W.ISER TLII Adalberto Estética

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    COLEC ;AO LETRA S & COMUNICAC; loD E SCO NS TRU C;A O /CO NS TRU C;A O N O T EXTO L fR ICOA n az il do V . S il va , Jose C.B. ~da, Jose Maria de Souza DantasT EN DE NC IA S A TU AIS D A L IN GU iS TIC A E D A F IL OSO FIA N O D RA Sn.Anthony J. NaroN O vis slMA S LO UC ;A N IA S D E L IN G UAG EMArtur SchwabM ORTE E PRAZER EM JOAO DO RIOC an ne m L 6c ia T in dO SeccoL IT ER AT UR A P OR TU GU ES A EM C UR SODirce Cortes RiedelM ETA FOR A - 0 ESPELHO DE M AC HAD O DE ASSISDirce Cortes RiedelD ISC UR SO L IT ER AR lO - SEll ESPAC ;O (TEORIA E pRAncA DA LElTURA)Diva V. da RochaG RA CIL IA NO , M AC HA DO , D RU MMO ND E ouraosH i li o P 6 lv o raLEZIONI D I L INGUA l TAL lANALivia C a m e r i n i / Piela G. StefaniSEM ANTIC A DA LlN GilisnC A M OD ER NA - 0 LExICOLucia Maria Pinheiro LobatomsTaRIA DA LITERATURA HlSPANQ-AMERICANA. D ell a J oz efTCN lCA DE REDAf;AO - 0 TEnO NOS M EIOS DE INFORM AC;lOMuniz Sodrij Maria Helena FeaariFOLHAS CAibAS (ALMEIDA GARRET) A cRfnCA E A POESIASafady

    . . -f r a n C I s c oAlvesqualidade h a mais de um seeuto

    ~TEORIA~DALITERATURAEMSUAS F O N T E SLUIZ COSTALIMA

    VOLUME 1 I

    - -F r a n c I S C oAlves

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    nem slio levados em considertlf iio!), de modo que nao resultouuma interpretayao consistente que se pudesse inserir na histo-ria da r ec eP fao de Spleen II.

    Traduy80Marion S. Hirschmann e Rosane V. LopesRevisaoProf. E va K oc h

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    30. PROBLEMAS DA TEORIA DALITERATVRA ATVAL:o imaginJrio e os conceitos-cbeues a a e p o c a

    Wolfgang Iser

    IA teoria da literatura tornou-se, na Ultima d6cada, urn conceitopoderoso. Ela assim assumiu urn lugar de peso na discueaso no inte-

    rior das ciencias socials, passando a ter uma participayao funda-mental na dinamica desta discussao. Mas, apesar de sua fo~, a esteconceito ainda adere uma indisfareavel ingenuidade. que se paten-teia em seu carater ambiguo. Pois que descreve a teoria da literatura,a teorizay80 da Iiteratura ou uma de suas abordagens possLveis?Esta distin9ao naa foi ate agora explicitada principalmente porquea eonjuntura da teoria da liter.atura odginou-se menos de uma preo-cupa~ao intensificada com 0 seu objeto do que do estado de crisereinante nos departamentos que lidam com a literatura. A tentativade reagir a perda de prestfgio da literatura na consciencia J ? u b l i c _ !~udou ao aperecimento d8 i O O r l a . guitel_~tuJa com a que ela, defato, foi Ievada a enfrentar as dificuldades que Ihe sao proprias.Como resposta a situayio existente nas cibcias socials, a teoriada literatura subordinou-se a delicada situa9io da literatura com a

    De "Zur Problemlage gegenwartlger Llteraturtheorle. Daa Imagl-niil'e und die epochalen Schlusselbegr1ffe",tn Auf den W.eggebrtlCht.Idee und. Wfrklichkmt der Grii.ndung de:r Vniventtit Komtanz (Emcamtnho. ldef4 e realidade cia tun4ao da Unf"erstdade de KOfUl-tanz}, organ. por B. Bund e M. Timmermann. Unlvendtit Konsta.n.l,Xonatanz 1979.359

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    aos pastas dirigentes desta sociedade, as humanit ies ainda rem umafunGiio sccial, qm :- na o -6 .. .. a. ti ng id a p e Ja em si io d a s . . .l Z al ar es .. .. qu e e az ae -teriza a situayio_da Europa continental.Par conseguinte, a teoria da literatura niQ_pode nem sup-rirnemcriar um sentido ara !tJjtentuta pais este deriva das necessidadessociai. 0 seu carater apolo.getico e antes, portanto, uma nostalgiaCJ!!Utes . ir:r.ecu~erabilida d.o aDtig! st. s da lite:ratur_ IJA.!O-ciedade _ ! l U r _ g u e s a .II

    A conjuntura da teoria da literatura. nos anos 60 alnda apresen-lava outra raiz. Eta buscava l iberar a tratamento da literatura daabordagem impressionista, que elcaneara sell auge e sua catastrofelUIS catedres das universidades alemas. Mesmo depots de 1945. con-tinuava a vigorar a formulacao paradigmatica de Anatole France: 0"encontro com a Iiteratura", considerado como a grande aventura r u t ! ialm com l! pl;!ras-primas; f6rmula que p en na ne cia v iv a pela abor-dagem iplpressionista ate a entrada em massa de esnrdantes nas uni-versidades do pos-guerra. A partir de enteo passou-se a verificar 0esfo~ de encontrarem-se modes de acessc intersubjetivos a litera.tura, que possibilitassem afas tar a compreensiio do _gosto subjetivQ,

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    e das deeadas passadas. 0 'classico', por exemplo, tornado comourna imagem mental, sabre um sem-ndmero doutros periodos e, destemodo, impede a observacao cientffica. Quanto tempo se passou ateque nos tenhamos interessado tambem pelo barroco, pelo romantis-mo. pelo perfado do Biedermeier, .pelo realismo burgu!s? Porquantos o atraves de tal 'relativismo' torna-se possivel libertarmo-nos doque epOCHSmais submissas sentiram como 'Ininritavel'; Poder-se-ia,entao, traduzir a paJavra 'relativismo' por 'insubmissao' au 'Iiberda-de de opiniio propria '."A atratividade do conceito pluralista. que ainda hoje tern adeptos,esta na tolerancia que propoe perante 0 etnbate das metodologias.Valorize! tudo ou quase tudo em sua respectiva relatividade pareeeimpliear urn criterio favoravel it multi Iicidade de _metodos, a partirdo qual as suposicdes basicas destes sao postas em perspectiva e ava-liado 0 alcance das respectivas coloca~oes. Ma'Sque tipo de criterioe este que se toma como instancia judicativa, sem que eIe proprioseja apreensfvel? Pols um metodo s6 se configura pelas s]!Qo.ru:gespor ele pressuoostas, que, em face do texto Iiterario, forcosamentef@Yol1:C..cm...JNte iados as ectos e d~utros em segundo_plano.o pluralismo re:nuncia a esta pre-condlcso constitutiva do metoda e,

    ,._,..par Isso, nunca pode alcancar.. .9 ni el df!__!~lt~todo.Esta situar;:ao s6 e problematica porque 0 conceito de pluralis-rno se reIadona it avaJiac;ao des resultados que alcancam os meto-des particulates de analise Iiteraria, Pois, atraves desta relat;ao. surgea pretensao de ser lima metodologia, aleada it condio de quadro dereferenda dos metodos em voga, quadro de referenda que, de senlado, renuncia a s condi~5es constitutivas do metodo e da teoria. I! in-teressante por Isso notar que diversos defensores do pluralismo apre-sentaram constantes comparaveis a suposic;ao metodoI6gica imetho-disehe Vorgriff>, que, _se fossem plenamente desenvolvidas, entra-riam em urn choque Iatente com 0 relativismo proposto. Isso semostra, par exemplo, nas seguintes consideraeoes: "No contextedestas observacoes, a hist6ria da Iiteratura tambem nos poderia ensl-nar a compreender cada obra de arte particular como 0 componen-te de uma reflexao eterna, que, na verdade, nunea aleanca seualvo,mas que se move em urna certa dir~ao au que, pelo menos, devia mo-ver-se nesta direo. Pois s6 assim cada revolu9ao estllfatica, cadsinovac;ao hist6rica recebe urn valor determinado, deotro do proces-so hist6rico geral e. desta maneira - maJgrado toda relatividade -,urn pequeno 'trace de etemidade', na medida em que se ordena 110362

    processo, aparentemente inacabavel, da auto-realizacao humana"."o "tra9O de eternidade", que haveria atTas do processo hist6rico, re-vela-so, ao menos estruturalmente, como uma suposicao metodo16gi-ca que nesta medida assumiria 0 carater de um metodo, em que seescIareceriam as difusas conota~oes da expressao,Como metodologia, 0 plurallsmo e urna forina de henneneutica

    im ote te, pois ~ e ~z de ~ar a retaeao dos metodo!! entresi e muito men ~o_r~ala. Contra a pretensao de os metoda!serem modelos para a solucso de problemas. basta considerar as me-todos atuaImente vigentes na analise da literatura para nos darmosconta em que medida a solucso de problemas por seu Iado engendraoutras questces. 0 fato de os metodos dominarem durante certotempo e perderem esta posigao indica - e exatamente a partir deseu alcance - que tais metodos provocaram 0 aparecimento de as-Rectos QDe comeoll ent._Q_8 tornarse 1!Uente. Esta relay80 reativa- dos metodos entre si torna patente como, no alcanee de cada metodo,se instala a condicao de seu limite e como este limite provoca 0 sur-gimento de novas questoes, Dai decorre OS metodos antes de tudoproduzirem dl~ re ci~es de colocacao fundamen~!s qua_E.t.2_aoo!?Jeto da Iitera t1.!@.:.

    o pluralismo poderia entao responder a exigencia de uma me-todologia apenas se Ievasse em conta esta !elayiio reativa dos meto-dos. Mas entao 0 relativismo ja nao seria sua marca caracteristica,pais 0 que 0 caracteriza seria 0 esforeo de deserever 0_raio dea~8.ode cada metoda e a precisao de seus limites de aplioa4(8.o.Casoisso sucedesse, dar-se-ia de fato a superay8.o do conceito de pluralis-mo, em sua forma hoje corrente. Pois a avalia~ao das vantagens edesvantagens - que estaria talvez ate em condi~oes de aprender asdesvantagens a partir das vantagens - hnpliea, a seguir, a necessi-dade de diferencar nao s6 os metodos, mas tambem metodos deteorias.Em geral, as teorias proporcionam as cate orias basicas, enquan-

    to os m e t o d . . o s fornecem os instrumentos dos~ro~dimentos IDte re-tad as. Assim, por exemplo, a teorla lenomenoI6 ilLa indaga pelorna.do~;dstencia da obra de arte, a teoria hermeneutlca ela auto-compreensio. ..d~eptores em contato com a obr~ de arte e a teonada-GeSlalt pelo usa -dafaculdade perceptiva dos receQtore, atuali-zada el obra. Nos tres casas, reconhecem:seCategorias fundamen-tais bem diversas, No case da fenomenologia, de ordem ontol6 i ~ , A ; .no caso da hermene_!!:tica, de ordem hist6rica; no da Gestalt, de36 l

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    ordem operaciona1. Desta maneira sao feitas suposu;:oes que explo-ram 0 acesso a obra de arte em ur n certo senti do, sem que ja apre-sentem uma tecnica de interpeetecao. Para que as teorias possamfuncionar como procedimentos de interpretacao metodol6gi cos,devem-se submeter a uma determinada transformacae. Assim, porex:emplo, 0 modelo dos estratos, a 16gica da pergunta e resposta,assim como 0 par conceitual de esquema e correyao mostram trans-formay6es merodolegicas das teorias acima .referidas.

    Existe, no entanto, entre as proprias teorias e as metodos umarelayao herm ensatlca . C ada teo ria personifica urna abstracao doestado de coisas queela se -esforca em fundamental. Se a grau deabstrartio e 0 pressuposto do t rabalho de categorizs tyRO (Pundieru.ngs-leistung), entaa a indiv idual idade do fenomeno e mostrada nesteprocesso, ao passe que sua iIuminatyao constitui a {uncia central dosprocedimentos rnetodo16gicos de Interpretacao. Se a teoria propoe 0horizonte para as metodos , estes, de sua parte, fornecem a ccndicliopara a diferencia9ao das suposi90es contidas na teoria.

    A s teorias geralrnente alcancam plausibilidade pela homo enei-dade de seu .lmem.a de referSncias. Mas , DO campo da arte, muitasvezes as teorias alcancam sua homogeneidade pelo usa de !_l1etaforas.Assim a harmonia polifonica em que se resolvem os estrstos da obrade arte e a metaIora da teoria f enomeno16g ica ; a fusao de horizon-tes, a da teoria hermeneutica e a transmuta9ao do padrio herdadoda tradi9iO das artes, em fun9iio da s novas condies de ve r 0mundo, a metafora favorita da teoria gestaltica, A metafora aqui fun-ciona como 0 arrernate do s is te m a, p el o qual uma teoria aleanca estepatemar, Como as metcdos na o precisam se preocupar com as catego-rias basfcas, que sao afirmadas pel a s teorias, sua proximidade coma texto significa a condiyiio para que se evidencie a que contsm me-biforas como harmonia polifonica. Mao de horizontes au transposi-9ao a uma nova realidade do padrao herdado. Os metodos, na medi-da que t raduzem as metaforas centrais da teoria na concretizacao devanaa o bs er va cz es , s io a condiyao para que as teotias se estabili-zero, 0 que sucede precisamente ali onde seu rendimento categoriala pr es en ta - se u limite. No trabalho concreto dos problemas deixadosem aberto pela propria teoria, as metodos realizam uma a lica aoprati~as_possibilidades ~ro'po~ionadas 1'...ela t eor ia. Neste senti-do, 0me to d a C ! Sc Jr o'C c e8 ~erjvada dos resultados abstra-tos dtieotia na medida em.que a transforma: esta visava a explora-~ de \ 1 ! ! l obeto. 0metodo mostra a razao d isso . -_ -364

    Ate agora, no entanta, apenas descrevemos tarefas que sedeviam colocar ao conceito haje tao difundido de pluraJismo. Namedida contudo que um mero amontoado de postula~Oes e hip6tesese descrito ora como teoria, ora como metodo, sendo, por cima dlsso,reconhecido como tal. permanece no campo da analise literaria a con-fusae, que e justificada como necessaria em nome da vocayio paraa liberdade. Ora, 0 pluralismo is : menos urn f enomeno dominante doque a confissiio implicita de uma I isao (ace a mul t i licidade.tomada como necess~a.J das teorias e metodas vig_ent~. Como si;-eretismo ecletico, 0 plurali smo nio e urn eoncetto, maaum sinal dainca acidade de relacionar entt,:e si a :multiplicidade d formas ~n.correntes de acesso It llteratura.

    I T ISe nao consideraroos esta multiplicidade como tal. mas nos per-

    guntamos par suas condif16es consti tut ivas , passamos entio a reco-nheeer, nas diversas eoncepedes, conceltos-chave determinados . sabreas quais elas repousam e que apresentam para a explora~ao dostextos. Estes conceitos-chaves sio relevantes muito alem da discuss iona analise da Iite ra tu ra e p ossu em 0 c a r. a~ r d e .. .mm : as da e.pees.Eles se chamam e~~ funoio_ e 2mY__nicaio. Em relacdes di -ferenciadas e so b dominantes mutaveis, e1es consti tuem os conceitosde orieotaoiio central na analise da Iiteratura, Para uma ciencia dotex to Iiterario , oferecem tantas vantagens quanto desvantagens, Suasvantagens se fundamentam em que nia....se atilir .;arn a~n as ao textoHterario .. pais tern urn funcionamento r oms abrangente como c6digodeJlma epoca, possibilitando traduzir a abotdagem dos textos Ute-rarios em termos pr6pdos a consci~ncia cantem ranea. No entanto,e esta pr6pria traduzibilidade que se converts na razao de seremobscurecidae e distorcidas certas dimensdes do texta Iiterario,

    As observa~oes que se seguem partern deste estado de colses.Os conceitos-chaves da epocs - estrutura, fu ny ao , c om u nic ay ao -devem ser examinados, antes de tudo, como tais, independente dasrespectivas teorias e metodos de que sa o as condicdes constitutivas.Em consequencia, naa se tratara da poetlca estrutural, da historiada fun~io, da estetica do efeito e da recep9ia, nem muito menos domarxismo, da teoria anal ftica da linguagem. da : teoria da Informacso,da Gestalt, da fenomenologia e da hermeneutics llteraria, mas sim do~dimento de tais .coacet tes-cbaves que, sob gltrela~ .difcrentes,suhjazem. a s concep6es coI~~nd~ntes.

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    Os metodos relativos as teorias da literatura sempre te m algaa ver com es.ttY1Ptii; fum;ao e C9munica ao; contudo, como concei -tos constitutivos des metodos, eles ao mesmo tempo operam umaredut;:8o a que 0 texto literano e submetide. Pode-se entaD admitirque os rnetodos relat ives a s diferentes teorias da Iiteratura, ae em-pregarem tais conceitos, trazem consigo a consciencia de seu cara-ter reducionista, do qual deriva a pergunta sabre quais as condicdesa serem textualmente dadas para que se possibilitem estas operacoesredutivas, Pois as redut;Oes estrutural, funcional ou comunlcativa-mente orientadas constituem 0 texto de maneiras divers as, par forcados aspectos que ora sao salientados, ora postos em segundo plano.Para que isso se de nao bastam apenas as suposit;:oes feitas a partirdos metodos e das teorias. No pr6prio texto deve estar contida a pre-eondil;ao para que tal abordagem se tome efetiva. Este estado decoisas, por sua vez, nao 'pade ser captado a partir das abordagensestrutural, funcional ou da teoria da comunicacao. Mas 0 que naopode ser assim compreendido deve chamar nossa ateneao,

    Entre as conceitos aeima designados, 0 eonceito de estrutura foipromovido a ideologia cientffica de nosso seculo. e 0que se comprovapelo fato de 0 conceito de estrutura ultrapassar as fronteiras ideolo-gicas, pols, evidentemente, produz resultados a que, independentedas situa~ polfticas, nlio se pcderia renunciar. 0 estmturalismocorres 0 de a uma neeessidade_conteQUloranea, a qual e preenchidapor suas modalidades. face it quantidade crescente de informacdes,trata-se de oferecer 0 p_aclU.. .9que p.c.rmita...&jam_elM..r.~as, es-tocadas e.reclamadas, Se 0 estruturalismo hoje recebe, tanto POt seusdiversos seguidores quanta por seus oponentes, 0 carater de uma on-telogia, a razfio de seu exito se funda em 0 concei to de estrutura haverlogrado respnnder a esta demanda. Em consequencia, 8 eficacia doconcei to de estrutura faz com que a propria estrutura apareca comourna realidade que nao se cansa de comprovar, desde as relac;:oe~primitives de pareateseo ate as textos literarios.o conceito de estrutura encontra sua garantia na l fngua, cujomodo de organizat;: io e tomado como exemplar. Sao seus traces dis-tintivos: "1. a totalidade, 2. 0 relacionamento diferencial dos ele-mentos estrutur~ 3. a imaneocia da estrutura"," Como 0 texto Ii -~;-fa;- parte da Ifngua, 0 conceito de esttutura se eferece parasua deccdlflcacac porque no tex.to se Epe~ smituras da I in-~ou porque ele e compreendido como urn sistema de modelo se-cunditio. que opera com as estruturas da lingua de um modo que366

    lhe e peculiar. No primeiro case, temcs 0 coneeito de estrutura quecorresponder ia ao de Barthes, no segundo, ao de. Lotm:an.

    Descobrir as estruturas do texto literario significa realizer aaniilise dos CQm~s, pela gua se....to.r.n.LRQSai~tlEIltjrjg_de. seus, e!ementos~tmtu.rais. Assim, p~ exemplo, no romance,estes Inventarios permitem averiguar a estrutura da natta~o, as ~tmiJJ.r.aS do espayo, da descricao, da am:esentagiio des rsona,geru;,Desta maneira, as descri~ estruturais conduzem a uma constantediferenciac;ao do texto literario, que, con tu do, em ultima instiincia,nao passa de urns ordenayiio taxmomica. Propp, por exemplo, emsua Iamosaanalise dos centes de fada p&ie verificar 31 caraeterfsti-cas para 0 genus descrlto, Most ra-se com Isso que urn procedimentotaxinomico pode, em princfpio, prolongar sempre mais a serie deestruturas encontradas.

    Este aperfelcoamento do inventario estrutural nao estd obriga- (1-do a ser arbitrario, Ele e antes 0 praduto da suposi~ao ontolcgice _-da imanencia da ~ra, cuja oeulta individualidade e ressaltada _~~na medida em que a difereneiaeso dos traces estruturais e verbalmente ~ : . -