4
X I ANNO DOMINGO, 15 DE OUTUBRO D£5 1911 N.' 536 SEMANARIO REPUBLICANO RADICAL Aãsigamiismi 0 rr. Anno. iSooo réis: semestre. ioo reis. Pagamento adeantado. ÍJ líffDAO^A lJ» IIÍALAUIj 1 II UllííAl illA q Annuncios— i.» publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, para fóra: Anno. 1S200: semestre, 600; avuiso. 20 reis. Q (Com posição 6 íiSapPGSSií©) 0 20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto- Para c p í f m í : A n n o . 2S0TO r é i i moeua forte,. M RUA CÂNDIDO DOS REIS ___ I°6 2 0 graphos náo se restituem quer sejam ou náo publicados. D1RSGT0R-PR0P8IETAR10 — José Augusto Saloio § aldegallega ’‘ I EDITOR — José Cypriano Salgado Junior Nos nossos momentos de descanço lançámos muitas vezes os olhos para a vida que os humildes passam. Acompanhâmol-os em to- dos os seus passos, em to- das as suas alegrias e em todas as suas dôres. Dei- xàmo-nos guiar por uma reflexão íntima e convidá- mos o coração a falar, a di- zer tudo o que sente ácêr- ca da existencia d’aquelles que as desigualdades hu- manas obrigam a apodar- se de pobres. A nossa men- te, nesses instantes, é um longo palco onde perpas- sam todas as fazes da acti- vidade social e onde se contemplam desde as sce- nas mais luxuosas até ás mais desprovidas de apara- to. Então a nossa alma en- caminha-se para os despro- tegidos da fortuna. N’eiles encontra ella em absoluta perfeição todos os senti- mentos que a Humanidade adjectiva de cândidos e hu- manitarios. Estabelecendo a comparação entre a vida dos afortunados e a dos proletários — chamemos- lhes assim— a virtude des- tes eleva-se numa propor- ção inversa ao valor nulo que damos aos actos da- quelles. Não ha aqui exageros. Os afortunados, passando uma vida despreocupada e de goso, não sentindo as garras da desgraça arra- nharem frequentíssimas ve- zes as portas dos seus pa- lacetes, que maravilha é que haja muita correcção no seu> proceder e muito desprendimento nos seus actos!? E’ a própria evolu- ção das coisas quem lhe proporciona essa existencia eessa maneira de agir. Na- da lhes falta; contra nada lêem que se revoltar. Os pequeninos, os hu- mildes, todos áquelles, em- fim, que luctam com diffi- culdades, esses é que sa- bem dar valor á vida, como se diz em linguagem vul- gar. Para estes, alguns mo- mentos de alegria— quan- do os ha— são adquiridos á çusta de muito suor e, quantas vezes! após mil privações. A honestidade vale, oois,nellesmuito ma- is que nos outros. Em tudo são infelizes. Na própria prática da vida têem quem os illuda porque a desco- nhecem com perfeição, e, raras vezes, encontram quem os elucide com cora- ção e com amor. Entregues de corpo e alma ao pensa- mento de adquirirem al- guns meios de subsistência o para si e para os seus, igno- ram os mil bêcos, traves- sas e emboscadas deste dédalo infinito que se cha- ma a sociedade. E, quantas vezes, vêem elles o produ- eto do seu trabalho de lon- gos annos nas mãos ávidas de cubiça dos afortunados. Vamos, porém, ao que importa. Esta pequena di- vagação não póde, de fór- ma alguma, constituir uma declaração de guerra aber- ta aos homens felizes. As excepções apontam-se e nós não somos absolutamente partidarios d’aquella dou- trina que diz: pagam os justos pelos pecadores. O nosso fim é elevar, como é de justiça, a vida dos hu- mildes. E tudo isto veio em seguida á leitura duma car- ta que José Carvalho, o soldado que morreu em Chaves em defeza da Re- publica, escreveu a sua mu- lher um mez antes de mor- rer. Quem não a leu que a leia, pois talvez os seus o- lhos se maregem de lágri- mas: «Soutelinho, 5 de setembro.— Minha querida mulher: Muito es- timo 1 que ao reoeber d’esta mal escrita carta estejas de perfeita e feliz saude em companhia do nos- so querido lilho, pois eu estou muito gordo e com muita saude. Agora posso-te dizer que isto es- tá muito mal por cá e qne não nos podemos vêr. Consta que no dia 6 011 7 os malditos entram no paiz. Se tivesse mil vidas, mil vidas dava pela nossa querida Republica. Sabe-se que de Ville- la estão sessenta homens em Hes panha. Parece que entram no dia 7 de madrugada, mas não te afli- jas, que en não tenho medo dej morrer. Se eu morrer peço-te perdão de tudo e dá muitos beiji- nhos ao nosso querido filho. Mas não te aflijas que eu não tenho pena de morrer; só tenho pena de não te tornar a abraçar e ao nosso filho. Não temos descanço nem de noite nem de dia. O que vale é que minha mãe e meu pai vêem vêr-me a Soutelinho, por qne a gente nào póde d’aqui sa- ir para fóra. Agora 0 que te pe ço é que mandes logo resposta se recebeste 5$000 réis. Sabes que tenho cá 0 nosso retrato, 0 que a minha mãe tinha, e que trago para te vêr e ao nosso til ho. Não te agonies. Não devia mandar di- zer 0 que se passa, mas não pos so encobrir-te coisa alguma. Sau- dades a todos e tu e nosso filho aceitem muitos beijos, que eu não sei se tornarei a vêl-os. Quero ainda voltar a Lisbôa com gloria e paz. Viva a Republica e viva a Patria! Morram os «paivantes»!- Sou teu, José Carvalho». Que nobre coração, que grande patriota era este bom soldado. Morreu no seu posto, defendendo a Patria e pensando sempre na sua querida familia que estava longe. E’ tarde já, mas nem por isso nós dei- xámos de prestar homena- gem a esse heroico repre- sentante do exército portu- guez e bello representante do espirito republicano na- cional. Que é delle ago- ra?. .. Um profundo silen- cio nos responde. Que es- perava elle quando offere- ceu os seus serviços á Re- publica Portugueza?... Na- da, absolutamente na .la. Nem postos elevados, nem pensões de espécie alguma. Talvez só a morte e a mor- te levou-o. Cumpriu um dever o valente soldado, mas com tanta abnegação, com tão nobres intuitos, que a sua acção vale um louvor incomparavel. E’ provável que á hora da morte chamasse por al- guem sem que obtivesse resposta. Responderam-lhe, porém, já os seus camara- das que lhe vão vingar o assassinato e responder-lhe- ha mais a alma nacional, curvada perante a sua fi- gura de heroe em lágrimas de agradecimento pelos serviços prestados. Paz ao valente soldado da Republica! Paulino G omes. íLommeníarios & Noticias A estrada dMlcochete á Atalaia e a vaidade dos politicos locais. E’ do conhecimento tanto do povo d’esta villa como do da vi- sinha e amiga villa de Alcochete 0 motivo porque ficou por con- cluir aquella estrada: politiquices de tempos que já não voltam e que mais pareciam brincadeiras de rapazes que questões de ho- mens sob quem estava a adminis- tração d’estes concelhos. Era tu- do assim: 0 sr. José Maria dos Santos não podia dar um braça- do de palha a mais a este ou á- quelle! Entraram as camaras republi- canas em 1909 em ambas as vil- las, e estes povos que, devido aos caciques, se não viam muito bem, passaram a olhar-se como irmãos, a concorrerem juntos aos comici- os, ás festas, etc. E’ preciso fazer-se aquelle ba cado de esírada—disse-se. Inte ressa a ambas as terras e dá-se, com isso, uma demonstração de respeito e amizade para com os nossos visinhos alcochetenses. No primeiro anno a camara en- controu grandes dificuldades, 0 que se não estranhou, e porque havia melhoramentos de mais ur gente necessidade, esse foi fican- do para depois. Chegou 0 segun- do anno e as dificuldades mais augme-ntaram. Já não prejudica vam só os trabalho-s da vereação as velhacadas da secretaria nem as más informações da adminis- tração do concelho, unicas difi- culdades que atarantavam os ca- tuaristas. Coisa peior apareceu! Contava-se com eleições camara - rias em novembro de 1910! Era preciso fazer valer a lista onde entrasse um certo nome acompa- nhado de individualidades que se lhe curvassem reverentes, e que, vencedora e'ssa lista, a tal indi- vidualidade ficasse presidindo aos destinos d’este concelho. D’aqui, então, nasceu todo 0 mal de que estamos sofrendo: sem estradas, sem hygiene, sem instrucção, etc., etc., etc. Se havia um qne queria o cajado torto do mando 0 que 0 tinha nas mãos procurava, —e procurará — naturalmente, nãa 0 largar. Ora republicanos uns e outros—parece-nos—qual o motivo porque não trabalham todos para 0 engrandecimento de esta terra e esperam que o povo n’esse tão almejado dia, se mani- feste na urna por quem mais simpatisar? Para qne são as in- trigas, os odios, as calúmnias? O. bôlo, que nós não desejámos sa- ber se é doce ou amargo, a al- guem ha de pertencer. Por nossa parte faremos toda a diligencia de 0 dar a quem seja honesto, intelligente e trabalhador. Os. ma- is, os que amam 0 progresso e a sua terra, que façam 0 mesmo. O cais das faluas Chamámos a attenção da ca- mara municipal e da auetoridade administrativa para. 0 estado do cais das faluas. Aquillo não é desleixo, é um crime. A muralha do lado do Norte está a desabar com 0 gravissimo perigo de cair sobre alguma embarcação e ma- tar quem dantro d’eila estiver. Á rua, que ao cèntro tem uma e- norme racha, mostra bem 0 peri- go imminente que ali está. Que diabo!... Dei-se agora ao pobre cais, ao menos, aquillo que os srs. monárquicos lhe rouba- ram. Por vezes, claro, porque d’u- ma só vez chegava para levar 0 cais até ao Montijo! V«ivre-E*cns&incnto Perguntava um dia um cida- dão muito simplesmente: «Para que serve uma junta local do Livre Pensamento em Aldegalle- ga?» E' simples a resposta; «ajunta local serve para desenvolver e espalhar os nobres ideais apre- goados pela Junta Federal do Livre-Pensamento; Esta acção, porém, não se cinge só á própria villa. Estender-se-ha por todo 0 concelho e irá mesmo até ao ponto de exercer a sua influen- cia nos concelhos limítrofes». Mas, dado 0 caso que a pro- paganda se limitasse a Aldegal- lega, repare 0 nosso ingénuo concidadão que muito ha que fa- zer aqui. E’ verdade que beatos ha poucos na terra, mas 0 Livre- Pensamento não abrange tão sim- plesmente a guerra á igreja. Vai muito mais longe. O seu fim é obrigar os povos a procederem livremente em todos os ramos da actividade social, E, ainda mesmo que só consistisse na guerra á igreja, afirmámos lhe que a pro- paganda é muito, precisa. n’esse sentido, a fim de evitar más in- terpretações e conhecimentos in- completos, Que 0 povo de Alde- gallega auxilie a sua junta local e que os elementos que. a com- põem trabalhem e reoonhecerá 0 nosso presado correligionário a neoessidade da sua existencia. IXota oficiosa O govêrno tomou agora uma resolução por todos os motivos acertada e de ha muito necessa- ria. Para seu inteiro.conhecimen- to enviou á imprensa diaria da capital, a seguinte neta:.. «O govêr.uo, apreciando a si- tuação e a necessidade de proce- der pronta e energicamente, re- solveu propor- ao. Presidente da Republica a convocação extraor- dinaria do Congresso, a fim de se munir, dos meios necessários para. 0 rápido julgamento dos in- divíduos implicados em crimes de rebellião e incitameuto á guerra civil». Vêem tardinho, essas medi- das. Mas 0 paiz muito aprovei- tará ainda com ellas. çoatribuiçôes Foi prorogado 0 praso, para 0 . pagamento.das.contribuições, ge- rais, do Estado até ámanhã, 16 do corrente. Será conveniente os que ainda não cumpriram, esse dever 0 fa- çam agora a fim de evitarem mais despezas e transtornos, Ahi fica 0 aviso,

Anno. iSooo réis: semestre. ioo reis. Pagamento adeantado ......X I ANNO D O M IN G O , 15 D E O U T U B R O D£5 1911 N.' 536 SEMANARIO REPUBLICANO RADICAL Aãsigamiismi 0rr. Anno

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

X I ANNO D O M I N G O , 1 5 D E O U T U B R O D£5 1 9 1 1 N.' 536

S E M A N A R IO R E P U B L IC A N O R A D IC A L

Aãsigamiismi 0rr.Anno. iSooo réis: semestre. ioo reis. Pagamento adeantado. ÍJ líffDAOAlJ» IIÍALAU Ij 1 II UllííAl illA q A n n u n cio s— i.» publicação. 40 réis a linha, nas seguintes,para fóra: A nno . 1S200: semestre, 600; avuiso. 20 reis. Q ( C o m p o s i ç ã o 6 í iS a p P G S S ií© ) 0 20 réis. A nnuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto-Para c p íf m í : A nno . 2S0TO r é ii moeua forte,. M R U A C Â N D ID O D O S R E IS ___ I ° 6 2 0 graphos náo se restituem quer sejam ou náo publicados.

D1RSGT0R-PR0P8IETAR10— José Augusto Saloio § ‘a l d e g a l l e g a ’ ‘ I EDITOR— José Cypriano Salgado Jun io r

Nos nossos momentos de descanço lançámos muitas vezes os olhos para a vida que os humildes passam. Acompanhâmol-os em to­dos os seus passos, em to­das as suas alegrias e em todas as suas dôres. Dei- xàmo-nos guiar por uma reflexão íntima e convidá­mos o coração a falar, a di­zer tudo o que sente ácêr- ca da existencia d’aquelles que as desigualdades hu­manas obrigam a apodar- se de pobres. A nossa men­te, nesses instantes, é um longo palco onde perpas­sam todas as fazes da acti­vidade social e onde se contemplam desde as sce­nas mais luxuosas até ás mais desprovidas de apara­to. Então a nossa alma en­caminha-se para os despro­tegidos da fortuna. N’eiles encontra ella em absoluta perfeição todos os senti­mentos que a Humanidade adjectiva de cândidos e hu- manitarios. Estabelecendo a comparação entre a vida dos afortunados e a dos proletários — chamemos- lhes assim— a virtude des­tes eleva-se numa propor­ção inversa ao valor nulo que damos aos actos da­quelles.

Não ha aqui exageros. Os afortunados, passando uma vida despreocupada e de goso, não sentindo as garras da desgraça arra­nharem frequentíssimas ve­zes as portas dos seus pa­lacetes, que maravilha é que haja muita correcção no seu> proceder e muito desprendimento nos seus actos!? E’ a própria evolu­ção das coisas quem lhe proporciona essa existencia eessa maneira de agir. Na­da lhes falta; contra nada lêem que se revoltar.

Os pequeninos, os hu­mildes, todos áquelles, em­fim, que luctam com diffi- culdades, esses é que sa­bem dar valor á vida, como se diz em linguagem vul­gar. Para estes, alguns mo­mentos de alegria— quan­do os ha— são adquiridos á çusta de muito suor e,

quantas vezes! após mil privações. A honestidade vale, oois,nellesmuito ma- is que nos outros. Em tudo são infelizes. Na própria prática da vida têem quem os illuda porque a desco­nhecem com perfeição, e, raras vezes, encontram quem os elucide com cora­ção e com amor. Entregues de corpo e alma ao pensa­mento de adquirirem al­guns meios de subsistênciaopara si e para os seus, igno­ram os mil bêcos, traves­sas e emboscadas deste dédalo infinito que se cha­ma a sociedade. E, quantas vezes, vêem elles o produ­eto do seu trabalho de lon­gos annos nas mãos ávidas de cubiça dos afortunados.

Vamos, porém, ao que importa. Esta pequena di­vagação não póde, de fór­ma alguma, constituir uma declaração de guerra aber­ta aos homens felizes. As excepções apontam-se e nós não somos absolutamente partidarios d’aquella dou­trina que diz: pagam os justos pelos pecadores. O nosso fim é elevar, como é de justiça, a vida dos hu­mildes. E tudo isto veio em seguida á leitura duma car­ta que José Carvalho, o soldado que morreu em Chaves em defeza da Re­publica, escreveu a sua mu­lher um mez antes de mor­rer. Quem não a leu que a leia, pois talvez os seus o- lhos se maregem de lágri­mas:

«Soutelinho, 5 de setembro.— Minha querida mulher: Muito es­timo 1 que ao reoeber d’esta mal escrita carta estejas de perfeita e feliz saude em companhia do nos­so querido lilho, pois eu estou muito gordo e com muita saude. Agora posso-te dizer que isto es­tá muito mal por cá e qne não nos podemos vêr. Consta que no dia 6 011 7 os malditos entram no paiz. Se tivesse mil vidas, mil vidas dava pela nossa querida Republica. Sabe-se que de Ville- la estão sessenta homens em Hes panha. Parece que entram no dia7 de madrugada, mas não te afli­jas, que en não tenho medo dej morrer. Se eu morrer peço-te perdão de tudo e dá muitos beiji­nhos ao nosso querido filho. Mas não te aflijas que eu não tenho pena de morrer; só tenho pena

de não te tornar a abraçar e ao nosso filho. Não temos descanço nem de noite nem de dia. O que vale é que minha mãe e meu pai vêem vêr-me a Soutelinho, por qne a gente nào póde d’aqui sa­ir para fóra. Agora 0 que te pe ço é que mandes logo resposta se recebeste 5$000 réis. Sabes que tenho cá 0 nosso retrato, 0 que a minha mãe tinha, e que trago para te vêr e ao nosso til ho. Não te agonies. Não devia mandar di­zer 0 que se passa, mas não pos so encobrir-te coisa alguma. Sau­dades a todos e tu e nosso filho aceitem muitos beijos, que eu não sei se tornarei a vêl-os. Quero ainda voltar a Lisbôa com gloria e paz. Viva a Republica e viva a Patria! Morram os «paivantes»!- Sou teu, José Carvalho».

Que nobre coração, que grande patriota era este bom soldado. Morreu no seu posto, defendendo a Patria e pensando sempre na sua querida familia que estava longe. E’ tarde já, mas nem por isso nós dei­xámos de prestar homena­gem a esse heroico repre­sentante do exército portu­guez e bello representante do espirito republicano na­cional. Que é delle ago­ra?. .. Um profundo silen­cio nos responde. Que es­perava elle quando offere- ceu os seus serviços á Re­publica Portugueza?... Na­da, absolutamente na .la. Nem postos elevados, nem pensões de espécie alguma. Talvez só a morte e a mor­te levou-o. Cumpriu um dever o valente soldado, mas com tanta abnegação, com tão nobres intuitos, que a sua acção vale um louvor incomparavel. E’ provável que á hora da morte chamasse por al­guem sem que obtivesse resposta. Responderam-lhe, porém, já os seus camara­das que lhe vão vingar o assassinato e responder-lhe- ha mais a alma nacional, curvada perante a sua fi­gura de heroe em lágrimas de agradecimento pelos serviços prestados.

Paz ao valente soldado da Republica!

Paulino Gomes.

íLommeníarios & NoticiasA estrada dMlcochete á

Atalaia e a vaidade dos politicos locais.E ’ do conhecimento tanto do

povo d’esta villa como do da vi­

sinha e amiga villa de Alcochete 0 motivo porque ficou por con­cluir aquella estrada: politiquices de tempos que já não voltam e que mais pareciam brincadeiras de rapazes que questões de ho­mens sob quem estava a adminis­tração d’estes concelhos. Era tu­do assim: 0 sr. José Maria dos Santos não podia dar um braça­do de palha a mais a este ou á- quelle!

Entraram as camaras republi­canas em 1909 em ambas as vil- las, e estes povos que, devido aos caciques, se não viam muito bem, passaram a olhar-se como irmãos, a concorrerem juntos aos comici­os, ás festas, etc.

E ’ preciso fazer-se aquelle ba cado de esírada—disse-se. Inte ressa a ambas as terras e dá-se, com isso, uma demonstração de respeito e amizade para com os nossos visinhos alcochetenses.

No primeiro anno a camara en­controu grandes dificuldades, 0 que se não estranhou, e porque havia melhoramentos de mais ur gente necessidade, esse foi fican­do para depois. Chegou 0 segun­do anno e as dificuldades mais augme-ntaram. Já não prejudica vam só os trabalho-s da vereação as velhacadas da secretaria nem as más informações da adminis­tração do concelho, unicas difi­culdades que atarantavam os ca- tuaristas. Coisa peior apareceu! Contava-se com eleições camara­rias em novembro de 1910! Era preciso fazer valer a lista onde entrasse um certo nome acompa­nhado de individualidades que se lhe curvassem reverentes, e que, vencedora e'ssa lista, a tal indi­vidualidade ficasse presidindo aos destinos d’este concelho. D ’aqui, então, nasceu todo 0 mal de que estamos sofrendo: sem estradas, sem hygiene, sem instrucção, etc., etc., etc. Se havia um qne queria o cajado torto do mando 0 que 0 tinha nas mãos procurava, —e procurará — naturalmente, nãa 0 largar. Ora republicanos uns e outros—parece-nos—qual o motivo porque não trabalham todos para 0 engrandecimento de esta terra e esperam que o povo n’esse tão almejado dia, se mani­feste na urna por quem mais simpatisar? Para qne são as in­trigas, os odios, as calúmnias? O. bôlo, que nós não desejámos sa­ber se é doce ou amargo, a al­guem ha de pertencer. Por nossa parte faremos toda a diligencia de 0 dar a quem seja honesto, intelligente e trabalhador. Os. ma­is, os que amam 0 progresso e a sua terra, que façam 0 mesmo.O cais das faluas

Chamámos a attenção da ca­mara municipal e da auetoridade administrativa para. 0 estado do cais das faluas. Aquillo não é desleixo, é um crime. A muralha do lado do Norte está a desabar com 0 gravissimo perigo de cair sobre alguma embarcação e ma­tar quem dantro d’eila estiver. Á

rua, que ao cèntro tem uma e- norme racha, mostra bem 0 peri­go imminente que ali está.

Que diabo!.. . Dei-se agora ao pobre cais, ao menos, aquillo que os srs. monárquicos lhe rouba­ram.

Por vezes, claro, porque d’u- ma só vez chegava para levar 0 cais até ao Montijo!V«ivre-E*cns&incnto

Perguntava um dia um cida­dão muito simplesmente: «Para que serve uma junta local do Livre Pensamento em Aldegalle­ga?»

E ' simples a resposta; «ajunta local serve para desenvolver e espalhar os nobres ideais apre­goados pela Junta Federal do Livre-Pensamento; Esta acção, porém, não se cinge só á própria villa. Estender-se-ha por todo 0 concelho e irá mesmo até ao ponto de exercer a sua influen­cia nos concelhos limítrofes».

Mas, dado 0 caso que a pro­paganda se limitasse a Aldegal­lega, repare 0 nosso ingénuo concidadão que muito ha que fa­zer aqui. E ’ verdade que beatos ha poucos na terra, mas 0 Livre- Pensamento não abrange tão sim­plesmente a guerra á igreja. Vai muito mais longe. O seu fim é obrigar os povos a procederem livremente em todos os ramos da actividade social, E , ainda mesmo que só consistisse na guerra á igreja, afirmámos lhe que a pro­paganda é muito, precisa. n’esse sentido, a fim de evitar más in­terpretações e conhecimentos in­completos, Que 0 povo de Alde­gallega auxilie a sua junta local e que os elementos que. a com­põem trabalhem e reoonhecerá 0 nosso presado correligionário a neoessidade da sua existencia.

IXota oficiosaO govêrno tomou agora uma

resolução por todos os motivos acertada e de ha muito necessa­ria. Para seu inteiro.conhecimen­to enviou á imprensa diaria da capital, a seguinte neta:..

«O govêr.uo, apreciando a si­tuação e a necessidade de proce­der pronta e energicamente, re­solveu propor- ao. Presidente da Republica a convocação extraor­dinaria do Congresso, a fim de se munir, dos meios necessários para. 0 rápido julgamento dos in­divíduos implicados em crimes de rebellião e incitameuto á guerra civil».

Vêem tardinho, essas medi­das. Mas 0 paiz muito aprovei­tará ainda com ellas.

çoatribuiçôesFoi prorogado 0 praso, para 0.

pagamento.das.contribuições, ge­rais, do Estado até ámanhã, 16 do corrente.

Será conveniente os que ainda não cumpriram, esse dever 0 fa­çam agora a fim de evitarem mais despezas e transtornos,

Ahi fica 0 aviso,

Õ D O M IN G O

C O F R E B E P E R O L 1 S

Amigos, cento e de\, ou tdlvè% mais E u já contei. Vaidades que sentia:

-Suppui que sobre a terra não havia■ Mais ditoso mortal entre os mortaes!

Amigos, cento e de\, tão serviçàes, Tão çelosos das leis de„ cortesia, . Que já farto de os vêr me escapo lia -4’s suas curvaturas vertebraes.

Um dia adoeci profundamente: Ceguei. Dos cento e deç houve um somente Que não desfè\ os laços quasi rotos.

' Que vamos nós (di\ià?nj lá fa\er?Se elle esíá cego, não nos póde ver.. Que cento e nove impávidos marotos.

C amili.ò C astklí.o B ranco.

RUDIMENTOS DE POLITICA E DE CIVISMOS er reaccionario: E’ ser contrario ao progresso po

Titico do paiz. Fm geral o reaccionario é clerical, despótico, op-

pressór e âmigt>de sevéros castigos.— C. A. Fernan­des.

T caÍE '» S a l ã o iâ e c re í© Popieiar.Reabre hoje esta bella casa de

'espectáculos. 0 seu-programma ti .variadíssimo devendo satisfa­zer todos os espectadores. Arada bem que já temos aonde passar algumas horas dás enfadonhas; noites do inverno. Tres artistas: Alfredo Gaspar e as duas irmãs Litalí farão o grade sucesso d’es- ta noite nas duas sessões, cujo programnaa é o seguinte: Sinfo­nia, 2 fitas aniínatografieas, can 'çaõ dâ Fáda Vilia, Sarasa, 2 fi tas-, a 'Côríe dePháíãpn, 2 fi­tas, fado 5 d’Òiitubro, -Mátchicha Argentina, 1 fi-ta, fado e duetto do 60&

ÀsTerminaram já as Vmdifnâs’

n’esta Vinhateira região. Os mos­tos dão esperanças dè que os vi­nhos venham a ser maghificós, regulando a sua 'graduação entre 26° "e -28° de âssucár.

O preço da uva melhorara ul­timamente.Ré|!$to cívfl

Durante a semana passada ef- fectuaram se na conservatoria do registo civil d’està Villa, os se guintes assentos; 1 de casamen­to, 3 de nascimento e 5 d’obito.<íGi>eg©l*i© « i l

Com fábrica dè distillação na travessa do Lagar da Cera (na Pontinha) offerece á sua numero sa 'clientella, áléín ‘de aguardente bagaceira muito boa de que sem­pre tem grande quantidade para V enda, finíssima aguardente de prova (-30°) para melhoramento dos Vinhos, assim como aguar­dente anisada muito melhor que & c h a m a d a d e Evora. Os preços síio sempre inferiores aos dequalquer parte e muito superiores.

Cótssorci©Realisou-se na passada segun­

da feira o consorcio do nosso “bom amigo e'sincero correligio­nário Antonio Rodrigues Lucas cóm a ' S T . a "D. Láura Sam­paio Pombiiíha. O assento foi la vrado em casa do pai da noiva,-; sr. Francisco Sampaio P o m b í-

nha, servindo de padrinhos os srs. Antonio Rodrigues de Men­donça, Izidoro Maria d'01iveira. Maria Candida d’01iveira e Con­ceição Domingos Salgado, e de testemunhas os srs. José Maria de Mendonça, Christiano Rodri­gues d-e Mendonça e Josê Paulo Relogio.

•A-os eonso'rtes apetecemos 'uma vida ■prolongadissima cheia de venturas e prosperidádes.

“ 'Vida àB©íiilca,,Sahiu j-á o n.° 7 d’esfa bella

publicação de qne é editor e pro­prietário o sr. Luiz da Camara Reys e que, pelo summarió, se vê quanto interessa:—O primei­ro anniversario da republica—O antigo regimen: Oppressão, La­trocínios e Incompetencia==A questão dos adeantamentos— Roupa suja=A s falsas contas de João Frauco=O s particulares acorbetando-se á sombra do es- candalo da casa real=Caridade e patriotismo á custa alheia=Os sacrifícios dos pequenos funccio- narios=Mattoso dos Santos. Ade ànt-ador-mó r==0 terror dos cri­minosos: Não mostrem os dccu- mentos!=Os fins da invasão de Couceiro— A illusão do fanatismo religioso no norte=Esmaguem-se os traidores com firmeza e sem piedade!

15a’. Alcxasiílre ÉSragaA «Folha do Norte», noSso

as qualidades collega do Pará, (Brazil) insere a

Ha tambem grainha a 120 ré­i s os 2 0 liíros.O ieistp©

Mudou, finalmente, o tempo. Pelas duas horas da madrugada de quarta feira passada pairou sobre nós uma forte trovoada que descarregou pesadissimas bátegas d’agua, não havendo, ao que nos e«nstc, prejuizos & lamentar.

1 seguinte correspondencia do Rio de Janeiro, datada de 22 de se­tembro ultimo, que a seguir trans­crevemos:

«O dr. Alexandre Braga reali­sou hontem uma brilhante confe reneia r.o Palace Theatrè, reple­to de familias, de politicos salien tes e de republicanos portugue­zes.

O exordio da oração do illus­

tre tribuno foi uma vibrante sau­dação ao Brazil; passando depois a historiar a sua viagem á nossa pátria, rebatendo a ironia com que foi recebido por alguns jor­naes, fazendo praça da sua po­breza é da sua honradez, do des prendimento material que tem ti­do desde a proclamação da repu­blica; evoca phrases que arreba­tam o auditorio; fala ria patria distante, nas suas descobertas, as quaes distribuiu aos outros come um grande perdulário; insulta a mentira, elogia a verdade, prega a tolerancia. mostrando desejo de concordia, de paz, de "trabalho;1

“D iz ‘-que a republica foi feita para todos os portuguezes e que não censura os seus patricios que defendiam o rei infantil,'incónsèi- ente, dirigido por uma mãejesui ta, porque pensa que elles obra­vam Com sinceridade.

Fala da obra terrivel dos que trabalhavam para a venda da pâ tria, como pròmette provar èm conferencias subsequentes; diz que os republicanos querem dar á naçao'a'feliòidade e o progres­so; que a familia real premedita­va a venda de Portugal e que o heroicô feito de 5 de Outubro foi executado por pobres, rotos, es fárrapadós, que foram f lies que proclamaram a republica e que estão dispostos a morrer por el­la. Promefte ánalysár em outras conferencias os actos da, monar­quia, os seus latrocínios, as suas vilezas, os'seus crimes, e'que de­pois de tudo não haverá pòrtu- girez que se não renda á verda-- de, áo contrariò,-porém, terá pie-, dade d’elles por persistirem en­terrados no erro, sém quererem seguir o exémpló dos pobresinhos esfarrapados que morreram para lhes dar progresso e liberdade..

Q dr. Alexandre Braga foi ac- clamadissimõ e aò sahir recebeu, calorosas ovácoéS».

PalvasstesContinúa, por toda a parte, á

ser o assunto de todas as con-' versas, os paivantes no Nórte do paiz. Isto emquanto não aborre­ce, está claro, porque os nossos militares, segundo noticias d’ali de pessoa de nossa inteira confi­ança,"não estão mais dispostos a gastar a paciência com aquellas éscoucearités alimárias, e fazem muito bem.

M asísae! S5. T aaiec©Negociante de gado suino, ba­

tata em saccas ou em caixas, adu­bos quimicos, carvão, palha e ce- reaes.

Quem pretender realisar algum negocio póde dirigir-se a Manuel Domingos Taneco, rua Manuel José Nepomuceno, proximo á es­tacão dos C. d e F .—Àldègâllega.

Liquidam-se contas todos Os do­mingos das 10 da manhã ás õ da tarde>

c m posse©IJsixea* tsmfáotCBSpO.Um dia d’estes 'vinío-nos de

frente com um amigo que nos disse; «Com que então vócê não sâbe e pede que lhe expliquem a razão porque a direcção do Cen­tro Republicano, terminado que foi o sen mandato em maio ulti­mo, ainda se não dispoz a apre­sentar contas da sua administra­ção?!

Tem graça!. . .Então vócê não sabe que já

não ha direcção nem com missão; que aquillo é d’um só?!»

E estendendo-nos a mao: «A- deus, meu amigo!. . . O que pre­cisámos saber é o que é feito dos quinhentos mil réis que élles encontraram no cofre do Centro. Adeus!

C o is a s 5£©ssasA escola Conde Ferreira está,

mais uma vez, sem professor, e o professor do Centro Republica­no, parece, sem casa para lecio- nar as crianças. A’ primeira vis­ta parece que esíá tudo remedia­do,- mas não. E nào porque Al­degallega tem uns dez mil habi­tantes e por consequencia um professor não chega. E não va­mos álém dizendo que dois pou­co é.

E w p rc g o í)as horas vagas

Qual será o mais util emprego das horas que o trabalho nos dei­xa livres? Não é, dècerto, a pa-- ralysia de toda a'acção "do orga­nismo e da alma, designando por esta palavra tiido o que'em nós não é bem definida e claramente um acto physiologico. Ha mil coisas que o corpo e a alma exe­cutam com verdadeiro goso. e sem damno algum para ellas. To­dos podemos, pe]a attenção, for- rnar uma lista d’essas coisas è, has horas de ocio, e X e c u t á b a s sorrindo. O cultivo das bellas ar­tes é decerto uma das mais at trahentes. Cada qual, segundo: as Suas aptidões, escolha a Musi­ca, a Pintura, o Desenho, a Poe­sia, a Escóltura, ou todas con- junctamènte, se n’isso encontra prazer e para tanto o dotou, pri- vilegiadamente a natureza, Apri­morar a execução d’um trecho musical que se ama, esboçar um quadro, burilar um soneto, m o­delar um busto, eis exòellentes occupaçÕes das horas vagas. Mas ha otifras ainda rnais simples e ao alcance de todos, artistas ou não artistas, 'pobres ou ricòs; ta­es sâo por exemplo, o canto, o. passeio, a contemplação dos bel- los quadros da natureza, escutar à musica, a leitura dè um bom trecho litterario e moral.

Entre as mais uteis occupâçÕes íigura a de ajustarmos contas comnosco mesmos; a de relance­ar os olhos peló nosso passado e pelo nòssò presente; vêr se é pòssivel remediar erros còrnmét- tidos oti -prestes a commetterem- se. Mas este, é preciso usar d’el- le com parcimónia e certas pre­cauções, não vá succeder ficar­mos acabrunhados sob o pèzo da meditação e que o bem estar procltrado dègenere em preoccu pacão de espirito.

O mais exceilente meio de nós distrairmos-j recolhendo larga có­pia de bem estar intimo, é fazer bem aos Outros. Pèla abnegação e pelo afi?ecto sentir em torno de nós gratidões, bênçãos votos de felicidade,—isto alegra a alma e vigora os bons sentimento. Se conseguirmos a um tempo delici­ar os sehtidoS e alegrar a cons ciência, teremos alcançado o ma-

de occupar as o trabalho nos

KOTlCIA-S DOPARÁSalvè, 5 de Oiiiiibrot

is precioso meio horas vagas que deixa iiVres.

À r th u r T e í.l e s .

accessar e érlssil-MSP

«Arguir» alguem de alguma coisa é notar-lhe" defeito, re- prehendel-o com razões.

«Accusar» é denunciar alguem como criminoso, imputar-lhe cri­me.

«Criminar» é dizer ou decla­rar alguem auctor d’um crime, dar-lhe culpa, delicto; pronun­ciai o por «criminoso ou réo.

Póde um homem ser «arguido» injustamente; póde ser «accusa­do» aleivosamente; mas nào pó­de ser «ciiminado» juridicamen­te sem provas que o convençam de «crime» ou delicto.

Josê da Fonseca.

Foi bella ‘a lémliráriça que 0 «Centro Republicano Portug«e*« téve ern promover o congrâça- mento de todas ás Sóciedades^or- tugiíezás 'existentes n‘esíá capi. tal, a tim de festejar o 1.° anni- versario da bella ‘e -gféHosa -Re­publica.

A nossa colónia, 'ná sua maift. ria, empregou os 'setfs ValiòSôs esforços para térmõs uma béftj fests ém hoiira da institíiiçãó -qtre libertou a nossá pátria do ‘re­gimen 'das roubalheiras e héli assim d’essas aves de bátina ne­gra, verdadeiros rápiriadores da honra das nossás familiar.

Muitas e importantes cásas commorciais não só embandeira­ram como tambem illúminaram ás suas fachadas.

A T u n a Luso-Caixeiral, lev*óa no dia 4 a'effeito á graudiosafes- ta cóm baile/na sua'séde. A fes­ta constou de sessão sólémhè a baile e nos irítervallòs 'rèçifação de põesias e monólogos pêlo's so- cios.

No diâ 5 a referida Sociedade reâiígoti !no teatro dá Pàz nma récita em homenagem á nósvâ Republica. Çántárám sè divérsâs canções portuguezas èm que 'a minha humilde pessoa’tÒmou par­te, decorrendo tudo com entusi­asmo e na -melhor ordéin.

A* commis-são dos festejos I frente Sa qual ésfá 'o áosso digno consul, tehciona 'prdtnòver ura concerto miísical “n’um dois pavi­lhões Sa Praça dá Republica, queimando-SB. a Seguir, tim lindo fogo de artificio para o que foi pedida licença 'áo Intendente Mu­nicipal.

Possó, pois, afiançar aos meus queridos 'pátriòros, que o Brazil está em festa honrando assim a nossá Patria que eu, d’aqui, mais uma vèfc, 'sátído por tres.-. vezes tres.-.

M . T . P a u la d a .

LITTER Â TU M

Es&veuÊsaado!I

Notáva'0 sr. Chrispim Formoso que-, uns dias por outros, algttw visinbo lambareiro-, sabendo a leiteira lhe deixava o leite n u* ma chocolateira, encostada á por­ta do patamar da escada, ia be­bei-o ahtes que a criada fósSB buscal-o.

E a boa da serva, desespera­da ao encontrar a vasilha vasia( gritava:

—Que pouca vergonba) Aqu> para cima não passa ninguém, que a escada não é de passagem porque não ha visinhos, e vêem cá beber o leite!

—Talvez que a leiteira o não deixasse... observava o sr. Chrispim.

—Qual não deixou! A vasilha tem signaes de haver tido leit*) e lavei-a bem.

— Seria o gato da visinha do primeiro andar.. .

—Não póde ser! Se fosse o gato tombava a chocolateira 6 entornava o leite no chão.

— Então quem diabo é qlie vem cá beber o leite?

— Eu sei!— Deixa que eu ámanhã levan­

to-me cedo e vou espreitar. •-

IILevantou-se o sr. Chrispim n°

dia seguinte muito cedo e poz s®

O D O M I N G O

péíô lado de dentro da porta, a espreitai1 pelo burací) da fecha­dura, a vêr quando chegaVa o freguez do leite-

—Se o agarro com a bôcá tia botija, como quem diz com os qneisos na chocolateira, sempre ]he atiro com o cabo da vassou­ra áo lombo, qUe o estendo!

Más veio a leiteira vasàr o lei- té na chocolateira, desceu a es­cada, bateu á canceila, e o sr. Chrispim, sentinella vigilante no seU posto, durante uma hora de espeòtativa, D ão viu chegar o be­bedor do ieite.

No dia immediato, não esprei­tou, è o leite desáppafeceu.

—Que -grande patifaria! excla- inòíi elle. Parece que em vez de ser eu a espreitar o ladrão que me bebe o ieite, é elle que me espreita a mim!

—Isto parece arte do diabo! dizia a criada. Aqui anda bru- charia por força!

— Qual brucharia nem qual ‘Ca­baça! Aqui o que anda é melian­te que gosta de beber leite de graça. . . Mas eu hei de dar com elle!

IIIOra o sr. Chrispim tinha um

barbeiro qrte ia fazer-lhe a bar­ba a casa tres vezes por semana.

E só depois de muito matutar e scismar no caso, é que o sr. Chrispim notou a coincidência do leite lhe ser furtado nos dias em que o barbeiro ia a casa.

Queres tu vêr, disse elle á cri­ada, que é o moroto do barbeiro qne me bebe o leite?!

—O quê, senhor! Pois eliè-, um homem tào sério havia de fazer uma coisa d’essas?

—Não s e i . . . Mas se cá não vem mais ninguém, e é sempre nos dias em que elle cá vem que o leite desapparece.. .

—IS!3o se devem levantar fa l­sos testemunhos ás pessoas que Veem a casa, sen h o r... Assim com o o patrão desconfia do bar be iro , talvez d’hoje para ámanhã è capaz de desconfiar de mim. ..

-V a lh a -te o diabo, mulher! Eii não assevero que seja o barbei­r o . . . Mas se cá não vem outra pessoa, de quem queres tu que eu suspeite?

—Olhe, senhor, eu hão acho o barbeiro com cara de fazer uma coisa d e s sa s .. .

Pois bem, veremos a primeira vez que elle cá vier. . ,

IVChegou o dia do barbeiro, e

quando o mestre procedia á ope­ração da escanhoadella, diz-lhe o sr. Chrispim:

—O ra hoje é que eu fiz uma p a r t id a a um meliante. . .

— S im ?E ’ verdade. Vinha abi um ma­

roto quasi todos os dias beber- me o Ieite que a leiteira me dei­xava no patamar. Mas eu hoje preguei-lhe uma data de veneno que o melro não torna a beber outro.

Ouvindo isto, o mestre enfiou è começou a torcer s e . . .

—Ai, Jesus! exclamou elle.— O que tem, mestre?•—Estou envenenado, sr. Chris*

pim ; porque quem bebia o leite era eu!

O sr. Chrispim poz se a rir e respondeu:

— Pois não torne a beber-me o leite, mestre, que me faz falta para o almoço.

lastras*.*’! aSílíscna*!Ha, sobre todos, uma coisa a

reclamar dos governos:—Ensino.Obrigar os governos a instruir

—tal deveria ser o esforço unico da opinião intelligente, dos par­iu oueutos. díi imprensa e das tri­

bunas. A moralidade e as econo­mias viriam depo is... pelo seu pé, como tudo o mais.—João Chagas.

CO RRESPO NDÊNCIASSarilhos (brandes.—No

diâ 5 foi -aqui festejado entbu siasticâmente o 1.° anniversario da implantação da nossa Repu­blica, para o que uma commis­são de correligionários composta dos cidadãos João Ferreira dos Santos, Antonio Ribeiro Chula, José Ribeiro Dias, Miguei Anto­nio, João Pois, Manuel do Nas­cimento, Antonio Caramello e Ahtonio Garra na qne consegui­ram, para este fim, reunir os fi- larmónicos da extincta Socieda­de. União e Trabalho e, com es­se grupo de verdadeiros republi­canos de sempre, comrnemorar a gloriosa data da salvação da nossa querida Patria. Na frente dt> grupo ia o nosso correligioná­rio Martinho Angélico com a Ban­deira Nacional e muito povo dan­do vivas á Republica, a Affonso Costa e -aos nomes immortais d'e Cândido Reis e Miguel Bombar­da. Depois de percorridas as ruas da freguezia dirigiu se o enorme cortejo á séde da Associação dos Trabalhadores Ru rais, d’onde par­tiu a iniciativa d’esta brilhante festa, e ali foi arvorada, no lo­gar da bandeira da Associação, a linda bandeira Nacional ao som da «Portugueza» tocada pelos executantes da extincta Socieda­de União e Trabalho. Em segui­da foi. servido um opiparo «copo d’agua», levantando-se então muitos brindes em que todos ma­nifestavam à sua alegria pelo an­niversario da Republica e lamen­tando, ao mesmo tempo, a exa­gerada complacência do nosso govêrno pari eom os bandidos que ora incommodam o paiz.

— Estão sendo avisados todos os socios da florescente Associa­ção dos Trabalhadores Rurais, para a discussão d’um assunto de urgência que terá logar no domingo, 15 do corrente.

—Pedimos ao sr. presidente da camara para vir vêr o estado lastimoso em que se encontra a rtia do Poço Novo. Alli, com to­do o descaramento, se continua a fazer depósito de estrume. Não ha respeito pelas leis nem pela hygiene. Quando algum pobre tem algum descuido ha logo quem multe; mas como se trata d’nma personalidade rica e republicano para cá do 5 de Outubro, fecha- se os olhos para tudo continuar como d’antes.—C.

A n n u n c io s

V e n d a d e b e n sPor intervenção do soli­

citador Guerreiro, e no es­criptorio deste na rua de Manuel José Nepomuceno, se ha de, no dia 22 do cor­rente mez, pelas 12 horas da manhã, proceder á ven­da pelo maior preço qu se poder obter, dos se­guintes bens pertencentes á herança do fallecido Joa quim Tavares Sardão ou Joaquim da Maria Ignacia:

Fazenda do «Arneiro» composta 'de terra de se­meadura, vinha, arvores de frueto, casas de habitação, adega e pôço. E’ livre de fòro, a qual por conveni-

encia foi dividida em duas glebas, a saber;

Gleba n.° 1— Composta de terra de semeadura, vi­nha, arvores de frueto, a partir do norte e poente com a Caneira, do sul es­trada do Montijo e nas­cente com a do Samouco. Valor 2:ooo$ooo.

Gleba n.° 2— Composta de terra de semeadura, vi­nha, arvores de frueto, ca­sas de habitação, adega e pôço, a partir do norte com a Caneira, do sul e nascente com o Saldanha e do poente com estrada do Samouco. Valor

i:ooo$oòo.

Fazenda no Seixâlinho, composta de terra de se­meadura, vinha, arvoredo, casa e pôço. E’ praso forei­ro em i$oòb réis annuaes e laudémio de quarentena. Valor . 3oo$ooo.

Casas baixas na rua das Postas, praso foreiro em quinhentos réis. Valor

170^000.

Casas baixas na rua For­mosa, praso foreiro em ré­is 3$ooo annues. Valor

23o$ooo.

ARRENDA-SE a fazenda do Mathias, ao pé do Pena, toda ou em bocados. Tra­ta-se com Antonio Lui2 Ne­pomuceno, nesta villa.

P A 2 B N D A

Vende-se uma, muito em conta, na Lagôa da Pe­dra.

Trata-se n’esta villa com Josué Rodrigues Pinto.

CELLEIRO — Aluga-se, na rua do Quartel. Trata- se com Francisco Relogio, nesta villa,

FAZENDA-[Vende-seuma no sitio do Harse. Tra- ta-se com Alfredo Fressura, nesta villa.

ESTRUME — Vende-se, boa porção, na antiga va­caria da viuva do Contra­mestre, rua do Pôço— Al­degallega.

LUZ ELECTRICA

Q I L -Esta casa é a que actualmente, n'esta terfa faz ins­

tallações mais baratas, mais perfeitas e de mais fácil comprehensão para o freguez acudir a qualquer irre­gularidade que porventura possa acontecer na luz. O material empregado é de superior qualidade como se póde prosar pelo avantajado númefo de installações já feitas. N’este estabelecimento está sempre em expo­sição todo o material para que o público o possa exa­minar.

Péde-se a fineza dé não fazerem installações setft que primeiro vêjam os orçamentos desta casak

R U A . D A P R A Ç A - 1 8A L D E G A L L E G A s4o

B IB L IO T H E C A DÊ E D U C A Ç Ã O M O D E R N A

D irector— Ribeiro de Carvalho

V I R G E N S D E P O I S DO P A R T ORaras vezes terá apparecido èm lingúa portugueza um livro táo âtigges»

tivo e interessante com o este, V IR G E N S D E P O ÍS OO P A R T O , que cons- tltue o nôno volum e da «Bibliotheca de Educação Moderna».

T rata se* de facto, de uma obra curiosissim a dé investigação histórica, desde os tempos mais remotos da Humanidade até á épocâ em que se for­mou a lenda da virgindade da mãe de C h risto , m ostrando que todos os my- thos e em todas as religiões os grandes Fiéroes ou os grandes deuses eram considerados sem pre com o tendo nascido de mulheres que mesmo depois do parto ficavam virgens. E m resum o: trata se da historia das ImmacUladas de todas as religiões.

Nas páginas d ’esse liv ro , de uma erudição assómbrósa ê dê lim a encan­tadora crítica histórica, sáo deliciosamente narradas todas as lendas dfe nas» cim entos m iraculosos, a começar nas épocas mysteriosas do O riente onde o perfume da flor do «lótus» bastava, por vezes, para fecundar os flancos das V irgens que os deuses soberanos rnais apeteciam ..-. •

Ha nas V IR G E N S D E P O IS DO P A R T O narrativas de um encanto trá­gico, outras de um delicioso sabor rom ântico, outras ainda de uma obse» cante fé re lig io sa .. . E todas ellas* através dos tem pes, constituem um ver­dadeira historia mythológica e religiosa, um estado suggestivo acerca d o ctiltó das pedras fecundantes. do culto dás plaritas, dó culto dos raios e dos ventos, do culto do Sol e das estrellas, do culto dos m ortos e do culto dos animaes.

E nota curiosa tambem: todas as lendas descriptas no livro V IR G E N S D E P O IS DO P A R T O nos mostram que todos os dógroas e ritos do C hris» tianismo foram copiados e imitados de outras religiões m uito anteriores.

Voísiities publicadosI — A E G R E J A E A L IB E R D A D E , pof Em ilio Bôssi.I I —S O C IA L IS M O E A N A R Q U IS M O , por Araon.I I I — D E S C E N D E M O S DO MACÀC.O? por Denoy.I V — NÃO C R E IO EM D E Ú S , p o r Tím õtheon.V — A V ID A N O S A S T R O S , p o r Flammarion.V I— H IS T O R IA D A S R E L IG IÕ E S , p o r D '01bàó e Reiftach.V II — A S G R A N D E S L E N D A S D A H U M A N ID A D E , p o r Michaud d’H u -

miac.V I I I — N A A U R O R A DO S E C U L O X X , por L u iz B uchner.

Acaba dc apparccèr oI X — A S V IR G E N S D E P O IS DO P A R T O , p o r P ierrê Saintyves.

Preço de cada liv ro , em Portugal: brochadó, 200 réis. M agnificam ente encadernado em percalina, 3oó réis. Rertietterh se. pelo co rre io , para todas as terras, mediante a sua im portancia. Para o B razil, accresce o porte e o registo. Pedidos á « Livraria Internacional», Calçada do Sacram ento, a» Chiado, 44 —L IS B O A .

A R R E N D A -S E

Casa com armação, bal­cão e mais utensilios pró­pria para mercearia. Es­quina da Rua da Fábrica e Rua do Quartel.

Trata-se com Francisco Relogio,nesta villa. 53t

VtNDEM-SE dois appa­relhos um para cavallaria e outro para trem em boas condições, Nesta redacção se diz.

C O M P A N H I A F A B R I L S I N G E RP o r Soo réis semanaes se adquirem a? cele­

bres machinas S IN G E R para coser. Pedidos a AURÉLIO J O y O DA CRUZ, cobrador

da casa a d c o c k < v e concessionário em P o i tu- gal para a venda das ditas machinas.

Envia catalogvs a quem os desejar.- C 5( K > -

T M ALDEGALLEGA i a s

O DOMINGO

Relojoaria CRUZGrande e completo sortimen­

to de relogios de ouro, prata e a- ço para homem e senhora assim corno de meza e de parede por preços excessivamente baratos.

Executam-se todos os concer­tos em relogios e objectos d'ou- ro e de prata.

Tambem se vendem objectos de ouro e de prata por preços sem competencia.

Todos os concertos e bem as­sim todos os objectos vendidos nesta casa se garantem sA s x e s .

57—R. ALMIRANTE CÂNDIDO DOS REIS—59

•49 A L D E G A L L E G A

TYPOGRAPHIA

J O S É S E Q U E I R A J U N I O l i , F I L H O— C O M -

m n m k m l í t m i m

mas, participações diversas, cir­culares, livros, papel commer- ciai, rótulos para expediente de

farm ácia , etc, etc.Impressões de luxo a côres, a

ouro , prata, bronze e cobre.Em carregase de brochuras,

cartonagens e encadernações.

Esta casa encarrega-se de todas as obras que di­zem respeito á sua arte, assim como concertos em pul- verisadores, garantindo-se o bom acabamento e o ma­terial empregado. Encontram-se tambem bocais, vidros, torcidas, pós para as formigas, raticida, brochas, pin­céis, etc. Tudo por preços baratíssimos.

i — Rua da Bella Vista— Largo da Calçada, 21A L D E G A L L E G A 546

J O S É D A S I L V A T H I M O T E ORelojoaria e Ourivesaria

SEM RIV A L573

O proprietário d'este estabelecimento roes á sua num e­roso freguezia a fineza de visitar a sua relojoaria e ourivesa ria onde se encontra um completo sorti io de relogios em prata e aço dos m elhores fabricantes. Relogios de sala e des pertadores p o r preços sem com petencia. Com pieto sortido em todos os artigos de ouro e prata po r preços que desafiam toda a concorrência. Esta casa tem officina montada com to­dos os aperfeiçoamentos modernos para a qual contr.itou um offinal hab;litado para todo o género de trabalhos, tais como: concertos em relogios de todos os systemas. gravura em to dos os géneros, concertos em ouro e prata. Fabrica qualquer objecto em ouro ou prata median e encommenda e com to da a rapidez. Doura, prateia e metalisa qualquer objecto. Fa bric-açáo de peças para pequena mechanica. Concertos em gram ophones, cfcixas de musica e apparelhos electricos. etc. Garantem-se todos os trabalhos sob pena de se devolver as im poriancias justas quando estes náo estejam a' vontade do freguez. T rabalhos para os collegas, ?.o °[o de desconto.

Todos os trabalhos são garantidos por 11 m anno

PRAÇA DA REPUBLICA, 68, 70 E 71(V u lg o , Praça Serpa Pinto)

— *= A L D E G A L L E G A = —

N A R KA (nedicina vegetal, será a p rim itiva, mas é a mais natural, a mais prom

pta, a rnais barata e a menos perigosa. Com várias nom enclaturas, fórmulas caprichosas, rótulos bonitos e reclames extravagantes, os m édicos receitam p as pharmacias vendem sem pre «por alto preço», extractos dozeados de plantas ' 5o vulgares, que em qualqner quintal se encontram sem custo E ’ uma industria iegal, scientifica. necessaria, mas que só póde existir pela ex­ploração dos enferm os, nem sem pre ricos. O D IC C IO N A R IO D E M E D IC l- pJA V E G E T A L (ao alcance de todos) por Çarlos M arques, é portanto, util ern todas as casas.— O i.° volum e, de 176 páginas, indica «os signaes que caracterisnm as principaes enfermidades e a sua cura pela therapeutica ve­getal», raizes, folhas, flores e fructos, etc.— O 2.0 vol. tambem de 176 pág. trata da «descripção botanicâ e emprego medicinal» das principaes plantas portuguezas e b razileiras.

Cada volum e custa apenas 200 rs. (pelo correio 220 rs.) e encontram se já á venda nas principais iivrarins do reino, ilhas, Africa e Brazil. Os pedidos devem ser dirigidos 00 editor,

F R A N C IS C O S IL V A

Rua de S, Bento, 216-BM S M à

Esta casa acha-se devidamen­te habilitada a executar com a maior rapide\ e perfeita execu­ção todos os trabalhos concer­nentes á sua arte, tais como: bi­lhetes de visita, papel e envelop- pes timbrados, memoranduns, facturas, prospectos, program-

BILH ETES DE VISITAEm cartão especial a 200, 3oo, 400, Soo, 600 e 700 réis o cento.

Composição e impressão òc jornaes'cm foòos os formatos para 0 que tem mafetiaí sufi­ciente c maquinas apropriadas

R. A L M I R A N T E C Â N D ID O D O S R E I S , 1 3 6

A L D E G A L L E G AENCYCLO PEDIA

DAS FAMILIAS

Revista illustrada de ins­trucção e recreio. A publi­cação mais util e económi­ca que se publica em Por­tugal. R. Diario de Noti­cias, 93— Lisbôa.

P M C O l i M H Z TE L HOCom escriptorio na rua

João de Deus, n.° 73. F.n- carrega-se de solicitar em todas as repartições da comarca e fóra d’ella, por preços muito diminutos.

N O V O M U N D OIllustração semanal

Cada anno, 2 volumes de mais de 5oo páginas e 1:000 ilíustrações, c&da um, por 2$ooo réis.

Assigna-se na Praça de S. Bento, 28-1.0— Lisbôa.

BIBLIO THECA

BISTORIOAPopular e Illustrada

Edição da casa ALFREDO DA- VID, Encadernador

30, 32, E. Serpa Pinto, 34, 36Ushôa

h is te ria da fRevoluçãofFraneeça

A publicação mais barata que até agora se tem feito no paiz!!

3 0 0 réis cada volume brochado 300 réis cada volume en­

cadernado em percalina

Em DOIS ELEGANTÍSSIMOS VO­LUMES de 200 páginas em 8.°, optimo papel, adornados de magnificas gravuras, que se­rão os primeiros da BIBLIO THECA HISTÓRICA.

e s s a C O M E R C I A LD E

S E B A S T I ÃO L E A L DA G A M AColossal sortimento de fazendas de lã e algodão

por preços reduzidos.Unico representante da casa das célebres machinas

de coser M E M Ó R IA e das afamadas bicyclettes Clé- ment, Gnt\ner e Memória e motocyclettes F. N , 4 cy- lindros.

Vende machinas de coser a prestações semanaes de 5oo réis e a prompto com grandes descontos.

Accessorios para machinas, oleo, agulhas, etc.

» A CATiLO C iO S CSEIATIS

10 - RUA DA CALCADA - 12AL

P R O D D C T O S D i F A B R I C A f i l C H O C O L A T E S

49, C A L Ç A D A DO GARMO, 53--- LISBOA— 532

Fabricação aperfeiçoada de chocolates puros. Variado sortimento de phantasias e Bombons. Cafés e chicorias.

ALIMENTO DO P O V O

1 0 ÍIÉIS, UM BOM A LMOÇO, 1 0 R É I S !Este saboroso alimento recommenda-se por ser

económico e nutritivo devido á combinação de assucar, farinha, cacau com casca e oanella.

10 RÉISO ALHOÇO M AIS ISCOXOSEIC1» 13 SUPSTASíCIAl*

Cacau puro em pó e cacau em pó com assucarArtigo especial d’esta casa, recommenda-se ás pes­

soas débeis, doentes e crianças por ser um produeto muito nutritivo, de fino paladar e de fácil digestão.

L A T A S D E io o G R A M M A S PREÇOS: Cacau puro em pó, 120 réis; cacau em

pó com assucar, i.a, 100 réis; 2.a, 80 réis.Todos estes artigos se acham á venda em Aldegal­

lega, nas principaes mercearias e outros estabelecimen­tos.

DESCO N TO S AOS REVENDEDORES Para revenda dirigir os pedidos a Sousa Lim a,

nosso unico representante em Aldegallega.

m mm W M ,!§f111111