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As provas Atléticas No Atletismo existe uma diversidade de provas onde cada uma exige condições determinadas que se enquadram essencialmente nas corridas, nos saltos e nos lançamentos. Em cada grupo de provas há peculiaridades, e que no decorrer do tempo foram acrescentados inúmeros elementos, sobretudo tecnológicos, que tornaram as provas cada vez mais técnicas, com performances admiráveis e recordes a tempos atrás inimagináveis. Dentro das corridas encontramos as provas de velocidade, de meio fundo, de fundo, com barreiras, revezamentos e cross-country. Nos saltos há diferenciação básica entre os saltos verticais (salto em altura e salto com vara) e os saltos horizontais (salto em distancia e salto triplo). Nos arremessos e lançamentos (peso, disco, dardo e martelo), a grande discussão é quanto a qual terminologia - lançamentos ou arremessos - deve ser utilizada para caracterizar esse grupo de provas atléticas. As corridas Desde o seu nascimento o homem possui um meio de locomoção natural, instintivo e rápido que é a caminhada ou a corrida. Esta forma de locomoção do homem chama bastante a atenção, pois, segundo Fernandes (2003, p.12), por ser a mais utilizada em forma de competição na maioria dos esportes”. Para esse mesmo autor, os gregos consideravam a

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As provas Atléticas

No Atletismo existe uma diversidade de provas onde cada uma exige

condições determinadas que se enquadram essencialmente nas corridas, nos

saltos e nos lançamentos. Em cada grupo de provas há peculiaridades, e que

no decorrer do tempo foram acrescentados inúmeros elementos, sobretudo

tecnológicos, que tornaram as provas cada vez mais técnicas, com

performances admiráveis e recordes a tempos atrás inimagináveis.

Dentro das corridas encontramos as provas de velocidade, de meio

fundo, de fundo, com barreiras, revezamentos e cross-country. Nos saltos há

diferenciação básica entre os saltos verticais (salto em altura e salto com vara)

e os saltos horizontais (salto em distancia e salto triplo). Nos arremessos e

lançamentos (peso, disco, dardo e martelo), a grande discussão é quanto a

qual terminologia - lançamentos ou arremessos - deve ser utilizada para

caracterizar esse grupo de provas atléticas.

As corridas

Desde o seu nascimento o homem possui um meio de locomoção

natural, instintivo e rápido que é a caminhada ou a corrida. Esta forma de

locomoção do homem chama bastante a atenção, pois, segundo Fernandes

(2003, p.12), “por ser a mais utilizada em forma de competição na maioria dos

esportes”. Para esse mesmo autor, os gregos consideravam a corrida como

vital para as funções orgânicas, acreditando que fortaleciam as pernas, os

pulmões, o coração, o peito e o abdômen. Os helênicos também davam muita

importância às corridas, a ponto de os espartanos avaliarem uma pessoa de

acordo com seu rendimento nessa modalidade.

Segundo Dornelles (s.d., p. 11), a corrida é de suma importância no

Atletismo, pois das 47 provas programa oficial do Atletismo apenas quatro não

envolvem corrida na sua execução, são elas o arremesso do Peso, lançamento

do Disco, lançamento do Martelo e a Marcha Atlética, todas as demais provas

exigem para sua realização o movimento de correr demonstrando assim a

importância da corrida para o Atletismo.

Ainda segundo Dornelles (s. d., p.11):

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Correr é um gesto natural, instintivo. Marcha-se instintivamente e se corre instintivamente, e as características da corrida natural encontram-se na corrida desportiva. Esta é com toda segurança, a mais difundida das atividades atléticas e a mais antiga.

Segundo Fernandes (2003) e Dornelles (s.d.), os gregos já organizavam

corridas de velocidade. Essa corrida era chamada de estádio (gr. Stadium), que

tinha como distancia 192,27m o equivalente a 600 pés de Hercules. Logo em

seguida somaram-se outros tipos de corridas, como a de dois estádios (ida e

volta) e as corridas de 8,10,12 e até 24 estádios provas estas de resistência.

Em tempos modernos, o primeiro povo a dar destaque às corridas foram

os ingleses que tinham forte inclinação as corridas de longa duração. Na época

dos Estuardos eles já realizavam confrontos, praticados por corredores

profissionais. Eram conhecidos como running-footman, mensageiros dos

senhores feudais que em condições de climáticas desfavoráveis ao transporte

pesado, iam à frente para anunciarem a chegada dos senhores feudais às

cidades a serem visitadas. Os turcos também possuíam corredores assim

conhecidos como puchs. (FERNANDES, 2003 p.13)

A parir século XVIII, o crescente interesse pelas corridas fez surgir

nomes que, ao longo do desenvolvimento dessas provas, marcaram época

com feitos históricos como Hannes Kolehmainen, Paavo Nurmi, Emil Zatopek.

A partir da Inglaterra, as corridas espalharam-se por outros países, como

Estados Unidos, Suécia e a Alemanha entre outros. (VIEIRA, 2007); (GOMES,

2007); (DORNELLES, s.d.)

Dentro das corridas observamos as provas de velocidade (100m, 200m

e 400m), de meio fundo (800m e 1500m), de fundo (3000m steeplechase,

5000m, 10000m e maratona), de barreiras (100m, 110m e 400m),

revezamentos (4x100m e 4x400m), cross-country e corridas em montanhas.

(CBAt 2008); (MATTHIESEN, 2007)

As corridas ao longo das épocas, sempre sofreram varias modificações.

Segundo Morthensen e Cooper (1974, p. 27), “Como parte de seus Jogos

Olímpicos, os antigos gregos incluíam uma corrida curta, onde é interessante

observar que, já nessa época, os corredores utilizavam ‘blocos de partida’”.

Nas primeiras corridas de velocidade, para Cabreira (s.d.):

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[...] os corredores costumavam cavar uns orifícios no chão para terem algo que os impulsionasse no começo da corrida. Hoje, os adeptos dos 100m, 200m e 400m servem-se de blocos de partida, para terem uma base mais sólida que lhes permita fazer força no arranque.

Mas, em tempos modernos, somente em 1888 o americano C.H. Sherril

fez uso da saída agachada e apenas em 1934 apareceram os primeiros blocos

de partida com o intuito de evitar os buracos feitos na pista para o impulso

inicial. (PERNISA, 1980, p. 12)

Para Pernisa (1980, p. 11), “Em 1868, W. B. Curts, atleta americano

utilizou os sapatos com pregos inspirados nos índios velocistas caçadores de

leopardos”. Surgindo com isso as primeiras sapatilhas para as provas de pista,

tornando a corrida mais veloz, passando a ser adotada por vários outros

corredores. E ao longo dos anos tem evoluído a tal ponto de empresas

especializadas fabricarem sapatilhas com especificações especiais para cada

atleta e de acordo com a especificidade da prova a ser disputada.

Outra grande inovação que deixou as corridas em um nível superior e

proporcionou inovações técnicas por parte dos atletas, foi a adoção das pistas

sintéticas, que surgiu primeiramente, segundo Vieira (2007), nos Jogos

Olímpicos de Tóquio em 1964, e tempos depois foi adotado por vários países

do mundo.

Nas provas de meio fundo e fundo um dos maiores destaques até hoje é

o corredor Paavo Nurmi, conhecido como Homem relógio, por correr sempre

com um relógio em suas mãos para controlar seu ritmo, e junto com seus

compatriotas Hannes Kolehmainen, Ville Ritola e outros, receberam a

denominação de finlandeses voadores por conta de suas conquistas no

Atletismo nos anos de 1920. Neste periodo Paavo Nurmi foi o maior corredor

quebrando varios recordes mundiais entre os 1500m e 20km conquistando 9

medalhas de ouro em Jogos Olimpicos colocado-o ao lado dos americanos

Carl Lewis e Michael Phelps e da russa Larissa Latynina como os maiores

ganhdores de medalhas de ouro Olimpicas na história dos Jogos.

(FERNANDES, 2003) (MATTHIESEN, 2007) (VIEIRA, 2007)

Além de Nurme, um dos maiores nomes dentro das corridas, sem

duvida, é Emil Zátopek. Atleta tcheco apelidado de “Locomotiva de Praga” ou

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“Locomotiva Humana”, pois foi o único homem a vencer os 5000m, 10000m e a

maratona em uma mesma Olimpíada. Ao todo, Zátopek bateu vinte recordes

mundiais em distâncias variando de 5.000m a 30.000m. Em 1951 tornou-se o

primeiro homem a fazer 20 km em uma hora (20.052m). Ainda participou da

maratona dos Jogos de 1956, apenas 45 dias depois de se submeter a uma

cirurgia de hérnia. Apesar de recomendações médicas de ficar dois meses sem

correr, Zátopek completou a maratona em sexto lugar. (MATTHIESEN, 2007)

As corridas de revezamentos segundo Matthiesen e Garuffi (2009, p. 1

apud Godoy, 1996), mesmo com origem desconhecida, a história revela ser

esta uma prova muito antiga, praticada no período da Grécia Antiga durante os

jogos realizados em homenagem a Deusa Atena. Este tipo de prova, bastante

diferente da praticada atualmente, recebia o nome de ‘Lampadodromia’, e era

realizada com a passagem de tochas com fogo. Mas nessa mesma época as

corridas de revezamento já eram usadas, segundo Gomes (s.d.), como meio de

comunicação para fazer uma mensagem chegar ao seu destino de maneira

mais rápida.

Para Dornelles (s. d. apud Dohert), as corridas de revezamento como

conhecemos, tiveram como idealizadores os norte-americanos a partir de

outras atividades por eles praticadas. Na ocasião de surgimento dessa prova,

havia revezamento de cavalos que puxavam diligencias que devido às longas

viagens eram mudados nos postos de troca. Entretanto, os revezamentos

realizados pelos bombeiros de Massachusetts foram os acontecimentos mais

próximos a idealização das corridas de revezamentos presentes em todas as

competições de Atletismo. A sua primeira experiência aconteceu em 1893, com

duas equipes de 4x ¼ de milha e foi considerado um sucesso sendo logo

incorporada a diversas outras competições.

De sua progênie a atualidade, os revezamentos passaram por varias

modificações, tanto em sua distancia, quanto em suas regras o que tornou

essas provas umas das mais esperadas e mais emocionantes em todas as

competições, em especial, nos jogos Olímpicos e nos campeonatos mundiais

de Atletismo, pois além da expectativa que gera em todos, é a única prova

dessa modalidade em que o coletivo é essencial, por ser uma prova em equipe,

e os resultados dependem do entrosamento entre os quatros atletas do grupo.

(MATTHIESEN e GARUFFI, 2009, p. 1)

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Além dos blocos de partida nas provas de pista, o que garantiu a grande

evolução das corridas de maneira geral e das marcas alcançadas atualmente,

fica por parte da introdução da tecnologia na construção de pistas com

materiais de melhor qualidade.

Além disso, os estudos em biomecânica, fisiologia e adaptação dos

métodos de treino aos atletas para obtenção de melhores performances, e

também pela evolução das vestimentas, sapatilhas e tênis utilizados pelos

atletas, que a cada temporada tem evoluído e se adaptado as características

únicas de cada praticante dessas provas, tem elevado o nível das competições

cada vez mais, superando limites nunca antes imaginados pelos pioneiros do

Atletismo moderno.

Detalhes técnicos sobre as corridas

Dentro da linha das corridas observamos as provas de velocidade

(100m, 200m e 400m), de meio fundo (800m e 1500m), de fundo (3000m

steeplechase, 5000m, 10000m e maratona), de barreiras (100m, 110m e

400m), revezamentos (4x100m e 4x400m) e cross-country1.

Provas de velocidade

Toda a energia do corpo deve ser disponibilizada para a maior

aceleração possível dos movimentos, imprimindo-se o máximo de energia na

largada tendo em vista que a curta duração dessas corridas não proporciona

tempo para a formação de grandes planos mentais de ataque e defesa e nem a

organizar varias combinações táticas. Essas corridas são decididas por

detalhes mínimos como, por exemplo, a partida, a freqüência de passadas, o

estilo da ação dos pés, etc. Os poucos segundos em que ocorrem essas

provas de velocidade não permitem aos corredores muitos milagres sobre a

pista. Todas as ações devem estar previstas de antemão para não ser

surpreendido pelos incidentes.

A partida nas provas de velocidade acontece logo após o período de

ajustes do bloco de partida realizados pelo atleta, e o posicionamento deste a

1 Desporto originariamente inglês, foi disputado oficialmente em 1876. Esteve presente nos Jogos Olimpícos de 1912 a 1924. Ainda muito popular na Europa, ganha força entre os atletas brasileiros.

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atrás de seu bloco. Ao comando de “as suas marcas” dado pelo árbitro de

partida, o atleta se colocará cuidadosamente em seu bloco posicionando seus

pés no mesmo e suas mãos2 no solo apoiadas atrás da linha de partida e um

dos joelhos no chão. Os braços deveram estar estendidos e separados mais ou

menos à distancia dos ombros. Após sua colocação correta o atleta deve

concentrar sua atenção total no árbitro de partida.

Figura 1 – Momento da largada

Com todos os atletas em suas marcas, em posição imóvel no bloco, o

árbitro de partida dará o comando “pronto”. Nesse instante, o atleta elevará o

joelho que se encontrava em contato com o solo, e com isso, seu quadril estará

na mesma linha - ou levemente acima - de seus ombros. Todo o corpo

encontra-se agora posicionado e totalmente pronto para lançar-se a frente com

uma poderosa arrancada até a linha de chegada. O atleta respira calmamente,

retendo o ar, colocando toda a atenção na saída eminente. Imagem posição

das mãos e pés

2 O apoio nesse caso é realizado apenas pelas pontas dos dedos das mãos com maior pressão sobre o polegar e o indicador que se encontram alinhados a marca de partida com demonstra a figura 2.

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Fonte: http://imotion.com.br

Figura 2 – Posição das mãos

Ao som da partida – tiro ou apito – o atleta fará um enorme esforço à

frente, com ambas as pernas, ajudado pelo impulso dos braços. Os

movimentos dos braços com pernas devem ser rapidamente coordenados3 e

harmoniosos para equilibrar o corpo após a forte saída e buscando a máxima

aceleração. Esses movimentos iniciais são os de maior importância e

constituem o segredo do sucesso de muitos campões.

Corridas de meio fundo

Nestas provas, assim como nas de velocidade e de fundo, os atletas

sentem suas capacidades físicas como determinante fator para suas vitórias,

uma vez que sua rapidez ou resistência natural sinalizam qual especialidade

atlética devem seguir. Os atletas de meio fundo sofrem continuamente com o

problema de falta de adaptação a esta especialidade que resultam em muitos

resultados com grandes variações em suas atuações. Isto é natural uma vez

que o meio fundo é uma especialidade onde vão parar os atletas que não

tenham obtido resultados satisfatórios nas provas de velocidade por não serem

suficientemente rápidos e os que fracassaram nas corridas de fundo por não

serem muito resistentes. Não é raro ver vários atletas de meio fundo obter

brilhantes resultados durante todo o treinamento e fracassar justamente no

momento da prova.3 O braço esquerdo segue o movimento da perna direita e o braço direito segue os movimentos da perna esquerda. Ao passo que a perna direita realiza a passada a frente o braço esquerdo projeta-se também à frente. O mesmo acontece o braço direito no momento que a perna esquerda realiza seu movimento de passada.

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Figura 3 – Prova de meio fundo

Para essas corridas os músculos, os nervos e ímpeto, dão vez aos

pulmões, à cabeça e aos ossos. Os músculos e nervos, como motor, atuam de

forma moderada, pois a extensão do trajeto a correr e os fatores que

influenciam o desenrolar da prova exigem picos, e esses picos devem dar o

peito, a inteligência e a resistência física necessários aos atletas desta

especialidade.

A saída para as provas de meio fundo deve ser normal4. Nem rápida

nem por demais lenta. Entre os 200m e 300m o atleta já deve saber avaliar

com quem compete e calcular as possibilidades que julga dispor. A partir de

então pode dedicar-se a buscar no pelotão uma posição que o permita

destacar-se, sem envolver-se na disputa na ponta, e assim se manterá por toda

a corrida até perto do final em que pode se livrar de circunstâncias indesejadas

para empregar um tiro de grande velocidade. Manter-se entre os velozes e os

lentos é o segredo do êxito, mas é necessário avaliar e reservar energias para

vencer os mais velozes no final da prova.

Provas de Fundo

O corredor de longas distâncias deverá começar seu treinamento com

muita antecedência. Deverá observar principalmente os detalhes do estilo para

4 Nas provas de meio fundo, a exemplos das de fundo, sua partida realiza-se da posição parada em pé, ou seja, sem necessidade de blocos de partida para a largada.

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esta prática incluindo o comprimento da passada, o movimento dos braços e a

respiração.

Muitos corredores reclamam de cansaço nos braços logo após que

tenham corrido distância regular. A tensão indevida de qualquer parte do corpo

consumirá uma grande dose de energia física e mental. Em conseqüência,

deve-se ter cuidado de manter o tronco e os membros em uma posição

relaxada, de maneira que a energia física e nervosa não se disperse

demasiadamente rápida.

Fonte: http://dracenasportshow.com.br

Figura 4 – Prova de fundo

Para vários técnicos e atletas, as corridas de fundo são uma questão de

ritmo e o corredor deverá conhecer o percurso tão bem que, em determinado

momento, poderá baixar um ou dois segundo por volta ou quilometro

percorrido.

Corridas com barreiras

São necessárias muito boas qualidades físicas para se destacar nessas

provas, já que não é nada fácil triunfar em uma prova em que além da

velocidade entram em jogo a destreza e a agilidade. Para saltar os obstáculos

que se encontram na corrida se requerem condições especiais dos atletas

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desta especialidade: Altos, de pernas longas, velozes, muito resistentes e de

ação desenvolta.

Fonte: http://mundovisto.wordpress.com

Figura 5 – 110m com barreiras

Tudo se pode conseguir com base em um bom treinamento e não é

difícil que com isso e uma forma física ideal conseguir uma atuação brilhante

nesta especialidade. É necessária uma preparação com detalhes para praticá-

los na corrida uma vez que é uma curta distância e não há tempo para

correções e mudanças de tática.

Revezamentos

Os dois revezamentos mais executados e fazem parte do programa

Olímpico são o 4x100m e 4x400m, tanto no masculino quanto no feminino. São

duas das provas mais aguardadas e esperadas por todos que vão as

competições de Atletismo em qualquer nível. Os quatro atletas que integram

essas corridas se distribuem na seguinte ordem: os dois velocistas mais fortes

farão os 100m iniciais e 100m finais; os 200m intermediários se destinam aos

atletas velocistas menos fortes. Da mesma forma essa ordem é colocada para

as provas de revezamento 4x400m.

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Fonte: http://odia.terra.com.br/esporte

Figura 6 – Revezamento 4x100m feminino Brasil

O nervosismo nestas provas é fatal. Faz com que os corredores não se

concentrem e dão lugar a falhas lamentáveis. O treinamento deve ser perfeito e

consistente; nada deve ser improvisado no momento da corrida. Tudo deve

estar perfeitamente previsto. Os quatro atletas devem ser um só na pista. O

bastão que cada corredor entrega ao seu substituto, é cilíndrico, é feito em

geral de madeira ou metal leve, e passa de um corredor a outro dentro de uma

zona de 20m; de maneira que para fazer a passagem dentro do espaço de 20m

ambos, corredores procuram ter a mesma velocidade máxima.

Cross-Country (corridas pelo campo)

Esta corrida reúne muitos belos incentivos para o atleta que a escolhe

para sua especialidade. O afasta da monotonia da pista e da rua para

proporcionar as belezas da paisagem, e isso produz resultado mais agradável

uma vez conseguido o treinamento necessário. A primeira vez que se pratica a

corrida pelo campo, saltando obstáculos e transpondo os acidentes naturais do

terreno, se experimenta a sensação de algo superior as forças humanas e

talvez o desmaio aconteça, mas não ocorrerão sucessivas vezes quando o

treinamento já tenha dotado o atleta das possibilidades suficientes para sair

satisfatoriamente do esforço realizado.

Em geral, as corridas de cross-country têm distancias entre 4000m e

8000m com percurso marcado por entre trilhas, vales, formações rochosas,

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morros, barrancos, encostas etc. Estas são algumas das condições principais

desta especialidade que consiste precisamente em superar as referidas

dificuldades intercaladas em abundancia durante a corrida. Difere-se das

corridas de aventura, pois no cross-country os atletas têm o percurso

determinado e não necessitam de equipamentos extras para sua prática.

Fonte: www.portalbarueri.com Fonte: http:// esporte.uol.com.br

Figura 7 – Cross country em Barueri Figura 8 – Mundial de Cross country

Os SaltosNesta especialidade de provas, podemos fazer a diferenciação entre

dois tipos de saltos: horizontais (salto em distância e triplo) e verticais (salto em

altura e com vara). São provas tão belas e emocionantes para quem as assiste

quanto são detalhadas e complexas de serem realizadas por seus

especialistas.

O salto em distancia, de todos os saltos é o mais natural e simples de

aprender, pois envolve, de maneira genérica, apenas a corrida e a impulsão a

partir da tabua. Segundo Pernisa (1980, p. 12), “É a mais natural das provas e

remonta às origens da humanidade tanto pelo seu caráter utilitário como

recreativo”. Para Vianna (s.d., p.1):

A história nos diz que a ambição de saltar o maior comprimento possível é certamente tão velha quanto a própria história do Atletismo. O salto foi tratado sobre várias formas desde a antigüidade. Na Grécia, a impulsão se dava a partir de uma espécie de marca (bater) de pedras, sobre o solo plano (skumma), ou com ajuda de pesos (halteres).

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Para Pernisa (1980, p. 13):

Para o salto era providenciado um ponto de impulso que não sabemos se era de madeira ou pedra. O solo em frente ao ponto de impulsão era cavado e nivelado até certa distancia e chamava-se skamma. Saltar além do skamma era provérbio de proeza extraordinária.

Para Pernisa (1980, p.13) e Vieira (2007), o salto em distancia figurou

desde os primeiro Jogos Olimpicos (776 a.C.) como parte das provas do

pentatlo. Ainda segundo Vieira (2007, p.64), “O evento moderno foi

regularizado na Inglaterra e nos Estados Unidos em 1850: o levantar-vôo tinha

que ser feito 20cm afastado da tábua dentro da marca de saibro”.

Para Vianna ( s.d. p.1):

[...] em 1886 foi introduzida a tabua de impulsão, cuja cuja utilização ainda hoje é discutida, tendo já sido fatídica para muitos atletas. [...] Porém, retirar a tábua de impulsão para o salto em distância seria o mesmo que retirar o estímulo e a expectativa que a mesma causa. Foi desta forma que, na Cidade do México, durante as Olimpíadas de 1968, que o americano Bob Beamon saltou a fantástica distância de 8,90 metros.

Tal recorde permaneceu inalterado por 23 anos até que 1991, Mike

Powell alcançou a marca de 8,95 m e mantém o atual recorde mundial da

prova. (VIEIRA, 2007)

O salto triplo é uma das provas mais complexas pois se composta de

três partes bem definidas, com caracteristicas peculiares, mesmo

independentes entre si. É uma prova que requer uma junção harmonica entre

velocidade, agilidade e flexibilidade; além de uma musculatura forte e rapida,

existe o problema de adequação mecanica com relação a importancia atribuida

a cada um dos três saltos que o compõe. (FERNANDES, 2003)

Para Pernisa (1980 p.13), o surgimento do salto triplo “[...] tenha sido de

um erro técnico no salto em distancia”. Ainda segundo este autor os gregos

praticavam dando um salto em ditancia e mais dois saltos com os pés juntos.

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O salto triplo em tempos modernos, segundo Dornelles (s.d., p. 51), os

primeiros anos foram de dominio de irlandeses e escoceses nesta prova. O

salto praticado pelos irlandeses eram executados sobre a mesma perna. Já na

Alemanha o salto foi desenvolvido com passadas que se sucediam, até que no

inicio dos Jogos Olimpicos modernos, foi oficializada a sequencia de saltos

esquerda-direita ou o inverso, conhecida pela designação inglesa de hop, step

and jump. Já nesse formato, a primeira medalha olimpica foi ganha com um

salto de 13,72 metros e desde então não houve mudanças quanto às normas.

Segundo Fernandes (2003, p.104), desde 1896 houve várias

alternancias no domínio dessa prova por diferentes paises. “Foi iniciado nos

Estados Unidos, pasando logo em seguida para os povos do norte da Europa,

para que depois este dominio viesse a pertencer aos japoneses, por um longo

periodo de doze anos”. Ao longo da história dessa prova o Brasil despertou

grande atenção e alcançou destaque com as atuações de Ademar Ferreira da

Silva, passando por Nelsom Prudêncio até chegar ao grande nome João Carlos

de Oliveira – o João do Pulo.

O João do Pulo causou espanto e surpresa a todos com a extraordinária

marca de 17,89 metros em 1975, recorde que perdurou por mais de dez anos,

quando em 1985 o americano Willie Banks conseguiu saltar 17,97m.

Atualmente o recorde mundial esta estabelecido pelo inglês Jonathan Edwards

em 18,29m, marca conseguida na cidade de Gotemburgo em 1995.

(FERNANDES, 2003)

No salto em altura, segundo Fernandes (2003) e Perniza (1980), a

técnica mais simples de transposição do sarrafo é conhecida como “tesoura” ou

“estilo do leste” que em 1895 atingiu 1,97m. A partir dessa tecnica,

rapidamente variados estilos são utilizados até que no ano de 1912, surge o

“rolo californiano” alançando a marca de 2,00 m, e em 1917, também nos

Estados Unido, uma variação desse estilo, atingiu 2,07 m.

Ainda segundo Fernandes(2003), entre as variações surgidas a partir do

“rolo californiano destacam-se o estilo “cortado” em 1933 com a marca de 2,03

m e o estilo conhecido como “cravado a cavalo”, que em 1957 o sovietico Yuri

Stepanov, marcou o recorde mundial com 2,16 m.

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Foi assim que, no dia 13 de agosto de 1959, o sovietico Valery Brumel estabeleceu um novo recorde, de seu pais e da Europa, com a marca de 2,16 m, onde fez a combinação do estilo sueco com uma corrida mais longa e rápida, impulso ascendente nos braços e uma flexão mais acentuada das pernas, tanto a de impulso como a contrária (FERNANDES, 2003 p. 12).

A técnica aplicada por Brumel ficou conhecida como “rolo ventral” e

conquistou em 1963 com 2,28 m o recorde mundial que permaneceu até 1971.

Em 1968, o vencedor da salto em altura nos Jogos Olimpicos da cidade do

México, o americano Richard Fosbury, surpreende e espanta a todos com sua

nova técnica, onde passava o sarrafo de costas e atingiu a altura de 2,24 m.

Essa revolução na técnica ficou conhecida como “fosbury flop”, “salto de

costas” ou somente “flop”. (FERNANDES, 2003), (PERNIZA, 1980).

Mas sem dúvida, o fator mais importante na evolução tecnica da prova

de salto em altura é o material do setor de aterrissagem. Segundo Cabreira

(s.d.), até principio da década de 1960, o atletas caíam sobre areia e, portanto

eram forçados a aplicar uma técnica de salto que evitasse lesões. Com o

surgimento da área de espuma, garantiu a concentração exclusiva do atletas

na técnica de passagem sobre o sarrafo elevando o nível das disputas. Tal

evolução aplicada-se também ao salto com vara, onde a preocupação com a

queda é mais evidente.

A introdução de elementos tecnológicos, principalmente na área de

aterrissagem ou queda, fez com que os atletas do salto com vara se

preocupassem cada vez mais com o aprimoramento da técnica e menos com a

forma ideal de aterrissar para evitar lesões. Tal observação é feita com base

nas marcas atuais a cada dia mais surpreendentes.

A marca atual é quase o dobro do 1º recorde Olímpico, quando se

utilizavam varas de madeira. Em Atenas na 1ª Olimpíada da era moderna, em

1896, o vencedor dessa prova atingiu os 3,30m, nem os mais otimistas

poderiam imaginar que um dia alguém passaria a marca dos 6,0m. De fato,

cem anos depois, na Olimpíada de Atlanta em 1996, já utilizando-se uma vara

flexível, com efeito catapulta, e caindo em um colchão de espuma, o vencedor

desta prova passou a barra de 5,92m. Nessa época, porém o recorde mundial

Page 16: €¦ · Web viewAinda, para Fernandes(2003), sem sombra de duvidas, um dos maiores nomes do salto com vara, detentor até hoje do recorde mundial nessa prova, é o ucraniano Sergey

já era 6,14m para os homens e 4,81 para as mulheres. (FERNANDES 2003,

p.54)

As evoluções na confecção da vara, garantiu a essa prova plasticidade

única tornado-a uma das mais belas do Atletismo. Segundo Fernandes (2003

p.54):

Inicialmente as varas eram de madeira ou bambu, no final dos anos 30 surgiram das varas de metal, no inicio dos anos 60 surgiram as varas de fibra de vidro que revolucionaram a tecnica do salto e no inicio dos anos 70 as varas flexiveis com efeito catapulta deram à prova uma plastica incomparavel. Influenciou tambem, as mudanças na area de queda ou aterrissagem que evoluiu do tanque de areia para o colchão de plumas e finalmente o colção de espulma densa.

Ainda, para Fernandes(2003), sem sombra de duvidas, um dos maiores

nomes do salto com vara, detentor até hoje do recorde mundial nessa prova, é

o ucraniano Sergey Bubka com a maravilhosa marca de 6,14m; iniciou o

destaque notável em sua carreira, em 1983 ao vencer o campeonato mundial

com 5,70m e até 1994 quando estabeleceu definitivamente sua marca, bateu

mais de 30 vezes seu próprio recorde mundial.

Detalhes sobre os Saltos

Nesta especialidade de provas, podemos fazer a diferenciação entre

dois tipos principais de saltos: horizontais (salto em distância e triplo) e verticais

(salto em altura e com vara). São provas tão belas e emocionantes para quem

as assiste quanto são detalhadas e complexas de serem realizadas por seus

especialistas. A seguir alguns conselhos para os interessados em conhecer

alguns detalhes referentes aos saltos.

Saltos horizontais

É raro encontrar um bom saltador, pois são provas complexas com

detalhes minuciosos ao qual uma ligeira distração ocasiona sensíveis

conseqüências no que se referem a resultados ou marcas. São provas para

atletas velozes, de músculos elásticos, donos de uma perfeita coordenação

neuromuscular e preferencialmente de boa estatura. Os barreiristas de forma

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genérica também são aptos para essas provas. As três partes de que se

compõem a prova são: corrida de aproximação, impulso e vôo.

A corrida de aproximação tem em media uma distancia de 30 a 40

metros que é ajustada pelo competidor de acordo com suas possibilidades.

Logo, um atleta com condições de velocista adquire maior velocidade em um

espaço menor, já um atleta mais lento necessita de mais alguns metros para

atingir a velocidade necessária para o salto ideal.

Fonte: Jéferson Vianna (UFJF)

Figura 9 – Impulso e vôo do salto em distância

Para chegar à tabua de impulsão com a velocidade máxima e colocar a

perna mais forte para o salto sobre a mesma sem erros, é preciso conhecer

muito bem o trajeto. Na pista há uma serie de sinais feitos pelo atleta que o

darão a completa segurança de que saltará com a perna correta. Assim mesmo

os braços devem estar prontos para uma elevação com energia para ajudar o

corpo em sua subida e atrasar ao máximo a queda. O impulso deverá ser

ascendente para que junto com a corrida proporcione o lançamento do corpo

para cima e à frente. A elevação dos braços é forte e também no mesmo

sentido, e quanto mais rápida e vigorosa seja esta ação mais livre de peso

estará o corpo e dessa forma os músculos extensores das pernas poderão

trabalhar com mais eficiência.

Uma vez o saltador no ar, passará a realizar uma serie de movimentos

destinados a mudar o centro de gravidade do corpo a frente e algumas vezes

para cima e outras para baixo, segundo a técnica desenvolvida nos

treinamentos, tudo para conseguir a maior distância possível.

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Fonte: http://adoratual.files.wordpress.com

Figura 10 – Salto em distância

Os movimentos que são os mais utilizados principalmente por atletas

iniciantes, e produzem bons resultados, são os que se seguem e caracterizam

o estilo tesoura: as pernas continuam o movimento de passadas como se a

corrida acontecesse no ar; os braços realizam movimentos similares aos

ponteiros de um relógio; o tronco realiza primeiro uma extensão seguida de

uma flexão acentuada gradualmente. Ao cair o corpo lança-se à frente para

não cair atrás das marcas feitas pelos pés.

O salto triplo consiste em realizar três saltos sucessivos, porém

observando-se todas as características vistas anteriormente para a corrida de

aproximação, algumas técnicas no momento do vôo para o setor de queda,

bem como os atributos dos atletas.

O primeiro salto realizado a partir da tabua de impulsão realiza-se com a

perna de impulsão, o segundo com esta mesma perna, e o terceiro é realizado

com a outra perna. A corrida de aproximação é a mesma nos dois saltos. No

primeiro salto o atleta não deve alongar-se em demasia e cair de maneira que

não crave o corpo como um prego para obter melhores condições para que o

segundo salto seja mais eficaz e resulte em um maior rendimento.

O impulso e a trajetória requerem muito treinamento. Na batida da

primeira perna, o joelho da outra se levanta o máximo possível dando ao corpo

altura e as pernas executam movimento de tesoura para cair com a mesma

perna e realizar outro salto com uma grande passada e logo em seguida com

as pernas em progressão à frente.