo que as relações não são

produto das tecnologias, mas dos sujeitos que “inventam, produzem, utilizam e

interpretam de diferentes formas as técnicas” (LÉVY, 1999, p. 23).

Neste contexto de redes, mudanças e fluxos informacionais e interacionais,

temos a escola, que embora se diga em processo de modernização, com inclusão

massiva de Tecnologias de Informação e Comunicação (TV, vídeo, DVD,

computadores, som, entre outros), na maioria das situações continua reticente para

integrar ao seu cotidiano tecnologias em processos educativos e comunicacionais

(PORTO, 2006).

Desse modo, percebemos que os avanços tecnológicos proporcionam

oportunidades de comunicação e informação que vem modificando o modo de

interagir, transformando comportamentos, relacionamentos e mudando os

paradigmas das relações pessoais. De acordo com Porto (2006, p. 44), analisar o

papel que as tecnologias e as informações/imagens têm desempenhado na vida

social implica não somente explorar as características técnicas dos meios, mas

buscar entender as condições sociais, culturais e educativas de seus contextos.

Entendemos a Escola como espaço/contexto de transmissão de

conhecimentos e de produção de saberes. Escola que é movimento e

transformação, porque é composta por pessoas em relações. Escola como espaço

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de socialização, de encontros, convivência, colaboração e embates entre os sujeitos,

mediados ou não por tecnologias (PORTO, 2009). Assim, a educação na escola

envolve espaços comunicativos que mobilizam os sujeitos, para a (re)significação do

conhecimento e para a construção da unidade individual e social (PORTO, 2005).

A nossa sociedade hoje vivencia um grande desafio no sistema educacional.

As TIC estão cada vez mais imperativa em nossas vidas, pois são instrumentos para

a educação e formação, que dão acesso a conhecimento e soluções individuais.

De acordo com Moraes (1997), o simples acesso a tecnologia em si, não é o

aspecto mais importante, mas sim, a criação de novos ambientes de aprendizagem

e de novas dinâmicas sociais a partir do uso dessas novas ferramentas.

Para Kenski (2003), a evolução tecnológica não se restringe aos novos usos

de equipamentos e/ou produtos, mas aos comportamentos dos indivíduos que

interferem/repercutem nas sociedades, intermediados, ou não, pelos equipamentos.

A inserção das TIC em sala de aula necessita de um planejamento de como

inserir adequadamente esses recursos com o intuito de facilitar o processo de

ensino aprendizagem da escola, objetivando melhor desempenho do sistema

educacional.

Nesse sentido, concordamos com Costa (2008) e Porto (2010), quando

destaca que a inserção das TIC no ambiente educacional, exige, inicialmente, a

formação do professor em uma perspectiva que procure desenvolver uma proposta,

que permita transformar o processo de ensino em algo dinâmico, constante e

desafiador, considerando o contexto no qual as tecnologias são usadas. Não se trata

apenas de adaptar o modelo de escola tradicional aos equipamentos, ou vice-versa,

já que o simples uso das tecnologias não significa inovação no processo de ensino e

aprendizagem.

Segundo Porto (2003, 2010), a introdução das TIC no contexto educativo

extrapola a simples instrumentalização tecnológica do educador ou da escola, pois o

uso das TIC, como recurso de apoio ou ferramenta de auxílio, evidencia um ensino

preocupado com a ilustração de suas proposições e não com o processo criativo e

reflexivo intermediado pelas tecnologias. Logo, o uso das TIC na educação

depende, antes mesmo da sua existência física na escola, da formação do professor

para lidar crítica e pedagogicamente com elas. É necessário que o professor

conheça os meios tecnológicos, as suas interfaces e as possibilidades de sua

22

inserção no espaço escolar, para, então, efetivar a sua utilização em situações de

ensino-aprendizagem.

Marques (1999, p. 180), sobre a inserção das TIC em sala de aula, afirma que

a escola não pode desconsiderar os instrumentos tecnológicos disponíveis na

atualidade, “[...] sob pena de alienação e fuga aos próprios compromissos sociais”.

Isto posto, não basta familiarizar alunos e professores com as TIC, é necessário,

acima de tudo, um trabalho de entrada de ambos no mundo de informações e

conhecimentos possibilitado pelas ferramentas tecnológicas, já que elas

proporcionam uma aproximação entre os sujeitos em formação (professores e

alunos) e as diversas culturas (e/ou saberes) espalhados no planeta. Para o autor,

as tecnologias colaboram com a formação do cidadão em comunicação e interação

com um mundo de pluralidades, onde não existem limites geográficos e culturais, e a

troca de conhecimentos é algo constante.

Costa (2005, 2008), sobre a introdução das TIC no espaço escolar, destaca

que o foco primeiro de mudança não está no ambiente (ou na existência deste),

mas, na necessidade de cambiar-se a cultura escolar. No entender do pesquisador,

o que se coloca para a escola (e, primordialmente, para os seus profissionais

docentes) na ação de incorporação e apropriação das tecnologias, é um processo

de mudança coletiva da cultura escolar e da cultura docente.

De acordo com Lévy (2000, p26), enquanto discutimos possíveis usos de uma

dada tecnologia, algumas formas de usar já se impuseram, tal a velocidade e

renovação com que se apresentam. Assim, Porto (2006, p.44) destaca que a

tecnologia não é boa nem má, dependendo das situações, usos e pontos de vista, e

“tampouco neutra, já que é condicionante ou restritiva, já que de um lado abre e do

outro fecha o espectro de possibilidades”.

Diante dessas questões, percebemos que a escola enfrenta desafios de

buscar informações para contextualizar o seu espaço, articulando as TICs com os

conhecimentos escolares, oportunizando a interlocução entre os indivíduos.

Para Libâneo (2007, p.309), o grande objetivo das escolas é a aprendizagem

dos alunos, e a organização escolar necessária é a que leva a melhorar a qualidade

dessa aprendizagem.

De acordo com Demo (2008), “toda proposta que investe na introdução do

uso das TIC na escola só pode dar certo passando pelas mãos dos professores. O

23

que transforma tecnologia em aprendizagem, não é a máquina, o programa

eletrônico, o software, mas o professor (...)”.

Quando pensamos em utilizar as TIC no processo de ensino aprendizagem,

Quartiero (1999) destaca que é importante levar em conta três aspectos que

determinam suas potencialidades e sua efetividade no espaço escolar: primeiro,

verificar a validade da incorporação da tecnologia em sala de aula; segundo, refletir,

com os professores, os objetivos, os métodos e os conteúdos de tais experiências e

os métodos de avaliação de sua eficiência; terceiro, proporcionar aos professores a

capacitação técnica elementar, sem querer formar especialistas.

De acordo com Marcolla (2011), as TIC proporcionam a formação do cidadão

em comunicação e interação com um mundo de pluralidades, em que as trocas de

conhecimentos são constantes e extrapolam as barreiras geográficas e culturais.

Deste ponto de vista, os espaços e tempos de formação deixam de ser

concentrados em um local formal, e ramificam-se em diversos ambientes virtuais,

que possibilitam o diálogo, a aprendizagem e a relação entre pessoas de realidades

distintas.

As TIC revelam-se como ferramentas indispensáveis para a formação de

fortes vínculos sociais e comunitários, que ultrapassam as paredes da escola. Com

este propósito, possibilitam difundir e fazer públicos os produtos do trabalho escolar,

constituindo-se em suportes cada vez mais apropriados para o desenvolvimento de

novas propostas de ensino (MARQUES, 1999; MORAN, 2000; LEVY, 2000a,

2000b).

Para Marques (1999), a apropriação das TIC nas práticas pedagógicas

permite que professores e alunos rompam com as barreiras espaciais e temporais

da escola. Logo, a partir do uso das tecnologias, a escola tem uma dinâmica que

envolve os contatos presenciais e virtuais de alunos com alunos, de alunos com

professores, de alunos e professores com interlocutores externos, com grupos e

listas de discussão sobre assuntos diversos. Para o autor, esse é um movimento

que constitui projetos locais e globais, com possibilidades de consolidação de

comunidades escolares virtualizadas.

A aproximação das TIC com o meio escolar está articulada a uma mudança

de postura do educador frente ao aluno e ao conhecimento. No entender de

Cysneiros (1999, 2006), Barreto (2002) e Kenski (2003, 2007), é necessário superar

24

o velho modelo pedagógico, e não apenas incorporar ao velho, o novo (tecnologia).

Para isso, é preciso compreender que a ferramenta tecnológica, quando presente na

escola, não é o ponto fundamental no processo de ensino e aprendizagem, mas um

instrumento que proporciona a mediação entre educador, educando e saberes

escolares. Trata-se da consolidação de práticas pedagógicas voltadas para a

construção de saberes, que atendam aos interesses e necessidades dos educandos

(PORTO, 2010).

A simples utilização de um ou outro equipamento não pressupõe um trabalho

educativo ou pedagógico. No entender de Orozco (2002), o “tecnicismo por si só não

garante uma melhor educação”. Para o autor, cada meio e cada tecnologia exercem

uma mediação particular nas pessoas e contextos e com os quais os interatuam,

pressupondo transformações na organização do trabalho, nos seus componentes e,

consequentemente, na instituição educativa que realiza o trabalho.

Segundo Santos, (1995, p. 20), o desempenho do professor é grandemente

dependente de modelos de ensino internalizados ao longo de sua vida como

estudante em contato estreito com professores.

Na realidade brasileira, ainda é bastante comum, os professores terem pouca

familiaridade com computadores e não reconhecerem suas potencialidades como

instrumento para implementar as situações de aprendizagem (RINALDI & REALI,

2005). Ainda de acordo com as autoras, as novas tecnologias não podem servir

apenas para transmitir informações, disponibilizar conhecimentos, mas proporcionar

um novo ambiente para se questionar e transformar a educação.

As tecnologias digitais são, sem dúvida, recursos muito próximos dos alunos,

pois a rapidez de acesso às informações, a forma de acesso randômico, repleto de

conexões, com incontáveis possibilidades de caminhos a se percorrer, como é o

caso da internet, por exemplo, estão muito mais próximos da forma com o aluno

pensa e aprende (JORDÃO, 2009).

A utilização de linguagens imagéticas em atividades de formação docente em

serviço, segundo Burgos (1998) e Porto (2002), baseia-se no reconhecimento de

que este processo/instrumento de trabalho não substitui a palavra, ocupa outro lugar

na construção dos sentidos; evidencia discursos ou construções discursivas que

representam configurações espaço-temporais de sentido e, contribui para que os

25

professores tenham elementos para “rupturar” e decidir em momentos

aparentemente complexos e fechados.

Alguns autores (Moran, 2003; Behrens, 2003; Almeida, 2002; Perrenoud,

2000; Valente, 1999) ressaltam a importância de os professores terem uma

formação que lhes permita analisar as vivências da formação, apropriar-se delas e

reelaborá-las para sua própria prática. No que se refere ao uso da informática, ter

clareza do que é, quais as possibilidades e limites de seu uso na educação para que

possam decidir com conhecimento de causa o quê, como, quando e por quê utilizar

os recursos desta ferramenta (pesquisas, textos, imagens, software, Internet, chat’s,

e-mail etc).

É importante lembrar que o uso do computador em sala de aula não garante,

por si só, uma melhor qualidade do ensino. O professor deve descobrir o lugar

didático desta tecnologia, assumir o papel de facilitador da construção do

conhecimento pelo aluno e não mais um mero transmissor de informações

(GREGIO, 2005). De acordo com Berbel (1999, p. 42), Uma aula mal preparada não

será melhor apenas com o uso do computador. A tecnologia pode talvez mascarar a

deficiência de um professor, mas, se usada inadequadamente, não deixa de ser

prejudicial ao aluno.

Para Morin (2000), o professor deve educar-se sobre o mundo e sobre a

cultura dos estudantes para que possa responder às questões e curiosidades deles,

preenchendo lacunas entre o mundo do professor, o mundo do aluno – muitas vezes

em contato com as tecnologias – e o dos conhecimentos escolares.

Para Demo (1993), o que se espera do professor já não se resume ao formato

expositivo das aulas. É preciso centralizar-se na competência estimuladora da

pesquisa.

As demandas sociais exigem uma escola viva, dinâmica e de professores

produtores e organizadores do conhecimento.

Assim, de acordo com Porto (2006), a escola ao utilizar temas do cotidiano

discente e linguagens tecnológicas e comunicacionais em processo de formação

docente trabalha com um material que faz parte do dia-a-dia dos sujeitos escolares e

é agradável a ele. Envolve os docentes em experimentações pedagógicas com

novas linguagens, possibilita interação entre os professores e alunos e o

26

conhecimento, aumenta o poder de decisão e de criação dos sujeitos e, colabora

não só com a formação do sujeito crítico, mas conduz à formação do cidadão crítico.

27

4. UPTODATE DA FORMAÇÃO DOCENTE O USO DAS TIC EM SALA DE AULA: QUAL A SITUAÇÃO?

A elaboração deste Trabalho de Conclusão de Curso/ Projeto Vivencial –

TCC/PV, está concentrado no eixo temático 6 – Tecnologias de Informação e

Comunicação na Educação – TIC, do Polo de Vitória da Conquista, que faz parte do

Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica – CECOP 3, da Faculdade

de Educação da Universidade Federal da Bahia – FACED/UFBA.

SCAN DA UNIDADE ESCOLAR

Construída em 2007 para ampliar a oferta de vagas da Escola Municipal Iza

Medeiros que já oferecia o Ensino Fundamental II em um prédio alugado, a Escola

Municipal Milton de Almeida Santos surgiu da carência de uma Unidade de Ensino

que oferecesse essa modalidade de ensino para atender a demanda de estudantes

moradores dos bairros Patagônia, Kadija, Conveima I e II e adjacências. Bairros

periféricos de Vitória da Conquista Entretanto, ao término da obra, percebeu-se a

necessidade do desmembramento dessa nova estrutura e assim instituiu uma nova

Unidade de Ensino, inaugurando suas atividades no ano de 2008, com as

modalidades de Ensino Fundamental II.

A Escola Municipal Milton de Almeida Santos, está situada no município de

Vitória da Conquista – BA, é mantida pela Prefeitura Municipal, por meio da

Secretaria Municipal de Educação e, também, com recursos do Governo Federal via

programas do FNDE. Localizada entre bairros que convivem com sérios problemas

sociais e com os estereótipos que há anos estigmatizam as suas comunidades, uma

das missões da escola é a revitalização da imagem e da memória social desses

bairros por meio da educação para a transformação social, por meio da formação

ética cidadã de seus alunos e do contato (solidário e respeitoso) com as

comunidades que atende. O público de alunos que estudam nessa Unidade de

Ensino, é oriundo de uma comunidade heterogênea, no que diz respeito aos

aspectos sócio/econômico-culturais. Nela, há alunos de famílias com a situação

econômica estável, mas também atende a muitos alunos economicamente carentes

e alguns em situação de vulnerabilidade social.

28

Atualmente a escola conta com uma diretora, uma vice-diretora e uma

coordenadora pedagógica, atuando nos turnos matutino e vespertino, com a

modalidade do Ensino Fundamental, anos finais. São 22 turmas, distribuídas nos

dois turnos, com aproximadamente 720 alunos matriculados nas turmas do 6º ao 9º

ano, conforme tabela a seguir:

TABELA 1 Fonte: Sistema operacional centaurus – Smed, 2015

A estrutura da escola conta com 12 salas de aulas, uma secretaria, dois

almoxarifados, uma sala de leitura, um laboratório de informática, um laboratório de

ciências (em implantação), dois banheiros para alunos, dois banheiros para

professores, um banheiro para demais funcionários, uma cozinha, três depósitos,

além das dependências administrativas e sala de professores e coordenação

pedagógica.

O corpo docente é formado por 31 professores regentes, cuja maior parte é

formada por professores efetivos. O corpo administrativo e de apoio conta com 25

funcionários dentre eles professores de sala de leitura, porteiros, manipuladoras de

alimento, auxiliar de limpeza, secretária, auxiliar de secretaria e administrativo. Há

29

ainda monitores que fazem parte do projeto Mais Educação, ministrando oficinas,

tais como acompanhamento pedagógico, tecnologias educacionais, educação

ambiental entre outras, para os alunos dos dois turnos, no intuito de ampliar tempo,

espaços, oportunidades educativas e o compartilhamento da tarefa de educar entre

profissionais da educação e de outras áreas.

Com esse trabalho, buscamos investigar as concepções dos professores

sobre o uso das TIC em sala de aula e a compreensão das TIC como recurso

pedagógico ao processo de ensino e aprendizagem, a avaliação sobre a formação

continuada, no que se refere ao aprimoramento das habilidades necessárias para

uso pedagógico.

Nesse sentido, procurou-se identificar a avaliação que os professores fazem

de sua formação sobre o uso das TIC; verificar o interesse pela formação continuada

com uso de TIC na educação; compreender o que facilita ou dificulta o uso das TIC

em sala de aula e verificar se os professores utilizam as TIC no contexto pessoal.

30

4.1. NOVAS TECNOLOGIAS: UM NOVO LINK PARA A EDUCAÇÃO

Esta pesquisa teve como foco de investigação o professor da Escola

Municipal Milton de Almeida Santos e o uso das tecnologias da informação e

comunicação – TIC, em sala de aula. O intuito dessa pesquisa foi o de propor a

criação de subsídios para justificar a solicitação de formação continuada com o uso

das TIC em educação, pelos professores. A formação do professor não deve ser

responsabilidade apenas da academia, em seu período de graduação, mas do

espaço onde a ação pedagógica ocorre.

Para Levy (2001), toda tecnologia inserida no contexto escolar traz em sua

essência a necessidade do envolvimento de todos os agentes da escola, sendo os

professores em primeiro plano, depois os estudantes e, por último, os agentes

administrativos, equipe pedagógica e a comunidade. Todos esses agentes

necessitam se capacitarem para que haja uma perfeita interação no processo de

ensino onde a aprendizagem venha ocorrer de forma estimuladora e sob uma nova

perspectiva.

Dessa forma, traçamos uma metodologia da pesquisa-ação para verificarmos

esses dados.

A metodologia utilizada para investigar essas questões é uma abordagem

qualitativa e quantitativa. De acordo com Moreira (1999, p.32), pesquisa qualitativa é

um termo que tem sido usado alternativamente para designar várias abordagens à

pesquisa de ensino [...]. A abordagem qualitativa está sendo muito utilizada como

metodologia de pesquisa em educação e é a que melhor exprime a complexidade e

a dinâmica dos fenômenos sociais e humanos. Segundo Thiollent (1986), no estudo

da metodologia de pesquisa educacional existe um amplo debate a respeito da dita

oposição entre a tendência quantitativa, baseada na estatística, e as tendências

qualitativas baseadas em diversas filosofias. Quando seus excessos forem

adequadamente criticado nos será possível articular os aspectos qualitativos e

quantitativos do conhecimento dando conta do real (THIOLLENT, 1984, p. 45-50).

Com o objetivo de alcançar respostas às questões da pesquisa, optou-se por

elaboração de questionário misto (questões abertas e fechadas), para entrevistas de

coleta de dados.

A elaboração das questões para a criação do questionário baseou-se nos

objetivos da pesquisa abrangendo a caracterização dos sujeitos da pesquisa, sobre

31

concepção da formação inicial e continuada e, sobre o uso das TIC pelos

professores.

Com o objetivo de informar o motivo e seriedade da pesquisa, nos foi dado,

pela coordenação do curso, uma carta de apresentação, onde explica os motivos da

pesquisa, a instituição a qual está ligada e a identificação do pesquisador.

Para a realização da pesquisa, selecionamos a Escola Municipal Milton de

Almeida Santos, pois é uma das escolas que atua apenas com a modalidade do

Ensino Fundamental II, com o maior número de alunos. Os questionários foram

entregues pessoalmente e buscaremos conversar com o maior número de

professores, para podermos conhecer melhor sua relação pessoal e pedagógica

com as TIC.

Nesse sentido, algumas hipóteses foram levantadas sobre a temática, tais

como podemos destacar os resultados:

Dos professores que participaram da pesquisa, destacamos no gráfico 1, a

faixa etária a qual cada um faz parte, o sexo e a sua escolaridade.

Gráfico 1 FONTE: elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa.

A maioria dos professores atuam nas turmas do 6º ao 9º ano. Participaram da

pesquisa profissionais das áreas de ciências, matemática, português, educação

física, arte, religião, inglês, história, geometria que, de modo geral, atuam na sala de

aula de 5 a 26 anos de profissão.

Em relação ao tempo de profissão, informado no questionário individual, foi

possível perceber que o tempo de formação de cada professor teve uma relação

32

inversamente proporcional com o uso e manuseio das TIC em sala de aula, sendo

necessário questionar se o profissional que formou há mais de 15 anos não está

preparado para atuar com as novas tecnologias na educação. Essas informações

sugerem a necessidade de uma formação continuada com ênfase nos métodos de

atualização do trabalho docente.

Quando perguntamos sobre o uso das TIC em seu cotidiano pessoal, a

resposta dos 100% dos pesquisados foi que usam com frequência e em

contrapartida, em sala de aula as TIC não estão muito presentes em sua prática

pedagógica. O uso é mais para pesquisas de materiais para as aulas.

Cerca de 25% dos professores, entrevistados, utilizam as TIC em sala de aula

com frequência e sem dificuldades. Do total de professores, 10% afirmaram que não

utilizam as TIC em sala de aula por falta de conhecimento, não ter habilidade para

montar equipamentos, tais como datashow e não saberem criar slides para

apresentação.

Na escola há um laboratório de informática que, na maioria das vezes é

utilizado apenas com oficinas do Programa Mais Educação, pois de acordo com os

professores, a quantidade de equipamentos é insuficiente, eles não têm um preparo

adequado para o uso de softwares educacionais e/ou falta pessoal de apoio para

colaborar com a preparação das aulas.

Todos os professores acreditam que deve existir uma formação permanente

para melhor capacitá-los para diminuir a distância entre as TIC e a sala de aula, pois

mesmo sabendo usar algum recurso, a formação específica contribuiria de modo a

potencializar as suas aulas, pois na visão de todos os entrevistados, o uso das TIC

favorece para uma aprendizagem significativa. Essas tecnologias despertam o

interesse dos alunos e consequentemente contribuem para ensino e aprendizagem.

Para Moran a mudança na educação depende basicamente da boa formação

dos professores:

Bons professores são as peças-chave na mudança educacional. Os professores têm muito mais liberdade e opções do que parece. A educação não evolui com professores mal preparados. Muitos começam a lecionar sem uma formação adequada, principalmente do ponto de vista pedagógico. Conhecem o conteúdo, mas não sabem como gerenciar uma classe, como motivar diferentes alunos, que dinâmicas utilizar para facilitar a

33

aprendizagem, como avaliar o processo ensino-aprendizagem, além das tradicionais provas (2007, p.18).

Dessa forma, destacamos que o uso das novas tecnologias na sala de aula

deve ser repensado pelos professores, não como uma ameaça em sua maneira de

ensinar, mas como um recurso alternativo para contribuir com a promoção do

aprendizado, visto que todos os professores utilizam as TIC em seu cotidiano

pessoal, de acordo pesquisa realizada.

Com o avanço das novas tecnologias, as instituições escolares podem

modificar sua metodologia de modo contundente. Frente a essas transformações,

que almejam por profissionais cada vez mais preparados, perguntamos aos

professores quais ferramentas e recursos tecnológicos eles utilizam em sua prática

educativa. De acordo com o gráfico 2, pesquisa na internet, editor de texto, e-mail,

editor de apresentação, celular, estão entre os recursos tecnológicos que os

professores mais utilizam, que de certa forma, não requer de um conhecimento mais

elaborado na área da tecnológica.

Gráfico 2 FONTE: elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa.

34

Comparando, softwares educacionais, jogos educativos, TV, blog e Facebook,

são menos utilizados, pois os professores encaram esses recursos como

ferramentas de aprendizagem que requer mais tempo para elaborar/planejar sua

ação pedagógica e necessitariam de cursos específicos, ambiente adequado para

desenvolver essas práticas pedagógicas, como podemos observar no gráfico 3, que

apresenta os problemas/motivos que impede o professor de participar de formação

continuada em TIC.

Gráfico 3 FONTE: elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa.

Além dos motivos já citados, alguns professores citaram que a falta de

domínio e a quantidade de material insuficiente é levado em conta como problema

que impede a formação continuada.

Em relação a percepção do uso das tecnologias digitais na escola, a maioria

apontou o professor com o uso dos recursos tecnológicos, mas de forma discreta e

ainda, apontaram que os professores não estão preparados para utilizar as TIC em

sala de aula.

De acordo com um professor pesquisado, “as TIC’s são fundamentais em sala

de aula, mas é necessário muito investimento material e pedagógico na formação

dos professores. A escola está no século XXI, usando tecnologia do século XX.

Precisamos mudar esse quadro.”

Os professores expuseram que as TIC são importantes para educação, pois

enriquecem a aula, amplia o desenvolvimento da ação pedagógica, tendo a

35

capacidade de redimensionar o espaço educativo. As novas tecnologias são

fundamentais na sala de aula de hoje e, dessa forma, há a necessidade de mudança

no currículo escolar, pois os professores precisam de formações específicas para

atuar com esses novos recursos e, consequentemente adequando as escolas com

equipamento e estrutura propícia para o ensino.

4.2. UPGRADE – Feedback da Pesquisa

Diante do exposto, acreditamos ser importante uma Proposta de Intervenção

que atenda às necessidades dos professores, para que o trabalho pedagógico

desenvolva de forma mais dinâmica, no intuito de romper as barreiras da escola

tradicional que resiste a evolução tecnológica.

A proposta de intervenção, para o ano de 2016, consta, inicialmente, da

participação do coordenador pedagógico e dos professores da Escola Municipal

Milton de Almeida Santos e tem como objetivo de ampliar os recursos metodológicos

que podem ser utilizados em sala de aula, pelos professores, proporcionando uma

ruptura da resistência da nova tecnologia, que atrapalha qualquer ação pedagógica.

CRONOGRAMA

Mês Ação Descrição Janeiro Férias

Fevereiro Jornada pedagógica Palestras com temática sobre uso das tics

na educação

Março Apresentação da

proposta

Apresentação da proposta de intervenção

na escola, para diretor, coordenador e

professores.

Abril Acs com professores Palestra, com profissional da área das tics,

para professores, destacando a importância

e o uso adequado das novas tecnologias –

do básico ao complexo.

Maio Acs com professores Oficina para professores – trabalhando as

tics na áreas específicas.

Junho Acs com professores Oficinas para professores – outras

tecnologias.

Julho Reunião geral Avaliação da proposta

36

5. DOWNLOAD CONCLUÍDO – PARA NÃO FINALIZAR

As questões que se referem às novas tecnologias e a formação de

professores nos guiam para o campo de debate sobre a formação inicial e a

estrutura escolar. As políticas públicas que tendem para a implementação de

recursos que propiciam o uso das TIC, nos da uma visão de que essa temática está

sendo compreendida como alternativa de recurso didático nas instituições de ensino.

A compreensão desse contexto nos instigou o desejo de conhecer e buscar in

loco a realidade sobre o que os professores pensavam a respeito das TIC, a

metodologia utilizada, bem como o modo que interagiam em sua ação pedagógica.

Partindo dessa premissa decidimos pesquisar sobre o uso das TIC no contexto

pedagógico e pessoal na Escola Milton de Almeida Santos.

Com essa pesquisa ação, conseguimos compreender algumas questões

relacionadas ao pouco uso das TIC em sala de aula, por parte dos professores,

devido ao medo do novo ou, por acreditarem que eles não possuem formação

adequada para o uso desses recursos tecnológicos. Outros não conseguem

relacionar o uso de tecnologias com a sua disciplina e, dessa forma, assim como

muitos colegas, pensam que cursos e/ou oficinas voltadas para o uso de tecnologias

em sala de aulas são de fundamental importância para a melhoria do trabalho do

professor.

De acordo com Levy (2001), pode-se deduzir que, no mundo atual, a

sociedade passa por diversas transformações sociais, culturais e até então

tecnológicas, o que desencadeia a necessidade de acompanhar essas evoluções,

uma vez que as mesmas são de fundamental importância para o progresso de um

indivíduo numa sociedade.

Dessa forma, uma questão relevante a ser considerada é que por

unanimidade dos questionários aplicados, os professores consideram que as TIC

favorecem para um aprendizado significativo dos alunos.

Em linhas gerais, compreendemos que os professores apresentam o seguinte

histórico: possuem formação, mas não são capacitados e qualificados como a

sociedade exige. Dessa forma, muitos professores ignoram as novas tecnologias

e/ou utilizam de modo inadequado, pois com os problemas que as escolas

enfrentam, tais como falta de recursos e estruturas adequadas, elas não mudaram e

37

os professores não têm muitas oportunidades de avanços, indo na contramão dos

alunos, que em seu cotidiano é afetado constantemente pelas TIC.

Considerando que cada indivíduo aprende de um jeito diferente, de acordo

com os professores, porquê de se ensinar da mesma forma?! Após a análise dos

dados da pesquisa, ficamos com essa indagação, cientes de que essas questões

não se esgotam com este trabalho, mas sim, instiga a continuidade da pesquisa

para busca de melhores resultados.

38

6. REFERÊNCIAS ALMEIDA, M. E. B. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo: PROEM, 2002. BARRETO, R. G. Tecnologias nas salas de aula. In: LEITE, M. e FILÉ, M. Subjetividade: tecnologias e escolas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. p. 43-55. BERBEL, Alexandre Costa et al. Guia de Informática na escola: como implantar e administrar novas tecnologias. Alabama Editora, 1999, 95p. BONILLA, Maria Helena Silveira. Escola aprendente: para além da sociedade da informação. Rio de Janeiro: Quartet, 2005. BURGOS, Alícia Villagra de. El uso de la imagen en los programas de formación del profesorado de los nuevos medios. In: GUTIÉRREZ MARTÍN, Alfonso (Coord.). Formación del profesorado em la sociedad de la información. Segovia, Espanha: Escuela Universitaria de Magistério, 1998. p.159-183. COSTA, G. L. M. Mudança da cultura docente em um contexto de trabalho colaborativo de introdução das tecnologias de informação e comunicação na prática escolar. In: Revista Perspectivas em Ciências da Informática, v. 13, n. 1, p. 152- 165, jan./abr. 2008. COSTA, G. L. M. A mudança da cultura docente em um contexto de trabalho colaborativo de introdução das tecnologias de informação e comunicação na prática escolar. In: Anais 28ª Reunião anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, 28., 2005, Caxambu. Anais 28ª Reunião anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, Caxambu, Minas Gerais, 2005. CYSNEIROS, P. G. Gestão de Tecnologias da Informação e comunicação na Escola. Recife, s.ed. 2006. CYSNEIROS, P. G. Novas tecnologias na sala de aula: melhoria do ensino ou inovação conservadora? In: Informática Educativa, vol 12, n. 1, 1999. p 11-24. DEMO, Pedro. TICs e educação, 2008. _______ Pesquisa: Princípios Científicos e Educativos. São Paulo. Cortez, 1993. GREGIO, Bernardete Maria Andreazza. O uso das TICs e a formação inicial e continuada de professores do Ensino Fundamental da escola pública estadual de Campo Grande/MS: Uma realidade a ser construída. Campo Grande, 2005. 339p. Dissertação (Mestrado). Mestrado em Educação. Universidade Católica Dom Bosco - UCDB. JORDÃO, Teresa Cristina. (2009) Formação de educadores: A formação do professor para a educação em um mundo digital. KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Papirus, 2007. KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas: Papirus, 2003 LÉVY, P. O que é o virtual? Tradução: Paulo Neves. 4. ed. São Paulo: Ed. 34, 2001.

39

LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Tradução: Carlos Irineu da Costa. 9. ed. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2000. LÉVY, P. Cibercultura. Tradução: Carlos Irineu da Costa. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2000(b). LÉVY, Pierre. Cibercultura. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1999. LIBÂNEO, J. C. et al. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 5.ed. São Paulo : Cortez, 2007. MARCOLLA, Valdinei. As tecnologias de informação e comunicação na prática pedagógica de professores do curso técnico integrado o PROEJA. 2011. XXX f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2011. MARQUES, M. O. A escola no computador: linguagens rearticuladas, educação outra. Ijuí, RS: Unijuí, 1999. MIRANDA, Guilhermina Lobato.Limites e possibilidades das TIC na educação. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 03, pp. 41-50, 2007. MORAN, José Manuel. A Educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas, SP: Papirus Editora, 2007. MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. (2003). Novas tecnologias e mediação pedagógica. 7ª ed., Campinas: Papirus. MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A.. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 7 ed., Campinas: Papirus, 2003 MORAN, J. M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais e telemáticas. In: MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000. p. 11-65. MORAES, M. C. Subsídios para Fundamentação do Programa Nacional de Informática na Educação. Secretaria de Educação à Distância, Ministério de Educação e Cultura, Jan/1997. MOREIRA, M. A. Sobre o ensino do método científico. Caderno Catarinense de Ensino de Física, Florianópolis, v. 10, n. 1, 1999. OROZCO, Guilhermo G.. Comunicação, educação e novas tecnologias: tríade do século XXI. Comunicação e Educação, São Paulo, n. 23, p. 57-70, jan./abr. 2002. PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. PRETTO, Nelson; PINTO, Cláudio da Costa. Tecnologias e novas educações. Revista Brasileira de Educação, vol. 11, núm. 031, janeiro-abril, 2006 PORTO, T. M. E. Relatório CNPq: Relações, concepções e mediações: as TICs nas escolas de ensino fundamental de Pelotas/RS. Florianópolis, UFSC/UFPel, CNPq, maio de 2010.

40

__________. Inserções de tecnologias e meios de comunicação em escolas públicas do ensino fundamental: uma realidade em estudo. Revista Linhas, jul/dez, 2009, Florianópolis. v.10 n. 02, p. 34-59. ________. As tecnologias de comunicação e informação na escola: relações possíveis... relações construídas. Revista Brasileira de Educação, jan/abr, 2006, v. 11 n. 31, p. 53-57. ________. Adolescentes e comunicação: espaços de aprendizagem e de comunicação. Comunicar: Revista Científica de Comunicación y Educación, marzo 2005, ano XIII, ano 24. p. 133-141. _________ A comunicação na escola e a formação do professor em ação. In: PORTO, T. M. E (Org.). Redes em construção: meios de comunicação e práticas educativas. Araraquara, SP: JM, 2003(b). p. 79-110. _______. As mídias e os processos comunicacionais na formação docente na escola. In: Reunião Anual da ANPEd, 25. Caxambu: CD-Rom, 2002. QUARTIERO, E. M. As tecnologias da Informação e Comunicação e a Educação. Revista Brasileira de Informática na Educação, n.4, 1999. RINALDI, R. P.; REALI, A. M. M. R. Formação Continuada de Professoras-Mentoras e Uso das Tic’s in Formação Continuada de Professores. VIII Congresso Estadual Paulista Sobre Formação de Educadores. UNESP, 2005. SANTOS, Lucíola Licínio. Formação do professor e pedagogia crítica. In: FAZENDA, Ivani. A Pesquisa em Educação e as transformações do conhecimento. Campinas: Papirus, 1995. p.17-41 VALENTE, J. A. (org.) O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: UNICAMP/ NIED, 1999. THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa ação. 3. ed. São Paulo: Cortez; Autores Associados, 1986. THIOLLENT, M. J. M. Aspectos qualitativos na metodologia de pesquisa com objetivos de descrição, avaliação e reconstrução. Cadernos de Pesquisa, n. 49, p. 45-50, maio, 1984.

41

7. ANEXO

Questionário de pesquisa O uso das tecnologias de informação e comunicação

1. Idade:

( ) até 20 anos ( ) de 21 a 30 anos ( ) de 31 a 40 anos ( ) de 41 a 50 anos

( ) mais de 50 anos

2. Sexo: ( ) feminino ( ) masculino 3. Escolaridade ________________________________ 4. Tempo de profissão: _____________ 5. Turmas que leciona:

( ) 6º ano ( ) 7º ano ( ) 8º ano ( ) 9º ano

6. Disciplinas que leciona:

( ) Arte ( ) Português ( ) Inglês ( ) História ( ) Geografia ( ) Estudos Ambientais

( ) Ciências ( ) Matemática ( ) Religião ( ) Geometria ( ) __________________

7. De que forma as Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC, estão presentes no seu cotidiano pessoal e profissional? ___________________________________________________________________ 8. Na escola que você trabalha tem laboratório de informática? Ele é utilizado? De que forma? Se não é utilizado justifique por que. ___________________________________________________________________ 9. Qual a sua maior dificuldade no uso das TIC? ___________________________________________________________________ 10. Que preparação você acha necessária ao professor para que ele desenvolva suas atividades educativas utilizando as novas tecnologias que a escola possui? ___________________________________________________________________ 11. O uso das TIC favorece para uma aprendizagem significativa? Justifique. ___________________________________________________________________ 12. Você utiliza alguma tecnologia em sala? E na vida pessoal? Se sim, qual? ___________________________________________________________________

13. Quais ferramentas e recursos tecnológicos você utiliza na sua prática educativa?

( ) Softwares Educacionais ( ) Editor de texto ( ) Editor de apresentação

( ) E-mail ( ) Jogos educativos ( ) Pesquisa na Internet ( ) Scanner ( ) Rádio ( )

Câmera Fotográfica ( ) TV ( ) Blog ( ) Facebook ( ) Celular

14. Qual é na sua opinião, o principal problema que o impede na sua formação

contínua em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)?

( ) Falta de tempo

42

( ) Falta de oportunidade pela Secretaria Estadual de Educação

( ) Falta de recursos financeiros

( ) Falta de interesse

( ) Outros_______________________________________

15. Você percebe o uso das tecnologias digitais na escola? Se sim, de que

forma?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16. Use esse espaço para escrever o que sentir necessidade sobre o uso das TIC de forma pedagógica. _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________