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UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÀO MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO PAULENIZA DE CASTRO MESQUITA COMPETÊNCIAS GERENCIAIS EM AMBIENTES VIRTUAIS: ESTUDO DE CASO DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR - IES NATAL-RN 2010

UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP...proporcionam uma visão ampla sobre o tema, com base na proposta teórica desenvolvida por Quinn et al (2003). O propósito deste estudo de caráter investigatório

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UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÀO MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

PAULENIZA DE CASTRO MESQUITA

COMPETÊNCIAS GERENCIAIS EM AMBIENTES VIRTUAIS: ESTUDO DE CASO DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR - IES

NATAL-RN 2010

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PAULENIZA DE CASTRO MESQUITA

COMPETÊNCIAS GERENCIAIS EM AMBIENTES VIRTUAIS: ESTUDO DE CASO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR - IES

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Potiguar – UnP, como requisito necessário para a obtenção do título de Mestre em Administração. ORIENTADOR: Profa. Dra. Fernanda Fernandes Gurgel

NATAL-RN 2010

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M582c Mesquita, Pauleniza de Castro.

Competências gerenciais em ambientes virtuais: estudo de caso de uma Instituição de Ensino Superior - IES / Pauleniza de Castro Mesquita. – Natal, 2010.

140f.

Dissertação (Mestrado em Administração). – Universidade Potiguar. Pró-Reitoria de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação.

Bibliografia: f. 118-131. 1. Administração – Dissertação. 2. Competências

gerenciais. 3. Ambientes virtuais. I. Título. RN/UnP/BSFP CDU: 658(043.3)

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PAULENIZA DE CASTRO MESQUITA

COMPETÊNCIAS GERENCIAIS AMBIENTES VIRTUAIS: ESTUDO DE CASO DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR - IES

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Potiguar – UnP, como requisito necessário para obtenção de título de Mestre em Administração.

APROVADO EM:____/____/_____

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________

Profa. Dra. Fernanda Fernandes Gurgel Orientadora

Universidade Potiguar – UnP

____________________________________________

Profa. Dra. Teresa de Souza Membro Examinador

Universidade Potiguar – UnP

_____________________________________________

Profa. Dra. Jomária Mata de Lima Alloufa Professora Convidada

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

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DEDICATÓRIA

Na tentativa de acertar e encontrar um “caminho” diferente nasceu esse

estudo, hoje, dedicado aos colegas de trabalho, principalmente, aqueles que

auxiliaram na sua composição. A intenção foi contribuir, de alguma forma, com

desenvolvimento e gerenciamento dos profissionais que realizam atividades no

ambiente virtual das organizações, assim como, a todas as pessoas que auxiliaram

no seu desenvolvimento, resultado de vinte quatro meses de estudo, em especial

aqueles que participaram com frequência.

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AGRADECIMENTOS

Um projeto de pesquisa é desenvolvido, em geral, durante vinte quatro meses

e nesse período, comprova-se inúmeras contribuições de pessoas que

aparentemente não estariam em condições de colaborar por diversos fatores.

Entretanto, por obra do destino ou, do acaso, a ajuda acontece até no momento

final. Há sempre alguém que até com um comentário, gesto ou comportamento,

adiciona algum valor ao conteúdo. Entretanto, há aquelas pessoas que merecem

destaque nos agradecimentos pela forma de envolvimento e interferência com o

processo da pesquisa.

A professora Dra. Fernanda Gurgel pela orientação, após a realização da

pesquisa de campo, pela habilidade de conduzir o trabalho, de construir uma

excelente imagem e estabelecer um bom relacionamento profissional até o final da

dissertação.

A professora Dra. Patrícia Whebber pela orientação inicial e transmissão das

informações durante as etapas da pesquisa.

A Profa. Dra. Lydia Brito pelas orientações na primeira etapa da qualificação

do projeto, por todas as observações construtivas, livros indicados, ensinamentos

transmitidos durante os intervalos das aulas, avaliação e sugestões durante a fase

de qualificação da pesquisa.

A Profa. Dra. Teresa de Souza pela participação e contribuições pertinentes

no processo de qualificação.

A Profa. Dra. Jomária Alloufa pela participação e contribuições valiosas no

processo de defesa da pesquisa.

Aos Professores do Programa de Mestrado em Administração da

Universidade Potiguar – UnP e assistentes.

Ao Prof. Dr. Iran Lima pelo estímulo ao ingresso no programa do Mestrado,

pelas orientações na fase inicial do projeto e amizade.

Ao Prof. Dr. Max Chianca pela amizade, colaboração e orientações

constantes na segunda fase da pesquisa.

Aos Professores e Assistentes do Curso CST em Segurança do Trabalho.

A toda equipe do Departamento de Tecnologia da Informação e Núcleo de

Ensino a Distância da IES.

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Ao Prof. Dr. Carlos Braga, da Aliança Francesa, por apresentar o autor Pierre

Lévy e as suas obras sobre ambientes virtuais, durante uma conversa informal, em

uma cafeteria.

Ao Dr. Isaque Estácio por tudo que representa, pela dedicação constante e

apoio significativo, nesses dois anos.

A amiga Dulci Lima, pela companhia nos trabalhos do Mestrado, troca, leitura

e fichamento dos livros, discussão das idéias, além do incentivo e apoio nos

momentos delicados.

A amiga Danielly Lyra, sempre presente, independente da situação.

Aos amigos Robert, Cida e Felipe Oliveira pelo carinho, amizade, apoio

constante.

A Domilson Damásio e Yara Bastos (uma pessoa especial, um referencial).

A minha família por aceitar a minha constante ausência, do seu convívio,

nesses dois anos. Não há palavras que possa representar o meu sentimento.

A todos que de forma direta ou indireta, contribuíram para a construção dessa

pesquisa.

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“A melhor maneira de não errar, é não fazer

nada. No entanto, não fazer nada é o maior de

todos os erros”.

Confúcio.

“O grau de consciência, de um indivíduo, é

proporcional aos seus valores morais”.

Paulo de Castro.

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RESUMO

Esse estudo aborda vinte quatro competências gerenciais, fundamentais para os gestores e oito papéis gerenciais relacionados a estas competências que proporcionam uma visão ampla sobre o tema, com base na proposta teórica desenvolvida por Quinn et al (2003). O propósito deste estudo de caráter investigatório formal, exploratório descritivo, quantitativo, foi identificar, na Instituição de Ensino Superior – IES, as competências gerenciais e os papéis dos gestores que realizam atividades nos departamentos de Tecnologia da Informação - TI e do Núcleo de Ensino a Distância – NEAD, através do conhecimento, das habilidades e atitudes desenvolvidas na empresa e no ambiente virtual. Para tanto, foi realizada uma pesquisa com cinquenta e sete participantes e nela identificou-se, em termos de importância e domínio, o desenvolvimento dos gestores em cada uma das vinte quatro competências. O questionário foi o instrumento de coleta de dados, utilizado, para avaliar as competências estudadas e obtenção dos resultados que pontuaram a predominância dos papéis gerenciais, entretanto, apresentaram aspectos pouco divergentes e revelaram, através da média, os papéis gerenciais predominantes. Os resultados obtidos constataram que todas as competências gerenciais são relevantes, na empresa e no ambiente virtual, no desempenho dos papéis gerenciais e no gerenciamento das equipes.

Palavras-chave: Competências gerenciais. Papéis gerenciais. Ambientes virtuais.

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RÉSUMÉ

Le sujet de cet étude aborde les vingt quatre compétences fondamentelles pour les administrateurs et les huit rôles administratifs concernants à cettes compétences qui proportionnent une large connaissance sur le thème basé dans la proposition théorique devéloppé par Quinn et collaborateurs (2003). Le but de cette récherche d‟ investigation formelle, exploratoire, descritive, et quantitative a été l‟identification, dans L‟Institution d‟ Enseignement Superieur - IES, les compétences administratives des gérants des departments de la Technologie de l‟information - TI et du Noyau d‟enseignement à distance- NEAD, parmis la connaissance, l‟habileté et les actions développées dans l‟environment de l‟entreprise et de l‟ambiance virtuelle. Pour cellà , une récherche a été realisée avec cinquente sept participants et a été identifié, en ce qui concerne l‟ importance et domaine, le développement des gérants en chaque une des vingt quatre compétances. Le questionnaire a été l‟instrument de la collecte de donnés pour évaluer les compétances étudiées et l‟obtention des résultats, que ont rémarqué la predominance des rôles administratifes, mais n‟ont pas presentés des résultats statistiques trop différents et ont revelé parmis la moyenne les rôles administratifs prédominants. Les résultats obtenus ont constatés que toutes les compétences administratives sont importantes dans l‟entreprise et dans l‟ambiance virtuelle pour le dégagement des rôles des gestions et dans l‟administracion des équipes.

Mots clés : Compétences administratives. Rôles administratifs. ambiances virtuelles.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 Competências essenciais........................................................... 29

Quadro 02 Síntese das competências gerenciais........................................... 34

Quadro 03 Classificação da prática de gestão das competências gerenciais 38

Quadro 04 Classificação das habilidades gerenciais...................................... 39

Quadro 05 Síntese dos Modelos gerenciais.................................................... 41

Quadro 06 Síntese dos papéis gerenciais e suas respectivas competências gerenciais.......................................................................................

42

Quadro 07 Síntese das mensagens síncronas............................................... 49

Quadro 08 Síntese das mensagens assíncronas............................................ 50

Quadro 09 Síntese das assinaturas digitais.................................................... 51

Quadro 10 Síntese dos recursos tecnológicos/digitais utilizados no AV e AVA................................................................................................

53

Quadro 11 Síntese dos Modelos, papéis e competências gerenciais.............

65

Quadro 12 Síntese do Mapa das Competências dos Gestores do AV............ 67

Quadro 13 Síntese das Cargos/Funções do TI............................................... 70

Quadro 14 Síntese das Cargos/Funções do NEAD........................................

71

Quadro 15 Síntese das etapas deste estudo..................................................

76

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Características sócio-demográficas e econômicas....................... 79

Tabela 2 Cargo ou função dos Respondentes – TI...................................... 81

Tabela 3 Cargo ou função dos Respondentes – NEAD............................... 81

Tabela 4 Competência: Auto-avaliação dos gestores na empresa.............. 83

Tabela 5 Competência: equipe avalia os gestores na empresa................... 85

Tabela 6 Competência: Auto-avaliação dos gestores no ambiente virtual... 87

Tabela 7 Competência: equipe avalia os gestores no ambiente virtual....... 89

Tabela 8 Participação da equipe nas decisões gerenciais........................... 91

Tabela 9 Freqüência do convite para participação nas decisões gerenciais......................................................................................

92

Tabela 10 Importância do convite para participação nas decisões gerenciais.......................................................................................

93

Tabela 11 Categorização das dificuldades operacionais no AV..................... 93

Tabela 12 Categorização das dificuldades operacionais no AV relacionadas aos papéis desempenhados....................................

102

Tabela 13 Opinião quanto a facilidade no acesso ao ensino virtual...............

104

Tabela 14 O AVA da IES de acordo com a proposta teórica planejada......... 104

Tabela 15 Identificação das competências gerenciais importantes no AVA 105

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LISTA DE SIGLAS

AV Ambiente virtual

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem

CMC Comunicação Mediada por Computadores

TIC Tecnologia da informação e do Conhecimento

AVR Ambiente Virtual em Redes

PA Programa de Aprendizagem

TELEDUC Telecomunicação

UNICID Universidade Cidade de São Paulo

IES Instituição de Ensino Superior

PUCRS Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

FEA/USP Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da

Universidade de São Paulo

QI Quociente de inteligência

MICE Modelo Integrado de Comércio Eletrônico

MAIS Modelo de Avaliação Integrado e Somativo

USP Universidade de São Paulo

INPACT Modelo Integrado de Avaliação do Impacto no Treinamento no Trabalho

(Model Integrated of Evaluation of the Impact in the Training in the Work)

NEAD Núcleo de Educação a Distância

TI Tecnologia da Informação

DNS Docente Nível Superior

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SPSS Pacote Estatístico pára as Ciências Sociais

Statistical Package for the Social Sciences

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................. 15

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO..................................................................... 15

1.2 PROBLEMA........................................................................................ 17

1.3 JUSTIFICATIVA.................................................................................. 19

1.4 OBJETIVOS....................................................................................... 20

1.4.1 Geral.................................................................................................. 20

1.4.2 Específicos........................................................................................ 21

2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................... 22

2.1 COMPETÊNCIA................................................................................. 22

2.1.1 Definição de Competência............................................................. 26

2.1.2 Tipologia das Competências Gerenciais....................................... 29

2.1.3 Competências no Contexto Sócio-econômico............................. 30

2.2 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS....................................................... 32

2.2.1 Definição das Competências Gerenciais...................................... 35

2.2.2 Tipologia das Competências Gerenciais....................................... 37

2.2.3 Modelos e Papéis Gerenciais......................................................... 40

2.3 AMBIENTES VIRTUAIS................................................................... 45

2.3.1 Definição de Ambientes Virtuais................................................... 46

2.3.2 Características dos Ambientes Virtuais....................................... 47

2.3.3 Gestão dos Ambientes Virtuais..................................................... 52

2.3.4 Estudos relacionados com a pesquisa......................................... 55

2.3.4.1 Estudo das competências gerenciais................................................. 55

2.3.4.2 Estudo sobre a gestão das competências gerenciais........................ 56

2.3.4.3 Estudo da prática do ensino à distância no AVA............................... 57

2.3.4.4 Estudo no ambiente virtual................................................................ 57

2.3.4.5 Estudo da educação à distância no AVA.......................................... 57

2.3.4.6 Estudo do AVA nas IES.................................................................... 58

2.3.4.7 Estudo das ferramentas pedagógicas no AVA.................................. 59

2.3.4.8 Estudo do AVA em IES...................................................................... 59

2.3.4.9 Estudo das ouvidorias virtuais em IES.............................................. 60

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2.3.4.10 Estudo do ambiente virtual I............................................................... 61

2.3.4.11 Estudo da tecnologia da informação no ambiente virtual................. 61

2.3.4.12 Estudo do ambiente virtual II............................................................ 62

2.4 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS EM AMBIENTES VIRTUAIS......... 63

3 METODOLOGIA............................................................................... 68

3.1 TIPO DE PESQUISA........................................................................ 68

3.2 UNIVERSO DA PESQUISA.............................................................. 70

3.3 PLANO DE COLETA DE DADOS..................................................... 72

3.4 INSTRUMENTO................................................................................ 73

3.5 VARIÁVEIS ANALÍTICAS.................................................................. 74

3.6 TRATAMENTO DOS DADOS........................................................... 77

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS................................ 79

4.1 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS NA EMPRESA.............................. 82

4.1.1 Competências: auto-avaliação dos gestores na empresa.......... 82

4.1.2 Competências: equipe avalia os gestores na empresa............... 84

4.2 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS NO AMBIENTE VIRTUAL.............. 87

4.2.1 Competências: auto-avaliação dos gestores no ambiente virtual.................................................................................................

87

4.2.2 Competências: equipe avalia os gestores no ambiente virtual.. 88

4.3 INTERAÇÃO GESTOR/EMPRESA.................................................... 91

4.3.1 Participação da equipe nas decisões gerenciais.......................... 91

4.3.2 Frequência do convite na participação nas decisões gerenciais 92

4.3.3 Importância do convite para participação nas decisões gerenciais.........................................................................................

92

4.3.4 Dificuldades nas operações de trabalho com o ambiente

virtual.................................................................................................

93

4.3.4.1 Equipe do departamento de Tecnologia da informação – TI.............. 94

4.3.4.2 Equipe do departamento do Núcleo de educação à distância – NEAD..................................................................................................

99

4.4 VISÃO E SUGESTÕES...................................................................... 103

4.4.1 Opinião quanto a facilidade no acesso ao ensino virtual........ 103

4.4.2 Ambiente virtual da IES de acordo com a proposta teórica planejada...........................................................................................

104

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4.4.3 Identificação das competências gerenciais importantes no ambiente virtual................................................................................

105

4.4.3.1 Questões direcionadas ao departamento TI...................................... 105

4.4.3.2 Questões direcionadas ao departamento NEAD............................... 109

4.4.4 Contribuições e sugestões das equipes respondentes............... 111

5 CONSIDERAÇÕES............................................................................ 113

REFERÊNCIAS.................................................................................. 118

APÊNDICES...................................................................................... 132

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15

1 INTRODUÇÃO

Esta pesquisa foi realizada a partir da análise dos ambientes virtuais, da sua

projeção para os usuários, da observação de todos os recursos e potencialidades

disponibilizados para a sua utilização, do tempo necessário para a mudança

informativa virtual, da interação entre o usuário e o conteúdo desses ambientes, da

composição do espaço virtual sob a perspectiva das competências necessárias ao

seu gerenciamento.

O fenômeno informacional, na atualidade, é uma tendência observada em

todas as áreas da Ciência, em decorrência da sua constante e rápida atualização,

pela sua utilidade para todas as categorias profissionais, possibilita a descoberta dos

distintos campos de transmissão do esclarecimento e conhecimento.

Há atualmente, na sociedade usuária dos espaços virtuais, uma procura

constante por instruções programadas para a execução de determinados

programas. Sob essa realidade, Dias, Neves e Moura (2001) expressam as idéias de

compatibilizar a quantidade de informações em constante crescimento, de modo

geral, em relação ao número de pessoas capazes de gerenciá-las e armazená-las

em equilíbrio, com aperfeiçoamento dos métodos e equacionamento informativo,

condição indispensável para atender as necessidades dos usuários. É uma

adaptação ao cenário das mudanças indispensáveis a evolução, principalmente

para as organizações, sob o aspecto gerencial e tecnológico.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

As organizações vivenciam momentos de inovações dos modelos gerenciais,

principalmente, com o surgimento da economia globalizada. Ao final da década de

80, a rotina do ambiente corporativo, foi modificada em razão do advento tecnológico

e do processo da informática que juntos desencadearam transformações em todas

as áreas. Tais mudanças se constituíram como condição básica para garantir o

posicionamento, dessas empresas, no mercado.

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Nesse contexto, há empresas que visualizaram a necessidade de

transformação dos processos gerenciais das equipes ou das questões relativas aos

produtos disponibilizados ao consumo e o acompanhamento das tendências do

mercado. No entanto, também, há o registro daquelas que, inseridas no mesmo

cenário, não visualizaram a condução do futuro organizacional, da mesma forma,

não se preparam para sobreviver às mudanças, principalmente no tocante aos

investimentos em recursos tecnológicos. Tal posicionamento é defendido por

Robbins (2002).

As empresas estão inseridas numa sociedade, na qual as relações sociais

são estruturadas no conhecimento adquirido. Dessa forma, são exigidas novas

competências e aptidões cognitivo-atitudinais, dos indivíduos, para a nova realidade

que se projeta segundo as considerações de Al-Mufti (2004). Para o autor, a

realidade de mudanças pode ser sintetizada com a seguinte abordagem:

Estamos num momento histórico em que o mundo é palco de inovações cientificas e tecnológicas fundamentais, de mudanças nos domínios da economia e da política, e de transformação de estruturas demográficas e sociais. Estas alterações que irão, com certeza, acelerar-se no futuro criam tensões enormes [...] em especial dar respostas as necessidades crescentes e enfrentar novos desafios de um mundo que muda rapidamente. Para fazer face às exigências [...] é preciso revelar ao mesmo tempo criatividade, coragem, uma vontade firme de operar mudanças reais e de estar à altura das tarefas que nos esperam. (AL-MUFTI 2004, p. 212).

Para a Ciência da Administração, o conceito de competências é um tema

discutido por vários teóricos como McClelland (1973), Zarifian (2001), Le Boterf

(2003) Dutra (2004), Ruas (2005) e Brito (2005), citados nesse trabalho com as

exposições das idéias e modelos propostos. Nas suas contribuições científicas

alertam para a importância da compreensão sobre as competências e o seu

processo de gerenciamento advindo das mudanças e no efeito que elas podem

refletir no comportamento dos indivíduos e nos ambientes das empresas.

Com as mudanças surgem também os novos tipos especiais de competências

gerenciais segundo as idéias de Levy (1993) e Quinn et al (2003) exigidos nos

ambientes organizacionais em razão do “mundo da informação” e das suas

especificidades. Há um compartilhamento coletivo das informações cuja exigência

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requer a habilidade na sua recepção e transmissão, competência na sua

manipulação e destreza na sua utilização.

Intencionou-se desenvolver uma pesquisa sobre as competências

necessárias e atuais aos gestores dos ambientes virtuais da Instituição de Ensino

Superior. Para tanto, foram estudadas as competências gerenciais necessárias ao

gerenciamento desses ambientes.

1.2 PROBLEMA

No século XX, na fase de consolidação da Era industrial, com posterior

migração para a produção industrial, até o momento atual com a disseminação da

informação, do conhecimento, da nova ordem sócio-econômica, da revolução digital

e tecnológica informativa, há uma busca constante por novas interpretações

conceituais para os modelos gerenciais no estudo das competências.

Segundo as suas reflexões, Taylor (1970), defendia a necessidade de

contratação de “homens eficientes‟ pelas empresas, no início do século XX e a

procura pelos profissionais competentes excedia a oferta. Havia uma adequação

entre as habilidades dos indivíduos e os cargos disponíveis, conforme as questões

técnicas, determinadas pelas empresas. As mudanças decorrentes do processo

evolutivo, inerente a humanidade, trouxeram os aspectos sociais e comportamentais

do trabalho e os novos conceitos das competências para modificar essa realidade

“Taylorista”.

As competências estão fundamentadas sobre a tríade dos conhecimentos,

das habilidades e das atitudes, segundo autores como Le Boterf (2003). Entretanto,

em um mercado conduzido pelas regras do capitalismo turbulento e competitivo, que

impõe agilidade para a exploração de novos potenciais de negócios, cujo objetivo é

impulsionar a excelência econômica mundial, outros questionamentos são

pertinentes sobre o tema. Para o estudo foi importante compreender e caracterizar:

Qual o perfil sócio-demográfico dos participantes e as competências gerenciais

indispensáveis aos gestores, na empresa, em termos de importância e domínio?

Os processos sociais, econômicos, políticos e culturais, em geral, produtivos,

decorrem das etapas vivenciadas pela sociedade também denominadas de

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transformações. Tais modificações promovem o crescimento em várias áreas do

mercado, em decorrência do processo competitivo existente no âmbito

organizacional e por conseqüência há um inegável desenvolvimento das novas

tecnologias e dos modelos de gestão. Na atualidade, os ambientes virtuais resultam

da evolução, em sua totalidade, principalmente, no tocante as organizações.

A operacionalidade de um ambiente virtual apresenta características

diferentes das outras atividades, em relação ao ambiente não virtual, que são

perceptíveis ao observador, no tocante a infra-estrutura entre as empresas reais e

virtuais. Tais diferenças são caracterizadas na arquitetura, na ambientação, nos

departamentos, na hierarquia, nas equipes, dentre outras distinções. Silva (2009)

considera que ambas são produtivas e apresentam crescimento em decorrência de

um processo de gestão. O desempenho gerencial no ambiente virtual.

Para a utilização das tecnologias e dos modernos instrumentos de gestão,

sem comprometer a operacionalidade e manter a competitividade, o desafio foi

identificar: Quais as competências gerenciais, necessárias aos gestores, no tocante

aos conhecimentos, as habilidades e as atitudes, em termos de importância e

domínio, para o desenvolvimento das suas atividades no ambiente virtual?

Há um gerenciamento de todas as operações virtuais. Para compreendê-lo é

necessário conhecer o seu processo sistemático. O seu domínio requer um

profissional multidisciplinar capaz de criar, elaborar, desenvolver estratégias,

segundo explica Kirner e Tori (2004) ao classificar as competências indispensáveis

aos gestores dos ambientes virtuais com as suas variações, aplicações, tendências,

orientam para o desenvolvimento de um trabalho interativo de participação contínua

nos processos gerenciais entre gestores e equipes, é o caminho para atingir a

excelência em gerenciamento das atividades dos ambientes virtuais.

Nesse estudo foi importante constatar a existência de um processo

participativo das equipes nas decisões gerenciais e as dificuldades existentes na

empresa para o desenvolvimento das atividades no ambiente virtual, além de

descobrir, através da percepção das equipes: Quais as competências gerenciais

consideradas, pelas equipes, importantes para os gestores dos ambientes virtuais?

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19

1.3 JUSTIFICATIVA

O cenário atual, do mercado econômico, no âmbito nacional e internacional,

exige práticas modernas para a condução dos negócios empresariais dotadas de

criatividade e flexibilidade para vencer desafios. Afirma Drucker (1999) que tais

desafios podem ser facilmente ultrapassados através da utilização do talento, da

responsabilidade, da capacidade de inovação e capacidade de aprendizagem por

subordinados e gerentes.

O processo de evolução tecnológica e dos variados recursos relacionados ao

mercado empresarial, sem fronteiras, é uma condição para superar esses reveses e

oportunizar novos negócios. É essencial um gerenciamento adequado, de tudo que

compõe esses ambientes, regido por esse novo modelo organizacional denominado

ambientes virtuais.

Segundo as abordagens de Levy (1996), o ambiente virtual ou realidade

virtual é uma tecnologia de interface (circuito eletrônico de controle e interligação

entre dois dispositivos para troca de dados) moderna, que ocorre entre um

determinado usuário e um sistema computacional cuja função tecnológica é recriar,

com perfeição, a sensação de realidade temporal com possibilidade de interação

entre indivíduo e máquina, realizada em tempo real, através de técnicas e

equipamentos capazes de ampliar a sensação de presença do usuário no cenário

virtual.

Ainda conforme Levy, (1996, p. 12), ao expor suas idéias sobre esse novo

ambiente, afirma que “É a transformação do modo de ser num outro”. Semelhante a

Levy, outros posicionamentos são transmitidos sobre essa nova realidade e as

modificações, dela, decorrentes.

Não existe um perfil genérico de gerente. Nas suas reflexões, Karpin (1995, p.

4), expressa, ao abordar as competências gerenciais, que os “bons gestores são a

chave para uma melhor economia competitiva e melhores resultados

organizacionais”. Para ele, cada função é diferenciada. Entretanto, para os

ambientes virtuais existe a necessidade de destinar gerentes cujo perfil seja capaz

de responder rapidamente ao estímulo externo, de ser flexível diante dos processos

de mudanças e ser dotado do raciocínio sistêmico. É importante saber o

direcionamento da empresa em relação ao futuro.

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A competitividade, analisada sob o contexto mundial, exige das organizações,

investimentos em novas tecnologias e o desenvolvimento de novos modelos de

gestão, segundo afirma Quinn (2003). Para acompanhá-la é necessário desenvolver

instrumentos de gestão que lhes assegure a superação dos desafios, dela,

decorrentes. Os ambientes virtuais são exemplos de organizações cuja tecnologia

exige um gestor capaz de controlar, produzir e inovar sobre uma nova estrutura

organizacional.

O tema virtualidade é relevante, se apresenta como uma tendência mundial

no ambiente das organizações, está direcionado aos serviços, aos negócios

empresariais, a tecnologia, a informação, a comunicação, ao ensino, as práticas

educativas, a ludicidade, aos recursos diagnósticos e cirúrgicos, a construção das

identidades psicossociais e práticas sócio-culturais, as atividades do turismo

operacional, dentre outras não menos importantes. É a composição de um novo

universo conforme sugere Castells (2005).

A pesquisa explorou, em uma Instituição de Ensino Superior - IES, as

competências dos profissionais que realizam atividades de gestão no espaço,

interativo, denominado ambiente virtual. O tema trata de uma tendência crescente

no cenário atual, essencial ao processo evolutivo e educativo das sociedades e na

atualidade se apresenta como uma alternativa para a construção do futuro sócio-

organizacional e a IES favoreceu o espaço com a implantação do ensino a distância.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Geral

Apreender a percepção dos funcionários do ambiente virtual de uma

Instituição de Ensino Superior, sobre a importância e o domínio das competências

gerenciais.

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21

1.4.2 Específicos

- Realizar a caracterização sócio-demográfica dos participantes.

- Identificar através das competências gerenciais, os papéis de liderança gerencial

desenvolvidos na empresa.

- Identificar conhecimentos, habilidades e atitudes, necessários aos gestores do

ambiente virtual.

- Descobrir, através da percepção das equipes, as competências gerenciais

consideradas importantes para os gestores dos ambientes virtuais.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo expõe o conteúdo teórico orientador do processo de realização

da pesquisa, sobre as competências gerenciais dos profissionais que realizam

atividades em ambientes virtuais e os papéis gerenciais, essenciais, que podem ser

desenvolvidos pelos gestores, com as equipes, nos ambientes organizacionais.

2.1 COMPETÊNCIA

As transformações dos modelos de produção do capital favoreceram os

mecanismos de inclusão e mensuração das habilidades dos indivíduos nos

ambientes de trabalho. O exemplo dessa afirmação, segundo Aranha (2000) é a

compreensão sobre a competência que deixou o ambiente organizacional

especificamente e assumiu a condição de critério profissional, principalmente, nos

países desenvolvidos como é o caso da França, pelo autor exemplificado, modelo de

uma potência em desenvolvimento econômico.

As tendências de uma determinada época ou período modificam com o

passar dos anos. Os termos ou expressões antes utilizados perdem a sua utilidade

em detrimento de outros aparentemente aceitáveis aos grandes grupos ou

sociedades. O termo qualificação, bastante empregado em um passado recente,

atualmente é substituído por competência, o novo referencial comparativo dos

indivíduos que, de certa forma, interfere na difusão e na compreensão da sua

formação profissional, segundo as considerações de Hirata (1996) que explica essa

contraposição em decorrência da atenção estar direcionada para o indivíduo

trabalhador em lugar da sua função desempenhada ou cargo ocupado.

Ao se posicionar dessa forma, o autor estimula a associação de

questionamentos sobre a idealização das competências para a adequação das

novas características de produção ou modernos modelos organizacionais.

Outras reflexões sobre o tema foram difundidas por Ferretti (1999, p. 6) apud

Aranha (2000), nas suas abordagens considerou que “o modelo de competência

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surgiu como alternativa empresarial, para orientar a formação de recursos humanos

compatível com a organização do trabalho que lhe convém”.

Na atividade empresarial, a competência é uma abordagem dos últimos

quinze anos com caráter ideológico e político distante do ideal de relação que

delimita o conceito de qualificação, segundo afirma Hirata (1996).

A mudança evolutiva entre a utilização dos termos qualificação e competência

não é somente uma simples tendência ou uma questão semântica, trata-se de uma

proposta de saberes específicos e conhecimentos adquiridos pelos indivíduos,

durante as experiências vivenciadas, nos ambientes de trabalho e sócio-familiar,

conforme a percepção de Aranha (2000).

Na Inglaterra, os estudos sobre competências tinham o propósito de avaliar e

validar certificações dos cursos para possibilitar o ingresso dos indivíduos no

mercado de trabalho. No mesmo período, na Alemanha discutia-se sobre o mesmo

tema com outro enfoque. A competência resultava de um tripé compreendido pela

especialização profissional e formação continuada do trabalhador aliada a sua

formação profissional inicial.

Em meio a um momento de transição nas estruturas do ensino, a França, na

mesma época, adotou o modelo das competências na formação complementar dos

indivíduos no ambiente de trabalho. Porém, Holanda, Espanha e Portugal

associaram ao ideal de qualificação e discutiram um sistema formal de educação

profissional. Essa abordagem histórica é resultado da pesquisa de Ropé e Tanguy

(1997).

O conceito de competência é polissêmico, possui várias acepções, é objeto

de estudo das diversas áreas do conhecimento e produz vieses interpretativos no

âmbito acadêmico e organizacional. Aplicado à Administração, também, resulta em

uma diversidade de interpretações elaboradas por especialistas em gestão de

pessoas e gestão do conhecimento.

O estudo da competência não é uma tendência da atualidade. Ao final da

Idade Média, já estava associado ao estudo da Ciência Jurídica, segundo afirma,

nas suas abordagens sobre o tema, Isambert-Jamati (2002). Na época, os juristas

afirmavam que uma corte ou indivíduo, em determinada condição, estava apto ou,

era competente para uma situação de julgamento ou, realização de um ato público.

Na contextualização dos estudos sobre o tema competência, segundo a

analogia de Zwell (2000), confirma ter sido essa temática, objeto de pesquisa

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científica no passado e os cientistas, além dos curiosos, adotaram padrões ou

fatores determinantes para definir o nível de desempenho dos indivíduos, tais como

formato da cabeça, cérebro, a cor da pele, o peso corporal, a data do nascimento,

tipo de caligrafia, a religião seguida, a herança cultural, dados astrológicos, as

características hereditárias, o sexo e o quociente de inteligência - QI.

Havia também os padrões ou fatores adicionais utilizados no ambiente de

trabalho, tais como: mensurar o nível de desempenho em relação às atividades

técnicas, o tempo de experiência vivenciado, a certificação obtida e os traços

característicos da personalidade.

A pesquisa iniciou com o artigo publicado por McCllelland em 1973 na

América do Norte, portanto, considerado pioneiro no estudo das competências. Dela

originou diversos trabalhos cujo objetivo se assemelha no sentido de procurar a

diferença entre o desempenho superior e mediano apresentado pelos indivíduos.

Essas diferenças caracterizaram as competências individuais.

A competência é um conjunto de características, ou traços contínuos

determinantes, para a desenvoltura, no ambiente de trabalho, segundo as idéias de

McClelland (1973). Nas suas reflexões ele apresentou uma nova proposta que

consistia nos atributos comportamentais efetivos de aptidão, para o desempenho

das atividades do profissional, no ambiente de trabalho. A capacidade para julgar, a

facilidade na identificação e a resolução dos problemas, o estabelecimento de metas

ambiciosas, constituíam traços independentes de aptidão, nível de experiência e

habilidade técnica.

Posteriormente as teorias desenvolvidas ou construídas, para conceituar ou

ampliar o estudo das competências, foram desenvolvidas na França no ano de 1980

e somente em 1990 registra-se no Brasil os primeiros estudos acerca da aplicação

desse conceito.

Além do norte-americano, dentre os autores franceses, sob perspectivas

divergentes, há contribuições significativas para os ambientes de formação

profissional e organizacional com os nomes de Zarifian (1999, 2001, 2003, 2005), Le

Boterf (1994, 1995, 2003), Dadoy (2004), Ropé & Tanguy (2002), Stroobants (2002).

No Brasil, as contribuições registram os nomes de Fleury & Fleury (2004),

Dutra (2004) e Ruas (2005). Para os autores, os modelos de competência são

situacionais. O modelo que prevalece em uma empresa pode não ser importante

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para outra em razão dos fatores culturais, tecnológicos ou políticas comerciais do

mercado.

A competência resulta de uma composição de aprendizagens sociais,

comunicacionais e vivência coletiva no ambiente organizacional que, juntas,

proporcionam ao indivíduo as condições indispensáveis de enfrentar situações

complexas e solucioná-las.

Considera Resende, (2004, p. 32) nas suas reflexões, sobre as competências

pessoais que elas,

Reúnem as aptidões, as habilidades e os comportamentos (posturas) manifestos, ainda o domínio e aplicação de conhecimentos. As aptidões possuem as características próprias de serem o único grupo de requisitos pessoais inatos [...] com os quais nascemos. Desenvolvidas, elas se transformam em habilidades. As aptidões podem ser classificadas em físicas e motoras, emocionais e mentais. [...] com o objetivo didático tenho o proposto de chamar de habilidades as aptidões desenvolvidas e que tornam as pessoas diferenciadas em alguns aspectos. [...] Todas as pessoas manifestam emoções, mas, poucas sabem dramatizar. [...] Habilidade é, a capacidade de manifestar aptidões de forma desenvolvida, de forma diferenciada. [...] Comportamento possui a peculiaridade de ser a única manifestação humana que depende só da vontade. Não é inato, nem requer estudos para tê-lo.

Apresentar o domínio de conhecimentos ou capacidades, não caracteriza o

indivíduo como um ser competente. O conhecimento das técnicas de contabilidade

não garante o domínio operacional no momento oportuno ou diante de uma possível

necessidade.

O conhecimento generalista sobre o Direito Comercial não assegura a

elaboração de contratos comerciais bem redigidos. A formação de Psicólogo não é

pré-requisito para garantir a saúde mental, o equilíbrio emocional ou a habilidade

para lidar com pessoas. Assim como o conhecimento sobre as técnicas de

Enfermagem não caracteriza a capacidade no atendimento aos primeiros socorros.

Para Le Boterf (1994, p. 16).

Todos os dias, a experiência mostra que pessoas que possuem conhecimentos ou capacidades não sabem mobilizá-los de modo pertinente e no momento oportuno, em uma situação de trabalho. A atualização daquilo que se sabe em um contexto singular (marcado por relações de trabalho, por uma cultura institucional, por eventualidades, imposições temporais, recursos…) é reveladora da "passagem" à competência. Esta realiza-se na ação.

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Nas suas reflexões, Araújo (1999) defende a idéia de que a competência é

um modelo que necessita ser codificado e posteriormente avaliado além de ser

acompanhado, constantemente, no ambiente de trabalho.

A competência é complexa, constituída por uma combinação de ações e atos.

Portanto, sem a ação não há possibilidade de observação da competência e das

suas especificidades no tocante as atitudes, as habilidades e aos conhecimentos,

segundo a visão dos autores citados em todo texto. Projeta condições que podem

favorecer ou desfavorecer a formação profissional do trabalhador em sua totalidade

se analisada pelo prisma histórico-social e político-cultural.

2.1.1 Definição de Competência

A palavra competência é um substantivo feminino e deriva do latim

competentia. “Qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto,

fazer determinada coisa, capacidade, habilidade, aptidão, idoneidade”, segundo

define Ferreira (2004).

Para o dicionário Webster (1996) a competência é traduzida como condição

de estar apto para o desenvolvimento da força, para reter conhecimento, percepção

para realizar julgamento e habilidade para o desempenho de qualquer tarefa.

Afirma Resende (2003) que a palavra competência, no sentido semântico,

também é utilizada para destacar a incumbência de algo ou alguém, pela conotação

do sentimento de idoneidade, por atribuir o poder de decisão a alguém e expressar a

idéia de suficiência quando houver um indivíduo apto para exercer alguma

responsabilidade.

Nas suas abordagens Perrenoud (2000) afirma ser a competência,

semelhante à aptidão para pôr em circulação os recursos cognitivos, dentre eles

relaciona-se: as condições técnicas, o saber fazer, os saberes e as atitudes, para

solucionar e produzir bons resultados em um determinado acontecimento ou

situação.

As competências despertam o interesse dos pesquisadores produtores de

conhecimento, em razão da representatividade do tema no sentido de favorecer a

aprendizagem social em um contexto profissional. Para Macedo (2002) a acepção

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da palavra competência decorre do processo de concorrência. A situação, tendência

do mercado, ou realidade de um determinado momento da atualidade produz uma

nova competência. Com a revolução tecnológica novas competências foram

originadas em relação aos conhecimentos, as ações e as habilidades.

Há divergentes interpretações da comunidade científica sobre o tema em

questão. Tais abordagens teóricas resultaram de observações ou estudos

direcionados às organizações e propiciaram estratégias gerencias operacionais pré-

determinadas, cuja conseqüência favoreceu o desempenho das pessoas no

ambiente organizacional.

Nas suas produções, Le Boterf (2003), faz uma abordagem criteriosa sobre a

competência, fundamentada numa tríade, constituída pelo indivíduo, sua formação

educacional e a sua experiência profissional. Afirma ser a competência o resultado

do conhecimento adquirido através dos processos da comunicação educacional

avaliativa e pelo meio social.

Na sequência reflexiva, o discernimento para as ações, a mobilidade, a

capacidade de integração, as habilidades, a capacidade de utilização dos recursos e

transmissão dos conhecimentos, além do reconhecimento do observador em um

determinado contexto profissional, conota e caracteriza a competência.

Segundo Le Boterf (2003) a competência é compreendida como o encontro

dos eixos formados por pessoas através da biografia e da sua forma de

socialização, da formação educacional e experiência profissional. Portanto, não é

um estado de ser do indivíduo ou produto do conhecimento adquirido. É o saber

mobilizar e aplicar tais recursos que caracteriza as competências do indivíduo no

âmbito profissional.

Sob outro prisma, considera Zarifian (1999), a competência como a

interpretação prática das situações apoiadas sobre os conhecimentos adquiridos e

posteriormente transformados, conforme a complexidade dos fatos.

Complementam a afirmação Fleury e Fleury (2000) quando destacam a

capacidade de ação, de mobilização dos recursos, a integração da diversidade e

complexidade do conhecimento, da capacidade de aprender e interagir, de assumir

responsabilidades e adotar uma visão estratégica para caracterizar competência.

Sob outra perspectiva, Fleury e Oliveira Jr (2001) propuseram uma

abordagem diferente em relação a percepção da competência. Para eles, os

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indivíduos são dotados de conhecimentos e talentos e podem utilizá-los nas

empresas conforme as funções e papéis desempenhados.

Dessa forma os autores caracterizaram o uso das competências no ambiente

de trabalho. É a condição de agir com responsabilidade e discernimento, com

reconhecimento, para agregar valor à organização, ao meio social e ao próprio

indivíduo.

Afirmou Zarifian (2001, p. 67), que:

A competência se manifesta e é avaliada quando de sua utilização em situação profissional – na relação prática do indivíduo com a situação profissional, logo, a maneira como ele enfrenta essa situação está no âmago da competência.

Zarifian (2001, p. 68) construiu uma nova abordagem sobre o tema em

questão ao considerar que: “a competência é um entendimento prático de situações

que se apóia em conhecimentos adquiridos e os transforma na medida em que

aumenta a diversidade das situações”.

Na mesma publicação, também afirma o autor, que a competência é a

capacidade de iniciativa do indivíduo, mediante as decisões imprevistas, no

ambiente de operacional. O essencial é compreender e ter domínio sobre as novas

técnicas de trabalho, agir com responsabilidade para garantir o reconhecimento da

empresa. A proposta está alicerçada na aprendizagem, pilar estrutural do

conhecimento, além da capacidade vivencial e o conhecimento, dela, originada e

ampliada pela diversificação situacional.

Nas suas abordagens, McClelland (1973) estabelece uma diferença entre as

competências. Para o autor, habilidade é a demonstração do talento na prática, a

aptidão é o talento natural do indivíduo e que pode ser aperfeiçoado durante a sua

fase de aprendizagem, o conhecimento é o conjunto de informações necessárias

adquiridas pelo indivíduo para possibilitar o desempenho das tarefas e essa tríade

constitui o conjunto da competência ou capacidade humana que individualiza e

projeta, no homem, uma alta performance.

A competência não pode ser dissociada da capacidade de ação, da

mobilização dos recursos, da inteligência para aprender e apreender informações,

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da percepção para adotar uma postura estratégica nos ambientes e da capacidade

de agregar valores às organizações.

As competências, em geral, estão contextualizadas nos ambientes sócio-

culturais e profissionais, dos quais estão inseridos os indivíduos. Portanto, nesses

ambientes é indispensável clareza na comunicação, coerência e eficiência para

estimular as equipes. É o que afirma alguns produtores de contribuições conceituais

sobre o estudo das competências como Stroobants (2002).

2.1.2 Tipologia das Competências

Há diversas teorias elaboradas no intuito de explicar as competências à luz do

conhecimento. Tais conceitos e definições sobre o tema sugerem, aos estudiosos e

interessados na aprendizagem, uma classificação para diferenciá-las segundo

orienta Resende (2004).

O autor ao relacionar os indivíduos no âmbito das organizações, atribuí-lhes a

competência como uma característica individual que possibilita o bom rendimento no

trabalho em equipe como requisito de um bom desempenho e propõe a seguinte

classificação conforme o quadro 1:

Competências essenciais Definições

Competências técnicas Competências intelectuais – estão relacionadas a capacidade mental de cada indivíduo;

Competências cognitivas É um mix da capacidade intelectual e do conhecimento;

Competências sociais e políticas

Envolvem simultaneamente as relações sociais participativas. A capacidade de articulação social;

Competências didático-pedagógicas

Direcionadas ao ensino educativo, a transmissão dos conhecimentos adquiridos através de um método;

Competências metodológicas Comuns na aplicação das técnicas e dos recursos utilizados na organização das atividades produtivas. Utilização dos métodos para o desenvolvimento das atividades;

Competências de lideranças Possibilitam a reunião das habilidades pessoais e os conhecimentos das técnicas de motivação, capazes de conduzir determinadas pessoas aos objetivos profissionais, sociais ou organizacionais;

Competências empresariais e organizacionais

São aplicadas exclusivamente à gestão empresarial, no tocante as formas ou modelos e aos objetivos organizacionais.

Quadro 1 - Competências essenciais, segundo Resende (2003) Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2010).

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Nas suas reflexões, Dutra (2004) destaca a existência da proximidade das

relações entre as competências dos indivíduos e as expectativas das organizações

no momento em que há contribuição ou agregação de valores à organização.

Observa-se a colaboração para com o patrimônio de conhecimento. A empresa

interage com o meio ambiente e amplia a sua competitividade.

Nas suas abordagens Brito (2005, p. 59) afirma “ser considerada uma

competência como “específica” da organização, uma habilidade precisa passar em

três testes: valor percebido pelo cliente; diferenciação entre concorrentes e

capacidade de expansão”.

As competências impulsionam as organizações na medida em que são

estrategicamente ou adequadamente utilizadas. No âmbito das competências

organizacionais, Dutra (2004), destaca as suas principais categorias: essenciais,

distintivas, de suporte e de capacidade dinâmica.

No ambiente organizacional, cada uma delas tem uma esfera definida no

tocante a base, concorrência, indivíduo e meio ambiente. O trabalho no cenário atual

é um conjunto de atividades associadas ao cargo ou função e, em geral, torna-se a

extensão da competência mobilizada pelo indivíduo, mediante a situação profissional

mutante, concorrida e, de certa forma, complexa.

Para Dutra (2004) é indispensável praticar, utilizar ou produzir resultados para

apresentar as competências individuais. Entretanto, não há garantia do seu

reconhecimento e da sua utilização, por parte da organização, em relação aos

conhecimentos, as habilidades e as atitudes dos seus integrantes, assim como o

benefício decorrente desse conhecimento. Afirma o autor que para conhecer e

compreender o conceito de competência é necessário absorvê-lo na essência. Da

forma como é entregue a organização. Do mesmo modo, é possível que essas

competências não estejam alinhadas com as competências organizacionais.

2.1.3 Competências no Contexto Sócio-econômico.

Ao contextualizar o capitalismo, Levy (2001) afirma existir mudanças

estruturais na ordem econômica e social das nações. Até o século XX, fase de

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consolidação do período histórico industrial, registra-se o tripé dos recursos naturais,

da mão-de-obra e do capital na condição de insumos econômicos.

Após a segunda metade do século XX, há uma modificação na ênfase da

produção, na transmissão das informações e o conhecimento transforma-se em

recursos produtivos com adaptação direcionada ao novo modelo econômico social

denominado sociedade do conhecimento. Surge a revolução digital, o

desenvolvimento da tecnologia e o processo de transmissão das informações.

Para o autor, a sociedade do conhecimento também é considerada como o

principal fator produtivo das riquezas sob forma de bens ou serviços. Para tanto,

surgem as organizações focadas no cenário do conhecimento cujas práticas

gerenciais são dirigidas ao sucesso empresarial em decorrência das questões que

envolvem o conhecimento.

Nesse aspecto, não é possível ignorar os fatos históricos que

contextualizaram os desafios impostos aos trabalhadores, na sociedade do

conhecimento, decorrentes do processo de mudanças nas relações de trabalho, nas

práticas jurídicas, que envolveram empresas e empregados e na produtividade

organizacional. O produto final provocou uma reestruturação nas técnicas de gestão.

Atualmente, a gestão do conhecimento apresenta novo direcionamento no

tocante a Administração, com características de conhecimento explícito, habilidades,

experiências, juízo de valor e relacionamento social, segundo considera Polanyl

(1983). Afirma o autor que tais características resultam em competências ligadas às

práticas gerenciais e as formas de utilização e aplicação no ambiente de trabalho.

Para Levy (2001) O cenário atual apresenta uma característica mutante e

diversificada em relação aos últimos cinqüenta anos, no tocante a evolução

tecnológica. As informações são rápidas, volumosas, de fácil transmissão e acesso.

Em decorrência desse processo observa-se uma transformação no contexto

sócio-econômico e a necessidade do desenvolvimento de novas competências para

assegurar a competitividade entre as empresas no mercado do qual fazem parte.

Novas pesquisas foram desenvolvidas sobre o tema. Observa-se, também,

que a preocupação dos seus produtores consiste na identificação das competências

necessárias aos gestores nos ambientes sócio-organizacionais. Dentre eles há uma

observação de Rifkin et al (1999) quando afirmam que o desempenho das

organizações do conhecimento depende das competências gerenciais da equipe e a

sua habilidade em desenvolvê-las e transformá-las em ativos intelectuais.

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Para as organizações, há uma comprovada necessidade de implantação das

práticas de gestão com base nas competências, em razão do planejamento

estratégico, do processo de identificação das diretrizes relacionadas à aprendizagem

organizacional, do seu desempenho competitivo econômico global mediante a

imposição à superação dos seus desafios, dentre outros pré-requisitos.

O estudo das competências, para as empresas ainda permanece em fase de

construção e em algumas delas podem permanecer somente na fase preliminar. Há

muito a descobrir sobre essa questão no âmbito individual e organizacional.

2.2 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS

As competências essenciais no âmbito gerencial estão relacionadas às ações

desempenhadas pelo indivíduo, na organização, cujo resultado apresenta-se

mensurável e compatível aos objetivos organizacionais. Tais competências são os

diferenciais visualizados pelo mercado de consumo e traduzem competitividade

quando ocorre uma análise dos cenários econômicos.

As abordagens nesse sentido auxiliam o desenvolvimento das competências

e as direcionam para o estudo das competências gerenciais vinculadas as empresas

e a cultura organizacional. Observação feita por Moura (2003).

Ao considerar a existência das competências, individuais e coletivas,

inseridas no contexto das organizações, pressupôe-se que existe um modelo ou

atributos que as caracterizam e lhes relacionam com as funções gerenciais. Os

critérios devem ser identificados durante o processo seletivo para o ingresso nos

cargos de gestão ou supervisão, segundo orienta Spencer e Spencer (1993).

A competência gerencial pode ser interpretada como a capacidade de

conduzir as ações, com responsabilidade e legitimidade, através das habilidades, da

capacidade de integração, da transmissão das idéias e conhecimentos, dentre

outras não citadas, todavia, com igual relevância no contexto organizacional.

Na visão de Quinn et al (2003), a competência gerencial é composta por um

modelo gerencial cuja proposta consiste em direcionar, orientar e integrar os

esforços relacionados ao tema gestão de pessoas, com ênfase no desenvolvimento

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e na sustentabilidade das competências consideradas imprescindíveis aos objetivos

organizacionais.

Entende-se, portanto, que o crescimento de uma determinada organização é

um processo originado pela aprendizagem dos seus indivíduos, não, somente,

caracterizado pelo desenvolvimento das competências gerencias.

Na percepção de Ruas (2005) o ideal é possibilitar a evolução das

competências gerenciais coletivas ou organizacionais para agregar valor e garantir a

estabilidade organizacional.

As competências gerenciais representam os motivos, as habilidades, os

saberes, as vivências e as ações traduzidas em capacidades, que individualizam o

desempenho positivo do negativo, eficiente do ineficiente, o produtivo do

improdutivo. Em geral, são as características dos indivíduos e dos ambientes

operacionais das empresas, é o que considera Hatakeyama (1995).

O mesmo autor ao abordar sobre o relacionamento com os clientes, alerta

para a capacidade de ouvir que é muito importante na identificação das reais

necessidades do indivíduo que consome o produto. O que efetiva uma competência

é a capacidade de agir em determinadas circunstâncias.

Winterton et al. (2000) nos seus posicionamentos, conceituaram as

competências gerenciais como condição direcionada para associar valor e auxiliar a

evolução do conhecimento como base de vantagem competitiva conforme a

realidade vivenciada pelas empresas. O autor e seus colaboradores elaboraram um

quadro demonstrativo com a proposta das competências gerencias, com base na

vantagem competitiva, classificadas em cinco grupos posicionados conforme a

apresentação no quadro 2:

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Quadro 2 – Síntese das competências gerenciais Winterton et al (2000) Fonte: o autor

Na visão de alguns autores, o aprendizado organizacional e a superação dos

obstáculos, só é possível através da incorporação das competências elencadas no

quadro. Em geral as empresas mais sólidas são aquelas que utilizam tais

competências e aprendem a aprender.

Para Ruas, Antonelho e Boff (2005), as empresas representam um diferencial

no mercado, no tocante a competitividade, quando são administradas por pessoas

dotadas de comprovada competência gerencial. No ambiente organizacional pode

ser compreendida como a interação dos conhecimentos, das habilidades e das

atitudes, visualizadas através do desempenho, do funcionário, na empresa.

Em um estudo realizado por Munford (1995), o pesquisador defende a idéia

de que não há organização bem sucedida se não houver a predisposição para o

aprendizado e propõe quatro estilos de organizações aprendizes denominadas de

ativistas, reflexivas, teóricas e pragmáticas. Tal aprendizado consiste no fazer, na

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técnica, no conjunto de princípios e na padronização das normas e procedimentos.

Na sua concepção, todas elas estão comprometidas com a superação dos

obstáculos e com o aprendizado para o aprendizado.

Dentre pesquisas e discussões, surge um conjunto de reflexões apresentadas

por Leneham (2000) com uma proposta diferente, caracterizada por um grupo

composto das cinco competências gerenciais, que ele havia pesquisado na Irlanda.

O autor classificou-as de: atributos pessoais, habilidades interpessoais, habilidades

comerciais e de negócios empresariais, capacidades intelectuais e cognitivas,

capacidades profissionais e técnicas.

Cada proposta, propagada pelos pesquisadores, trouxe um conjunto de

informações consideradas importantes para o desenvolvimento das competências

gerencias, possibilitou novas reflexões no ambiente organizacional no sentido da

aprendizagem.

Para Gramigna (2002, p. 225): “Competências essenciais são as que ajudam

no sucesso da empresa, tornando possível um diferencial de mercado”. A autora

orienta que as atitudes são constituídas por valores, princípios, opiniões e

percepções, formadas ao longo da vida, que as determinam e são os principais

componentes da competência quando há uma relação de ação. É determinante para

o querer ser, o agir, é pessoal, resulta das inclinações.

As habilidades disponibilizadas para a realização do trabalho diário são

representadas pela capacidade, pela técnica e pelo talento, esse conjunto é

traduzido em aptidão, capacidade de colocar o conhecimento em ação, de unir a

teoria à prática.

2.2.1 Definição das Competências Gerenciais

Todas as teorias são importantes e se complementam, esclarecem acerca

dos problemas que envolvem os indivíduos e as empresas. Nesse sentido há várias

colaborações dos pesquisadores sobre as competências gerenciais e todas

convergem para a importância do comportamento, das habilidades e das atitudes.

Além de sinalizar para as questões de capacitação contínua, adoção de estratégias

organizacionais e pessoais, reflexão sobre as ações para possibilitar o ingresso nas

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empresas e revisão dos papéis do homem e da mulher no ambiente de trabalho, na

visão de Resende (2004).

Para o autor, as relações organizacionais são complexas e os resultados

positivos ou negativos produzidos, o excessivo número de problemas, nelas

existentes, as dificuldades enfrentadas na tentativa encontrar solução, estão

relacionados diretamente com a atuação dos diversos níveis de gerenciamento. É

indispensável refletir ações, comportamentos e situações para exercer um bom

gerenciamento.

Nas suas reflexões Hatakeyama (1995), discute que a competência gerencial

também é observada no profissional que estabelece, previamente, estratégias de

trabalho para vários tipos de problemas, tais como:

- aqueles que já surgiram e estão em fase de solução ou já foram

solucionados.

- outros que irão permanecer no anonimato por vários anos e quando

surgirem, provocarão um grande dano, capaz de exigir grandes

investimentos financeiros e esforços das equipes.

É o diagnóstico antecipado de uma situação delicada para a empresa e a

eventual estratégia de ação, condição indispensável ao gestor de qualquer

organização. Sob essa questão, no âmbito das competências gerencias, Resende

(2000, p. 60) afirma que são:

Capacitações mais específicas da competência de gestão, compreendendo habilidades pessoais e conhecimentos de técnicas de administração ou gerenciamento, de aplicação em situações de direção, coordenação ou supervisão. Exemplos: capacidade de conduzir reuniões de trabalho produtivas; saber administrar, convergir ações para resultados comuns.

Tais competências, explica o autor, devem ser percebidas como fator de

sucesso organizacional. É de responsabilidade das empresas encontrar alternativas

para as suas necessidades, com treinamentos e cursos convencionais que

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possibilitem o desenvolvimento das competências de seus gestores através das

práticas de coach (treinar) e cunsult (consultar)

2.2.2 Tipologia das Competências Gerenciais

O estudo dessa questão constitui as construções relativas a interpretação da

competência individual atribuída a qualificação, as atribuições, as

responsabilidades, contextualizadas e caracterizadas no ambiente do trabalho.

Portanto, há variadas interpretações originadas das percepções e formulação de

conceitos, principalmente, no ambiente organizacional.

Resende (2004) sugere uma nova percepção para as competências

gerenciais tais como tipos de liderança, capacidade de decisão e coordenação das

equipes. A novidade consiste em apresentá-las como competências e provar que

são capazes de potencializar resultados positivos para as empresas.

O autor afirma que:

As empresas ainda não dão às competências de gestão o devido valor. Poucas vezes percebem sua importância e a necessidade de desenvolvê-las. Mais tarde, quando a teoria tiver sido bem assimilada, poderá vir a ser considerada o que costumo chamar de “descoberta do óbvio”. (RESENDE 2004, p. 56).

Na mesma obra ele propõe onze características para a aplicação das

competências gerenciais e as denomina, de forma objetiva e adaptativa, de: Prática

de gestão com melhores resultados. Tal prática é evidenciada no quadro 3:

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Prática de gestão das competências gerenciais

Definições

Competência de planejamento Consiste na capacidade de definir e implementar estratégias, objetivos e metas;

Competências de organização Implica na condição de obter e disponibilizar as condições e os recursos necessários;

Competência de controle capacidade de acompanhar, rever, ajustar planos e atividades;

Competência de orientação consiste no emprego de diretrizes e caminhos;

Competência de delegação capacidade de compartilhar atribuições e autoridade;

Competência de decisão

Solucionar questões e de aprovar direcionamentos;

Competência para liderar Consiste na adaptatividade, no exercício do comando, da coordenação e do treinador (Coacher)

Competência para treinar e educar

Desempenhar os papéis de instrutor e mentor quando for necessário;

Competência para se comunicar Em diversos direcionamentos

Competência para dar e receber:

feedback

Competência para conduzir reuniões

Consiste na capacidade de saber planejar e objetivar a realização das reuniões para garantir seu resultado

Quadro 3 – Classificação da prática de gestão das competências gerenciais. Fonte: Resende (2004)

O estudo desenvolvido por Resende (2004), com esse conjunto proposto de

competências gerenciais, deve ser refletido como uma condição indispensável, no

sentido de implantação para as organizações. Há, também, um grupo de habilidades

sugeridas por outros autores que merecem reflexão.

Afirma Mintzberg (1973 apud Maximiniano, 2002) que para desenvolver e

aprimorar habilidades gerenciais é necessário ultrapassar a transmissão do

conhecimento e favorecer oportunidades. Para tanto o autor propõe um conjunto de

oito habilidades gerenciais apresentadas no quadro 4.

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Habilidades Gerenciais Definições

Habilidade no inter-relacionamento:

É a capacidade de construção e manutenção das relações formais e informais para alcançar objetivos pessoais

Habilidade no exercício da liderança

É a capacidade de envolver e conduzir a equipe com orientação, treinamento e autoridade;

Habilidade de solucionar conflitos:

É a habilidade interpessoal;

habilidade de decidir: Capacidade de coordenar situações conflitivas;

Habilidade para processar informações:

É a capacidade de elaborar redes informais de comunicação, com articulação coerente das idéias na representação profissional das organizações;

Habilidade para decidir em situações de ambigüidades:

Capacidade de liderar mediante as incertezas, as informações excessivas e obter resultados produtivos através da equipe subordinada;

Habilidade para empreender É a capacidade para ser empreendedor e identificar as oportunidades, alcançá-las e realizar as mudanças organizacionais;

Habilidade de introspecção: Está relacionada à percepção para reflexão e auto-análise, além da capacidade de compreensão direcionada as equipes e aos possíveis impactos organizacionais decorrentes dos processos de mudança.

Quadro 4 – Classificação das habilidades gerenciais Fonte: Mintzberg (1973 apud Maximiniano, 2002)

As habilidades são condições indispensáveis aos processos de

transformações individuais e organizacionais. A Competência é, também, uma

questão de habilidade. Para o gerenciamento das organizações é condição do

indivíduo estar de acordo com os critérios exigidos, no tocante a habilidade e ao

papel gerencial conforme o ambiente da empresa.

Nas suas considerações, alerta Bergamini (1994) ao falar das habilidades

que, afirma ser uma capacidade inerente ao gerente para administrar, o sentimento

de valor que os indivíduos atribuem à organização da qual fazem parte.

As competências gerenciais não existiriam sem as organizações. Há uma

relação de troca entre as pessoas e a empresa. Os indivíduos partilham os seus

conhecimentos no ambiente de trabalho e, ao mesmo tempo, ampliam o domínio

das suas informações através do patrimônio de conhecimentos disponibilizado pela

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organização para qual trabalham. Tais afirmações são consideradas por Dutra

(2001).

Tal patrimônio de conhecimento transforma-se em memória organizacional,

armazenadas nos ambientes virtuais e, quando necessárias, determinam o futuro

das organizações.

2.2.3 Modelos e Papéis Gerenciais

O modelo é a representação de algo a ser executado ou situação para ser

reproduzida em um molde, uma forma, um procedimento, cuja importância ou

perfeição é digna exemplificar, apropriadamente, cada finalidade. Serve de

referência para observação, estudo ou análise, com base nas relações e processos,

possibilita variações comparativas e simulações do fenômeno representativo,

segundo o dicionário eletrônico Aurélio (2005).

Nas organizações, em geral, há modelos referenciais de valores, utilizados

para a especificação dos critérios de eficácia nas unidades internas de trabalho. Tais

modelos, na visão de Quinn et al (2003), representam os critérios de eficácia

organizacional e determinam os papéis gerenciais desempenhados na empresa,

além das vinte quatro competências gerenciais desenvolvidas e propostas, conforme

apresentados nos quadros 5 e 6:

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Quadro 5 – Síntese dos Modelos gerenciais Fonte: Quinn et al (2003)

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Quadro 6 – Síntese dos papéis gerenciais e suas respectivas competências gerenciais. Fonte: Quinn et al (2003)

As competências gerenciais descritas por Quinn et al (2003), essenciais aos

gerentes, nos quatro modelos aplicados: modelos das relações humanas, modelos

dos sistemas abertos, modelos das metas racionais e modelos dos processos

internos, demandam oito papéis gerenciais propostos pelo autor. Cada papel

desempenhado possibilita a interpretação de três competências gerenciais abaixo

apresentadas:

- Mentor – compreensão de si mesmo e dos outros, comunicação eficaz

e desenvolvimento dos empregados. Assume o papel de um conselheiro.

- Inovador – convívio com a mudança, pensamento criativo e

gerenciamento da mudança. Interpreta o papel de líder visionário, inovador,

facilitador por ser flexível e observador das possíveis mudanças.

- Facilitador – construção das equipes, uso do processo decisório

participativo e administração de conflitos. Representa o papel do auxiliador no

desenvolvimento das habilidades individuais das equipes.

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- Negociador – construção e manutenção de uma base de poder,

negociação de acordos, compromissos e apresentação das idéias. Exerce o papel

do líder, dotado de capacidade de persuadir, influenciar e decidir rapidamente diante

dos ambientes ou situações de imprevisibilidade.

- Monitor – monitoramento do desempenho individual, gerenciamento do

desempenho, dos processos coletivos e análise das informações com pensamento

crítico. Tal papel exige que o líder gerencial faça uso das ferramentas analíticas para

controlar os processos organizacionais.

- Produtor – trabalho produtivo, fomento de um ambiente de trabalho

produtivo e gerenciamento do tempo e do estresse. Representa o papel do líder

pragmático com foco nas tarefas e no trabalho.

- Coordenador – gerenciamento dos projetos, planejamento do trabalho e

gerenciamento multidisciplinar. Nesse papel ocupa-se em redistribuir as equipes ao

local certo de trabalho segundo as suas aptidões.

- Diretor – desenvolvimento e comunicação de uma visão, estabelecimento

de metas e objetivos, planejamento e organização. Tal papel reflete a essência do

conceito de liderança.

Exercem influência no pensamento gerencial, nas metas racionais, nos

processos internos, nas relações humanas e nos sistemas abertos. O resultado

promove diversas decisões, níveis de sensibilidades e comportamentos.

Os quatro modelos gerenciais relacionados, que determinam os oito papéis

representados, propostos pelo pesquisador e colaboradores, constituem uma

estrutura de referência, efetiva, na identificação das competências essenciais ao

gerenciamento dos ambientes organizacionais e dão origem a vinte e quatro

competências gerenciais segundo a proposta de Quinn et al (2003).

Para Drucker (1971), a gerência representa a direção dos negócios e os

negócios expressam singularidade e excepcionalidade na sociedade. Nesse aspecto

as mudanças devem ser planejadas e implementadas com programação. O

potencial da competência gerencial deve ser totalmente utilizado para não

desperdiçar produtividade.

O conhecimento, as habilidades e as atitudes de um gerente podem

caracterizar uma determinada equipe, produzir efeitos diversificados nos indivíduos,

durante as atividades de trabalho, alterar o clima e a estrutura organizacional, os

procedimentos e as normas, desestimular ou estimular o desempenho das equipes.

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As mudanças são inimagináveis no ambiente organizacional é o que contextualiza

Quinn et al (2003).

Em uma realidade de mudanças, Maximiano (2002) nas suas reflexões afirma

que o gerente da atualidade deve assumir uma diversidade de papéis e dentre eles

enfatiza o facilitador dos processos organizacionais. Fundamentado na teoria de

Fayol posicionava-se ao enfatizar que as atividades gerenciais consistiam no

estabelecimento das metas, na definição das diretrizes, nas decisões, nas

atribuições e responsabilidades às pessoas nas organizações e na transmissão das

informações sem alterar a seqüência lógica do planejamento, da organização, do

comando, da coordenação e controle. Para ele os subordinados necessitavam de

determinações gerenciais que resultassem, ao final, em eficácia organizacional.

Para Resende (2004) as competências gerenciais possuem características

mais importantes se comparadas às competências pessoais, estratégicas e

organizacionais. Elas podem causar impacto positivo, de forma consciente e

decidida, em decorrência da capacidade de reunir, integrar e sinergizar várias

competências potenciais disponíveis, na maioria dos casos dispersas no ambiente

organizacional e transformá-la em grandes resultados. É o que ele denomina de

diferencial competitivo.

Gerenciar exige do indivíduo a competência decisória. Para tanto, é

necessário ter boa capacidade de percepção e análise, racionalidade e emotividade

adequada para solucionar os problemas com a formulação de alternativas coerentes

e produtivas.

Tal condição faz parte do contexto das competências gerenciais e dos papéis

gerenciais em qualquer organização. As habilidades gerenciais também são

determinantes para o bom desempenho do trabalho gerencial e, dentre elas, as mais

importantes na visão de Katz e Kahn (1975) são:

- Habilidade técnica: é o conhecimento específico dos métodos e

equipamentos de trabalho.

- Habilidade humana: envolve a compreensão dos indivíduos e das suas

necessidades, interesses e comportamento.

- Habilidade conceitual: abrange a capacidade intelectual, estratégica, a

criatividade, o planejamento, o raciocínio abstrato e a compreensão do contexto para

liderar a organização.

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As competências gerenciais para o desempenho das atividades nos

ambientes virtuais apresentam-se necessárias às organizações. Ao definir o perfil do

gestor de tais ambientes.

Segundo afirma Santos (2000, p. 115) que "este gerente deverá apresentar o

perfil de um líder, pois, as duas facetas são imprescindíveis e complementares".

Ainda de acordo com Santos (2000) Os gerentes, na condição de líderes,

necessitam entender, conhecer e lutar pela diversidade e defesa das idéias e dos

ideais existentes. Assim como aprender o sentido das palavras comprometimento,

flexibilidade, capacidade de adaptação, tenacidade, persistência, implementação

dos processos, versatilidade, integridade, credibilidade, confiança para enfrentar

novos desafios.

Ao repensar estas afirmações, no tocante as competências gerenciais

indispensáveis à formação dos profissionais gestores é necessário pensar no

conhecimento das técnicas virtuais, no planejamento das estruturas e sistemas, na

capacidade de percepção às mudanças organizacionais e na oscilação das

tendências do mercado. Há também os valores éticos, a postura e a imagem

profissional a ser preservada, independente do ambiente de trabalho, real ou virtual.

2.3 AMBIENTES VIRTUAIS

O ambiente virtual é uma realidade para a sociedade atual. Ele existe e é

operacionalizado sem estar, de fato, presente. Entretanto, apresenta-se com

múltiplas ou indefinidas opções de atualizações conforme explica Levy (1996). O

virtual representa ou justifica a ausência da existência da estrutura física real. Por

lógica, caracteriza a intangibilidade e a posterior aquisição de algo.

Para Levy (1996, p. 18) “A virtualização é um dos principais vetores da

criação de realidade”. O ambiente virtual é resultado do processo tecnológico e das

suas especificidades, reservado aos mais diversificados acontecimentos como o

ensino, os negócios ou as notícias, dentre outros eventos comuns ao espaço em

questão, destinado a sociedade da informação.

O ambiente virtual não é fácil de conceituar pela sua complexidade quando

analisado no contexto das transformações das sociedades nos últimos cinqüenta

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anos, segundo as reflexões de Kirner e Tori (2004) que afirmam somente ser

possível entender o ambiente virtual se considerar que a capacidade perceptiva,

auditiva e sensorial dos indivíduos, pode ser desenvolvida em amplitude e

intensidade, através do tempo e do espaço.

Na mesma linha de pensamento, os autores afirmam que tal capacidade

perceptiva pode ser reduzida a um átomo ou ampliada a proporções inimagináveis

com velocidade superior à luz e simultaneamente apresentar ocorrências com

duração fracionada em segundos ou reduzir a velocidade do tempo para expor com

nitidez os fenômenos, que em outra realidade, o observador precisaria de séculos de

estudo para compreender. Sob esse prisma percebe-se a característica do ambiente

virtual que o diferencia entre os demais ambientes, a representação do imaginário e

a reprodução do real com proporções diversificadas.

2.3.1 Definição de Ambientes Virtuais

A Palavra virtual para Levy (2009, p. 12) “apresenta uma afinidade com o

falso, o ilusório ou o imaginário [...] é considerada em três aspectos: o primeiro,

técnico, ligado à tecnologia, a informática, um segundo corrente e um terceiro

filosófico” , Para o autor (2009, p. 47), na “acepção filosófica, é virtual aquilo que

existe apenas em potência e não no ato. [...] encontra-se antes a concretização

efetiva ou formal. [...] é uma dimensão importante da realidade”.

Na mesma obra, Levy considera o ambiente virtual como uma reunião de

códigos digitais que resulta em um potencial de imagens e as suas informações são

denominadas suporte digital.

Explica o autor, a origem da palavra virtual. A formação lingüística surge do

latim medieval virtualis, que também é formada por derivação de virtus cujo

significado é semelhante à força ou potência. Portanto, é virtual o que existe no

potencial e inexiste no ação. Semelhante a árvore que está virtualmente presente na

semente. Tais afirmações foram difundidas na Filosofia Escolástica.

Ambiente virtual ou realidade virtual é um processo tecnológico avançado de

interface entre usuário e sistema computacional cujo objetivo é promover a

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sensação de realidade, através de técnicas e equipamentos que interagem em

tempo real segundo as reflexões de Levy (2009).

Nas suas considerações, Capin et al (1999) afirma que a realidade virtual

pode ser conceituada por uma tecnologia com capacidade de transporte entre

ambientes. Ela conduz o usuário ao ambiente diferente do real sem transportá-lo

fisicamente. O transporte ocorre para os órgãos sensoriais que o percebe e faz a

associação virtual desejada.

A virtualização é considerada imprescindível na computação por permitir a

realização de mainframes (inúmeras e diferentes tarefas) ao mesmo tempo.

Entretanto, conforme afirma Carr (2008) esse processo na atualidade é considerado

revolucionário em decorrência da utilização dos chips nos computadores.

A compreensão da dinâmica que envolve o ambiente virtual se torna mais

fácil para os indivíduos que conhecem as suas especificidades, pré- requisito para

entender a razão da denominação de “sistema de múltiplos usuários” conforme

explica o mesmo autor. Para ele, trata-se de um sistema virtualizado compartilhado

por diversas empresas, simultaneamente com diferentes formatos.

A virtualização reduziu as distâncias, superou as dificuldades entre empresas

e pessoas, inovou serviços, ampliou a sociedade de consumo dinamizou a rotina de

operacional do trabalho.

2.3.2 Características dos Ambientes Virtuais

O ambiente virtual é uma estrutura, relativamente, recente, desenvolvida

através dos recursos tecnológicos adaptada para a internet com a implantação da

Realidade Virtual que Modela Idioma - Virtual Reality Modeling Language – VRML.

Linguagem utilizada para possibilitar a comunicação entre pessoas e permitir a

transferência de informações de qualquer lugar independente do horário. Com a

evolução da tecnologia, a linguagem VRML foi substituída por um novo padrão

capaz de suportar um número ilimitado de dados, o Hiper Texto de Esclarecimento

de Idioma - Hyper Text Markup Language – HTML, com capacidade para conduzir

melhor os gráficos e as imagens.

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Segundo as abordagens de Miranda (1999), para criar um ambiente virtual

VRML é necessário um editor de texto ou ferramenta de modelação 3D. Os

modeladores podem ser específicos ou genéricos convertidos ao formato VRML,

condicionado ao modelo de ambiente virtual pretendido para construção. Tais

ambientes são dinâmicos e respondem as ações dos seus usuários. Podem

apresentar nesse formato, a característica de interatividade, animação, áudio, scripts

(escrituras) e protótipos.

O ambiente virtual também pode ser criado em um sistema de interface

(interface), com a elaboração de um site (local) para a atividade tutorial, com a

disponibilização dos conteúdos didáticos, sob o formato de aulas, acessado através

da internet, para o ensino presencial e a distância.

Nas suas abordagens Levy (1996) afirma que o ambiente virtual, igualmente,

pode ser visualizado em situações diversificadas no contexto do ensino e da

aprendizagem, auxiliado pelo aparato tecnológico de um computador e a internet. É

possível, ainda, interagir com a máquina em determinados programas educacionais.

Os ambientes virtuais e os ambientes virtuais de ensino e aprendizagem

utilizam os recursos operacionais tecnológicos para possibilitar a interatividade, a

autonomia e a colaboração durante a transmissão das informações, com os seus

usuários.

Para Silva (2009) o ambiente virtual de aprendizagem é caracterizado pela

possibilidade de acesso ilimitado a internet e as suas informações. É a mesma

característica do ambiente virtual independente do objetivo da sua construção e

utilidade.

O Google é um exemplo de ambiente virtual utilizado em todos os

continentes, que oferece inúmeros serviços através da internet e proporciona a

oportunidade do usuário encontrar a informação automática.

Na visão de Vise e Malseed (2007, p. 168) o Google é em ambiente virtual

indispensável:

Nenhuma outra marca atingiu reconhecimento global tão rápido quanto o Google. O nome da empresa entrou no léxico não apenas do inglês, mas também de várias outras línguas; os alemães googeltte, os finlandeses googlata e os japoneses guguru. Mas nem todos têm acesso ao Google. Navegar pela web em muitas partes da África Ocidental, por exemplo, ainda é dolorosamente devagar e caro, dependendo de computadores velhos e conexões discadas. Muitas pessoas, especialmente as gerações mais jovem, tem conhecimento sobre o Google e anseiam usá-lo para obter informação e autodesenvolvimento, mas o acesso e a infra-estrutura não conseguem acompanhar a demanda.

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O Google é exemplo de um ambiente virtual, utilizado para pesquisas, ensino

e aprendizagem, interação de pessoas, diversidade de informações e oportunidades

profissionais. Por esses e outros motivos não mencionados é que os autores

defendem a sua essencialidade na atualidade e no futuro.

As informações virtuais podem ser síncronas ou assíncronas independentes

do tipo de ambiente. Entretanto, para gerenciar tantas especificidades é necessário

conhecer seus inúmeros detalhes segundo as contribuições de Marquesi, Elias e

Cabral (2008). Nos ambientes considerados síncronos, há uma sincronia interativa

entre o remetente e o destinatário da mensagem, ambos estão em conexão

simultânea na rede que transforma a comunicação em tempo real.

Os mesmos organizadores ensinam que, para os ambientes assíncronos,

situação semelhante não ocorre. Não há conexão simultânea entre os participantes

ou qualquer possibilidade de interatividade simultânea. As mensagens são geradas

através da ferramenta eletrônica de comunicação virtual e enviadas ao seu

destinatário, armazenadas em espaços específicos, nos moldes de um correio

tradicional, para entrega e leitura posterior.

As mensagens síncronas são mais utilizadas nos ambientes virtuais de

aprendizagens, relaciona e explica Silva (2009). As mensagens assíncronas são, em

geral, mais utilizadas nos ambientes virtuais. A diferença entre os espaços com

proposta abaixo:

- SÍNCRONAS – mensagens, cujas ações obedecem uma sincronia, entre

o programa e as operações exibidas simultaneamente através de uma tela conforme

o conteúdo informativo no quadro 7.

Mensagens Síncronas Definições

Chat:

É uma ferramenta com mais representatividade e diversidade de funções tais como:

Sala de aula virtual: um espaço destinado ao encontro dos alunos com o professor, conforme um calendário pré-estabelecido para as unidades temáticas

Sala de trabalho: espaço acadêmico reservado ao encontro dos educandos, para a realização do trabalho, sem a presença do professor.

Café virtual: espaço virtual de convivência entre docentes e discentes.

ICQ interno: funciona como um identificador coletivo de conexão. Quando alguém está conectado é identificado para facilitar a comunicação entre todos os participantes.

Tutor on-line: sistema que permite o aprendiz identificar a presença do tutor para esclarecer dúvidas através da interação imediata.

Quadro 7 – Síntese das mensagens síncronas Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2010).

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- ASSÍNCRONAS: mensagens, cujas ações não obedecem uma sincronia,

entre o programa e as operações exibidas simultaneamente através de uma tela. O

contexto informativo é armazenado e posteriormente enviado ao seu destinatário

pelo “correio virtual”, conforme as informações no quadro 8.

Mensagens assíncronas Definições

E-mail: Meio de comunicação entre alunos e professores. Entretanto, também é utilizado por várias categorias profissionais para os objetivos distintos. Essa forma de comunicação é utilizada nas organizações, em ambientes virtuais construídos de acordo com a proposta da empresa.

Lista de discussão: Possibilita uma discussão entre os membros do grupo, sobre um determinado tema, sugerido por um dos participantes. Também é utilizado em qualquer ambiente virtual.

Mural: Informativo de mensagens coletivas ou individuais. Adaptado para o AV ou AVA.

Fórum: Evento utilizado para provocar reflexões e debates originados por uma leitura ou tema extraído de algum artigo. Por ocasião do seu início, todos os integrantes do grupo recebem uma comunicação virtual com um convite a participação.

Debate virtual: Possibilita virtualizar o procedimento do texto comentado” usado em dinâmicas presenciais. O participante pode inserir comentário relacionado ao fragmento do texto escolhido pelo tutor.

Prova virtual: As questões são disponibilizadas com prazo estipulado para os alunos responderem cada questão. Após a correção, o resultado é enviado por e-mail para o aluno acompanhar o seu desempenho.

Perfil: Espaço virtual sob forma de página na internet para o aluno informar diversas anotações a ele relacionadas

Biblioteca virtual: O acervo é formado por produções do professor e dos alunos, previamente corrigidas pelo professor antes de serem disponibilizadas virtualmente.

Portfólio: Registro da vivência de cada aprendiz. Tal arquivo tem a função de metacognição.

Tira-teima: As dúvidas freqüentes comentadas pelos educandos ficam arquivadas nesse espaço virtual com indicação dos “caminhos” ou possíveis soluções

Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA:

É um espaço propício para comunicação em múltiplos direcionamentos possibilitado pelo hipertexto, chats, fóruns, correio eletrônico e demais interfaces, disponibilizado para a produção, a recepção e a significação do conhecimento.

Quadro 8 – Síntese das mensagens assíncronas Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2010).

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Em relação ao AVA, Marquesi, Elias e Cabral (2009) consideram que os

ambientes virtuais de aprendizagem são fundamentais no novo cenário educacional

com base no uso de recursos digitais se analisados como produtos de renovação

diária em níveis diversificados.

É nesse ambiente coletivo, colaborativo e interativo que surge a cada dia o

compartilhamento das informações, a exploração dos recursos e dos espaços

disponibilizados, a avaliação através do recurso tecnológico e o cooperativismo

virtual.

Nos espaços virtuais também se observa a constante presença Comunicação

Mediada por Computadores – CMC que deu origem as comunidades virtuais

formadas em espaços sociais através da internet segundo contextualiza Barbosa

(2005). Para o autor, as comunidades virtuais são “redes eletrônicas de

comunicação interativa autodefinida, organizadas em torno de um interesse ou

finalidade compartilhada”.

No contexto das características do AV, há uma abordagem de Guimarães,

Lins e Oliveira (2006) em relação as assinaturas digitais como condições de acesso

aos ambientes virtualizados, em alguns casos. Uma assinatura digital é composta de

um código binário com base em dois aspectos: o documento ou informação

procurada que liga a um ou mais usuários segundo explicam os autores. Tais

assinaturas, utilizadas no AV e no AVA podem ser conforme o modelo abaixo

representado no quadro 9:

Assinaturas Digitais Definições

Digital de chave simétrica: Cujo transmissor ou receptor da mensagem e a entidade centralizadora das informações conhecem a chave secreta para o acesso.

Digital de chave pública Nesse modelo a entidade comunicante domina e pode ler todas as mensagens que trafegam entre os comunicantes e por essa razão a participação de entidades de outras organizações dentro desse processo comprometem a segurança de modo geral.

Quadro 9 – Síntese das assinaturas digitais Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2010).

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Afirmam os autores que o uso de textos simples com autenticação e sigilo,

função opcional, é o ideal para garantir a segurança dos usuários desses ambientes.

A autenticação exige protocolos, porém, garante que as entidades participantes de

um processo de comunicação sejam usuários reais e não intrusos ou impostores no

processo interação virtual. Pode ser realizada no início do processo para

estabelecimento da sessão, no meio da conexão através de mensagens e vezes no

final para encerrar a assinatura.

Os ambientes virtuais são direcionados aos variados públicos, independente

de algumas características pessoais tais como gosto, idade, potencial econômico e

nacionalidade. O usuário estabelece uma conexão através da internet e por ele

navega entre as páginas conforme as suas necessidades e interesse pelo tempo

que julgar necessário.

A experiência de vivenciar o ambiente virtual é uma realidade diferente das

experiências projetadas nos ambientes organizacionais tradicionais em razão de

permitir uma navegação interativa, intuitiva, próxima e rápida com os ambientes,

individual ou coletivamente.

2.3.3 Gestão dos Ambientes Virtuais

Para Audy, Andrade e Cidral (2005) atualmente vivencia-se avanços

tecnológicos em todas as áreas do conhecimento. Tais tecnologias conduzem

profissionalização mais especializada, às vezes nos mesmos ambientes

organizacionais. O gerenciamento das empresas que apresentam essa

característica é um desafio para pesquisadores e cientistas da administração.

Para os autores, os indivíduos na atualidade estão ameaçados pela

complexidade das suas organizações. Sugerem a solução através da visualização

holística. Nada pode ser visto isoladamente. Métodos antigos ou tradicionais são

insuficientes para um bom gerenciamento.

Considera Barbosa (2005, p. 30) ao abordar o mesmo assunto, ser a

informação o “subsídio para a construção do conhecimento, para o aprendizado, de

modo que o uso das TICs, principalmente a internet, vem revolucionando as formas

de ensinar e aprender”.

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Afirma ainda Barbosa (2005) ser a Tecnologia da Informação e do

Conhecimento – TIC, a fonte que disponibiliza as informações necessárias com

exatidão, conforme as necessidades individuais, aos seus usuários. É a base

indispensável à gestão dos ambientes virtuais: a informação, o conhecimento e a

habilidade, na utilização dos softwares, hardwares, interface e percepção sensorial,

dentre outros.

Para Marquesi, Elias e Cabral (2008) é importante conhecer, entender e

gerenciar os recursos tecnológicos e digitais utilizados e disponibilizados nos

ambientes virtuais, principalmente no apoio ao ensino. Dentre eles os autores

enfatizam e explicam conforme o conteúdo informativo do quadro 10:

Recursos tecnológicos/digitais utilizados no AV e AVA.

Definições

Correio eletrônico: Afirma ser uma ferramenta eletrônica de comunicação entre pessoas semelhante a uma organização tradicionalmente conhecida denominada de Correio, com a vantagem de oferecer rapidez, segurança, custo operacional reduzido e eficiência..

Chats (conversas): Comunicação on-line entre indivíduos.

Listas de discussão: Espaço virtual destinado a troca de informações eletrônicas entre grupos sobre temas afins.

Fórum de discussão: Semelhante a lista, difere-se somente pelo envio das mensagens. Todas as mensagens se direcionam para um endereço específico e não congestionam a caixa postal

Download (carregue): Possibilita a transferência, envio ou a recuperação dos arquivos armazenados em outros computadores. É um espaço virtual capaz de disponibilizar informação ou recuperá-las independente do período

World Wide Web – www: A rede larga mundial é um sistema de gestão de informação com base no hipertexto. Semelhante a uma biblioteca virtual por disponibilizar infinitas informações, é o recurso visível mais utilizado da internet segundo afirmam os autores. A sua característica marcante é a home page ou página de casa pela sua capacidade de distribuir informações, inúmeros usuários, custo reduzido dos serviços disponibilizados e possibilidade de inserção dos recursos multimídia cujo objetivo é desenvolver o ensino e a aprendizagem.

Ambientes Virtuais em Redes – AVR :

São sistemas que permitem a interação em tempo real entre usuários remotos em modelos computacionais tridimensionais de um ambiente real ou imaginário.

Quadro 10 – Síntese dos recursos tecnológicos/digitais utilizados no AV e AVA. Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2010).

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Uma característica, segundo Capin et al (1999) é o seu particionamento e

cada usuário processa somente um subconjunto desse ambiente. Nessa estratégia

tais ambientes estão ligados através de portais. Quando há excesso de usuários

conectados pode ocorrer uma sobrecarga e se não houver um gerenciamento

adequado pode gerar um comprometimento no nível de expansão do sistema.

O ambiente virtual desperta, em geral, mais interesse nos usuários pelas

opções disponibilizadas, na tela do computador, para o seu livre acesso e alguns

textos são interativos para prender a atenção humana.

Nas suas abordagens, Levy (2009, p. 40) esclarece que:

O virtual só eclode com a entrada da subjetividade humana no circuito, quando num mesmo movimento surgem a indeterminação do sentido e a propensão do texto a significar, tensão que uma atualização [...] uma interpretação, resolverá na leitura. Uma vez claramente distinguidos esses dois planos, o par potencial-real e do par virtual-atual, convém imediatamente sublinhar seu envolvimento recíproco: a digitalização e as novas formas de apresentação do texto só nos interessam porque dão acesso a outras maneiras de ler e compreender”.

O interessante do ambiente virtual é estabelecer o link de uma leitura com

outras, em um mesmo momento, na mesma tela e deixar as demais minimizadas e

abertas, sem ocupar espaço físico e consultá-las sempre que for necessário. O

importante é prender a atenção do usuário.

O mesmo autor também afirma que:

O leitor em uma tela é mais “ativo” que o leitor em papel: ler em tela é, antes mesmo de interpretar, enviar um comando um computador para que projete está ou aquela realização parcial do texto sobre uma pequena superfície luminosa. Se considerarmos o computador como uma ferramenta para produzir textos clássicos, ele será apenas um instrumento mais prático que a associação de uma máquina de escrever. Um texto impresso em papel, embora produzido por computador, não tem estatuto nem propriedade estática fundamentalmente deferentes dos de um texto redigido com os instrumentos de século XIX. [...] se considerarmos o conjunto de todos os textos (de todas as imagens) que o leitor pode divulgar automaticamente interagindo com um computador a partir de uma matriz digital, penetramos num novo universo de criação e de leitura dos signos. (LEVY 2009, p. 40 e 41).

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O computador é o mecanismo que possibilita a existência do ambiente virtual

para produção de textos, imagens, sons que traduzem uma sensação de realidade.

Há novos gêneros ligados a interatividade e a potencialidade informativa.

A virtualização se modifica a cada dia e com essa mudança surge uma

novidade virtual para encantar e prender o observador. É um processo que apenas

está na sua fase inicial e promete surpresas e inovações para todas as áreas do

conhecimento.

2.3.4 Estudos relacionados com a pesquisa

Os estudos abaixo relacionados apresentam informações sobre as

investigações, no tocante as competências gerenciais nos ambientes virtuais, em

relação à aprendizagem e aos papéis gerenciais com a explicação dos resultados

obtidos. As discussões teóricas, as publicações dos artigos sobre o tema do

ambiente virtual e o gerenciamento das diversidades dos serviços ou

especificidades, despertam o interesse dos pesquisadores de várias áreas do

conhecimento.

2.3.4.1 Estudo das Competências Gerenciais

Em uma pesquisa publicada, Brito (2005) estuda as competências gerenciais

nos dois modelos organizacionais, a empresa real e a virtual. Considera uma

característica nas empresas que fazem parte do ambiente virtual a inexistência do

patrimônio imobiliário para as atuações de rotina. Defende a idéia de ser a realidade

virtual complexa e afirma que há, na maioria dos casos, o convívio simultâneo dos

dois modelos organizacionais.

O autor exemplifica a pesquisa com empresas da atividade fabril.

Independente do porte, parceria ou usuário, é capaz de operacionalizar os serviços

disponibilizados através do advento tecnológico informativo e da conexão em rede.

A pesquisa investigou o nível de competência de um determinado grupo de

profissionais em políticas e práticas organizacionais sustentáveis. O objetivo foi

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ampliar a compreensão acerca das relações entre os construtos Competências

Individuais Requeridas e Modernidade Organizacional.

Os resultados comprovaram a necessidade de mudança no comportamento

das organizações e nas estruturas. Sugeriram a adoção da estrutura horizontal

descentralizada, o que pressupunha mudanças nos sistemas, nas políticas, nas

práticas de gestão e na cultura organizacional. Também apresentaram contradições

entre o discurso e a prática dos modelos de gestão da atualidade. O autor

comprovou, através dos resultados, a inexistência de qualquer correlação

significativa entre o nível de conhecimento individual disponível e a sua utilização

nos processos coletivos de gestão. A formação profissional do futuro gestor

dependerá do desenvolvimento das variadas competências, independentes das

denominações que possam receber, como por exemplo: conhecimentos, habilidades

ou atitudes.

2.3.4.2 Estudo sobre a Gestão das Competências Gerenciais

Em uma abordagem mais complexa, Bitencourt (2004) defende a gestão de

competências gerenciais e a contribuição da aprendizagem organizacional. A autora

analisa os conceitos, os princípios e as práticas organizacionais como uma forma de

compreender as competências gerenciais sob a óptica de cada organização. Afirma

que os processos e aprendizagens ocorrem segundo as rotinas, as atividades, a

cultura organizacional, cujo objetivo é desenvolver a eficiência através das

habilidades em relação a força de trabalho. A investigação teve caráter qualitativo

exploratório e resultou de uma comparação realizada entre seis empresas, nacionais

e internacionais, dividida em três etapas:

- Fase exploratória nas empresas nacionais.

- Fase exploratória nas empresas internacionais.

- Fase de aplicação das competências.

Na fase conclusiva foi possível perceber que as práticas de aprendizagens

realizadas na informalidade e soluções de problemas, em geral, são características.

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A maior construção refere-se ao ambiente interativo virtual aberto a novas

aprendizagens, visualizado como perspectiva dinâmica. Ela finaliza ao afirmar a

articulação entre conhecimentos, habilidades e atitudes para caracterizar a

construção da competência.

2.3.4.3 Estudo da Prática do Ensino a Distância no AVA

O produto final da pesquisa de Ferreira (2006) apresenta uma proposta de

aprendizagem da ética para a disciplina de Ética e Filosofia da Ciência através das

tecnologias da informação e comunicação em ambientes virtuais de aprendizagens.

O objetivo da pesquisa foi analisar a forma de conceber um programa de

aprendizagem em um ambiente virtual. Nesse aspecto, o autor conseguiu contribuir

com os professores e alunos ao disponibilizar o PA – Programa de Aprendizagem

para a formação ética com a utilização da tecnologia da informação e da

comunicação em ambiente virtual de aprendizagem.

2.3.4.4 Estudo do Ambiente Virtual

Para Ferreira (2006) a evolução somente é percebida através do surgimento

das novas tecnologias de comunicação e informação, do cenário econômico

produzido pelo processo de globalização e do surgimento da demanda crescente

cuja opção é educação e treinamento. O ambiente virtual foi o recurso inovador

utilizado na construção do conhecimento.

2.3.4.5 Estudo da Educação a Distância no AVA

Rezende (2007) se preocupou em explorar o tema seleção em formação para

o curso “Gestão de Ambientes Inclusivos”. Na pesquisa a autora trata da proposta

de educar a distância através da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID cujo

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projeto direcionava-se ao público do Estado de São Paulo em 2007 com a utilização

da tecnologia da informação e da comunicação.

A ênfase do projeto consiste no aparato tecnológico e no aspecto operacional.

A relação dialógica construída no ambiente de ensino e aprendizagem virtual entre o

aluno e o tutor-facilitador não é o objetivo principal. O autor enfatizou a necessidade

do gestor de ambientes virtuais, no tocante ao construtivismo, necessitar de total e

absoluto domínio da “máquina” e sua operacionalidade além da capacidade

pedagógica.

A metodologia desenvolvida era modular e permitiu a construção de uma

proposta educativa com duração de dezoito meses, divididos em oito módulos cujo

resultado apresentou quatrocentos e oitenta horas de aulas. Porém, antes de iniciar

o projeto foi necessário qualificar tutores-facilitadores com um curso de oitenta

horas, também modular, em ambiente virtual formador no ambiente TELEDUC.

Para o autor, o ambiente virtual construcionista de ensino e aprendizagem é o

mais adequado a formação de tutores-facilitdores, no estar-junto-virtual e na rede

reflexiva in-visivele. Não adianta o saber pedagógico no ambiente virtual sem o

domínio do conhecimento das técnicas de transmissão das informações virtuais que

representa o diferencial. O conhecimento sobre o gerenciamento do ambiente.

2.3.4.6 Estudo do AVA nas IES.

Para Machado et al (2005) as interações sociais resultam dos ambientes

virtuais de aprendizagem e discute as interações sociais no âmbito do Ambiente

Virtual de Aprendizagem – AVA, após uma análise quali-quantitativa realizada

através da experiência de um curso de extensão a distância oferecido por uma

Universidade portuguesa.

O objetivo do pesquisador foi comprovar a expressão interativa social à luz

das teorias de Berger e Luckmann (1996), além de Garrison et al (1999). Para tanto,

ele utilizou questionários propostos pelos referidos teóricos e ao final constatou a

evidente interação produzida pelas relações sociais dos ambientes virtuais.

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2.3.4.7 Estudo das Ferramentas Pedagógicas no AVA

Costa e Franco (2005) avaliaram as possibilidades pedagógicas nos

ambientes virtuais de aprendizagens e suas possibilidades construtivas, teoria

proposta por Jean Piaget. O objetivo da pesquisa foi identificar a forma mais

adequada para o uso das ferramentas pedagógicas. Para tanto, foram analisados

aspectos importantes como a clareza na definição epistemológica, estudantes foram

considerados protagonistas da internet, possibilidade de autonomia para estudantes,

a interatividade e aprendizagem colaborativa em ambientes virtuais.

A metodologia utilizada foi um espaço de comunicação multidirecional, entre

professor e alunos, que ocorreu no Fórum Aberto de Aula, construído nos encontros

ocasionalmente ocorridos no Bar da Universidade, nos debates em sala de aula, nos

encontros acadêmicos, no correio eletrônico entre professor e aluno com respostas

direcionadas aos componentes dos grupos, em geral, armazenados no endereço

eletrônico do professor.

Para os autores, o compartilhamento simétrico das informações, traduz um

avanço na responsabilidade do grupo, promove o surgimento de novas estratégias e

constitui verdadeiros grupos de aprendizagem. O uso de chats, portfólios virtuais,

são espaços construtivos da internet do qual o estudante é protagonista e pode

realizar ou incluir sugestões acerca dos trabalhos ou produções dos seus pares.

Tais reflexões são fundamentadas na concepção do construtivismo e inseridas no

ambiente virtual de aprendizagem em experiências pedagógicas, conforme conclui

os autores. O gerenciamento dos múltiplos serviços interativos dos ambientes

virtuais são visões ou versões de um mesmo espaço ou mundo de determinada

realidade.

2.3.4.8 Estudo do AVA em IES

Em um estudo realizado no Centro Universitário de Franca/SP, Carvalho

Neto (2009) pesquisou a opinião dos discentes em relação aos ambientes virtuais de

aprendizagem como apoio ao ensino superior presencial. A pesquisa apresentou

resultados em uma Instituição de Ensino Superior (IES).

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O pesquisador faz um relato da implantação do sistema, descreve os

problemas e desafios encontrados em decorrência da sua utilização. Expõe os

resultados da pesquisa realizada com alunos da IES, identificou as suas principais

atitudes em torno do sistema implantado. Utilizou O método descritivo quantitativo

com análise estatística dos resultados que sugerem um alto nível de utilização, de

satisfação e uma opinião, geral favorável, em relação à importância, a utilidade e a

facilidade de utilização do sistema.

2.3.4.9 Estudo das Ouvidorias Virtuais em IES

Violino et al (2009) pesquisaram „Ouvidorias‟ virtuais em Instituições de

Ensino Superior - IES. O objetivo foi apresentar uma metodologia para a construção

dos modelos de „ouvidorias‟ virtuais que agregassem mecanismos de

processamento e análises dos dados provenientes destes canais, apoiados por um

ambiente de data warehousing (estocagem de dados) que possibilitasse o

armazenamento e o gerenciamento dos dados históricos, geradores de informação

que contribuíssem para a melhoria da atuação das organizações junto ao seu

público.

O trabalho representa parte da pesquisa sobre as „ouvidorias‟ virtuais nas

Instituições de Ensino Superior - IES, termo que compreende algumas das formas

pelas quais as IES interagem virtualmente com seu público diversificado. Os

resultados obtidos na fase inicial sinalizaram algumas dificuldades na concepção do

sentido de uma „ouvidoria‟ virtual, no seu papel e na sua relevância nas IES.

Na segunda fase foi proposto um canal de comunicação através do

experimento realizado constituído de uma „ouvidoria‟ virtual, formada por um sistema

on line (em linha), uma base operacional para o armazenamento dos dados e uma

base analítica que constitui o ambiente de data warehousing. A terceira etapa será

a „ouvidoria‟ virtual permanente para o X Salão de Iniciação Científica da Pontifícia

Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, por ocasião da implantação

do site oficial do Evento.

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61

2.3.4.10 Estudo do Ambiente Virtual I

Em um trabalho publicado por Dalforo et al (2007), a pesquisa apresenta

contextos inerentes ao ambiente virtual - AV, com a utilização de recursos que

servem de apoio o processo de gestão do professor em suas disciplinas. Trata das

informações que podem constar na estrutura dos ambientes virtuais para auxiliar o

processo de gestão das Instituições de Ensino Superior.

A pesquisa realizada foi descritiva e demonstrou o software desenvolvido

utilizado uma IES. Foi adotado o método quantitativo para a obtenção das

informações sobre o uso e análise dos ambientes virtuais, mais especificamente o

Sistema de Gestão Educacional – UNIMESTRE, é um software (programa)

desenvolvido para atender as Instituições de Ensino, que possibilita integrar e

quantificar informativos indispensáveis, é de fácil navegabilidade e todas as

ferramentas são direcionadas aos educadores.

Como resultado foi observado uma dependência ou forte ligação com a teoria

adotada entre os ambientes e os recursos didáticos, visto que, foram obtidas

confirmações sobre alguns aspectos que podem auxiliar o docente na gestão das

disciplinas nas IES, para melhorar a qualidade das informações e o fluxo de

trabalho.

2.3.4.11 Estudo da Tecnologia da Informação no Ambiente Virtual

Albertin (1997) em sua tese para o Doutorado na Universidade de São Paulo

– USP apresenta um novo modelo integrado de comércio eletrônico, com foco nas

tendências utilizadas através do processo tecnológico informativo, o relacionamento

e as características do cenário empresarial atual direcionado ao setor bancário.

Para o autor, o futuro é a Tecnologia de Informação – TI e o setor bancário

continua sendo considerado um dos grandes investidores nesse aspecto. Portanto,

nesse artigo o objetivo foi apresentar uma proposta específica de Modelo Integrado

de Comércio Eletrônico – MICE para garantir vários aspectos gerenciais e

estratégicos da sua utilização do comércio eletrônico pelo setor, elucidar benefícios

e contribuições para o sucesso das instituições bancárias. Dentre os benefícios

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estão a sustentabilidade e o meio ambiente em decorrência da economia de papel,

tinta e demais recursos igualmente importantes inerentes aos ambientes virtuais.

2.3.4.12 Estudo do Ambiente Virtual II

Carvalho e Abbad (2006) pesquisaram o uso da internet em treinamento a

distância para avaliar os modelos de predição de três variáveis critério: Escores de

Aprendiz@gem, Impacto de Treinamento no Trabalho medido em Profundidade e

Amplitude. O ambiente virtual é utilizado para o treinamento. Tudo é virtual.

As variáveis antecedentes foram a Reação, as características dos Clientes e

o Suporte à Transferência. Para tanto foram utilizados pelos pesquisadores

questionários digitalizados, hospedados em páginas na internet. O propósito era

investigar os resultados dos cursos realizados a distância, através da internet, os

níveis de satisfação dos alunos, a aprendizagem e o impacto na sua vida

profissional. Também buscava identificar as variáveis que justificassem o conteúdo

aprendido.

Foram utilizados dois programas denominados Modelo de Avaliação

Integrado e Somativo - MAIS com cinco componentes e Modelo Integrado de

Avaliação do Impacto do Treinamento no Trabalho (Model Integrated of Evaluation of

the Impact in the Training in the Work) - IMPACT com sete componentes. Foram

avaliados o desempenho, a autoconfiança e a abertura as mudanças nos processos

de trabalho. A reação, a aprendizagem e o novo conhecimento adquirido, retido e

transmitido posteriormente, percebido pela mudança comportamental do

participante. A pesquisa apresentou limitação no tocante as falhas na programação

dos instrumentos utilizados através da internet, no sentido de hospedar páginas e

arquivos com dados eletrônicos, além de queda constante na conexão da rede de

computadores.

Como resultado, foi observado que a pesquisa ainda não atende as

necessidades educacionais corporativas e não consolida nem otimiza o saber

originado pelo processo de aprendizagem a distância. Os conceitos formulados

pelos pesquisadores acerca da competência gerencial necessária ao ambiente

virtual, abordados nesse estudo, evidenciam a valiosa contribuição no sentido de

auxiliar a compreensão do tema e a sua importância no cenário organizacional da

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atualidade e o papel do indivíduo nesse contexto. A pesquisa é relevante pelo seu

caráter inovador no ambiente organizacional em qualquer âmbito nacional ou

internacional.

2.4 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS EM AMBIENTES VIRTUAIS

Todos os estudos encontrados e relacionados nessa pesquisa apresentam,

de alguma forma, uma ligação com o tema, no tocante as competências gerenciais,

aos ambientes virtuais e ambientes virtuais de aprendizagem, além da exposição da

metodologia e os resultados obtidos pelos autores.

Quinn et al (2004), propuseram quatro modelos gerenciais e destacaram entre

eles uma inter-relação e entrelaçamento. Eles são formados por quatro subdomínios

de uma construção significativa considerada a eficácia organizacional. Forma um

vasto quadro de valores competitivos:

• Modelo das relações humanas: foca a participação, a abertura, e o

compromisso moral do gestor.

• Modelo dos sistemas abertos: enfatiza a inovação, a adaptação, o

crescimento e aquisição dos recursos no âmbito organizacional.

• Modelo de metas racionais: foca a transparência dos objetivos, a

direção, a produtividade e a realização na organização.

• Modelo dos processos internos: enfatiza a formalidade, a

documentação, o gerenciamento das informações, a estabilidade e o

controle no ambiente organizacional.

É importante especificar os valores e critérios de eficácia utilizados pelo autor

e colaboradores, no sentido de apresentar que o foco consiste na eficácia do líder,

ele não faz parte da organização ou unidade de trabalho e as funções podem ser

desempenhadas por um gerente no papel do líder gerencial, conforme apresenta o

quadro 11.

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Para Quinn et al. (2003), a eficácia organizacional somente é alcançada

através da prática e implantação dos modelos de gestão que, apesar de serem

perspectivas com características distintas, todos mantêm uma inter-relação. As

metas racionais; as relações humanas; os processos internos e os sistemas abertos

são ineficazes isoladamente. Tais modelos não são capazes de alcançar os critérios

de eficácia organizacional. Portanto devem ser associados no ambiente

organizacional em um construto maior.

O líder gerencial, no desenvolvimento da sua função, deve utilizar as

competências e adotar comportamentos condizentes com os modelos gerenciais, no

desempenho dos papéis adequados que podem ser antagônicos, similares ou

conflitantes.

Os comportamentos associados às vinte quatro competências gerenciais

propostas pelos autores, necessitam ser aprendidos, apreendidos, mantidos ou

educados em relação ao nível hierárquico em que os gerentes se posicionam. Os

quatro modelos gerenciais que originaram oito papéis de liderança gerencial,

determinante para a formação das vinte quatro competências propostas por Quinn et

al (2003) no exercício da função gerencial estão representados no quadro 11

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Quadro 11: Síntese dos Modelos, papéis e competências gerenciais Fonte: Quinn et al (2003)

Competência não significa perfeição. Contudo, perpassa a imagem de

essencialidade na construção profissional de qualquer indivíduo que desenvolva

habilidades, apresente atitudes e ações coerentes com a função desempenhada, e

saiba transmitir os conhecimentos adquiridos para formar novos talentos. O

resultado será traduzido em produtividade, reconhecimento e respeito

organizacional, segundo as reflexões de Quinn et al (2003).

A competência gerencial é indispensável para o sucesso da empresa, da sua

realidade no mercado e os gestores necessitam permanecer alinhados aos objetivos

organizacionais no tocante aos papéis, aos cargos e as funções desempenhadas no

ambiente organizacional real ou virtual.

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O ambiente virtual, que para Levy (2009) envolve o indivíduo gerente, o

usuário, a organização, as tecnologias da informação, da comunicação e conexão

em rede, é um complexo de potencialidades semelhante as reflexões de Quinn et al

(2003) quando se refere ao gestor no ambiente de trabalho e os papéis por ele

desempenhados. Afirma o autor ser o gestor dotado de potencialidades ainda

desconhecidas e somente no ambiente de trabalho podem ser desenvolvidas

mediante as situações ou cenários.

O AV ainda em fase de exploração e desenvolvimento, pode obter

determinados significados em decorrência da necessidade momentânea dos seus

usuários. Essa procura constante pela informação e adequação do possível

resultado pode ser designada do processo de atualização. Para tanto, o ambiente

virtual é o espaço ideal. Por essa razão as competências e os papéis de liderança

gerencial, dos seus gestores, necessitam ser identificados quanto a importância e ao

domínio, em relação ao conjunto das competências gerenciais propostos por Quinn

et al (2003), adaptados ao ambiente virtual com base nas reflexões de Levy (1996).

Nos ambientes virtuais tudo se movimenta simultaneamente pela sua

composição, também, formada por objetos que só existem nesse ambiente com o

uso de uma máquina e um programa específico, além de uma rede de comunicação.

Os objetos virtuais são construídos no computador com o uso de linguagens de

programação, usadas para definir, ou codificar as suas características,

operacionalidades e funcionalidades. Trata-se de um conjunto de objetos virtuais,

organizados para um determinado fim, que forma um sistema. Na concepção de

Levy (2009) O sistema constitui um ambiente.

A análise de sistemas é a área que trabalha com os processos racionalizados,

desenvolve os procedimentos técnicos dos sistemas no computador. Para uma

empresa informatizar uma atividade de forma racionalizada é necessário realizar a

modelagem dessa atividade. Uma atividade, ou tarefa, somente é modelada através

de um mecanismo de abstração da sua existência real, no mundo, e posteriormente

transportada para o computador. Segundo as considerações de Levy (2009).

Os ambientes virtuais exigem dos gestores competência técnica

indispensável ao seu gerenciamento em termos de conhecimento, habilidades e

atitudes, condição que lhes caracterizam as competências gerenciais e os papéis de

liderança desempenhados na empresa e no ambiente virtual, na concepção de

Quinn et al (2003) e na visão de Levy (2009). As especificidades dessas

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competências são categorizadas no quadro 11, conforme o procedimento

operacional padronizado pela empresa que evidencia as competências associadas a

ação.

GESTORES DO AMBIENTE VIRTUAL

(ATIVIDADES – FUNÇÃO – ATUAÇÃO NO AMBIENTE)

Quadro 12 – Síntese do Mapa das Competências dos Gestores do AV. Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2010).

É importante a percepção de Levy (1996) e Quinn et al (2003) para a as

competências gerenciais direcionadas aos ambientes virtuais no sentido de que

seus gestores podem desempenhar inúmeros papéis gerenciais na realização de

uma mesma atividades e com as equipes de trabalho. Planejar, facilitar, conduzir

tarefas e equipes é inerente a rotina de gestão nas empresas e nos ambientes

virtuais.

Tais ambientes contem objetos estruturantes (base interna) e “objetos”

representativos (entidades externas adjacentes ao sistema, por exemplo: tutores,

alunos, designers, dentre outros. Esses objetos realizam a mediação entre pessoas

e o ambiente no momento da conexão com o sistema. Sem as pessoas e as suas

competências, habilidades e atitudes no gerenciamento das operações não haveria

uma relação de “vida” entre o mundo real e o imaginário virtual. O ambiente virtual é

mudança para um novo território rico em possibilidades, é abstração educativa.

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3 METODOLOGIA

O capítulo referente ao conjunto de procedimentos metodológicos que

orientaram esta pesquisa sobre as competências gerenciais em ambientes virtuais,

está dividido sequencialmente da seguinte forma: tipo de pesquisa, universo da

pesquisa, plano de coleta de dados, instrumento, variáveis analíticas, tratamento dos

dados.

Nessa pesquisa, foi utilizada o suporte orientativo em relação aos critérios

metodológicos das produções de Popper (2001), Gil (2003), Lima (2004), Quinn et al

(2003) e Levy (1996), que serviram como base para direcionar a composição da

metodologia das competências gerenciais necessárias na empresa e nos ambientes

virtuais das organizações. Para tanto, o estudo fundamentou-se na visão integrada

dos conceitos, do método, dos softwares utilizados e das competências gerenciais e

técnicas de gestão dos ambientes virtuais.

O estudo aborda um tema de caráter investigatório formal, de natureza

sistematizada, obtida em decorrência de um planejamento prévio, reflexivo, analítico

e por se tratar de uma atividade de pesquisa classificada como um estudo de caso,

segundo o modelo proposto por Lima (2004).

3.1 TIPO DE PESQUISA

Em relação aos objetivos, a pesquisa, foi caracterizada como exploratória

descritiva por haver propiciado familiaridade com o problema e aperfeiçoamento das

idéias, segundo as considerações de Gil (2003). A pesquisa se caracteriza, quanto

ao seu foco, sentido, critério mensurativo e relevância, como estudo de caso.

Na pesquisa exploratória, a prioridade é possibilitar a compreensão do

fenômeno investigado e direcionar o investigador ao problema segundo a percepção

de Gil (2003).

Na fase inicial foi realizado um levantamento bibliográfico, indispensável, para

ampliar o conhecimento do pesquisador e propiciar subsídios teóricos à

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69

problematização do estudo. Tal procedimento foi realizado com base nas

orientações de Popper (2001) e Vergara (2006).

Na condição de pesquisa descritiva ela menciona as características do grupo

estudado com base nas considerações de Gil (2003) e propõe um conjunto de

competências gerencias, além de analisar a sua aplicabilidade nas equipes dos

ambientes virtuais.

O estudo de caso é um tipo de pesquisa que apresenta um cunho descritivo.

Não há intervenção do pesquisador sobre a situação analisada. Todavia, apresenta-

se em sua forma original. Para tanto, pode valer-se de diversos instrumentos ou

estratégias. É o que considera Dencker (1998) e complementa ao afirmar que não

há obrigatoriedade meramente descritiva para o estudo de caso.

Orienta o autor que é possível apresentar um alcance analítico mais rico,

questionar a situação, confrontá-la com outras já conhecidas ou com algumas

teorias existentes. É possível, também, formular novas teorias e questionamentos

para posterior investigação. As características ou princípios relacionados ao estudo

de caso se superpõem às particularidades gerais da pesquisa qualitativa.

A pesquisa foi um estudo de caso, no tocante as competências gerenciais dos

gestores do Núcleo de Educação a Distância – NEAD, e Tecnologia da Informação –

TI, departamentos responsáveis pelas atividades realizadas em ambientes virtuais.

Em relação a abordagem, a natureza da pesquisa priorizou os modelos

gerenciais e papéis propostos por Quinn (2003), assim como os comportamentos, as

habilidades e as atitudes dos gestores dos ambientes virtuais através do método

quantitativo que investiga os fenômenos físicos e culturais de uma determinada

população na visão de Lima (2004). O autor, também, considera importante o perfil

sócio-demográfico do grupo pesquisado.

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70

3.2 UNIVERSO DA PESQUISA

O estudo foi desenvolvido em uma Instituição de Ensino Superior - IES, nos

departamentos de Tecnologia da Informação – TI (responsável pelo ambiente virtual

da Instituição) e Núcleo de Ensino a Distância – NEAD.

O Departamento de TI apresentou, no período da pesquisa, um equipe

composta por sessenta e sete funcionários distribuídos com funções de:

Síntese dos Cargos/Funções do TI

Quantitativo Denominação dos cargos

07 Gestores

02 Analista de redes

01 Analista de sistemas

01 Analista de redes e internet

01 Analista de controle interno

01 Analista de testes

01 Analista de requisitos

02 Analista de rede pleno

01 Analista de rede Junior

01 Analista de redes e programas

01 Security officer

14 Desenvolvimento Interno

01 Infraestrutura

04 Service desk

09 Web design

01 Supervisor de service desk

04 Técnico em redes

01 Técnico em eletrônica

01 Projetista

01 Desenvolvedor

02 Arquiteto

02 Desenvolvedor do Sistema financeiro

01 Técnico de redes

01 Técnico em informática I

01 Técnico em informática II

01 Técnico em eletrônica

01 Cabista

01 Técnico em informática

01 Manutenção em informática

01 Instalador de linhas telefônicas

Quadro 13 – Síntese das Cargos/Funções do TI Fonte: Elaborado pela Pesquisadora (2010).

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71

Do total de funcionários desse departamento, somente trinta e seis

responderam a pesquisa. O Departamento de Tecnologia da Informação, foi

implantado em 1998, atualmente é responsável pelo desenvolvimento do ambiente

virtual da Instituição de Ensino Superior, condições de acesso, operação e

disponibilidade aos usuários, além do gerenciamento de todas as atividades do

sistema.

O Núcleo de Ensino a Distância, foi implantado em 2004, durante o período

da pesquisa na sua composição apresentava vinte e cinco funcionários, distribuídos

da seguinte forma:

Síntese dos Cargos/Funções do NEAD

Quantitativo Denominação dos cargos

01 Coordenador Geral

01 Coordenador Adjunto

01 Coordenador Pedagógico

01 Coordenador Didático

01 Analista de Sistemas

02 Produtor de Material Didático

08 Tutores

06 Assistentes

04 Estagiários

Quadro 14 – Síntese dos Cargos/Funções do NEAD Fonte: Elaborado pela Pesquisadora (2010).

O NEAD coordena todas as ações tutoriais do ensino a distância,

disponibilizado aos alunos, cujas as ferramentas de acesso para o ambiente virtual

são desenvolvidas e coordenadas pelo TI. Participaram da pesquisa vinte e um

respondentes desse núcleo de ensino a distância. Ao todo, cinquenta e sete

respondentes participaram dessa pesquisa.

A opção pelo grupo de profissionais desses departamentos justificou-se em

razão da função de gerenciamento e operacionalidade com as atividades virtuais. A

preferência pelos tutores e demais funcionários da equipe decorreu do local de

atividade comum ao grupo e a possibilidade de observação e identificação das

competências gerenciais, necessárias aos gestores desses ambientes.

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3.3 PLANO DE COLETA DE DADOS

A pesquisa foi desenvolvida em quatro etapas. Após consulta realizada na

literatura e a revisão de alguns trabalhos anteriormente desenvolvidos sobre o tema

do estudo. A primeira etapa caracteriza o contato inicial da pesquisadora com a

coordenação do NEAD e TI, para a exposição das finalidades do trabalho e

solicitação da permissão através de ofício para a sua realização.

A segunda foi o contato com a equipe do Núcleo de Ensino a Distância -

NEAD e Tecnologia da Informação - TI, para de forma grupal e individual, realizar a

socialização dos objetivos da pesquisa e informar sobre os instrumentos da coleta

de dados a serem aplicados.

A terceira foi a aplicação dos questionários com os gestores; tutores, e

demais funcionários do NEAD e do TI. Nessa etapa o critério utilizado foi

quantitativo-descritivo, cuja ênfase consistiu em questionar as competências dos

gestores na empresa e nos ambientes virtuais.

A quarta foi a análise e tratamento dos dados coletados. O conteúdo do

questionário foi desenvolvido com base na fundamentação teórica, nas

considerações dos autores destacados para o trabalho com as categorias deste

estudo, seguido da análise documental dos editais e documentos interno do NEAD e

do TI da IES, para confrontar os dados coletados. Foi analisado o ambiente da

empresa e o ambiente virtual seguido da aplicação dos questionários, interpretação

dos resultados e atribuição de um sentido a partir da opinião formulada, segundo as

orientações de Popper (2001) e Dencker (1998), no tocante ao estudo de caso.

O questionário aplicado obedeceu a técnica investigatória com questões

fechadas e abertas. Na sua composição há uma seqüência ordenada de perguntas

que devem ser respondidas, por escrito, sem a presença do pesquisador ou

participante respondente, conforme os critérios estabelecidos por Dencker (1998).

Aplicação dos questionários objetivou identificar as características sócio-

demográficas das equipes dos departamentos, as competências necessárias ao

exercício profissional no tocante ao conhecimento, as atitudes e habilidades

essenciais dos gestores, identificar dos modelos das competências gerenciais

inerentes aos gestores na empresa e nos ambientes virtuais da IES, verificar a

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percepção da equipe em relação as competências indispensáveis aos gestores dos

ambientes virtuais, identificar os desafios e consolidar resultados.

A pesquisa garantia a não divulgação das respostas e o respondente foi

previamente informado do sigilo e postura ética do pesquisador em guardar os

detalhes das informações. O questionário não continha o campo de identificação do

participante e foi estabelecido um prazo para o seu recolhimento no momento da

sua entrega. Todos os questionários foram inseridos em envelopes com lacre e

adesivos para garantir o sigilo após o seu preenchimento.

Ao término do prazo estabelecido, os questionários foram recolhidos nos

meses de Junho e Julho/09 e posterior análise. Houve prorrogação na data da

entrega no NEAD, pela alegação de impossibilidade do cumprimento do prazo de

entrega, pelos respondentes, em razão dos compromissos de trabalho na Instituição.

Os respondentes entregaram ao final da segunda data.

Análise do ambiente virtual, do processo tecnológico que envolve a gestão

organizacional, do material coletado e a formulação das conclusões e possíveis

sugestões ou observações construtivas, constituíram as etapas finas dessa fase.

3..4 INSTRUMENTO

Para a realização da coleta de dados foi elaborado um questionário com

análise quantitativa e qualitativa, desenvolvido com base nos modelos gerenciais

propostos por Quinn et al (2003) elaborado com dezoito questões, divididas em

quatro módulos. Dos quatro módulos apresentados, dois aderiam ao conceito de

competência gerências na visão de Quinn et al (2003).

O primeiro módulo tratava das características sócio-demográficas do

respondente, tais como sexo, escolaridade, estado civil, área de atuação, tempo de

trabalho, função, atividade em ambiente virtual, com questões de múltipla escolha.

O segundo módulo, constituído de duas questões, descrevia vinte quatro

competências dos gestores da empresa para a qual trabalhavam, solicitava ao

respondente que pontuasse, de um a cinco em relação ao nível de importância e

domínio, vinte quatro competências dos gestores na empresa e no ambiente virtual.

O respondente não visualizava o conjunto de papéis de liderança gerencial que

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correspondia as competências, para que fossem identificados através das

competências.

O terceiro módulo foi inserido no contexto, com perguntas abertas e fechadas

para avaliar o envolvimento do funcionário com a empresa.

O quarto módulo foi o utilizado para deixar o respondente se posicionar,

segundo a sua percepção, em relação a empresa, as competências necessárias aos

gestores ambientes virtuais e contribuir com possíveis sugestões ou críticas.

O questionário foi desenvolvido pela pesquisadora, após a leitura dos autores

mencionados anteriormente, cujas observações alertam para a possibilidade de

aplicação do questionário, com questões fechadas ou abertas, anteriormente

utilizado por outro pesquisador ou elaborado pelo autor da pesquisa. Conforme as

orientações contidas na obra de Gil (2003).

Na fase inicial da pesquisa houve uma troca de informações e para

identificação da equipe e do ambiente, além da possibilidade de uma relação de

adequação e eficiência que resultou em uma situação de sucesso em decorrência

da existência do sentimento de confiança, na pesquisadora, por parte do

respondente. Tais afirmações estão contidas na produção de Dencker (1998) e

foram seguidas pela pesquisadora.

A pesquisa realizada identificou os papéis gerenciais desempenhados pelos

gestores do TI e NEAD da Instituição de Ensino Superior, na concepção dos

gestores e na avaliação das equipes subordinadas, em termos de importância e

domínio e buscou identificar na percepção das equipes o papel de liderança

gerencial adequado a empresa e ao ambiente virtual através do competências

desempenhadas, pelos gestores.

3.5 VARIÁVEIS

Por se tratar de fatores ou circunstâncias, que de forma direta ou não,

exercem influência sobre um determinado fato ou fenômeno investigado, as

variáveis, na visão de Andrade (1998) podem caracterizar aspectos e valores

diferenciados conforme cada pesquisa. Na suas considerações, a autora afirma que

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as variáveis podem ser dependentes ou independentes conforme as pretensões

investigatórias da pesquisa.

As variáveis estudadas foram os oito papéis de liderança gerenciais propostos

por Quinn (2003), no tocante aos conhecimentos adquiridos para o exercício do

cargo ou função desempenhada, as habilidades desenvolvidas na função de

gerenciamento e as atitudes que representam a ação no ambiente organizacional.

O conhecimento para Fleury (2000) é assimilado sob a óptica um conjunto de

informações associadas as experiências, as questões intuitivas e aos valores. No

âmbito organizacional, o conhecimento é constituído de interações comerciais

através do processo de aprendizagem segundo as reflexões de Brito (2005). A

autora reflete sobre as atitudes e destaca a relação entre a vontade de fazer e a

iniciativa de executar. As habilidades e o conhecimento não estão dissociados da

atitude de cada profissional.

A forma de realização de uma, ou mais tarefas, está relacionada as

habilidades de cada profissional através da capacidade cognitiva, é o que considera

Resende (2000). O estudo foi desenvolvido conforme o quadro 14 com a síntese das

suas etapas no quadro 15.

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Objetivos Variáveis Questões Instrumentos utilizados

Caracterizar o perfil sócio-demográfico

Perfil sócio-demográfico I. PERFIL DO ENTREVISTADO Sexo, estado civil, escolaridade,

Idade, profissão, área de atuação, tempo de trabalho, cargo ou função e

etc.

Questionário Questões fechadas

Identificar os papéis

gerenciais, através das

competências gerenciais

desempenhadas na empresa e no ambiente

virtual

Mentor Inovador Facilitador Negociador Monitor Produtor Coordenador Diretor

II. e III COMPETÊNCIAS GERENCIAIS 24 competências propostas por Quinn et al (2003) originadas pelos papéis gerenciais, conforme o questionário

aplicado.

Questionário Questões fechadas

-Identificar a participação das

equipes nas decisões

gerenciais.

-Identificação das dificuldades encontradas na

rotina operacional do

ambiente virtual.

Existência e freqüência de um modelo participativo no processo decisório gerencial. Dificuldades nas operações de trabalho com o ambiente virtual.

IV. INTERAÇÃO GESTOR/EMPRESA Questões fechadas sobre o convite e

freqüência na participação das decisões gerenciais.

Questão aberta sobre as dificuldades encontradas na rotina operacional da

empresa para o exercício das atividades no ambiente virtual.

Questionário

-Investigar a

facilidade do ao ensino virtual

disponibilizado pela IES.

-Identificar se o AV da IES está compatível com

o Ensino a Distância.

-Investigar as competências consideradas importantes

para os gestores dos

ambientes virtuais.

Possibilitar

espaço para sugestões

Mensurar a facilidade no acesso do ensino virtual, da IES, na percepção das equipes. Identificar se o ambiente virtual de aprendizagem está adequado à sua proposta teórica. Identificar as competências gerenciais consideradas importantes pelas equipes Conceder o espaço para sugestões e contribuições das equipes.

V. VISÃO E SUGESTÕES

Questão fechada sobre a opinião do acesso ao ensino virtual.

Questões abertas para a operacionalidade do ambiente virtual

condizente com a sua proposta teórica, para as competências consideradas

importantes aos gestores dos ambientes virtuais, solicitação de

sugestões ou considerações importantes por parte das equipes, com

base nas reflexões de QUINN et al (2003) e Levy (1996).

As perguntas abertas proporcionam ao respondente desenvolver-se com liberdade. Viabilizam ao alcance de materiais qualitativos.

Quadro 15 – Síntese das etapas deste estudo. Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2010).

Para cada pesquisa procede a uma indicação das variáveis relevantes

conforme o estudo das competências gerenciais. Há especificidades no tocante ao

sexo, idade, estado civil, profissão, nível de escolaridade, tempo de atuação

profissional, dentre outras ainda não identificadas, que podem ser relevantes para o

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desenvolvimento do estudo e para a compreensão das competências gerencias,

com base no modelo adotado por Quinn et al (2003).

Competência é um conceito polissêmico e não pode ser considerado

exclusivamente a uma questão semântica. Deve ser uma comprovação prática da

multiplicidade interpretativa do gênero lingüístico. O profissional, na rotina

organizacional, deve apresentar a sua capacidade de ir além da expectativa da

organização que é o seu conhecimento, as suas atitudes e as suas habilidades.

3.6 TRATAMENTO DOS DADOS

Após a etapa de aplicação dos questionários, foi realizada uma análise para

eliminação dos questionários que apresentassem inadequações à pesquisa, por

questões de omissões, rasuras ou preenchimento inadequado, dentre outros

aspectos não mencionados, porém, comprometedores do resultado final.

Noventa e dois questionários foram distribuídos entre os dois departamentos,

desse total, dezesseis foram retirados por ausência de resposta em todas as

questões, nove estavam com rasuras e erros de preenchimento, seis os

respondentes não trabalhavam em ambientes virtuais e quatro não eram

funcionários efetivos da IES. Foram retirados trinta e cinco questionários do universo

resgatado nos dois ambientes pesquisados Os dados encontrados nos cinqüenta e

sete questionários respondidos foram inseridos no programa Statistical Package for

the Social Sciences – SPSS utilizado para e elaboração das tabelas e

posteriormente adaptado ao Word nas versões 2003 e 2007.

A análise dos dados possibilitou a produção das respostas ao problema

investigado conforme as orientações abordadas por Gil (2003). O conteúdo foi

observado através do método exploratório de cunho descritivo, usado para apreciar

a participação dos elementos nas unidades de análise, nas classificações por

categorias, conforme as observações de Acevedo e Nohara (2007). Os dados foram

inseridos no programa – SPSS posterior análise das médias encontradas.

As informações obtidas através do estudo, foram organizadas

sequencialmente, conforme o modelo usado para o questionário e todos os dados

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foram inseridos, após análise, para auxiliar nas considerações, possíveis sugestões

ou críticas pertinentes, sob a luz da metodologia científica quantitativa.

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4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Os aspectos, apresentados, resultaram da pesquisa aplicada nos ambientes

de Tecnologia da Informação e Núcleo de Ensino a Distância da Instituição de

Ensino Superior - IES. O questionário foi dividido em quatro módulos para gestores

e funcionários, distribuídos nos dois Departamentos.

Tabela 1 – Características sócio-demográfica e econômica

Perfil dos respondentes TI NEAD

Sexo Nº de Respondentes

% Nº de Respondentes

%

Masculino 33 91,7 5 23,8

Feminino 3 8,3 16 76,2

Idade 36 % 21 %

Até 25 anos 13 36,1 4 19,0

De 26 a 35 anos 18 50,0 12 57,1

De 36 a 45 anos 4 11,1 1 4,8

De 46 a 55 anos 0 0,0 3 14,3

De 56 anos acima 0 0,0 1 4,8

Não informou 1 2,8 0 0,0

Estado Civil 36 % 21 %

Solteiro 21 58,3 5 23,8

Casado 8 22,2 11 52,4

Desquitado/Divorciado/Separado 1 2,8 3 14,3

União estável 5 13,9 2 9,5

Não informou 1 2,8 0 0,0

Escolaridade 36 % 21 %

Ensino médio 7 19,4 1 4,8

Ensino superior 14 38,9 2 9,5

Especialização 7 19,4 10 47,6

Mestrado 1 2,8 3 14,3

Universitário 7 19,4 5 23,8

Tempo de atuação no cargo ou função

36 % 21 %

Menos de 1 ano 7 19,4 5 23,8

De 1 a 5 anos 24 66,7 9 42,9

De 6 a 10 anos 2 5,6 3 14,3

De 11 a 15 anos 2 5,6 1 4,8

Mais de 20 anos 0 0,0 3 14,3

Não informou 1 2,8

Tempo de trabalho na empresa 36 % 21 %

Menos de 1 ano 9 25,0 3 14,3

De 1 a 5 anos 20 55,6 11 52,4

De 6 a 10 anos 4 11,1 6 28,6

De 11 a 15 anos 1 2,8 1 4,8

De 16 a 20 anos 1 2,8 0 0,0 Mais de 20 anos

1 2,8 0 0,0

Tempo de trabalho em ambiente virtual

36 % 21 %

Menos de 1 ano 4 11,1 4 19,0

De 1 a 5 anos 17 47,2 12 57,1

De 6 a 10 anos 4 11,1 3 14,3

De 11 a 15 anos 2 5,6 2 9,5

De 16 a 20 anos 1 2,8 0 0,0

Não informou 8 22,2 0 0,0

Não trabalha no ambiente virtual 0 0,0 2 9,5

TOTAL 36 100 21 100,0

Fonte: Pesquisa de campo – Junho e Julho/2010.

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De acordo com a tabela 1 é possível constatar que no ambiente TI existe uma

predominância do sexo masculino que totaliza 91,7% dos respondentes. No

ambiente NEAD, verifica-se o contrário. Há, uma predominância do sexo feminino,

cuja representatividade totaliza 76,2% dos respondentes.

Com relação a faixa etária dos respondentes, observa-se que a maior

concentração fica entre 26 e 35 anos em ambos, sendo 50% no departamento TI e

57,1% no NEAD. Ao serem comparados os dados do estado civil com a idade, nota-

se que no TI, por ter um percentual mais jovem, ou seja, 37,1% na faixa etária de até

25 anos, há uma predominância de solteiros, cujo percentual representa 58,3% dos

respondentes. No NEAD acontece o inverso, 52,4% dos respondentes representa o

total dos casados.

Quanto ao nível de escolaridade dos respondentes, revela uma

predominância de Especialistas no ambiente NEAD cuja representatividade é de

47,6%, indica que há preocupação do profissional em atualizar o conhecimento e

melhorar o desempenho. No ambiente TI o percentual de Especialistas é menor,

19,4%, em relação a 38,9%, dos profissionais respondentes apresenta o nível

superior completo.

No que se refere ao tempo de atuação no cargo ou função observa-se a

predominância no período de 1 a 5 anos, sendo no ambiente TI de 66,6% e no

ambiente NEAD de 42,9%.

Em relação ao tempo de trabalho na empresa, o resultado revela que mais da

metade dos respondentes estão na empresa entre 1 e 5 anos, sendo, 55,6% no

departamento TI e 52,4% no departamento NEAD.

No tocante ao tempo de trabalho em ambiente virtual, mais da metade 57,1%

no departamento NEAD e no departamento TI 47,2% estão de 1 a 5 anos no

ambiente virtual, mostra um bom período de atuação nessa área.

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Tabela 2 - Cargo ou função dos respondentes – TI

Cargo ou função dos respondentes Nº de Respondentes %

Operador service desk 4 11,1 Analista de redes 3 8,3 Analista de sistemas 3 8,3 Analista de sistemas pleno 3 8,3 Programador pleno 3 8,3 Analista de sistemas júnior 2 5,6 Técnico de informática 2 5,6 Análise de requisitos 1 2,8 Analista de controles internos de TI 1 2,8 Analista de sistemas senior 1 2,8 Analista de testes e qualidade 1 2,8 Arquiteto de sistemas 1 2,8 Coordenador de desenvolvimento 1 2,8 Coordenador de informática 1 2,8 Coordenador de service desk 1 2,8 Designer de sistemas 1 2,8 Gerente de redes 1 2,8 Programador senior 1 2,8 Security officer 1 2,8 Supervisão de service desk 1 2,8 Técnico.em informática I 1 2,8 Técnico de redes 1 2,8 Não informou 1 2,8

Total geral 36 100,0 Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Julho/2010.

Tabela 3 - Cargo ou função dos respondentes – NEAD

Cargo ou função dos respondentes Nº de Respondentes %

Monitores 4 19,0 Assistentes 3 14,3 Tutores 10 47,6 Gestores 4 19,0

Total geral 21 100,0 Fonte: Pesquisa de campo - Junho - Julho/2010.

Os quadros 2 e 3 apresentam a distribuição das atividades por

departamentos. Não há como comparar a distribuição das atividades pela diferença

das funções exercidas, nos dois departamentos, que apresentam características

distintas em relação às operações realizadas e a sua forma de gerenciamento. O TI

desenvolve as ferramentas do AV e do AVA e o NEAD operaciona o programa

tutorial do AVA.

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82

4.1 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS NA EMPRESA

O tema da pesquisa está fundamentado no conjunto das competências

gerenciais proposto por Quinn et. al. (2003). O autor propõe o modelo de oito papéis

de liderança gerencial e as suas respectivas competências chaves. Para cada papel

de liderança gerencial há um conjunto de três competências que podem ser

desempenhadas pelos gerentes. São quatro modelos gerenciais que dão origem a

oito papéis gerenciais, que por sua vez possibilitam vinte quatro competências

gerenciais nas organizações. Cada pergunta que compõe o instrumento da pesquisa

foi formulada com base nestas competências.

4.1.1 Competências: auto-avaliação dos gestores na empresa

As competências gerenciais na empresa, com relação a importância e o

domínio foram auto-avaliadas pelos gestores e avaliadas pelas equipes dos dois

Departamentos TI e NEAD. Entretanto, no questionário, o respondente não

visualizava o papel gerencial correspondente ao conjunto das três competências

gerenciais inerentes a cada papel. Tal omissão foi um critério adotado para garantir

a liberdade da resposta, sem qualquer possibilidade de envolvimento na relação

gestor e subordinado, que influenciasse na pontuação.

As médias indicadas pelos respondentes em relação a importância e o

domínio das competências para a empresa estão apresentadas em consonância

com o questionário da pesquisa enviada aos gestores, que orientava a pontuação

de 1 “sem importância” “não há domínio” e 5 “ muito importante” “há muito domínio” .

Quanto maior for a competência, maior a sua média.

A tabela 4 na auto-avaliação dos gestores, com relação a importância e o

domínio das competências gerenciais, no ambiente de trabalho apresenta os

resultados entre os dois departamentos. Inicialmente observa-se que na auto-

avaliação, para todas os papéis, foram atribuídas às competências, pontuações de

importância e domínio que compreendem do nível razoável ao muito importante no

ambiente laboral. Os gestores dos dois departamentos não avaliaram as suas

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83

competências com pouca importância ou domínio, ou sem importância e domínio

dessas competências, conforme a pontuação do questionário.

O resultado das médias, da auto-avaliação dos gestores TI, apresenta

predominância em importância para o papel de coordenador com media 4,86, dado

que indica uma forte tendência para o modelo de processos internos. No modelo das

metas racionais constatou-se o produtor 4,71. Facilitador 4,62 e inovador 4,62

revelaram médias semelhantes. O negociador 4,48 e monitor 4,48 apresentaram

resultados semelhantes, em seguida constata-se o mentor 4,24. O papel que

apresentou uma média inferior as demais diretor 4,19, também relacionado ao

modelo das metas racionais.

Para o domínio das competências dos gestores TI a média predominante

revela o papel de facilitador 4,29 e o negociador 4,29 em situação semelhante, o

monitor 4,19 e o coordenador 4,19 também apresentam a mesma situação de

semelhança no domínio das competências, seguido do inovador 3,95, o produtor

3,90 e o diretor 3,90 ficaram com média semelhante em nível de domínio. O mentor

3,62 apresentou a média menos expressiva relacionado ao modelo das relações

humanas.

Tabela 4 – Competências: auto-avaliação dos gestores na empresa

Papéis Gerenciais

TI (média) NEAD (média)

Importância Domínio Importância Domínio

Mentor 4,24 3,62 4,42 3,92

Facilitador 4,62 4,29 5,00 4,75

Monitor 4,48 4,19 4,50 3,67

Coordenador 4,86 4,19 4,33 3,75

Diretor 4,19 3,90 4,50 4,08

Produtor 4,71 3,90 4,42 4,08

Negociador 4,48 4,29 4,50 3,92

Inovador 4,62 3,95 4,42 3,67

Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Julho/2010.

Codificação: Importância: (3) razoável (4) importante (5) muito importante Domínio: (3) razoável (4) domínio (5) há muito domínio

Para os gestores do NEAD a média predominante, em importância, originados

pela auto-avaliação revela as semelhanças entre as competências desempenhadas

pelo facilitador 5,0 relacionado ao modelo das relações humanas, seguidos de

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84

diretor 4,50, negociador 4,50 e monitor 4,50 que apresentaram médias

semelhantes. O mentor 4,42 e o diretor 4,42 apresentaram, também, uma média

semelhante de importância das competências no ambiente laboral. O resultado que

apresentou a média inferior as demais em termos de importância das competências

revelou o papel de coordenador 4,33 relacionado ao modelo de processos internos.

Para o domínio das competências a média predominante revelou o papel

gerencial de facilitador 4,75 relacionado ao modelo das relações humanas. O diretor

4,08 e produtor 4,08 que apresentaram resultados semelhantes, o mentor 3,92 e o

negociador 3,92 também estão em situação de igualdade na média revelada em

relação a média do coordenador 3,75. Os papéis de monitor 3,67 e o inovador 3,67

apresentaram resultado inferior aos demais em termos de domínio das

competências. Tal papel está relacionado ao modelo dos sistemas abertos.

Convém observar que em importância e domínio, para os dois departamentos

pesquisados, na auto-avaliação os gestores pontuaram todas as competências

gerenciais. Entretanto, o resultado foi predominante no TI para as competências

apresentadas em importância para o papel de coordenador e no NEAD para o

facilitador. O menos expressivo revelou o diretor no TI e no NEAD o papel de

monitor.

Em termos de domínio das competências no TI o resultado predominante,

apresentado na tabela 4, revelou o facilitador e o negociador e no NEAD revelou o

facilitador. O domínio menos expressivo das competências no TI revelou o papel de

mentor e no NEAD o monitor e o inovador.

4.1.2 Competências: equipe avalia os gestores na empresa

As competências gerenciais, dos gestores, na empresa, com relação a

importância e o domínio foram avaliadas, também, pelas equipes dos Departamento

TI e NEAD. A pontuação da cada competência obedeceu o mesmo critério atribuído

ao processo da auto-avaliação dos gestores de 1 a 5.

A classificação, quanto a média, ressalta a importância e o domínio de um

determinado conjunto de competências que por sua vez apresenta um papel de

liderança gerencial exposto na tabela 5.

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85

Os gestores do departamento de TI quanto a importância das competências,

na avaliação realizada pelas equipes, apresenta o facilitador 4,46 no papel gerencial

predominante, forte tendência modelo das relações humanas. O monitor 4,43, o

coordenador 4,40 apresentaram médias aproximadas. O produtor 4,38, o inovador

4,37, o diretor 4,35 o negociador 4,34 ficaram com médias aproximadas. O papel de

mentor 4,31 apresentou média inferior as demais, em termos de importância, para a

equipe, está relacionado ao modelo das relações humanas.

Em termos de domínio, os gestores se destacaram nos papéis de inovador

4,20 relacionado ao modelo dos sistemas abertos, seguido de negociador 4,18,

diretor 4,10, na atuação de mentor 4,09 e facilitador 4,09 apresentaram média

semelhante, no papel de produtor 4,05 e monitor 4,04 as médias são aproximadas e

no desempenho do papel de coordenador 3,96 a média permaneceu inferior as

demais, relacionada ao modelo de processos internos.

Tabela 5 - Competências: equipe avalia os gestores na empresa

Papéis Gerenciais

TI (média) NEAD (média)

Importância Domínio Importância Domínio

Mentor 4,31 4,09 4,42 4,22

Facilitador 4,46 4,09 4,58 4,48

Monitor 4,43 4,04 4,38 4,27

Coordenador 4,40 3,96 4,30 4,18

Diretor 4,35 4,10 4,43 4,21

Produtor 4,38 4,05 4,29 4,17

Negociador 4,34 4,18 4,41 4,41

Inovador 4,37 4,20 4,31 4,15

Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Julho/2010.

Codificação: Importância: (3) razoável (4) importante (5) muito importante Domínio: (3) razoável (4) domínio (5) há muito domínio

No tocante a importância das competências os gestores do NEAD

apresentaram predominância no desempenho do papel de facilitador 4,58

relacionado ao modelo das relações humanas. As médias ficaram aproximadas nos

papéis de diretor 4,43, mentor 4,42 e negociador 4,41, logo depois a média revela o

monitor 4,38 seguido do inovador 4,31, coordenador 4,30. O produtor 4,29

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86

apresentou uma média inferior em relação aos papéis anteriormente citados, está

relacionado ao modelo das metas racionais.

A avaliação sobre os gestores do NEAD, em relação ao domínio das

competências, revelou predominância no papel de facilitador 4,48, seguido do

negociador 4,41, do monitor 4,27, mentor 4,22 e diretor 4,21 que ficaram com

médias aproximadas. O coordenador 4,18, produtor 4,17 e inovador 4,15 foram

médias inferiores as demais, porém, aproximadas.

Entre os dois departamentos, TI e NEAD, a avaliação dos gestores em

importância, revelou uma média predominante para o papel gerencial do facilitador.

Em termos de domínio das competências gerenciais o TI revelou o papel de

inovador e o NEAD revelou o negociador.

A análise dos resultados entre os dois departamentos possibilitou a

identificação dos papéis gerenciais mais expressivos na percepção dos gestores e

dos funcionários da empresa pesquisada. Há uma identificação com as

competências relacionadas ao papel do coordenador, facilitador, e negociador em

importância e domínio com mais expressividade em razão da habilidade na

construção das equipes, na adoção do processo decisório participativo, no

gerenciamento dos projetos, na análise das informações com pensamento crítico e

no planejamento do trabalho.

Aos papéis de mentor, diretor e inovador em importância e domínio das

competências os gestores apresentaram menor expressividade no desenvolvimento

dos colaboradores, na compreensão de si e dos outros, na comunicação eficaz, no

gerenciamento multidisciplinar, no desenvolvimento e gerenciamento de uma visão,

no planejamento e organização, no pensamento criativo, no convívio e

gerenciamento das mudanças.

O resultado, apresentado na tabela 5, em importância e domínio das

competências gerencias originadas pelos papéis de liderança gerencial no ambiente

de trabalho para os gestores dos dois departamentos, revelou, de modo geral, pouca

divergência entre as médias.

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87

4.2 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS NO AMBIENTE VIRTUAL

O critério utilizado para pesquisar as competências no ambiente virtual foi

semelhante ao utilizado, anteriormente, nas empresas. Com base nos modelos, nos

papéis de liderança e nas as competências gerenciais propostas por Quinn et al

(2003), o questionário foi direcionado para o ambiente virtual com foco nas

habilidades, conhecimentos e atitudes, segundo a percepção do autor.

4.2.1 Competências: auto-avaliação dos gestores no ambiente virtual

A auto-avaliação dos gestores, realizada pela equipe do TI, com relação as

competências gerenciais desenvolvidas no ambiente virtual, em termos de

importância revelou, na tabela 6, uma média predominante para os papéis mentor

4,86, coordenador 4,86 e inovador 4,86, logo depois observa-se o produtor 4,81 e o

facilitador 4,71 com o resultado acima do negociador 4,62. Os papéis de monitor

4,48 e diretor 4,43 revelaram uma média inferior em relação aos outros papéis.

No tocante ao domínio das competências gerenciais, na auto-avaliação, os

gestores do TI apresentaram uma média predominante para os papéis de facilitador

4,19, produtor 4,19 e inovador 4,19, seguido do mentor 4,00, monitor 3,86 e

negociador 3,81. Os papéis de coordenador 3,71 e o diretor 3,71 revelaram médias

inferiores se comparadas as médias dos outros papéis, porém, semelhantes.

Tabela 06 – Competências: auto-avaliação dos gestores no ambiente virtual

Papéis Gerenciais

TI (média) NEAD (média)

Importância Domínio Importância Domínio

Mentor 4,86 4,00 4,75 4,25

Facilitador 4,71 4,19 4,42 4,17

Monitor 4,48 3,86 4,42 3,67

Coordenador 4,86 3,71 4,75 3,92

Diretor 4,43 3,71 4,58 3,67

Produtor 4,81 4,19 4,92 4,00

Negociador 4,62 3,81 4,58 4,08

Inovador 4,86 4,19 4,50 4,25

Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Julho/2010.

Codificação: Importância: (3) razoável (4) importante (5)muito importante Domínio: (3) razoável (4) domínio (5) há muito domínio

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88

O resultado auto-avaliativo dos gestores do NEAD em termos de importância

das competências apresentou uma predominância para o papel do produtor 4,92, o

mentor 4,75 e o coordenador 4,75, o diretor 4,58 e o negociador 4,58 se mantiveram

com médias semelhantes. O monitor 4,42 e o facilitador 4,42 apresentaram

resultados inferiores se comparados aos outros papéis gerenciais.

O resultado da auto-avaliação dos gestores do NEAD, em relação ao domínio

das competências, apresentou uma média predominante para os papéis de mentor

4,25 e inovador 4,25, seguido do papel de facilitador 4,17, negociador 4,08 e

produtor 4,00 que apresentaram médias aproximadas comparadas ao coordenador

3,92. Os papéis de monitor 3,67 e diretor 3,67 apresentaram médias inferiores,

porém, semelhantes.

No processo auto-avaliativo dos dois departamentos pesquisados, conforme o

exposto na tabela 6, os gestores apresentam em termos de importância das

competências gerenciais, os papéis de liderança gerencial mais predominantes em

relação a média obtida, nos resultados da pesquisa, para mentor, coordenador e

inovador atribuída aos gestores TI e o papel de produtor para o NEAD. Em termos

de domínio das competências, a média predominante para os gestores TI revelou o

facilitador, produtor e inovador, para o NEAD a predominância das médias revelou o

mentor e inovador.

4.2.2 Competências: equipe avalia os gestores no ambiente virtual

A análise dos resultados entre os dois departamentos possibilitou a

identificação dos papéis gerenciais mais expressivos na percepção dos funcionários

da empresa pesquisada segundo o resultado obtido através das médias conforme o

exposto na tabela 7.

Para os gestores do TI, na avaliação das equipes em termos de importância

das competências gerenciais, há uma predominância na média identificada para as

competências relacionadas ao papel do produtor 4,54, em seguida observa-se o

facilitador 4,49, o coordenador 4,47 com resultados aproximados, o diretor 4,44 e o

inovador 4,44 obtiveram médias semelhantes acima do mentor 4,43 e monitor 4,41,

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89

o negociador 4,28 apresentou uma média inferior se comparada as médias obtidas

aos demais papéis.

Os gestores NEAD, em termos de importância das competências

apresentaram uma predominância para o papel de mentor 4,52, monitor 4,51 e

diretor 4,50 revelaram médias aproximadas, em seguida observou-se o

coordenador 4,46, as médias para os papéis desempenhados pelo facilitador 4,40,

negociador 4,40 e inovador 4,40 não apresentaram divergência, entretanto, dentre

os papéis, constata-se média inferior em relação as demais .

Para os gestores do TI, em termos de domínio das competências, as médias

revelaram uma predominância no papel de facilitador 4,19, o inovador 4,11 aparece

antes dos papéis de monitor 4,08, produtor 4,07 e mentor 4,06 cujas médias são

pouco divergentes, para os papéis de negociador 3,99 e coordenador 3,97 ocorre

situação semelhante, resultados aproximados, o papel que apresentou média inferior

foi o diretor 3,96.

No processo avaliativo dos gestores no NEAD, em termos de domínio a

média apresentou uma predominância para o papel de inovador 4,45, seguido de

negociador 4,44 e monitor 4,43 com médias seqüenciais, o coordenador 4,40 e o

diretor 4,40 permaneceram em situação semelhante em relação as médias obtidas,

o produtor 4,39 e o mentor 4,38 também apresentaram médias seqüenciais. O

facilitador 4,33 apresentou média inferior as médias anteriores.

.

Tabela 07 - Competências: equipe avalia os gestores do ambiente virtual

Papéis Gerenciais

TI (média) NEAD (média)

Importância Domínio Importância Domínio

Mentor 4,43 4,06 4,52 4,38

Facilitador 4,49 4,19 4,40 4,33

Monitor 4,41 4,08 4,51 4,43

Coordenador 4,47 3,97 4,46 4,40

Diretor 4,44 3,96 4,50 4,40

Produtor 4,54 4,07 4,48 4,39

Negociador 4,28 3,99 4,40 4,44

Inovador 4,44 4,11 4,40 4,45

Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Julho/2010.

Codificação: Importância: (3) razoável (4) importante (5)muito importante Domínio: (3) razoável (4) domínio (5) há muito domínio

Entre os dois departamentos, TI e NEAD, a avaliação dos gestores no

ambiente virtual em importância, conforme a tabela 7, revelou uma média

Page 92: UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP...proporcionam uma visão ampla sobre o tema, com base na proposta teórica desenvolvida por Quinn et al (2003). O propósito deste estudo de caráter investigatório

90

predominante para os papéis gerenciais de produtor e mentor. Em termos de

domínio das competências gerenciais no TI e no NEAD, a média obtida revelou a

predominância para os papéis de facilitador e inovador.

A análise dos resultados entre os dois departamentos possibilitou a

identificação dos papéis gerenciais propostos por Quinn et al (2003) mais

expressivos, no ambiente virtual, na percepção dos gestores e dos funcionários da

empresa pesquisada.

Há uma identificação com importância das competências relacionadas ao

papel do produtor e mentor, e o domínio das competências do facilitador e inovador

com mais expressividade em razão da habilidade para realizar o planejamento e a

organização, realizar um trabalho produtivo, fomentar um ambiente de trabalho mais

produtivo, compreender a si mesmo e as equipes, desenvolver equipes e uma

comunicação eficaz, construir equipes participativas, adotar o processo decisório

participativo, habilidade na administração dos conflitos, adoção do pensamento

criativo, capacidade de convívio e gerenciamento das mudanças conforme os

modelos gerenciais adotados por Quinn et al (2003) para a gestão organizacional.

As competências cujas médias não apresentaram predominância, nos

processos avaliativos, nos dois departamentos destacam os papéis, em termos de

domínio, do negociador, facilitador, inovador, diretor, monitor e mentor. Tais papéis

realizam construção e manutenção de uma base de poder, apresentação das idéias,

negociação de acordos e compromissos, administração de conflitos, adoção de

processo decisório e participativo e a construção das equipes, adoção do

pensamento criativo, convive e gerencia as mudanças, modelos propostos por Quinn

et al (2003). O papel de produtor permaneceu com média predominante ou próximo

da média em importância e domínio das competências e está relacionado ao modelo

gerencial dos sistemas abertos, que na visão de Quinn et al (2003) são critérios de

eficácia nas unidades de trabalho.

A constatação dos resultado é que as competências gerenciais e os papéis

desempenhados estão relacionados com a expectativa das equipes e dos próprios

gestores de que, uma vez na posição de liderança gerencial, sejam capazes de

solucionar todos os problemas que surgem na rotina de trabalho, que dêem atenção

às equipes com foco na comunicação, no gerenciamento do tempo, do estresse, na

visão da empresa e que saibam trabalhar as mudanças com respeito aos limites de

cada indivíduo. De acordo com os resultados, todas as competências gerenciais são

Page 93: UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP...proporcionam uma visão ampla sobre o tema, com base na proposta teórica desenvolvida por Quinn et al (2003). O propósito deste estudo de caráter investigatório

91

relevantes em termos de importância e domínio, tanto no gerenciamento das

equipes na empresa como na gestão dos ambientes virtuais. Não há papel gerencial

dissociado nesses dois ambientes, todos são indispensáveis e se complementam.

4.3 INTERAÇÃO GESTOR/EMPRESA

4.3.1 Participação da equipe nas decisões gerenciais

Os respondentes, de modo geral, informaram sobre o convite à participação

nas decisões gerencias. A divisão percentual das respostas, revelou que no

departamento TI 66,7% da equipe recebe convite para as decisões e 33%,3% não é

convidado. No departamento NEAD, 57,1% da equipe recebe convite para a

participação nas decisões e 42,9% não participa das decisões gerenciais da

empresa da qual fazem parte conforme o resultado exposto na tabela 8.

Tabela 08 – Participação da equipe nas decisões gerenciais

Opinião

TI NEAD

Nº de Respondentes % Nº de Respondentes %

Sim 24 66,7 12 57,1

Não 12 33,3 9 42,9

Total 36 100,0 21 100,0 Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Julho/2010.

O uso de um processo decisório participativo é uma competência gerencial do

desempenhada pelo facilitador, papel de liderança inserido no modelo gerencial das

relações humanas proposto por Quinn et al (2003). O papel de facilitador é

desempenhado pelos gestores do TI e do NEAD no tocante ao processo decisório

participativo conforme a realidade apresentada na tabela 8.

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92

4.3.2 Frequência do convite na participação nas decisões gerenciais

Ao informar sobre a freqüência do convite na participação nas decisões

gerenciais, as equipes do departamento TI e do departamento NEAD responderam

a questão conforme revela a tabela 9. No TI a divisão percentual revelou que 8,4%

raramente participam, 66,7% normalmente participam, 22,2% frequentemente

participam e 2,7% sempre participam das decisões gerenciais conforme mostra a

tabela 9.

Tabela 09 – Frequência do convite na participação nas decisões gerenciais

Situação

TI NEAD

Nº de Respondentes % Nº de Respondentes %

Raramente 3 08,4 0 0,0

Normalmente 24 66,7 9 42,9

Frequentemente 8 22,2 7 33,3

Sempre 1 02,7 5 23,8

Total 36 100,0 21 100,0 Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Julho/2010.

No NEAD, a divisão percentual revelou que 42,9% normalmente participam,

33,3% frequentemente participam e 23,8% sempre participam das decisões

gerenciais, conforme apresenta a tabela 9. Dentre os respondentes não foi

identificado nenhuma resposta para a opção raramente sobre a freqüência do

convite na participação das decisões gerenciais no NEAD. O resultado da tabela 9

revela que há uma tendência ao desempenho do papel de facilitador proposto por

Quinn et al (2003), com freqüência, para os dois departamentos,

4.3.3 Importância do convite para participação nas decisões gerenciais

A tabela 10 apresenta o resultado do questionamento realizado às equipes

dos dois departamentos sobre a importância do convite para a participação nas

decisões gerenciais com base no modelo gerencial das relações humanas proposto

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93

por Quinn et al (2003) cuja competência gerencial adota o uso do processo decisório

participativo, como característica do papel gerencial desempenhado pelo facilitador

na empresa ou no ambiente de trabalho.

Tabela 10 – Importância do convite para participação nas decisões gerenciais

Opinião

TI NEAD

Nº de Respondentes % Nº de Respondentes %

Sim 35 97,3 19 90,5

Não 1 2,7 2 09,5

Total 36 100,0 21 100,0 Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Julho/2010.

As equipes dos departamentos TI e do NEAD responderam a questão

conforme apresenta a tabela 10. No TI a divisão percentual revelou 97,3% dos

respondentes consideram importante e 2,7% não considera importante. No NEAD

90,5% dos respondentes considera importante e 9,5% não considera importante ser

convidado a participar nas decisões gerenciais.

4.3.4 Dificuldades nas operações de trabalho com o ambiente virtual

Neste tópico são apresentadas as respostas obtidas, para a questão aberta,

que tratava das principais dificuldades encontradas na empresa, para qual o

funcionário trabalhava, no sentido de exercer com excelência a, sua, atividade no

ambiente virtual. A tabela 11 revela o resultado para os dois departamentos TI e

NEAD, categorizadas em quatro aspectos.

Tabela 11 – Categorização das dificuldades operacionais no AV

Dificuldades

TI NEAD

Nº de Respondentes % Nº de Respondentes %

Comunicação 4 11,1 6 28,6

Políticas de RH 11 30,6 0 00,0 Infraestrutura no Ambiente/Trabalho 9 25,0 4 19,0 Políticas de Gestão 12 33,3 11 52,4

Total 36 100,0 21 100,0 Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Julho/2010.

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94

4.3.4.1 Equipe do departamento de Tecnologia da Informação – TI

O resultado das repostas da equipe do TI revelou dificuldades, na IES, em

quatro categorias apresentados na tabela 11:

COMUNICAÇÃO

Para os participantes, a comunicação entre os setores apresenta-se

comprometida, não há priorização dos problemas, quando eles surgem sempre

representam urgência, fato que compromete o processo comunicativo e na ausência

do gestor principal, do departamento, há uma distorção na comunicação. Além da

falta de atenção por parte da empresa, para com os funcionários que nunca são

ouvidos pela direção.

- A comunicação entre os setores está comprometida. - Os funcionários que nunca são ouvidos pela direção. - Todos os problemas são urgente, fato que compromete a comunicação,

não há definição das prioridades. - Na ausência do gestor principal as informações ficam distorcidas.(Análise

das questões abertas)1

Dentro do modelo das relações humanas propostos por Quinn et al (2003) a

comunicação eficaz é uma competência gerencial desempenhada pelo papel

gerencial de mentor. Sob outra reflexão, constata-se que a partir do momento em

que os indivíduos convivem nas organizações, incorporam os seus valores, crenças

e objetivos coletivos, aspecto absorvido pela psique por longo período, adaptam-se

as dificuldades também de comunicação e passa a ser comum. Em determinados

momentos, “a representação da organização é expressa por seus membros por

meio de comportamentos, comunicação e simbolismo” (MACHADO, 2003, p. 61).

1 Relato dos Participantes do Departamento de Tecnologia da Informação, sobre a questão da

comunicação entre os setores

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95

POLÍTICAS DE RH

Os participantes revelaram não existir treinamento para as equipes ou

qualquer programa de capacitação profissional que favoreça a atualização dos

conhecimentos, das ferramentas de softwares, treinamento em novas tecnologias. O

uso de novas tecnologias sem um treinamento prévio, caracteriza o principal

problema no aspecto capacitação das equipes, além da inexistência de melhores

condições salariais, benefícios e uma carga horária de trabalho compatível com a

função.

- Falta de treinamento e capacitação para atualização dos conhecimentos. - Falta treinamento para ferramentas de softwares e treinamento em novas tecnologias. - Não há grandes investimentos em treinamento para a equipe. - Não há melhores condições de salários, nem a existência de alguns benefícios. - O salário não é compatível com a carga horária”. - O principal problema é o uso de novas tecnologias sem um treinamento prévio para capacitação.( Análise das questões abertas)

2

O modelo das relações humanas proposto por Quinn et al (2003), demanda

uma competência gerencial direcionada ao desenvolvimento dos empregados no

ambiente de trabalho, no papel gerencial de mentor no contexto da flexibilidade

organizacional. Também propõe o mesmo autor, no modelo dos processos internos,

o monitoramento do desempenho individual como competência gerencial

relacionada ao papel de monitor para o líder gerencial no ambiente organizacional

como critério de eficácia nas unidades internas de trabalho.

INFRAESTRUTURA DO AMBIENTE DE TRABALHO

Nesse aspecto ao participantes afirmaram que não há espaço adequado na

sala de trabalho, o espaço físico, do ponto de vista ergonômico é inadequado para o

desenvolvimento das atividades. Há ausência com a preocupação dos aspectos

inerentes a Ergonomia no ambiente de trabalho para possibilitar mais comodidade,

2 Relato dos Participantes do Departamento de Tecnologia da Informação, sobre a Política de

Recursos Humanos

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96

conforto e produtividade. O espaço é muito reduzido entre as máquinas e na parte

de circulação também. Fato que dificulta o uso das ferramentas de trabalho.

Há muito trabalho para um número reduzido de funcionários, tal condição

favorece o comprometimento da produtividade em razão da impossibilidade de

traçar e alcançar metas e limites devido a má qualidade de alguns sistemas que

quebram constantemente. O sistema, ainda, muito burocrático dificulta a mudança

do ambiente físico, das máquinas, da ergonomia em geral. Entretanto, tudo que é

solicitado ao Departamento de TI é urgente, fato considerado pela equipe bastante

estressante.

Alguns funcionários também alertaram para o barulho excessivo do

Departamento que impede a concentração no ambiente de trabalho para os casos

das equipes que lidam com atividades textuais, inserção de informações em

ambientes virtuais, trabalho com documentos, controle dos setores e atividades dos

demais funcionários, todos necessitam de silêncio para garantir o êxito no trabalho

diário. É indispensável a esses funcionários um ambiente mais tranqüilo para o

desenvolvimento das suas atividades.

- Não há conforto mínimo adequado na sala de trabalho, espaço físico é pequeno e a circulação das pessoas fica comprometida. - A ergonomia no ambiente de trabalho é importante para o desenvolvimento das ferramentas de trabalho e saúde do funcionário. A Instituição não se preocupa com esse aspecto. - Há muito trabalho para poucos funcionários e como o ambiente de trabalho não é adequado pelo espaço reduzido e nível de ruído acima do ideal, o excesso de atividades compromete a produção. Não há condições para desenvolver bem o trabalho diário. - O espaço para circulação é inadequado ao ambiente do ponto de vista da infraestrutura de trabalho e como tudo é urgente, há muito trabalho para poucos funcionários. Há muito ruído, dificuldade para traçar metas e limites devido ao comprometimento operacional de alguns sistemas que quebram e inviabilizam o trabalho. - O ambiente de trabalho é muito barulhento e compromete a elaboração de documentos e programas que exigem a elaboração de textos. - O ambiente de trabalho é pequeno e barulhento, de certa forma, compromete os movimentos dos funcionários e a concentração para o desempenho de certas atividades de criação e controle. (Análise das questões abertas)

3

3 Relato dos Participantes do Departamento de Tecnologia da Informação no que tange as questões

de Infraestrutura do Ambiente de Trabalho

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97

Na proposta de Quinn et al (2003), o modelo das metas racionais demanda o

fomento de um ambiente de trabalho produtivo, o gerenciamento do tempo e do

estresse no trabalho, a produtividade no trabalho como aspectos inerentes as

condições de infraestrutura do ambiente de trabalho que devem ser gerenciadas

pelo produtor, no desempenho do papel de liderança gerencial no contexto externo

das organizações. O produtor capaz de possibilitar e gerenciar as condições

adequadas ao desenvolvimento das atividades e a produtividade do trabalho na

visão do autor e colaboradores.

POLÍTICAS DE GESTÃO

Para os participantes, não há um planejamento prévio na instituição, no

sentido de previsibilidade para solicitação das prioridades com determinação do

prazo para a sua execução. Tudo é urgente e os gestores externos desconhecem o

tempo necessário para o estudo e desenvolvimento de qualquer programa ou

ferramenta gerencial adequada à Instituição. Nada pode ser desenvolvido sem um

estudo prévio que garanta o êxito na sua implantação e operacionalidade.

A empresa é resistente as mudanças, em alguns casos os gestores não

consultam as equipes subordinadas, que desenvolvem as ferramentas, antes de

decidirem administrativamente os rumos da Instituição e não há definição das

prioridades e dos prazos nos projetos do Departamento. Mudanças freqüentes

ocorrem nas prioridades, antes estabelecidas, o planejamento modifica e as equipes

com freqüência trabalham os três turnos, por pressão, para atingir os novos

objetivos que demandam resultados mais rápidos.

O modelo de gestão, ainda bastante burocrático, que na maioria dos casos

“engessa” o desenvolvimento do planejamento, provoca inversão das prioridades e

ausência do foco. Os cronogramas não são obedecidos, não há avaliação para os

prazos, as metas e a arquitetura do sistema, além da interferência direta da direção

da Instituição sobre o ambiente de trabalho em razão do cenário de constante

mudança organizacional. Tudo é urgente mesmo com a limitação dos recursos, a

concentração de tarefas e a equipe reduzida. É a pulverização das equipes o

comprometimento da qualidade.

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98

Para os entrevistados, a função gerencial está direcionada ao planejamento, a

execução, ao controle e a coordenação, além da motivação de toda equipe de

trabalho. Atitudes ou ações que impulsionam os indivíduos a consecução dos

objetivos organizacionais. Tal visão é semelhante às principais atividades gerenciais

identificadas por Fayol (1964), POCCC - planejamento, organização, comando,

coordenação e controle.

- Falta de planejamento da Instituição, quando solicita tarefas sem pensar no tempo que teremos para executá-las.

- A cultura da empresa ainda apresenta resistência às mudanças. - Falta de consulta, às equipes, na hora de tomar decisões administrativas

por parte de alguns gestores. - Ausência na definição das prioridades e prazos nos projetos do TI. - Mudança freqüente das prioridades nos projetos e atividades. - A determinação de trabalhar três turnos quando requisitado, o

planejamento não é obedecido e há pressão por resultados rápidos sem ouvir as dificuldades.

- O processo burocrático existente, muitas vezes, engessa o desenvolvimento das atividades.

- Há falta de avaliação metas, prazos e arquitetura dos sistemas. - Há inversões de prioridades e ausência de foco. - Há incoerência em determinadas ações. Tudo é urgente, porém, existe

limitação de recursos. - Os cronogramas do setor não são respeitados. - O planejamento torna-se deficiente porque há interferência direta da

direção sobre o ambiente de trabalho, não há definição clara das metas da empresa.

- Há uma constante mudança no foco das atividades em razão das mudanças organizacionais.

- A equipe está muito reduzida e na rotina de trabalho ocorre muita concentração de tarefas. Apesar do comprometimento de todos os membros da equipe, há excesso de trabalho no departamento para um número pequeno de pessoas realizarem as atividades. Dessa forma a equipe será pulverizada e a qualidade ficará comprometida!. (Análise das questões abertas)

4

O modelo dos processos internos propostos por Quinn et al (2003) demanda

três competências gerenciais indispensáveis ao gestor. O gerenciamento dos

projetos, o planejamento do trabalho e o gerenciamento multidisciplinar, como

característica do papel desempenhado pelo coordenador. Entretanto, no modelo das

metas racionais, também propostos pelo autor, constata-se a tríade das

competências gerenciais compostas por planejamento e organização,

estabelecimento de metas e objetivos, desenvolvimento e comunicação de uma

4 Relato dos Participantes do Departamento de Tecnologia da Informação no que tange as Políticas

de Gestão

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99

visão que determinam o papel de diretor na liderança gerencial do controle

organizacional.

4.3.4.2 Equipe do departamento de Núcleo de Ensino a Distância – NEAD

A análise das repostas do grupo do NEAD apresentou o nível de dificuldades

com a IES, em quatro categorias apresentados na tabela 11:

A mesma questão sobre as principais dificuldades encontradas na empresa

em que o funcionário trabalha para o exercício da atividade no ambiente virtual. A

análise das repostas do grupo do NEAD não apresentou dificuldades, revelou

satisfação com a Instituição e os respondentes foram caracterizados em quatro

aspectos, entretanto, na análise das respostas só três categorias foram respondidas:

COMUNICAÇÃO

Para os participantes, a comunicação anteriormente era difícil, atualmente o

nível de dificuldades apresenta-se reduzido. Entretanto, afirmam que desconhecem

o planejamento das metas e o destaque está na ausência da definição sobre as

metas e objetivos Institucionais. Atribuem esse fato a uma falha na comunicação.

- Não há comunicação oficial sobre as metas e objetivos do departamento ou da empresa. Entretanto, a comunicação do departamento é boa. O nível de dificuldades não é muito significativo. A comunicação não é ruim, mas, poderia ser melhor. - Ainda não encontrei muitas dificuldades e quando as dúvidas surgiram, foram devidamente esclarecidas. - A comunicação é boa. O sistema é acessível e fácil de utilizar, a equipe é muito acessível e colaboradora. Não há ruídos na comunicação e quando ocorre não é freqüente, é raro. (Análise das questões abertas)

5

No modelo das relações humanas, proposto por Quinn et al (2003), a

comunicação eficaz é uma competência gerencial característica do mentor.

Entretanto, o desconhecimento das metas em decorrência do processo

5 Relato dos Participantes da Equipe do departamento de Núcleo de Ensino a Distância – NEAD,

sobre as questões de Comunicação.

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100

comunicacional, remete ao modelo das metas racionais, cujas competências

demandam estabelecimento de metas e objetivos como característica do papel do

diretor.

INFRAESTRUTURA DO AMBIENTE DE TRABALHO

Os participantes afirmam que sentem falta de um sistema mais moderno em

termos de tecnologia de software para o trabalho tutorial e alegam não existir

problemas com as questões ergonômicas no ambiente de trabalho. O espaço e o

ambiente físico são bons e adequados à atividade do núcleo.

- A estrutura física é muito boa - O departamento é bem localizado e oferece um espaço adequado a sua

proposta. - A infraestrutura está adequada ao ambiente de trabalho e a proposta do

ensino a distância, porém, a tecnologia empregada no trabalho tutorial poderia ser mais avançada.

- O espaço físico é muito bom, não há razão para reclamar. (Análise das questões abertas)

6

O modelo das metas racionais demanda três competências para o gestores,

na percepção de Quinn et al (2003), o gerenciamento do tempo e do estresse no

trabalho, o fomento de um ambiente de trabalho produtivo, a produtividade no

trabalho, todas são inerentes as condições de infraestrutura do ambiente de trabalho

que devem ser conduzidas pelo produtor, no desempenho do papel gerencial. O

produtor é capacitado para possibilitar e gerenciar as condições adequadas ao

desenvolvimento das atividades e a produtividade do trabalho, critérios relacionados

ao ambiente externo da organização na visão do autor e colaboradores.

POLÍTICAS DE GESTÃO

Para os participantes, o ensino a distância é uma prática crescente e

constante na Instituição, por essa razão demanda uma rotina de trabalho mais

excessiva, entretanto, os funcionários envolvidos estão satisfeitos com o trabalho

realizado e com a atuação dos seus gestores.

6 Relato dos Participantes da Equipe do departamento de Núcleo de Ensino a Distância – NEAD,

sobre a questão de Infraestrutura do Ambiente de Trabalho

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Em relação ao envolvimento dos gestores com as equipes, os respondentes

afirmaram que estão alinhados com as necessidades administrativas, recebem apoio

dos superiores na maioria dos processos, todavia, há casos em que as atribuições

excessivas por parte dos diretores da Instituição delegadas aos gestores do núcleo,

as vezes comprometem o alinhamento das políticas de gestão pré-definidas pela

empresa. Há uma demanda excessiva de tarefas.

A estrutura do ambiente virtual é adequada aos usuários, nela podem praticar

as atividades tutoriais inerentes ao Curso e demais atividades proporcionadas pelo

sistema. Os gestores desse núcleo afirmam necessitar de tempo para a realização

das atividades de educação a distância, dedicação para o desenvolvimento desse

trabalho. Nessa atividade há uma integração entre setores e alunos e por essa razão

o critério de agilidade no retorno dos processos, por parte da Instituição é muito

importante para não dificultar o andamento das atividades educativas através do

ambiente virtual

- O trabalho do NEAD atualmente vem sendo praticado de maneira efetiva na instituição, o que vem demandando uma excessiva carga de trabalho, mas, por outro lado demonstra que a administração superior confia bastante na equipe do núcleo.

- Há uma preocupação com o alinhamento das necessidades administrativas.

- Há apoio da administração superior para determinados processos. - Atualmente, sentimos falta de uma tecnologia mais avançada, porém, esta

realidade já sendo modificada. - Há uma demanda excessiva de tarefas. - A estrutura do ambiente virtual precisa ser modificada. Em breve será

implantado um novo modelo de ambiente virtual. O TI já está desenvolvendo essa nova ferramenta.

- Falta de apoio da administração superior para solucionar determinados problemas.

- O excesso de atribuições das esferas superiores subtrai tempo para alinhamento das políticas administrativas. Porém, nos últimos meses essa questão melhorou consideravelmente.

- Espero reconhecimento e oportunidade para por em prática minhas competências e habilidades mediante promoções e novas atribuições”. Entretanto, na atual política de gestão, da empresa, não sei se o meu trabalho será visualizado pelos gestores.

- As inúmeras atribuições originadas pelos gestores e Instituição, não possibilitam tempo para a dedicação da atividade de educação a distância.

- Em razão da atividade de integração com demais setores e alunos, é indispensável destacar a falta de agilidade no retorno dos processos, situação que dificulta o andamento das atividades.( Análise das questões abertas)

7

7 Relato dos Participantes da Equipe do departamento de Núcleo de Ensino a Distância – NEAD,

sobre a Política de Gestão.

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102

A análise dos relatos proporciona o estabelecimento de uma ligação com o

modelo dos processos internos propostos por Quinn et al (2003), que demandam

três competências gerenciais necessárias ao gestor. O planejamento do trabalho, o

gerenciamento dos projetos, e o gerenciamento multidisciplinar, como atributo do

coordenador no desempenho do papel de liderança gerencial de controle

organizacional. Todavia, no modelo das metas racionais, também propostos pelo

autor, constata-se o trio das competências gerenciais compostas por

desenvolvimento e comunicação de uma visão, estabelecimento de metas e

objetivos, planejamento e organização que juntos determinam o papel de diretor na

liderança gerencial do controle organizacional.

Tabela 12 – Categorização das dificuldades operacionais no AV relacionadas aos papéis

desempenhados.

Dificuldades

TI NEAD

Papéis % Papéis %

Comunicação Mentor 11,1 Mentor/Diretor 28,6

Políticas de RH Mentor / Monitor 30,6 Não Identificado 00,0 Infraestrutura no Ambiente/Trabalho Produtor 25,0 Produtor 19,0 Políticas de Gestão Coordenador 33,3 Coordenador/Diretor 52,4

Total 36 100,0 21 100,0 Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Julho/2010.

De maneira geral, os resultados obtidos através das respostas categorizadas

na tabela 12, traduzem a realidade dos dois departamentos, com visões divergentes

em relação as dificuldades encontradas no exercício das atividades no ambiente

virtual, na rotina organizacional.

Observa-se que no departamento TI as dificuldades operacionais estão

relacionadas a atuação dos gestores e os papeis identificados conforme as

competências gerenciais propostas por Quinn et al (2003) para o desempenho do

líder mentor, monitor, produtor e coordenador.

Para o departamento NEAD não há dificuldades expressivas. Na

categorização a Política de Rh não foi identificada. O nível de satisfação é evidente

para todas as categorias com base nos relatos dos participantes e dentre os papéis

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103

identificados segundo a proposta de Quinn et al (2003) está mentor, diretor, produtor

e coordenador.

Os papéis de mentor, produtor, diretor e coordenador se repetem entre os

dois departamentos. Os gestores dos dois departamentos profissionais com

competências profissionais diferentes, adequadas a realidade dos ambientes, as

equipes são maiores e o nível de dificuldades operacionais encontradas no TI

revela-se maior em relação ao NEAD conforme a tabela 12. Os papéis de

facilitador, inovador e negociador não aparecem categorizados na tabela 12 para os

dois departamentos.

4.4 VISÃO E SUGESTÕES

A quarta parte do questionário direcionou-se para as questões sobre a visão e

as possíveis sugestões dos funcionários em relação a facilidade no acesso ao

ensino virtual, para a proposta teórica do ambiente virtual em relação as suas

condições operacionais, em relação as expectativas das equipes quanto as

competências consideradas importantes para os gestores do ambiente virtual e as

possíveis sugestões.

As quatro questões que compuseram esse módulo, construído para atender

parte dos objetivos, foram destinadas aos dois departamentos. Os dados

encontrados foram analisados e os resultados inseridos nas tabelas 13 e 14, as

demais seguem um roteiro no corpo desta seção.

4.4.1 Opinião quanto a facilidade no acesso ao ensino virtual

A tabela 13 apresenta o resultado do questionamento realizado às equipes

dos dois departamentos TI e NEAD sobre a opinião a cerca da facilidade de acesso

ao ensino virtual. 75% dos respondente afirmaram que é sim, 16,7% afirmaram que

não e 8,3% não respondeu, do total da equipe TI. Do total de respondentes da

equipe NEAD, 100,0% afirmaram que sim, no tocante a facilidade no acesso ao

ensino virtual.

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104

Tabela 13 - Opinião quanto a facilidade no acesso ao ensino virtual

Opinião

TI NEAD

Nº de Respondentes % Nº de Respondentes %

Sim 27 75,0 21 100,0

Não 6 16,7 0 0,0

Não respondeu 3 8,3 0 0,0

Total 36 100,0 21 100,0 Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Julho/2010.

No modelo dos processos internos adotados por Quinn et al (2003) há uma

tríade de competências gerenciais relacionadas ao gerenciamento de projetos,

planejamento do trabalho e gerenciamento multidisciplinar que evidenciam o papel

do coordenador no controle das ações e projetos organizacional. O mecanismo de

acesso ao ensino virtual, na tabela 13, pode representar o resultado do desempenho

da coordenação na liderança gerencial proposto pelo autor e colaboradores.

4.4.2 Ambiente virtual da IES de acordo com a proposta teórica planejada

A tabela 14 apresenta o resultado do questionamento realizado às equipes

dos dois departamentos se o ambiente virtual de aprendizagem, em

operacionalidade, está de acordo com a sua proposta teórica. Todos os

respondentes das equipes, dos dois departamentos, afirmaram que sim.

Tabela 14 – O AVA da IES de acordo com a proposta teórica planejada

Opinião

TI NEAD

Nº de Respondentes % Nº de Respondentes %

Sim 36 100,0 21 100,0

Não 0 0,0 0 0,0

Total 36 100,0 21 100,0 Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Junho/2010.

O ambiente virtual de aprendizagem foi planejado para posteriormente ser

implantado. Em termos de operacionalidade apresenta-se adequado a proposta

tutorial conforme a tabela 14. Tal constatação remete as competências relacionadas

por Quinn et al (2003) que demandam planejamento e organização, estabelecimento

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de metas e objetivos, desenvolvimento de comunicação e uma visão para

composição do papel de diretor no controle organizacional. Todavia, o

gerenciamento de projetos, o planejamento do trabalho e o gerenciamento

multidisciplinar remetem ao papel do coordenador na liderança gerencial.

4.4.3 Identificação das competências gerenciais importantes no ambiente virtual

Na tabela 15 são apresentadas as respostas obtidas, para a questão aberta,

que tratava das competências importantes para um gestor de um ambiente virtual.

Tabela 15 – Identificação das competências gerenciais importantes no AV

Papéis

TI NEAD

Nº de Respondentes % Nº de Respondentes %

Mentor 6 16,7 11 52,3

Facilitador 19 52,8 10 47,7

Inovador 6 16,7 0 00,0

Produtor 5 13,8 0 00,0

Total 36 100,0 21 100,0 Fonte: Pesquisa de campo – Junho - Julho/2010.

4.4.3.1 Questão direcionada ao departamento TI.

A análise das repostas apresentou um rol de doze competências que

evidenciou quatro papéis gerenciais considerados importantes pela equipe do TI

para o gestor de um ambiente virtual.

Mentor

No papel do mentor, a equipe esperava um gestor dedicado ao

desenvolvimento, deles, no ambiente de trabalho, mediante o processo de

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orientação sistemática. Para eles o gestor apresenta-se, justo, equilibrado, solícito,

atencioso, afável, aberto e alcançável, escuta as reivindicações dos subordinados e

transmite aos seus diretores, realiza constantemente a apreciação das tarefas, faz

elogios e reconhece quando as equipes realizam as atividades diárias com

produtividades e dinamismo. É essencial para um bom processo de gestão.

- Saber compreender seus funcionários, a si próprio, e saber se comunicar bem.

- Estabelecer boa comunicação e saber gerir e desenvolver o trabalho em equipe.

- Compreender as dificuldades da equipe e desenvolver o bom trabalho delas.

- Boa comunicação, conhecimento e saber lidar com pessoas. - Saber gerir pessoas e gerir conflitos. Solucionar dificuldades na equipe. - Saber olhar para si próprio, perceber que é o referencial da equipe e

entendê-la.( Análise das questões abertas)8

No modelo das relações humanas, o conjunto das competências gerenciais

do mentor, de acordo com a tabela 15, demandam compreensão de si mesmo e dos

outros, comunicação eficaz e desenvolvimento dos empregados, no desempenho do

papel de liderança gerencial, mediante a utilização dos critérios de flexibilidade

organizacional, conforme propõe Quinn et al (2003).

Inovador

Na percepção da equipe, no papel de inovador, o gerente auxilia no processo

de adaptação às mudanças. Para tanto, deve estar atento a transformação

constante dos ambientes, ser capaz de identificar as tendências significativas e

projetar mudanças indispensáveis ao processo de crescimento da organização.

Espera-se, que esse gerente que seja perceptivo e criativo, capaz de visualizar a

distância, vislumbrar inovações e apresentá-las de forma convidativa e bastante

convincente. Tornar-se um diferencial na condição gestor.

8 Relato dos funcionários de Tecnologia da informação sobre a importância dos papéis gerenciais

dentro do grupo, especialmente o de Mentor.

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- Habilidade para conviver com novos processos e mudanças. - Capacidade criativa no ambiente de trabalho e no relacionamento com a

equipe. - Capacidade para gerenciar os processos de mudanças e novas

tecnologias. - Estar atento as mudanças e as novas tecnologias - Capacidade criativa, flexibilidade e controle da equipe - Capacidade criativa, conhecimento técnico, habilidade para conviver com

mudanças. (Análise das questões abertas)9

No modelo dos sistemas abertos proposto por Quinn et al (2003). O conjunto

das competências gerenciais relacionadas ao inovador, conforme a tabela 15,

remetem ao convívio com as mudanças, ao pensamento criativo e ao gerenciamento

das mudanças. O gestor que adota o critério da flexibilidade no ambiente

organizacional, capacitado para as adversidades decorrentes das tendências e

transformações do mercado ou do advento tecnológico.

Facilitador

Na condição de líder empresarial, o facilitador, fomenta os esforços coletivos,

a promoção e a coesão do trabalho em equipe. É capaz de administrar conflitos

interpessoais na equipe e no ambiente de trabalho. É importante por se utilizar do

processo decisório participativo e o uso das técnicas auxiliativas na solução dos

conflitos, principalmente quando favorecem a colaboração e a participação de todos

nos problemas internos ou organizacionais.

- Ter habilidade para formar equipes e administrar os conflitos internos. - Adotar o processo de gestão participativa com a equipe. - Saber ouvir e consultar a equipe antes de tomar decisões. - Ser habilidoso na construção das equipes e nos relacionamentos internos. - Capacidade de ouvir, entender e resolver problemas. (Análise das

questões abertas)10

9 Relato dos funcionários de Tecnologia da informação sobre a importância dos papéis gerenciais

dentro do grupo, especialmente o do Inovador. 10

Relato dos funcionários de Tecnologia da informação sobre a importância dos papéis gerenciais

dentro do grupo, ressaltando o do Facilitador.

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No modelo das relações humanas, o conjunto de competências gerenciais do

papel de facilitador, conforme a tabela 15, remate a construção das equipes, ao uso

do processo decisório participativo e a construção das equipes segundo a proposta

de Quinn et al (2003).

Produtor

Na visão da equipe, no papel de produtor, o gerente deve estar atento ao

método de trabalho e ao tempo empregado na realização das tarefas. Controlar o

tempo e o estresse da equipe em decorrência das pressões advindas das gestões

superiores. Observar o desgaste físico e emocional no qual o funcionário está

submetido em relação ao ambiente de trabalho, manter-se orientado para as

atividades, não perder o foco no trabalho, apresentar alto grau de interesse nas

equipe e nas tarefas, motivar, mostrar energia e ímpeto pessoal às equipes.

- Realizar um bom trabalho, gerenciar o tempo e a produção, ter flexibilidade, ser uma pessoa alcançável, sem estresse, acessível a toda equipe.

- Domínio da área, estar atento as novas tecnologias e ser produtivo. - Conhecer as forças e fraquezas do ambiente de trabalho e deixá-lo

produtivo. - Ter segurança dos conhecimentos e não passar incertezas para estressar

a equipe. - Realizar um trabalho dinâmico, ser um visionário pela sua capacidade de

trabalhar o tempo e a produção.(Análise das questões abertas)11

No modelo das metas racionais, Quinn et al (2003) propõem três

competências gerenciais que caracterizam o produtor conforme o resultado da

tabela 15. No desempenho desse papel o líder gerencial deve realizar um trabalho

produtivo, fomentar um ambiente de trabalho produtivo e gerenciar o tempo e o

estresse. Tais critérios remetem ao ambiente externo organizacional.

11

Relato dos funcionários de Tecnologia da informação sobre a importância dos papéis gerenciais

dentro do grupo, especialmente o do Produtor

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109

4.4.3.2 Questão direcionada ao departamento NEAD

A mesma questão direcionada ao departamento NEAD sobre as

competências gerenciais do gestor do ambiente virtual, evidenciou os papéis

gerenciais, na tabela 15, que eles gostariam de perceber em seus gestores. São

eles:

.

Mentor

Para a equipe, na condição de mentor o gestor revela-se como conselheiro,

dotado de plena de confiança, capaz de agir como um orientador. Espera-se que

atue como um gestor prestativo, atencioso, perceptivo, acessível, receptivo e justo.

Na condição de líder deve saber ouvir, apoiar as solicitações, expressar comentários

e reconhecer a produção da equipe. Deve apresentar autoconsciência e considerar

a influência exercida sob a sua equipe, rever seus atos, saber que é uma referência

para a sua equipe. Portanto, é um líder gerencial.

- Um bom gestor deve saber ouvir seus funcionários e compreender as suas dificuldades.

- As palavras são importantes na comunicação gestor e equipe. A comunicação deve ser muito boa.

- Um gestor deve fazer bom uso do processo de comunicação para desenvolver o trabalho com as equipes.

- O processo de comunicação no ambiente virtual é importante e o gestor é o referencial.

- A priori, uma relevante organização desenvolve as equipes e estabelece um excelente nível de comunicação interna.(Análise das questões abertas)

12

No modelo das relações humanas está o conjunto de competências do

mentor, conforme a tabela 15. O mentor deve adotar a compreensão de si mesmo e

dos outros, estabelecer a comunicação eficaz e desenvolver os seus empregados,

conforme a percepção de Quinn et al (2003).

12

Relato dos participantes do departamento NEAD sobre a importância dos papéis gerenciais,

ressaltando o do Mentor

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110

Facilitador

Para a equipe, na condição de facilitador deve concentrar-se no

relacionamento com a equipe de trabalho. É condição para o gestor fomentar o

esforço coletivo, criar coesão com a equipe, impor atitudes educativas e administrar

os conflitos interpessoais. As principais habilidades do facilitador exigem equilíbrio

entre as necessidades individuais e coletivas para estabelecer um clima positivo na

equipe.

- Um gestor deve saber fazer a sua equipe. - Administrar processos e pessoas não é fácil, um gestor prepara sabe lidar

com as adversidades originadas pelos processos e pelos conflitos de inter-relacionamentos.

- O segredo de uma boa gestão de pessoas é atribuir a cada uma delas a responsabilidade de decidir o futuro da empresa. Participar das decisões! Só o gestor pode fazer essa escolha. A empresa é de responsabilidade de todos. (Análise das questões abertas)

13

O facilitador, apresentado no resultado da tabela 15, demanda três

competências gerenciais, inseridas no modelo das relações humanas, que são

habilidade na construção das equipes, adoção do processo decisório participativo e

capacidade para gerenciar conflitos segundo a proposta de Quinn et al (2003).

As equipes, de ambos os departamentos, TI e NEAD, esperam que seus

gestores preocupem-se em desenvolver abordagens inovadoras, a fim de lidarem

com um ambiente de constantes transformações. Também atribuíram aos gestores a

necessidade de dominar as técnicas de utilização das novas tecnologias e

softwares necessários ao desenvolvimento e operacionalidade do ambiente virtual.

Os participante esperam que os seus gestores reconheçam os seus esforços

e lute com as esferas superiores por melhores condições de trabalho e treinamento

para que, ele, estejam aptos a superação de qualquer desafio imposto pelo

processo de mudança, necessário ao crescimento organizacional. Tais expectativas

justificam os papéis gerenciais revelados na tabela 15. Constatou-se que o papel de

mentor e facilitador se repete nos dois departamentos. As equipes acreditam que

são papéis importantes para a liderança gerencial dos ambientes virtuais.

13

Relato dos participantes do departamento NEAD sobre a importância dos papéis gerenciais,

ressaltando o do Facilitador

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111

Os gestores percebem as mudanças como uma oportunidade desafiadora de

crescimento, de desenvolvimento positivo para a organização e os seus

funcionários. Entretanto, é indispensável apresentar habilidades gerenciais para o

convívio diário com as equipes e o desenvolvimento das operações e dos papéis

gerenciais. Todos os papéis atribuídos, pelas equipes, aos gestores representam

critérios eficácia organizacional quando bem desempenhados.

4.4.4 Contribuições e sugestões das equipes respondentes

Nesse tópico são apresentadas as respostas obtidas, para a questão aberta

que possibilitava o respondente contribuir com sugestões, considerações

importantes ou exposição das dúvidas. A análise das repostas apresentou

informações consideradas importantes pela equipe do TI

- A empresa deveria investir na capacitação dos funcionários. - A instituição não deveria “atropelar” o seu planejamento. Deveria obedecer

os seus prazos definidos no seu planejamento. - A Instituição é uma empresa boa para se trabalhar, mas, não valoriza o

seu funcionário, no aspecto pessoal e financeiro. Somos pessoas e não máquinas de trabalho. Temos um limite físico e psicológico que os gestores não percebem.

- Os nossos gestores são 100% bons, mas, os nossos salários estão abaixo da média praticada no mercado para a nossa função e a importância dos dados sigilosos que guardamos da empresa. A infraestrutura do local de trabalho é inadequado e o salário incompatível.(Análise das questões abertas)

14

A observação do relato dos participantes, referente as contribuições da

equipe TI remete ao modelo das relações humanas, no tocante ao desenvolvimento

das equipes no ambiente de trabalho, relacionadas ao mentor. No modelo dos

processos internos, cuja competência está atribuída a capacidade de planejamento

do trabalho no desempenho do papel de coordenador. Todavia, observa-se que

aparece, nessa etapa, o modelo dos sistemas abertos com a competência de

negociar acordos e compromissos na empresa relacionada ao papel de negociador.

Papel que não fez parte das expectativas das equipes na tabela 15.

14

Relato dos participantes do Setor de Tecnologia da Informação

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A análise das repostas da equipe do NEAD, apresentou informações

consideradas importantes

- Parabenizo os gestores do NEAD pela presença constante. Participam de tudo que a equipe desenvolve, principalmente a atividade tutorial. (01 citação)

- A inteligência emocional é necessária a todo gestor. É a capacidade que o gestor apresenta de lidar com as adversidades. Os gestores do NEAD apresentam essa característica. (01 citação)

- Alerto para o fato de tratar o NEAD como um ambiente virtual. Temo gerar confusão com os sistemas usados para esta modalidade denominada AVA – ambientes virtuais de aprendizagem. (02 citações)

- Rever conceito de ambiente virtual e NEAD. Consulte o TI. (04 citações) - O NEAD não é um ambiente virtual. Fale com o pessoal do TI, entenderá

melhor como tudo funciona no ambiente virtual. (04 citações). - Uma biblioteca virtual seria excelente para a IES. (03 citações).(Análise

das questões abertas)15

O NEAD é um departamento que coordena o Ensino Tutorial a Distância.

Para Levy (1996) o AVA é um ambiente virtual de aprendizagem que só é acessado

através da interação de um programa, uma máquina, um usuário, todos interligados

a uma rede de infinitas conexões. Entretanto, todas as ações direcionadas ao

acesso desse ambiente ou de qualquer outro ambiente virtual exigirá a presença de

um gerenciamento realizado por um profissional dotado de conhecimento,

habilidades e atitudes compatíveis com o espaço virtual e as suas infinitas

possibilidades para garantir a construção adequada das conexões aos usuários.

A intenção na elaboração dessa questão foi descobrir as sugestões das

equipes e, de alguma contribuir com informações úteis à adoção de medidas

capazes de auxiliar no crescimento da IES pesquisada, para que a mesma,

posteriormente, possa avaliar a importância das sugestões dos seus funcionários.

15

Relato dos participantes da equipe do NEAD.

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5 CONSIDERAÇÕES

Esta parte da pesquisa discorre sobre a reflexão dos resultados obtidos,

através da pesquisa, dispostos no capítulo anterior, tece considerações e

recomendações sobre novos estudos relacionados ao tema.

Ambos os departamentos pesquisados, TI e NEaD, possuem gestores

capacitados, profissionalmente, para o exercício das atividades em ambientes

virtuais. Entretanto, a finalidade dessa pesquisa consistia na identificação das

competências gerenciais e no desempenho, dos papéis gerenciais propostos por

Quinn et al (2003), dos gestores desses departamentos, no ambiente organizacional

e na operacionalidade dos ambientes virtuais.

O TI desenvolve todos os programas inseridos no sistema do ambiente virtual

da IES, controla a sua programação, acessos e todas as formas de

operacionalidade. Além de realizar assessoria aos negócios organizacionais.

O NEAD realiza a atividade tutorial de ensino a distância, não oferece

graduação a distância através da IES, somente Disciplinas complementares. Todo

trabalho da equipe gestora somente é desenvolvido através do sistema virtual da

Instituição de Ensino Superior.

As ferramentas do ambiente virtual foram desenvolvidas pelo TI, o programa

do ambiente virtual é gerenciado pelo TI e o ensino tutorial é gerenciado pelo NEAD.

Em razão dessas informações, surgiu a intenção de investigar o problema da

pesquisa e descobrir as competências gerenciais e os papéis desempenhados pelos

gestores desses departamentos conforme as informações contidas nos objetivos.

Após a reflexão do resultado encontrado nos questionários respondidos pelas

equipes dos dois departamentos, a possibilidade de observação analítica foi

ampliada em relação as competências e os papéis desenvolvidas pelos gestores na

rotina operacional da Instituição.

A análise do perfil sócio-demográfico revelou que no departamento TI há uma

predominância do sexo masculino, na faixa etária de vinte cinco anos, solteiros,

graduados, o maior número de respondentes trabalha na empresa há cinco anos no

mesmo cargo ou função.

A análise do NEAD apresentou uma predominância do gênero feminino, as

idades dos funcionários compreendem dos vinte seis aos trinta e cinco, em geral

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Pós-graduadas, o maior número de respondentes trabalha há cinco anos na

empresa, no mesmo cargo ou função.

Em relação as competências gerenciais, o resultado da pesquisa apresentou

um grupo de gestores com o perfil adequado a realidade da Instituição em termos de

importância e domínio das competências e papéis desenvolvidos na empresa e no

ambiente virtual do qual estão inseridos.

As médias relativas ao domínio e importância das competências para

identificação dos papéis gerenciais, quando auto-avaliadas pelos gestores e

avaliadas pelas equipes dos dois ambientes, também apresentaram aspectos pouco

divergentes sobre as competências elencadas nos questionários.

A escolha dos critérios avaliativos foi determinada para não gerar

interpretação da importância direcionada somente para os critérios da competência

sem a preocupação com a questão do domínio. A inexistência de um domínio sobre

uma determinada competência pode comprometer os resultados interpretativos.

Todos os gestores apresentaram uma pontuação, cuja variação consiste entre

5 e 3 em termos de domínio e importância das competências gerenciais nos

ambientes virtuais, para os dois departamentos e para todos os gestores, se

avaliados em números relativos. Entretanto, em números fracionais, com duas casas

decimais, constatou-se qual o gestor que obteve maior domínio e importância no

tocante ao desempenho das competências e todos desempenham os modelos e

papéis propostos por Quinn et al (2003) no âmbito organizacional.

Em relação as competências gerenciais, o resultado obtido para identificação

dos papéis através das competências relacionadas revelou a percepção dos

gestores sobre o seu próprio desempenho gerencial em relação a percepção da

equipe.

Os gestores do TI se percebem, em importância e domínio, na empresa como

coordenadores e facilitadores. A equipe atribuiu, a eles, o papel de facilitadores em

importância e domínio.

Os gestores do NEAD, em importância e domínio, acreditam desempenhar os

papéis de negociadores e facilitadores. Entretanto, a equipe atribui ao desempenho

desses gestores os papéis de inovadores e facilitadores.

A identificação das competências e dos papéis gerenciais desenvolvidas na

empresa pode variar em relação a auto-percepção e percepção da equipe de

trabalho na visão de Quinn (2003). Considera-se que todas as competências são

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relevantes em termos de importância e domínio, em decorrência da média obtida

entre 5 e 3. Os resultados pontuaram os aspectos relacionados aos conhecimentos,

as habilidades e as atitudes dos gestores na empresa.

O resultado apresentado no ambiente virtual em importância e domínio,

revelou que da mesma forma, os gestores TI acreditam desempenhar os papéis de

mentores e facilitadores. Todavia, a equipe caracteriza o desempenho do grupo de

gestores como produtores e facilitadores.

Os gestores NEAD, em importância e domínio, se percebem como

produtores, mentores e inovadores. Porém, a equipe subordinada lhes atribuí as

características de mentores e inovadores.

No ambiente virtual as competências necessárias não, somente, do

conhecimento específico que envolve novas tecnologias e softwares segundo

afirma Levy (1996). Na realidade o gerenciamento das pessoas exige competência

com base nos conhecimentos, habilidades e atitudes segundo as considerações de

Quinn et al (2003). Considera-se que todas as competências são relevantes em

termos de importância e domínio, em razão da média obtida entre os intervalos de 1

a 5 foram superiores a 3,96. Os resultados pontuaram os aspectos relacionados aos

conhecimentos, as habilidades e as atitudes dos gestores no ambiente virtual.

O resultado alcançado através das médias obtidas revelou que predomina

entre as equipes dos dois departamentos a importância na participação das

decisões gerenciais e na frequência do convite.

Em relação as dificuldades encontradas na empresa para o exercício das

atividades no ambiente virtual, as respostas foram categorizadas nos aspectos de

comunicação, políticas de recursos humanos, infraestrutura do ambiente de trabalho

e políticas de gestão.

A equipe do NEAD não apresentou dificuldades, de modo geral, exceto, na

lentidão do retorno dos processos. Constatou-se um bom nível de satisfação com os

gestores, com a Instituição, o ambiente físico e a comunicação.

A equipe do TI apresenta dificuldades com infreaestrutura inadequada para a

quantidade de funcionários, o tipo de atividade desenvolvida em decorrência do

espaço reduzido destinado à circulação e o nível de ruído. A comunicação é outro

aspecto relacionado as dificuldades, os planejamentos, metas e prazos não são

respeitados, há urgência para todos os processos e nada é identificado como

prioridade, tudo é considerado prioridade.

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Em relação as políticas de RH não há programa de capacitação para as

equipes e treinamentos em novas tecnologias e softwares mais avançados, a

Instituição não investe na equipe, nos talentos e remunera abaixo da prática

realizada pelo mercado e a carga horária de trabalho, em geral é excessiva.

Em relação a facilidade no acesso ao ensino virtual o resultado da pesquisa

apresentou uma predominância, entre os respondentes, de que o ensino virtual é

fácil de acessar. Para o TI e NEAD, o ambiente virtual está de acordo com a sua a

proposta teórica. As sugestões e considerações foram elencadas no capítulo

anterior, o objetivo era identificar as expectativas das equipes. Entretanto, em

relação as competências gerenciais consideradas, por eles, importantes para os

gestores dos ambientes virtuais.

O resultado, desse questionamento, revelou doze competências relacionadas

a quatro papéis gerencias ao departamento TI, o mentor, o inovador, o facilitador e o

produtor, na visão da equipe são adequados ao desenvolvimento das atividades em

ambientes virtuais. As demais competências não foram categorizadas como

importantes para a equipe.

No NEAD a equipe considerou quatro competências relacionadas a dois

papéis gerencias, o mentor e o facilitador. No ambiente virtual, tais competências

são mais importantes para os gestores. As demais não foram contempladas.

No ambiente virtual tutorial o mentor e o facilitador, representam o equilíbrio

da rotina de trabalho, a possibilidade do trabalho em equipe mais produtiva, o

reconhecimento das ações e necessidades das equipes e o convite a participação

nas decisões gerenciais organizacionais. O produtor possibilita o desenvolvimento

da rotina de trabalho sem “atropelos” ou estresse com ênfase no planejamento

organizacional, portanto, mais produtivo espera-se que o inovador seja ousado e

criativo o suficiente para conviver com os processos decorrentes as mudanças.

Os gestores responderam os questionário com base na auto-percepção das

suas competências. Não foi possível obter a avaliação dos seus superiores, ou de

outros departamentos interligados, em relação a importância e domínio das

competências na empresa e no ambiente virtual.

Por se tratar de um estudo de caso, a área de abrangência da pesquisa

delimitou a uma única realidade. Não foi possível a realização de uma estudo

comparativo com outras empresas do mesmo contexto organizacional.

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A intenção do estudo foi contribuir de alguma forma, com informações para a

Instituição de Ensino Superior - IES, através da coleta e análise dos dados e

posterior fonte de pesquisa ou sugestão de alguma competência gerencial

direcionada ao ambiente virtual. No AV atualmente, são armazenadas inúmeras

informações importantes ao crescimento organizacional cujo seu resultado parcial é

visualizado pelo crescimento no número dos usuários visitantes e inscritos nos

Cursos de Ensino Superior, de Pós-Graduação e demais cursos disponibilizados,

sempre através do sistema virtual da IES, ao público interessado na formação

profissional.

Sugere-se aplicações de novas pesquisas para avaliar todos os gestores dos

demais ambientes da IES e comparar resultados. Recomenda-se que seja um

estudo direcionado ao desenvolvimento da Instituição no sentido de propor novas

competências e programas de desenvolvimento gerencial.

O tema ambiente virtual ainda é bastante abstrato, a questão virtual envolve

um “universo” de subjetividade em relação aos campos da educação, as atividades

culturais e as atividades organizacionais, é um caminho de infinitos espaços e

oportunidades que necessita de profissionais dotados de conhecimento, habilidades

e atitudes para o desenvolvimento das competências gerenciais e o desempenho

dos papéis de liderança gerenciais.

As competências resultam da composição das aprendizagens sociais,

vivenciais, comunicacionais e quando adaptadas à gestão organizacional,

proporcionam ao indivíduo, as condições indispensáveis para enfrentar situações

complexas e posteriormente solucioná-las em qualquer ambiente real ou virtual.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Questionário para avaliação dos funcionários do setor de tecnologia de Informação e Núcleo de Educação à Distância

Prezado (a) Funcionário,

Este questionário visa investigar atitudes e comportamentos dos funcionários que exercem as funções gerenciais nesta organização. Ele foi projetado com o intuito de tornar seu preenchimento rápido, fácil e está sendo distribuído para os funcionários, do Departamento de TI e NEAD, desta empresa.

Esta pesquisa é sigilosa de caráter estritamente acadêmico, destina-se a pesquisa do Mestrado Profissional em Administração, na qual versa sobre as competências gerenciais nos ambientes virtuais. Portanto, a sua participação é de extrema importância para a conclusão do estudo!

Agradecemos, antecipadamente, vossa colaboração e estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Cordialmente,

Pauleniza Mesquita (Mestranda) Dra. Fernanda Gurgel (Orientadora) Funcionário do Departamento de TI/NEAD Por gentileza, assinale a resposta mais adequada ao seu caso.

I. PERFIL DO ENTREVISTADO 1. Sexo

(1) Masculino (2) Feminino

2. Faixa-Etária

(1) até 25 anos (2) de 26 a 35 anos (3) de 36 a 45 anos

(4) de 46 anos a 55 anos (5) mais de 56 anos

3. Estado Civil

(1) Solteiro (2) Casado (3) Desquitado/Divorciado/Separado

(4) Viúvo (5) União estável (6) Outro. Qual? ________________

4. Escolaridade

(1) Ensino médio. Concluído: (1) Sim (2) Não

(2) Ensino superior. Concluído: (1) Sim (2) Não

Em que? ________________________________________________________

(3) Especialização. Concluída: (1) Sim (2) Não

Em que? ________________________________________________________

(4) Mestrado. Concluído: (1) Sim (2) Não

Em que? ________________________________________________________

(5) Doutorado. Concluído: (1) Sim (2) Não

Em que? ________________________________________________________

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(6) Outra. Qual? _____________________________________________________

5. Qual sua área de atuação? _____________________________________________

6. Há quanto tempo você atua nesta área?

(1) Menos de 1 ano (2) de 1 a 5 anos (3) de 6 a 10 anos

(4) de 11 a 15 anos (5) de 16 a 20 anos (6) Mais de 20 anos

7. Qual o seu cargo ou função? ___________________________________________

8. Há quanto tempo você atua neste cargo ou função?

(1) Menos de 1 ano (2) de 1 a 5 anos (3) de 6 a 10 anos

(4) de 11 a 15 anos (5) de 16 a 20 anos (6) mais de 20 anos

9. Há quanto tempo você trabalha nesta empresa?

(1) Menos de 1 ano (2) de 1 a 5 anos (3) de 6 a 10 anos

(4) de 11 a 15 anos (5) de 16 a 20 anos (6) mais de 20 anos

10. Há quanto tempo você trabalha no ambiente virtual?

(1) Menos de 1 ano (2) de 1 a 5 anos (3) de 6 a 10 anos

(4) de 11 a 15 anos (5) de 16 a 20 anos (6) mais de 20 anos

Para responder às questões seguintes, preencha os espaços abaixo numerando a tabela com a lista de competências gerenciais inerentes aos ambientes virtuais. A sua tarefa consiste em: a) Verificar se em cada tabela a descrição de cada competência é adequada à realidade da sua empresa. Caso queira fazer alterações, solicitamos destacar em vermelho, na última linha da tabela. b) Indicar, pontuando com os números de 1 a 5, nas colunas das tabelas, o nível de importância da Gestão no Ambiente Virtual. 1 = sem importância 2 = pouco importante 3 = razoavelmente importante 4 = importante 5 = muito importante. c) Indicar, pontuando com os números de 1 a 5, nas colunas das tabelas o nível de domínio da Gestão no Ambiente Virtual. 1 = não há domínio 2 = pouco domínio 3 = domínio razoável 4 = domínio 5 = há muito domínio. d) Descreva novas competências que você julga muito importante ao final de cada tabela. II. COMPETÊNCIAS GERENCIAIS NA EMPRESA E NO AMBIENTE VIRTUAL

11. Em relação às Competências Gerenciais dos Gestores, os itens que seguem descrevem as competências gerenciais. Favor indicar antes de cada frase o número que melhor corresponda à sua realidade no ambiente de trabalho, em termos de importância e domínio dessa competência, de acordo com a escala abaixo:

Competências Importância Domínio 1 Exerce elevada influência na organização

2 Promove a interação entre as equipes

3 Mantém firme o controle operacional

4 Trata cada indivíduo com respeito e ética

5 Experimenta novos conceitos e idéias

6 Mostra empatia e interesse em lidar com os subordinados

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7 Estimula a participação de todos nos processos grupais nas decisões

8 Compara dados, relatórios, informações e etc., para identificar discrepâncias

9 Conduz o setor conforme as metas estabelecidas pela empresa

10 Percebe antecipadamente os problemas, soluciona-os e evita crises

11 Controla os membros no cumprimento dos objetivos organizacionais

12 Esclarece os objetivos e as prioridades comuns

13 Influencia as decisões em alto nível

14 Traz senso de ordem ao setor

15 Alinha diferenças-chave entre os membros do grupo, trabalha de forma participativa para resolvê-las

16 Possui conhecimento das questões Jurídico-Legais

17 Sabe desenvolver o trabalho em equipe

18 É flexível

19 Adota o conhecimento sobre as questões preventivas

20 Mostra foco assistencial (respeito com o participante/usuário e com o prestado/fornecedor)

21 Possui conhecimentos técnicos/protocolos clínicos/acompanhamento econômico financeiro

22 Adota o conhecimento analítico capaz de executar estratégias de mudanças

23 Capacidade de percepção e identificação de oportunidades

24 Percepção para compreender a interdependência dos processos organizacionais

CONHECIMENTO ADQUIRIDO, HABILIDADES E ATITUDES

12. Em relação ao conhecimento adquirido, as habilidades do gestor e a atitudes, identifique as competências desempenhadas no ambiente virtual da sua empresa.

Competências Importância Domínio 1 Compreensão de si e dos outros (autocompreensão/autogerenciamento)

2 Comunicação eficaz (capacidade de expressão e escuta reflexiva)

3 Desenvolvimento das equipes (feedback acerca do desempenho)

4 Construção das equipes (comprometimento/compartilhamento de dados)

5 Uso do papel decisório (adota decisão consciente sem prejudicar equipes)

6 Administração de conflitos (utiliza métodos colaborativos/concilativos)

7 Monitora o desempenho individual (capaz de explicitar suas justificativas)

8 Gerenciamento dos processos informativos (utiliza método de trabalho)

9 Análise de informações essenciais (adota senso crítico)

10 Gerenciamento de projetos (planejamento e monitoramento)

11 Planejamento do trabalho (valorização do potencial individual das equipes)

12 Gerenciamento multidisciplinar (organização das células multifuncionais)

13 Desenvolvimento e comunicação de uma visão (visão convertida em ação)

14 Estabelecimento de metas (formulação dos objetivos organizacionais)

15 Planejamento e organização (para as estruturas: horizontal, lateral e virtual)

16 Trabalho produtivo (confiança, desembaraço e obstinação)

17 Fomento de um ambiente de trabalho produtivo (pessoas e a organização)

18 Gerenciamento do tempo e do estresse (otimização, observação e método)

19 Construção e manutenção de uma base de poder (capacidade de mobilizar)

20 Negociação de acordos e compromissos (satisfação das necessidades)

21 Apresentação de idéias (comunicação interpessoal e pública)

22 Convívio com a mudança (capacidade de adaptação e resposta ao ambiente)

23 Pensamento criativo (capacidade de aproveitar as habilidades das equipes)

24 Gerenciamento da mudança (prever, planejar e implementar a mudança).

III. INTERAÇÃO GESTOR/EMPRESA

13. Na empresa para qual trabalha, você é convidado a participar das decisões gerencias?

(1) Sim (2) Não

13.1. Se sim. Qual a freqüência?

(1) Raramente (2) Normalmente (3) Freqüentemente (4) Sempre

13.2. Se não. Considera importante sua participação?

(1) Sim (2) Não

14. Quais as principais dificuldades encontradas na empresa em que trabalha para que você

exerça, com excelência, sua atividade no ambiente virtual?

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_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

IV. VISÃO E SUGESTÕES

15. Em sua opinião, considera de fácil acesso o ensino virtual da empresa?

(1) Sim (2) Não

16. Em sua opinião, o ambiente virtual da Instituição de Ensino Superior, do ponto de vista

operacional, está de acordo com a sua proposta teórica planejada?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

17. Quais as competências, que você considera, importantes para um gestor de um

ambiente virtual?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

18. Caso possa contribuir com sugestões ou queira fazer considerações, por favor, utilize o

espaço abaixo, inclusive para dúvidas

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Obrigada pela sua valiosa participação!

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APÊNDICE B - Questionário para avaliação de funcionários que exercem funções gerenciais

Prezado (a) Gestor,

Este questionário visa investigar atitudes e comportamentos dos funcionários que exercem as funções gerenciais nesta organização. Ele foi projetado com o intuito de tornar seu preenchimento rápido, fácil e está sendo distribuído para os gestores, do Departamento de TI e NEAD, desta empresa.

Esta pesquisa é sigilosa de caráter estritamente acadêmico, destina-se a pesquisa do Mestrado Profissional em Administração, na qual versa sobre as competências gerenciais nos ambientes virtuais. Portanto, a sua participação é de extrema importância para a conclusão do estudo!

Agradecemos, antecipadamente, vossa colaboração e estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Cordialmente,

Pauleniza Mesquita (Mestranda) Dra. Fernanda Gurgel (Orientadora) Gestores do Departamento de TI/NEAD Por gentileza, assinale a resposta mais adequada ao seu caso.

I. PERFIL DO ENTREVISTADO 1. Sexo

(1) Masculino (2) Feminino

2. Faixa-Etária

(1) até 25 anos (2) de 26 a 35 anos (3) de 36 a 45 anos

(4) de 46 anos a 55 anos (5) mais de 56 anos

3. Estado Civil

(1) Solteiro (2) Casado (3) Desquitado/Divorciado/Separado

(4) Viúvo (5) União estável (6) Outro. Qual? ________________

4. Escolaridade

(1) Ensino médio. Concluído: (1) Sim (2) Não

(2) Ensino superior. Concluído: (1) Sim (2) Não

Em que? ________________________________________________________

(3) Especialização. Concluída: (1) Sim (2) Não

Em que? ________________________________________________________

(4) Mestrado. Concluído: (1) Sim (2) Não

Em que? ________________________________________________________

(5) Doutorado. Concluído: (1) Sim (2) Não

Em que? ________________________________________________________

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(6) Outra. Qual? _____________________________________________________

5. Qual sua área de atuação? _____________________________________________

6. Há quanto tempo você atua nesta área?

(1) Menos de 1 ano (2) de 1 a 5 anos (3) de 6 a 10 anos

(4) de 11 a 15 anos (5) de 16 a 20 anos (6) Mais de 20 anos

7. Qual o seu cargo ou função? ___________________________________________

8. Há quanto tempo você atua neste cargo ou função?

(1) Menos de 1 ano (2) de 1 a 5 anos (3) de 6 a 10 anos

(4) de 11 a 15 anos (5) de 16 a 20 anos (6) mais de 20 anos

9. Há quanto tempo você trabalha nesta empresa?

(1) Menos de 1 ano (2) de 1 a 5 anos (3) de 6 a 10 anos

(4) de 11 a 15 anos (5) de 16 a 20 anos (6) mais de 20 anos

10. Há quanto tempo você trabalha no ambiente virtual?

(1) Menos de 1 ano (2) de 1 a 5 anos (3) de 6 a 10 anos

(4) de 11 a 15 anos (5) de 16 a 20 anos (6) mais de 20 anos

Para responder às questões seguintes, preencha os espaços abaixo numerando a tabela com a lista de competências gerenciais inerentes aos ambientes virtuais. A sua tarefa consiste em: a) Verificar se em cada tabela a descrição de cada competência é adequada à realidade da sua empresa. Caso queira fazer alterações, solicitamos destacar em vermelho, na última linha da tabela. b) Indicar, pontuando com os números de 1 a 5, nas colunas das tabelas, o nível de importância da Gestão no Ambiente Virtual. 1 = sem importância 2 = pouco importante 3 = razoavelmente importante 4 = importante 5 = muito importante. c) Indicar, pontuando com os números de 1 a 5, nas colunas das tabelas o nível de domínio da Gestão no Ambiente Virtual. 1 = não há domínio 2 = pouco domínio 3 = domínio razoável 4 = domínio 5 = há muito domínio. d) Descreva novas competências que você julga muito importante ao final de cada tabela. II. COMPETÊNCIAS GERENCIAIS NA EMPRESA E NO AMBIENTE VIRTUAL

11. Em relação às Competências Gerenciais dos Gestores, os itens que seguem descrevem as competências gerenciais. Favor indicar antes de cada frase o número que melhor corresponda à sua realidade no ambiente de trabalho, em termos de importância e domínio dessa competência, de acordo com a escala abaixo:

Competências Importância Domínio 1 Exerce elevada influência na organização

2 Promove a interação entre as equipes

3 Mantém firme o controle operacional

4 Trata cada indivíduo com respeito e ética

5 Experimenta novos conceitos e idéias

6 Mostra empatia e interesse em lidar com os subordinados

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7 Estimula a participação de todos nos processos grupais nas decisões

8 Compara dados, relatórios, informações e etc., para identificar discrepâncias

9 Conduz o setor conforme as metas estabelecidas pela empresa

10 Percebe antecipadamente os problemas, soluciona-os e evita crises

11Controla os membros no cumprimento dos objetivos organizacionais

12 Esclarece os objetivos e as prioridades comuns

13 Influencia as decisões em alto nível

14 Traz senso de ordem ao setor

15 Alinha diferenças-chave entre os membros do grupo, trabalha de forma participativa para resolvê-las

16 Possui conhecimento das questões Jurídico-Legais

17 Sabe desenvolver o trabalho em equipe

18 É flexível

19 Adota o conhecimento sobre as questões preventivas

20 Mostra foco assistencial (respeito com o participante/usuário e com o prestado/fornecedor)

21 Possui conhecimentos técnicos/protocolos clínicos/acompanhamento econômico financeiro

22 Adota o conhecimento analítico capaz de executar estratégias de mudanças

23 Capacidade de percepção e identificação de oportunidades

24 Percepção para compreender a interdependência dos processos organizacionais

CONHECIMENTO ADQUIRIDO, HABILIDADES E ATITUDES

12. Em relação ao conhecimento adquirido, as habilidades do gestor e as atitudes, identifique as competências desempenhadas no ambiente virtual da sua empresa.

Competências Importância Domínio 1 Compreensão de si e dos outros (autocompreensão/autogerenciamento)

2 Comunicação eficaz (capacidade de expressão e escuta reflexiva)

3 Desenvolvimento das equipes (feedback acerca do desempenho)

4 Construção das equipes (comprometimento/compartilhamento de dados)

5 Uso do papel decisório (adota decisão consciente sem prejudicar equipes)

6 Administração de conflitos (utiliza métodos colaborativos/concilativos)

7 Monitora o desempenho individual (capaz de explicitar suas justificativas)

8 Gerenciamento dos processos informativos (utiliza método de trabalho)

9 Análise de informações essenciais (adota senso crítico)

10 Gerenciamento de projetos (planejamento e monitoramento)

11 Planejamento do trabalho (valorização do potencial individual das equipes)

12 Gerenciamento multidisciplinar (organização das células multifuncionais)

13 Desenvolvimento e comunicação de uma visão (visão convertida em ação)

14 Estabelecimento de metas (formulação dos objetivos organizacionais)

15 Planejamento e organização (para as estruturas: horizontal, lateral e virtual)

16 Trabalho produtivo (confiança, desembaraço e obstinação)

17 Fomento de um ambiente de trabalho produtivo (pessoas e a organização)

18 Gerenciamento do tempo e do estresse (otimização, observação e método)

19 Construção e manutenção de uma base de poder (capacidade de mobilizar)

20 Negociação de acordos e compromissos (satisfação das necessidades)

21 Apresentação de idéias (comunicação interpessoal e pública)

22 Convívio com a mudança (capacidade de adaptação e resposta ao ambiente)

23 Pensamento criativo (capacidade de aproveitar as habilidades das equipes)

24 Gerenciamento da mudança (prever, planejar e implementar a mudança).

III. INTERAÇÃO GESTOR/EMPRESA

13. Na empresa para qual trabalha, você é convidado a participar das decisões gerencias?

(1) Sim (2) Não

13.1. Se sim. Qual a freqüência?

(1) Raramente (2) Normalmente (3) Freqüentemente (4) Sempre

13.2. Se não. Considera importante sua participação?

(1) Sim (2) Não

14. Quais as principais dificuldades encontradas na empresa em que trabalha para que você

exerça, com excelência, sua atividade no ambiente virtual?

Page 142: UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP...proporcionam uma visão ampla sobre o tema, com base na proposta teórica desenvolvida por Quinn et al (2003). O propósito deste estudo de caráter investigatório

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IV. VISÃO E SUGESTÕES

15. Em sua opinião, considera de fácil acesso o ensino virtual da empresa?

(1) Sim (2) Não

16. Em sua opinião, o ambiente virtual da Instituição de Ensino Superior, do ponto de vista

operacional, está de acordo com a sua proposta teórica planejada?

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17. Quais as competências, que você considera, importantes para um gestor de um

ambiente virtual?

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18. Caso possa contribuir com sugestões ou queira fazer considerações, por favor, utilize o

espaço abaixo, inclusive para dúvidas

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Obrigada pela sua valiosa participação!