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ANNO X fi SEXTA-FEIRA 20,|l|ÍGyEMBRO DE 1863 Subsciove-se no oscriplorio da •_'y, ographia Im.-aiiciai,, Roa do Rosário p. 49, paraa.capilal aJ2|' rs. p )V anno, o 6|| rs. por somes- Ire, o para fora al5# rs. por atino. A assignatura pode começar em qual pjor dia do anno, mas acaba ompre em íim Junho o Dozein- bro. PAGAMENTO ADIANTADO. __________;—SSM--- ²- N. 2256. Publicações, Annuncios 100 rs. por linha PublicaçõaslitterariasõOrs. ¦ Ditas particulares 120 rs. > Noticias diversas 500 rs. » Folha avulsa custa 200 rs. As correspondências e oommu- nicados serão dirigidas em carta fechada ao escriptorio da redac- çào; Direclor da redação e proprietário .li) esl^p|eÉnenlo»"J^[|lQ!)erto de \wéi H arques.—íloliabo?adores diversos. EXPEDIENTE DA PRESIDÊNCIA. Dia 16 de Novembro de 1863. gammmjaaamaaMmaamamawwmmaaEaaaaaa^ fi^amjBat amam ¦¦"'¦¦ ¦¦ ••¦.,..'•;,-, |..(iiur«i^K| S-JEnSBBSQSB&rEBBaDX rrrrrF-inii (fciitnoTrrfjj. Muilos o enthusjaslicos bripdcs se fizeram, alusiyos A prosperidade da provincia de S. Paulo, e ao canimer- | cio inglez; qiie tantas provas tom dado da amizade que consagra aos hrazileiros o principalmente aos pau- listas. -Ao iuiz municipal o do orpháos supplenle en. | ° «?. fe %$$. 9^i!i0 ',leixou Pe»bprados a todos exercicio de Lorena1.— Ficando, seieulo poloatou- -officio.,. on.cmis.cp»)vi(lad(_s,.pql,T riiaaonir.Waucit e alVavel com de 2fl mez passada, da maneira 'porrjuo.'8e.ai_bavam . qüe os tratou.-._.--.- •"-. f/ívi temporariamente providos os ollicios parlidor.ewn-; (le|icacIozil no. trato ô uma dag )je||as qualidades, tldordésse uizo, lho declaro qno devo vmc. nos tennos:' dòi ai-t.ll''do dec.n.817 de 30 dc agosto de 1851 man-. pntro muitas, quo distinguem o sr. dr. Bernardo Avo- dar affixar edilaes convidando pretendentes ao officio ; lin0 Gavião Poixolo. de contador, e remelter-mo copia desses editais, afim . de serem reproduzidos o publicados pela imprensa nes- ta capilal.! Consta-nos quo as obras da estrada do Santos, a car- -Aò commendador Antônio Joaquim da• B«*J-- j „0 do in,allsaV(,| e distínoió paulista o sr.José Verguei- Concedo a v.s a exoneração que pedio do cargo de ms- S.... _. ., .. < ,. ¦ pertor da instrucção publica do districto do S.Roque,; ro eslão a Icrininar. allegando ter'do mudar-se para a sua fasenda Agua- Nacla dihmios sobre a utilidade dosla obra, que cahy.!„.i-„n»Jin niii-lici P01' si é bastante para deixar immorredouros nas pagi- —\o dr.inspector geral da instrucção publica. L-. '," . , '' Communico a vmc. para sua intelligencia' o om resposta nas da historia da província os nomes dos srs. conse- ao sou officio do 13 do correnle sob n.302, que ficam , |*iejro pires Jo MoW e cbininendãtloT- José Vergueiro, expedidas as convenientes ordens para que o empresa- ..(, .1 , i.¦._¦¦_¦«_•_ ...„_ -,i„.(í. ,,_,í_pnn .In-uniim (.OSSO 11111 e OUUO-__ A utilidade do se estabelecer uma via boa via de a capital, e o primeiro porto da li ,Ío das publicações des aclos desle governo, Joaquim llob-rlo do Azevedo Marques, lhe faça entrega dos I\UJJ ii IjU Uü.U-ti.«u .......j..--.., i 1 exemplares broxados do relatório por vmc apresen tado em o anno de 1861, e outro sim que o autoriso para mandar imprimir o relatório do anno próximo passaiio, conforme solicita no seu citado olficio. —A' Joaquim Roberto de Azevedo Marques.—Nao se achando ainda impressos os documentos que deviam a- companltar o relatório apresentado por s.ex. o sr. conse Iheiro presidente da provincia a assembléa legislativ provincial em sua ultima sessão, determina-me o mos- mo sr. presidonle que faça sentir a v.s.essa fala para quo baia dosanal-a com a maior possível brevidade. quo liaj communicação entre provincia está na consciência de todos. E' verdade esta de tal intuição quo ninguém se animará a contestar. Resta portanto agori que a estrada eslá a concluir- se, que alguém so eucarregtie de dólar a capilal com os vehiculos do eondiioção para esta estrada a primeira da provincia. Informam-ees qne trata-se de encorporar uma asso- .Ao'in_pector do lhesouro.-Tomando etnçoiisi*- ci:u.il0 pal'.:l üsto (iln. |'Men,os votos para que esla idéa deração o que vmc.cxpnz em seu ofiicio d* 14 doou* .-.,., -..„.,.... rente sob ...155 sobre a necessidade qne ha deapromp- çre_ça o os Inícios desejados, far-sè com urgência vários trabalhos na repartição a peia.n0ssa parte dosdo fazemos uu, appello a to- seu'cargo, cabe-me significar-lhe que; apPfovto a rrteiLU-.interessam pelo progresso da provincia, da aue propõe de dospodir os respectivos empiegauos._..i i Ri as 2 horas da tarde, fazondo-os voltar as 4 para Iraba-! para que concorram com suas forças, e animem aquelle» liiái-éiri até as 6 até'que se concluam os referidos Iraba- (_ue se pUZOr8m á testa de uma tal empresa —A câmara municipal de Mogy-mirim. - Represei,, tando-me no incluso olficio de 12 do mez passado o 1 iuiz de paz do Espirito Santo do Pinhal, que 'apesar de se achar mudado ha mais de 2 annos para Minas um dos juizes de paz da dita freguesia, não tem yuics..pre. enchido o numero de quatro juizes de naz hajam vmes. de informar-me Respeito, dando desde logo as provi- tlencias recommendadas pela lei. r da capella-mór dn mesmo mosteiro do Santo çào cotnmunicào á Ilit ontroncão-so no Salto, é por tanto coinmiim até lltí, e ambas ellas tem no orçamento pro_ vincial uma quota, cremos que do um conto de réis, para este municipio. Consta-nos que o sr.Certain tem ordem do seguir a da Constituição; quando porém o sr. presidente julgar opporluno que passe para a de Cam- pinas, quo muilo tem que fazer, seria muilo conve_ nienle que.éalã!) aperfeiçoasse o que agora, por econo. '"ia, não podo deixar perfeito uo caminho do Salto. Como porém o sr.Certain tem de seguir o seu destino» tomamos a liberdade de lembrar-lhe, quo o serviço mais pesado, que terá logo do encontrar, é o morro do capi. tão Ronlo de Souza; e quo abi intitilisoii a boa direcção quo se dera á estrada a falta do sullieienle escoamento ás agoas por meio do fortes esgotos aos lados da eslra- da. A torra quo quasi domina no morro é levo, e por isso, dosde que as agoas invadirem a eslrada, hão d infallivolmonlo abrir vallas, cnmo nclualmenle so acha. Julgamos por lanlo, apoiado no juiso do pessoas.com- polônios, quo o condição indispensável á duração d uma eslrada um systema de vallas de esgotos com al° tura e largura stifficienles quo varião segundo as cir. cumstancias do terreno o sua ondulação, para não serem facilmente entupidas o arruinadas. Pedimos desculpa pelas nossas observações, que tom por fim animar o sr.Certain a proseguir ria sua ta- rola com o inesmo zelo e interesse que lem manifestado até aqui; c concordará comnosco que neste gênero de serviço publico pelo receio de gastar mais um pouco, não deixar perfeito—não é economia. XíJ.rsp,—Cascata tio palácio de Queluz. HEI í't;|).çn'iiAiuo:— Sepultarão-se a 17. ¦ jirjna de Tal, 49 annos hydropesia. /'/Mo, 5 inozos, lilho de Lúcia Maria do Jesus ; he _|p8. "-•-'-. '.:,'.-.--_..._. ímfM- .iL;^..-._-_..._......... 'f£:-l- Antonia, fallecida na enfermaria dos indigentes; diar- rlici. •Joiio Peyro, 50 annos, francez; febre. Passageiros chegados á Santos no vapor Piruhg,a 11 do corronte. lirlzileiros—Antonio da Silva Moraes, Raphael Car- yalho do Andrade, Joào Antônio Soares de Campos, João Anlonio da Silva. Poi',uguezes—José Ribeiro do Azevedo, Antônio da Roza Çutierres, Manoel da Silva da Lage, Anlonio Go- mos Pereira, Antônio da Cruz. Joaquim Ferreira, Cus- lodio Pereira; o 10 escravos. "¦"' '¦>¦ t-»-v."« •.•"r.,-'»-.-*i'.-.._-lí-.**.*. .ri-ti,,, 1-vt.v*.,»: caWW»»-fJÍ' ."\---w-ri*. ç.-.'. l< CORRESP. 1)0 ¦'CORREIO;.' NOTICIÁRIO. No dia 18 do corrente deu o sr.dr. Bernardo Gavião, ao sr. Saunders, agente do banco inglez do Rio de Ja- iwiro um sumptuoso jantar. O sr. dr. Gavião reuniu para esso fim uns quarenta amigos, na sua bella casa da rua Alegre. Reinou a mais cordial intimidade nesta reunião com- posta dos cavalheiros ir.ais distinclos de S. Paulo. O serviço esteve delicadíssimo. Chegou a 7. ?" caderneta do Archico Pillorcsco, jor- 1TU' Ç de Novomdro do 1803. Agradecemos cordialmente ao exin.sr.presidente, em nome dos Iluauos, o serviço que a elles prestou, orde- nando o concerto da es Ir da que segue desta cidado para o freqüentado Salto, quo ha inuilos annos nào recebia o maispequeno beneficio. lloje,' graças a s.ex.o a intelligonle direcção do sr. Joaquim Certain, a quom lilo acertadamente foi confiado esso tradalho, podem os apreciadores desse predilecto passeio do Salto ir suavemente, alé cm carrinho, gozar ali da frescura do lugar, da poesia o magnificência tio panorama que se desenvolvo á vista do allonito esperta, dor, que.contempla maravilhado a caladupa veneranda, cujo sussurro incessante das águas Ibe recorda a elerni- dade!... Ahi o homem pensador admira a grandeza nal porluguez. Traz os seguintes artigos:—Leitura de Deos em suas obras fc,^*iim».-aiw*flr.'-^ ..n»_.___r.r.r-r. ».»""<*-•?.'.? para as escolas—A morte de uma criança—O novo ma- tadouro Do ensino religioso nas escolas primarias Cartas a um professo;—A boca no coração—Convento â,o Gaí-H-C- ííc?!a capH^l-T-Ynt-fj.uifl^f-oç ile \Ipnr.of.^T* Palácio do governador da índia porlugueza—A visão do precipício—Fragmentos de um roteiro de Lisboa— Árrabaido de Lisbpa.-Queluz, o palácio, e quintal real —A visào do precipício—Loucura—O mosteiro de San- lo Thyrso—Cascata- do palácio do Queluz. As gravuras são :—Vista interior do Passeio da Es- tr.ila—Perspectivado novo matadouro—Planta do no- vo matadouro—Convento do Can«o dosla cidade— Palácio do governador dos estados da índia Portuguc- za—Antigo Mosteiro de S. Vicente de Fora,—Vista in- , .,,.,.-y.,. ...„.,-.. fW.._i-/.'4iv.-.'.cí*.r:i--»- :*.y'.-^'i'.v_í.-.»-».,.nsi'iWji-í.»iiniftf ^* -$ FOLHETIM. s>m#iri®3i!^i& l'Oll Augusto Sarmento (Continuação do n. 2255.) IX. Fr Marcos um dia-quasi a chorar, o hypocrila I - eha .tou de parte o bacharel, e, como amigo intimo da casa começou lastimando a cegueira de Alvarenga, oue a todos julgava dignos da franqueza com que lies abria suas por hs. P.oseguia o frade no mesmo tom d" Si voz ein quando, para n.oslrar que o temno náo permittia que houvesse genlo de boa le, addE como exemplo, o proced nienlo do s^u m uue sendo ali tão bem recebido, and.va por fora, ja- ctando-se da distineção con. que a morgada o atteudia; e quom sabe se chegava com suas calumnias a ultra- nassar as raias do decoro ". P Abrunhosa, que pela sua parte náo desejava maleitas a Assumpçlo declarou logo sor do seu dever prevenir o morcado acontecido. Insistia elle com o fr de para me lbo dissessionome do calun.n.ador, e estolin- «ia recusar-se a isso porque, .-ont.nuava com apparen to humildade, a sua posição não so compadeclerui com papel de aceusador, nem com o implicar-se on ob oc- tos extranhos á sua missão toda do paz e Concedia. Depois do ambíguos circumloquios, como que sem re- narar deixou escapar o nome dc Lucena. Foi o que Abrunhosa quiz ouvir. Correu a ilonun- cial-o ao morgado; mas, por mais depressa que, fosso .Assumpçào, avisada polo tranc.scai.o, sabia duo Abrunhosa, talvez despeitado por nada obter] delia, andava urdinih intrigas para disvirtuar Liicenia nn conceito do seu pae, e obrigal-o a nunca mais o ico- ber. Os inslnimentos do mal qucbraiu-se, logo qm, são inúteis, antes que se tornem prejudiciaes A nies- ma natureza o ensina. As abelhas, depois den.o.de- recôrrèuáesnmil maravilhas o plano delineado por fr Marcos. Lucena fei expulso pelo morga-do, ao pa so que Abrunhosa distanciava cada vez .mau. suas.visitas em virtude do modo glacial por que eraacolhido pela fdha. í: Apesar de no campo, nào melhorou a situação do sobrinho do fr. Marcos. Por pouco quo se lembrasse do sou passado, deveria sabor que os amantes não co- lihécèm embaraços, que sejam mais fortes que a sua vontade.. Andava-lhos o frade no encalço, farejando a maneira por que se correspondiam ; quando o acaso o serviu mais satisfactoriamenle do que imaginara. vimos como podéra obter que um bilhete do Lucena lhe ca- liisse nas mãos. Marcos, abusando do segredo que surprohendéra, com ameaças, com severas admoestações, conseguiu que o criado lhe revelasse tudo quanto dizia respeito aos dois amantes. lioras depois seguia o morgado caminho de Lisboa, o Assumpção com sua tia recolhiam-se ao convento de j Collas, aonde cri religiosa unia sua parenta. Com ser i nm pouco distante da cidado, parecerá ao fidalgo o me- »lhor abrigo que poderia oscolhcr para sua fani lia. O S frade, quo acompanhara as senhoras alé á sua nova ro- \ sidencia, logo que viu as grades do convento fecharem- se sobro ellas, voltou a casa de Alvarenga, cuja adini- nislraçáo lhe lora confiada por toda a ausência de seu dono. Pela direcção, que o sr.Joaquim Certain lom dado aos trabalhos da estrada, nos faz ter a esperança do que dignamente preencherá o vasio que deixou o seu illus- t''.T-.•>•''',' -¦.«.,'•(¦•••> -c.cvuüçao, Tfirer ír.nta falta tem feito á Itl'i. A ello devemos a posso da melhor eslrada para a ca- pitai: é um monumento que ahi existe á memória do sr. Augusto Certain. Aquelles quo ha poucos mezes passarão na estrada ilo Salto, nào a reconhecerão ao tornarem agora; o as dilli. culdades quo o sr.Certain tovo a vencer so julga pelo i.úmero e volume das pedras, quo foi preciso destrui,, ou arrodar do caminho, As estradas quo das cidades de Campinas e Constitui- reunidas no Ave iro á for- concurso do liboral, som Durante o caminho tinha o frado"poi,sailo no parlido . que deveria tomar dopois das revelações do criado. Es- j tava decidido a remover por uma vez todos os estorvos | com quo o amor do Lucona embaraçava seus intontos. i 0 desapparocinionlo do Assunipçáo não o satisfazia ! cabalmente. Lucona, mais cedo ou mais tarde, viria a í sabor onde parava afilha do morgado, por nãn sor Coimbra terra em que os segredos tenham longa dura- I cão. Poderia ató sn- ella a primeira tpie denunciasse ¦ sou escondrijo aos olhos do mancebo. Neste, caso nem i cot;: o auxilio de José tinha a contar, porque outras ' pessoas deveriam ser encarregadas de alhanar a com- municação entro os dois amantes; não tendo o criado possibilidade do entrar nn convento. O único oxpo- ílienté agora que a sorto o favorecia, ora segurar Lu- cena, iiilpcdindo-lbe qualquer tentativa. O frade chamou José, mal entrou em casa. —Visto ainda ha pouco, lho disso Marcos, que te po- dia perder. O que então podia, posso ainda agora, e em quanto conservar este bilhete que enlregaste ,i me* nina. Deves conhecer o que te esperava. Mas socega, não te (hsejo fazer mal. O que quero de ti é uma cega obedipneia. Ouve. 0 criado acbegou-sc para ao do frade. Este mur- murou-lHo algumas palavras em tom mais baixo; de- pois do quo o criado partiu om direcçáo da casa de Lu- cena. Repicava ás Ave-Marias. Seriam quatro lioras da larde quando, largo de Sarr.sào as milícias da Figueira o ça armada do Coimbra, o entro innumero povo, se elevou o grito em pró da causa maior violência que a prisão de um corlo capitão mili- cia.no, a quom um estudante arrancara dn pnito adivi- sa nrguelista, e que pretendia fugir, arrastando seus subalternos. Findo o pronunciamento, Lucona, cm voz do ir para sua casa, aonde o esperava Josó, foi juntar-se a sous amigos na Estalagem da Diàbinha. José esperou meia hora a quedo A poria da Lucc- na. Cansado já, sentou-se n'iiin dns degraus da esca- tia, e tornou a esperar oulra meia hora; Ninguém ap- parecia. Alinrrccoii-so. bocojnu, impacientou-se; mas como não havia remédio senão obedecer ás ordens do franciscann, teve do conformar-se cnm o destino. Agei* tando-se mais a seu coimnodo, estendeu as pernas, cruzou os braços, encostou a cabeça á parede, cerrou as paipebras, o pouco tempo depois onlrogava-se de corpo è alma ao deus do somno, que é amparo dos infelizes. Doidejava-lhe it phantasia em não sei qne ridenle so- nho, quando violento einpuxáo o fez acordar om so- bréssabn. Gosto perfeito não o ha neste mundo. Nào liouvo alma c mipadeçida que o livrasse de pesadelos, om quanto so remexera inquieto, ostranhondo a dureza da leito ; mas vinham perturbar-lho o somno agora, que as tábuas lho pareciam alcalifa do lerciopollo, e a parede fofa cabeceira tle pennits', José levanloii-so meio dormido, moio acordado, o, esfregando os olhos, viu diante do si uni estudante. Era Villanovi), companheiro tle Lucona, quo, recolheu do-se a casa, encontrara aquelle vulto estirado na es- cada. 0 estudante bateu-lho com o pé, e, vendo que era um homem adormecido, abanara-o rudemente para saber o motivo que o obrigava a dormir pelas casas alheias. Josó disse-lhe quo procurava Lucona para lho dar um recado, de que ora urgenlo que nossa mesma noite ficasse sabedor. Perguntou-lhe Villanova quem o man- dava, o este, hesitando, pronunciou o noino de Asstim- pção! Villanova era o mais inti. 0 dos amigos do Lu- cena, e lalvoz o único quo estava verdadeiramente ao facto dos seus amores com a lilha do Alv.- renga. José sabia-o, e por isso repetiu a lição que lhe ensinara Marcos.. Tina o morgado uma quinta a pequena distancia ae Coimbra _.'uma povoa;ao quasi à beira da estrada de PTTB2 81 ATURA-. _ASLÃGRÍMÃSDE MARIANNÃT" (Continuação. ) Sylvia pressentio Ioda essa n agia celeste e myste- riosa, que poderia perder por sua culpa. Por iraz do véo nebuloso da tarde, as rcinenisccn- tias de sua infância, desfolhavam-se unia a uma, como lagrimas ou como fioros. Instintivamente volveu os olhos para o atiro da egreja. Vio-se ahi, como cinco annos anles, rodeiada de povo, na noite dc Róis, a es- prei.tar os muzicos que vibravam no violão e na flauta as modinhas favoritas do lugar. Cuidou distinguir o seu vestido curto, separado do chão duas polegadas, o sou vestido branco enfeitado do lilás azoes, e brilhante como um dia de primavera. Ali mosmo, ali mesmo I As lembranças desse tempo sorriam nos seus olhos, oxpalliavam-so Úmidas, leves melancólicas no ar que cila respirava! .Vossa noite o cirurgião accoinpaiihou-as, a cila e a sua mãi, apezar do sereno que fazia, o e»treleve-se em derramar-lhe folhas decannolla sobro os cabellos, ou a fazer-lhò negaças com carlucbinhos de amêndoas. Os meninos acolovelavaiii-sc chorando medrosos pelos IU* Tffl-WTO»-.».1-»^ Lisboa. Chama-se aquelle logar Casai da Rosa. Como o morg.idn lora obrigado a sahir repentinamente da ci- dado, linha ido pernoitar a esto logár'para abi arranjar os preparativos para a viagem, que havia de continuar ni dia seguinte. Levando om sua companhia Assnm- p-ào, não tivera osta tempo ile respondei' ao bilhete de Lucona, mas pedia-lhe polo amor quo lhe jurara de lhe ir fallar ossa nioana noite á quinta do' Casai da Rosa', aonde olla o esperava. Com lanlo que fosse anles da madrugada; iria sompro a tempo. Tal era o plano tpie o frade imaginara para attrahir Lucona. Assim qno Jnsé partira para ir procurar o amante de Assunipçáo, mandara Marcos por um outro criado do morgado prevenir ns quo viviam iia quinta do quo es- Tivessem preparados para ropollir uu. roubo, que osta- va destinado irem fazer-llíos durante a noite. Logo que vissem appraximar-so alguém dn muro, era larga- rem-lhe unia descarga cerrada para afugentar os la- dròes. O frade contava cnm a maior ou menor certeza do uma bala, para assim so vor do todo ou polo menos pnr algum tenipo livre do homem que, por si só, susti- nha immoveis as rodas do carro da sua fortuna. Villanova, ouvido o recado, e sabendo quanto seu amigo sentiria faltar á entrevista pedida, decidiu fazor Iodas as diligencias para que Lucena fosse avisado. Como lho prnphetisava o coração aonde a essas lioras o cucontrari i, mandou o criado para casa, dizendo-lhe que ora provável que nn caminho o encontrasse; José obedeceu; o Villanova, com lenções de acompanhar Lu- cena até an Cusul da Rosa, foi-o seguindo. Jnsé ia adiante caiitarnlariilo ; Villanova alguns pas- sos atraz, silencioso o lodo embebido om tristo prosen- timento; que lhe annunciava próxima desgraça. Ao ruido qne sentiram quando Lucena cahira da ar- Voro do jardim do Alvarenga, José machinalinonto re- Cliou aló junto do Villanova. Quando a consciência não oslá Irampiilla, o nos aceusa de ler praticado uma ac- çào má, a menor cousa nos amedronta, porquo parece que tido se conspira para nos castigar. José tremia como varas verdes, ao passo quo sou companheiro ca- ininhava, como alé ali, forte da sua consciência. Por pouca allençllo quo o leitor tenha dado A nossa narrativa, inda se deverá lembrar do estado em que achara n Lucona. 0 estudante não podia dar um pas- so, tendo o corpo entorpecido pela queda que acabava de dar. Ha males que vem por bons. Desta vez Lucena ti- nha escapado das ciladas do fiade.' ; •i' * (Continua.)

wéi H arques.—íloliabo?adores diversos.memoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1863_02256.pdfem o anno de 1861, e outro sim que o autoriso para mandar imprimir o relatório do anno

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SEXTA-FEIRA 20,|l|ÍGyEMBRO DE 1863

Subsciove-se no oscriplorio da•_'y, ographia Im.-aiiciai,, Roa doRosário p. 49, paraa.capilal aJ2|'rs. p )V anno, o 6|| rs. por somes-Ire, o para fora al5# rs. por atino.

A assignatura pode começar em

qual pjor dia do anno, mas acabaompre em íim dò Junho o Dozein-

bro. PAGAMENTO ADIANTADO.

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N. 2256.

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Ditas particulares 120 rs. >Noticias diversas 500 rs. »Folha avulsa custa 200 rs.

As correspondências e oommu-nicados serão dirigidas em cartafechada ao escriptorio da redac-çào;

Direclor da redação e proprietário .li) esl^p|eÉnenlo»"J^[|lQ!)erto de \wéi H arques.—íloliabo?adores diversos.

EXPEDIENTE DA PRESIDÊNCIA.Dia 16 de Novembro de 1863.

gammmjaaamaaMmaamamawwmmaaEaaaaaa^ fi^amjBat amam¦¦"'¦¦ ¦¦ ••¦.,..'• ;,-, |..(iiur«i^K|

S-JEnSBBSQSB&rEBBaDXrrrrrF-inii (fciitnoTrrfjj.

Muilos o enthusjaslicos bripdcs se fizeram, alusiyosA prosperidade da provincia de S. Paulo, e ao canimer-

| cio inglez; qiie tantas provas tom dado da amizade queconsagra aos hrazileiros o principalmente aos pau-listas.

-Ao iuiz municipal o do orpháos 2° supplenle en. | ° «?. fe %$$. 9^i!i0 ',leixou Pe»bprados a todos

exercicio de Lorena1.— Ficando, seieulo poloatou- -officio.,. on.cmis.cp»)vi(lad(_s,.pql,T riiaaonir.Waucit e alVavel comde 2fl dò mez passada, da maneira 'porrjuo.'8e.ai_bavam . qüe os tratou. -._.--. - •"-. f/ívitemporariamente providos os ollicios dé parlidor.ewn-; (le|icacIozil no. trato ô uma dag )je||as qualidades,tldordésse uizo, lho declaro qno devo vmc. nos tennos: 'dòi ai-t.ll''do dec.n.817 de 30 dc agosto de 1851 man-. pntro muitas, quo distinguem o sr. dr. Bernardo Avo-

dar affixar edilaes convidando pretendentes ao officio ; lin0 Gavião Poixolo.de contador, e remelter-mo copia desses editais, afim .de serem reproduzidos o publicados pela imprensa nes- •

ta capilal. ! Consta-nos quo as obras da estrada do Santos, a car--Aò commendador Antônio Joaquim da• B«*J--

j „0 do in,allsaV(,| e distínoió paulista o sr.José Verguei-Concedo a v.s a exoneração que pedio do cargo de ms- .... _. ., .. < ,. ¦

pertor da instrucção publica do districto do S.Roque,; ro eslão a Icrininar.allegando ter'do mudar-se para a sua fasenda dó Agua- Nacla dihmios sobre a utilidade dosla obra, que sócahy. !„.i-„n»Jin niii-lici — P01' si é bastante para deixar immorredouros nas pagi-—\o dr.inspector geral da instrucção publica. -. '," . , ''Communico a vmc. para sua intelligencia' o om resposta • nas da historia da província os nomes dos srs. conse-ao sou officio do 13 do correnle sob n.302, que ficam , |*iejro pires Jo MoW e cbininendãtloT- José Vergueiro,expedidas as convenientes ordens para que o empresa- ..(, •

.1 , i.¦._¦¦_¦«_•_ .. .„_ -,i„.(í. ,,_,í_pnn .In-uniim (.OSSO 11111 e OUUO- __

A utilidade do se estabelecer já uma via boa via dea capital, e o primeiro porto da

li

,Ío das publicações des aclos desle governo, Joaquimllob-rlo do Azevedo Marques, lhe faça entrega dosI\UJJ ii IjU Uü.U-ti.«u .......j..--.., i

1exemplares broxados do relatório por vmc apresen tadoem o anno de 1861, e outro sim que o autoriso paramandar imprimir o relatório do anno próximo passaiio,conforme solicita no seu citado olficio.

—A' Joaquim Roberto de Azevedo Marques.—Nao seachando ainda impressos os documentos que deviam a-companltar o relatório apresentado por s.ex. o sr. conseIheiro presidente da provincia a assembléa legislativprovincial em sua ultima sessão, determina-me o mos-mo sr. presidonle que faça sentir a v.s.essa fala paraquo baia dosanal-a com a maior possível brevidade.quo liaj

communicação entreprovincia está na consciência de todos. E' verdade estade tal intuição quo ninguém se animará a contestar.

Resta portanto agori que a estrada eslá a concluir-se, que alguém so eucarregtie de dólar a capilal com osvehiculos do eondiioção para esta estrada a primeira da

provincia.Informam-ees qne trata-se de encorporar uma asso-

.Ao'in_pector do lhesouro.-Tomando etnçoiisi*- ci:u.il0 pal'.:l üsto (iln. |'Men,os votos para que esla idéaderação o que vmc.cxpnz em seu ofiicio d* 14 doou* .-.,. , -..„.,....rente sob ...155 sobre a necessidade qne ha deapromp- çre_ça o dé os Inícios desejados,far-sè com urgência vários trabalhos na repartição a peia.n0ssa parte dosdo jà fazemos uu, appello a to-seu'cargo, cabe-me significar-lhe que; apPfovto a rrteiLU-. interessam

pelo progresso da provincia,da aue propõe de dospodir os respectivos empiegauos ._.. i i ias 2 horas da tarde, fazondo-os voltar as 4 para Iraba-! para que concorram com suas forças, e animem aquelle»liiái-éiri até as 6 até'que se concluam os referidos Iraba- (_ue se pUZOr8m á testa de uma tal empresa

—A câmara municipal de Mogy-mirim. - Represei,,tando-me no incluso olficio de 12 do mez passado o 1iuiz de paz do Espirito Santo do Pinhal, que

'apesar dese achar mudado ha mais de 2 annos para Minas umdos juizes de paz da dita freguesia, não tem yuics..pre.enchido o numero de quatro juizes de naz hajam vmes.de informar-me Respeito, dando desde logo as provi-tlencias recommendadas pela lei.

r da capella-mór dn mesmo mosteiro do Santo çào cotnmunicào á Ilit ontroncão-so no Salto, é por tantocoinmiim até lltí, e ambas ellas tem no orçamento pro_vincial uma quota, cremos que do um conto de réis,para este municipio. Consta-nos que o sr.Certain temordem do seguir a da Constituição; quando porém o sr.presidente julgar opporluno que passe para a de Cam-pinas, quo muilo tem que fazer, seria muilo conve_nienle que.éalã!) aperfeiçoasse o que agora, por econo.'"ia, não podo deixar perfeito uo caminho do Salto.

Como porém o sr.Certain tem de seguir o seu destino»tomamos a liberdade de lembrar-lhe, quo o serviço maispesado, que terá logo do encontrar, é o morro do capi.tão Ronlo de Souza; e quo abi intitilisoii a boa direcçãoquo se dera á estrada a falta do sullieienle escoamentoás agoas por meio do fortes esgotos aos lados da eslra-da. A torra quo quasi domina no morro é levo, e porisso, dosde que as agoas invadirem a eslrada, hão dinfallivolmonlo abrir vallas, cnmo nclualmenle so acha.Julgamos por lanlo, apoiado no juiso do pessoas.com-polônios, quo o condição indispensável á duração duma eslrada um systema de vallas de esgotos com al°tura e largura stifficienles quo varião segundo as cir.cumstancias do terreno o sua ondulação, para não seremfacilmente entupidas o arruinadas.

Pedimos desculpa pelas nossas observações, que sótom por fim animar o sr.Certain a proseguir ria sua ta-rola com o inesmo zelo e interesse que lem manifestadoaté aqui; c concordará comnosco que neste gênero deserviço publico pelo receio de gastar mais um pouco,não deixar perfeito—não é economia.

XíJ.rsp,—Cascata tio palácio de Queluz.HEIí't —

;|).çn'iiAiuo:— Sepultarão-se a 17.¦ jirjna de Tal, 49 annos hydropesia.

/'/Mo, 5 inozos, lilho de Lúcia Maria do Jesus ; he_|p8. "-•-'-. '.:,'.-.--_... _.ímfM- .iL;^..-._-_..._......... 'f£:-l-

Antonia, fallecida na enfermaria dos indigentes; diar-rlici.

•Joiio Peyro, 50 annos, francez; febre.

Passageiros chegados á Santos no vapor Piruhg,a 11do corronte.

lirlzileiros—Antonio da Silva Moraes, Raphael Car-yalho do Andrade, Joào Antônio Soares de Campos,João Anlonio da Silva.

Poi',uguezes—José Ribeiro do Azevedo, Antônio daRoza Çutierres, Manoel da Silva da Lage, Anlonio Go-mos Pereira, Antônio da Cruz. Joaquim Ferreira, Cus-lodio Pereira; o 10 escravos."¦"' '¦>¦ t-»-v."« •.•"r.,-'»-.-*i'.-.._-lí-.**.*. .ri-ti,,, 1-vt.v*.,»: caWW»»-fJÍ' ."\---w-ri*. ç.-.'. l<

CORRESP. 1)0 ¦'CORREIO;.'

NOTICIÁRIO.

No dia 18 do corrente deu o sr.dr. Bernardo Gavião,

ao sr. Saunders, agente do banco inglez do Rio de Ja-

iwiro um sumptuoso jantar.O sr. dr. Gavião reuniu para esso fim uns quarenta

amigos, na sua bella casa da rua Alegre.

Reinou a mais cordial intimidade nesta reunião com-

posta dos cavalheiros ir.ais distinclos de S. Paulo. O

serviço esteve delicadíssimo.

Chegou a 7. ?" caderneta do Archico Pillorcsco, jor-

1TU' Ç de Novomdro do 1803.Agradecemos cordialmente ao exin.sr.presidente, em

nome dos Iluauos, o serviço que a elles prestou, orde-nando o concerto da es Ir da que segue desta cidado parao freqüentado Salto, quo ha inuilos annos nào recebia omaispequeno beneficio.

lloje,' graças a s.ex.o a intelligonle direcção do sr.Joaquim Certain, a quom lilo acertadamente foi confiadoesso tradalho, podem os apreciadores desse predilectopasseio do Salto ir suavemente, alé cm carrinho, gozarali da frescura do lugar, da poesia o magnificência tiopanorama que se desenvolvo á vista do allonito esperta,dor, que.contempla maravilhado a caladupa veneranda,cujo sussurro incessante das águas Ibe recorda a elerni-dade!... Ahi o homem pensador admira a grandeza

nal porluguez. Traz os seguintes artigos:—Leitura de Deos em suas obras

fc,^*iim».-aiw*flr.'-^ ..n»_.___r.r.r-r. ».»""<*-•?.'.?

para as escolas—A morte de uma criança—O novo ma-tadouro — Do ensino religioso nas escolas primariasCartas a um professo;—A boca no coração—Conventoâ,o Gaí-H-C- ííc?!a capH^l-T-Ynt-fj.uifl^f-oç ile \Ipnr.of.^T*Palácio do governador da índia porlugueza—A visãodo precipício—Fragmentos de um roteiro de Lisboa—Árrabaido de Lisbpa.-Queluz, o palácio, e quintal real—A visào do precipício—Loucura—O mosteiro de San-lo Thyrso—Cascata- do palácio do Queluz.

As gravuras são :—Vista interior do Passeio da Es-tr.ila—Perspectivado novo matadouro—Planta do no-vo matadouro—Convento do Can«o dosla cidade—Palácio do governador dos estados da índia Portuguc-za—Antigo Mosteiro de S. Vicente de Fora,—Vista in-

, .,,.,. „ -y.,. ...„.,-.. fW.._i-/.'4iv.-.'.cí*.r:i--»- :*.y'.-^'i'.v_í.-.»-».,.nsi'iWji-í.»iiniftf ^* -$

FOLHETIM.s>m#iri®3i!^i&

l'Oll

Augusto Sarmento(Continuação do n. 2255.)

IX.Fr Marcos um dia-quasi a chorar, o hypocrila I -

eha .tou de parte o bacharel, e, como amigo intimo dacasa começou lastimando a cegueira de Alvarenga,oue a todos julgava dignos da franqueza com que liesabria suas por hs. P.oseguia o frade no mesmo tomd" Si d« voz ein quando, para n.oslrar que otemno iá náo permittia que houvesse genlo de boa le,addE como exemplo, o proced nienlo do s^u muue sendo ali tão bem recebido, and.va por fora, ja-ctando-se da distineção con. que a morgada o atteudia;e quom sabe se jà chegava com suas calumnias a ultra-nassar as raias do decoro .P

Abrunhosa, que pela sua parte náo desejava maleitasa Assumpçlo declarou logo sor do seu dever preveniro morcado dò acontecido. Insistia elle com o fr de

para me lbo dissessionome do calun.n.ador, e estolin-«ia recusar-se a isso porque, .-ont.nuava com apparento humildade, a sua posição não so compadeclerui com

papel de aceusador, nem com o implicar-se on ob oc-tos extranhos á sua missão toda do paz e

Concedia.Depois do ambíguos circumloquios, como que sem re-narar deixou escapar o nome dc Lucena.Foi

o que Abrunhosa quiz ouvir. Correu a ilonun-cial-o ao morgado; mas, por mais depressa que, fossojá .Assumpçào, avisada polo tranc.scai.o, sabia duoAbrunhosa, talvez despeitado por nada obter] delia,andava urdinih intrigas para disvirtuar Liicenia nnconceito do seu pae, e obrigal-o a nunca mais o ico-ber. Os inslnimentos do mal qucbraiu-se, logo qm,são inúteis, antes que se tornem prejudiciaes A nies-ma natureza o ensina. As abelhas, depois den.o.de-recôrrèuáesnmil

maravilhas o plano delineado por frMarcos. Lucena fei expulso pelo morga-do, ao pa so

que Abrunhosa distanciava cada vez .mau. suas.visitasem virtude do modo glacial por que eraacolhido pelafdha.

í: Apesar de só no campo, nào melhorou a situação dosobrinho do fr. Marcos. Por pouco quo se lembrassedo sou passado, deveria sabor que os amantes não co-lihécèm embaraços, que sejam mais fortes que a suavontade. .

Andava-lhos o frade no encalço, farejando a maneirapor que se correspondiam ; quando o acaso o serviumais satisfactoriamenle do que imaginara. Jà vimoscomo podéra obter que um bilhete do Lucena lhe ca-liisse nas mãos.

Marcos, abusando do segredo que surprohendéra, jácom ameaças, já com severas admoestações, conseguiuque o criado lhe revelasse tudo quanto dizia respeitoaos dois amantes.

lioras depois seguia o morgado caminho de Lisboa,o Assumpção com sua tia recolhiam-se ao convento de

j Collas, aonde cri religiosa unia sua parenta. Com seri nm pouco distante da cidado, parecerá ao fidalgo o me-»lhor abrigo que poderia oscolhcr para sua fani lia. OS frade, quo acompanhara as senhoras alé á sua nova ro-\ sidencia, logo que viu as grades do convento fecharem-

se sobro ellas, voltou a casa de Alvarenga, cuja adini-nislraçáo lhe lora confiada por toda a ausência de seudono.

Pela direcção, que o sr.Joaquim Certain lom dado aostrabalhos da estrada, nos faz ter a esperança do quedignamente preencherá o vasio que deixou o seu illus-t''.T-.•>•''',' -¦.«.,'•(¦•••> -c.cvuüçao, Tfirer ír.nta falta tem feitoá Itl'i.

A ello devemos a posso da melhor eslrada para a ca-pitai: é um monumento que ahi existe á memória do sr.Augusto Certain.

Aquelles quo ha poucos mezes passarão na estrada iloSalto, nào a reconhecerão ao tornarem agora; o as dilli.culdades quo o sr.Certain tovo a vencer so julga peloi.úmero e volume das pedras, quo foi preciso destrui,,ou arrodar do caminho,

As estradas quo das cidades de Campinas e Constitui-

reunidas noAve iro á for-concurso doliboral, som

Durante o caminho tinha o frado"poi,sailo no parlido. que deveria tomar dopois das revelações do criado. Es-j tava decidido a remover por uma vez todos os estorvos| com quo o amor do Lucona embaraçava seus intontos.i 0 desapparocinionlo do Assunipçáo não o satisfazia! cabalmente. Lucona, mais cedo ou mais tarde, viria aí sabor onde parava afilha do morgado, por nãn sor

Coimbra terra em que os segredos tenham longa dura-I cão. Poderia ató sn- ella a primeira tpie denunciasse¦ sou escondrijo aos olhos do mancebo. Neste, caso nemi cot;: o auxilio de José tinha a contar, porque outras'

pessoas deveriam ser encarregadas de alhanar a com-municação entro os dois amantes; não tendo o criadopossibilidade do entrar nn convento. O único oxpo-ílienté agora que a sorto o favorecia, ora segurar Lu-cena, iiilpcdindo-lbe qualquer tentativa.

O frade chamou José, mal entrou em casa.—Visto ainda ha pouco, lho disso Marcos, que te po-

dia perder. O que então podia, posso ainda agora, eem quanto conservar este bilhete que enlregaste ,i me*nina. Deves conhecer o que te esperava. Mas socega,não te (hsejo fazer mal. O que quero de ti é uma cegaobedipneia. Ouve.

0 criado acbegou-sc para ao pé do frade. Este mur-murou-lHo algumas palavras em tom mais baixo; de-

pois do quo o criado partiu om direcçáo da casa de Lu-cena. Repicava ás Ave-Marias.

Seriam quatro lioras da larde quando,largo de Sarr.sào as milícias da Figueira oça armada do Coimbra, o entro innumeropovo, se elevou o grito em pró da causamaior violência que a prisão de um corlo capitão mili-cia.no, a quom um estudante arrancara dn pnito adivi-sa nrguelista, e que pretendia fugir, arrastando seussubalternos.

Findo o pronunciamento, Lucona, cm voz do ir parasua casa, aonde o esperava Josó, foi juntar-se a sousamigos na Estalagem da Diàbinha.

José esperou meia hora a pé quedo A poria da Lucc-na. Cansado já, sentou-se n'iiin dns degraus da esca-tia, e tornou a esperar oulra meia hora; Ninguém ap-parecia. Alinrrccoii-so. bocojnu, impacientou-se; mascomo não havia remédio senão obedecer ás ordens dofranciscann, teve do conformar-se cnm o destino. Agei*tando-se mais a seu coimnodo, estendeu as pernas,cruzou os braços, encostou a cabeça á parede, cerrou aspaipebras, o pouco tempo depois onlrogava-se de corpoè alma ao deus do somno, que é amparo dos infelizes.

Doidejava-lhe it phantasia em não sei qne ridenle so-nho, quando violento einpuxáo o fez acordar om so-bréssabn. Gosto perfeito não o ha neste mundo. Nàoliouvo alma c mipadeçida que o livrasse de pesadelos,om quanto so remexera inquieto, ostranhondo a durezada leito ; mas vinham perturbar-lho o somno agora,que as tábuas lho pareciam alcalifa do lerciopollo, e aparede fofa cabeceira tle pennits',

José levanloii-so meio dormido, moio acordado, o,esfregando os olhos, viu diante do si uni estudante.Era Villanovi), companheiro tle Lucona, quo, recolheudo-se a casa, encontrara aquelle vulto estirado na es-cada. 0 estudante bateu-lho com o pé, e, vendo queera um homem adormecido, abanara-o rudemente parasaber o motivo que o obrigava a dormir pelas casasalheias.

Josó disse-lhe quo procurava Lucona para lho darum recado, de que ora urgenlo que nossa mesma noiteficasse sabedor. Perguntou-lhe Villanova quem o man-dava, o este, hesitando, pronunciou o noino de Asstim-pção! Villanova era o mais inti. 0 dos amigos do Lu-cena, e lalvoz o único quo estava verdadeiramente aofacto dos seus amores com a lilha do Alv.- renga. Josésabia-o, e por isso repetiu a lição que lhe ensinaraMarcos. .

Tina o morgado uma quinta a pequena distancia aeCoimbra _.'uma povoa;ao quasi à beira da estrada de

PTTB2 81 ATURA-._ASLÃGRÍMÃSDE

MARIANNÃT"(Continuação. )

Sylvia pressentio Ioda essa n agia celeste e myste-riosa, que poderia perder por sua culpa.

Por iraz do véo nebuloso da tarde, as rcinenisccn-tias de sua infância, desfolhavam-se unia a uma, comolagrimas ou como fioros. Instintivamente volveu osolhos para o atiro da egreja. Vio-se ahi, como cincoannos anles, rodeiada de povo, na noite dc Róis, a es-prei.tar os muzicos que vibravam no violão e na flautaas modinhas favoritas do lugar. Cuidou distinguir oseu vestido curto, separado do chão duas polegadas, osou vestido branco enfeitado do lilás azoes, e brilhantecomo um dia de primavera. Ali mosmo, ali mesmo IAs lembranças desse tempo sorriam nos seus olhos,oxpalliavam-so Úmidas, leves melancólicas no ar quecila respirava!

.Vossa noite o cirurgião accoinpaiihou-as, a cila e asua mãi, apezar do sereno que fazia, o e»treleve-seem derramar-lhe folhas decannolla sobro os cabellos,ou a fazer-lhò negaças com carlucbinhos de amêndoas.Os meninos acolovelavaiii-sc chorando medrosos pelos

\£ IU* Tffl-WTO»-.».1-»^

Lisboa. Chama-se aquelle logar Casai da Rosa. Comoo morg.idn lora obrigado a sahir repentinamente da ci-dado, linha ido pernoitar a esto logár'para abi arranjaros preparativos para a viagem, que havia de continuarni dia seguinte. Levando om sua companhia Assnm-p-ào, não tivera osta tempo ile respondei' ao bilhete deLucona, mas pedia-lhe polo amor quo lhe jurara de lheir fallar ossa nioana noite á quinta do' Casai da Rosa',aonde olla o esperava. Com lanlo que fosse anles damadrugada; iria sompro a tempo.

Tal era o plano tpie o frade imaginara para attrahirLucona.

Assim qno Jnsé partira para ir procurar o amante deAssunipçáo, mandara Marcos por um outro criado domorgado prevenir ns quo viviam iia quinta do quo es-Tivessem preparados para ropollir uu. roubo, que osta-va destinado irem fazer-llíos durante a noite. Logoque vissem appraximar-so alguém dn muro, era larga-rem-lhe unia descarga cerrada para afugentar os la-dròes. O frade contava cnm a maior ou menor certezado uma bala, para assim so vor do todo ou polo menospnr algum tenipo livre do homem que, por si só, susti-nha immoveis as rodas do carro da sua fortuna.

Villanova, ouvido o recado, e sabendo quanto seuamigo sentiria faltar á entrevista pedida, decidiu fazorIodas as diligencias para que Lucena fosse avisado.Como lho prnphetisava o coração aonde a essas lioraso cucontrari i, mandou o criado para casa, dizendo-lheque ora provável que nn caminho o encontrasse; Joséobedeceu; o Villanova, com lenções de acompanhar Lu-cena até an Cusul da Rosa, foi-o seguindo.

Jnsé ia adiante caiitarnlariilo ; Villanova alguns pas-sos atraz, silencioso o lodo embebido om tristo prosen-timento; que lhe annunciava próxima desgraça.

Ao ruido qne sentiram quando Lucena cahira da ar-Voro do jardim do Alvarenga, José machinalinonto re-Cliou aló junto do Villanova. Quando a consciência nãooslá Irampiilla, o nos aceusa de ler praticado uma ac-çào má, a menor cousa nos amedronta, porquo pareceque tido se conspira para nos castigar. José tremiacomo varas verdes, ao passo quo sou companheiro ca-ininhava, como alé ali, forte da sua consciência.

Por pouca allençllo quo o leitor tenha dado A nossanarrativa, inda se deverá lembrar do estado em queachara n Lucona. 0 estudante não podia dar um pas-so, tendo o corpo entorpecido pela queda que acabavade dar.

Ha males que vem por bons. Desta vez Lucena ti-nha escapado das ciladas do fiade. ' ; •i' *

(Continua.)

Page 2: wéi H arques.—íloliabo?adores diversos.memoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1863_02256.pdfem o anno de 1861, e outro sim que o autoriso para mandar imprimir o relatório do anno

ÜRftElO ftULISTANO.

tv::~::-."~t;::vi7:.-jY.±::..-.-;x.:u:^

rojões elo sos do

fogtt itomocos,

.a: logtieir;

;, as rapariga'i.s \ mines poivigário abem

riam-su aos dilos chis-lavam, o vento zuiiiai.iva ii todo o inundo.

«Iodai

iy Os dtíelivos tio mutile as cliaiiiiiins volteavam, as notasda musica vinham itiorrerquebrailas pola viração da

nüiie ! Recordou-se dü ludn conservando os'olhns pa-nulos n'esse ponto lõnginquo, vagamente desfeito pelassombras.

—Se fosse lioiilem ! tirtiüuloti ella 1'alltindo a si ines-ma.

ti vigário, conto tun Invn-so d'' o ser I qui.:ti vá;

—1-; lorãs «le osqucmerlliusotiros inanrcciavo'

as raparigas azafiimadns procuravam porlias, llor.1- o griii.iidns, (l vigário veio iling1'

N t innsiu.i nnito tinham 9músicos,,«enri i.sos das pt'P"v

cer|ii".-,'i':' perguntou a rapartg

Ollio, s,.« eu uà" saio (Caqui

lieiro,—e elle preza-pela ultima lenta-

irannas, Silvia :' Osdias!

tremendo, esqui'-

melancólica tanlu do AgusU,lu sua mlle, :i sol ir.i .Ia putjl

in melhores tempos, as __$

-Nunca digas desla agua náoerliio. Sabes lu pur ventura on«i

¦terei reza u pru-varão a miso-

lucrai a moralmente

,t,

vria i« d aDauiioiio;'

Convém notar q'o bom do padtcom ;« ticquisição de-Sylvia,

— \ miséria ? ropuiio ella;—o atiaiHionodo-so em elici.i para o vigário:'isso

resolut iinetite ;— |sr. vigário,

reconhuc -ti ti sua escassezses,«' aconseih-tniln-a, dez tninutos ninileneiosanicnto.

Sylvia dirigio-se áea.-a, ;i« pressas, eoino tuna con-doiiinada; por mais do una voz seutio vergaroui-sn-llic-os joelhos. .Na varanda assentada junto á meza tlejantai', sua iniii ouvia tuna moça da visinbança Ioi*—Iluas Horas Mariannus. .',' chegada da r.ip iriga ideu-se a leitura. Svlvia heiiriit-lho , mão e

---Estou deteriiitiuulíe leve a minha respuO vigário

Vllll.ltl

i tintes 1'nren-retirou-se si-

lugarparleus enfeites ila egrejachegar vários grupo-ma fazendas,

Sylvia ã tarde, nmdeitou a cabeça n i t'«dlA velha quiz recorda.' i ,. ., ...leiiinidadus festivas d., passado. Dou as mãos á morai« andou alguns passos para traz.

—Ainda mo lembra, eoinu se fosse hoje, iiiitruiuroíoila.inèrgnlhaudo a memória nas sombras nebulosas dlpassado. Teu pai veio ,\,i cidade nu «lia da festa, qncelebra in amanhã, e veio trazer a alegria para a nosscasa. liu estava grávida de ti, Sylvia, n só ti lembrai!ça de tor um ilibo depois tle quinze nnnos do iiitsamoiitísentiaaiTebenlar-se-ine o coração no peilo.do prazer.Poimadrugada os rapines «I i fazenda visinha, eantaniimodas, vinham reunir-se no adro da freguezia, A'onze horas houve a missa, .• o senhor vigário ás duasconvidado por leu pai. dignou-se jantai coinuosco.Por mais que eu quizesse est| tecpr nunca me litgiriair«los otn idos estas palavras.--Sua (ilha bade ser bcllje c:isi,i como os anjos. Minha lilha ? perguntei irjMin,«ii,Io de ventura, Us proseiititnentos não ialliaitljliissH elle sorrindo: lindo ser tiuin filha,verti. A' imito

uspen-as fa-

agora

«n«-ttiitt r,

ei; i

ii-

tu. ni,,mi.

,K «le

CiiS.-1,111 • ¦

li veste at--Ali inesii

dou-lhe lenili— Eslá hon

V leitura rniio dava .:ü\ ia.

Omitido fovess «ir i: járaiso terrestre

.'vos primoumira vesti ia. >.'.:o espelho a«« roslo.lava bella como .'.:!,.. chegar um limella se achava.

Era escusado pilismo, que ..o inoiiienlo «Igrandes almacoado retiro : pareciad'iiuia estrella maligna]),. e ;'i consciência como um inartyrioliartir, mtinniiron ella procurando eneiEni ar de simplesco todos os porine-Ado .Ins

(llll

acenderam as tiigueiras,oinliaix.il ao pé do córrego idrogada,

Paroce-niuma nelilinaras ardiam .

A iiiuzir.i. ora viva,risus e amuos das moças,tensãu e ia morrer !á .:iu«m uma pessoa... Tivoqu,' os outros : da j inellguiam o rellexodo 1'ogu, -se com ns sons allasl

cs rapariga;le as quatro

diiiiçaraiii 'li*

horas da ma-

i •

10111.uma

Ivia I romque Dettsdt:

que tudo se passou bonlem I Faziauri" e fria, as ultimas brazas nas fnguei-lal.indo...

or i iloscançadit, no meio dosderrani iva-se por Ioda a cx-

tido niio linha nem uma luz,de recolher-me mais cedo do

i errada meus olhos dutin-. e os meus ouvidos alegravam-ios da., vozes •; dos violões

¦ bom lembrar-tno-nos desse lempi) etnivti iiasssiar na terra ioda a s,a ininita

era Sil-

•a-|

u'-

or iipangn

missa na freguezia. O interior da ogreja assoinelhava-soao exterior iFitina noiva: gazes o llores,

Dizer que a rapariga nllo deu a menor allençílo Aspaginas do livro de missa, seria protestar unicamente averdade. A idóa das riquezas tornava-se-lhe mais vigorosae ii,iii» nrdento,, O modosto vestido do cassa, ornadode IItas, ineoiiioiodava-a: era a túnica de Nessus ras-gatidu-lhe as veias, uma a uma.

Quiz ntoslrar-se alugre todo esse dia para niio causarsuspeitas. Ilrincou eom varias raparigas, fez jogos deprendas, dou llores a quantos lh'as podiam, e so rogavaao destino, t|tie pregasse azas no sol. . ,

A' tarde im entanto começou a ler medo do tpie ta la-zer. Quando iijtintavain a lenha para as fogueiras, ellalenihniii-st! du ipte as chamiiias tpie iam ardor naquellospáos haviam de alttniial-n um pouco pelo caminho.

E tudo desapparocoria de suas vistas para sempretalvez! Na existência duvidosa em que ia arremessai1-se nunca os seus ouvidos sentiriam o eclio religioso dosfelizes brincos da meninice. As estrella» dotrando asnuvens, deixariam os seus raios como lagrimas descan-careta n'utna fronte soberana, mas n'uina fronte casta,não I O murmúrio das brisas, seria abafado pelo ruidoda orchestra A poeira dns bailes seccaria dois olhos,tpte tentassem chorar snbre o passado.—Morrer pur morrer lá, disse ella,—cercada de luxo,de diamantes e tle pérolas. 15 espalhou um olhar hri-Ihante em redor do si. O primeiro olhar de Cleopatra I

Luiz C.P.GuiaiAnXiis-Juitioiv.¦• (Continua.)

V*r fim*** T*? I«l 1Ml4XXX*eU ,7»)--* V

PEDIDO.

una, encostourgttlhosa. !

senlio duas lagrimas caliirem-lho jãfrias sobro a frpiiln. Tremula, pallida, alllicta, sor-v./ttu amoroso perfuinu dessas palavras e cravflU osolhos un rosto de sua inàe.

I' ia pressonliiido.tta alma o frio desolador do re-lllOfSO.

— Qualro mezes mais tardo nasceste, minha filha.

antes,O leu primeiro sorriso nioslrou-me uma nova vida, de

nha | encantos e de sudttcçào. Em redor de mim indo estava

isltriiitr, íiiurdou.

su |i|j!:,Sylvia

arrostar o magne-como ns inartyres

io. Com a firmo resolução dasdeterminou fugir do seu aben-•sloruor-so ahi .tob a influencia

Tudo s«« lho apegava au cor-—K' necessárioer-so de animo,

conversação quiz saber (1'uin carrei-loros da vingom á côrle.

;:ili(IOlas estão lá embaixo an pé da vendinha1'aulo. li' uni hoiu pedaço para se ir íi pé ;

quem ú sacudido sim,porem, .vmc.vai otubora?acabouo roceiro escancarando os olhos gazeos.

Sylvia teve medo de allirniar. N'nquellcs lugares o.segredo investe-se do previlegio dos contrabandos Ipassa ile tuna bocea a outra com a rapidez de umraio. Ella previu isso, e achou mais conveniente ne-gar.— Eu? Eslás doida, creatura! Quiz saber só se é mui-to longe (1'aqtii A cidade, onde tudo parece-se coni umcéo aberto, como diz osr.cirurgião.

—Abi Elle diz isso? Pois é assim inesmo. A genteatravessa aquelle morro, olhe:—e o carreiro apontoupara nina reunião d." pequenas serras elevadas,—vaecaminhando em frente até o primeiro rancho: (Vali dn-bra n caminho da esquerda, esbarra com a? tropas ecom os carros de madeira, que é um perder .1'olhos, oqualro horas depois eslft nas gamlnb.s...—i'. a curte? e a corto ? pergiiitbn Sylvia enibalan-do-sejã nas nuvens :1o seu fugitivo El-dorado.

—,lã lá vai. Se os cavallos forem bons o tiveremboas mudas polo caminho, cinco horas, seis horas de-pois, estão os carros entrando na cidade.

—Conte-me como é. conlc-inol prosegnio ella pren-denilo-se completamente nos fios de Aj-iadno.

—Entra-se como todos ns carros fazendo um barulhoatroador. Partindo do ponto ás onze horas da manhã,avista-se as primeiras torres das egrejas ás qualro ho-ras da tarde. Os sinos balem de vagar de longe emlonge,sumidos pelas rodas tias caruagens doiradas, tpieatravessam tuna porção immensa de ruas. tirando fo-go das calçadas. Apeia-se lúun largo cm qne ba ninaegreja que pároco um palácio; os sinos dessa ogrejasão do tamanho do inundo. Adiante os olhos dão comuma infinidade de ruas. onde ha povo como formiga, oonde ba velludns, pulseiras e chapéos de plunia comoas nuvens do céo. Fica-se sem saber como, á esperade vontade para tomar por qualquer lugar.

As casas tem tunas vidraças carregadas dejoias comose fossem llorestas do ouro puro; ouve-se nos sobradosos pianos, nas ruas arrasta-se pela poeira o luxo comoqualquer coisa sem valor I Vmc. niio faz idéa, náopôde fazer idéa do que aquillo é!... E passam ns ca-lecbes .. e as senhoras cheias tle sedas e grin Idas...os meninos pulando...e as rendas, os brilhantes, oscollares, os leques! os leques!

—liasta ! exclamou ella com uma sombria felicida-de. E abaixando mais a vóz, depois do scismar pordois minutos:—O que fazem elles quando se morre?perguntou empallidecendo.

O roceiro inllammado pelo seu talento analytico opesquisador, náo chegou a nolal-a n'essa mudança re-pentina. A' nova pergunta farejou, algum tempo osseus conhecimentos.. .scienlifioos.

—Ila umas carruagens mais doiradas dn que astrás, exclamou elle rubro de orgulho, umas grand..soberbas carruagens ! Os animaes trazem palmas nacabeça : uma súcia de homens a cavallo, aoompanha odefuneto, ü povo chega ás portas, as senhoras ás ja-nellas, todos chegam para ver aquella riqueza. Asegrejas dobram-, os convidados de cotnmenda ede caza-c.i seguem n enterro conversando o rindo. I-'.'festa linda como os amores. Vale a pena morrera pena morrer!

Sylvia senlio uma fúnebre volnptuosidade a essaspalavras.—Oh ! disse ella som lembrar-se de que a sua almachorava oi.mo uma perdida,—felicidade alé na morte !

Da cabeça aos pés percorreu-lhe um Iroinyr glaeial •«convulso. Despndio o carreiro e dirigio-so lentamenteparia.casn. Nesse instante um inconiproliensivcl le-dio alVastott-a inteiramente «la vida real; seo mundo seincendiasse adiante dos sous passos, pouco se lhe davadu fogo que poderia queimai' a cassa dos soús vestidos,.Os soninambulos tem um momento Incido. A pobrerapariga recordou-se da velhu' mulher abandonadatalvez a unia sorte uialdicla por cauz i dVlla.—Nao seria eu mais culpada se ficasse i perguntou asi mesma.

No dia seguinte iam fazer a fesla da padroeira do

lonotonia eni que alegre, tudo enchia-se d'um prazer inimitável. Asmesmas vozes, (|'mefestejavam pelo len naschreiito li-veram ile, pouco depois, chorar comigo a tiiorti de leupai. Ili de oito annos que se. passou isso, e aquellesanto ahençoa-le do eeo hoje, Sylvia, como quandoadormecia-te nos seus braços.

A brisa discreta tia tarde colheu estas ultimas pala-vras... tini bando de rapazes vestidos do branco, rui-dosos e felizes passou adiante da casa.

—Vtís :' disse a velha, inostrando-os, nada mudoucomo no meu tempo!

Em raio de melancólica felicidade pareceu atravessarsilenciosamente a alma da rapariga.

—Eu queria ser um pouco menos desgraçada, disseella ao seu coração.

A' noit') encerrou-se no quarto, e abrio de par empar as portas u as gazetas d'uni pequeno armário. D'en-ire as roupas, tirou um par dc botinas, presente defesta, e tun bello vestido bordado. Depois de emitem-plar mais uma vez aquellas santas relíquias, escondeu-as11'iiin canto cuidadosamente. Era um esforço cruel einconcebível para o seu espirito. Com o olhar vago se-guio toda a extensão dn quarto, examinou um quadrode santa suspenso ;i cabeceira, a imagem do Crucificado,e exhausta cahio soluçando aos pés da cama. j ,

As notas d'nma cantiga vieram ferir-lhe os õ'uvik,is!Ella ergueu-se, approxiinnu-se tremula A janella e at-torrada fechou os olhos para ver a sua alma.

—Oh ! que malvados! exclamou ; se soubessem comoeu solíro!

A' instâncias de sua tniie reunio-so ao grupo das mo-ças, que solcuinisavauí a véspera do grande dia. O vi-gario lobrigou-a nn meio «Ia multidão e veio faliar-Ile-.

—Sylvia. disse elle, n: o é bom fugir-se A felicidadequando ella corre ao nosso encontro.

Ella iulciTOgoil-o 11*11111 olhar.—Aquelle moço que tentava unir-se cnmtigo para

sempre, acaba de tornar feliz uma das tuas amigas po-dindo-a em casamento. O que farias lu no seu caso?

—O que elle fez. sr. vigário. Eu niio tusso (pie ha-viam muitas outras dignas da sorte que me era roscr-vada ? Quem pótle dar amor quando o coraçiio tenlaem repellir essa idéa?

O vigário abrio desaforadamente os olhos.—Enlüo cuidas qno só o amor é a felicidade na ler-

ra? Cada vez me espantam mais as tuas lembranças,Sylvia!

—Creio etn duas coisas neste mundo, sr.vigário: noamor o ua morle!

—No amor, no amor, sempre no amor! Com elleilo!Deus perniit a tpte le não percas, rapariga I

—Que quer, sr.vigário? Nasci debaixo d'umaés-trella do mal.

As vozes, o ruido, a animação cortaram om meio ai-guina fecunda máxima do vigário.

Sylvia vio-se só, separada dns grupos, portpie Iodosiilfluiam para um ponto em que crusavaiii-se as «lanças.Pela primeira vez em sua vida, quiz que se (inalisassemdepressa os divertimentos e que nascesse o dia,

—Heide ler forças para fugir.. .Ficar seria um cri-mo, eu sei.

Voltou á casa antes da meia nnite; tudo estava si-lencioso. o coração saltava-lhe no peito como um louco.Sylvia leve medo de si, dc sua sombra e de Deus! Aharmonia da seducçiio brotava por toda a parle, e se ellasoubesse dar nome aos perfumes, lenibrar-se-bia desandalo, de patchoitly e de almiscar respirando o aromadas llores agrestes. Empurrou a poria a Iremer.

Uma meia luz enava-so pelas freilas d'uni quarto vi-sinho. Ella tornou-se resoluta e entrou nesse quarto.Com a cabeça apoiada ao travesseiro, a velha dormiaresmungando enlre dentes ainda uma oração: os dedosenrugados sustentavam um grande rosário tpie erguia-se

uma Io abaixava-so ao hálito oppresso do seio. Sylvia apo-vale iou-so á parede para não cahir: as lagrimas saltavam-

| lhe duas ,i duas.—Minha mãe, articulou ella, perdoa-me

infeliz!Ninguém lho respondia

guem a justificava.A rapariga ajoelhou—se cautollosamento ao lado da

cama, e roçou apenas com os lal.ios abr.isados a mãodo sua mãe. Senlio-se mais livre nesse momento.

Sem voltar o rosto c.onvii ao seu quarto, c atirou-sesobro um iiaiien á cabeceira tio leito.

F.ira, continuavam as dança;, as musicas, a alegria.Sylvi i tremeu de indagar o eslado da seu espirito : ins-tinciivainenie d lixava-se abandonar A funedre lem-branca ilo futuro.

Raiou o dia da festa, o dia da primavera para aquellemilhão de cabecinbas ocas, anciosas de prazeres e deli-cias. Ás onze horas Sylvia acompanhou sua mãe á

Consta-nos que, alem das õ horas de trabalho quetem pela manhã os.empregados do thesouro provincial,Irabalhão mais agora das -t As (i da tarde, com o funda-monto de se aproniptarem vários trabalhos que toem deser presentes á assenibléa provincial em Fevereiro pro-ximo futuro.

Lamentamos este facto, porque realmente é quasi im-possível que. siniilhanto auguionlo de trabalho aproveiteao serviço publico, voxando peh contrario aos pobrosempregados, que não sào de ferro, o que tem a s, u fa-vor o disposto nn art. Ü!l da lei n. 1G de 'A de Agoslo de1881, que reconheceu a impossibilidade do trabalhopor mais de 5 horas, salvo urgência dn serviço.

Mesmo dada a urgência esse augmento só pnde ser de1 hora ein continuação das 5, e jamais de 2 horas apozo jantar.'Lamentamos

esle facto, lanlo mais quanto ha poucoacabarão os empregados de cumprir o determinadon'aquelle artigo, por oceasião do trabalho da commissãode examo tln thesouro, vendo prolongado o serviço atéás 3 horas da tardo.

Se ha vicio de organisação nn lhesouro provincial,como a assembléa o reconheceu jA, não devem ns acluaesempregados ser viclimas do erros passados.

Esperamos, pois, qne s. oxc. o snr. presidente, sol-licito como é, tomará conhecimento deste facto, e darAprovidencias que tendão a harntonisar a necessidade doserviço p iblico com o direito e justiça que assistem aosempregados.

-A .

ALERTA.

Si pnrA a calva amostra da candura, dos olhos azues,o lambem das travessuras dn amigo Jiiqitinha.

Ilfpl liipl hurral! Fogo nelle, BanguellO. vivo.

LORENA

Dois documentos importantíssimos passo a publicarpara provar o caracter do delegado ile policia desta ei-dade, o capitão José Vicente de A«evedo, actual com-mandante de um corpo de cavallaria que estabeleceu

Elogiando-se a si nie-mn, otitrVa pelo Mosaico ohoje por outras folhas, desprezados estes elogios e niiodesmentidos era tido s.s. pelo primeiro delegado donorle desta provincia, o quiçá de toda ella, porém hojeresta-nos a gloria de o termos desmascarado completa-mente, o demonstrado niio ser s. s. mais que uni fanfarráo o uni prevaricador.

Todos que estavmn A par tio que aqui so passava, admiravam o despejo com que s. s. alterando a verdad.so elogiava, o náo deixavam inesmo de encher-se d,asco A visla ile tanto cyuismn : mas que, importava issoao Nero lorenense, cujo lim não era senão elevar-se iilludir ao governo fazendo-se crer activo, zeloso e optimo administrador da justiça?!

Classifique quem quizer tal proceder.Encontrara, um juiz tão eivado de bdiò, tão sedento

do vingança, confessando o crime quo coinniettúralNo2c encontrara a autoridade anarchista dosobe-

decênio a outra autoridade uo cumprimento legal doseus doveres I

Encontrara a autoridade sondo a primeira a promo-ver a desordem IEncontrarA a auloridado concorrendo para reduzie Aescravidão pessoa livre !Leia com attençáo o publico estes documentos e ava-

lie quem é o sr capitão .losé Vicente de Azevedo aindadelegado de policia deste malfadado municipio;

Revista-se s. s. du paciência para ler a publicação deseus desvurios, venha A imprensa justificar-se, e sopi-tnndo o seu furor, conserve-me a vida.

Prenda-ine, manialo-ine com suas algemas e correu-tos, mas não consinta a sua iikuoica cavallaria assassi-iiar-uio,

Lorena. 11 de Novembro da 1863.O pharinaceiitico,

UtiAUi.10 Muniz Dus ua Cnuz.

3>«es9:*;r.eiit.i>*..Illm.sr dr.jniz municipal.—Braulio Muniz Dias da

Cruz, cidadão brasileiro, residente. n'esla cidade pro-cisa A bem de seu direito e justiça que v.s.mande, quen escrivão respectivo passe por certidão o depoimentoque o capiião José Vicente de Azevedo deu perante ojury, que teve logar n'osta cidade no mez próximopassado, no processo etn que era autora a .ustiça eréo Lourenço Gomes de Oliveira, e como para issoseja necessário despacho de v.s.por isso: P. A v.s. quehaja de mandar passar a certidão requerida.

E. R. Mcô.João d'()liveira Évora, serventuário vitalício dos offi-

cios tle tabellião do publico, judicial e notas, e maisaniiexos n'esta cidade de Lorena, e seu termo, porS. M. Imperador, que Deos guarde etc.

Certifico que revendo em meu cartório o processocrime instaurado conlra Lourenço Comes d Oliveira,ifelle a folhas sessenla e cinco, itté folhas sessenta èsele, se acha o pedido do supplicante, o qual é doIheor seguinte:—Testemunha da aceusação o capitãoJosé Vicente de Azevedo, homem branco', casado, na-tural e morador d'esta cidade, onde vive de seu nego-cio de dinheiros a prêmio, da idade que disse ter vi itenovo annos, aos costumes nada. Testemunha, digo,aos costumes declarou ter sido juiz formador da culpa,e mais nada. Testemunha jurada aos santos evange-Ihos -.ini um livro d'elles em (pie pòz sua mão direita,e prometleu dizer a verdade .Io que soubesse, e per-guulado lhe fosse.

E sendo-lhe perguntado pelo promotor publico,que constou-lhe que o réo presente Lourenço Gomes(1'Oliveira, havia confessado o crime ei. casa delledepoente, indo igualmente pedir a sua protecção; aoque respondeu que é exacto que dias antes da'forma-çào da culpa, constando ao réo na Caxoeira. que elledepoente comu delegado tle policia, havia procedidoao auto de corpo de delicto no ollendido', fl ia formarculpa, apresentou-se em sua casa, ás sete ou oito lio-ras da noite, com o fim ile explicar a maneira porquetinha-se dado o facto, e pedira a sua protecção, de-clarando que ora inspeclor de quarteirão, e que porisso elle depoente de alguma maneira deveria pres-tar—lhe. Declarou n'essa oceasião que de factn tinhahavido esse conllicto enlre elle, e o ollendido, confes-sou que o tinha ollendido, mas que lambem tinha sitioollendido pelo queixoso, mostrando nessa oceasiãoa milo, naqual tlizia ter recebido essa ollensa; pareceua elle depoente que tal olfensa não tivesse havido,pois que não apresentava vestígio algum, e se assimnao acontecesse o réo naturalmente teria requerido au-to de corpo dc delicto.

Disse mais quo o réo 11'essa oceasião instou com elledepoente para que indicasse, o advogado A quem deviadigo, a quem elle devia recorrer, e elle depoente suhs-trahindü-se a isso, recorda-se ter-lhe dito lambem quecorria-lho o dever de punil-o, para que se não dicesseque apoiava abusos de seus empregados, e quo eslAcerlo ter então ofiiciado ao subdelegado do Etnbaúpara que propuzesso a demissão d'esse empregado, eigualmente um que o substituísse.

Disse mais que tanto o réo estava persuadido de suacriminalidade, que 110 primeiro dia das inquirições dastestemunhas, meia hora antes de comoçal-a, apresen-Iou-so ein casa d'elle depoente o seu procurador cadvogado, para que não o mandasse para a prisão noaclo d'ossa inquiriç o, ao que ello depoente annuio,unicamente por querer ter essa attençáo com o ditoadvogado, pois tpie sabia muito bem que não podia se

Niio ha muito lo.nipo, quo indo o sr. delegado ao comproinelter por esse procedimento, e igualmente

ou-

eu sou 11111:1

ninguém a consolava, nin-

bairro denominado Pedroso á lim tle prender A Tbeodoro Lopes de Andrade, que fora pronunciado por crimede injurias e niin o encontrando em casa, trouxerapresos 11 indivíduos, tpie ahi encontrara.

Iniincdiati mie pelo Mosaico, Irnnibeta de suas fal-sidades, elogiou-se por essa diligencia, acrescentandoque prendera a 11 capangas de Theodoro que se acha-vain armados o entro elles alguns criminososI appre-bendendo ao inesmo tempo algumas armas. _

Falsidade das falsidades, cviiisino dos cynismosl IPrendeu 11 capangas de Theodoro que se achavam

armados e entre elles alguns criminosos, 110 entantoque nn dia seguinte mandou soltar uns o depois outrossem que fossem processados nem ao menos interroga-dos!

Procedendo s. s. desle modo, nu estes homens náoeram capangas armados o nem havia entrõ elles crimi-iiosns e por conseqüência fallou com despejo á verdade;ou então eram criminosos s. s. é relaxado por dei-xar de punil-os .'

Mas quero eu mesmo defcndel-o da segunda parle dodiletnitia.

O nosso Nero neste caso não foi relaxado, fallou só-mente á verdado, por isso tpte estas homens não eramcriminosos, eram trabalhadores da estrada, que do noi-te se arrane.havtiin em casa tle Tlieodoro !

Appreliendeii algumas armas, diz elle ; (píer o publi-co saber tptaes foram eslas armas ? Foi unia faca e 11111;garruchaI ! Eis as armas de 11 capangas!

Theodoro linlia 11 capangas armados, dispostos aresistirem, pnr conseqüência, porém não se achava eineasa, andava foragido!

Neste ponto o nosso Nero lornou-SÕ burlesco, qilizelevar-se e osqtiec'11-so da cnnlradireáo palpável emqno cabia, porquanto quem tem em sua casa capangasarmados não anda foragido 1

Conio este são todos os outros factos tjne em seu fa-vor tem feito elle mesmo publicar, e se assim não édesafio-o A vir publicamente provar .1 contrario.

Leia o publico com altenção os dois documentos queabaixo publico: no J ° encontrará o magistrado cons-delicioso servindo de juiz eni causa, cujo crime o pro-prio réo lhe confessara em particular !

ti prevaricador deixando de cumprir o que devera,islo é, de prendar ao criminoso, de crime inallicnçavel,provado o facto pelo depoimento das testemunhas, poipeililorio de otilrem :

Encontrará um homem servir-se, em seu depoimentodc uma cenlissão particular de um infeliz, quando im-petrava a sua protecção I I I

por que linha convicção, tle que uma vez elle pronun-ciado, podia prendel-o em qualquer parle em quefosse encontrado.Pelo defensor foi dito que nada reperguntava A tes-

tenitiiiha por ser inoflensivo sou depoimento aos direi-tos do réo seu constituinte. Foi perguntada a teste-niunjia, pelo juiz de direito, se o réo lhe havia com-ínunicado ter praticado os ferimentos, ou so pelo con-trario lhe teria dilo que João Anlonio dos Santos setinha ferido na oceasião de cahir, tropeçando quandocorria atras do réo? Respondeu que o ollendido con-tou-lbe que apenas linha, digo que o réo contou-lheque apenas tinha ollendido a João Manoel dos Santos,não se recordando que elle tivesse referido essa quedaque diz solfrer o inesmo ollendido, sendo porém certo,e bem se recorda que o interrogado allegava ter com-mcttido o delicio pelo facto do ollendido ter njuriadocomo inspector de quarteirão, e de lhe ler dado essapaulada, e mesmo por questões antigas, m tivos estesque julgava o réo plausíveis para o acto que haviapraticado.

Nada mais disse, e lido o seu depoimento, e oachando conforme o assigna com o juiz.—Eu Joáo dcOliveira Évora, escrivão do jury o escrevi.—Carneiroilo Campos—Josó Vicente de Azevedo—O promotor pu-blico Oliveira Custa—Marciano Máximo Franco.—Nadamais se continha em dito depoimento, que eu escrivãoaqui fielmente extraiu por certidão, e vai a presontesem a menor duvida por conferil-a com o original aoqual me reporto, em meu poder e cartório.—Lorenaquatro de Novembro de mil oito centos sessenta etres.—Eu João de Oliveira Évora, escrivão a escreviconferi e assigno.—João de Oliveira Évora.

_ Illm. sr. juiz municipal.—Braulio Muniz Dias daCruz, cidadão brasileiro, resid. nte 11'esta cidade epharmaceutico, á bem du seu direito e justiça, precisaque v.s mande que o escrivão respeclivo passeasse-gutnles certidões tudo verbum ud verbum.

l's0 despacho pelo qual v.s.no processo civil dejustificação de liberdade das pretas Mariana e Antoniaetn que é autor Caetano José Lúcio, exonerou de depo-sttario Jas ditas pretas ao capitão José Vicente de Aze-vedo e nomeou ao Padre Manoel Theotonio de Castropara substituir ao mesmo José Vicente.¦-. 2"A cerlidáo passada pelo escrivão d'esla intima-çao com a resposta do exonerado.

3Bü segundo despacho pelo qual v.s.ordenou quefosse o mesmo Josó Vicente intimado sob pena d»desobediência;

Page 3: wéi H arques.—íloliabo?adores diversos.memoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1863_02256.pdfem o anno de 1861, e outro sim que o autoriso para mandar imprimir o relatório do anno

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CORREIO PAULISTANOwm-vi-r----'***-*---l'^*'*"*'w«'''«_ii''Win-

4rtA certidão do escrivão da intimação do segundodespacho o a resposta do intimado:

5rtO despacho pelo qual v.s mandou, que se ex-trahissem copias do diversas peças do processo e fossemenviados ao dr.promotor publico da comarca.

E como para isso se faz preciso despacho dc v.s.porisso: pede á v.s.que haja de mandar passar as curti-does requeridas.'-**--E. IV. Mcé.—-Lorena 29 do Outubrotio 1863.— 1».Lorena Iode Novembro de 18(53.—C.Lima.

Joào de Oliveira Evor... serventuário vitalício dosollicios de tabelliào do publico, judicial, notas e maisanuexos n'esta cidade de Lorena e seu termo por SuaMagestade Imperador a quem Deus guarde etc.

Certifico que revendo cm mou carlorio os autos demanutenção de liberdade das pretas Mariaha e sua li-lha Antonia; em que é justilicaiito Caetano José Lúcioe justificado o rvd. José Lopes de Miranda, ifelles seacham os pedidos do supplicante da petição reota. osquaes são da forma e maneira seguinlo:—fim vista dacertidão supra nomeio curador o rvd.Manoel Theoto-nio de Cas.ro quo assignará os competentes termos, eciuno paraassiipplicantes poderem defender os seusdireitos, 6 essencial que estejam fóra do domínio daspessoas que tem interesse na causa contra ellas, exho-nero o capitão Josó Vic mie do Azevedo de depositáriodas referidas supplicantes o nomeio para suhstiluil-oneste cargo o actual curador Padre Manoel Theotoniode Caslro que deverá assignar termo de depositário.—Lorena SJ de Maio de 1863.—Fernando de Freitas.—Em tempo.—Preste n-curador juramento na fúrma dalei.—Lorena era supra.—Femanto de. Freitas.

Certifico que intimei n'esta cidade ao capitão JoséVicente de Azevedo, pira fazei-me entrega das escra-vas depositadas o em questão n'estes autos; ao que omesmo capiliio me respondeu que NAO ME FAZIAD'ELLAS ENTREGA POR REM. Do referido dou fé —Lorena 11 de Maio dc 1863.—João de Oliveira Évora.

Iiitiiíi.è-se ao ex-deposiliirio capitão José Vicente deAzevedo para in cnnlinenli fazer entrega das pretasMariana e Antonia, filhas do justilicante ao octual do-positario rvd.Manoel Theotonio de Castro, sob penade desobediência.—Lorena 11 de Maio de 1863.—ter-nando dc Freitas.

Certifico que intimei o despacho retro ao depositário,digo ex-depositário capitão José Vicente do Azevedoque me respondeu que DESOBEDECIA a ordem o queNÃO ENTREGAVA as escravas. Do referido dou fé —Lorena 11. de Maio do 1863.—João deOlivcira Évora.

Extrahidas (Pestes autos cópias do despacho quenomeou o capitão José Vicente de Azevedo depositáriodas pretas filhas do justilicante Caetano José Lúcio; dainterloeutoria que exhonerou o mesmo capitão JoséVicente d'esse cargo—: da certidão de lis 8—: da iu-terlocutoria quo ordenou a entrega das referidas pretasao depositário nomeado:-—o finalmente da certidão delis. 8 verso, remetla-se ao depois competentcinenteau-lundus an dr.promotor publico da comarca para pro*ceder conforme fòr do justiça —Prosiga-se nns termosda jusliliiação, ficando ao depositário e curador daspretas, salvo' o direilo de requerer a entrega das mes-mas pelos meios legaes.—Lorena 12 de Maio de 1963.—Fernando de Freitas.

Nada mais consta em ditas peças relativamente aopedido do supplicante, e vai a presente sem a menorduvida por conferil-a com o original ao qual me re-porlo em ineu poder e cartório.—Cidade de Lorena ode Novembro de. 1963.—Eu Joào de Oliveira Évora, es-crivão a escrevi, conferi o assigno.—João de OliveiraOvora.—Conferido.—-E vora.

quo não teremos a repetição dos factos da Cachoeira,assim como nilo teríamos esse mesmo, su os desordei-ros tivessem receio de um piquete do cavallaria, aindaque estivesse a unia legou do distancia.

«Tainbein nàoé verdade que o Rafael Ascoli, incitassens seus patrícios e provocasse os nossos á contenda :isso é invenção talvez de alguém quo lho quer bem. Aocontrario ello fez quanto pôde, desarmar uns o conteroutros, a elle devemos niio ter corrido muito sangue.Tenho ouvido dizer a muitos que marcharam de Jun-diahy, que esse homem fez com quo não houvesse odiabo.

«Piquemos aqui no diabo, abasta de Cachoeira, pas-seinos adiante etc

Amigo, patrícioCampineiro.

Sr. redactor.—Tenho em muita conta o caracter eposição do illm. sr. Francisoo Egydio de Souza Aranha,para que deixe de responder a unia aecusaçáo, sobre-modo injusta, que me faz, om seu escripto, relativo áquestão, ainda não bem elucidada, da Gachoeira.

S. s. declara ( é verdade que referindo-se a um ot-zeni) que minha mediação, entro a policia, e os portu-guezes da Cachoeira, importara a fuga dos desordeirosmais comproinettidos.

Assevero a s. s. que osso dizem é uma falsidade, cmque niio deveria acreditar: os brazilciros que me co-nheeem bem, não acreditam.

Quando me adiantei, para interpellar o grupo, queme declarou ter-se armado, tm defesa, emquanto a po-licia niio chegava ; algnns chefes do motim já niio fa-ziam parlo delle.

Estes, como ora do esperar, acautelaram-se antes:(íesappareceram, não quizeram arriscar-se.

Todos quo encontrei, conduzi á presença das autori-dades. Todos viram islo.

Eu era incapaz de fazer cahir debaixo do poder tialei os innocontes, facilitando fuga aos culpados.

Tanto é assim, que, sabendo eu que o poriuguez Da-inaso que dizem, compronieltido, se achava occulto,além do lunnel, para lá me dirigi, em companhia dasautoridades, arrombai seu rancho, e prendio-o.

Aprecio as qualidades do illm. sr. Egydio, niio podiarecusar-lhe esta explicação.

Raeaei. Ascoli.

Dóe-nos uma injustiça, que se ostá fazendo á umcidadào poriuguez, lalvez por leviandade.

Consta-nos quo algumas pessoas tem espalhado queo sr.Rafael Ascoli, na questão da Cachoeira se pronuii-ciár.t fortemente contra os brasileiros.

E' a maior falsidade que dar-se se pude ; pode-se atéallirinar o contrario. O sr.Rafael Ascoli acompanhou apolicia até íi Cachoeira, niio só por ser amigo pessoaldos funecionarios, como por que seu auxilio liio foi pe-dido. Osr.Rafael Ascoli, como amigo quo é dos bra-sileiros, principalmente nesta província, c relacionadolambem com seus compatriotas portuguezes niio recusouo sou concurso na Cachoeira, o dizia elle, com o lim dese obter unia solução pacifica, sem derramamento desangue, nem dos nacionaes, nem dos estrangeiros.

Foi ello, como se sabe que su adiantou, o chegou aogrupo armado, que lhe disse só querer a protecçào le-gai das autoridades; foi elle que os desarmou, e osconduzio a presença do sr.chefe de policia, foi elle queauxiliou a prisão de, alguns portuguezes, declarandoque a sua opinião era que não soltíesscm os innoceiites,e escapassem os chefes da desordem.

Depois de estarem os portuguezes retidos, para se ve-rificar quaes os chefes do tumulto, o sr.Rafael Ascolideclarou que, estando elles na qualidade de presos nin-giiem mais podia local-os. Esta mesma é a lingoagemda lei.

Islo não é pronunciar-se contra os brasileiros ; e nempnr meia dúzia de desordeiros que deram principio aobarulho, na noite de 25, siio responsáveis aos bons bra-sileiros.

Tanto o sr.Rafael Ascoli era imparcial nesia questãoque foi elle em pessoa, e em companhia do srs. chefe edelegado de policia, que prenderam o portuguez Da-mas, que so suppõe o chefe da desordem.

Entrelanto saiba-se que o sr.Rafael Ascoli lançou cmrosto aos trabalhadores portuguezes uão terem vindo Acapital pedir justiça, e armarem-se, o alguns excede-rem-se.

Saiba se mais que as prisões que se fizeram dos pnr-tuguezes foi com seu concurso ; que elle fni quem des*pachou próprios para as Taipas, (Ponde constava quepartiam muitos porliiguezes armados, declarando qnese tal fizessem não contassem cnm o auxilio de compa-trinta que sempre prestou aos trabalhadores portuguo-zes: foi olnlecido.

O mesmo fez em relação a gente da serra, que sepreparava para sahir. Seu empenho era, como todosviram, que se restabelecesse a paz, desde logo, presose punidos os cabeças dn motim.

Pnr tanto qualquer coisa que se diga em contrario aisto é uma injustiça, e uma calumnia que se faz ao sr.Ascoli, que como é conhecido, & um dos portuguezesmais affeiçoados ans brasileiros principalmente aos pau*listas, pois seus filhos são paulistas, o sua residência éS.Paulo.

Pugnar por alguns moços portuguezes, que so acha-ram no grupo, arrastados como foram ; i istar pela pri-são o punição só dos cabeças não é um pronunciamentocontra os brasileiros.

Quanto ao procedimento do sr.Ascoli na Cachoeiraappellamos para o sr.commondadnr Joaquim E ydio, edr. juiz municipal de Jundiahy ; elles confirmarão o quedizemos.

O que nos admira é que alguns, por falsas informo-ções tenham feito esta injustiça ao sr. Ascoli, quandoalguns portuguezes exagerados ócnnsiirarin, por ter au-xiliado a policia na prisão de alguns seus patrícios.

Osr.Rafael Ascoli não é a primeira vez que auxiliaa policia brasileira, nas deligencias imparoiaos. Sabe-se que se tem prestado a serviço brasileiro mais do umafoz ; pelo que ja recebeu oflieios dos srs. Nabuco, ex-presidente da província, e Peruando da Fonseca, ex-chefe do policia.

Assentamos de escrever estas linhas, só om abono doquoé verdadeiro.

Um brasileiro leslemunht oaular.

^'fgoirios da Cachoe-ra.

Nãocontinuarlem I....

iWofiUMIlaverá remédio senão descobrir-lhe a calva se

.e coitado d'ello que nem os anjos lhe va-

O peixe-tigre

_w V Dif. 4> __?A k™^'*m.1t _^*A~_----- ¦> ¦>.,_mij*_-l.fc_-*,

Sr.redaelor.—Faça-me o favor de publicar esta cartaem que uma pessoa cordata de Campinas, dã informa-ções que podem aproveitar para esclarecer algumasverdades -, ,* .;.- '.'.*''

«Um allemão, sabes que os allemaessao positivistas,cnlligio com muito cuidado no tempo da guerra daCri:?éa, quantos russos, dizia a imprensa Occidental,terem morrido desde a batalha d Alma até á de Mala-kof e numerou tamliein quantos Cossacos entraramnos combates durante essa terrível contenda.

.0 curioso Germânico achou (pie os combatentes rus-sos foram 516 mil o que os mortos e feridos chegaramao algarismo de 183 mil.

«Com esta anodocta quero dizer-lhe que se não devermos acreditar cegamente nas noticias dos feitos de guer-ra, dadas pelo jornalismo, mais cautelosos devemos se-para rqiePr as que dá o vulgo.

«Abriga da Cachoeira, nào foi como dizesum •-•«-'-thèleing, nem umas vésperas Sicilianas. Creio que qui-zesté gastar na lua carta algum assomo poético que toencominodava.

«Nào morreram 16 brasileiros, morreu um. Se que-rem que os 16 estejam enterrados no mato, clamando¦vingança, devem ser todos—filhos de S. Vicente dç Pau-l.i, por'quo nom uma familia. nem um parente chora aperda das infelizes viclimas ; devem ser nômades, porque também ninguém se queixa que talte quem quorqne seja de sua casa. Não dis ás desordens da Cacho-eira outras pnrporeóos se niio as que pode ter unia br.-ga entre grande numero de operários ou trabalhadorestigglotnerado3 em distancia da força publica. .

«A dislinceãunuo fazemos entre portuguezes e brasi-leiros nào tem, entendo eu. ouiro alcance que o quoteria enlre outros estrangeiros o talvez entre os nossosde dilléreiiles províncias; os cpygrammas com quo asclasses menos instruídas se deleitam em trocar recipro-camenle, chegam ordinariamente a produzir condidos |sempre graves na razão da distam ia do carrectivo.

V4IUEI)AI)I<:.

TEMOR Ml DEUS.

Em todos os lugares em que avultar o numero Senhor approva a minha r,

Je Eialhídowí"d_ estrada, uma força militar e veras I Virgem que 11. a inspirasse,

ROMANCE RELIGIOSO(Continuação)

LPlissada uma li- ra e um quarto, foi a sobrinha, ate-

iiiiirisadii p-la falia, que entrou sulililiiiente no quartode seu tio. O velho eslava do joelhos diante d umacruz. Sentiu-a entrar, voltou um pouco a face, edisse:

«Espera uni liocadinho, menina; eu fallo-tejá.<Maria ajoelhou an pé d'elle. _ ,« Pois sim, oremos juntos—disse o padre.—Seja re-

sulvesle, pede comigo ao Si nbor que mude a tua icnçãose ella nào é do seu agrado. •

Decorridos alguns minutos, ergueram-se ambos.—Pensei, meu lio—ilisse Maria.

« E então :'« .-,-.,—Creio que Deus perinittn a minha vontaile

me dará a corler.it da minha fé, so niio se oppozer« Pois diz, lilha."—Eu fujo a meu marido. Como foges a leu niari

pautado.—Acolho-me ao seio(inilla. ,, ....

«Entendi, minha filhai—exclamou elle com júbilo,abraçando-..—Queres dizer que entras num convento. •

—Sim, sim.. Foi a minha idéa, quando orava... •—Sim-- entilo, bemdito seja Deus!—disse Maria, er-

i-nendo as mãos com arrebataniento.—JA vejo que ominha resolução. Eu pedi muito á

meu tio. Vou para as The-

o tio

nio?!»—atalhou o velho es-

de Deus, para morrer tran

rezinhas. Tenho lá muitas amigas que. me hão do fa-zer digna do orar cnm ellas. Trabalharei para viver,cm llores. em recorte de papeis, om ludo, porque poucome basta. Poderei vcl-o todos os dias, meu tio. o ve-rei meus paes e mens irmãos. Se Álvaro um dia moquizor, elle irá procurar-me, e eu serei sempre para elleo tpie sou e o que fui. Nilo lhe lenho ndio, não tenho.Sei que elle ha de ser ainda muito infeliz, e talvez sejaeu, depoisde ineu tio, quem lhe restitua a boa alma quoelle tinha, quando o conheci...

« Tu choras, Maria?—interrompeu o padre carinho-sainoule—Levas saudados de Álvaro, nào levas?»

—Saudades? nào sei que sentimento 6 este!. ..parece-nie mais o da compaixão. I" como se eu dissesse:« podíamos ser ambos felizes l...e iissini não se sabequal de mis será o ninis desgraçado !• é o que eu sintomeu tio. Já vé que o estimo ainda como se fosso ummeu irmão perdido Jo vicios, quo maltratasse sua fami-lia, e que eu tivesse conhecido enchendo de carinhosminha mãe e meus irmãos. Lembra-uie que elle era liioamigo de lodos I entrava na nossa casa como se fossonosso."..agradecia tanto o nosso bom agasalho, sem sa*her que nós ficávamos sempre tristes quando elle nosdeixava.. .15' porque eu choro, meu lio.. .Isto é saúda-de do que elle foi, e cumpaixàn do que é.. .Paciência...Vou para as Tlierezinlias.. .luiagiiiei-iiieseinpra IA des-de creanca, não se lembra? Nn tempo em que eu can-tava aquellas palavras tristes, pensava tanto em pedir aminha mãe que me deixasse entrar no convento, aindaque fosse como criada.. •

« E hoje, Maria.... tal vez.... tenhas de entrar comocriada.... ..

—Isso que tem, meu lio?l Pois nas Carmelitas naoentravam tantas senhoras distinetas que faziam a cosi-nha as semanas ? Quo lem que eu seja criada ? Alva-rn nào pôde envergonhar-» iVisso; porque ha muitassituações vergonhosas para um marido, mas esta—a deservir—niio é uma ifossas.. .pois nãn?

Maria curou proferindo algumas (Possas ultimas pala-vras. Fr.Anlonio depois do abraçal-a, disse:

¦ Eu vou para Lisboa, minha sobrinha. Paliarei coma prioreza; veremos com i lias dc entrar; antes porem,d'esse passn, é pr ciso que escrevas a Álvaro. >

—Pedindo-lhe consentimento?• Sim. •—Se m'o nega?l niin vou?« Vaes, Maria. A petição é a humildado .da esposa:

mas a fuga é o ullimo direilo da viclima. Onde ha al-''oz niio ha marido..

LIEra assim a carta de Maria a seu marido :« Poste enganado por uma cliiiuera, Álvaro. Niio era

eu a mulher digna do leu amor. Quando vi apertar-seo leu coração A dor do arrependimento, tive mais com-paixão (ie li do que de mim. Eu, pobre mulher, possosolTrer o chorar, sem ser vista. Tu, Álvaro, nascidopara os prazeres do mundo, cuja privação o meu amoruão podia recnnipelisar-te, soffrerias muito, se niin ti-vossos animo de afiastar com a ponta dn pé ns deveres,e esquecer, que eu sou, ao mesmo lempo, tua escrava etua lyranna.

« Felizmente que adoptaste o melhor expediente.Penso que as distracções, longe de mim, te deixam sen-tir ns (loçuras da liberdade. E's, lalvez, feliz. Senés, Álvaro, olha que esse bem peçn-o ou constantemen-toa Deus para ti. Não te deixes vencer jAinais do roinorso. Os meus padeci menlos, bem o sabes, não sealiiviain em queixas. Nunca te pedi explicação da tuafriesa, nem te dei uma palavra aborrecida pnr oulra.Até as lagrimas te escondia, niio ó verdade? Se me sur-preheiidiiis chorando, antes queria mentir-te uma in-vencão, que exacerbar-te cnm as minhas lastimas opezár do me teres dado o direito de te. arguir. Quan-do assim se snffiv, Álvaro, nãn ba idéa de vingança,nem se accei ta com prazer a cxpiaçã;i de quem nos mor-li lica

«Vamos tratar da tua felicidade, meu caro irmão.Deixa-me dar-te este titulo que tem tanto dn affectocomo da razão. Entre nós já niio existe o grande amor(pie me parece ser inflexível ais ilidamos do juiso. Po-domos suavemente caminhar cada um para seu lado, semvoltarmos as costas com arremesso. E' o que eu que-ria, e espero conseguil-o, porque, sendo eu tão fraca,a força mie sinto para dar um passo em teu bem, é Dousque m'a dá, e dar-me-ha até o fun.

« Deixo-to mais livre do que vives, Álvaro. Vouentrar ifinn convento, e vóu pobre, como vim para luacasa. Sentirei lá que és meu marido, porque niio ces*sarei de orar pnr li, e ofierecor em desconto das mi-nhas e das tuas faltas o lempo que Deus me der devida.

« Conheço que nasci para i solidão o para os prazeresignorados da vida obscura. Esta consciência é a ab-solviçiio iPalgiiinascruezas do teu caracter para comigo.Tu precisavas d'iuna mulher que te disputasse na so-ciedade uma parte da tua gloria. Querias, talvez, abri-lhantar-me aos olhos dos outros com o rellexn da tualuz. E eu, educada na pobrosa n na simplicidade, niiopude, por mais que quiz, contrafazer a minha Índole.Fui arrastada pelo dever aos raro* bailes onde me le-vaste; voltava de IA conlonle com a esperança dc estarsósinha cnmfigo, e muitas vezes me doixaste sósinhacom a minha saudade, e tornasto ans bailes a aprovei-tar as horas que eu te aguava com a minha inexorávelmelancolia.

« Era então quo eu te lastimava, por teres sido enga-nado pelo coração, quando me dizias que a vida, no er-ino, só comigo, era o teu sonho de ventura, e atnaldi-e.oavas o brilho pérfido da sociedade que te nán deixa-ra mais cedo ver o que é esle mundo, com os olhos darazão.

« Se me não tivesses dito isto, Álvaro, en seria mintoculpada por acceitar o sacrifício da tua liberdade. Fo-mos enganados ambos. Pensava eu que era verdadeiroo teu fastio dos prazeres ruidosos o vãos; cuidei atéque o meu maior merecimento para ti estava no des-preso com que eu ouvia lá fóra do meu canlinliii o buli-cio da vida opulenta. Aqui está porque eu niio te pe*ço perdão de ter querido ser, contra a vontade de meubom pae, lua mulher. lVesla culpa quem me ha deperdoar é o pobre velho, e ou conto com a bondade desua alma.

. Aqui tens, pois. o meu destino, Álvaro. Vou paraum convento; niin devo, porem, sahir da tua casa sempraticar este acto de humildado, rogando o teu consen-linienlo. Quasi certa de que m'o dás, vou fazer os meusligeiros preparativos. Ainda niio disse tudo, Álvaro...So um dia sentires a penosa necessidade de fallar a al-gueni quo te diga palavras de allivio, procura-mo, vaesem receio de encontrarei uma queixosa. Eu fareiquanto poder cm teu bem contra o mal que o mundo lohouver feito. Chamarei á tua alma as reminisponciasdo que ella fni, quando eu t'a mereci, fiirtandn-a ás ou-Iras paixões. Vae procurar-me, Álvaro, e acharás sem-pre uma irinit.

« Do tudo o que te disse n osta longa cana, deves ti-rara cortesa dò quo, muito longo de odiar- te, estimo-to, sou tua amiga, ofTeroço a minha vida peln dom datua ventura; mas quizera, Álvaro, que essa venturaniio fosse mentirosa. A que presente gosas não podeser duradoura, nem lilha ilo espirito,

«Adeus.Tua mulher

Maria dos Prazeres.»

Estava elle ajun-uma pouca de roupa

LIIMaria entrou mi quarto do padr

lamlii 11'uiii succn os seus livros,branua.

«Já escreveste, lilha? I Vamos ver a tua canta....—disse elle, continuando n seu serviço—Eu estou aqui a-juntando estes farrapos c estes quatro livros. A nossabagagem, Maria, ú lào pequena, que a pôde uu. fradevelho transportar debaixo d'um braço. Ora vamos lá;lú a lua carthiha.*

Maria leu, allcctandn serenidade. Nao podia, comtudo. Ue instante a insliiiitn, havia embargo de solu-ços, lagrimas portinazes, e alterações na cor. PadreAntônio tomou-lhei das iniios a carta, e leu-a em vozalta.

. Está muilo boa—ilisse elle afagando as faces de Ma-ria—Vou mandar" o próprio a Villa—Franca. Amanhapor noite, eslá cá a resposta. Eu virei então saber qualella foi. .

—Pois ineu tio jAhoje me deixa?!—interrompeu Ma-ria com veheiiioncia.

«Pois entilo, menina? A minha licença acaba logoque a trouxa esteja prninpta. Eu nào estranho isto...Quando n.o mandaram sahir do meu convento, que erait minha casa, subi logo; agora mandam-me sahir deunia casa quo não é minha, que hei do fazer? Sahirmais depressa ainda, scé possivel, e sacudir A sabida daporia o pó dos mens sapatos. De mais a mais, bem sa-lies pre preciso fallar á madre prioreza das Therezinhasno tem agasalho, que ainda não sabemos como será, etodo o tempo é pouco.. .Nada de lagrimasI Por amordo Deus recebein-se todas as amarguras com ollios en-xutos. O merecimento aqui niin é chorar, é rir no céo.Ha uma.só cousa justa para lagrimas, Maria; vem a sera ollensa a Deus, que é pae, ou aos homens, que sàonossos irmãos. l)'estes peccados, absolvo-te eu, me-nina, que os nào tens. A offondida és tu, e, por conse-guinte, perdão para os homens, e oração de graças aoSenhor. •

(Continua.)

EDITAL.O illm.sr.dr. inspector da thesouraria de fazenda

desta provincia manda fazer publico, para coiiheciinon-to ile quem convier, que om observância da ordem cir-cular do thesouro nacional n.81 de 2" de Agosto desteiiiino e dn disposto nos d cretos ns.2549 de 14 de Mar-ço de 1860, o 3114 de 27 de Junho também deste anno,se iicbii aberto concurso na mosma thesouraria parapreenchimento dos lugares que nella so achão vagos, asaber: quatro de terceiros escripturarios, dous dc ama*imensos, e tres di praticantes. Os exames para estosúltimos lugares versarão sobre as seguintes matérias:leitura, analyse griimmalical, e orthographia, arith-inelica o suas" applicações ao commercio, com especia-lidado a reilucçiio do moedas, pesos e medidas, calculode descontes, juros simples e compostos, tlieoria decâmbios, e suas applicações—e os concorrentes deverãoapresentar ns seus requerimentos nn prazo de trintadias, provando que tem 18 annos completos, que seachão livres dc culpa e penna, e lem bom comporta-mento.

Os exames para os lugares de terceiros escripturarioso ainanuenses, versarão sobre as seguintes matérias:—tlieoria da escripturacão mercantil por partidas sim-pies e dobradas, e suas applicações ao commercio e aothesouro, Iraducção corrocta das línguas inglezae fran-coza ou polo menos da ultima—princípios geraes degcographiae historia do Urasil— Álgebra as equa-ções do 2. ° gráo—pratica do serviço da repartição—Para este concurso lica marcado o prazo de quinze diasnos termos do art. 18 do 1.° decreto citado,e a elle seraõ adinittidos r.aõ só os praticantes mencio-nndos em dito artigo, com as condicções da circularcitada, como quaosquer outros indivíduos, uma vezque se mostrem convenientemente habilitados, e façaõos exames exigidos para ambos os concursos nos ter-mos do art.3. °do 2. ° decreto citado, e ordem do lhe-souro n.18 de 14 de Abril de 1862.

Secretaria da thesouraria de fazenda da província deS.P-uio 24 de Outubro do 1863.

Servindo do official maiorJoão Paulada Costa.

¦* • w _.',*-t>ws,-.irt»-i

ANiTOíVCIÕS.AttençAo.

Vendo-se uma casa de dois lances na rua da Luz emfrente ao Jardim, acabada á pouco forrada, assoalhada,o forrada de papel, quasi toda construída de lijollos,e igualmente um terreno perto da mesma que dá duasmoradas de casas, e uma chácara na rua da Moóca comngua dentro, arvoredos e algum capim plantado.

Tudo para tratar na rua do Rosário cum o illm. sr.Lourenço Doiningues Marlins. 9—5

•-_€» llua tu» ll'::SMri-:5 n. '*iG

LUIZ SUPLICYTem para vender um lindo sortimento de pentes Ira-

vossas com doirados e pedras de diferentes cores quevenderá por preços cômodos 3—3

Francisco de Assis Carvalho retirando-se para S.Yi-cento, a tratar de sua saude, (az sciente ao publico quedeixa como seu procurador, para gerir todos os seusnegócios, ao seu particular amigo e compadre o snr.Joaquim Gustavo Pinheiro e Prado.

3-3S.Paulo, 17 do Novembro de 1863.

FUGIO no dia 16 dn corrente um escravo dc nomeAnselmo com os seguintes signaes; estatura regular,idade 50 annos niais ou menos, barba no queixo, umpé inchado, falia pouco intolligivel, levou solire casacade panno azul, ponche e carapuça. Desconfia-se quefosse para Sorocaba. Quem o apprehender e entregar na-quella cidade ao sr.tenente Anlonio Marciano da Silva,ou ao sr.Joílo de Oliveira Strunibeck. e nesta capilal aoseu senhor José Joaquim de Jezus, será gratifica-do. (3-3)

PRECIZA-SE alugar uma escrava, embora seja umtanto idosa, mas que saiba cosinhar o trivial e não te-nha vicio, para servir a duas senhoras: para tralar comSerafim Gonçalves da Cosia, rua dn Commercio ti. 37.

4-3

_»'íg' |>fti'Cçoüi i99isít_ een e-iriifl'-HA PARA VF.NDPR

UM GRANDE E VARIADO SORTIMENTO

DE PAPEIS PINTADOSChegados novamente de Paris, na livra.)ia Garraux

de Lailhacar e Crt. Preços 800 rs. «100 rs. ljjOOOrs.1S200 rs. 1S-100 rs. 1,1500 1 «000 rs. etc. etc. cida peça.Garraux dc Lailhacar c Ca .

Largo da Sé n. 3—3

Page 4: wéi H arques.—íloliabo?adores diversos.memoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1863_02256.pdfem o anno de 1861, e outro sim que o autoriso para mandar imprimir o relatório do anno

CORREIO PAULISTANO

¦_¦_¦!_ i«M«a3_Ea-t_BTO'W»mTO«;^^^ l.P.L.II.IHIl»»

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.íi llfj l'!/hi| illiill£i.y &L J m.J 1 .fe Já É h. J1. i ii. <. FIIP

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)7—RUA DO ROSÁRIO—37

acaba de receber-se uni novo e bellissimo sorlimenlo dc Lampeões para KEUOSENlí, entre os

quaes ha ricas

LANTERNAS PARA SAGUÕES E ESCADAS

LAMPEÕES PARA MEZAS COM HGURAS DE BRONZE

LAMPARINAS DE BORRACHA DURAS

LAMPARINAS DE YIDRO.

Na mesma casa também acha-se um sorlimento de artigos muito uteis, de fabricas ame-ricanas, como

BOMBAS PARA POÇOS,BOMBAS PARA REGAR JARDINS,

BOMBAS PARA LAVAR VIDRAÇAS,BOMBAS PARA APAGAR INCÊNDIOS,

CABIDES PORTÁTEIS,CAIXINHAS PARA DISPENSA,

BALANÇAS DE MOLA COM CONCHAS DIVERSAS,

ESCUMADEIRAS DE ARAME,

BATEDEIRAS ÜE OVOS,FACAS PARA PICAR CARNE,

PORTA PHOSPHOROS,

ESTANTES PARA FEfcRO DE ENGOMMAR,LINHAS E RETROZ PARA MACHINAS DE COSTURA,

SABÃO PARA LIMPAR PRATA,SABONETES DE PEDBA POMES,

MAIZENA PARA MINGÁO,

ESCENCIAS DE DIVERSAS FRUCTAS.

Livraria Waldcmarmudou-se para a

mesma ruaii. SS.

(6-1

Ç-rren.alaçíio «le «-«sa.De ordem ilo sr.dr. juiz de orphãos fai;o publico, quena audiência de 23 do correnle (segunda-feira iio meio

dia, na casa da policia) terá lugar a praça para arrèina-taçiio iia morada do casas sita na ladeira ilaTnbalingue-ra, per.B|.contõ ,á herança do finado José Francisco'deToledo, cuja avaliação foi ora reformada na quantia de2:500SU0U. S. Paulo, 19 do Novembro de 1803. '

O escrivão—J anua iio Moreira.

CONVENTORoga-se ao sr.

GoDvida-sc ao respeitável publico á chegar e examinar estesobjectos de tanta utilidade em casas de famílias.

ss-KW-o-asi".

VENDE-SE POE ATACADO E A VAREJO.

sv. fâ. fêtHtetJ.

O CARMO.Antônio Ramiro

da Silva o obséquio ile chegar a ruaDireito n. 4-1 pata negocio que lheinteressa. 3—1

AttençãoOs snrs. Alexandre Rodrigues Martins,

João Antonio Pinheiro, João Cnrlos da Sil-va Culrim, João Pedro de Toledo. ÍWarculi-no Augusto Ribpiro e Olympio PinheiroAugusto Ribeiro teem cartas no hotel dp sr.Hilário Pereira Magro. 3-1

II bacio, para pianno l.jj-) rs11 bacio, para pianno e canto 2<#. rs.Réponse à Ia prièred'une vierge 1$).El_ivrí9ri_. &_t-8-B-íiux,i_i- n.ailiiacar

ã C. sLA.HGÜ DA SÉ N, 1.

J. E. de PAIVA não recebe mais,de hoje em diante, em a sua agen-cia de leilões, fazendas e outros ob-jectos a vender, om quanto não hon-ver liquidado todo o recebido até opresenle. Quando puder continuara receber, será de novo annupciado.

S. Paulo 17 de Novembro de 1863.

Par» «s srs. estudantes lerem.A casa commerüial Garraux de Lalhiacar eC.', fim-

dada om 1860 pelo sr. A. L. Garraux habilitou-sea fazer mais q„e promessas. Ella tem provado porfactos, e pela sua maneira de encarar os negócios,que o promettido tem sido sempre executado. Hojenão é pois licito pôr em duvida que os livros sejamadquiridos por igual preço senão menor que no Rio deJaneiro, a menos de não haver comprado nesta casa.

A maior parte dos srs. estudantes estão perfeitamen-te convencidos que é de seu próprio interesse compraros livros necessários em S. Paulo. Economia no preço,economia no transporte, menos riscos á correr, boas eelegantes encadernações, facilidade em só comprar osnecessários e seguidos pelos seus lentes; eis em poucaspalavras as vantagens que se oflerecem na compra ilelivros om S. Paulo.

A casa Garraux, de Lalhiacar eC-, recebeu para aabertura do anno lectivo de 1S64 o mais escolhido sor-.monto de livros de direilo que ó possivel dezejar, sor-timento que niio terá igual em livraria alguma' do Riode Janeiro, quanto á especialidade jurídica. Este es-tabelecimento faz e fará um abatimento considerável aquem quer que deixar a relação dos livros que precisar,como A lodo o cliente que comprar de uma so vez oslivros que precisar, para o curso do anno. Este aba-timento levará sempre vantagem até sobre igual abati-mento que se lhe possa fazer no itio de Janeiro ; porquanto niio haverá aqui as despezas de transporte eriscos de viagem.

Ousa, porlanlo, esla casa esperar que os srs. eslu-dantes continuarão como outr'ora A conceder-lhe aconfiança, que ella esforçar-se-há por merecer.

Aquellas pessoas que'não tiverem correspondentesem S. Paulo para pagamento dos livros, podem estabe-ecer.coiri esta casa mesma suas relações; pára este fimella indicara os meios d'obviar a estes inconvenientespolis praças do Rio de Janeiro, Santos, Campinas etc.

O cathalogo com preços designados estarão ao alcan-ce de quem quer que o dezejar obler.

Emfiiii, recominenda repetindo, a observação se-guinte:

A casa proporciona um desconto considerarei ao com-prador que lhe encarregar da relação dos livros de suacncommenda ou a aquelle que de uma só vez comprar osque lhe forem necessários pára o curso do anno.

(15-15

THEATRO.Companhia Dramática Nacional diri-gida pelo artista Joaquim Augusto-

SÂBBÃDO 21 1)0 CORRENTEBENEFICIO DE F. A. DA COSTA E SlLVA

PONTO DA COMI-AMASobe A scena o bello drama

CLOT1LDE.Terminará com a scena cômica

UERTHA DE CASTIGO.O beneficiado conta dosdo jã com a protecção do res-

poitavol publico o em geral do corpo acadêmico.

DOMINGO 22 1)0 CORRENTE.Recita extraordinária.

Drama em 5 actos:A honra ile uma família.

Comedia em 1 acto:ivIaiMla quem poile.

A's 8 horas.

s*

Typographia Imparcial.