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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ENFERMAGEM
Anne de Lima Almeida Iosana Nazário da Silva Moura Maria Elizete Pereira de Souza
Mayara Garcia da Silva
INCIDÊNCIA DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM MULHERES DE 25 A 35 ANOS DE IDADE, NO CENTRO VIVA VIDA DE GOVERNADOR VALADARES-MG
NO PERÍODO DE JANEIRO À DEZEMBRO DE 2007.
Governador Valadares
2008
1
Anne de Lima Almeida Iosana Nazário da Silva Moura Maria Elizete Pereira de Souza
Mayara Garcia da Silva
INCIDÊNCIA DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM MULHERES DE 25 A 35
ANOS DE IDADE, NO CENTRO VIVA VIDA DE GOVERNADOR VALADARES-MG NO PERÍODO DE JANEIRO À DEZEMBRO DE 2007.
Projeto de Pesquisa submetido ao Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Vale do Rio Doce como requisito parcial para obtenção do grau de bacharelado em Enfermagem. Orientadora: Profª. Mestre Valéria Cristina Santana.
Governador Valadares 2008
2
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Anne de Lima Almeida, aluna do Curso de graduação de Enfermagem da
FACS-UNIVALE, declara, para os devidos fins que sobre pena da lei, que este
trabalho de conclusão de curso, sob o título “INCIDÊNCIA DO CÂNCER DE COLO
DE ÚTERO EM MULHERES DE 25 A 35 ANOS DE IDADE, NO CENTRO VIVA
VIDA DE GOVERNADOR VALADARES-MG NO PERÍODO DE JANEIRO A
DEZEMBRO DE 2007”. É de sua exclusiva autoria, estando a UNIVALE - Faculdade
de Ciências da Saúde-Curso de Enfermagem - autorizada a divulgá-lo, mantendo
cópia na biblioteca, sem ônus referente a direitos autorais, por se tratar de exigência
parcial para certificação em bacharel no curso de graduação em Enfermagem.
Governador Valadares, novembro de 2008.
Anne de Lima Almeida
3
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Iosana Nazário da Silva Moura, aluna do Curso de graduação de Enfermagem
da FACS-UNIVALE, declara, para os devidos fins que sobre pena da lei, que este
trabalho de conclusão de curso, sob o título “INCIDÊNCIA DO CÂNCER DE COLO
DE ÚTERO EM MULHERES DE 25 A 35 ANOS DE IDADE, NO CENTRO VIVA
VIDA DE GOVERNADOR VALADARES-MG NO PERÍODO DE JANEIRO A
DEZEMBRO DE 2007”. É de sua exclusiva autoria, estando a UNIVALE - Faculdade
de Ciências da Saúde-Curso de Enfermagem - autorizada a divulgá-lo, mantendo
cópia na biblioteca, sem ônus referente a direitos autorais, por se tratar de exigência
parcial para certificação em bacharel no curso de graduação em Enfermagem.
Governador Valadares, novembro de 2008.
Iosana Nazário da Silva Moura
4
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Maria Elizete Pereira de Souza, aluna do Curso de graduação de
Enfermagem da FACS-UNIVALE, declara, para os devidos fins que sobre pena da
lei, que este trabalho de conclusão de curso, sob o título “INCIDÊNCIA DO CÂNCER
DE COLO DE ÚTERO EM MULHERES DE 25 A 35 ANOS DE IDADE, NO CENTRO
VIVA VIDA DE GOVERNADOR VALADARES-MG NO PERÍODO DE JANEIRO A
DEZEMBRO DE 2007”. É de sua exclusiva autoria, estando a UNIVALE-Faculdade
de Ciências da Saúde-Curso de Enfermagem - autorizada a divulgá-lo, mantendo
cópia na biblioteca, sem ônus referente a direitos autorais, por se tratar de exigência
parcial para certificação em bacharel no curso de graduação em Enfermagem.
Governador Valadares, novembro de 2008.
Maria Elizete Pereira de Souza
5
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Mayara Garcia da Silva, aluna do Curso de graduação de Enfermagem da
FACS-UNIVALE, declara, para os devidos fins que sobre pena da lei, que este
trabalho de conclusão de curso, sob o título “INCIDÊNCIA DO CÂNCER DE COLO
DE ÚTERO EM MULHERES DE 25 A 35 ANOS DE IDADE, NO CENTRO VIVA
VIDA DE GOVERNADOR VALADARES-MG NO PERÍODO DE JANEIRO A
DEZEMBRO DE 2007”. É de sua exclusiva autoria, estando a UNIVALE - Faculdade
de Ciências da Saúde-Curso de Enfermagem-autorizada a divulgá-lo, mantendo
cópia na biblioteca, sem ônus referente a direitos autorais, por se tratar de exigência
parcial para certificação em bacharel no curso de graduação em Enfermagem.
Governador Valadares, novembro de 2008.
___________________________________________________________________
Mayara Garcia da Silva
6
AGRADECIMENTOS
Agradecemos acima de tudo ao Senhor Deus que esteve presente em todos os
minutos desta caminhada.
Aos pais presentes e ausentes que sempre nos deram apoio, carinho e
compreensão para vencermos mais esta etapa de nossas vidas, aos familiares,
amigos e namorados que sempre nos deram força e motivação.
Em especial a nossa orientadora Valéria Cristina que com confiança e paciência dos
grandes sábios guiou nossos passos neste desafio.
7
Anne de Lima Almeida Iosana Nazário da Silva Moura Maria Elizete Pereira de Souza
Mayara Garcia da Silva
INCIDÊNCIA DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM MULHERES DE 25 A 35 ANOS DE IDADE, NO CENTRO VIVA VIDA DE GOVERNADOR VALADARES-MG
NO PERÍODO DE JANEIRO À DEZEMBRO DE 2007.
Projeto de Pesquisa submetido ao Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Vale do Rio Doce como requisito para obtenção do grau de bacharelado em Enfermagem.
Realizada dia 17 de novembro de 2008.
Banca Examinadora:
_________________________________________________________ Orientadora: Profª. Enfª. Mestre Valéria Cristina Santos Santana
Universidade Vale do Rio Doce
__________________________________________________________ 1º Avaliadora: Enfª. Erick Silva Ramalho
Universidade Vale do Rio Doce
__________________________________________________________ 2º Avaliador: Enf. Lucas Lima Barbosa
Universidade Vale do Rio Doce
8
RESUMO
Estudo quantitativo descritivo analítico realizado no segundo semestre de
2008. Teve como objetivo identificar a incidência do câncer de colo de útero em
mulheres de 25 a 35 anos de idade no Centro Viva Vida de Governador Valadares-
MG, no período de janeiro a dezembro de 2007. Os dados foram coletados no
Centro Viva Vida por meio de revisão de prontuários das pacientes que tiveram
diagnóstico confirmado do câncer de colo de útero de janeiro a dezembro de 2007.
O câncer é um problema de saúde pública no Brasil, e a Política Nacional de
Atenção Oncológica foi restabelecida como estratégia para ações integradas de
controle das neoplasias malignas. Ações integradas de controle do câncer de colo
de útero são assumidas como prioridade na atenção a saúde da mulher. Percebe-se
que a prevenção é um meio de importante relevância na prevenção do câncer de
colo de útero, sendo necessários exames como o preventivo citopatológico
(papanicolau) que deve ser realizado com freqüência de pelo menos uma vez ao
ano ou de seis em seis meses pelas mulheres com o objetivo de detecção precoce
de possíveis patologias. A prevenção possibilita o cuidado maior e uma chance de
melhor prognóstico, tratamento ou até mesmo cura de um câncer. Com base nesta
experiência, o trabalho visou a busca da incidência do câncer de colo de útero,
assim como avaliar o nível de adesão das mulheres ao preventivo e ainda a análise
da história clínica da paciente. Os dados permitiram compreender o universo
consensual deste grupo e refletir sobre a necessidade de ações de educação em
saúde que busquem ampliar as formas de olhar e praticar as ações em busca de
melhoria da qualidade de vida dos sujeitos deste estudo.
9
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Idade das Pacientes 31
Gráfico 2: Estado Civil 32
Gráfico 3: Resultado de Diagnóstico 33
Gráfico 4: Incidência de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) 34
Gráfico 5: Adesão ao Preventivo 35
Gráfico 6: Presença de Fatores de Risco 36
Gráfico 7: Município de Origem das Pacientes 37
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 11
2 OBJETIVOS 13
2.1 Objetivo geral 13
2.2 Objetivos específicos 13
3 JUSTIFICATIVA 14
4 CÂNCER DE COLO DE ÚTERO 16
4.1 Aspectos gerais do câncer 16
4.2 Fisiopatologia 19
4.3 Câncer de colo de útero 21
4.4 Incidência 21
4.5 Fatores de risco 23
4.6 Prevenção do câncer de colo de útero 25
4.7 Assistência de enfermagem 27
5 METODOLOGIA 29
5.1 Tipo de estudo 29
5.2 Local e período de estudo 30
5.3 Participantes do estudo e coleta de dados 30
5.4 Análise de dados 30
6 CONCLUSÃO 38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
11
1 INTRODUÇÃO
O câncer do colo de útero constitui uma das enfermidades de maior incidência
e mortalidade por neoplasia no sexo feminino em quase todo mundo, ocupando o
terceiro lugar em incidência e o quarto em mortalidade, representando um grave
problema de saúde pública. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
Segundo o Ministério da Saúde (2006), mais de 70% das pacientes
diagnosticadas com câncer do colo de útero apresentam a doença em estágio
avançado já na primeira consulta, o que restringe muitas vezes, a possibilidade de
cura. E dentro da faixa etária entre 35 e 49 anos de idade, 15% morrem devido ao
câncer de colo de útero.
O câncer cervical é uma doença de evolução lenta, apresentando fases pré-
invasivas caracterizadas por lesões conhecidas como neoplasias intra-epiteliais
cervicais (NIC I e NIC II) ou lesão intra epitelial escamosa (SIL). Estas lesões
quando diagnosticadas precocemente podem ser totalmente curadas.
A Organização Mundial de Saúde, explica que o câncer do colo de útero é um
crescimento anormal das células do colo do útero (a parte inferior do útero), quase
todos os casos se iniciam com o Papiloma vírus Humano (HPV). Segundo o Instituto
Nacional do Câncer (INCA, 2006), estudos recentes mostram que o vírus do
Papiloma Humano, e o Herpes vírus tipo II HSV, têm papel importante no
desenvolvimento das displasias das células cervicais e na sua transformação em
células cancerosas. O vírus do Papiloma Humano HPV parasita o queratinócito
basal normal, ou seja, as células mais externas do colo uterino e está presente em
99 % dos casos de câncer do colo do útero.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (2006), vários são os fatores de
risco identificados para o câncer do colo de útero, sendo que alguns dos principais
estão associados às baixas condições sócio-econômicas, ao início precoce da
atividade sexual, à multiplicidade de parceiros sexuais, ao tabagismo (diretamente
relacionados à quantidade de cigarros fumados), à higiene íntima inadequada e ao
uso prolongado de contraceptivos orais.
12
No entanto o câncer do colo uterino pode ser prevenido, se for detectado
precocemente; isso quer dizer que é uma prevenção secundária, uma vez que
estaria sendo interceptada, através de métodos diagnósticos, a evolução de
possíveis lesões malignas. (OLIVEIRA e PINTO, 2007).
O planejamento das ações de intervenção e controle da doença se dá,
prioritariamente, no plano técnico, pelo diagnóstico precoce das lesões precursoras
através do teste de Papanicolau, e se orientam pela distribuição dessas lesões
segundo as faixas etárias das mulheres mais acometidas e pela periodicidade dos
exames colpocitológicos, seguindo a lógica epidemiológica do risco e da relação
custo-benefício/efetividade que norteiam as intervenções em saúde pública. (PINHO
e FRANCA-JUNIOR, 2003).
O exame preventivo de Papanicolau é uma tecnologia simples, eficaz e de
baixo custo para a prevenção do câncer cérvico-uterino e de suas lesões
precursoras. O risco cumulativo do câncer cérvico-uterino é reduzido em 84% para
mulheres rastreadas a cada cinco anos e em 91% para mulheres que fazem o
preventivo a cada três anos. A realização anual do exame eleva a proteção em
apenas 2%. O maior benefício será obtido quando o rastreamento for praticado em
mulheres de 35 anos de idade ou mais, porque nessa idade foi relatado aumento da
incidência do câncer invasor. O Ministério da Saúde 2006, recomenda que toda
mulher que tem ou já teve atividade sexual deve se submeter a exame preventivo
periódico, especialmente dos 25 aos 59 anos de idade. Inicialmente, o exame deve
ser feito a cada ano. Se dois exames anuais seguidos apresentarem resultado
negativo para displasia ou neoplasia, o exame pode passar a ser feito a cada três
anos. (OLIVEIRA e PINTO, 2007).
Entretanto, apesar do Brasil ter sido um dos primeiros países no mundo a
introduzir a citologia de Papanicolau para a detecção precoce do câncer de colo
uterino, e por ser um exame de grande eficácia, a cobertura deste exame na
população feminina brasileira é ainda baixa, e conseqüentemente a esse fato o
câncer do colo de útero continua sendo um importante problema de saúde pública, e
também nos países em desenvolvimento, onde ocorrem 78% dos casos desta
neoplasia. (OLIVEIRA e PINTO, 2007).
13
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Identificar a incidência do câncer de colo de útero em mulheres de 25 a 35
anos de idade que tiveram diagnóstico confirmado do câncer de colo de útero de
janeiro à dezembro de 2007, no Centro Viva Vida de Governador Valadares-MG.
2.2 Objetivos específicos
Analisar com que freqüência as mulheres de 25 a 35 anos de idade do Centro Viva
Vida tem realizado o exame preventivo (Papanicolau), e ou citologia oncológica;
Analisar faixa etária, número de filhos (nulíparas e multíparas), data do diagnóstico e
resultado de histologia patológica para confirmação diagnóstica, e consulta a
literatura por meio de livros e periódicos;
Descrever a incidência de infecções genitais causadas pelo Papilomavírus Humano
(HPV) em pacientes que tiveram diagnóstico confirmado de câncer de colo de útero.
14
3 JUSTIFICATIVA
Segundo o Ministério da Saúde (2006), o câncer de colo de útero é
responsável pela morte de milhares de mulheres em todo o mundo, necessitando
ser devidamente prevenido e controlado. Muitas vezes, por vergonha, falta de
acesso aos serviços, preconceito ou medo de realizarem os exames ginecológicos
de rotina, as mulheres colocam a saúde e a vida em risco.
O câncer de colo de útero é um problema de saúde pública por ocupar a
primeira posição na classificação de todos os cânceres entre as mulheres e,
constitui também, relevante problema de saúde pública em Governador Valadares
dadas as suas características epidemiológicas avaliadas por altas taxas de
detecção. Suas atividades de controle como a busca ativa, a notificação e o
tratamento visam a descoberta precoce dos casos existentes na comunidade.
Mesmo com os esforços e empreendimentos desenvolvidos pelos diversos
organismos preocupados com a saúde da mulher, o câncer do colo de útero
constitui-se, ainda, num grande desafio para as autoridades sanitárias, tendo em
vista que a sua prevenção e cura dependem de inúmeros fatores como: serviços
assistenciais adequados; recursos humanos treinados; e a participação da
comunidade de forma consciente na aplicação de medidas que elevem a atual
qualidade de vida.
O sistema de atenção básica está sendo reestruturado de forma a atender
não somente o doente e a doença, mas o indivíduo na sua integralidade, à sua
família e comunidade. Sob essa nova ótica da saúde, o enfermeiro ocupa espaço
fundamental, pois é capaz de reconhecer os problemas, situações de saúde, doença
mais prevalente na sua região de atuação e de intervir neles, com senso de
responsabilidade social, como promotor da saúde integral do ser humano. Os
Acadêmicos de Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce se propõem a
identificar a prevalência quanto aos novos casos de câncer de colo uterino
existentes no Centro Viva Vida de Governador Valadares, no período de janeiro a
dezembro de 2007.
Sabe-se que a atuação do enfermeiro foi ampliada com fortalecimento da
rede pública de atenção básica à saúde, o que aconteceu, no Brasil, especialmente
com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
15
Diante da relevância do tema e da significativa contribuição que o exame de
prevenção do câncer do colo de útero tem para a saúde da mulher, é que se tornou
instigante conhecer a incidência destas notificações em um período mais longo e
delimitado.
16
4 CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
4.1 Aspectos gerais do câncer
O câncer é o crescimento descontrolado, provocado pela proliferação
contínua de células anormais, com capacidade de invasão e destruição de outros
tecidos. O câncer, que pode surgir de qualquer tipo de célula e de qualquer tecido do
organismo, não é uma doença única, mas um grande número de doenças
classificadas de acordo com o tecido e o tipo de célula de origem.
Segundo o INCA (2006), os diferentes tipos de câncer correspondem aos
vários tipos de células do corpo, por exemplo, existem diversos tipos de câncer de
pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início
em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se
começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de
sarcoma.
Dividindo-se rapidamente, essas células tendem a ser muito agressivas e
incontroláveis, determinando a formação de tumores ou neoplasias malignas. Por
outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de
células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original,
raramente constituindo um risco de vida.
Ainda para o INCA (2001) as causas de câncer são múltiplas, podendo ser
externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas
externas relacionam-se ao meio ambiente, e as internas, na maioria das vezes,
geneticamente predeterminadas, relacionam-se com a capacidade do organismo de
se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de
várias formas, dando início a transformações malignas nas células normais.
Segundo Brunner & Suddarth (2006), determinadas categorias de fatores
implicam na carcinogênese, vírus, bactérias, agentes físicos, agentes químicos,
fatores genéticos ou familiais, fatores da dieta ou agentes hormonais.
Os vírus como uma causa de cânceres humanos é difícil de determinar
porque são difíceis de isolar, as causas infecciosas são consideradas ou suspeitas,
17
no entanto, quando cânceres específicos aparecem em grupos. Acredita-se que o
vírus se incorpore na estrutura genética das células, alterando, assim, as futuras
gerações da população celular, talvez levando a um câncer. Por exemplo, suspeita
se da como uma causa no linfoma de Burkitt, cânceres de nasofaringe e alguns tipos
de linfoma-hodgkin e doença de hodgkin.
O vírus herpes simples do tipo II, citomegalovírus e o papilomavírus humano
dos tipos 16, 18, 31, e 33 estão associados à displasia e câncer do colo do útero. O
vírus da hepatite B esta implicado no câncer de fígado; o vírus linfotrópico da célula
T humana pode ser uma causa de algumas leucemias linfocíticas e linfomas; e o
vírus da imunodeficiência humana (HIV) esta associado ao sarcoma de kaposi. A
bactéria helicobacter pylori foi associada a uma maior incidência de malignidade
gástrica, talvez secundária a inflamação e a lesão das células gástricas.
Os fatores físicos associados à carcinogênese incluem a exposição à luz solar
ou radiação, irritação ou inflamação crônica e uso de tabaco. A exposição excessiva
aos raios ultravioleta do sol, principalmente por parte de pessoas de pele clara, com
olhos azuis ou verdes aumenta o risco de cânceres de pele. Fatores como estilo de
roupas (camisas sem manga ou calções), uso de filtros solares, profissão, hábitos de
lazer e variáveis ambientais, incluindo umidade altitude e latitude, todos
desempenham um papel na quantidade de exposição à luz ultravioleta.
A exposição à radiação ionizante pode ocorrer com procedimentos
diagnósticos radiológicos repetidos ou com a radioterapia usada para tratar a
doença. Felizmente, o equipamento radiográfico melhorado minimiza
adequadamente o risco de exposição extensa. A radioterapia usada no tratamento
da doença ou a exposição a materiais radioativos em instalações de fabricação de
armas nucleares ou usinas nucleares está associada a uma incidência mais elevada
de leucemias, mieloma múltiplo e cânceres de pulmão, osso, mama, tireóide, e de
outros tecidos. A radiação ambiental devido a processos de decaimento natural que
produzem radônio também foi associada ao câncer de pulmão. As causas com
elevados níveis de radônio aprisionado devem ser ventiladas para permitir a
dispersão desse gás na atmosfera.
Acredita que aproximadamente 75% de todos os cânceres estão relacionados
com o ambiente. A fumaça de cigarro, creditada como sendo o mais letal
carcinógeno químico isolado, contribui para, pelo menos, 30% das mortes de câncer.
(HEATH & FONTHAM, 2001). O tabagismo está fortemente associado aos cânceres
18
de pulmão, cabeça e pescoço, esôfago, pâncreas, colo uterino e bexiga. O
tabagismo também pode atuar de maneira sinérgica com outras substâncias como
álcool, asbesto, urânio assim como também vírus, para promover o desenvolvimento
do câncer.
Aproximadamente de 5 a 10% dos cânceres da fase adulta e da infância
demonstram uma predisposição familiar. As síndromes cancerosas herdadas, como
o câncer de mama pré-menopausa, tende a ocorrer em uma idade precoce e em
múltiplos sítios em um órgão ou par de órgãos. Os cânceres associados à herança
familiar incluem os retinoblastomas, nefroblastomas, feocromocitomas,
neurofibromatose maligna e cânceres de mama, ovário, endométrio, colorretal,
estômago, próstata e pulmão.
O câncer é a segunda maior causa de morte nos Estados Unidos, e espera-se
que no século 21 ele já seja a principal. Aproximadamente 1,2 milhões de novos
casos invasivos são diagnosticados por ano nos Estados Unidos. Os motivos que
levam ao crescimento da incidência do câncer são o aumento da expectativa de vida
da população em geral, associada a maior exposição a fatores de risco. O tipo de
câncer que mais cresce é o de pulmão, principalmente devido à propagação do
hábito de fumar.
Segundo INCA (2006) a Estimativa 2008 de Incidência do Câncer no Brasil
revela que aproximadamente 470 mil novos casos da doença deverão ocorrer no
país em 2008 e 2009. O tipo mais incidente será o câncer de pele não melanoma,
com 115.010 casos a cada ano. Em seguida, vêm: câncer de próstata (49.530 novos
casos), mama (49.400), pulmão (27.270), cólon e reto (26.990), estômago (21.800) e
colo de útero (18.680).
A prevenção do câncer tem como finalidade evitar o surgimento do tumor e
conhecer a predisposição que cada individuo possui para que está doença se
manifeste. Pesquisas mundiais estudam fatores de risco para auxiliar nos programas
de prevenção e no rastreamento para diagnostico precoce da doença, mas é fato
que a prevenção do câncer pressupõe, alem do conhecimento de caráter hereditário
de alguns tipos de tumores, a mudança de hábitos alimentares e /ou de
comportamento (etilismo, tabagismo, exposição ao sol e etc.).
De acordo com INCA (2006), as principais modalidades de tratamento do
câncer são a cirurgia e radioterapia/quimioterapia, incluindo manipulação hormonal,
com apoio de outras áreas técnico-assistenciais, como enfermagem, farmácia,
19
serviço social, nutrição, fisioterapia, reabilitação, odontologia, psicologia clínica,
psiquiatria e estomaterapia (cuidados de ostomizados). O tratamento tem como
meta principalmente a cura, prolongamento da cura e melhora da qualidade de vida.
O passo fundamental para o tratamento adequado do câncer é o diagnóstico,
incluindo o estadiamento, no qual se baseará o planejamento terapêutico. Os
diagnósticos precoces, que incluem estratégias de rastreamento, aumentam a
possibilidade de cura para alguns cânceres e reduzem a morbidade resultante da
doença e de seu tratamento. A efetividade do tratamento de câncer varia de forma
significativa conforme a localização da doença e os fatores sociais como acessam a
melhor terapêutica possível.
4.2 Fisiopatologia
O câncer é um processo patológico que começa quando uma célula anormal
é transformada por mutação genética do DNA celular. Essa célula anormal forma um
clone e começa a se transformar de maneira anormal, ignorando os sinais de
regulação do crescimento no ambiente que circunda a célula. As células adquirem
características invasivas, e as alterações têm lugar nos tecidos circunvizinhos. As
células infiltram esses tecidos e ganham acesso aos vasos linfáticos e sanguíneos,
que as transportam ate outras áreas do corpo. Esse fenômeno e chamado de
metástase (câncer disseminado para outras partes do corpo).
Segundo Nagai (1995), a gênese tumoral é um processo complexo,
fundamentalmente relacionado a desregulação do controle da proliferação celular,
no qual uma célula normal sofre alterações na expressão gênica que lhe confere
vantagens de crescimento sobre as demais células, sendo essas alterações
herdadas pelas células filhas.
A carcinogênese caracteriza-se por mutações genéticas herdadas ou
adquiridas pela ação de agentes ambientais, químicos, hormonais, radioativos e
virais, denominados carcinógenos (COTRAN et al. 2000). A carcinogênese
compreende quatros estágios: a iniciação que se caracteriza pela exposição das
células aos carcinógenos com conseqüente mutação e formação de clones celulares
20
atípicos e a promoção, que se caracteriza pela multiplicação desses clones
celulares. Nessa fase, a supressão do contato com os carcinógenos pode
interromper o processo. (PERATONI, 1998). A progressão e a conversão maligna
das células compõem respectivamente o terceiro e o quarto estádios da
carcinogênese. Neles, as células transformadas apresentam autonomia para
proliferar e, pela perda da coesão e obtenção da mobilidade, tornam-se invasivas.
(COOPER, 1995; MAREEL & LEROY, 2003).
Segundo Johnston & Spence (2001), carcinogênese são alterações pré-
cancerosas morfologicamente reconhecíveis que ocorrem em muitos tecidos antes
do desenvolvimento de um tumor fracamente maligno.
Segundo Ministério da Saúde (2002), o tempo para a carcinogênese ser
completada é indeterminado, podendo ser necessários muitos anos para que
verifique o aparecimento do tumor. Teoricamente, a carcinogênese pode ser
interrompida em qualquer uma das etapas, se o organismo for capaz de reprimir a
proliferação celular e de reparar o dano causado ao genoma.
De acordo com Brunner & Suddarth (2006) Durante a vida, vários tecidos
normalmente apresentam período de crescimento rápido ou proliferativo que deve
ser diferenciado da atividade de crescimento maligno. Existem diversos padrões de
crescimento celular: hiperplasia, metaplasia, displasia, anaplasia e neoplasia.
As células cancerosas são descritas como neoplasia maligna. Elas
apresentam crescimento celular desordenado que não segue a demanda fisiologia.
As células malignas e benignas diferem em muitas características de crescimento
celular, inclusive o método e a velocidade de crescimento, a capacidade de
metastizar ou disseminar, os efeitos gerais, a destruição tissular e a capacidade de
provocar a morte. O grau de anaplasia determina por fim, o potencial maligno.
Anaplasia é o processo de diferenciação incompleto onde a célula resultante
apresenta características semelhantes às células embrionárias. Perda da
especificidade absoluta. Condição das células tumorais, com a perda de
diferenciação, organização e função específica da célula normal.
A habilidade da célula de produzir replica idêntica é essencial à vida, e o
processo deve desenvolver-se com grande precisão. Os mecanismos utilizados para
controlar o ciclo da divisão celular são altamente organizados. O desenvolvimento
do câncer caracteriza-se por diversas anormalidades fenotípicas, porém a
21
característica de perda de regulação do ciclo celular é patognômica a formação de
tumor.
4.3 Câncer de colo de útero
O útero é um órgão do aparelho reprodutor feminino que esta situado no
abdome inferior, por trás da bexiga e na frente do reto e é dividido em corpo e colo.
Esta última parte é a porção inferior do útero e se localiza dentro da cavidade
vaginal.
O colo do útero apresenta uma parte interna, que constitui o chamado canal
cervical ou endocérvice, que é revestida por uma camada única de células cilíndrica
produtoras de muco (epitélio colunar simples). A parte externa, que mantém contato
com a vagina, é chamada de ectocérvice e é revestida por um tecido de várias
camadas de células planas (epitélio escamoso e estratificado). Entre esses dois
epitélios, encontra-se a junção escamocolunar (JEC), que é uma linha que pode
estar tanto na ectocérvice como na endocérvice, dependendo da situação hormonal
da mulher.
Segundo INCA (2001), na infância e no período pós-menopausa, geralmente
a JEC situa-se dentro do canal cervical. No período de menarca quando ocorre
produção estrogênica, geralmente a JEC situa-se ao nível do orifício externo ou para
fora deste (ectopia ou aversão). Vale ressaltar que a ectopia é uma situação
fisiológica e por isso a denominação de “ferida no colo de útero” é inapropriada.
Para Duavy et al (2007), o câncer de colo uterino é a doença crônico-
degenerativa mais temida pelas mulheres devido ao seu alto grau de letalidade e
morbidade, apresentando possibilidade de cura se for diagnosticada precocemente.
4.4 Incidência
O câncer de colo de útero ainda é um problema de saúde pública nos países
em desenvolvimento, pois apresenta altas taxas de prevalência e mortalidade em
22
mulheres de nível social e econômico baixo e em fase produtiva de suas vidas.
Essas mulheres, uma vez doentes, ocupam leitos hospitalares, o que compromete
seu papel no mercado de trabalho, privando-as do convívio familiar e acarretando
um prejuízo social considerável. (BRENNA et al., 2001). São estimados 500.000
novos casos da doença por ano no mundo, dos quais 79% ocorrem nos países em
desenvolvimento. No Brasil, a estimativa em 2006 foi de 19.260 novos casos. Sem
considerar os tumores de pele não-melanomas, o câncer do colo do útero é o mais
incidente na região Norte, o segundo tumor mais incidente nas regiões Sul, Centro-
Oeste e Nordeste e o terceiro mais freqüente na região Sudeste. (INCA, 2006).
Segundo INCA (2001), a evolução do câncer de colo de útero, na maioria dos
casos, se dá de forma lenta passando por fases pré - clinicas detectável e curável.
Dentre os tipos de câncer, é o que apresenta um dos mais altos potenciais de
prevenção e cura. Seu pico de incidência situa-se entre mulheres de 40 a 60 anos
de idade e apenas uma pequena porcentagem, naquelas com menos de 30 anos.
Estudos epidemiológicos e experimentais têm demonstrado a associação
entre o Papilomavírus Humano (HPV) e o câncer de colo uterino. O HPV está
implicado em 99,7% dos casos de carcinoma cervical no mundo todo. Mais de 200
tipos de HPV foram identificados através da análise da seqüência de DNA, e 85
genótipos do HPV foram bem caracterizados até agora. Estes diferentes tipos virais
variam no seu tropismo tecidual, associações com diferentes lesões e potencial
oncogênico. Cerca de 35 tipos diferentes de HPV infectam o trato genital, e pelo
menos 20 destes estão associados ao câncer de colo do útero. O HPV genital pode
infectar o epitélio escamoso e as membranas mucosas da cérvice, da vagina, da
vulva, do pênis e da região perianal, podendo induzir ao aparecimento de verrugas
anogenitais (condiloma acuminado), lesões intra-epiteliais escamosas pré-
cancerosas ou cânceres. (BIBBO e MORAES FILHO, 1998).
O câncer de colo de útero desenvolve-se a partir de lesões precursoras
denominadas lesões intra-epiteliais escamosas (SIL-squamous intra-epithelial
leions), classificadas como de alto ou baixo grau, dependendo do nível de ruptura da
diferenciação epitelial. A produção viral ocorre nas lesões de baixo grau estando
restrita as células basais. Nos carcinomas, o DNA viral está integrado ao genoma da
célula hospedeira, e nenhuma produção viral é observada. (SILVA & LONGATTO
2000).
23
As lesões decorrentes da infecção pelo HPV, geralmente, provocam
alterações morfológicas características, detectáveis pela citologia dos raspados
cérvico-vaginais. O exame citopatológico de Papanicolau tem sido recomendado
como método de rastreamento de grandes populações, a fim de detectar lesões pré-
malignas e malignas. A nomenclatura para emissão de laudos citopatológicos aceita
atualmente no mundo todo é o Sistema Bethesda 2001. Este sistema classifica as
anormalidades de células epiteliais escamosas em quatro categorias: (1) Células
escamosas atípicas (ASC); (2) Lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau (LSIL);
(3) Lesão intra-epitelial escamosa de alto grau (HSIL); e (4) Carcinoma de células
escamosas. A categoria ASC contém duas subcategorias: ASC-US (células
escamosas atípicas de significado indeterminado), que se refere às alterações
sugestivas tanto de LSIL como de SIL de grau indeterminado, e ASC-H (células
escamosas atípicas, não é possível excluir uma HSIL), cuja designação é reservada
para a minoria dos casos de ASC onde as alterações citológicas são sugestivas de
HSIL. As lesões de baixo grau (LSIL) abrangem as alterações celulares causadas
pelo HPV (coilocitose) e uma displasia leve ou neoplasia intra epitelial cervical (NICI
e NIC II). As lesões de alto grau (HSIL) abrangem displasia moderada, displasia
severa e carcinoma in situ ou NIC. (SOLOMON, D e NAYAR, R. 2005).
4.5 Fatores de risco
Para o INCA (2001), são considerados fatores de risco de câncer do colo do
útero a multiplicidade de parceiros e a história de infecções sexualmente
transmitidas (da mulher e de seu parceiro); a idade precoce na primeira relação
sexual e a multiparidade. Além desses fatores, estudos epidemiológicos sugerem
outros, cujo papel ainda não é conclusivo, tais como tabagismo, alimentação pobre
em alguns micronutrientes, principalmente vitamina C, betacaroteno e folato, e o uso
de anticoncepcionais.
Atualmente, a teoria mais aceita para a explicação do aparecimento do câncer
do colo do útero repousa na transmissão sexual. Desde 1992, a Organização
Mundial de Saúde (OMS) considera que a persistência da infecção pelo Vírus do
24
Papiloma Humano (HPV) em altas cargas virais representa o principal fator de risco
para o desenvolvimento da doença. Sabe-se, também, que a infecção pelo HPV é
essencial, mas não suficiente para a evolução do câncer. Além da tipagem e da
carga viral do HPV, adquire importância a associação com outros fatores de risco
que atuam como co-fatores, tais como a paridade elevada, o início precoce da
atividade sexual e o número de parceiros sexuais. Em relação ao herpes-vírus,
alguns estudos de caso de controle com sorologia têm demonstrado a presença do
DNA viral em lesões pré-cancerosas ou cancerosas, mas esta presença é
considerada como um marcador de atividade sexual, e não agente ativo da
carcinogênese.
A análise da associação, se é que existe, entre o uso de contraceptivos orais
e o risco de câncer invasivo do colo do útero é feita com dificuldades. Os contra-
ceptivos orais são usados por mulheres sexualmente ativas e que, em menor
probabilidade, usam métodos de barreira, sendo por isso mais expostas ao risco de
contrair HPV.
Em compensação, essas mulheres comparecem mais ao ginecologista, tendo
maior possibilidade de serem rastreadas para o câncer do colo do útero.
Em situações de imunossupressão, tais como no tabagismo, corticoterapia,
diabetes, lúpus e AIDS, a incidência do câncer do colo do útero está aumentada. Isto
também ocorre em situações em que há ingestão deficiente de vitamina A e C,
betacaroteno e ácido fólico, comumente associado com baixas condições
socioeconômicas.
Aquino et al. (1986), relaciona as diferenças de incidência encontradas entre
países da América Latina ao grau de desenvolvimento econômico da população e a
oferta de serviços de saúde. Em países europeus e da América do Norte os
programas de "screening", através da citologia vaginal, têm tido impacto na redução
das taxas de mortalidade e incidência. O desenvolvimento progressivo desta
patologia dura em média de 10 á 20 anos, o que permite que as ações de prevenção
do carcinoma invasor através da detecção, diagnóstico e tratamento das lesões
precursoras tenham êxito de cura de quase 100%.
Outros fatores tais como o uso de contraceptivos orais e fumo também estão
implicados no aparecimento do câncer de colo uterino. (GRAM e STLSBERG, 1992).
A partir de estudo prospectivo entre 1980 e 1989 concluíram que o hábito de fumar
25
está relacionado à neoplasia cervical intra epitelial grau III e ao câncer de colo de
útero.
4.6 Prevenção do câncer de colo de útero
No Brasil existem cerca de 6 milhões de mulheres entre 35 á 49 anos de
idade que nunca realizaram o exame citopatológico do colo de útero (Papanicolau),
faixa etária em que mais ocorrem casos positivos de câncer, e a conseqüência são
milhares de novas vítimas a cada ano. Mulheres, que se tivessem tratado a doença
a tempo, poderiam estar vivendo, hoje, uma vida normal. É importante lembrar que a
maioria delas é gente muito simples, sem acesso à informação e que não faz
prevenção por medo ou até vergonha. MINISTÉRIO DA SAÚDE (2002).
Segundo Figueiredo (2003), a educação em saúde pressupõe uma
combinação de oportunidades que favoreçam a promoção e a manutenção da
saúde. Sendo assim, não se pode entendê-la somente como a transmissão de
conteúdos, comportamentos e hábitos de higiene do corpo e do ambiente, mas
também como a adoção de práticas educativas que busquem a autonomia dos
sujeitos na condução de sua vida. Educação em saúde nada mais é do que o
exercício da Construção da cidadania.
Segundo Starfield (2002), a atenção primária à saúde foi reconhecida como
uma porção integral permanente e onipresente do sistema formal em todos os
países, não sendo apenas uma coisa a mais. A Conferência de Alma Ata
especificou, ainda mais, que os componentes fundamentais da atenção primária à
saúde eram a educação em saúde.
A prevenção primária do câncer de colo uterino passa por cuidados e
informações sobre o uso de preservativos durante a relação sexual, uma vez que a
prática de sexo seguro é uma das formas de evitar o contágio com o HPV (vírus do
papiloma humano), vírus esse que tem um papel importante para o desenvolvimento
do câncer e de suas lesões precursoras. Ao nível secundário de prevenção está o
exame ginecológico periódico. O quadro clínico de pacientes portadoras de câncer
de colo uterino pode variar desde ausência de sintomas (tumor detectado no exame
26
ginecológico periódico) até quadros de sangramento vaginal após a relação sexual,
sangramento vaginal intermitente, secreção vaginal de odor fétido e dor abdominal
associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados da
doença. (CARDOSO e LIPPAUS, 2007).
Embora o exame citopatológico seja reconhecido como a razão primária para
a drástica redução do câncer cervical, ele apresenta limitações com relação a
sensibilidade para a detecção das lesões pré-malignas. Além disso, a grande
maioria das infecções por HPV genital é assintomática e autolimitada. Somente 10 a
20% das mulheres HPV-positivas apresentam anormalidades citológicas. (GROSS e
BARRASSO, 1999).
A principal estratégia utilizada para detecção precoce dessa doença no Brasil,
é realizar o exame preventivo Papanicolau em mulheres sem os sintomas da
doença, com o objetivo de identificar aquelas que possam apresentar a doença em
fase inicial, onde o tratamento é mais eficaz. O exame pode ser realizado em postos
ou unidades de saúde que tenham profissionais da saúde capacitados para realizá-
los. (CARDOSO e LIPPAUS, 2007).
A coleta periódica do exame citopatológico do colo uterino (também chamado
de exame pré-câncer ou Papanicolau) possibilita o diagnóstico precoce tanto das
formas pré-invasoras (NIC) como do câncer propriamente dito. No exame
ginecológico rotineiro da coleta do citopatológico. A colposcopia (exame em que se
visualiza o colo uterino com lente de aumento de 10 vezes ou mais) auxilia na
avaliação de lesões suspeitas ao exame rotineiro e permite a realização de biópsia
dirigida (coleta de pequena porção de colo uterino), fundamental para o diagnóstico
de câncer. Nas pacientes com diagnóstico confirmado do câncer de colo uterino é
necessária a realização de exames complementares que ajudam a avaliar se a
doença está restrita ou não ao colo uterino: cistoscopia, retossigmoidoscopia,
urografia excretora e, em alguns casos, a ecografia transretal.
É fundamental a orientação das mulheres pelos profissionais sobre o que é e
a importância do exame preventivo, pois a sua realização periódica permite reduzir a
mortalidade pelo câncer de colo de útero na população de risco. O Instituto Nacional
do Câncer tem realizado diversas campanhas educativas para incentivar o exame
preventivo, tanto voltadas para a população quanto para os profissionais da saúde.
27
4.7 Assistência de enfermagem
A ação educativa em saúde, por ser um dos componentes das ações básicas
de saúde, deve ser entendida como uma postura, um compromisso com a realidade
de saúde da população da área de abrangência do profissional e como um
compromisso de qualidade no atendimento. (KAWAMOTO, SANTOS e MATTOS,
1995).
Destaca-se a importante missão da equipe de enfermagem nas ações
primárias de prevenção e promoção em saúde com o objetivo de diminuir a
morbimortalidade pelo câncer cérvico-uterino. (CARDOSO e LIPPAUS, 2007).
O Ministério da Saúde reconhece e reforça a atuação do Enfermeiro na coleta
do material para exame citopatológico após treinamento prévio adequado. Para o
êxito do exame ginecológico, são necessários ao profissional: empatia, calor
humano, simplicidade, segurança e confiança, devendo este imaginar-se como se
fosse o paciente. (MOREIRA, 1991).
Constituem-se em ações importantes para o controle da doença o
encaminhamento de mulheres portadoras de lesões cervicais pré-invasoras para o
tratamento, e a freqüência das campanhas de coleta do exame citopatológico e o
incentivo às consultas ginecológicas periódicas. Diversos países têm realizado
estudos acerca da atuação do enfermeiro na prevenção do câncer, ficando cada vez
mais comprovada a sua importância nos programas de prevenção junto à
população, atuando não só tecnicamente, mas também como facilitador do acesso
da população aos serviços de prevenção e detecção precoce do câncer, educador e
conselheiro. (CARDOSO e LIPPAUS, 2007).
Segundo Corleta (2006), o quadro clínico de pacientes portadoras de câncer
de colo uterino pode variar desde ausência de sintomas (tumor detectado no exame
ginecológico periódico) até quadros de sangramento vaginal após a relação sexual,
sangramento vaginal intermitente, secreção vaginal de odor fétido e dor abdominal
associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados da
doença.
Ainda para o INCA (2006), o tratamento das lesões percussoras do câncer de
colo de útero é individualizado para cada caso. Varia desde o simples
28
acompanhamento cuidadoso a diversas técnicas, incluindo a crioterapia e a biópsia
em laser,a histerectomia e, também, a radioterapia.
A modalidade terapêutica que preserva a função reprodutiva e que minimiza a
morbidade constitui o principal objetivo do colposcopista, que espera assegura com
o resultado do estudo histopatológico, o tratamento completo.
Embora o método seja prontamente aceito, a necessidade de um seguimento
das pacientes é obrigatório devido à possibilidade de recidiva local ou de progressão
de lesões residuais.
Por isso, devem-se analisar as vantagens e desvantagens especificas de
cada método, a topografia da lesão, a topografia da junção escamo-colunas e,
somente após este mapeamento, decidir qual é o melhor método a ser aplicado. Um
outro fato a ser considerado é que a incidência da neoplasia intra-epitelial cervical
tem aumentado nas mulheres mais jovens em proporções epidêmicas o que leva a
maioria dos casos para tratamento com métodos excisionais. É importante lembrar
também que os epitélios do colo do útero estão separados do tecido conjuntivo
subjacente por camada de substância extracelular, chamada de membrana basal,
hoje de grande importância no estudo e prognóstico das neoplasias cervicais.
29
5 METODOLOGIA
5.1 Tipo de estudo
Este é um estudo de ordem quantitativa descritiva analítica que se dividiu em
dois momentos: inicialmente foi feita uma revisão de literatura em livros e artigos
científicos com o intuito de analisar os aspectos gerais sobre o câncer de colo de
útero, epidemiologia, tratamento e prevenção, bem como a contribuição do
profissional de enfermagem na prevenção e no tratamento desta patologia.
Num segundo momento, foi feita uma pesquisa de campo com a utilização de
dados secundários retrospectivos que visou identificar a incidência de câncer de colo
de útero em mulheres de 25 à 35 anos de idade que tiveram diagnóstico confirmado
no período de janeiro a dezembro de 2007, no Centro Viva Vida de Governador
Valadares-MG.
A aplicação de métodos quantitativos torna possível estabelecer as prováveis
causas a que estão submetidos os objetos de estudo, assim como descrever em
detalhes o padrão de ocorrência dos eventos observados; tais técnicas permitem
abordar uma grande variedade de áreas de investigação com um mesmo
entrevistado, validar estatisticamente as variáveis em estudo e seus resultados
podem ser extrapolados para o universo; daí este tipo de pesquisa, também ser
chamado de Pesquisa Descritiva e de Validação Estatística (MOURA et al., 2005).
Segundo Polit e Hungler (1995), para se desenvolver um estudo descritivo o
pesquisador observa e explora aspectos de uma situação. Pesquisas descritivas
objetivam, principalmente, o retrato preciso das características de indivíduos,
situações ou grupos e a freqüência com que ocorrem determinados fenômenos.
Contudo, Fonseca (2003), afirma que a primeira razão para se conduzir uma
pesquisa quantitativa é descobrir quantas pessoas de uma determinada população
compartilham uma característica ou um grupo de características. Ela é
especialmente projetada para gerar medidas precisas e confiáveis que permitam
uma análise estatística.
30
5.2 Local e período de estudo
O estudo foi realizado na sala de estudos do Centro Viva Vida, durante o
segundo semestre de 2008, revisando os prontuários das pacientes que tiveram
diagnóstico confirmado de câncer de colo de útero no período de janeiro a dezembro
de 2007 no Centro Viva Vida de Governador Valadares-MG.
5.3 Participantes do estudo e coleta de dados
A população alvo da pesquisa foram mulheres de 25 á 35 anos de idade que
tiveram diagnóstico confirmado de câncer de colo de útero no período de janeiro à
dezembro de 2007 no Centro Viva Vida de Governador Valadares-MG.
5.4 Análise de dados
O processo de coleta de dados se deu através de fontes secundárias,
fornecidas por meio das investigações nos prontuários das pacientes do Centro Viva
Vida de Governador Valadares-MG que demandaram o serviço no ano de 2007.
Foram utilizados os prontuários das pacientes visando selecionar por faixa
etária, por número de filhos (nulíparas e multíparas), data do diagnóstico e resultado
de histologia patológica para confirmação diagnóstica, e consulta a literatura por
meio de livros e periódicos. A investigação consistiu e identificou o número de
pacientes que possui diagnóstico confirmado de câncer de colo de útero.
31
5.5 Análise dos gráficos
Foram realizadas análises de 169 prontuários de mulheres de 25 a 35anos de
idade do Centro Viva Vida de Governador Valadares-MG que demandaram o serviço
no período de janeiro a dezembro do ano de 2007. Sendo estas realizadas pelos
integrantes do grupo de pesquisa.
Os dados coletados dos prontuários da pesquisa estão condensados nos
gráficos e tabelas a seguir.
Gráfico 1 - Idade das Pacientes
Fonte: Centro Viva Vida de Governador Valadares-MG
Observa-se pelo gráfico 1, que no levantamento dos dados houve uma
distribuição homogênea, com uma maior porcentagem na faixa etária das mulheres
de 31 a 35 anos de idade.
20 20 20
40
0
20
40
60
80
100
% da Idade
25 Anos
26 a 29 Anos
30 Anos
31 a 35 Anos
32
Gráfico 2 - Estado Civil
Fonte: Centro Viva Vida de Governador Valadares-MG
De acordo com o gráfico 2, observa-se que no levantamento dos dados houve
uma maior incidência de câncer de colo de útero nas mulheres solteiras.
80
0
20
0
20
40
60
80
100
% de
casos
Solteiras
Viúvas
Casadas
33
Gráfico 3 - Resultado de Diagnóstico
Fonte: Centro Viva Vida de Governador Valadares-MG
De acordo com o gráfico 3, observa-se que no levantamento dos dados a
maioria dos resultados deu negativo para carcinoma in situ.
3
85
12
0
20
40
60
80
100
%Diagnóstico
Confirmados
Negativos
Indeterminado
34
Gráfico 4 - Incidência de casos de DST.
Fonte: Centro Viva Vida de Governador Valadares
Observa-se pelo gráfico 4, que no levantamento dos dados todos os casos
confirmados têm algum tipo de doença sexualmente transmissível (DST).
20
40
20 20
0
20
40
60
80
100
% DST
Cândida
Gardinerela
HIV
Condiloma
35
Gráfico 5 - Adesão ao Preventivo.
Fonte: Centro Viva Vida de Governador Valadares-MG.
Observa-se pelo gráfico 5, que a maioria das mulheres com diagnóstico do
câncer de colo de útero confirmado não fazem preventivo anualmente como é
preconizado pelo Ministério da Saúde.
60
20 20
0
20
40
60
80
100
Três anos ou mais que nãofazia o exame preventivo
Faz anualmente o examepreventivo
Nunca tinham feito o exame
preventivo
% da adesão
36
Gráfico 6 - Presença de fatores de risco.
Fonte: Centro Viva Vida de Governador Valadares-MG
Observa-se pelo gráfico 6,que, no levantamento dos dados os fatores de
risco para o câncer de colo de útero estão presentes em todos os casos confirmados
de carcinoma in situ.
10
50
20 20
0
20
40
60
80
100
% fatores de risco
1
2 à 3
4
5 ou mais
37
Gráfico 7 - Município de Origem das Pacientes
Fonte: Centro Viva Vida de Governador Valadares-MG.
Observa-se pelo gráfico 7, que, no levantamento dos dados, os municípios
que compõem a micro-região de Governador Valadares apresentam mais casos.
40
60
0
20
40
60
80
100
% origem das pacientes
Gov.Valadares
Outros municípios
38
6 CONCLUSÃO
Estudar as concepções de saúde/doença nos proporcionou acrescentar
conhecimento acerca da incidência de câncer de colo de útero em mulheres de 25 á
35 anos de idade, no centro Viva Vida de Governador Valadares-MG. Este estudo só
se tornou possível através da busca de prontuários referentes a mulheres que foram
diagnosticadas com a doença, e também da disponibilidade da equipe que autorizou
a realização da pesquisa na instituição.
No estudo ficou evidenciado que os fatores de risco contribuíram para a
incidência de câncer de colo de útero de forma gradual no ano avaliado; observamos
que a realização de exame preventivo é escassa, nos prontuários avaliados, e
também houve um baixo índice de adesão ao exame citopatológicos. Foi possível
observar história pregressa de doenças sexualmente transmissíveis (DST); em
alguns casos, e a maior incidência se deu em mulheres solteiras com idade
constante entre 31 a 35 anos de idade para todos os prontuários diagnosticados
com câncer de colo de útero.
De acordo com a proposta inicial da pesquisa pensou-se que seria possível
obter informações na manipulação dos prontuários, mas no momento de realização
da coleta de dados percebemos que estas não eram preenchidas de forma
necessária, sendo assim omitiram alguma informação importantes das pacientes
relacionadas á doença. Dados como tabagismo, etilismo, uso de anticoncepcional,
preventivo e número de filhos não foram possíveis encontrar em todos os
prontuários analisados.
Todas as informações obtidas com a coleta de dados nos prontuários foram
anteriormente estudadas no material bibliográfico pesquisado. Pôde-se ver uma
coerência este material em pesquisas cientificas e as informações obtidas em
campo. De acordo com os dados, ainda existe pouco interesse das mulheres no que
diz respeito à importância do exame preventivo enquanto primórdio para o controle
de câncer de colo de útero, doença que vem alarmando o mundo com um número
cada vez maior de vitimas. A falta de informação das pacientes contribui para fazer
com que estas só procurem o serviço de saúde quando já apresentam alguma
sintomatologia.
39
E imperioso salientar a necessidade de mudança na cultura dos profissionais
de saúde, capacitando-os, reciclando-os quanto a novos avanços no campo da
detecção precoce do câncer de colo de útero, á fim de instruí-los a mostrar às
pacientes os benefícios de um diagnóstico precoce. Controlar e reduzir a
mortalidade por câncer de colo de útero implica em oferecer e facilitar o acesso a
serviços que atendam a esta demanda de forma contínua.
Os enfermeiros têm um papel fundamental, com responsabilidade para
informar, aconselhar e educar a paciente devendo estar seguro de sua posição, para
ser capaz de atendê-las.
Levando em consideração as evidências cientificas até o momento e partindo-
se do preceito ético que o conjunto das estratégias de detecção precoce e
tratamento de um câncer devem resultar em mais benefícios do que dano, tanto na
perspectiva do individuo, quanto da sociedade, este estudo nos proporcionou uma
reflexão quanto a programas governamentais específicos que trabalhem ainda mais
na prevenção e detecção precoce desta doença, revelou-nos a necessidade de
empreender mais esforços no sentido de aprofundar a reflexão e de ampliar a
discussão, cada vez mais, acerca do tema aqui tratado.
40
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
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41
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QUETIONARIO DE PESQUISA
Idade: Estado civil:
Nº. de filhos: Nº. de gestação:
Raça: Religião:
Aborto ( ) Sim ( ) Não Quantos?
Tabagismo ( ) Sim ( ) Não Quantos cigarros dia?
Escolaridade:
Etilismo ( ) Sim ( ) Não
Nível sócio-econômico?
Há quanto tempo descobriu a doença?
Costuma de fazer preventivo? ( ) Sim ( ) Não
Idade de iniciação sexual?
Usa contraceptivo? ( ) Sim ( ) Não
Uso de preservativo? ( ) Sim ( ) Não
Há casos de câncer na família? ( ) Sim ( ) Não