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XIX Congresso de Cardiologia do Ceará 2013

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Revista Cearense do XIX Congresso de Cardiologia do Ceará 2013

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Uma publicação da Sociedade Brasileira de Cardiologia | ISSN 1678-04x / Volume 14 | nº 2 | Ago-13

Revista Cearense de CardiologiaEditorCarlos Bellini Gondim Gomes

Sociedade Brasileira de Cardiologia / Ceará

Diretoria Biênio 2012/ 2013Presidente - Eduardo Arrais RochaVice-presidente - Ana Lúcia Sá Leitão RamosDiretor Administrativo - Fernando Pinheiro RamosDiretor Científico - Carlos Roberto Martins RodriguesDiretor FUNCOR - Sandro Salgueiro RodriguesDiretor Financeiro - Roberto Lima FariasDiretor de Comunicação - Carlos Bellini Gondim GomesDiretor de Qualidade Assistencial - José Ronaldo Mont’Alverne Filho

Conselho Fiscal:

Titulares:João Luís de Alencar Araripe Falcão | Lúcia de Sousa Belém | José Sebastião de Abreu

Suplentes:Francisco Deoclécio Pinheiro | José Gerardo Mont’Alverne Parente | Ângelo Roncalli Ramalho Sampaio

Delegados Titulares:Cezário Antônio Martins Gomes | Antônio Petrola Júnior

Delegados Suplentes:Marcos Antônio Freitas da Frota | Stela Maria Vitorino Sampaio

Sociedade Brasileira de Cardiologia / Ceará Rua Tomaz Acioly, 840 – sala 703 Fortaleza – Ceará – CEP: 60.135 – 180 Fone: 85 3246.6990E-mail: [email protected]

Periodicidade: Anual

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NORMAS DE PUBLICAÇÃO

Os manuscritos para publicação deverão ser encaminhados ao Conselho Editorial da revista da Sociedade Brasileira de Cardiologia – Ceará e obedecer às instruções do International Commitee of Medical Journal Editors – N Engl J Med 1997; 336:309-315, como se segue: 1 - Duas vias digitadas, com páginas numeradas em algarismo arábico. A página do rosto é a número 1, a do resumo a 2, e assim por diante. Os trabalhos devem ser digitados em Word for Windows (inclusive tabelas), na fonte Arial, corpo 12, espaço duplo, respeitando a formatação da página A4 ou Letter, gravados em CD que deverá ser encaminhado junto com a carta de apresentação e duas cópias impressas com respectivas ilustrações (Figuras, Gráficos e Fotografias). O CD deverá ser identificado com etiqueta, contendo nome do trabalho, nome do autor e nome do arquivo com no máximo 08 caracteres.

2 - Redação em português, de acordo com a ortografia vigente.

3 - Carta anexa contendo: a) nome, endereço, telefone, fax e e-mail do autor que ficará responsável pela correspondência; b) “Consentimento por escrito” no caso de pacientes submetidos a investigações experimentais; Categoria de seção à qual o manuscrito será incluído (Caso Clínico, Comunicações Breves, Opinião Especial, Aspectos Históricos da Medicina e Cardiologia); d) Declaração, assinada pelo autor, responsabilizando-se pelo Trabalho, em seu nome e dos co-autores. 4 - As contribuições espontaneamente encaminhadas à revista deverão enquadrar-se em uma das seguintes seções: Caso Clínico, Comunicações Breves, Opinião Especial, Aspectos Históricos da Medicina e da Cardiologia. 5 - Os artigos originais deverão submeter-se aos requisitos recomendados para publicação em revista Biomédica – títulos em português e inglês, nomes completos de autores, três “key words” (palavras-chaves), nome da instituição onde foi elaborado, resumo com limite de 250 palavras, “Abstract” (versão em inglês do resumo, em página separada), referências bibliográficas, etc. Os artigos aceitos para a publicação poderão sofrer nova revisão editorial para maior concisão, clareza e compreensão, sem interferências nos significado e conteúdo dos textos. Os originais e CDs somente serão devolvidos por solicitação antecipada do autor principal. Todos os trabalhos, artigos de atualização e matérias publicadas pela Revista Cearense de Cardiologia são de responsabilidade exclusiva de seus autores, assim como os conceitos neles emitidos.

A Revista Cearense de Cardiologia é abreviada para a Rev.SCC como indicador bibliográfico. Todos os originais devem ser enviados à Revista Cearense de Cardiologia, uma publicação da Sociedade Brasileira de Cardiologia - CE, Rua Tomas Acioly, 840- sala 703, Fortaleza-CE. CEP: 60135-180. E-mail: [email protected]

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TANTEMENTE COM POTENTES INIBIDORES DA CYP3A4; EM PACIENTES TRATADOS CONCOMITANTEMENTE COM PRODUTOS MEDICINAIS QUE AFETAM A HEMOSTASIA OU COM POTENTES INDUTORES DA CYP3A4; EM PACIENTES COM RISCO ELEVADO DE SANGRAMENTO. EM PACIENTES EM RISCO DE DOENÇA GASTRINTESTINAL ULCERATIVA, TRATAMENTO PROFILÁTICO APROPRIADO PODE SER CONSIDERADO. MONITORAMENTO CLÍNICO DE ACORDO COM AS PRÁTICAS DE ANTICOAGULAÇÃO É RECOMEN-DADO DURANTE TODO O PERÍODO DE TRATAMENTO. XARELTO CONTÉM LACTOSE. EFEITOS INDESEJÁVEIS: ANEMIA, TONTURA, CEFALEIA, SÍNCOPE, HEMORRAGIA OCULAR, TAQUICARDIA, HIPOTENSÃO, HEMATOMA, EPISTAXE, HEMORRAGIA DO TRATO GASTRINTESTINAL E DORES ABDOMINAIS, DISPEPSIA, NÁUSEA, CONSTIPAÇÃO, DIARREIA, VÔMITO, PRURIDO, ERUPÇÃO CUTÂNEA, EQUIMOSE, DOR EM EXTREMIDADES, HEMORRAGIA DO TRATO UROGENITAL, FEBRE, EDEMA PERIFÉRICO, FORÇA E ENERGIA EM GERAL REDUZIDAS, ELEVAÇÃO DAS TRANSAMINASES, HEMORRAGIA PÓS-PROCEDIMENTO, CONTUSÃO. POSOLOGIA: PARA PREVENÇÃO DE AVC EM FA, A DOSE RECOMENDADA É DE 20 MG UMA VEZ AO DIA. PACIENTES COM DISFUNÇÃO RENAL MODERADA (CLCR < 50 – 30 ML/MIN) DEVEM INGERIR UM COMPRIMIDO DE 15 MG DE XARELTO® UMA VEZ AO DIA. TRATAMENTO DO TEV: A DOSE RECOMENDADA PARA O TRATAMENTO INICIAL DA TVP AGUDA É DE 15 MG DE XARELTO® DUAS VEZES AO DIA PARA AS TRÊS PRIMEIRAS SEMANAS, SEGUIDO POR 20 MG UMA VEZ AO DIA PARA CONTINUAÇÃO DO TRATAMENTO E, PARA A PREVENÇÃO DE TVP E EP RECORRENTES. XARELTO® 15 E 20 MG DEVEM SER INGERIDOS COM ALIMENTOS. PROFILAXIA DE TEV APÓS ARTROPLASTIA DE QUADRIL (ATQ) E JOELHO(ATJ): A DOSE RECOMENDADA É DE 10 MG UMA VEZ AO DIA, COM OU SEM ALIMENTO. OS PACIENTES DEVEM SER TRATADOS POR 5 SEMANAS APÓS ATQ OU POR DUAS SEMANAS APÓS ATJ. A DOSE INICIAL DEVE SER TOMADA 6 A 10 HORAS APÓS A CIRURGIA, CONTANTO QUE TENHA SIDO ESTABELECIDA A HEMOSTASIA. CLASSIFICAÇÃO PARA FORNECIMENTO: PRODUTO MEDICINAL SUJEITO A PRESCRIÇÃO MÉDICA. REFERÊNCIA: 1. PERZBORN E, ROEHRIG S, STRAUB A ET AL. THE DISCOVERY AND DEVELOPMENT OF RIVAROXABAN, AN ORAL, DIRECT FACTOR XA INHIBITOR. NAT REV DRUG DISCOV 2011;10:61–75. 2. PATEL MR ET AL. RIVAROXABAN VERSUS WARFARIN IN NONVALVULAR ATRIAL FIBRILLATION. N ENGL J MED 2011;365:883-891.

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EDITORIAL

Mais um Congresso Cearense de Cardiologia se aproxima! Motivo de muito orgulho para aqueles que fazem parte dessa especialidade, o nosso evento este ano está engrandecido por vários convidados de peso, nacionais e internacionais, além dos sempre participantes e letrados cardiologistas locais. Mais uma vez contaremos com a participação dos Drs. Marcelo Elizari e Pablo Chiale no IV Simpósio de Eletrocardiografia e Arritmias. Contaremos também com a participação do cardiologista cearense radicado nos EUA, Dr. Alexandre Ferreira, abrilhantando nosso evento.

O congresso será realizado no magnífico Centro de Eventos do Ceará, e contará com a participação de médicos, acadêmicos, enfermeiros, educadores físicos, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais, que engrandecerão o evento com seus respectivos Simpósios. O evento será palco também de Comemoração dos 80 anos do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, berço da cardiologia cearense, por onde passaram os maiores nomes da cardiologia do Ceará, como bem descrito em artigo alusivo à data, e que hoje se encontra na vanguarda das terapias cardiológicas, com especial destaque para o tratamento da ICC com novos dispositivos e transplante cardíaco, que serão abordados em simpósio da área. Outra terapia em evidência no momento que será abordada em simpósio satélite é o implante transvalvar aórtico, que tem evoluído e já apresenta bons resultados no nosso meio.

Em brilhante entrevista concedida ao editor, o atual presidente da AMB, Dr. Florentino Cardoso, rebate as polêmicas decisões tomadas pelo Governo Federal, que desafiaram a todos os médicos do país, que de longa data se submetem às péssimas condições de trabalho, tanto nos pequenos vilarejos quanto nas grandes cidades, onde hospitais lotados e a falta de equipamentos nos tornam verdadeiros “heróis”. Considerando o atual Ministro da Saúde “persona non grata” da Medicina brasileira, Dr. Florentino aponta os grandes gargalos da saúde pública e possíveis soluções para os enormes problemas relacionados.

Desejamos a todos um congresso muito proveitoso e boa leitura!

Carlos Bellini G. GomesEditorDiretor de Comunicação da SBC-CE

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SUMÁRIO

ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA AMB, DR. FLORENTINO CARDOSO ................................... 10

ARTIGOSA (R)EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NOESTADO DO CEARÁ ................................................................................................................... 13DOENÇA DE CHAGAS E DESFIBRILADOR CARDÍACO .................................................................. 16HOSPITAL DE MESSEJANA: UMA HISTÓRIA DE SONHOS E SUCESSOS ........................................ 19

MENSAGENSPRESIDENTE DA SBC-CE ............................................................................................................. 22PRESIDENTE DO CONGRESSO .................................................................................................... 23PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA ..................................................................................... 24PRESIDENTE DA COMISSÃO DE TEMAS LIVRES .......................................................................... 24

COMISSÕES ............................................................................................................................... 25

CONVIDADOS ............................................................................................................................ 26

INFORMAÇÕES GERAIS .............................................................................................................. 28

RELAÇÃO DE EXPOSITORES ....................................................................................................... 31AGRADECIMENTOS ESPECIAIS ................................................................................................... 31MAPA DE EXPOSIÇÃO ................................................................................................................ 32

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA ...................................................................................................... 34IV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ELETROCARDIOGRAFIA E ARRITMIAS CARDÍACAS ................ 36SIMPÓSIO INTEGRADO DE ENFERMAGEM, NUTRIÇÃO, FISIOTERAPIA, EDUCAÇÃO FÍSICA, FARMÁCIA E TERAPIA OCUPACIONAL ........................................................................................ 37

RELAÇÃO DE TEMAS LIVRES ORAIS ............................................................................................ 40RESUMO DE TEMAS LIVRES ORAIS ............................................................................................ 42

RELAÇÃO DOS TEMAS LIVRES EM PÔSTERES ............................................................................. 48RESUMO DOS TEMAS LIVRES EM PÔSTERES .............................................................................. 54

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Os médicos estrangeiros serão bem-vindos, desde que sejam aprovados no REVALIDA”Entrevista com o Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. Florentino Cardoso

Cearense nascido em Crateús, o Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. Florentino Cardoso comenta as recentes medidas adotadas pelo Governo Federal em relação á saúde pública no Brasil. Na opinião do cirurgião, a “carreira de estado” seria uma das possíveis soluções para a carência de médicos no interior e considera fundamental para a vinda de médicos estrangeiros a aprovação no REVALIDA. Em recente entrevista ao Jornal da SBC-CE, Dr. Florentino ataca as polêmicas decisões tomadas pela Presidente Dilma e seu Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Dr. Florentino, como se encontra a distribuição geográfica de médicos no Brasil? Realmente estão faltando médicos no país? Há necessidade de abertura de novas escolas de Medicina e ampliação de vagas?O Brasil tem hoje cerca de 2,0 médicos para cada 1.000 habitantes, concentrados nas capitais e grandes cidades. Enquanto existem cidades com mais de 4 médicos por 1.000 habitantes (índices superiores a países europeus, aos Estados Unidos), ainda temos estados com relação menor que 1 médico por 1.000 habitantes (Maranhão, Acre, por exemplo). É necessário que os governos assumam políticas para interiorizar o médico e a medicina, especialmente relacionadas a adequadas condições de trabalho e remuneração digna.Evidências têm mostrado que precisamos formar mais médicos, especialmente em áreas do conhecimento mais direcionadas para atender às demandas do SUS (médicos de família e comunidade, pediatras, clínicos), assim como às mudanças

da pirâmide populacional, relacionadas à atenção aos idosos e às doenças crônicas não transmissíveis (geriatras, neurologistas etc.). Já temos no Brasil mais de 200 escolas de medicina, a maioria já é privada. Hoje são cerca de 18.00 alunos no primeiro ano de medicina.

Por quais motivos não se consegue levar os médicos às regiões interioranas do Brasil? Existem estímulos ao profissional? Há boas condições de trabalho e remuneração?Estudos têm demonstrado que para fixar médicos em determinados lugares, as principais premissas são: possibilidade de manter ensino médico continuado (que o médico possa manter-se atualizado), adequadas condições de trabalho no que se relaciona à infra-estrutura, remuneração digna, com garantias trabalhistas e condições para manter a família (escola para os filhos, especialmente). Hoje em muitos municípios, especialmente os menores e de mais difícil acesso, as condições de trabalho são

ruins e a relação é precarizada (sem garantias).

Existe alguma proposta das entidades médicas para a interiorização da Medicina?Sim, já levamos à presidente da república e ao ministro da saúde, por mais de uma vez, propostas. Imaginamos que nesse momento uma “carreira de estado” aos moldes da existente hoje em parcela do judiciário (promotores e juízes) levaria muitos médicos às pequenas cidades, desde que lhes fosse asseguradas condições para trabalhar. Já não se vislumbra mais o médico trabalhar sem estrutura. Nas cidades que não fosse possível levar o médico, poder-se-ia interiorizar a medicina, mantendo a população assistida, colocando-se no foco a utilização das universidades públicas que tem cursos de medicina e de outras áreas da saúde.

Por qual motivo a estrutura das unidades de saúde pública encontra-se tão decadente? Há falta de recursos, ou o problema é apenas de gestão?

ENTREVISTA

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Avaliamos que a saúde pública brasileira, nesse momento caótico, tem três grandes problemas: sub-financiamento, gestão não qualificada e corrupção desenfreada. O Brasil investe menos em saúde (3,7 % do PIB) que Argentina, Uruguai, Chile, média dos países africanos, para não falarmos da França, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos. O governo que aí está teve chance de melhorar o aporte de recursos para a saúde, quando da regulamentação da Emenda Constitucional (EC) 29, mas não o fez. A Associação Médica Brasileira (AMB) junto com várias outras entidades lançou um Projeto de Lei de iniciativa popular, cujo objetivo é fazer com que a União coloque pelo menos 10% da receita corrente bruta na saúde pública (hoje representaria cerca de R$ 45 bilhões a mais). Nesse semestre levaremos cerca de 2 milhões de assinaturas ao Congresso Nacional e esperamos rápida aprovação do Projeto. A gestão ainda tem um enorme viés politiqueiro e eleitoreiro (vide como são escolhidos os gestores municipais, estaduais, dos hospitais etc.). Além disso, prioridade para a saúde existe somente nos discursos em períodos eleitorais. Prioridade não é somente a construção de unidades de saúde. Precisamos valorizar os recursos humanos, motivando-os com boas condições de trabalho e salário digno. Ano de 2012 o ministério da saúde deixou de utilizar mais de R$ 17 bilhões de reais do orçamento de cerca de R$ 93 bilhões. Nunca tínhamos percebido isso. Queremos conhecer o que aconteceu. Foram desviados para atingir o superavit primário? O povo precisa saber, para que tenhamos transparência. E, infelizmente a corrupção solavanca muito dos nossos ainda poucos recursos da saúde.

Com relação à importação de médicos estrangeiros, realmente há necessidade? O exame de revalidação (REVALIDA) é dispensável?Não somos contra a vinda de médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil, desde que sejam avaliados seus conhecimentos e habilidades. Não se concebe um país sério, permitir que seu povo seja atendido por médicos que não conhecemos sua qualificação. O próprio governo, através do ministério da educação, tem o REVALIDA, feito pelo INEP. Nos anos de 2011 e 2012 foram reprovados cerca de 90% dos médicos formados

no exterior, que fizeram o exame. Isso mostra quão desqualificados são a grande maioria esses médicos. Também não podemos dizer que o exame é difícil, pois foi realizado em escolas de medicina no Brasil, públicas e privadas, e o índice de aprovação foi superior a 70%. Parece que o governo quer é repatriar brasileiros que foram estudar em Cuba, selecionados por partidos políticos e movimentos sociais e sem a adequada formação médica.

Recentemente o Governo Federal lançou o Programa “Mais Médicos”, que objetiva levar os profissionais aos municípios mais carentes de atendimento, através de contrato de apenas 3 anos, sem concurso e dispensando o REVALIDA. Não se trata de uma medida extremamente política e com interesses eleitoreiros? Isso vai resolver os problemas

da saúde desses municípios?É um grande engodo, erro. Não ataca os três principais problemas da saúde pública. Utiliza-se de meios inadequados para solucionar os reais problemas, não os encara verdadeiramente. Politicagem, com forte viés eleitoreiro. Sabe-se que o setor saúde é o que tem a pior avaliação no governo, vem de há muito e está piorando. Foi um dos grandes clamores nas manifestações das ruas no mês de junho/2013. Pacientes que dependem exclusivamente do SUS, peregrinam em longas filas de espera para consultas, exames simples e cirurgias. Muitos esperam por mais de 4-5 anos. As emergências estão superlotadas com pacientes sendo atendidos de maneira improvisada em corredores, macas, cadeiras e até no chão. Mortes evitáveis estão ocorrendo.Defendemos qualidade, enquanto esse governo briga por quantidade. Não acreditamos que bons médicos, formados em Portugal e Espanha, por exemplo, venham ao Brasil trabalhar nas atuais condições oferecidas. Dêem condições que nós brasileiros iremos trabalhar.

Com relação ao orçamento destinado à saúde pública, o que fazer para solucionar essa eterna falta de verbas?Priorizar a saúde. Sair do discurso, ir para a prática. Há cerca de 10 anos o governo federal participava com 60% dos recursos da saúde pública, ficando os outros 40% com estados e municípios. Hoje a união investe somente 45% do total, um absurdo! Sabemos que o Brasil tem elevada carga tributária e a união é quem mais arrecada em impostos e tributos. Não podemos conceber que um sistema de saúde universal, equânime, como o SUS a união não invista adequadamente. Em países onde o sistema de saúde

Não somos contra a vinda de médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil‘ ’

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assemelha-se ao nosso (Canadá, Reino Unido) a governo federal investe pelo menos 75% do recurso total.Vamos mostra ao governo federal que ele precisa investir mais recursos na saúde, que a gestão precisa ser profissionalizada e que a corrupção deve ser combatida de maneira exemplar.

Muito se tem falado sobre a falta de humanização da Medicina. Os médicos estão mesmo menos humanos?Ou a sobrecarga de atendimento, as péssimas condições de trabalho e remuneração os têm deixado pouco motivados?Os médicos muitas vezes são heróis, atendendo em condições degradantes, como em postos de saúde sem iluminação suficiente, paredes com infiltrações e caindo o reboco, às vezes sem água potável, sem macas para examinar os pacientes. Esse é o retrato verdadeiro de muitos locais, especialmente no norte e nordeste do Brasil. Daí, preferem ficar nas grandes cidades, onde mesmo com vários empregos, correndo de um lugar para outro, ainda encontram condições para se manterem atualizados e melhores condições para trabalhar.Os médicos estão treinados para atender bem a população, com humanismo e fazendo o máximo para curar, amenizar sofrimento, dar esperança. A população com certeza pode ter o médico como aliado nessa cruzada, que busca melhorias para a saúde pública.Recentemente o Projeto de Lei (Ato Médico) foi sancionado pela Presidente Dilma, porém foram vetados os pontos principais, inclusive aquele que versa sobre “Diagnóstico de doenças e Prescrição”. Qual a sua opinião? De que forma esses vetos irão interferir na nossa prática atualmente? O que nós, médicos, podemos

fazer para tentar reverter essa decisão?Fomos traídos e da maneira mais cruel possível. O Projeto de Lei que regulamenta a medicina tramitou no congresso nacional por cerca de 12 anos e foi aprovado por unanimidade na Câmara e no Senado. Foram várias as reuniões, discussões e audiências públicas (eu pessoalmente participei de várias) e nunca esse governo ou sua base de apoio se manifestou questionando o Projeto. Nossa avaliação é que o governo federal perdeu o rumo e não tem mais controle, pois não enfrenta como deve os reais problemas da nação.Nesse momento a AMB e as outras entidades nacionais estão mobilizando os parlamentares federais, deputados e senadores, para corrigir esse desmando e autoritarismo do governo. A Câmara e o Senado foram desmoralizados com esses vetos presidenciais, que desconfiguraram totalmente o projeto. Não queremos o espaço de ninguém e achamos que nosso trabalho deve ser feito de maneira multiprofissional e multidisciplinar. Todos os médicos podem ajudar muito, abordando e sensibilizando os parlamentares. Vamos ficar vigilantes e identificar quem nos apoia. Os médicos têm muita força (somos quase 400 mil), assim como os estudantes de medicina (cerca de 110 mil) e vamos usar isso em nossas boas causas, pois o que verdadeiramente queremos é o melhor para nossos pacientes.

De uma forma geral, como você acha que o Governo Federal vem se posicionando em relação à saúde pública e à classe médica? Há muito interesse político em jogo?O Governo Federal não está bem na área da saúde. Recente pesquisa mostra que cerca de 45% da população desaprova a

condução da pasta (tem piorado continuamente). Em segundo lugar está a educação (13%). O governo, através do ministério da saúde, lança seguidamente programas e projetos, a maioria sem qualquer planejamento e fadados ao insucesso. Não tem encarado os reais problemas: sub-financiamento, má gestão e corrupção. Não acompanha o que verdadeiramente acontece na saúde pública e utiliza de expedientes politiqueiros e eleitoreiros. Mesmo com o disparate de não ter utilizado mais de R$ 17 bilhões do orçamento de 2012, no primeiro semestre desse ano (2013) não utilizou também os recursos adequadamente (50% do orçamento). Tem sido incompetente nas políticas de enfrentamento ao acesso com qualidade, à política de medicamentos, à atuação ao dependente químico, aos pacientes oncológicos, que morrem por não terem a oportunidade de tratamento em tempo ideal.

Todavia, não devemos esmorecer e sim lutar por mudanças, que se não forem na filosofia, que seja na mudança das pessoas. O ministro Padilha foi considerado persona non grata pela classe médica brasileira. Perdemos a confiança.

Florentino CardosoPresidente da AMB

Superintendente dos Hospitais Uni-versitários da Universidade Federal

do Ceará (UFC) - Mestre em Cirurgia pela Faculdade de Medicina da UFC

Residência Médica em Cirurgia Geral e Cirurgia Oncológica - Nascido em

Crateús – CE

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ARTIGO

A (R)Evolução do Tratamento do Infarto Agudodo Miocárdio no Estado do CearáJosé Klauber Roger Carneiro, Joaquim David Carneiro Neto, Melissa Andrea Wanderley de Viveiros Parente, Fabiano Gon-çalves Jucá, José Antonio de Lima Neto e Mamede Francisco Johnson Aquino Filho.

Hospital do Coração de Sobral, Ceará.

A doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de morte no mundo ocidental, e o infarto agudo do miocárdio (IAM) tem grande representação na casuística desta doença em todo o mundo. A incidência de admissões hospitalares por IAM com supradesnivelamento do segmento ST tem grande variação entre os países e a estimativa mais provável é que aconteçam 66 infartos ao ano para cada 100.000 habitantes. Estima-se que no Brasil ocorram cerca de 450.000 infartos a cada ano(1).

De todos os pacientes com IAM, 25 a 35% morrerão antes de qualquer assistência médica, mais freqüentemente por fibrilação ventricular. Para os pacientes que obtêm tratamento, o prognóstico é consideravelmente melhor e tem evoluído substancialmente ao longo dos últimos anos: as taxas de mortalidade hospitalar caíram de 11,2% em 1990 para 9,4% em 1999(2). Mais recentemente, dados de registros europeus reportam uma mortalidade hospitalar entre 6% e 14%(3). A principal causa desta redução significativa tem sido a implantação de estratégias de reperfusão miocárdica, incluindo fibrinólise e intervenção coronária percutânea primária (ICPP). Pelos dados do Registro Americano de Infarto (National Registry of Myocardial Infarction), a taxa de mortalidade hospitalar foi de 5,7% nos pacientes que receberam terapia de reperfusão, contra 14,8% daqueles que tinham indicação para o tratamento, mas não o fizeram(4).

A ICPP consiste na angioplastia de urgência com cateter-balão (com ou sem stent), utilizada como terapia primária de reperfusão no IAM com supradesnível do segmento ST. A ICPP restaura o fluxo coronariano angiograficamente normal na artéria previamente ocluída em mais de 90% dos pacientes, enquanto a terapia trombolítica o faz em somente 50% a 60%(5).Embora a terapia trombolítica intravenosa seja um tratamento amplamente difundido em pacientes com IAM, por sua fácil disponibilidade, manipulação (o início do tratamento pode ser em casa, na ambulância ou na emergência), seu relativo baixo custo, seu comprovado impacto na diminuição da mortalidade e seu uso em mais de um milhão de pacientes na última década, a sua utilização tem importantes limitações de segurança e eficácia(6,7):a) apenas 33% dos pacientes, em média, recebem a terapia trombolítica;

b) a média de tempo para obtenção da reperfusão é de 45 minutos;c) não existem preditores adequados e precisos para confirmar o sucesso da fibrinólise;d) na maioria dos pacientes submetidos à terapia trombolítica com sucesso inicial, uma estenose residual grave, potencialmente instável, permanece, aumentando o risco de isquemia recorrente (que ocorre em 15% a 33% durante os primeiros 30 dias) e reinfarto (2,5% a 5% em 30 dias). Estes eventos clínicos resultam em maior mortalidade e dano miocárdico, necessitando de cateterização e procedimentos de revascularização, prolongando a permanência hospitalar e aumentando os custos e a mortalidade;e) o acidente vascular cerebral com evidência de seqüelas limitantes e definitivas ocorre em 0,5% a 1,5% dos pacientes tratados. Em pacientes com mais de 65 anos de idade, este risco é mais acentuado, atingindo os 3,5%(8). Acrescenta-se a estas limitações o fato de a terapia trombolítica não ter eficácia demonstrada em alguns subgrupos de pacientes com IAM associado às seguintes características(9,10):a) apresentação tardia onde se observa rápida perda de eficácia da fibrinólise após as 3 horas do início dos sintomas; b) choque cardiogênico, que complica 5% a 12% dos infartos;c) cirurgia de revascularização miocárdica prévia;d) eletrocardiograma inicial, exibindo apenas infradesnivelamento do segmento ST (infarto não-Q).Com o propósito de contornar as limitações da trombólise farmacológica, a ICPP foi introduzida como método alternativo para produzir reperfusão arterial no IAM. A abordagem percutânea teve a sua origem no início da década de 80, precisamente em 1982, quando Hartzler, em Kansas City, nos Estados Unidos, introduziu a recanalização mecânica, conseguindo reabertura arterial com normalização do fluxo coronariano e mínima lesão residual.

Os melhores resultados atuais da ICPP são obtidos com o emprego dos stents coronarianos. Comparados ao uso isolado do balão, os stents estão associados a menores taxas de reestenose angiográfica, angina recorrente e repetidos procedimentos de revascularização(4,11). A eficácia e a segurança do implante dos stents no IAM foram verificadas em

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estudos randomizados e prospectivos, envolvendo diversos grupos de pacientes(12,13). Estes estudos demonstraram menores taxas de isquemia recorrente e, em alguns estudos, menor mortalidade, como verificado em registros nacionais de larga escala(14).

Comparados aos stents metálicos convencionais, os stents eluídos com fármacos (stents farmacológicos) reduzem significativamente as taxas de reestenose dentro dos 12 meses após a ICPP(15-17). O uso destes stents no cenário do IAM não têm sido associado a risco aumentado de morte, infarto do miocárdio ou trombose da prótese em seguimentos clínicos de longo prazo(18). A robustez destas evidências credencia os stents farmacológicos para o uso cotidiano no tratamento do IAM. É necessário, entretanto, assegurar a aderência futura a dupla terapia antiplaquetária e investigar a possibilidade de cirurgia não-cardíaca a curto prazo.

Em algumas situações, a angioplastia com balão ainda é o procedimento de escolha para o IAM, a exemplo dos pacientes com contra-indicação para o uso da dupla antiagregação plaquetária (por risco de sangramento elevado ou presença de doença coronariana com indicação cirúrgica) ou quando o diâmetro da ARI é inadequado ao implante do stent.Assim, a ICPP segue como a estratégia preferencial aos pacientes com IAM, desde que seja realizada por centro e operador experientes e, principalmente, no espaço de tempo adequado. Não sendo possível oferecer a necessária rapidez e eficiência ao atendimento com angioplastia coronária primária, deve-se usar o trombolítico, para que o tratamento seja iniciado o mais rapidamente possível.

De fato, evoluímos sobremaneira no arsenal terapêutico que poderemos disponibilizar aos pacientes com IAM. Entretanto, os avanços obtidos carecem da abrangência necessária para que sejam verdadeiramente impactantes na saúde pública. Vários desafios são impostos e a universalização ao atendimento do IAM é o maior deles. Urge a organização (implementação e avaliação sistemática) de um fluxo integrado, público e suplementar, aos pacientes infartados. É imprescindível que façamos a correção de pontos cruciais à viabilidade da estratégia de acessibilidade ampla aos pacientes com IAM: a) garantia de reperfusão para a maioria dos pacientes; b) implementação de uma política de saúde específica ao tratamento do IAM;c) criação de um registro nacional para o IAM;d) recursos públicos ampliados e dedicados ao tratamento do IAM;e) estratégias atenuadoras do retardo pré-hospitalar,

um dos determinantes do tamanho do infarto e da mortalidade pré e intra-hospitalar; f) implementação de meios facilitadores (telemedicina, por exemplo) para o diagnóstico fácil do IAM, para o rápido transporte e para a imediata hospitalização dos pacientes;g) ampliação do atendimento para ICPP 24 horas, 7 dias na semana e 365 dias no ano;h) expansão da abrangência dos centros intervencionistas.

Apesar da escassez de incentivos e da política de reembolso injusta, tanto na rede pública como na suplementar, o Estado do Ceará tem despertado a atenção do Brasil ao liderar nacionalmente a estatística de reperfusão mecânica no IAM. É um feito digno de celebração, ainda mais pelo número pequeno de instituições que, a duras penas, têm implementado o programa de angioplastia primária no Ceará. Não entendo porque fazemos pouco caso desta façanha, aliás, somente propalada fora do nosso estado. É provável que também os nossos gestores, políticos ou institucionais, nem saibam da tamanha ousadia da Cardiologia Intervencionista do Ceará. Até poderiam capitalizá-la e o ideal é que a fizessem, primordialmente, na forma de melhor estruturação dos nossos serviços, na valorização dos recursos humanos envolvidos ou no incentivo à incorporação de novas tecnologias. Para chegarmos até aqui, duas conjunturas foram absolutamente determinantes: a implantação no Hospital do Coração de Sobral do primeiro programa de atendimento ao IAM através da angioplastia primária do interior nordestino, com sobreaviso da Cardiologia Intervencionista 24 horas por dia, 07 dias na semana e 365 dias ao ano. Estávamos em 1996 e ainda discutíamos, por vezes tempestuosamente, a mais apropriada estratégia de tratamento para o IAM, se fibrinolíticos ou angioplastia primária. O outro acontecimento foi a decisão do Hospital de Messejana de Fortaleza (Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes) em manter, a partir de setembro de 2003, o pleno funcionamento do seu Serviço de Cardiologia Intervencionista nas 24 horas, mesmo aos feriados e finais de semana. Tal fato foi decisivo na consolidação da angioplastia primária no nosso meio. Primeiro, pela gigantesca demanda de pacientes com IAM que a todo instante e de todo Ceará recorre à boa assistência do Hospital de Messejana, dotando-o de uma das maiores casuísticas de IAM do Brasil. Segundo, por ser o Hospital de Messejana uma escola de formação de cardiologistas, passou a contribuir firmemente na aculturação da angioplastia primária no mundo real dos cardiologistas cearenses e, também, no incentivo a outros hospitais, ainda que privados, para a adoção da mesma estratégia. Como de fato, a Cardiologia do Ceará tem feito bonito

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no tratamento do IAM. Pena que não tem sabido valorizar esta conquista, mesmo sabedora do que isto representa na epidemiologia clínica do Ceará e do Brasil. Sem exageros, os números da angioplastia primária no Ceará são apoteóticos, em média 1.200 procedimentos ao ano. Até poderíamos dizer que no Brasil o melhor lugar para se ter um infarto é no Ceará.

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A (R)Evolução do Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio no Estado do Ceará

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ARTIGO

DOENÇA DE CHAGAS E DESFIBRILADOR CARDÍACO

Autores: Francisca Tatiana Moreira Pereira1, Eduardo Arrais Rocha2, Almino Cavalcante Rocha Neto3, Roberto Lima Farias4, Marcelo de Paula Martins Monteiro2, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho5, 6 e Roberto da Justa Pires Neto6

1-Responsável pelo Serviço de Marcapasso do Hospital das Clínicas-UFC2- Médico Assistente do Serviço de Marcapasso do Hospital das Clínicas-UFC3- Responsável pelo Serviço de Eletrofisiologia do Hospital das Clínicas-UFC4-Médico Assistente do Serviço de Eletrofisiologia do Hospital das Clínicas-UFC5-Chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital das Clínicas-UFC6- Professor Doutor da Universidade Federal do Ceará-UFC

Reconhecida e descrita pelo genial pesquisador brasileiro Carlos Chagas, a doença de Chagas ainda representa grave problema de sáude pública na América Latina. Estimativas apontam em 16 a 18 milhões o número de indivíduos infectados, e em 100 milhões o número sob o risco de adquirir a infecção1, 2. No Brasil , na década de 90, a estimativa estava em torno de 2 a 3 milhões de pessoas infectadas , com uma incidência de 100 novos casos por ano. No Ceará, a doença de Chagas inicia-se em 1911 com registro de Rhodnius nasutus na serra de Ibiapaba. Duas décadas depois, foram registrados triatomíneos infectados por Trypanosoma cruzi nas zonas do Cariri e Quixadá16.No período de 1959-1979, Alencar realizou diversas pesquisas sobre a doença de Chagas no Estado do Ceará e demonstrou que os principais reservatórios do Trypanosoma cruzi eram ratos e gambás e que as principais espécies de triatomíneos envolvidos eram Triatoma brasiliensis, Triatoma pseudomaculata, Panstrongylos megistus e Panstrongylos luzti28.

Chagas, desde as suas primeiras observações, resumiu a história natural da doença que leva seu nome em duas fases distintas. Uma fase aguda, de curta duração, com elevada parasitemia e que geralmente é autolimitada, e uma fase crônica, com baixa parasitemia e evolução habitualmente lenta, compreendendo uma forma indeterminada ou subclínica e as chamadas formas clínicas determinadas (cardíaca, digestiva ou mista)3, 4.

A forma cardíaca, levando-se em conta a gravidade das manifestações que pode acarretar, é sem dúvida a mais importante do ponto de vista médico-social. Definida como uma cardiomiopatia dilatada inflamatória infecciosa, a cardiopatia chagásica crônica (CCC) predomina no sexo masculino, é mais frequente entre a terceira e a sexta década de vida e constitui a principal causa de cardiomiopatia nas áreas em que a doença é endêmica.

A CCC pode manifestar-se de várias formas, dependendo basicamente do grau de dano miocárdico e da extensão das lesões no sistema específico de

condução. Podem apresentar distúbios de condução, alterações segmentares da contratilidade miocárdica, insuficiência cardíaca, fenômenos embólicos e morte súbita como primeira manifestação da doença5,6,7,8,9.Em relação as causas de morte nos portadores de CCC, estas podem ser divididas em eventos fatais arrítmicos e não-arrítmicos. A morte arrítmica ou súbita, por sua vez, pode ter como mecanismo determinante a fibrilação ventricular e, menos comumente, a assistolia cardíaca. Dentre as causas não-arrítmicas incluem-se a falência de bomba (insuficiência cardiaca congestiva-ICC) e os fenômenos tromboembólicos. A maior ou menor frequência de determinada causa depende fundamentalmente das características da população estudada, com morte súbita predominando nos estudos que incluíram apenas pacientes ambulatorias ou com arritmia ventricular documentada, e a falência de bomba (ICC) naqueles realizados em pacientes hospitalizados10,11,12. A taxa de mortalidade anual esperada na CCC é de 15%, podendo chegar até a 25% nos pacientes em classe funcional III ou IV e que não usam betabloqueador. A disfunção ventricular esquerda é o mais forte preditor de morbidade e mortalidade na CCC10,11,12,14.

As evidências da eficácia do cardiodesfibrilador implantável baseiam-se em ensaios de prevenção secundária (AVID21, CASH22 e CIDS23) e prevenção primária (MADIT I e II24, MUSTT25 e SCD-HEFT26) de morte súbita. Esses estudos demonstraram a superioridade do CDI sobre os fármacos, em especial nas cardiomiopatias isquêmicas e idiopáticas. Este dispositivo foi desenvolvido pelo Dr. Michel Mirowski e Dr. Morton Mower em 1970, mas implantados em seres humanos somente a apartir de 198027. Atualmente eles são endocárdicos e podem ser unicamerais, bicamerais ou associados a ressincronizadores. Durante o seguimento dos portadores desses dispositivos, a pricipal complicação é o choque inapropriado, cuja incidência varia de 21 a 25%, tendo como principal causa a fibrilação atrial15.

O manejo do tratamento da CCC deve ter como principal objetivo a estratificação de risco, a prevenção de morte

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por medidas farmacológicas e não farmacológicas e o controle dos sintomas.

Rassi e colaboradores publicaram um escore para avaliação do risco de pacientes chagásicos14. Nessa coorte os autores encontraram, após análises uni e multivariada, seis variavéis clínicas preditoras de sobrevida. Cada variável rcebeu uma determinada pontuação: cardiomegalia (5 pontos); classe funcional da New York Herat Association (NYHA) III ou IV (5 pontos); taquicardia ventricular não sustentadada no Holter de 24horas (3 pontos); anormalidade segmentar ou difusa da contratilidade miocárdica ventricular esquerda (3 pontos); baixa voltagem do QRS no plano frontal (3 pontos); sexo masculino (2 pontos). Os pacientes classificados em grupos de alto risco (12 pontos ou mais), médio risco (7 a 11 pontos) e baixo risco (6 pontos ou menos) apresentaram mortalidade em 10 anos de 84%, 44% e 10%, respectivamente. No mesmo estudo os autores verificaram que a combinação de taquicardia ventricular não sustentada e disfunção ventricular esquerda foi associada a risco de 15 vezes maior para morte em relação a pacientes sem esses marcadores12,14.17.

Ainda existe carência de estudos prospectivos e retrospectivos avaliando o benefício do cardiodesfibrilador implantável (CDI) para prevenção de morte súbita em pacientes com cardiopatia chagásica crônica. O que se conhece sobre CDI na CCC são relatos de pequenas séries ou registros.

Cardinelli e colaboradores acompanharam 90 pacientes chagásicos que receberam CDI por prevenção secundária de morte súbita e observaram taxa de mortalidade de 7% decorrente de morte súbita e de 30% em decorrência da progressão de ICC no seguimento de 756-581 dias. Observou-se uma incidência alta de choque apropriado e que o maior número de choques por paciente piorou o seu prognóstico13. Flores-Ocampo e colaboradores estudaram 21 pacientes com CCC e CDI durante um seguimento médio de 867 dias e demostraram uma incidência de 43% de tempestade arrítmica. Observou que a fração de ejeção menor que 35%, classe funcional III/IV da NYHA (New York Heart Associacion) e ausência de do uso de betabloqueador foram fatores preditores de tempestade arrítmica18. Muratore e colaboradores em um estudo retrospectivo de 94 pacientes com CCC e CDI observaram uma taxa de 15% de tempestade arrítmica (TA) e de 42 % de choques apropriados, sendo a média entre a implantação do CDI e o primeiro choque apropriado foi de 104 dias19. Barbosa demonstrou em um estudo retrospectivo de prevenção secundária de morte súbita com CDI uma incidência de 62% de terapia apropriada em pacientes chagásicos e 37% em pacientes não-chagásicos durante um seguimento de 266 dias, e que a cardiopatia chagásica

crônica (CCC) aumentou 2,7 vezes o risco de receber terapia apropriada (IC 95%:1,3-5,6)29. Martinelli e colaboradores demostraram uma mortalidade anual de 7,1% com nenhuma morte súbita, apesar de uma incidência de choques apropriados de 50% em 116 pacientes com CCC e CDI por prevenção secundária no seguimento médio de 42± 32 meses30. Verificamos que em todos esses estudos citados a incidência de choque apropriado foi elevada, demonstrando a maior complexidade arrítmica do paciente chagásico. Todos esses estudos citados foram de prevenção secundária.Foi publicada em 2011 a I Diretriz Latino-Americana para o Diagnóstico e Tratamento da Cardiopatia Chagásica em que se indica o desfibrilador cardíaco apenas na prevenção secundária de morte súbita, já que as evidências científicas se restrigem a publicações de série de casos, coortes retrospectivas ou registros envolvendo apenas a prevenção secundária20.

Recentemente em nosso serviço avaliamos retrospectivamente um população de 65 pacientes portadores de CCC e CDI por prevenção primária e secundária em uma mediana de tempo de seguimento de 35 meses (22-59meses) e demonstramos que a incidência de choque apropriado foi de 36% e que não houve diferença significativa quando dividimos a coorte em prevenção primária e secundária (p=0,342). A mortalidade anual foi baixa (6,3%) e não houve nenhuma morte súbita durante o seguimento, surgerindo a eficácia do CDI nessa patologia. Sessenta e nove por cento dos pacientes usavam betabloqueador associado a amiodarona. A CCC aumentou 2,07 vezes o risco do paciente apresentar choque apropriado quando comparado aos pacientes com cardiopatia isquêmica(88 pacientes)30.

Será iniciado esse ano um ensaio clínico randomizado, prospectivo, multicêntrico nacional sob comando do Instituto do Coração (INCOR-SP) onde avaliará o uso da amiodarona versus CDI na prevenção primária de morte súbita cardíaca na CCC. O Serviço de Marcapasso do Hospital das Clínicas (UFC-CE) e o Serviço de Marcapassodo Hospital de Messejana (CE) serão centros investigadores.

O melhor tratamento para evitar a morte súbita na cardiopatia chagásica crônica permanece ainda um grande desafio.

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28. Alencar,J.E. História natural da doença de Chagas no Estado do Ceará. Impresa Universitária da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.1987.

29.Barbosa,M.P.T. Evolução pós-implante de cardiodesfibrilador implantável em pacientes chagásicos e não-chagásicos- estudo comparativo . 2009. 84p. Dissertação (Mestrado)- Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,2009.

30. .Martinelli M, Siqueira SF, Sternick EB , RassiJr A ,Costa R ,Ramires JAF, KalilFilho R. Long-Term Follow-Up of Cardioverter-Defibrillator for Secondary Prevention in Chagas’ Heart Disease.Am J Cardiol 2012;23:1944-1946.

30.Pereira,F.T.M.Aspectos clínicos e epidemiológicos de pacientes portadores de cardiopatia chagásica crônica com cardiodesfibrilador implantável. 88p. Dissertação (Mestrado)- Universidade Federal do Ceará,Fortaleza,2013.

DOENÇA DE CHAGAS E DESFIBRILADOR CARDÍACO

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ASPECTOS HISTÓRICOS DA MEDICINA

HOSPITAL DE MESSEJANA: UMA HISTÓRIA DE SONHOS E SUCESSOSDr. Frederico Augusto de Lima e SilvaChefe do Serviço de Cardiologia do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart GomesProfessor de Cardiologia da Faculdade de Medicina da UnichristusMestre em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará

O dia primeiro de maio de 1933 entrou para a história do Ceará para sempre. Naquele dia nascia o então Sanatório de Messejana, com seus 20 leitos dedicados ao tratamento da tuberculose pulmonar, doença grave que aterrorizava a população brasileira. Seus fundadores foram os médicos João Otávio Lobo, Pedro Sampaio e Lineu Jucá que, com a ajuda de Dona Libânia Holanda, abastada proprietária de terras, puderam concretizar os sonhos de dar ao Ceará um hospital que minorasse o sofrimento de tantos.

As dificuldades não tardaram a aparecer e os custos elevados de manutenção do sanatório obrigaram seus proprietários a vendê-lo para o Instituto de Previdência do Estado do Ceará – IPEC em 1940. Em 1944 o então Superintendente do IPEC Dr. Mozart Catunda nomeia o jovem médico Carlos Alberto Studart Gomes para dirigir o Hospital de Messejana, cargo que ocupou até a sua aposentadoria em 1983. Em 24 de fevereiro de 1948 o Sanatório de Messejana foi vendido ao Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Bancários - IAPB pela quantia de hum mil, duzentos e oitenta cruzeiros. A partir de 1977 o hospital passa a integrar

a cadeia de hospitais do INAMPS até 1987, quando foi estadualizado e passou a compor a rede do Sistema Único de Saúde – SUS-Ceará.

Hoje, ao completar 80 anos de existência, o Hospital de Messejana leva o nome do Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, numa merecida homenagem que o povo cearense presta ao grande médico e humanista e seu maior Diretor. Aquele pequeno sanatório transformou-se num centro de referência na assistência médica, ensino e pesquisa nas áreas de Cardiologia, Pneumologia e Cirurgias Torácica e Cardiovascular.

O hospital conta com 349 leitos distribuídos em 58 leitos de Pneumologia e 117 leitos de Cardiologia. Possui 6 UTIs com capacidade de 50 leitos e um setor de Emergências com 90 leitos. O centro cirúrgico tem 03 salas de cirurgia e o setor de hemodinâmica conta com 02 salas de cardiologia intervencionista (cateterismos cardíacos). O setor de exames complementares conta com eletrocardiografia, ecocardiografia transtorácica e transesofágica, monitorização ambulatorial da pressão arterial–MAPA, Holter, cateterismos cardíacos

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onde podemos contar com o uso do ultrassom intracoronário e do FFR, recursos extraordinários para o melhor diagnóstico de isquemia miocárdica, estudos eletrofisiológicos, broncoscopia, radiologia, tomografia computadorizada e ultrassonografia, além de um laboratório de análises clínicas que realiza cerca de 1500 exames/dia e tem controle de qualidade feito pela SBPC, dosando inclusive as taxas de BNP e PCRus.Temos a primeira Comissão de Controle da Infecção Hospitalar criada no Ceará e que é responsável por monitorizar as taxas de infecção e orientar sobre o correto uso de antibióticos.

Na área da terapêutica clínica contamos com uma farmácia modernizada e temos acesso às mais novas aquisições farmacológicas como os betabloqueadores de 4ª geração, os antiplaquetários tienopiridínicos clopidogrel, prasugrel e ticagrelor, os bloqueadores dos receptores IIb/IIIa tirofiban e Reopro, os anticoagulantes enoxaparina, fondaparinux, dabigatrana e rivaroxabana, os hipolipemiantes de dupla inibição (ezetimibe + sinvastatina), os vasodilatadores potentes como o sildenafil para o tratamento da hipertensão pulmonar, além do vasto arsenal terapêutico clássico para o tratamento das cardiopatias e pneumopatias.Na cardiologia intervencionista realizamos cerca 450 procedimentos/mês, sendo 300 exames diagnósticos e 150 angioplastias, o que nos confere o primeiro lugar entre os hospitais de cardiologia no Brasil neste quesito. Realizamos valvoplastias mitrais e pulmonares e implantes de coils para oclusões vasculares.

O setor de Eletrofisiologia realiza exames diagnósticos e ablações e o setor de cirurgia vascular implanta endopróteses aórticas.

Implantamos os mais modernos tipos de marcapassos cardíacos além de ressincronizadores e cardiodesfibriladores (CDI) para o tratamento da morte súbita abortada.

O serviço de Cirurgia realiza as mais variadas cirurgias para correção de doenças valvares, coronarianas e vasculares, num volume mensal de 100 cirurgias. Além disso, o serviço de cirurgia cardíaca já realizou 275 transplantes de coração estando o Hospital de Messejana entre os primeiros do Brasil nessa categoria. O serviço de cirurgia torácica iniciou o programa de transplantes de pulmão já tendo realizado 10 transplantes com sucesso. Temos um grande serviço de cardiologia pediátrica com 20 leitos, 2 UTIs e realizamos cerca de 40 cirurgias de cardiopatias congênitas/mês.

Nosso serviço de Emergências atende uma média mensal de 2700 pacientes por mês. O hospital também realiza ações voltadas para a prevenção das doenças junto às comunidades como a Associação dos hipertensos e os programas de combate à asma brônquica e ao hábito de fumar. Compondo a assistência multidisciplinar contamos com os serviços de Enfermagem, Fisioterapia, Serviço Social, Odontologia, Psicologia, Terapia Ocupacional e Nutrição todos com ações decisivas e importantes no resultado final do tratamento médico.O aporte administrativo nos chega na forma de modelos de gestão bem definidos, processos e fluxos que andam e protocolos que norteiam nossas ações médicas.

Por fim, e não menos importante, estão as nossas ações em ensino e pesquisa. Recebemos internos e estagiários de quatro Faculdades de Medicina do Ceará e de alguns estados do Norte e Nordeste.

Nosso programa de Residência Médica em cardiologia, pneumologia, cirurgia cardiovascular e torácica tem sido responsável pela formação da maioria dos novos especialistas nessas áreas com atuação no nosso estado. Estamos formando em parceria com o INCOR (São Paulo) a primeira turma de 14 doutores em cardiologia, o que irá engrandecer cada vez mais o nível da medicina praticada no nosso hospital, no nosso estado e no Brasil, resgatando mais uma vez o valor do mérito da conquista desses profissionais que com sacrifício, muito estudo e muito trabalho estão mudando suas vidas para mudar para melhor a dos pacientes e das instituições de saúde do nosso Ceará.Na área de pesquisa estamos participando de vários estudos internacionais e temos sido cada vez mais identificados como um centro sério e de grande potencial para o desenvolvimento das pesquisas clínicas.

Procuramos fazer um breve relato do que é o Hospital de Messejana. Sabemos que ele significa muito mais. Muito mais para todos os desafortunados que batem às suas portas em busca de alívio para suas dores. O nível de respeito alcançado pelo hospital entre a população do Ceará, inclusive entre a população de médicos, reflete simplesmente a fórmula que usamos para tratar nossos pacientes que é a competência técnica aliada a grandes doses de amor, compreensão e solidariedade com aqueles que estão sofrendo. Talvez seja por isso que muitos dizem que o Hospital de Messejana tem alma.

ASPECTOS HISTÓRICOS DA MEDICINA

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IV Simpósio Internacional deEletrocardiografia e Arritmias Cardíacas

Simpósio Nacional de Insuficiência Cardíaca

Simpósio Nacional de Hipertensão

Simpósio de Cardiologia da Mulher

Simpósio do Hospital de Messejana

Simpósio Integrado de: Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia,Educação Física, Farmácia e Terapia Ocupacional.

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MENSAGEM DO PRESIDENTE DA SBC-CE

O XIX Congresso Cearense de Cardiologia está sendo realizado esse ano no novo e moderno Centro de Eventos do Ceará, para proporcionar maior conforto e comodidade aos participantes. O evento ocorre entre 21 e 23 de agosto de 2013. Paralelamente a realização do congresso, teremos o IV Simpósio Internacional de Eletrocardiografia e Arritmias Cardíacas, o Simpósio Nacional de Insuficiência Cardíaca, o Simpósio Nacional de Hipertensão, de Cardiologia da Mulher e a gincana das ligas do coração das universidades de Medicina do Estado. Para o Simpósio Internacional de Eletrocardiografia e Arritmias Cardíacas, contamos com a presença dos professores Dr. Andrés Perez (SP), do Dr. Francisco Darrieux (SP), Dr. Marcelo Elizari e Dr. Pablo Chiale, os dois últimos da Argentina, onde tornaram-se conhecidos mundialmente por suas contribuições científicas. Também está confirmada a presença do Prof. Dr. Alexandre Ferreira (USA), coordenador do serviço de cardiologia do Jackson Memorial Hospital, em Miami. O Hospital São Carlos realizará seu simpósio em horário de almoço e teremos a comemoração do aniversário do Hospital de Messejana, instituição que galgou ao longo dos anos importante papel no cenário estadual e nacional e tem contribuído bastante para redução da mortalidade cardiovascular. Uma especial homenagem será realizada ao mestre Dr. Chico Paiva, que faleceu recentemente, deixando um grande legado e saudade aos nossos cardiologistas. Temos o orgulho de manter as Jornadas dos profissionais associados a cardiologia como a enfermagem, fisioterapia, nutrição, educação física, farmácia e terapia ocupacional. Esse ano, dentro de um novo formato, com um interessante Simpósio Integrado. No encerramento do congresso, na sexta feira à tarde, teremos a apresentação da peça teatral: “Doutor!!! Como enlouquecer um médico em um dia”, com os atores da rede globo, Rosane Gofman e Yuri Gofman, sendo seguido por um coquetel de confraternização. Agradeço de coração a todas as empresas e laboratórios que acreditaram na nossa cardiologia, nos nossos profissionais e na nossa sociedade. Estes sim, demonstraram o real papel de uma empresa que atua na área médica e trabalha de forma lícita e transparente, não tem medo de comparecer e discutir a eficiência e limitação de seus produtos. A nossa revista tem procurado manter o novo formato e a qualidade do ano anterior, com artigos, crônicas, divulgações científicas, temas livres e espaço publicitário. Parabenizo ao amigo e competente colega Dr. Carlos Bellini, pela realização deste trabalho. Reconheço o esforço e bom trabalho da competente equipe da Dinâmica Eventos, que nos últimos anos não mediram esforços em organizar e divulgar os nossos grandes eventos científicos, como o nosso recente Congresso Sul Cearense de Cardiologia em Juazeiro do Norte e o nosso XVIII congresso Cearense de Cardiologia em 2012, quando comemoramos os 40 anos da nossa Sociedade. Por fim, congratulo a todos que tiveram um trabalho árduo pela causa justa depromover a ciência e difundir o conhecimento e a pesquisa no nosso Estado. Sabemos o quanto é difícil a realização de eventos, principalmente nos dias atuais. Contamos com todos para mantermos um grande público e assiduidade como no ano anterior, quando obtivermos recorde de presença com 780 participantes, dentre médicos, estudantes e profissionais associados. Sejam bem vindos ao evento.

Bom Congresso a todos.

Uma Sociedade Médica Forte se faz com profissionais presentes, atuantes e atualizados.

Dr. Eduardo Arrais RochaPresidente da SBC-CE

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MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONGRESSO

Caros Congressistas

Acreditamos que a programação deste evento contemple a maioria dos temas cardiológicos. Foi nosso objetivo, através de mesas redondas, temas livres, conferências e, com a participação de todos, proporcionar, de maneira simples e prática, as atualizações cardiológicas. É nosso objetivo conseguir integrar, discutir profundamente, almejando os anseios de todos nós pelo saber cardiológico.

Estaremos satisfeitos se ao final deste evento além do conhecimento adquirido e sedimentado, possamos ter interagido entre os colegas, seja na troca de conhecimentos, na realização de novas amizades e no carinho e companheirismo que muito caracterizam o povo cearense.

Representar a nossa sociedade de cardiologia tornou-se uma honra, não só para mim, mas para todos nós, que de uma maneira ou de outra fomos partícipes deste memorável evento.

Lutar pela autonomia, independência e pela extinção da desigualdade não se restringe somente ao campo financeiro. Foi nosso intuito trazer para vocês uma programação democrática. Com isso procuramos alcançar não só os cardiologistas, mas todos os profissionais que se interessam e prestam cuidados aos pacientes com doenças cardiovasculares.

Continuar o trabalho é uma necessidade que se impõe. Que este evento,na mente de cada um de nós, faça florescer um pensar científico, uma curiosidade acadêmica, uma busca incessante do conhecimento, uma maneira consciente, lógica e inteligente de saber fazer a argumentação clínica. Que todos nós, imbuídos de um espírito científico, possamos mudar paradigmas, isto é, passarmos não só de expectadores mas sim de protagonistas na evolução da ciência.

Exigir mudanças está sendo a palavra de ordem na sociedade brasileira. Para isso, teremos que estar alicerçados de um conhecimento baseado na evidência científica. Vamos aproveitar este momento para não só lutarmos pelos nossos direitos, mas também para refletirmos em que parte, em que momento, podemos mudar ou mesmo aprimorar o pensar científico.

Sintam-se à vontade e aproveitem para fazer uma imersão na cardiologia.

Um abraço a todos.

Antônio Augusto Guimarães LimaPresidente do XIX Congresso Cearense de Cardiologia

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MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA

MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO DE TEMAS LIVRES

Fruto abençoado do trabalho exaustivo de uma ampla representação de nossos pares, a 19ª. edição do Congresso Cearense de Cardiologia contará com o privilégio de uma programação e ambientação de grande impacto. Pela primeira vez, este encontro será locado no grandioso espaço do Centro de Eventos do Estado, dotado de reconhecidas facilidades de acesso e acomodação. Orientou-nos o princípio de atribuir a programação de cada área ao crivo dos respectivos Departamentos nacionais, com o que ganhamos em verticalidade do conteúdo, sem perder a necessária contextualização horizontal para o generalista das planícies clínicas. Sem dúvida, nosso foco maior está em valorizar a participação dos profissionais locais, ainda que contemos com nomes de inquestionável projeção nacional e internacional. Para a conferência inaugural, já está confirmada a presença do Prof. Alexandre Ferreira (EUA), chefe laureado de um dos mais respeitados Serviços de Cardiologia americanos. Em sala paralela à programação oficial, contaremos com mais uma edição do Simpósio Internacional de Eletrocardiografia Maurício Rosembaum, acolhido com admirável participação no ano passado. Justiça seja feita, este é fruto, mais uma vez, do esforço e prestígio pessoal do Dr. Raimundo Barbosa – e sua simples presença e colaboração já sinaliza, a um só tempo, suficiente validação e antecipado sucesso. Já estão confirmadas as presenças enaltecedoras dos Doutores Andrés Pérez Riera (SP), Pablo Chiale (ARG) e Marcelo Elizari (ARG). Contaremos ainda com a intervenção do Dr. Francisco Darrieux (INCOR-SP), conferencista amplamente reconhecido por conpatibilizar sua didática simples e eficiente com a profundidade invulgar dos temas abordados. Já não fossem emoções em demasia, nosso programa incluirá ainda duas felizes homenagens: a celebração dos 80 anos do Hospital de Messejana e a instituição da Sessão de Análise Clínica Prof. Francisco Paiva – dedicada ao resgate do raciocínio clínico que notabilizou o consagrado mestre recentemente falecido. Á luz de todas estas contribuições, estamos convencidos que estaremos privando de precioso momento de congraçamento e reflexão. Anima-nos a iminência de uma convivência prazeirosa e prolífica. Fortalece-nos a certeza da realização final de uma plêiade de esforços conjugados.

Grande abraço.

Almino Cavalcante Rocha Neto Presidente da Comissão Científica

Prezados Colegas

É por meio da ciência e pesquisa que uma sociedade cresce e se aprimora cada vez mais. O partilhar das pesquisas e experiências é de suma importância para o desenvolvimento de uma Cardiologia cada vez mais sólida em nosso estado. Aos membros da comissão de temas livres, o meu muito obrigado pela contribuição inestimável à análise dos trabalhos. Saúdo a todos os participantes do XIX Congresso Cearense de Cardiologia, em especial, aos colegas que participaram com envio de temas livres para abrilhantar o nosso congresso. Um excelente congresso a todos!

Sandra Nívea dos R S Falcão

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COMISSÕES

COMISSÃO EXECUTIVA Presidente da SBC-CEEduardo Arrais Rocha

Presidente do XIX Congresso Cearense de CardiologiaAntônio Augusto Guimarães Lima

COMISSÃO CIENTÍFICA Presidente da Comissão Científica do XIX Cong. Cearense de Cardiologia

Almino Cavalcante Rocha Neto

MEMBROS DA COMISSÃO Ana Gardênia Liberato Pontes Farias | Ana Lúcia de Sá Leitão Ramos

José Ronaldo Mont’Alverne Filho | Sandra Nívea FalcãoSandro Salgueiro Rodrigues

COMISSÃO JULGADORA DE TEMAS LIVRESPresidente da Comissão Julgadora de Temas Livres - Sandra Nívea Falcão

JULGADORES Acrísio Valente | Filadelfo Rodrigues Júnior

Germana Porto Linhares | Regina Coeli Marques de CarvalhoJoão Luiz de Alencar Araripe Falcão | Ricardo Pereira Silva

Pedro José Negreiros de Andrade | Cláudia Câncio Torres de MeloMárcio Alves Landim | José Clécio Barbosa

Ricardo Silveira | Maria Cláudia Azevedo LeitãoRochelle Pinheiro Ribeiro | Ronaldo Mont´Alverne FilhoJosé Armando Mangiori | Rômulo Roncalli Guimarães

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CONVIDADOS

CONVIDADOS NACIONAIS

AlexandreFerreira(EUA)

Andrés Pérez-Riera (SP)

Jamil Abdalla Saad (MG)

Marcelo Victor Elizari (ARG)

Francisco Darrieux (SP)

Marcus ViníciusBolivar Malachias (MG)

e mais: José Armando Mangioni (SP),José Albuquerque de Figueiredo Neto (MA), Roberto Rocha Geraldez (SP).

Pablo Chiale(ARG)

Gilson Feitosa Filho (BA)

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e mais: José Armando Mangioni (SP),José Albuquerque de Figueiredo Neto (MA), Roberto Rocha Geraldez (SP).

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INFORMAÇÕES GERAIS

Secretaria ExecutivaInscrições/ Entrega de Material / Central de Informação

Secretaria Executiva localizada no Centro de Eventos do Ceará Av. Paisagística por trás da Av. Washigton Soares, 999Cep: 60.811-341 - Fortaleza – Ceará

Horário de Funcionamento:21 /08/2013 - 08h às 18h22/08/2013 - 08h às 18h23/08/2013 - 08h às 18h

CracháO uso do crachá é obrigatório em todas as atividades do congresso, não somente para identificar os participantes, mas para facilitar a comunicação entre os mesmos. Em caso de perda ou esquecimento, um novo crachá poderá ser fornecido mediante o pagamento da taxa no valor de R$ 50,00. De acordo com as normas vigentes da Anvisa, as categorias são identificadas conforme as cores abaixo:

Certificados

Certificados de CongressistasSerão entregues na Secretaria do Congresso, no dia 23/08/2013, a partir das 10 horas.Certificado de Palestrantes, Conferencistas e Debatedores.Serão entregues ao final das respectivas sessões.

Certificado de Temas Livres e PôsteresSerá emitido um único certificado no qual constarão os nomes de todos os autores e co-autores dos trabalhos. Os certificados serão entregues após cada apresentaçãopelo coordenador da sessão.

Telefones ÚteisPronto Atendimento SAMU: 192Delegacia do Turista: (85) 3101. 2488Corpo de Bombeiro: (85) 3101. 2211Policia Militar: 190

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Serviços BancáriosNas proximidades do Centro de Eventos do Ceará há caixa 24 horas. Para pagamentos relativos ao Congresso, haverá um guichê localizado junto à Secretaria Executiva do Evento.

TrajesRecomendamos o traje social (esporte fino) para as atividades científicas do Congresso.

Achados e PerdidosFavor notificar Secretaria Executiva do Congresso a ocorrência de achados e perdidos.

Restrições e informações• Os realizadores do congresso não se responsabilizam por qualquer alteração na programação que não dependam do esforço e da atenção dos mesmos.• Não é permitida a entrada de menores de 16 anos, mesmo acompanhados dos pais.• O congresso não oferece assistência médica ou cobertura de seguro.• É proibido fumar nos recintos onde serão realizadas as sessões científicas.• Solicitamos aos participantes que os aparelhos celulares sejam desligados durante as sessões científicas.

Regras das Atividades CientíficasAbertura Diária dos TrabalhosAs atividades deverão começar rigorosamente no horário estabelecido. Cabe aos Presidentes e Moderadores zelar pelo cumprimento dos horários estabelecidos.

Papel dos Componentes da Mesa

Cabe ao presidente / Coordenador da atividade- O cargo de presidente existe apenas nas conferências;- Apresentar os componentes da mesa e o convidado;- Coordenar o bom andamento dos trabalhos;- Estimular o debate, formulando ele próprio questões ao plenário e selecionado questões feitas pela plenária e componente da mesa;- Comentar os resultados apresentados pela sessão.

Cabe ao moderador- Apresentar os palestrantes das atividades;- Controlar o tempo de cada apresentação;- Moderar as discussões entre Apresentadores ou Palestrantes ou Debatedores e entre estes e a plateia. Cabe ao debatedor- Estudar previamente o tema a ser abordado na sessão;- Participar das discussões formulando questões no momento das apresentações, procurando defender o seu ponto de vista.

Cabe ao palestrante- Apresentar o tema a ele indicado, dentro do tempo estipulado;- Participar dos debates, respondendo questões pertinentes ao tema apresentado.Conferências- Atividade com 01 presidente e 01 conferencista, terá o tempo de 30 min para exposição do tema.

INFORMAÇÕES GERAIS

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Sessão mesa redondaCada tema a ser abordado será apresentado em 15 minutos improrrogáveis. O(s) apresentador(es) deverá(ão) utilizar-se de data show. O material audiovisual deverá ser testado com antecedência mínima de duas horas da sua respectiva apresentação, na sala de mídia desk.

ColóquiosO colóquio terá duração de uma hora sem o auxílio de recursos audiovisuais, cujos temas a serem abordados dever ser amplamente debatidos com a platéia. Cada sessão de colóquio contará com a participação de dois coordenadores/moderadores e seis debatedores. Os certificados serão entregues ao final da sessão.

Casos clínicosApresentação de casos clínicos para a discussão com a plateia.

Temas livresCada Tema Livre terá de ser apresentado no prazo máximo de 8 minutos e 5 minutos para discussão com o debatedor e/ou plateia.

Sessão de pôsteresA sessão de pôsteres será na Área de Exposição.Os pôsteres receberão um número identificador que será colocado em cada painel para melhoridentificação. Os pôsteres deverão ser fixados nas datas definidas às 8h e serem retirados às 18h para as apresentações de cada um dos dias. Em caso de não remoção do pôster, a organização do evento não se responsabilizará por perdas e/ou danos causados.Os autores devem estar na sala de exposição, ao lado de seu pôster, nos dias 21 e 22/08 das 16h às 16h30min para o turno da tarde para os debates de seus trabalhos e dia23/08 das 10h10min às 10h30min para o turno da manhã.

INFORMAÇÕES GERAIS

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RELAÇÃO DE EXPOSITORES

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

BIOLAB FARMACÊUTICA BIOTRONIK COMERCIAL MÉDICA BOSTON SCIENTIFIC CARDIOFORELETROMEDCARDIO SISTEMASGERMED PHARMAINSTITUTO DE MEDICINA NUCLEAR LABORATÓRIOS BALDACCI LIVRO NORTE MARCONI VILAÇA MEDICICORSANTÉ HOSPITALARSHOPPING PROHOSPITAL SONIMAGEMST JUDE MEDICAL TORRENT UNIMED DE FORTALEZA

ASTRAZENECA DO BRASILBAYERBIOLAB FARMACÊUTICABIOTRONIK COMERCIAL MÉDICABOSTON SCIENTIFICCARDIOFORDAIICHI - SANKYOELETROMEDCARDIO SISTEMASENDOTECMED GERMED PHARMAGLAXO SMITH KLINEHOSPITAL DE MESSEJANA – DR. CARLOS ALBERTO STUDART GOMESHOSPITAL DO CORAÇÃO DO CARIRIHOSPITAL SÃO CARLOS INSTITUTO DE MEDICINA NUCLEARLABPASTEURLABORATÓRIOS BALDACCILITORMED LIVRO NORTEMARCONI VILAÇA

MEDICICORNOVARTIS BIOCIÊNCIASPFIZERSANOFISANTÉ HOSPITALARSHOPPING PROHOSPITALSONIMAGEMST JUDE MEDICALTORRENTUNICRED FORTALEZAUNIMED DE FORTALEZAVASCULAR MEDICAL

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IV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DEELETROCARDIOGRAFIA E ARRITMIAS CARDÍACAS

SIMPÓSIO INTEGRADO DE ENFERMAGEM,NUTRIÇÃO, FISIOTERAPIA, EDUCAÇÃO FÍSICA,

FARMÁCIA E TERAPIA OCUPACIONAL

PROGRAMAÇÃOCIENTÍFICA

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PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

DIA 21.08.2013 | QUARTA-FEIRA | SALA 01

9h às 9h30min - Abertura

9h às 9h15min - Abertura e Boas Vindas - Antônio Augusto Guimarães Lima 9h15min às 9h30min – Saudação - Eduardo Arrais Rocha9h30 min às 10h - Conferência Magna: “ O Futuro da Cardiologia Intervencionista: das coronárias ao tratamento das doenças cardíacas estruturais”Presidente da Mesa: Antônio Augusto Guimarães LimaConferencista: Alexandre Ferreira (EUA)

10h às 10h30min - INTERVALO

10h30min às 11h – Temas LivresModeradores: Pedro José Negreiros de Andrade e José Clécio Barbosa

11h às 12h – Espaço Sanofi Moderadora: Ana Rosa Pinto Quidute“Potência e Segurança do LYXUMIA (lixisenatida):Estudos Get- Goal” Dra. Adriana Costa e Forti

12h às 13h – Simpósio São Carlos: Implante Valvar Aórtico Transcutâneo: Estado da ArteModeradores: Sandro Salgueiro Rodrigues e Nilson Moura FéConferencista: José Armando Mangiori

14h às 16h - Módulo de Hemodinâmica e Doença da Artéria CoronáriaModeradores: José Armando Mangiori e Rômulo Roncalli Guimarães

14h às 14h30min – Tema Livre14h30min às 14h45min - Intervenção percutânea na doença multiarterial e no tronco: o que já é consenso em 2013? – José Klauber Carneiro 14h45min às 15h – Novos Stents - Jamil Abdalla Saad (MG)15 h às 15h15min - Antiagregantes plaquetários e antitrombínicos: Quem, quando e como usá-los? - Nilson Moura Fé Filho 15h15min às 15h30min – Ultrassonografia Intracoronária versus FFR - João Luiz de Alencar Araripe Falcão15h30min às 16h – Discussão

16h às 16h30min – INTERVALO

16h30min às 18h – Módulo Cirurgia Cardíaca Moderadores: Acrísio Valente e João Marcelo Ancilon Cavalcante de Albuquerque

16h30min às 16h45min - Cirurgia de Revascularização do Miocárdio: Estado da Arte – José Glauco Lobo Filho 16h45min às 17h - Cirurgia no Multiarterial e TCE na Angina Estável: Visão do Cirurgião – Waldemiro Carvalho Júnior

17h15min às 17h30min - Implante valvar aórtico transcateter - Heraldo Lobo Filho17h30min às 17h45min - Cirurgia cardíaca por abordagem vídeo-assistida – Josué Viana de Castro Neto 17h45min às 18h - Discussão

DIA 21.08.2013 | QUARTA-FEIRA | SALA 02

9h às 12h – MiniCursos de Emergências Médicas Moderadores: Marco Antonio Gadelha e José Moraes Tobias

9h às 09h30min - Edema Agudo Pulmonar - Marcelo da Silva Moretto9h30min às 10h - Tromboembolismo Pulmonar – Herbet Almeida Magalhães10h às 10h30min - Síndrome Coronariana Aguda – Onde estamos? - José Ronaldo Mont’Alverne Filho10h30min às 11h - Ecocardiograma na Sala de Emergência – Carlos Belline Gondim Gomes11h às 11h30min - Choque Cardiogênico – Marco Antônio Gadelha11h30min às 12h - Discussão

14h às 18h – Mini Curso de ECG Moderadores - José Gerardo Mont´Alverne Parente e Herbert Almeida Magalhães

14h às 14h30min - ECG Básico e Fundamentos - Almino Cavalcante Rocha Neto14h30min às 15h - ECG na Síndrome Coronariana Aguda – Francisco Carleial Feijó de Sá 15h ás 15h30min - ECG nas Doenças Sistêmicas: Ieda Prata Costa15h30min às 16h - ECG nas Canalopatias - Evilásio Leobino da Silva Júnior16h às 16h30min - ECG nas Bradiarritmias - Antônio Thomáz de Andrade 16h30min às 17h - ECG nas Taquiarritmias de QRS Estreito - Arnóbio Dias17h às 17h30min - ECG nas Taquiarritmias de QRS Largo - Ronaldo Vasconcelos Távora17h30min às 18h - Discussão

DIA 22.08.2013 | QUINTA-FEIRA | SALA 01

8h às 9h30min – Módulo: Cardiologia da Mulher Moderador: José Nogueira Paes Júnior e Regina Coeli Marques de Carvalho

8h às 8h15min - A Síndrome Coronariana Aguda na Mulher: Especificações de Gênero - José Klauber Roger Carneiro8h15min às 8h30min - Fatores de Risco na Doença Ateromatosa da Mulher – Ana Aécia Alexandrino de Oliveira

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DIA 23.08.2013 | SEXTA-FEIRA | SALA 02

8h às 11h30min - Curso ACLS – Sandra Nívea Falcão

11h30min às 12h - ASSEMBLÉIA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - CE

14h às 16h – Gincana entre as Ligas do Coração

DIA 23.08.2013 | SEXTA-FEIRA | SALA 01

8h às 9h– Módulo I - Hipertensão resistente: O que temos de atual no I Posicionamento Brasileiro.Coordenadora: Ana Lúcia de Sá Leitão Ramos e Rochelle Pinheiro Ribeiro

8h às 8h15min - Definição, Prevalência e Diagnóstico - Ana Lúcia de Sá Leitão Ramos 8h15min às 8h30min - Causas secundárias de HÁ - Marcus Vinícius Bolivar Malachias (MG)8h30min às 8h45min - Estratégias terapêuticas -?8h45min às 9h- Denervação Simpática Renal - Almino Cavalcante Rocha Neto

9h às 10h - Módulo II - Hipertensão e Hipertrofia Ventricular

9h às 9h15 - Campanha Eu sou 12 por 8: a importância de um controle melhor - Marcus Vinícius Bolivar Malachias9h15min às 9h30min - Hipertrofia ventricular esquerda: O caminho para a ICC?9h30min às 10h - Discussão

10h às 10h30min - INTERVALO

10h30min às 11h - Controvérsias na Conduta Cardiológica: Agonista vs AntagonistaModeradores: Ana Aécia Alexandrino e Cezário Antônio Martins Gomes

10h30min às 10h40min - Marcadores Biológicos de Aterosclerose Definem Conduta - Agonista - Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho10h40min às 10h50min – Antagonista - Angelo Roncalli Ramalho Sampaio10h50min às 11h - Discussão

11h às 11h30min - Ecocardiograma Define Conduta em Doença Coronária11h às 11h10min - Agonista: José Sebastião Abreu11h10min às 11h20min - Antagonista Sandra Nívea Falcão11h20min às 11h30min - Discussão

11h30min às 12h – Homenagem Francisco Paiva

11h30min às 11h45min - Exposição José Eldon Barros de Alencar: Ao Mestre com Carinho

8h30min às 8h45min - Fibrilação Atrial na Mulher – Marcelo de Paulo Martins Monteiro8h45min às 9h - Infarto do Miocardio na Gravidez – Regina Coeli Marques de Carvalho9h às 9h30min - Discussão

9h30min às 10h – INTERVALO

10h às 11h– Temas Livres Moderadores: Ricardo Silveira e Cláudia Câncio Torres de Melo

11h às 12h - Simpósio GSK Uma nova abordagem no tratamento das Síndromes Coronarianas Agudas. Roberto Rocha Geraldez (SP)

12h às 13h – SIMPÓSIO DAIICHI - SANKYO - “Messejana 80 anos”Síndrome Coronarianas Agudas (SCA) Presidente - Frederico Augusto de Lima e Silva 1- Conduta nas SCA na sala de emergência - Wellington Silva 2- A Importância Do Ecg Na Tomada De Decisão Em Pacientes Com SCA - Raimundo Barbosa 3- Estado atual das intervenções percutâneas na SCA - Expedito Ribeiro 4- Quando operar nas SCA - Roberto Lobo

14h às 15h30min – Simpósio DEIC /Hospital de Messejana - Abordagem Contemporânea da Insuficiência CardíacaModeradores - Lúcia de Sousa Belém e Glauber Jean de Vasconcelos

14h às 14h15min - Do sal ao fármaco – José Albuquerque de Figueiredo Neto14h15min às 14h30min - Do fármaco à assistência circulatória mecânica - Juliana Rolim Fernandes 14h30min às 14h45min - Da assistência circulatória mecânica ao transplante - Juan Alberto Cosquilo Mejia

14h45min às 15h - E o transplante ? Qual o momento ideal da indicação?João David de Souza Neto 15h às 15h30 min - Discussão

15h30min às 16h - Temas LivresModeradores: Márcio Alves Landim e Rochelle Pinheiro Ribeiro

16h às 16h30min - INTERVALO

16h30min às 18h - Temas Livres Moderadores: Ronaldo Mont´Alverne Filho e Maria Cláudia Azevedo Leitão

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11h45min às 12h – Exposição Célia Maria Félix Cirino: O que aprendi com ele12h - Entrega da Placa de Homenagem

14h às 15h - Simpósio Novartis

14h às 14h20min - Variabilidade Glicêmica no Diabetes Mellitus tipo 2 - Rodrigo de Oliveira Moreira14h20min às 14h40min - Estresse Oxidativo, Inflamação e Doença Cardiovascular - Ricardo Pereira Silva14h40min às 15h - Discussão15h às 16h - Roda Viva: Perguntas Interativas da PlatéiaModeradores: Antônio Augusto Guimarães Lima e Angelo

Roncalli Ramalho Sampaio

Participantes: Alexandre Ferreira (EUA), Gilson Feitosa Filho (BA), Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho

16h às 17h – Premiação dos Temas-Livres & Pôsteres – Sorteio dos Prêmios17h às 18h – Peça Teatral – “Doutor” - Como enlouquecer o médico em um dia. Atores: Rosane Gofman e Yuri Gofman

18h – Coquetel de Encerramento

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

IV Simpósio Internacional de Eletrocardiografia e Arritmias Cardíacas

DIA 22.08.2013 | QUINTA-FEIRA | SALA 2

8h30min às 9h - Conferência de Abertura - O Valor do ECG no Século XXI.Presidente: Raimundo Barbosa BarrosConferencista: Andrés Ricardo Pérez-Riera (SP)

9h às 10h - Simpósio Satélite Master Bayer - Fibrilação Atrial e AnticoagulaçãoCoordenador(es): Almino Cavalcante Rocha Neto, Ricardo Martins Freitas, Carla Sanford Rangel Xerez LeobinoConferencista: Francisco Darrieux (SP)Discussão

10h às 10h30min – INTERVALO

10h30min às 12h30min - Mesa RedondaCoordenador(es): Roberto Lima Farias, Vera Marques, Tomás Negreiros

10h30min às 10h50min - Diagnóstico Eletrocardiográfico das Extra-sístoles e Taquicardias Ventriculares de Via de Saída - Pablo Chiale (ARG)10h50min às 11h10min - Pode a Geometria Anatômica da Via de Saída do VD Explicar seu Amplo Potencial Arritmogênico? Almino Cavalcante Rocha Neto11h10min às 11h30min - Síndrome de Brugada. Evidências Atuais - Marcelo V. Elizari (ARG)11h30min às 11h50min - Parâmetros Eletrocardiográficos para indicação de Ressincronizador e/ou Desfibrilador - Andrés Ricardo Pérez-Riera (SP)11h50min às 12h10min - Validando um novo critério para diagnóstico de Taquicardias com QRS largo. Comparação com os Critérios atuais Francisco Rodrigues Santos Neto12h10 min às 12h30min – Discussão

12h30min às 14h – INTERVALO

14h às 15h30min - Mesa Redonda Coordenador(es) - Stela Maria Vitorino Sampaio, Ronaldo Vasconcelos Távora, Ieda Prata Costa

14h às 14h20min - Drogas Anti-arrítmicas. Amiodarona é a melhor droga? - Marcelo V. Elizari (ARG)14h20min às 14h40min - O efeito da Memória Cardíaca nas alterações Eletrocardiográficas e suas Implicações Clínicas - Pablo Chiale (ARG)14h40min às 15h - Ressincronização Cardíaca . Como definir Resposta? - Eduardo Arrais Rocha15h às 15h20min – Abordagem atual das Síncopes recorrentes inexplicadas - Francisco Darrieux (SP)15h20min às 15h30min - Discussão

15h30min às 16h - INTERVALO

16h às 18h - Mesa Redonda e Discussão de Traçados Eletrocardiográficos e condutasCoordenador(es) - Evilásio Leobino da Silva Júnior, Marcelo de Paula Martins Monteiro, Arnóbio Pontes

16h às 16h20min - Doença de Chagas e Morte Súbita Novas Evidências? - Francisca Tatiana Moreira Pereira 16h20min às 18h - Discussão de Traçados Eletrocardiográficos e condutas diagnósticas e terapêuticas frente ao ECG

Debatedor(es): Marcelo V. Elizari (ARG) e Pablo Chiale (ARG)Isnard Lúcio M. Nascimento, Astrid Rocha Meireles Santos, Evilásio Leobino da Silva Júnior, Carla Sanford Rangel Xerez Leobino, Ieda Prata Costa, Ronaldo Vasconcelos Távora, Stela Maria Vitorino Sampaio, Roberto Lima Farias, Arnóbio Dias, Ricardo Martins Freitas, Almino Cavalcante Rocha Neto, Tomás Negreiros

Apresentador 1 - Raimundo Barbosa Barros Apresentador 2 - Andrés Pérez-Riera

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Simpósio Integrado de Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Educação Física, Farmácia e Terapia Ocupacional

mercado de trabalho e remuneração Moderadores: SELDA CARVALHO, Mylza Rosado, Celiane Muniz

16h40min às 17h - Visão da enfermagemEnfermeria Celiane Muniz17h às 17h20min - Visão do FisioterapeutaFisioterapeuta Ana Cristhina de Oliveira Brasil de Araújo17h20min às 17h40min - Visão do Educador FísicoEducador Físico João Airton de Matos Pontes17h40min às 18h - Visão do NutricionistaNutricionista Fátima Antunes 18h às 18h20min – Discussão

DIA 23.08.2013 | SEXTA-FEIRA | SALA 3

8h às 10h30min – Módulo IV – Atenção ao idoso e aos doentes crônicos Moderadores: João Bastos, Ítalo Martins, Eduardo Gurgel

8h às 8h20min - A terapia ocupacional pode interferir na evolução do idoso?Terapeuta ocupacional Mary Helena8h20min às 8h40min - Avanços na Estomaterapia.Enfermeira Aurilene Lima8h40min às 9h - Riscos e benefícios da polifarmácia no idoso. Cuidados que devemos ter.Geriatra João Bastos9h às 9h20min - Impacto da reabilitação cardíaca na morbimortalidade cardiovascular.Cardiologista Gustavo Veras9h20min às 9h40min - Exercícios para todos os idosos? Como e Quais?Fisioterapeuta Germana Mesquita9h40min às 10h – Discussão

10h às 10h30min - INTERVALO

10h30min às 12h30min – Módulo V – Atleta, maratonas e exercício Coordenadores: Andréa Brayde, Rossman Cavalcante, Marcos Maia

10h30min às 10h50min - Maratona- Riscos e benefícios.Educador físico Rossman Cavalcante10h50min às 11h10min - Suporte nutricional para Atletas.Nutricionista Helena Ximenes11h10min às 11h30min - Equipes de Reanimação Cardíaca. Papel, atuação e frequência de eventos entre competidores. - Marcos Maia11h30min às 11h50min - Qual a visão do fisioterapeuta dos exercícios de alta intensidade?Fisioterapeuta Andrea Brayde11h50min às 12h30min - Discussão

SALA 3 17h às 18h – Peça Teatral – “Doutor” : Como enlouquecer o médico em um dia. Atores globais: Rosane Gofman e Yuri Gofman

COQUETEL DE ENCERRAMENTO

18h - Encerramento

DIA 22.08.13 | QUINTA-FEIRA | SALA 3

8h30min às 12h - Módulo I – Obesidade, Alimentação Saudável, Fatores de RiscoCoordenadores: Helena Ximenes, Adriano Loureiro, Celiane Muniz

8h30min às 8h50min – Gorduras Saturadas e Trans, adoçantes, ovos, produtos industrializados, carne suína, chocolate: Vilões ou heróis? – Nutricionista Eudóxia Sousa de Alencar8h50min às 9h10min – Farmacologia para Obesidade – Riscos e benefícios.Endocrinologista Virgínia Fernandes9h10min às 9h30min – Prescrição adequada de exercícios para o obeso.Educador Físico Adriano Loureiro9h30min às 9h50min - Suplementos e Vitamínicos. Verdades e Mitos.Nutrologista Henrique Maia9h50min às 10h10min – Discussão

10h10min às 10h40min - INTERVALO

Módulo I - Continuação

10h40min às 11h - Como a enfermagem pode e deve atuar no controle dos fatores de risco e obesidade.Enfermeira Celina Saraiva11h às 11h20min - Segurança do Paciente. Qual meu papel?Farmacêutica Eugenie Desireé Neri11h20min às 11h40min - Fisioterapia e cuidados no paciente após a cirurgia bariátrica.Fisioterapeuta Dayse Helena Diniz Meireles11h40min às 12h - DISCUSSÃO

13h30min às 18h - Módulo II - Assistência ao Cardiopata Grave, Terapia Intensiva e Serviço de HemodinâmicaCoordenadores: Cheila Lopes, Socorro Quintino, Celina Saraiva

13h30min às 13h50min - Qualidade, segurança e eficiência na sala de Hemodinâmica - Enfermeira Erika Gondim13h50min às 14h10min - Avanços da fisioterapia na abordagem do paciente grave - Fisioterapeuta Socorro Quintino 14h10min às 14h30min - Como prescrever exercícios para o cardiopata grave estável - Educador físico Rossman Cavalcante14h30min às 14h50min - Como o médico pode e deve interagir com os demais profissionais nas unidades de terapia intensiva.14h50min às 15h10min - Ventilação mecânica – Papel e atuação da equipe de fisioterapia - Fisioterapeuta Daniela Gardano 15h10min às 15h30min - Suporte nutricional para pacientes em terapia intensiva - Nutricionista Fátima Antunes15h30min às 16h10min – Discussão

16h10min às 16h40min - INTERVALO

16h40min às 18h – Módulo III – Ensino, profissionalização,

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TEMAS LIVRESORAIS

ETEMAS LIVRESEM PÔSTERES

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RELAÇÃO DE TEMAS LIVRES ORAIS

TL01

TL02

TL03

TL04

TL05

TL06

TL07

TL08

Nº TRABALHO AUTOR INSTITUIÇÃO

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO DIASTÓLICA EM PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM FILA DE TRANSPLANTE RENAL, PELO (ECOCARDIOGRAMA), ATRAVÉS DO ÍNDICE VOLUMÉTRICO DO ÁTRIO ESQUERDO

SEGURANÇA E EFICÁCIA DA ABLAÇÃO DE ARRITMIAS VENTRICULARES NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA

SEGUIMENTO DOS PORTADORES DE CARDIOPATIA CHAGÁSICA COM DESFIBRILADOR CARDÍACO: HÁ DIFERENÇA EM RELAÇÃO AOS PACIENTES COM CARDIOPATIA ISQUÊMICA ?

INCIDÊNCIA DE CHOQUES APROPRIADOS NOS PORTADORES DE CARDIOPATIA CHAGÁSICA CRÔNICA (CCC) COM CARDIODESFIBRILADOR IMPLANTÁVEL(CDI). FATORES PREDITIVOS.

SURPREENDENTES ALTERAÇÕES DA REPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR NO ATLETA: PSEUDO-BENIGNIDADE OU PSEUDO-RISCO?

CIRURGIA CARDÍACA MINIMAMENTE INVASIVA NO CARIRI - EXPERIÊNCIA INICIAL

RESERVA DE VELOCIDADE DE FLUXO CORONARIANO DURANTE O ECOCARDIOGRAMA SOB ESTRESSE COM DOBUTAMINA. OBTENÇÃO DE UM VALOR ADEQUADO E A FREQUÊNCIA CARDÍACA CORRELATA

PARÂMETROS RELEVANTES NA VERIFICAÇÃO DA RESERVA DE VELOCIDADE DE FLUXO CORONARIANO DURANTE O ECOCARDIOGRAMA SOB ESTRESSE COM DOBUTAMINA

JOSE M B MORAIS, TEREZA C P DIOGENES, JOSUÉ V C NETO E JOSE NOGUEIRA PAES JUNIOR

IEDA PRATA COSTA, ALINE BRASIL ARANHA, NATALIA SOARES DE MENEZES, GUSTAVO NEY DE MORAIS GOUVEIA, FRANCISCO FARIAS MONTEIRO JUNIOR, KLEBIA CASTELO BRANCO E EVILASIO LEOBINO DA SILVA JUNIOR

FRANCISCA TATIANA MOREIRA PEREIRA, EDUARDO ARRAIS ROCHA, ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO, ROBERTO LIMA FARIAS, MARCELO DE PAULA MARTINS MONTEIRO, CARLOS ROBERTO MARTINS R. SOBRINHO E ROBERTO DA JUSTA PIRES NETO

FRANCISCA TATIANA MOREIRA PEREIRA, EDUARDO ARRAIS ROCHA, ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO, MARCELO DE PAULA MARTINS MONTEIRO, ROBERTO LIMA FARIAS, CARLOS ROBERTO MARTINS R. SOBRINHO E ROBERTO DA JUSTA PIRES NETO

ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO, ALEXANDRE HOLANDA SABINO E JULIANA VIEIRA ROCHA

ANDREZA SERVULA PEREIRA DA SILVA, JULIANA BEZERRA FERREIRA E SILVA, LARISSA HALLEY SOARES SA, ANTONIO LINHARES PONTES FILHO, FRANCISCA PRISCILA SAMPAIO CRUZ, MARTA LIGIA COELHO DA COSTA E SAMUEL SOARES EDUARDO

PEDRO S G NETO, JOSE S ABREU, TEREZA C P DIOGENES, NAYARA L PIMENTEL, JORDANA M SIQUEIRA E JOSE NOGUEIRA PAES J

JORDANA M SIQUEIRA, JOSE S ABREU, TEREZA C P DIOGENES, NAYARA L PIMENTEL, PEDRO S G NETO E JOSE NOGUEIRA PAES JUNIOR

PRONTOCÁRDIO, FORTALEZA, CE, BRASIL - CLINICÁRDIO, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DO CORAÇÃO DE MESSEJANA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

CLÍNICA DE FIBRILAÇÃO ATRIAL , FORTALEZA, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

FACULDADE DE MEDICINA ESTÁCIO DE JUAZEIRO DO NORTE, JUAZEIRO DO NORTE, CE, BRASIL - HOSPITAL DO CORAÇÃO DO CARIRI, BARBALHA, CE, BRASIL.

PRONTOCÁRDIO, FORTALEZA, CE, BRASIL - CLINICÁRDIO, FORTALEZA, , BRASIL.

PRONTOCÁRDIO, FORTALEZA, CE, BRASIL - CLINICÁRDIO, FORTALEZA, CE, BRASIL.

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TL09

TL10

TL11

TL12

TL13

TL14

TL15

TL16

Nº TRABALHO AUTOR INSTITUIÇÃO

IMPLANTE VALVAR AÓRTICO POR VIA TRANSAPICAL: RELATO DE CINCO CASOS OPERADOS CONSECUTIVAMENTE

TENDÊNCIAS DO EMPREGO DE ULTRASSOM INTRACORONÁRIO COMO MÉTODO AUXILIAR NA CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA EM HOSPITAL PARTICULAR EM FORTALEZA

PREDITORES DE MORTALIDADE NOS PORTADORES DE CARDIOPATIA CHAGÁSICA CRÔNICA(CCC) E CARDIODESFIBRILADOR IMPLANTÁVEL(CDI).

REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO COM ENXERTO ARTERIAL MÚLTIPLO

TAQUICARDIA VENTRICULAR INCESSANTE: APRESENTAÇÃO RARA DE TUMOR CARDÍACO NA INFÂNCIA

ANEURISMA NO SEIO DE VALSAVA COM FÍSTULA PARA O ÁTRIO DIREITO

COMPLICAÇÃO TARDIA DE PERICARDITE CONSTRITIVA POR TUBERCULOSE: RELATO DE CASO

TAQUICARDIA VENTRICULAR POR REENTRADA RAMO-A-RAMO: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA

HERALDO GUEDIS LOBO FILHO, JOSÉ HONORIO PALMA DA FONSECA, DIEGO GAIA, FERNANDO SOARES DE MEDEIROS, HERBET ALMEIDA MAGALHÃES, ELCIAS CAMURCA JUNIOR E JOSE GLAUCO LOBO FILHO

JOAO LUIZ DE A.A. FALCAO, FCO CLAUDIO COUTO FALCÃO, JOSE RONALDO MONT ALVERNE FILHO, SANDRA NÍVEA DOS REIS SARAIVA FALCÃO, LORENA CHERIDA ALVES VIDAL, MATEUS MACHADO BASTOS, MATEUS PAIVA MARQUES FEITOSA, LIVIA CAVALCANTE DA COSTA E CHRISTIANE LUCK MACIEIRA

FRANCISCA TATIANA MOREIRA PEREIRA, EDUARDO ARRAIS ROCHA, ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO, ROBERTO LIMA FARIAS, CARLOS ROBERTO MARTINS R. SOBRINHO E ROBERTO DA JUSTA PIRES NETO

ANDREZA SERVULA PEREIRA DA SILVA, GLENDA SILVEIRA DE OLIVEIRA, TERESA QUEIROZ BALBINO, VIVIANE LEANDRO DE ALMEIDA, JESSICA COSME DA SILVA, ITALO CORDEIRO MOREIRA E SAMUEL SOARES EDUARDO

IEDA PRATA COSTA, MARILHA RAMALHO, MYLENE ARRAIS DOS SANTOS, KLEBIA CASTELO BRANCO, CAMILA PINTO CAVALCANTE, ISABEL CRISTINA LEITE MAIA E VALDESTER CAVALCANTE PINTO JUNIOR

SARA RABELO JOCA, LUCIANA SANTOS OLIVEIRA, JOSE ELDON BARROS DE ALENCAR E CARLOS JOSÉ MOTA DE LIMA

JÉSSICA SANTOS CUNHA, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, JOSÉ ANTONIO DE LIMA NETO, JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, JANAÍNA TEIXEIRA PEREIRA CARNEIRO TAPETI, ANDERSON NUNES CASSIANO, SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA, VANESSA DANTAS RIBEIRO E CAMILA LOPES DO AMARAL

ULYSSES VIEIRA CABRAL, DEBORAH CABRAL LIMA, RAIMUNDO BARBOSA BARROS, FRANCISCO DANIEL DE SOUSA E RICARDO MARTINS FREITAS

HOSPITAL REGIONAL DA UNIMED, FORTALEZA, CE, BRASIL - SERVIÇO DE CIURGIA CARDIOVASCULAR PROF. DR. GLAUCO LOBO, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL SÃO MATEUS, FORTALEZA, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

FACULDADE DE MEDICINA ESTÁCIO DE JUAZEIRO DO NORTE, JUAZEIRO DO NORTE, CE, BRASIL - HOSPITAL DO CORAÇÃO DO CARIRI, BARBALHA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DE MESSEJANA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DE MESSEJANA - DR. CARLOS ALBERTO STUDART GOMES, FORTALEZA, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR), FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DO CORAÇÃO PE. JOSÉ LINHARES PONTE, SOBRAL, CE, BRASIL - LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA DE SOBRAL, SOBRAL, CE, BRASIL.

HOSPITAL DE MESSEJANA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

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TL01 - Avaliação da função diastólica em pacientes portadores de insuficiência renal crônica em fila de transplante renal, pelo (ecocardiograma), através do índice volumétrico do átrio esquerdo

JOSE M B MORAIS, TEREZA C P DIOGENES, JOSUÉ V C NETO e JOSE NOGUEIRA PAES JUNIOR

Prontocárdio, Fortaleza, CE, BRASIL - Clinicárdio, Fortaleza, CE, BRASIL.Fundamentos: A função renal é um marcador independente do risco cardiovascular. A função diastólica (FD) é importante marcador nas doenças cardíacas. A FD está para o átrio esquerdo, como a função sistólica está para o ventrículo esquerdo.Métodos: Estudamos de maneira prospectiva e consecutiva 160 pacientes portadores de insuficiência renal crônica (IRC), em hemodiálise, que aguardavam um transplante renal (TXR). Com idade media de 49+/-10; sendo 95(59%) do sexo masculino; 70(40,63%) eram do sexo feminino. Todos foram submetidos a eco antes e após do TXR. Utilizamos como indicador da FD o índice volumétrico do átrio esquerdo (IVAE), cujo ponto de corte foi 28mm/m2. Os pacientes foram analisados de acordo com a patologia ou patologias básicas.Grupo A: Pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS)70%;Grupo B: Pacientes portadores de HAS e diabetes mellitus (DM)20%;Grupo C: Pacientes sem DM e sem HAS(10%).O eco foi realizado em repouso e utilizamos a técnica de Simpson.Resultados:

Conclusões:< ol> • A IRC por si só compromete a FD. • HAS e DM são os marcadores maiores para a doença cardiovascular. • Podemos pelos resultados deste trabalho mostrar que o TXR melhora a FD de pacientes com IRC, baseados no IVAE por ser um índice que independe da idade e nos dar informações quantitativas.

TL02 - Segurança e eficácia da ablação de arritmias ventriculares na população pediátrica

IEDA PRATA COSTA, ALINE BRASIL ARANHA, NATALIA SOARES DE MENEZES, GUSTAVO NEY DE MORAIS GOUVEIA, FRANCISCO FARIAS MONTEIRO JUNIOR, KLEBIA CASTELO BRANCO e EVILASIO LEOBINO DA SILVA JUNIOR

Hospital do Coração de Messejana, Fortaleza, CE, BRASIL. Fundamento: As arritmias ventriculares são raras na população pediátrica, e podem estar associadas a importante morbidade. A ablação por cateter proporciona um tratamento curativo nessa faixa etária.Delineamento: Trata-se de um estudo retrospectivo observacional.Objetivo: principal - Avaliar a eficácia do tratamento ablativo das arritmias ventriculares em pacientes (pt) pediátricos; secundário - Definir a taxa de complicações das ablações das arritmias ventriculares.Material e Métodos: Trata-se de uma população de oito pt com faixa etária média de 13,25 anos (9 a 17 anos), com 50% do sexo feminino. As patologias eram: 37,5% de extrassístole ventricular, 50% TV fascicular, e 12,5% TV catecolaminérgica.Resultados: Os sintomas de apresentação foram: dor no peito (25%), síncope (25%), pré-síncope (12,5%), palpitação (62,5%) e insuficiência cardíaca (25%). O ecocardiograma demonstrava uma fração de ejeção média de 58,2% (25 a 70%). As medicações utilizadas antes da ablação foram: amiodarona (25%), propranolol (37,5%), metoprolol (12,5%) e sem medicação (25%). Destes, sete pacientes

foram submetidos à ablação, sendo que dois pacientes submeteram-se à ablação com mapeamento eletro-anatômico. A taxa de sucesso no primeiro procedimento foi de 57,2%, e 3 pacientes submeteram-se a um segundo procedimento com taxa de sucesso de 100%. Nenhum paciente apresentou complicações secundárias à ablação. Após um tempo médio de 10, 8 meses (de 1 a 26 meses), os pacientes apresentam-se assintomáticos, sem medicação anti-arrítmica e as duas pacientes que apresentavam disfunção ventricular normalizaram a fração de ejeção (média de 69,5%).Conclusão: A ablação de arritmias ventriculares na população pediátrica é um método seguro e eficaz para o tratamento dessas arritmias, e em alguns casos pode ser capaz de reverter a disfunção ventricular secundária a taquicardiomiopatia.

TL03 - SEGUIMENTO DOS PORTADORES DE CARDIOPATIA CHAGÁSICA COM DESFIBRILADOR CARDÍACO: HÁ DIFERENÇA EM RELAÇÃO AOS PACIENTES COM CARDIOPATIA ISQUÊMICA?

FRANCISCA TATIANA MOREIRA PEREIRA, EDUARDO ARRAIS ROCHA, ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO, ROBERTO LIMA FARIAS, MARCELO DE PAULA MARTINS MONTEIRO, CARLOS ROBERTO MARTINS R. SOBRINHO e ROBERTO DA JUSTA PIRES NETO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

OBJETIVO:COMPARAR A EVOLUÇÃO PÓS-IMPLANTE DO DESFIBRILADOR CARDÍACO( CDI) EM PACIENTES COM CARDIOPATIA CHAGÁSICA CRÔNICA(CCC) E CARDIOPATIA ISQUÊMICA(CI)MÉTODOS :TRATA-SE DE UM ESTUDO RETROSPECTIVO DE UMA POPULAÇÃO DE 153 PACIENTES PORTADORES DE CDI , SENDO QUE 65 PACIENTES COM CCC E 88 COM CI. ESSES DISPOSITIVOS FORAM IMPLANTADOS ENTRE 01/ 2000 À 11/2011. PARA A ANÁLISE ESTATÍSTICA FORAM UTILIZADOS TESTE DE FISHER , TESTE DO QUI-QUADRADO, KRUSKALL-WALLIS E O t DE STUDENT .UTILIZOU-SE TAMBÉM A REGRESSÃO DE COX.AS CURVAS DE SOBREVIDAS FORAM REALIZADAS UTILIZANDO-SE O MÉTODO DE KAPLAN-MEIER E A TAXA DE SOBREVIDA LIVRE DE EVENTOS E DE MORTALIDADE FORAM COMPARADAS POR MEIO DO TESTE DE LOG-RANK. O NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICA FOI ESTABELECIDO EM 5%.RESULTADOS:EM RELAÇÃO AS CARACTERÍSTICAS DOS DOIS GRUPOS, ELES FORAM SIMILARES NA PREDOMINÂNCIA DO SEXO MASCULINO, CLASSE FUNCIONAL(II e III) , NA FRAÇÃO DE EJEÇÃO(COMPROMETIMENTO MODERADO A SEVERO).OS PACIENTES ISQUÊMICOS SÃO EM MÉDIA 10 ANOS MAIS VELHOS QUE OS PACIENTES CHAGÁSICOS(p<0.001).NÃO HOUVE DIFERENÇA NA MEDIANA DO TEMPO DE SEGUIMENTO DOS DOIS GRUPOS.OS PACIENTES CHAGÁSICOS APRESENTAVAM ESCOLARIDADE E RENDA MENSAL MAIS BAIXA DO QUE O PACIENTE ISQUÊMICOS(p<0.001).FOI DEMONSTRADO QUE É 3,2 VEZES MAIOR O NÚMERO DE CHOQUES APROPRIADOS NOS PACIENTES COM CCC DO QUE NOS COM CI(p=0,002 IC 95% 1,5 - 6,9). A TAXA DE MORTALIDADE ANUAL NOS DOIS GRUPOS FORAM SIMILARES(6,1% CCC e 6,9% NA CI) ,ASSIM COMO A INCIDÊNCIA DE TEMPESTADE ARRITMICA(12,7% CCC e 6,0% CI).NÃO HOUVE DIFERENÇA ESTATISTICAMENTE SIGNIFICATIVA NO TEMPO DE SOBREVIDA ENTRE OS DOIS GRUPOS(p=0,720).EM RELAÇÃO AO TEMPO ENTRE O IMPLANTE E O PRIMEIRO CHOQUE APROPRIADO OBSERVOU-SE QUE NÃO HOUVE DIFERENÇA SIGNIFICATIVA ENTRE OS DOIS GRUPOS.CONCLUSÃO: A CCC TRIPLICA O RISCO DE RECEBER CHOQUES APROPRIADOS EM RELAÇÃO AOS COM CI, DEMOSTRANDO ASSIM MAIOR COMPLEXIDADE DAS ARRITMIAS NOS PACIENTES CHAGÁSICOS.

TL04 - INCIDÊNCIA DE CHOQUES APROPRIADOS NOS PORTADORES DE CARDIOPATIA CHAGÁSICA CRÔNICA (CCC) COM CARDIODESFIBRILADOR IMPLANTÁVEL(CDI). FATORES PREDITIVOS.

FRANCISCA TATIANA MOREIRA PEREIRA, EDUARDO ARRAIS ROCHA, ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO, MARCELO DE PAULA MARTINS

RESUMO DE TEMAS LIVRES ORAIS

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MONTEIRO, ROBERTO LIMA FARIAS, CARLOS ROBERTO MARTINS R. SOBRINHO e ROBERTO DA JUSTA PIRES NETO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

OBJETIVOS: AVALIAR À INCIDÊNCIA DE CHOQUES APROPRIADOS NOS PORTADORES DE CCC COM CDI E SEUS FATORES PREDITIVOS.METODOLOGIA:É UM ESTUDO RESTROSPECTIVO DE UMA POPULAÇÃO DE 300 PACIENTES PORTADORES DE CDI , SENDO QUE 65 PACIENTES APRESENTAVAM CCC. ESSES DISPOSITIVOS FORAM IMPLANTADOS ENTRE JANEIRO DE 2000 A NOVEMBRO DE 2011. PARA A ANÁLISE ESTATÍSTICA FORAM UTILIZADOS TESTE DE FISHER , TESTE DO QUI-QUADRADO E O t DE STUDENT .UTILIZOU-SE TAMBÉM A REGRESSÃO DE COX. O NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICA FOI ESTABELECIDO EM 5%.RESULTADOS:DOS 65 PACIENTES, 44 ERAM HOMENS, A MEDIANA DA IDADE FOI DE 54 ANOS E A MEDIANA DO TEMPO DE SEGUIMENTO FOI DE 35 MESES. A MAIORIA ( 73% )APRESENTAM BAIXA ESCOLARIDADE(< QUE O PRIMEIRO GRAU) E VIVIAM EM ZONA RURAL(70%). A PREVENÇÃO SECUNDÁRIA FOI RESPONSÁVEL POR 78,5% DOS IMPLANTES. A INCIDÊNCIA DE CHOQUES APROPRIADOS E TEMPESTADE ARRITMICA FOI DE 34,9% E 12%, RESPECTIVAMENTE. CINQUENTA POR CENTO DOS PACIENTES APRESENTAVAM FRAÇÃO DE EJEÇÃO(FE) COM COMPROMETIMENTO SEVERO E A CLASSE FUNCIONAL PREDOMINANTE FOI A II(NYHA).O USO DE B-BLOQUEADOR ASSOCIADO A AMIODARONA ESTEVE PRESENTE EM 69,8% DOS PACIENTES. A TAXA DE MORTALIDADE ANUAL FOI DE 6,1%. A CLASSE FUNCIONAL(P =0,3) , FE(P=0,66) , TIPO DE PREVENÇÃO(P=0.07)E USO DE B-BLOQUEADOR ASSOCIADO A AMIODARONA(P=0,08) QUANDO ANALISADOS NÃO DEMONSTRARAM SEREM FATORES PREDITIVOS PARA A INCIDÊNCIA DE CHOQUES APROPRIADOS.CONCLUSÃO: APESAR DA TAXA DE CHOQUES APROPRIADOS ELEVADA A MORTALIDADE ANUAL FOI BAIXA. NÃO IDENTIFICAMOS FATORES PREDITORES PARA CHOQUES APROPRIADOS. O TRATAMENTO DA CCC CONTINUA SENDO UM DESAFIO. TL05 - Surpreendentes Alterações da Repolarização Ventricular no Atleta: Pseudo-Benignidade ou Pseudo-Risco?

ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO, ALEXANDRE HOLANDA SABINO e JULIANA VIEIRA ROCHA

Clínica de Fibrilação Atrial , Fortaleza, CE, BRASIL - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL.

1.FUNDAMENTO: Recentes publicações questionando a benignidade da repolarização precoce sinalizam o grande potencial de variação e surpresa escondido no “cor de atleta”. 2.OBJETIVO: Análise das alterações da repolarização ventricular (RV) encontradas ao eletrocardiograma (ECG) de repouso de um time de futebol, correlacionando-as com o ecocardiograma, a ergometria e os critérios de risco para Síndrome J. 3.DELINEAMENTO: Estudo de coorte. 4.MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisados o ECG de repouso, o ECG de esforço e o ecocardiograma de 78 atletas masculinos (idade: 24±8 anos) com passagem por um time de futebol local. Ao ECG de repouso, a RV foi analisada por dois observadores cegos e classificada segundo os critérios diagnósticos para repolarização precoce, “plus-minus” e Brugada. As seguintes variáveis de risco para Síndrome J foram estudadas: acometimento da parede inferior, amplitude do supradesnivelamento do ponto J, morfologia horizontal e “notching” do QRS terminal (“onda J”). 5.RESULTADOS: Critérios eletrocardiográficos de sobrecarga ventricular esquerda estiveram presentes em 29 casos (37%) mas apresentaram especificidade de apenas 66% para dilatação e/ou hipertrofia ao ecocardiograma. Padrão “plus-minus” exuberante foi encontrado em 7 indivíduos (9%), contudo não se associou à alteração significativa das medidas do ecocardiograma nem tampouco à demonstração de isquemia ao teste ergométrico. Em todos os casos houve desaparecimento do “plus-minus” durante a fase de esforço. Repolarização precoce ocorreu em 32 atletas (41%), 10 dos quais (13%) com acometimento da parede inferior, sendo de morfologia horizontal em 4 e acima de 1 mm em 3

casos. A onda J esteve presente em 20 indivíduos (25%). A morfologia tipo II de Brugada ocorreu em 2 casos (2,5%). Ao exame clínico, nenhum atleta apresentava antecedente de angina, síncope ou história de morte súbita familiar. 6.CONCLUSÕES: 1) Alterações potencialmente graves da RV mostraram-se relativamente frequentes numa amostra incidental de atletas saudáveis. 2) Estes achados inesperados reforçam a necessidade de correção de sua especificidade para a real prevalência do subgrupo onde estão inseridos.

TL06 - Cirurgia cardíaca minimamente invasiva no Cariri - experiência inicial

ANDREZA SERVULA PEREIRA DA SILVA, JULIANA BEZERRA FERREIRA E SILVA, LARISSA HALLEY SOARES SA, ANTONIO LINHARES PONTES FILHO, FRANCISCA PRISCILA SAMPAIO CRUZ, MARTA LIGIA COELHO DA COSTA e SAMUEL SOARES EDUARDO

Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte, Juazeiro do Norte, CE, BRASIL - Hospital do Coração do Cariri, Barbalha, CE, BRASIL.

Introdução: A cirurgia minimamente invasiva tem como objetivo a máxima preservação da anatomia com a mínima agressão ao organismo, mas suficiente para resolver o problema. Vários são os benefícios: cicatriz cirúrgica reduzida, menos dor pós-operatória, menor taxa de complicações, recuperação mais rápida, alta hospitalar precoce e retorno mais rápido as atividades habituais.Objetivo: Descrever a experiência do serviço de cirurgia cardiovascular em pacientes submetidos a procedimentos minimamente invasivos videoassistidos para correção de comunicação interatrial (CIA) e valvulopatias mitral e aórtica.Material e Métodos: No período de janeiro de 2012 a abril de 2013, 30 pacientes foram submetidos à cirurgia cardíaca minimamente invasiva. Nos pacientes submetidos a troca valvar aórtica o acesso cirúrgico se deu via miniesternotomia em “L” para a direita sempre com canulação arterial na própria aorta e venosa pela veia femoral. Nos demais o acesso foi via minitoracotomia direita submamária ou peri aureolar. Os vasos femorais foram usados tanto para acesso arterial como venoso.Resultados: A idade dos pacientes variou entre 15 e 77 anos (média de 46 anos). 46,2% do sexo masculino e 53,8% do sexo feminino. Realizaram correção de comunicação interatrial (8), troca de valva aórtica (12), troca de valva mitral (8) e plastia mitral (2). A toracotomia variou de 3,5 a 7,0 cm, com bom resultado estético. O tempo médio de circulação extracorpórea foi de 72 minutos nas cirurgias de CIA, 85 minutos nas de valva mitral e 82 minutos nas de valva aórtica. O tempo de internamento variou de 6 a 8 dias. Não houve infecção de ferida operatória e ocorreu um óbito por dissecção de aorta ascendente no 13º dia pós operatório.Conclusão: A cirurgia cardíaca minimamente invasiva tem ganhado espaço nos serviços de cirurgia cardiovascular em todo o mundo. O Brasil acompanha esta evolução de perto. A nossa experiência mostra que é viável a implementação do método fora dos grandes centros médicos do país, proporcionando bons resultados e os benefícios próprios do método.

TL07 - Reserva de velocidade de fluxo coronariano durante o ecocardiograma sob estresse com dobutamina. Obtenção de um valor adequado e a frequência cardíaca correlata

PEDRO S G NETO, JOSE S ABREU, TEREZA C P DIOGENES, NAYARA L PIMENTEL, JORDANA M SIQUEIRA e JOSE NOGUEIRA PAES J

Prontocárdio, Fortaleza, CE, BRASIL - Clinicárdio, Fortaleza, , BRASIL.Objetivo: Registrar o Doppler da artéria descendente anterior(ADA) em repouso e durante o EED, verificando a ocorrência de uma reserva de velocidade de fluxo coronariano(RVFC) adequada (≥2) e a frequência cardíaca (FC) correlata.Delineamento: Estudo prospectivo.Métodos: Foram avaliados 100 pacientes com coronariopatia conhecida ou provável encaminhados ao EED e orientados a suspender o β-bloqueador 72hs antes do exame. No EED concluído atingia-se FC alvo > 85% da FCmáxima (220- idade) e/ou determinava-se

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anormalidade contrátil compatível com isquemia. A RVFC foi obtida pela divisão do pico de velocidade (cm/s) diastólica (PVD) no EED (PVD-EED) pelo de repouso (PVD-REP). Verificou-se a persistência de RVFC < 2 (Grupo I-GI), o registro precoce (FC < 75% da FCmáxima) de RCFV ≥ 2 (Grupo II-GII) e o registro tardio (FC > 85% da FCmáxima) de RVFC ≥ 2 (Grupo III-GIII). Foram utilizados o teste t de Student e o exato de Fisher, considerando-se significância estatística quando p < 0,05.Resultados: Verificou-se que o PVD-REP do GI > GII (36,81 ± 08 vs 24,15 ± 05; p < 0,0001), GI > GIII (36,81 ± 08 vs 27,44 ± 06; p < 0,0001) e GIII > GII (27,44 ± 06 vs 24,15 ± 05; p < 0,02).O PVD-EED foi obtido em 92 pacientes distribuídos no GI (32), GII (33) e GIII (27) com FC médias de 123, 105 e 136bpm, respectivamente. Sem diferença (p>0,05) na comparação entre os PVD-EED do GI (61,40 ± 16,65) ,GII (60,63 ± 15,81) e GIII (68,62 ± 15,24).Quanto a RVFC constatou-se que GI < GII (1,67 ± 0,24 vs 2,51 ± 0,59; p < 0,0001) e GI < GIII (1,67 ± 0,24 vs 2,55 ± 0,56; p < 0,0001). Sem diferença entre GII e GIII.Conclusões:< ol> • A exequibilidade de registro da ADA é elevada. • A RVFC adequada associa-se com menor PVD-REP. • Dentre as RVFC adequadas a obtenção pode ser precoce em mais da metade dos casos.

TL08 - Parâmetros relevantes na verificação da reserva de velocidade de fluxo coronariano durante o ecocardiograma sob estresse com dobutamina

JORDANA M SIQUEIRA, JOSE S ABREU, TEREZA C P DIOGENES, NAYARA L PIMENTEL, PEDRO S G NETO e JOSE NOGUEIRA PAES JUNIOR

Prontocárdio, Fortaleza, CE, BRASIL - Clinicárdio, Fortaleza, CE, BRASIL.

Objetivo: Identificar parâmetros relevantes na obtenção da reserva de velocidade de fluxo coronariano RVFC adequada (≥ 2) na descendente anterior (DA), durante o ecocardiograma sob estresse com dobutamina (EED).Delineamento: Estudo prospectivo.Métodos: Avaliação de 100 pacientes com doença arterial coronariana (DAC) conhecida ou provável, encaminhados para o EED e orientados para suspender o β-bloqueador 72hs antes do exame. O Doppler na DA em repouso foi obtido em menos de 3 minutos. Calculou-se a RVFC pela divisão do pico de velocidade (cm/s) diastólica (PVD) verificado no EED (PVD-EED) pelo de repouso (PVD-REP). No grupo I (GI) a RVFC < 2 e no GII a RVFC ≥ 2. Foram utilizados o teste t de Student e o exato de Fisher. Significância estatística quando p < 0,05.Resultados: O tempo (segundos) para registrar o Doppler na DA no GI e GII não diferiu (53 ± 31 vs 45 ± 32; p = 0,23). Durante o EED a DA foi registrada em 92 pacientes, sendo 32 (14 homens) no GI e 60 (39 homens) no GII. A comparação dos grupos evidenciou em GI, idosos (65,9 ± 9,3 vs 61,2 ± 10,8 anos; p= 0,04), menor fração de ejeção (61 ± 10% vs 66 ± 6%; p=0,005), maior PVD-REP (36,81 ± 08 vs 25,63 ± 06; p < 0,0001) e menor RVFC (1,67 ± 0,24 vs 2,53 ± 0,57; p<0,0001), mas o PVD-EED não foi diferente (61,40 ± 16 vs 64,23 ± 16; p= 0,42). A suspensão do β-bloqueador associou-se a chance 4 vezes maior de ocorrer RVFC < 2 (OR= 4; 95% IC [1,171-13,63], p= 0,027). Os grupos não diferiram estatisticamente quanto ao índice de massa corporal, DAC conhecida, hipertensão arterial, diabetes mellitus ou dislipidemia.Conclusões:< ol> • A elevada exequibilidade e o tempo para registro da DA favorecem a aplicação desta metodologia na prática diária. • O PVD-REP foi o principal parâmetro para determinar uma RVFC adequada. • A suspensão do β-bloqueador associou-se significativamente com RVFC < 2.

TL09 - Implante valvar aórtico por via transapical: relato de cinco casos operados consecutivamente

HERALDO GUEDIS LOBO FILHO, JOSÉ HONORIO PALMA DA FONSECA, DIEGO GAIA, FERNANDO SOARES DE MEDEIROS, HERBET ALMEIDA MAGALHÃES, ELCIAS CAMURCA JUNIOR e JOSE GLAUCO LOBO FILHO

Hospital Regional da Unimed, Fortaleza, CE, BRASIL - Serviço de Ciurgia Cardiovascular Prof. Dr. Glauco Lobo, Fortaleza, CE, BRASIL.

Objetivo: O implante transcateter de uma prótese aórtica biológica foi introduzido na prática médica como um procedimento alternativo à troca valvar aórtica convencional em pacientes com risco cirúrgico muito elevado. O objetivo deste trabalho é descrever os cinco primeiros casos de implante transcateter de valva aórtica por via transapical no Estado do Ceará. Delineamento: trata-se de um estudo do tipo série de casos. Pacientes e Médodos: Cinco pacientes, sendo três do sexo masculino, portadores de estenose aórtica grave e importantes comorbidades, restritos ao leito em ambiente hospitalar foram submetidos a implante de valva aórtica transcateter, por via transapical, de maio de 2012 a maio de 2013. Os dados foram obtidos de prontuários e de banco de dados do serviço. Resultados: Não houve óbito ou intercorrências, exceto por plaquetopenia conduzida clinicamente e infecção respiratória, em dois casos distintos. Ecocardiogramas transtorácicos realizados antes da alta hospitalar evidenciaram próteses normofuncionantes. Em dois casos havia discreto refluxo paravalvar. Todos os pacientes estão vivos e em seguimento ambulatorial. Conclusão: Os primeiros cinco casos de implante transcateter de valva aórtica por via transapical, realizados em nosso Estado, apresentaram ótimos resultados.

TL10 - Tendências do emprego de ultrassom intracoronário como método auxiliar na cardiologia intervencionista em hospital particular em Fortaleza

JOAO LUIZ DE A.A. FALCAO, FCO CLAUDIO COUTO FALCÃO, JOSE RONALDO MONT ALVERNE FILHO, SANDRA NÍVEA DOS REIS SARAIVA FALCÃO, LORENA CHERIDA ALVES VIDAL, MATEUS MACHADO BASTOS, MATEUS PAIVA MARQUES FEITOSA, LIVIA CAVALCANTE DA COSTA e CHRISTIANE LUCK MACIEIRA

Hospital São Mateus, Fortaleza, CE, BRASIL - Universidade de Fortaleza, Fortaleza, CE, BRASIL.

Introdução: O ultrassom intracoronário é um método complementar da cardiologia intervencionista cada vez mais disponível para uso na prática privada em Fortaleza. Suas principais indicações são na avaliação de lesões intermediárias e auxílio em angioplastias complexas. A disponibilidade de estudos de reserva de fluxo coronário, stent boost e questionamentos recentes sobre a capacidade do método em avaliar lesões intermediárias tem repercutido sobre o padrão das indicações do método na nossa prática diária.Objetivo: Avaliar as taxas de emprego de ultrassom intracoronário e o motivo de sua utilização nos últimos 6 anos em nosso serviço.Resultados: Entre Agosto/2008 e Agosto/2013, foram realizados 112 exames de ultrassonografia intracoronária em nosso serviço: 4 exames em 2008, 6 em 2009, 18 em 2010, 30 em 2011, 40 em 2012 e 14 em 2013. As indicações do exame tem-se modificado gradativamente, sendo cada vez mais frequente o emprego do método para auxiliar angioplastias complexas. O método ainda continua sendo bastante empregado na análise de lesões intermediárias do tronco da coronária esquerda – situação em que o fluxo de reserva fracionado pode ter interpretação difícil.Conclusão: O ultrassom intracoronário é um método crecentemente na cardiologia intervencionista de Fortaleza, sendo cada vez mais empregado no auxílio de angioplastias complexas e mantendo um papel importante na avaliação de lesões intermediárias, em especial no tronco de coronária esquerda.

RESUMO DE TEMAS LIVRES ORAIS

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TL11 - PREDITORES DE MORTALIDADE NOS PORTADORES DE CARDIOPATIA CHAGÁSICA CRÔNICA(CCC) E CARDIODESFIBRILADOR IMPLANTÁVEL(CDI).

FRANCISCA TATIANA MOREIRA PEREIRA, EDUARDO ARRAIS ROCHA, ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO, ROBERTO LIMA FARIAS, CARLOS ROBERTO MARTINS R. SOBRINHO e ROBERTO DA JUSTA PIRES NETO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

OBJETIVO:IDENTIFICAR OS FATORES PREDITORES DE MORTALIDADE NOS PORTADORES DE CCC E CDIMETODOLOGIA:É UM ESTUDO RESTROSPECTIVO DE UMA POPULAÇÃO DE 300 PACIENTES PORTADORES DE CDI , SENDO QUE 65 PACIENTES APRESENTAVAM CCC. ESSES DISPOSITIVOS FORAM IMPLANTADOS ENTRE JANEIRO DE 2000 A NOVEMBRO DE 2011. PARA A ANÁLISE ESTATÍSTICA FORAM UTILIZADOS TESTE DE FISHER , TESTE DO QUI-QUADRADO E O t DE STUDENT .UTILIZOU-SE TAMBÉM A REGRESSÃO DE COX. O NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICA FOI ESTABELECIDO EM 5%.RESULTADOS:DOS 65 PACIENTES, 44 ERAM HOMENS, A MEDIANA DA IDADE FOI DE 54 ANOS E A MEDIANA DO TEMPO DE SEGUIMENTO FOI DE 35 MESES. A MAIORIA ( 73% )APRESENTAM BAIXA ESCOLARIDADE(< QUE O PRIMEIRO GRAU) E VIVIAM EM ZONA RURAL(70%). A PREVENÇÃO SECUNDÁRIA FOI RESPONSÁVEL POR 78,5% DOS IMPLANTES. A INCIDÊNCIA DE CHOQUES APROPRIADOS E TEMPESTADE ARRITMICA FOI DE 34,9% E 12%, RESPECTIVAMENTE. CINQUENTA POR CENTO DOS PACIENTES APRESENTAVAM FRAÇÃO DE EJEÇÃO(FE) COM COMPROMETIMENTO SEVERO E A CLASSE FUNCIONAL PREDOMINANTE FOI A II(NYHA).O USO DE B-BLOQUEADOR ASSOCIADO A AMIODARONA ESTEVE PRESENTE EM 69,8% DOS PACIENTES. A TAXA DE MORTALIDADE ANUAL FOI DE 6,1%. NO MODELO UNIVARIADO DE COX , A BAIXA ESCOLARIDADE (P=0,038), FRAÇÃO DE EJEÇÃO MENOR QUE 30%(P=0,032), CLASSE FUNCIONAL IV(P=0,034) E PREVENÇAÕ PRIMÁRIA(P=0,048) FORAM ASSOCIADOS DE FORMA SIGNIFICATIVA COM O DESFECHO ÓBITO. NA ANÁLISE MULTIVARIADA DE COX SE MANTIVERAM NO MODELO A FRAÇÃO MENOR QUE 30% (P=0,023) E A BAIXA ESCOLARIDADE(P=0,004).CONCLUSÃO: A BAIXA ESCOLARIDADE (HR=4,6 IC 95% 1,6-13,3) E FRAÇÃO DE EJEÇÃO MENOR QUE 30%(HR=6,3 IC 95% 1,2-31,7%) AUMENTARAM O RISCO DOS PACIENTES ATINGIREM O DESFECHO ÓBITO.

TL12 - Revascularização do miocárdio com enxerto arterial múltiplo

ANDREZA SERVULA PEREIRA DA SILVA, GLENDA SILVEIRA DE OLIVEIRA, TERESA QUEIROZ BALBINO, VIVIANE LEANDRO DE ALMEIDA, JESSICA COSME DA SILVA, ITALO CORDEIRO MOREIRA e SAMUEL SOARES EDUARDO

Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte, Juazeiro do Norte, CE, BRASIL - Hospital do Coração do Cariri, Barbalha, CE, BRASIL.

Introdução: Frequentemente tem-se utilizado enxertos arteriais compostos em cirurgia de revascularização do miocárdio (RM). A utilização de enxertos arteriais iniciou-se com o uso da artéria torácica interna esquerda (ATIE), que alcançou ótimos resultados e hoje é padrão ouro nesse procedimento. Com o sucesso de ATIE outros enxertos arteriais foram testados e obtiveram bons resultados.Objetivo: Descrever a experiência no serviço de cirurgia cardiovascular da região nos pacientes submetidos à cirurgia de RM com uso de enxertos arteriais.Material e Método: Estudo realizado a partir da coleta de dados de prontuários de 52 pacientes submetidos à cirurgia de RM com uso de enxertos arteriais múltiplos no período de janeiro de 2011 a abril de 2013. As cirurgias foram realizadas por esternotomia convencional. Os enxertos arteriais usados foram a ATIE, artéria torácica interna direita (ATID) e artéria radial (AR).Resultado: 52 pacientes submetidos à cirurgia de RM, com idade variando entre 40 e 82 anos (média e mediana de 58 anos), foram estudados. 30,8% dos pacientes do sexo feminino e 69,2% do sexo

masculino. No que se refere à técnica usada para RM, usou-se a ATIE de forma sequencial em 36,5% dos pacientes; o enxerto arterial composto em “Y” foi usado em 30,8% dos pacientes, sendo que em 93,7% deles foram usados ATIE+ATID e em 6,3% ATIE+AR. A ATID foi usada em 40,4% dos pacientes e a AR em 21,1%. Em relação à quantidade de artérias coronárias revascularizadas, em 90,4% dos casos houve 2 revascularizações; em 7,7%, 3 revascularizações e em 1,9%, 4 revascularizações, todas com uso de enxerto arterial. Em todos os casos houve uso da ATIE.Conclusão: Sobretudo em pacientes mais jovens, o uso de múltiplos enxertos arteriais está estabelecido como uma boa opção aos enxertos venosos. Oferece um bom resultado imediato, é aplicável para qualquer coronária e é possível usá-los com as mais diversas técnicas, sendo possível o uso de apenas uma técnica ou técnicas combinadas.

TL13 - Taquicardia ventricular incessante: apresentação rara de tumor cardíaco na infância

IEDA PRATA COSTA, MARILHA RAMALHO, MYLENE ARRAIS DOS SANTOS, KLEBIA CASTELO BRANCO, CAMILA PINTO CAVALCANTE, ISABEL CRISTINA LEITE MAIA e VALDESTER CAVALCANTE PINTO JUNIOR

Hospital de Messejana, Fortaleza, CE, BRASIL.

Tumores cardíacos primários são raros, variando de 0,0017% a 0,28%, sendo os tumores metastáticos de coração vinte vezes mais freqüentes. A prevalência dos tumores benignos atinge 70 a 75%, sendo os mixomas os mais comuns na idade adulta. Na infância, os tumores primários são ainda mais raros, com predomínio dos rabdomiomas e fibromas.A manifestação clínica é determinada pela localização do tumor, e não por sua histopatologia, podendo ter como mecanismos fisiopatológicos: embolização, obstrução mecânica, acometimento do aparelho valvar e mesmo a invasão direta do miocárdio, causando alteração de contratilidade, arritmias ou efusões pericárdicas.Este trabalho objetiva o relato de caso de JTFN, dois anos, masculino, assintomático, que em investigação ambulatorial de sopro cardíaco teve diagnóstico clínico inicial de taquicardia. Solicitado Holter, foi evidenciado taquicardia ventricular incessante. Internado pela arritmia, realizou ecocardiograma que constatou massa intramiocárdica. Tomografia de tórax contrastada confirmou diagnóstico de tumor em ventrículo esquerdo. Considerando a dificuldade em controlar a arritmia ventricular mesmo após dose alta de antiarrítmico da classe III, optou-se por tratamento cirúrgico com brevidade.Durante cirurgia, achado principal foi massa de seis centímetros no maior diâmetro, bem delimitada, em parede de ventrículo esquerdo. Realizada exérese sem intercorrências, paciente evoluiu clinicamente bem. Biópsia da peça foi compatível com fibroma.Em Holter pós operatório, as arritmias já não se fizeram mais presentes. Paciente recebeu alta com doses mínimas de antiarrítmico e segue em acompanhamento.Ficou assim reforçado o conceito de que, na vigência de massa cardíaca sendo foco de instabilidade cardíaca elétrica, a correção cirúrgica é o tratamento de eleição para a arritmia.

TL14 - Aneurisma no seio de valsava com fístula para o átrio direito

SARA RABELO JOCA, LUCIANA SANTOS OLIVEIRA, JOSE ELDON BARROS DE ALENCAR e CARLOS JOSÉ MOTA DE LIMA

Hospital de Messejana - Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Fortaleza, CE, BRASIL - Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Fortaleza, CE, BRASIL.Objetivo: O objetivo deste estudo é relatar um caso de ruptura de aneurisma no seio de valsava com formação de fístula para o átrio direito, que contribuiu para lesão da valva tricúspide pelo jato da fístula. Delineamento: Estudo de natureza descritiva com abordagem qualitativa do tipo relato de caso, desenvolvido no Hospital de Messejana-Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, em Fortaleza, Ceará, nos meses de março a maio de 2012. Paciente: Trata-se de paciente do sexo feminino, 29 anos, agricultora, evangélica, casada, procedente

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RESUMO DE TEMAS LIVRES ORAIS

de Itapiuna, Ceará, com diagnóstico de ruptura de aneurisma no seio de valsava. Métodos: Os dados do estudo foram provenientes da observação participante, leitura da evolução da paciente nos prontuários do hospital, revisão bibliográfica e discussão do caso em sessão clínica. Resultados: A paciente procurou o serviço de emergência com quadro de dor retroesternal há uma semana, tipo pontada, sem irradiação, desencadeada aos pequenos esforços, sem fatores de melhora ou piora, associada à dispneia. Paciente G6P4A2 encontrava-se no período puerperal na admissão, com relato de convulsões e hemorragia uterina após o último parto. Nega hipertensão arterial sistêmica. Tabagista desde os 20 anos (três cigarros por dia) e ex- etilista pesada, com cessação do hábito há seis anos. Nega uso de drogas ilícitas. Ao exame físico, estava hipocorada (3+/4+), frequência cardíaca: 120, frequência respiratória: 26, pressão arterial: 140x80mmHg, ausculta cardíaca com sopro sisto-diastólico e frêmito sisto-diastólico palpável em base esternal esquerda. Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular universal, sem ruídos adventícios. Extremidades com pulsos amplos e edema periférico. O ecocardiograma transesofágico de urgência evidenciou presença de aneurisma do seio coronariano direito roto, com shunt sisto-diastólico da aorta para o átrio direito. A paciente foi submetida à correção cirúrgica de emergência do aneurisma do seio de valsava coronariano direito e da fístula aórtica para átrio direito. Foi realizado ainda plastia tricúspide, em virtude dos danos lesivos provocados nessa valva pelo jato da fístula. Evoluiu no pós-operatório sem complicações. Conclusão: Este trabalho destaca que uma vez suspeitado clinicamente do diagnóstico, impõe-se uma confirmação complementar precoce para ruptura de aneurisma de seio de valsava, e uma imediata intervenção cirúrgica, a fim de atingir uma maior taxa de sobrevivência e melhor qualidade de vida para os pacientes.

TL15 - COMPLICAÇÃO TARDIA DE PERICARDITE CONSTRITIVA POR TUBERCULOSE: RELATO DE CASO

JÉSSICA SANTOS CUNHA, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, JOSÉ ANTONIO DE LIMA NETO, JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, JANAÍNA TEIXEIRA PEREIRA CARNEIRO TAPETI, ANDERSON NUNES CASSIANO, SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA, VANESSA DANTAS RIBEIRO e CAMILA LOPES DO AMARAL

Hospital do Coração Pe. José Linhares Ponte, Sobral, CE, BRASIL - Liga Médico-Acadêmica de Cardiologia de Sobral, Sobral, CE, BRASIL. Objetivo: Relatar o caso de um paciente admitido ao Hospital do Coração de Sobral – CE com complicação tardia de pericardiectomia por pericardite constritiva tuberculosa. Delineamento: Relato de Caso. Relato do Caso: Paciente com 37 anos, admitido no Hospital do Coração de Sobral – CE com queixa de dispneia, mal-estar, dor pleurítica intensa em hemitórax esquerdo, associada à formação cística sobre área cicatricial no 5° espaço intercostal. Há um ano submeteu-se à pericardiectomia com incisão cirúrgica anterolateral esquerda (ALE), devido à pericardite constritiva, na qual foram evidenciados fibrose e granuloma caseoso. Ecocardiograma da admissão mostrou espessamento e derrame pericárdio de grau importante, mais localizado na parede posterior do coração, causando restrição ao enchimento das câmaras cardíacas. Observou-se ainda imagem anecóica no tecido subcutâneo com pequena área de comunicação com o derrame pericárdico ao estudo com Doppler colorido. Tomografia de tórax mostrou cardiomegalia e derrame pericárdico, além de imagem cística bem delimitada no tecido subcutâneo com área de continuidade com o derrame pericárdico. Realizou-se exérese do cisto subcutâneo com drenagem de líquido sero-hemorrágico. Em seguida, acessou-se o pericárdio pela mesma incisão pregressa. Foi encontrada intensa fibrose dos tecidos adjacentes e drenagem parcial do derrame pericárdico. Não foi possível acesso ao derrame posterior, devido à fibrose e à aderência dos tecidos adjacentes. Ecocardiografia de controle identificou volumoso derrame pericárdico posterior sem sinais de restrição ao enchimento das câmaras cardíacas. Dosagem do ADA do conteúdo cístico 117,0 U/l (valor normal < 40,0 U/l). Paciente teve alta no 8°PO com terapêutica antibacilar. Conclusões: O caso retrata uma complicação tardia de pericardiectomia parcial com recidiva

de tuberculose. Houve uma herniação do líquido pericárdico por área incional pregressa. Não foi encontrado caso semelhante na literatura.

TL16 - Taquicardia ventricular por reentrada ramo-a-ramo: relato de caso e revisão da literatura

ULYSSES VIEIRA CABRAL, DEBORAH CABRAL LIMA, RAIMUNDO BARBOSA BARROS, FRANCISCO DANIEL DE SOUSA e RICARDO MARTINS FREITAS

Hospital de Messejana, Fortaleza, CE, BRASIL.

Objetivo: apresentar o caso de um paciente diagnosticado com taquicardia ventricular (TV) por reentrada ramo-a-ramo (RRR) e submetido à ablação por radiofrequência com sucesso no Hospital de Messejana-CE.Relato de caso: paciente masculino, 57 anos, natural de Poá-SP, admitido na emergência com história de dor precordial tipo anginosa e palpitações seguidas de síncope. Sabidamente portador de insuficiência cardíaca (IC), hipertensão arterial sistêmica(HAS) e diabetes melittus(DM) tipo 2. Ao exame físico normotenso e frequência cardíaca em torno de 200 batimentos por minuto. Realizado eletrocardiograma (ECG) sugestivo de taquicardia ventricular. Submetido a cardioversão elétrica com sucesso. Na investigação diagnóstica realizado ecocardiograma que evidenciou miocardiopatia dilatada, holter de 24h sem arritmias complexas, coronariografia sem lesão significativas e então encaminhado ao estudo eletrofisiológico que confirmou TV por RRR. Decidido por ablação do ramo direito com implante de cardiodesfibrilador.Discussão: uma forma particular de taquicardia ventricular se origina da reentrada entre ramos. Em séries descritas de consecutivos estudos eletrofisiológicos esse mecanismo tem sido descrito em até 6% dos pacientes na indução de taquicardias ventriculares monomórficas sustentadas (TVMS). TV por RRR é usualmente observada em pacientes com doença cardíaca estrutural adquirida e significativo prejuízo no sistema de condução. Geralmente os pacientes apresentam-se com pré-síncope, síncope ou morte súbita devido a TV com frequência acima de 200 batimentos por minuto. Ablação por cateter de radiofrequência de um ramo pode curar a TV por RRR e é atualmente considerado o tratamento de primeira linha. O diagnóstico eletrofisiológico da arritmia é de extrema utilidade devido o caráter curativo da terapia por radioablação.Conclusão: a taquicardia ventricular é sempre um evento trágico e de difícil controle e tratamento, entretanto a rara forma por reentrada ramo-a-ramo tem como principal característica a possibilidade de cura, com resolução de quase totalidade dos casos. Estudos com maior número de pacientes são necessários para melhor definição e caracterização desta patologia.

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Nº TRABALHO AUTOR INSTITUIÇÃO

ESTATÍSTICAS DE ASSOCIAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍSTICAS DE PACIENTES COM HIPERTENSÃO E SEUS NÍVEIS DE ADESÃO

PARTICIPAÇÃO FAMILIAR NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SOB A ÓTICA DOS PACIENTES

TECNOLOGIAS DO CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ACOMETIDO POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: REVISÃO INTEGRATIVA

A EFICÁCIA DO TREINO MUSCULAR INSPIRATÓRIO NA FASE I DE REABILITAÇÃO CARDÍACA: UM ESTUDO DE CASO

ANÁLISE DA FUNÇÃO PULMONAR NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA

NÍVEL PRESSÓRICO EM ADULTOS JOVENS ESCOLARES: UMA ANÁLISE A PARTIR DE FATORES INDIVIDUAIS

ANÁLISE DO IMPACTO DO ENSINO DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) PARA ALUNOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC)

ANÁLISE DO IMPACTO DO ENSINO DE SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (SAV) DO ADULTO PARA ALUNOS DO OITAVO SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC)

VALOR DA ECOCARDIOGRAFIA TRANSTORÁCICA NO DIAGNÓSTICO DO TROMBOEMBOLISMO PULMONAR

IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS NA ADESÃO AO TRATAMENTO DE TRANSPLANTE CARDÍACO

MARIA YÉSIA PINTO TEIXEIRA VIANA, CÉLIDA JULIANA DE OLIVEIRA, EMILIANA BEZERRA GOMES, NAFTALE ALVES DOS SANTOS, MONICA LEITE ROCHA, TAHISSA FROTA CAVALCANTE E SAARA BARBOSA FERREIRA

MARIA YÉSIA PINTO TEIXEIRA VIANA, CÉLIDA JULIANA DE OLIVEIRA, MARIA DE FATIMA ANTERO SOUSA MACHADO, MARIA EUGÊNIA ALVES ALMEIDA COELHO, EMILIANA BEZERRA GOMES, MONICA LEITE ROCHA E SAARA BARBOSA FERREIRA

ÍTALO LENNON SALES DE ALMEIDA, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS E VERA LÚCIA MENDES DE OLIVEIRA

ANA IRENE CARLOS DE MEDEIROS, SUZANA KÁTIA ALVES COSTA E GEORGES WILLENEUWE DE SOUSA OLIVEIRA

ANA IRENE CARLOS DE MEDEIROS, ARACELI DA SILVA OLIVEIRA, SUZANA KÁTIA ALVES COSTA, MEIREANNY LIMA BARBOSA E GEORGES WILLENEUWE DE SOUSA OLIVEIRA

RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO, JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS, DAFNE LOPES SALES E THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA

LÍGIA CARNEIRO BULCÃO, FRANCISCO EUGÊNIO DE VASCONCELOS FILHO, ÍTALO OLIVEIRA DE QUEIROZ, FELIPE NOBRE MUNIZ, LARA GUERRA LUCENA MATIAS ALENCAR, GÉSSYKA MARCOS LEÔNIDAS E VIRNA LEAL CHAGAS FERNANDES

LÍGIA CARNEIRO BULCÃO, FRANCISCO EUGÊNIO DE VASCONCELOS FILHO, ÍTALO OLIVEIRA DE QUEIROZ, FELIPE NOBRE MUNIZ, PRISCILLA CASTRO GURGEL LOPES, DOUGLAS DE SOUSA SOARES E FERNANDA QUEIROZ SOARES

DEBORAH CABRAL LIMA, ULYSSES VIEIRA CABRAL, SANDRA NÍVEA DOS REIS SARAIVA FALCÃO, LUCIANA SANTOS OLIVEIRA, JOSE DIOGENES MARQUES RIBEIRO FILHO E JOSE ELOY DA COSTA FILHO

GERMANA MARIA DE ALCANTARA CARLEIAL, E MARIA MARILZA DA SILVA PESSOA

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI, CRATO, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI, CRATO, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE POTIGUAR, MOSSORÓ, RN, BRASIL.

UNIVERSIDADE POTIGUAR, MOSSORÓ, RN, BRASIL.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DE MESSEJANA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DE MESSEJANA DR.CARLOS ALBERTO STUDART GOMES, FORTALEZA, CE, BRASIL.

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Nº TRABALHO AUTOR INSTITUIÇÃO

HIPERHOMOCISTEINEMIA: UM NOVO MARCADOR PRA SCREENING DIAGNÓSTICO DE DISPNÉIA EM USUÁRIOS DE ÁCIDO VALPRÓICO

FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL E/OU DIABETES MELLITUS ATENDIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA

O COTIDIANO DO PACIENTE TRANSPLANTADO CARDÍACO: UMA DESCRIÇÃO DE EXPERIENCIA

TUMOR CARDÍACO EM ÁTRIO DIREITO: RELATO DE CASO

COARCTAÇÃO DE AORTA ASSOCIADO À EXTENSA REDE DE COLATERAIS ABRINDO O QUADRO COM DISSECÇÃO DE AORTA TIPO A DE STANFORD EM ADULTO DO SEXO MASCULINO.

ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DE ADOTADAS POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA O TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

CORREÇÃO CIRÚRGICA DE ANEURISMA DE VEIA PULMONAR: RELATO DE CASO

IMPLANTE TRANSAPICAL DE VÁLVULA AÓRTICA EM IDOSO COM ESTENOSE AÓRTICA GRAVE: RELATO DE CASO

NÍVEIS PRESSÓRICOS E RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL EM UNIVERSITÁRIOS ADULTOS JOVENS

INGRID DANIELLE CARDOSO CARVALHO, E JÚLIO CÉSAR AYRES FERREIRA FILHO

MARIA JOSE MELO RAMOS LIMA, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, MARIA DO SOCORRO QUINTINO FARIAS, RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO E JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS

ALINA GONÇALVES DE VASCONCELOS, VERA LÚCIA MENDES DE OLIVEIRA, RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO, MARÍLIA XIMENES FREITAS FROTA E RITA DE CASSIA CHAGAS BEZERRA

PARAHYBA, ISABELLE O, FALCO, SARAH C L, FILHO, CLAUDIO J A S, MOREIRA, LISE A G, CARNEIRO, FERNANDO D R, PARAHYBA, MARCELLE O E JUNIOR, JOSE N P

ASTRID ROCHA MEIRELES SANTOS, JOSE DANIEL BRANDAO DE OLIVEIRA E LIA ALBUQUERQUE MENDES

ÍTALO LENNON SALES DE ALMEIDA, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, ANA CÉLIA CAETANO DE SOUZA, DAIANY CAJADO DE LIMA E SUIANY NASCIMENTO MOTA

ANDREZA SERVULA PEREIRA DA SILVA, PEDRO ANTONIO GOMES MACIEL, VIVIANE LEANDRO DE ALMEIDA, TERESA QUEIROZ BALBINO, CAMILLE PINHEIRO PEQUENO, RICARDO GRANGEIRO SAMPAIO E SAMUEL SOARES EDUARDO

ANDREZA SERVULA PEREIRA DA SILVA, ANYSSA MONTENEGRO BRILHANTE, ANTONIO RICARDO TORRES QUENTAL FILHO, MARIANA BRAGA MOTA, PEDRO WALTER FEITOSA, PEDRO ANTONIO GOMES MACIEL E SAMUEL SOARES EDUARDO

EMILIANA BEZERRA GOMES, LORENA KELLE MIRANDA FERREIRA, CÉLIDA JULIANA DE OLIVEIRA, KENYA WALERIA DE SIQUEIRA COELHO LISBOA E CONSUELO HELENA AYRES DE FREITAS

CENTRO UNIVERSITÁRIO E FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS , TERESINA, PI, BRASIL - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (FMUSP) , SAO PAULO, SP, BRASIL.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DR. CARLOS ALBERTO STUDART GOMES, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL PRONTOCARDIO, FORTALEZA, CE, BRASIL - UNICHRISTUS, FORTALEZA, CE, BRASIL - UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DE MESSEJANA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

FACULDADE DE MEDICINA ESTÁCIO DE JUAZEIRO DO NORTE, JUAZEIRO DO NORTE, CE, BRASIL - HOSPITAL DO CORAÇÃO DO CARIRI, BARBALHA, CE, BRASIL.

FACULDADE DE MEDICINA ESTÁCIO DE JUAZEIRO DO NORTE, JUAZEIRO DO NORTE, CE, BRASIL - HOSPITAL DO CORAÇÃO DO CARIRI, BARBALHA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI, CRATO, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

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Nº TRABALHO AUTOR INSTITUIÇÃO

ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO ENTRE ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA ATENÇÃO BÁSICA: ELABORAÇÃO DE UM PROJETO TERAPÊUTICO

CORRELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E NÍVEIS PRESSÓRICOS OBTIDOS EM MEDIDAS ISOLADAS DA PRESSÃO ARTERIAL

INTERVENÇÃO PERCUTÂNEA NO TRONCO DA CORONÁRIA ESQUERDA EM PACIENTE NONAGENÁRIO: RELATO DE CASO

RELAÇÃO ENTRE A ETNIA E NÍVEIS PRESSÓRICOS DOS PACIENTES ATENDIDOS EM MUTIRÕES NA CIDADE DE SOBRAL-CE

TROMBOSE DE PRÓTESE METÁLICA MITRAL: RELATO DE CASO

MAGNITUDE DA ADESÃO TERAPÊUTICA DE PACIENTES COM HIPERTENSÃO

DANIELE BRAZ DA SILVA, MARCIA GOMES MARINHEIRO COELHO, MALVINA THAÍS PACHECO RODRIGUES, JOSÉ WICTO PEREIRA BORGES, FRANCISCA ALEXANDRA ARAÚJO DA SILVA, ISMÊNIA DE CARVALHO BRASILEIRO, FABIANA SALES VITORIANO UCHÔA, IRIALDA SABÓIA CARVALHO, LARYSSA VERAS ANDRADE E THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA

AMANDA GOMES DOS SANTOS, ÁUREA ANELISE ROCHA COELHO, CÉLIDA JULIANA DE OLIVEIRA, TAHISSA FROTA CAVALCANTE E JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS

CAMILA LOPES DO AMARAL, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, JOSÉ ANTONIO DE LIMA NETO, JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO, RENNO SOARES LEITAO, ALESSANDRA FERNANDES SILVA, CAINAN PIRES BARROSO CAMILO, ANDERSON NUNES CASSIANO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, JESSICA ALVES COSTA E JÉSSICA SANTOS CUNHA

MOREIRA, LISE A G, FILHO, CLAUDIO J A S, PARAHYBA, ISABELLE O, CARNEIRO, FERNANDO D R, MOTA, LIA A M, FALCO, SARAH C L E JUNIOR, JOSE N P

JÉSSICA SANTOS CUNHA, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, JOSÉ ANTONIO DE LIMA NETO, JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO, ANDERSON NUNES CASSIANO, VANESSA DANTAS RIBEIRO, SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA, CAMILA LOPES DO AMARAL, RENNO SOARES LEITAO, CAINAN PIRES BARROSO CAMILO E JANAÍNA TEIXEIRA PEREIRA CARNEIRO TAPETI

CAMILA LOPES DO AMARAL, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, JOSÉ ANTONIO DE LIMA NETO, FABIANO GONÇALVES JUCÁ, MAMEDE FRANCISCO JOHNSON DE AQUINO FILHO, MELISSA ANDREA WANDERLEY BERTOLDO DE VIVEIROS, JESSICA ALVES COSTA, ALESSANDRA FERNANDES SILVA, JÉSSICA SANTOS CUNHA, SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA E RENNO SOARES LEITAO

CÉLIDA JULIANA DE OLIVEIRA, LIDYANE DE SOUSA CALIXTO, ANGÉLICA ISABELY DE MORAIS ALMEIDA, RUANNA GABRIELA ALVES RODRIGUES, MARIA NAIANE ROLIM NASCIMENTO, TATIANA ROCHA MACHADO, FRANCISCA BERTILIA CHAVES COSTA, JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS E JULYANA RAYNA CAVALCANTE DOS SANTOS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE DO CARIRI, CRATO, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DO CORAÇÃO PE. JOSÉ LINHARES PONTE, SOBRAL, CE, BRASIL - LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA DE SOBRAL, SOBRAL, CE, BRASIL.

UNICHRISTUS, FORTALEZA, CE, BRASIL - HOSPITAL PRONTOCÁRDIO, FORTALEZA, CE, .

HOSPITAL DO CORAÇÃO PE. JOSÉ LINHARES PONTE, SOBRAL, CE, BRASIL - LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA DE SOBRAL, SOBRAL, CE, BRASIL.

HOSPITAL DO CORAÇÃO PE. JOSÉ LINHARES PONTE, SOBRAL, CE, BRASIL - LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA DE SOBRAL, SOBRAL, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE DO CARIRI, CRATO, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

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Nº TRABALHO AUTOR INSTITUIÇÃO

RELAÇÃO ENTRE CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA E NÍVEIS PRESSÓRICOS EM MEDIDAS ISOLADAS DA PRESSÃO ARTERIAL

PERICARDITE CONSTRICTIVA COM CALCIFICAÇÃO EXTENSA: RELATO DE CASO

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA E ESTRATIFICAÇÃO DOS NÍVEIS PRESSÓRICOS OBTIDOS EM MEDIDAS ISOLADAS DA PRESSÃO ARTERIAL

NÍVEIS PRESSÓRICOS EM ADOLESCENTES ESCOLARES DE UMA ÁREA RURAL DO INTERIOR CEARENSE

HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR ASSOCIADA A DEFEITOS CARDÍACOS CONGÊNITOS

CARDIOMIOPATIA DE TAKOTSUBO, A SÍNDROME DO CORAÇÃO PARTIDO

FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR DE HIPERTENSOS ACOMPANHADOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DE UMA CAPITAL NORDESTINA

BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR AVANÇADO CAUSADO POR USO DE LÍTIO.

JESSICA ALVES COSTA, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, JOSÉ ANTONIO DE LIMA NETO, JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO, SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA, JANAÍNA TEIXEIRA PEREIRA CARNEIRO TAPETI, VANESSA DANTAS RIBEIRO, CAINAN PIRES BARROSO CAMILO, ANDERSON NUNES CASSIANO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA E CAMILA LOPES DO AMARAL

JESSICA ALVES COSTA, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, FABIANO GONÇALVES JUCÁ, MAMEDE FRANCISCO JOHNSON DE AQUINO FILHO, MELISSA ANDREA WANDERLEY BERTOLDO DE VIVEIROS, CAMILA LOPES DO AMARAL, JÉSSICA SANTOS CUNHA, VANESSA DANTAS RIBEIRO, JANAÍNA TEIXEIRA PEREIRA CARNEIRO TAPETI, ALESSANDRA FERNANDES SILVA E SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA

JANAÍNA TEIXEIRA PEREIRA CARNEIRO TAPETI, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, JOSÉ ANTONIO DE LIMA NETO, JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, CAINAN PIRES BARROSO CAMILO, RENNO SOARES LEITAO, JESSICA ALVES COSTA, VANESSA DANTAS RIBEIRO E ANDERSON NUNES CASSIANO

NATALIA DAIANA LOPES DE SOUSA, CINTHIA GONDIM PEREIRA CALOU E EMILIANA BEZERRA GOMES

JULIANA FONTES F, OLIVEIRA, ANA C D, SÁ, FRANCISCO C F, JULIANA F VASCONCELOS E BURGOS, N L

NAIARA L BURGOS, OLIVEIRA, ANA C D, JULIANA F VASCONCELOS, JULIANA FONTES F E FRANCISCO CARLEIAL FEIJÓ S

DANIELE BRAZ DA SILVA, MARCIA GOMES MARINHEIRO COELHO, FABIANA SALES VITORIANO UCHÔA, JOSÉ WICTO PEREIRA BORGES, MALVINA THAÍS PACHECO RODRIGUES, JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS, FRANCISCA ALEXANDRA ARAÚJO DA SILVA, ISMÊNIA DE CARVALHO BRASILEIRO E THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA

ANE KAROLINE MEDINA NERI, WALESA BASTOS SILVINO E DANIELLI OLIVEIRA DA COSTA LINO

HOSPITAL DO CORAÇÃO PE. JOSÉ LINHARES PONTE, SOBRAL, CE, BRASIL - LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA DE SOBRAL, SOBRAL, CE, BRASIL.

HOSPITAL DO CORAÇÃO PE. JOSÉ LINHARES PONTE, SOBRAL, CE, BRASIL - LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA DE SOBRAL, SOBRAL, CE, BRASIL.

HOSPITAL DO CORAÇÃO PE. JOSÉ LINHARES PONTE, SOBRAL, CE, BRASIL - LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA DE SOBRAL, SOBRAL, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, SOBRAL, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI, CRATO, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, BARBALHA, CE, BRASIL - HOSPITAL DO CORAÇÃO DO CARIRI, BARBALHA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, BARBALHA, CE, BRASIL - HOSPITAL DO CORAÇÃO DO CARIRI, BARBALHA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DE MESSEJANA, FORTALEZA, CE, BRASIL - HOSPITAL GERAL DR. WALDEMAR ALCANTARA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

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Nº TRABALHO AUTOR INSTITUIÇÃO

INTEGRALIDADE DO CUIDADO AOS DIABÉTICOS E HIPERTENSOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA

PSEUDO-ANEURISMA DE VENTRÍCULO ESQUERDO POR RUPTURA CARDÍACA APÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: PAPEL DA ECOCARDIOGRAFIA DE URGÊNCIA DISTÚRBIO DE CONDUÇÃO AVANÇADO SECUNDÁRIO A ANEURISMA DE SEIO DE VALSAVA CORONARIANO DIREITO

CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO NO PACIENTE DIABÉTICO:REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

MULHERES HIPERTENSAS CADASTRADAS NO HIPERDIA DE FORTALEZA

FIBRILAÇÃO ATRIAL FATOR DE RISCO DE RISCO IMPORTANTE E AINDA DESCONHECIDO PARA A MUITOS PACIENTES COM AVC.

MULHERES HIPERTENSAS: UMA ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA

RELATO DE CASO: USO DO ESCORE DE WILKINS NA AVALIAÇÃO ECOCARDIOGRÁFICA DE ESTENOSE MITRAL

RELATO DE CASO: RECONHECIMENTO E DIAGNÓSTICO DE CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA APICAL (DOENÇA DE YAMAGUCHI)

RELATO DE CASO: ESTENOSE MITRAL GRAVE COM INDICAÇÃO DE CORREÇÃO CIRÚRGICA

ELINE MARA TAVARES MACEDO, MARIA JOSE MELO RAMOS LIMA, VALDILEIA LIMA MARQUES MIRANDA, JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS, RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, VERA LÚCIA MENDES DE OLIVEIRA E DAFNE LOPES SALES

DEBORAH CABRAL LIMA, ULYSSES VIEIRA CABRAL, LUCIANA SANTOS OLIVEIRA, JOSE DIOGENES MARQUES RIBEIRO FILHO E ANA AÉCIA ALEXANDRINO DE OLIVEIRA

PRISCILLA MARQUES DOS SANTOS, ANE KAROLINE MEDINA NERI E DANIELLI OLIVEIRA DA COSTA LINO

LAÍLA PEREIRA GOMES DA SILVA, LAILANE SATURNINO DA SILVA, ANA IRENE CARLOS DE MEDEIROS, LORENA GUEDES BRAVO E ANDRÉA DA NÓBREGA CIRINO NOGUEIRA

VANESSA BARRETO BASTOS MENEZES, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA E MARCIA DE ALCANTARA MENDES

JULIANA VIEIRA ROCHA, TAIS BATISTA VIRGINIO, NAIR ANTONIA CORSO CAMARA E PATRICIA CHAGAS ROCHA D ALMEIDA

VANESSA BARRETO BASTOS MENEZES, E MARCIA DE ALCANTARA MENDES

SARA RABELO JOCA, E CARLOS JOSÉ MOTA DE LIMA

SARA RABELO JOCA, E CARLOS JOSÉ MOTA DE LIMA

SARA RABELO JOCA, RAFAEL VASCONCELOS BARROS E CARLOS JOSÉ MOTA DE LIMA

UECE, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DR. CARLOS ALBERTO STUDART GOMES, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DE MESSEJANA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER /UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL.

CERNTRO UNIVERSITÁRIO ETÁCIO FIC, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA, FORTALEZA, CE, BRASIL - UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL.

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO FIC, FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DE MESSEJANA - DR. CARLOS ALBERTO STUDART GOMES, FORTALEZA, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR), FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DE MESSEJANA - DR. CARLOS ALBERTO STUDART GOMES, FORTALEZA, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR), FORTALEZA, CE, BRASIL.

HOSPITAL DE MESSEJANA - DR. CARLOS ALBERTO STUDART GOMES, FORTALEZA, CE, BRASIL - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR), FORTALEZA, CE, BRASIL.

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Nº TRABALHO AUTOR INSTITUIÇÃO

CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES: ÊNFASE EM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

DESCENTRALIZAÇÃO DO SERVIÇO DE UMA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA ESTRATÉGIA NO ACOMPANHAMENTO DE IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL E DA FUNÇÃO PULMONAR EM CANDIDATO À ANEURISMECTOMIA DE VENTRÍCULO ESQUERDO: RELATO DE CASO

PREVALÊNCIA DE DM E HAS NO AMBULATÓRIO DE GERIATRIA EM ILP.

EVOLUÇÃO CLÍNICA DE PACIENTE COM MIOCARDIOPATIA PERIPARTO: RELATO DE CASO

IMPACTO DO TREINAMENTO PRÁTICO DE LEIGOS NA PERFORMACE DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA.

ATENDIMENTO AMBULATORIAL AO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

MARIA AUXILIADORA RESENDE SAMPAIO,

MARIA AUXILIADORA RESENDE SAMPAIO, FRANCISCO FREITAS GURGEL JÚNIOR, LIVIA GUIMARES ALBUQUERQUE, ANTONIA REGINARA MOREIRA RODRIGUES, ANA SILVIA AGUIAR E MARISE PONTE FERREIRA MONTEIRO

LORENA GUEDES BRAVO, ANA IRENE CARLOS DE MEDEIROS, LAILANE SATURNINO DA SILVA, LAÍLA PEREIRA GOMES DA SILVA E ANDRÉA DA NÓBREGA CIRINO NOGUEIRA

DIEGO ANTUNES SILVEIRA, AMANDA NOGUEIRA GUEDES E CAIO CESAR DIAS LIMA

LAILANE SATURNINO DA SILVA, ANA IRENE CARLOS DE MEDEIROS, LAÍLA PEREIRA GOMES DA SILVA E ANDRÉA DA NÓBREGA CIRINO NOGUEIRA

SANDRA NÍVEA DOS REIS SARAIVA FALCÃO, JOAO LUIZ DE A.A. FALCAO, LIVIA CAVALCANTE DA COSTA, SAMIA THABIDA DE OLIVEIRA RABELO, LUMA BURGOS PINHEIRO CASTELO BRANCO, CYRO MAGALHAES FERREIRA, RAMILLE MOITAS KRAMER DE MESQUITA, RAQUEL PAIVA PORTUGAL E MATEUS MACHADO BASTOS

DAFNE LOPES SALES, VERA LÚCIA MENDES DE OLIVEIRA, FRANCISCA MARIA GALES COSTA, RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO E THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA

INSTITUTO SUPERIOR DE TEOLOGIA APLICADA - FACULDADES INTA, SOBRAL, CE, BRASIL.

FACULDADES INTA, SOBRAL, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIFOR - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL - HOSPITAL DE MESSEJANA DR CARLOS ALBERTO STUDART GOMES, FORTALEZA, CE, BRASIL.

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RESUMO DOS TEMAS LIVRES EM PÔSTERES

P01 - ESTATÍSTICAS DE ASSOCIAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍSTICAS DE PACIENTES COM HIPERTENSÃO E SEUS NÍVEIS DE ADESÃO

MARIA YÉSIA PINTO TEIXEIRA VIANA, CÉLIDA JULIANA DE OLIVEIRA, EMILIANA BEZERRA GOMES, NAFTALE ALVES DOS SANTOS, MONICA LEITE ROCHA, TAHISSA FROTA CAVALCANTE e SAARA BARBOSA FERREIRA

Universidade Regional do Cariri, Crato, CE, BRASIL - Universidade Federal do Ceara, Fortaleza, CE, BRASIL.

Foi objetivo deste estudo verificar se há associação entre as características sociodemográficas e clínico-epidemiológicas de pessoas com hipertensão e seus escores de adesão. Estudo quantitativo, descritivo e transversal, realizado com portadores de hipertensão, atendidos e acompanhados por três equipes de saúde da Estratégia Saúde da Família do Crato-Ceará, perfazendo uma amostra de 243 hipertensos. Os dados foram coletados entre agosto e outubro de 2012, por meio da aplicação de um instrumento para avaliação da adesão ao tratamento anti-hipertensivo associado com questões sobre dados sociodemográficos e clínico-epidemiológicos, seguido das medidas antropométricas e verificação da pressão arterial. Para a verificação da associação entre as variáveis foram utilizados os teste do qui-quadrado, razão de verrossimilhança e a correlação de Spearmans. O estudo contou com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Cariri. Os pacientes eram em sua maioria do sexo feminino (71,6%), faixa etária predominante de 60 a 69 anos (31,7%), cor parda (43,6%) e possuíam companheiro (67,5%). A maioria estudou entre 5 a 8 anos (31,7%), possuem uma renda familiar mensal de 1,0 a 1,9 salários mínimos (52,7%) e são aposentados (31,7%). Quanto aos dados clínicos, à maioria estava com sobrepeso (36,6%), circunferência abdominal aumentada (56,0%), PAS não controlada (40,7%) e PAD não controlada (48,6%). Houve associação estatística entre os níveis de adesão, a idade e a escolaridade, ou seja, os extremos de idade e pessoas com poucos anos de estudo concluídos tendem a ter baixos níveis de adesão. Apesar de não ficar evidenciado estatisticamente, percebeu-se que pacientes hipertensos do sexo feminino aderem mais que os do sexo masculino e a presença de um companheiro melhora a adesão. Além disso, em relação às características clínicas, os pacientes com sobrepeso tendem a aderir menos ao tratamento e os pacientes com PA controlada são os que apresentam melhor adesão. Percebe-se, assim, que a adesão é mesmo um fenômeno multidimensional, por envolver diferentes aspectos. Esta pesquisa traz implicações importantes para a atuação da Enfermagem, haja vista que, a partir do conhecimento dos determinantes da adesão à terapêutica anti-hipertensiva presentes na clientela envolvida neste estudo, será possível o desenvolvimento de uma assistência eficaz e de qualidade.

P02 - PARTICIPAÇÃO FAMILIAR NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SOB A ÓTICA DOS PACIENTES

MARIA YÉSIA PINTO TEIXEIRA VIANA, CÉLIDA JULIANA DE OLIVEIRA, MARIA DE FATIMA ANTERO SOUSA MACHADO, MARIA EUGÊNIA ALVES ALMEIDA COELHO, EMILIANA BEZERRA GOMES, MONICA LEITE ROCHA e SAARA BARBOSA FERREIRA

Universidade Regional do Cariri, Crato, CE, BRASIL - Universidade de Fortaleza, Fortaleza, CE, BRASIL.

Este estudo teve como objetivo compreender, sob a ótica de pacientes hipertensos, a participação da família na adesão ao tratamento da hipertensão arterial. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizada com 23 hipertensos cadastrados em uma ESF do município de Crato-Ceará. Os dados foram coletados nos meses de agosto e setembro de 2012, utilizando-se uma entrevista semiestruturada composta por duas vertentes: a primeira para se obter informações sociodemográficas dos pacientes e a segunda contemplando as questões norteadoras da pesquisa. Os dados foram analisados com base na Análise Temática proposta por Minayo e submetidos à luz da literatura pertinente. Houve prevalência do sexo

feminino, idosos, baixas renda e escolaridade, família ramificada. Evidenciou-se a participação das famílias em ambas as formas de tratamento, embora na maioria das vezes, de modo passivo. Nos hábitos alimentares percebeu-se que na redução do sal e gordura e no que se refere à atividade física, o apoio familiar era quase sempre verbal, o que pode ter contribuído para predominância do sedentarismo. No tratamento medicamentoso, muitos familiares colaboram ao lembrar horários e doses e oferece suporte nas consultas. Identificou-se conhecimento deficiente do familiar sobre a doença, o que pode prejudicar seu envolvimento na terapêutica. Conclui-se que a participação da família está sendo oferecida, porém em muitos pontos da adesão, ainda insuficientes. Por isso, profissionais de saúde, especialmente o enfermeiro, devem traçar estratégias que busquem envolvê-los cada vez mais no tratamento.

P03 - TECNOLOGIAS DO CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ACOMETIDO POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: REVISÃO INTEGRATIVA

ÍTALO LENNON SALES DE ALMEIDA, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS e VERA LÚCIA MENDES DE OLIVEIRA

Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL.

Objetivou-se revisar a produção bibliográfica acerca da questão norteadora: quais as tecnologias do cuidado usadas pelo enfermeiro voltadas para o IAM? Trata-se de uma revisão integrativa, com abordagem qualitativa. Os artigos foram pesquisados no Lilacs e Scielo em abril/2013. A amostra compôs-se de 5 artigos. Utilizaram-se os descritores “enfermagem” e “infarto do miocárdio”. Os critérios de inclusão foram artigos completos, de periódicos nacionais/internacionais, dos últimos 5 anos, publicados em inglês, português ou espanhol, com pelo menos um enfermeiro entre os autores e que respondessem a questão norteadora. Excluímos revisões de literatura, teses ou dissertações. Inicialmente, encontrou-se 77 artigos. Após aplicação dos critérios de inclusão/exclusão, chegou-se a 5 artigos sendo realizada leitura e analise. As tecnologias identificadas foram: Diagnósticos de enfermagem (DE), Teorias de enfermagem, Educação em saúde e a monitoração dos indicadores de qualidade no cuidado com a saúde (IQS). Estudo publicado em 2012 trouxe intervenções de enfermagem baseadas na teoria do conforto de Kolcaba. Realizaram observação participativa em um hospital de atendimento Cardiológico em Sobral-CE com 9 mulheres que sofreram IAM. Em 2011, estudo transversal foi realizado em hospital de Niterói para identificar a frequência dos DE e características definidoras de pacientes com doenças cardiovasculares. A descrição dos DE contribui para a análise das respostas à doença cardiovascular, com foco no objeto de trabalho do enfermeiro. Publicado em 2009, um estudo traz a atuação do Enfermeiro como educador em saúde no cuidado a pessoa com IAM para reduzir o retardo pré-hospitalar e proporcionar conhecimento para autocuidado. Outro publicado em 2009 traz a monitoração dos indicadores de qualidade no cuidado com a saúde (IQS) e objetivou avaliar se a monitoração dos IQS e a análise da causa-raiz melhoram a qualidade do cuidado no IAM, com isso, foi realizada análise transversal e comparativa dos IQS em pacientes com IAM. Um publicado em 2010 trazia a atuação de programa multiprofissional de intervenção educativa através de palestras com pacientes acompanhados em hospital terciário e com diagnostico de doença arterial coronariana que já sofreram ou não IAM. Conclui-se que participação do enfermeiro nessa área de pesquisa ainda é reduzida. Devemos atuar mais nessa temática usando nossas tecnologias de enfermagem para tornar nossa assistência mais efetiva e de qualidade.

P04 - A EFICÁCIA DO TREINO MUSCULAR INSPIRATÓRIO NA FASE I DE REABILITAÇÃO CARDÍACA: UM ESTUDO DE CASO

ANA IRENE CARLOS DE MEDEIROS, SUZANA KÁTIA ALVES COSTA e GEORGES WILLENEUWE DE SOUSA OLIVEIRA

Universidade Potiguar, Mossoró, RN, BRASIL.

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A cirurgia cardíaca está entre a terapêutica atual das cardiopatias, e apesar de seus diversos benefícios, pode propiciar redução da força muscular respiratória, dos volumes e capacidades pulmonares. Assim, a aplicação de diferentes modalidades da fisioterapia respiratória tem sido utilizada, entre elas o Treino Muscular Inspiratório (TMI). O objetivo do presente estudo é avaliar a eficácia do TMI associado a um protocolo de reabilitação cardíaca na função pulmonar e qualidade de vida de um paciente submetido à Cirurgia de Revascularização do Miocárdio (CRM). Para isso foi realizado um estudo de caso com um paciente de sexo masculino, 63 anos, IMC de 23,62Kg/m², submetido a CRM em um Hospital na cidade de Mossoró-RN, onde o mesmo realizou um protocolo de reabilitação cardíaca convencional, associado ao TMI com Threshold® (carga de 30% da PImáx, sendo 3 séries de 10 repetições, 1 vez ao dia) e foi avaliado no pré-operatório, 1°PO e 6°PO através de Testes Respiratórios (Espirometria, Manovacuometria e Ventilometria) e Questionário de qualidade de vida (SF-36). A função pulmonar foi expressa por queda em todas as variáveis no 1° PO, com reestabelecimento de algumas destas no 6° PO: PImáx (Pré=-81cmH2O, 1°PO=-28cmH2O, 6°PO=-116cmH2O), PEmáx (Pré=121cmH2O, 1°PO=93cmH2O, 6°PO=99cmH2O), CVF (Pré=4l, 1°PO=1,65l, 6°PO=2,75l), VEF1 (Pré=2,95l, 1°PO=1,4l, 6°PO=2,1l), CVF/VEF1 (Pré=79, 1°PO=90, 6°PO=84), VC (Pré=270ml, 1°PO=160ml, 6°PO=260ml). Já em relação a qualidade de vida, houve melhora das variáveis “Capacidade Funcional” (40 vs. 60), “Estado Geral de Saúde” (37 vs. 72) e “Vitalidade” (25 vs. 35), e piora da “Dor” (41 vs. 22) no 6°PO. Como já explanado na literatura, o procedimento cirúrgico repercute na função pulmonar, reduzindo as variáveis pulmonares no 1°PO, no entanto, todas as variáveis apresentaram melhora no 6°PO, com aumento mais expressivo para PImáx, que foi maior que no pré-operatório. Além disso, apesar de o indivíduo apresentar percepção negativa de qualidade de vida no pré-operatório, houve melhora nos resultados do SF-36 pós-operatório. A associação do TMI ao protocolo de reabilitação cardíaca em pós-operatório de CRM se mostrou eficaz na melhora da força muscular inspiratória do paciente na presente pesquisa.

P05 - ANÁLISE DA FUNÇÃO PULMONAR NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA

ANA IRENE CARLOS DE MEDEIROS, ARACELI DA SILVA OLIVEIRA, SUZANA KÁTIA ALVES COSTA, MEIREANNY LIMA BARBOSA e GEORGES WILLENEUWE DE SOUSA OLIVEIRA

Universidade Potiguar, Mossoró, RN, BRASIL.

A cirurgia cardíaca está associada a prejuízo da função pulmonar, predispondo o paciente a complicações pulmonares pós-operatórias. A intervenção fisioterapêutica se faz importante no pré e pós-operatório para avaliação e tratamento de distúrbios respiratórios. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo analisar a função pulmonar dos pacientes durante o pré-operatório de cirurgia cardíaca. Para isso, realizou-se um estudo descritivo, onde foi realizada avaliação da função pulmonar (Espirometria, Manovacuometria e Ventilometria) dos pacientes no período pré-operatório de cirurgia cardíaca valvar e/ou revascularização miocárdica em um Hospital no município de Mossoró-RN. Para testar a hipótese de normalidade de cada variável foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov, adotando-se um nível de significância β de 0,05, através do programa SPSS versão 20.0. A amostra foi composta por 29 pacientes com idade média de 55,93±12,5 anos e IMC médio de 27,22±5,4 kg/m², dos quais 72,4% foi submetido a Revascularização Miocárdica, 24,1% a Cirurgia Cardíaca Valvar e 3,5% a Cirurgia Combinada. Dentre os volumes e capacidades pulmonares foram observados valores de CVF=2,38±0,8l (p=0,36) (69±22% do previsto), VEF1=1,86±0,6l (p=0,61) (68±26% do previsto), VEF1/CVF=78,86±14,3 (p=0,008), PEF=162,42±72,3l/min (p=0,04) e VC=0,39±0,1l (p=0,08). Já na análise da força muscular respiratória o valor médio da PImáx foi -93,17±36,4 cmH2O (p=0,72) (95±34% do previsto) e PEmáx foi 84,7±29,4 cmH2O (p= 0,56) (84±29% do previsto). Na análise geral da função pulmonar, os indivíduos não apresentaram distúrbios respiratórios, no entanto, houve presença de distúrbio obstrutivo (n=6), restritivo (n=2) ou misto (n=1) na análise isolada dos pacientes, fato que justifica a heterogeneidade em algumas

variáveis espirométricas. Já em relação a força muscular respiratória, foram encontrados valores dentro do previsto e homogêneos entre os participantes, indicando a ausência de fraqueza muscular respiratória desses pacientes durante o pré-operatório. A avaliação pulmonar no pré-operatório de cirurgia cardíaca foi considerada uma forma segura e eficaz de intervenção, podendo indicar possíveis distúrbios respiratórios e direcionar o atendimento da equipe no período pós-operatório.

P06 -NÍVEL PRESSÓRICO EM ADULTOS JOVENS ESCOLARES: UMA ANÁLISE A PARTIR DE FATORES INDIVIDUAIS

RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO, JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS, DAFNE LOPES SALES e THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA

Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL.

Objetivou-se analisar a pressão arterial de adultos jovens escolares a partir de fatores individuais. Tratou-se de estudo transversal, analítico, realizado com 501 adultos jovens escolares de Fortaleza-CE. Na coleta de dados, procedeu-se com a aplicação de formulário com questões fechadas. A análise e tabulação dos dados foram feitas em programa estatístico SPSS. Utilizou-se a média e desvio padrão para variáveis contínuas e frequência simples e percentual para categóricas. Para verificação de associação entre classificação da pressão arterial e variáveis individuais, utilizou-se qui-quadrado ou likelihood ratio, considerando nível de significância de 5%. No que confere à aplicação dos critérios éticos, os mesmos foram obedecidos, tendo sido o estudo aprovado em comitê de ética em pesquisa. Os resultados mostraram que os adultos jovens tinham média de idade de 21,03 anos (+ 1,33), não havendo diferença importante entre o sexo (49,1% para homem e 50,9% para mulher). Foi observado que grande parte era não branco (66,9%), a maioria era solteiro (76,2%) e não tinha filhos (76,8%), pouco mais da metade estudava e trabalhava (59,1%), a maioria tinha renda familiar mensal de até dois salários mínimos (75,8%). Dos adultos jovens, verificou-se que 7,8% não mamou, 8,0% fumavam, 4,8% fazia uso de bebida alcoólica de forma regular, 1,6% tinha hipertensão arterial, 1,0% tinha diabetes mellitus, grande parte usava óleo quando preparava comida em casa (66,1%), um terço utilizava leite integral (37,5%), quase a metade utilizava sal quando a comida não estava salgada o suficiente (40,3%), um terço apresentou sobrepeso/obesidade. É importante observar que 3,4%, 10,8% e 8,4% tinha glicemia, pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) alteradas, respectivamente. Identificados os fatores individuais, verificou-se associação estatisticamente significante entre PAS alterada e sexo masculino (p=0,0001), renda familiar acima de dez salários mínimos (p=0,016), fumar de vez em quando (p=0,042), ter hipertensão (p=0,0001) e obesidade grau três (p=0,002). Em relação à PAD, foi estatisticamente significante a associação com sexo masculino (p=0,0001), ter hipertensão (p=0,0001) e obesidade grau três (p=0,0001). Conclui-se se os adultos jovens apresentam vulnerabilidades individuais, que levam a níveis pressóricos alterados, sendo, portanto necessária a atuação de ações de promoção da saúde por parte dos profissionais de saúde em articulação com os diversos setores da sociedade.

P07 – ANÁLISE DO IMPACTO DO ENSINO DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) PARA ALUNOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC)

LÍGIA CARNEIRO BULCÃO, FRANCISCO EUGÊNIO DE VASCONCELOS FILHO, ÍTALO OLIVEIRA DE QUEIROZ, FELIPE NOBRE MUNIZ, LARA GUERRA LUCENA MATIAS ALENCAR, GÉSSYKA MARCOS LEÔNIDAS e VIRNA LEAL CHAGAS FERNANDES

Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL.

Objetivo: Avaliar os conhecimentos prévios de alunos recém-ingressos do curso de Medicina da UFC sobre Suporte Básico de Vida e o impacto de uma capacitação teórico-prática sobre o aprendizado do tema.

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RESUMO DOS TEMAS LIVRES EM PÔSTERES

Delineamento: Estudo transversal. Paciente ou Material: Alunos do primeiro semestre da Faculdade de Medicina da UFC, regularmente matriculados na disciplina de Assistência Básica à Saúde 1 (ABS1) no ano de 2012. Métodos: Os acadêmicos de Medicina do primeiro semestre da UFC foram capacitados em Suporte Básico de Vida através de aula teórico-prática ministrada pelos integrantes do Programa de Ensino em Reanimação Cardiorrespiratória (PERC), projeto de extensão vinculado ao Departamento de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina e à Pró-Reitoria de Extensão da UFC. A seção teórica foi baseada nas Diretrizes de SBV da American Heart Association (AHA) de 2010 e a seção prática realizada com a divisão dos alunos em estações para treinamento de RCP em manequins de reanimação. Para avaliar o conhecimento prévio dos acadêmicos, foram aplicados, ao início da aula teórica, pré-testes e, ao final da estação prática, pós-testes, cada um composto de 5 questões e formulados de acordo com as diretrizes da AHA de 2010. Foi obtido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos acadêmicos que se disponibilizaram a participar do estudo, junto ao pré-teste, e aplicado um questionário sociodemográfico, junto ao pós-teste. Os dados coletados foram armazenados e analisados no programa SPSS. Resultados: O estudo teve a participação de 86 acadêmicos de Medicina da UFC. Antes da realização da aula teórico-prática, 5 alunos (5,8%) não acertaram nenhuma questão, 19 alunos (22,1%) acertaram 1 questão, 22 alunos (25,6%) acertaram 2 questões e 23 alunos (26,7%) acertaram 3 questões. Antes da realização da aula, apenas 5 alunos (5,8%) acertaram todas as questões. Em contraste, após a aula teórico-prática, 58 alunos (67,4%) acertaram todas as questões, apenas 1 aluno (1,2%) não teve nenhum acerto, 2 alunos (2,3%) acertaram 3 questões e 25 alunos (29,1%) acertaram 4 questões. Enquanto que, antes da aula teórico-prática, os alunos acertaram 47,6% do teste, após a realização da aula, o desempenho de acertos foi de 92% do teste. Conclusão: Concluímos que, ao ingressar na Faculdade de Medicina da UFC, o conhecimento dos acadêmicos sobre Suporte Básico de Vida é baixo e que a capacitação desses alunos, através de aula teórico-prática, tem impacto positivo no aprendizado a respeito do tema.

P08 - ANÁLISE DO IMPACTO DO ENSINO DE SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (SAV) DO ADULTO PARA ALUNOS DO OITAVO SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC)

LÍGIA CARNEIRO BULCÃO, FRANCISCO EUGÊNIO DE VASCONCELOS FILHO, ÍTALO OLIVEIRA DE QUEIROZ, FELIPE NOBRE MUNIZ, PRISCILLA CASTRO GURGEL LOPES, DOUGLAS DE SOUSA SOARES e FERNANDA QUEIROZ SOARES

Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL.

Objetivo: Avaliar os conhecimentos prévios de alunos do oitavo semestre do curso de Medicina da UFC sobre Suporte Avançado de Vida (SAV) do adulto e o impacto de uma capacitação teórico-prática sobre o aprendizado do tema. Delineamento: Estudo transversal. Paciente ou Material: Alunos do oitavo semestre da Faculdade de Medicina da UFC, regularmente matriculados na disciplina de Assistência Básica à Saúde 8 (ABS8), de setembro de 2012 a abril de 2013. Métodos: Os acadêmicos foram capacitados em Suporte Avançado de Vida através de aulas teórica e prática ministradas, respectivamente, pelo professor regular da disciplina de ABS8 e pelos integrantes do Programa de Ensino em Reanimação Cardiorrespiratória (PERC), projeto de extensão vinculado ao Departamento de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina e à Pró-Reitoria de Extensão da UFC. A seção teórica foi baseada nas Diretrizes de SAV da American Heart Association (AHA) de 2010 e a prática realizada com a divisão dos alunos em 2 estações de treinamento: abordagem da via aérea e Suporte Avançado de Vida Cardiológico (SAVC). Para avaliar o conhecimento prévio dos alunos, foram aplicados, ao início da aula teórica, pré-testes e, ao final da estação prática, pós-testes, compostos de 5 questões cada e formulados de acordo com as diretrizes da AHA de 2010. Foi obtido Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos acadêmicos, junto ao pré-teste, e aplicado um questionário sociodemográfico, junto ao pós-teste. Os dados foram armazenados e analisados no programa SPSS. Resultados: O estudo teve a participação de 54 acadêmicos. Antes

da realização das aulas, 11 alunos (20,4%) não acertaram nenhuma questão, 14 alunos (25,9%) acertaram 1 questão, 24 alunos (44,4%) acertaram 2 questões e 5 alunos (9,3%) acertaram 3 questões. Após a realização das aulas, apenas 4 alunos (7,4%) não acertaram nenhuma questão, 5 alunos (9,3%) acertaram 1 questão, 14 alunos (25,9%) acertaram 2 questões, 17 alunos (31,5%) acertaram 3 questões, 13 alunos (24,1%) acertaram 4 questões e 1 aluno (1,9%) acertou 5 questões. Antes da realização das aulas, os alunos acertaram 28,5% do teste. Em contraste, após a administração das aulas, a porcentagem de acertos foi de 52,2% do teste. Conclusão: O conhecimento prévio de SAV do adulto dos alunos do oitavo semestre da Faculdade de Medicina da UFC não os torna aptos a agirem em uma situação de parada cardiorrespiratória e a capacitação teórico-prática dos alunos tem impacto positivo no aprendizado do tema.

P09 - VALOR DA ECOCARDIOGRAFIA TRANSTORÁCICA NO DIAGNÓSTICO DO TROMBOEMBOLISMO PULMONAR

DEBORAH CABRAL LIMA, ULYSSES VIEIRA CABRAL, SANDRA NÍVEA DOS REIS SARAIVA FALCÃO, LUCIANA SANTOS OLIVEIRA, JOSE DIOGENES MARQUES RIBEIRO FILHO e JOSE ELOY DA COSTA FILHO

Hospital de Messejana, fortaleza, CE, BRASIL.

OBJETIVO: Descrever a importância da Ecocardiografia no diagnóstico de tromboembolismo pulmonar a partir da descrição de um relato de caso.RELATO DE CASOPaciente, 70anos,sexo masculino ,foi admitido na emergência com quadro súbito de dor torácica,dispnéia e pré síncope. Apresentava ao eletrocardiograma uma taquicardia sinusal e nos exames admissionais uma elevação de troponina. Realizou Ecocardiograma com a suspeita de síndrome coronariana aguda ,porém durante o exame foi evidenciado dilatação e disfunção do ventrículo direito com típico sinal de Mc Connell, além de hipertensão pulmonar e a visualização de trombo na artéria pulmonar e ramo direito. O diagnóstico de embolia pulmonar foi confirmado em seguida pela angio-tomografia do tórax.RESUMOO tromboembolismo pulmonar (TEP) é a terceira doença cardiovascular aguda mais freqüente como causa de morbidade e mortalidade.O diagnóstico, geralmente, é difícil, já que os sintomas são pouco específicos, como dispnéia e taquipnéia, dor torácica, tosse e hemoptiseAo ecocardiograma, os principais achados indicativos de TEP agudo são:dilatação e hipocinesia do VD; movimentação paradoxal do septo; aumento de AD; insuficiência tricúspide/hipertensão pulmonar.CONCLUSÃO:O ecocardiograma é um exame não invasivo, de alta disponibilidade e de baixa sensibilidade para o diagnóstico de TEP,entretanto, tem a capacidade de diferenciar causas de dispnéia aguda, predizer a mortalidade associada a um evento tromboembólico e auxiliar no processo de tomada de decisão terapêutica.

P10 - IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS NA ADESÃO AO TRATAMENTO DE TRANSPLANTE CARDÍACO

GERMANA MARIA DE ALCANTARA CARLEIAL, e MARIA MARILZA DA SILVA PESSOA

Hospital de Messejana Dr.Carlos Alberto Studart Gomes, Fortaleza, CE, BRASIL.

O presente artigo se deu a partir da observação do trabalho realizado pelo Assistente Social na Unidade de Transplante e Insuficiência Cardíaca. A pesquisa mostra os principais impactos socioeconômicos na adesão ao tratamento cirúrgico. A análise foi feita a partir dos itens da avaliação social realizada pelo profissional de Serviço Social junto aos candidatos á transplante. Como metodologia, utilizamos a observação direta, apreciação documental e bibliográfica, assim como coleta e análise de dados. As avaliações analisadas correspondem aos pacientes adultos, já submetidos ao transplante cardíaco, durante

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o período equivalente de junho de 2011 a junho de 2013. Do ano de 2011, foram selecionadas 7 avaliações; de 2012, 13 avaliações e de 2013, 5 avaliações. Além disso, consideramos somente pacientes advindos do estado do Ceará. A análise dos gráficos aponta que a maioria dos pacientes são provenientes da capital, a fonte de renda é em geral oriunda de aposentadoria, seja por invalidez ou por idade, e as condições da casa apresentam algumas limitações, como a falta de um quarto adequado para receber o paciente no pós-transplante, a presença de animais, a falta de higiene e a ausência de saneamento básico. Salienta-se que é nesta etapa que o serviço social passa a atuar como mediador, com o objetivo de reduzir as limitações pré-existentes. O estudo mostrou a importância da avaliação social como determinante para analisar as condições sociais do paciente, pois através desta identificamos os pontos desfavoráveis e favoráveis para a inserção na lista de espera para a realização do possível enxerto, bem como das mediações realizadas por este profissional.Por meio desse trabalho, desenvolvido junto com a equipe multidisciplinar, tenta-se assegurar uma boa recuperação do paciente.

P11 - HIPERHOMOCISTEINEMIA: UM NOVO MARCADOR PRA SCREENING DIAGNÓSTICO DE DISPNÉIA EM USUÁRIOS DE ÁCIDO VALPRÓICO

INGRID DANIELLE CARDOSO CARVALHO, e JÚLIO CÉSAR AYRES FERREIRA FILHO

Centro Universitário e Faculdade de saúde, Ciências Humanas , teresina, PI, BRASIL - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) , sao paulo, SP, BRASIL.

Objetivo: Complementar os métodos diagnósticos para dispneia de origem cardíaca. Delineamento: Relato de caso. Paciente: sexo feminino, 22 anos, natural e procedente de Teresina – Piauí, G0P0A0, em tratamento para epilepsia há 2 anos com 250mg diário de ácido valpróico e vinha apresentando há dois meses dispnéia aos leves esforços associada a palpitações e 1 episódio de síncope. Foi diagnosticada com Tromboembolismo Pulmonar (TEP) após a realização de uma série de exames. Por não possuir os fatores de risco convencionais para TEP foi investigado: Fator V de Leiden, tempo de protrombina e antitrombina III assim como mutação no gene da trombina, homocisteina, Proteina C Funcional, Proteína S antigênica e eletrólitos. Dentre os exames, apenas a homocisteína estava alterada, com aumento de sua concentração sérica. Alguns trabalhos demonstraram que a cada 5 mmol HCY linha de base / L acima dos valores considerados normais existe um risco 19% maior de Tromboembolismo venoso, ou seja, TEP e Trombose Venosa Profunda. Métodos: Não se aplica. Resultados: A única alteração laboratorial encontrada que pudesse justificar um tromboembolismo pulmonar em uma paciente jovem sem fatores de risco foi a hiperhomocisteinemia, sabidamente lesiva ao endotélio e cujo aumento ao que tudo indica é decorrente do uso de ácido valpróico. Conclusão: Ainda que a hiperhomocisteinemia seja encontrada em diversas patologias esta deve ser valorizada como um potencial marcador no screening diagnóstico da dispnéia em usuários de ácido valpróico, porém, tal afirmativo necessita ainda de estudos maiores, multicêntricos e com seguimento a médio e longo prazo.

P12 - FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL E/OU DIABETES MELLITUS ATENDIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA

MARIA JOSE MELO RAMOS LIMA, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, MARIA DO SOCORRO QUINTINO FARIAS, RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO e JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS

Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL.

No Brasil, as doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morbimortalidade e ainda grande desafio à saúde pública, porque sua incidência aumenta ao longo dos anos. O controle e acompanhamento do paciente com diagnóstico de hipertensão e/ou diabetes é um desafio devido à elevada prevalência, mas também porque os serviços de

saúde ainda encontram-se focados em doenças agudas. Objetivou-se averiguar os fatores de risco associados em adultos com hipertensão e diabetes acompanhados em duas Unidades Básicas de Saúde da Família de Fortaleza-CE. Estudo descritivo e transversal com 99 de portadores de hipertensão e/ou diabetes cadastrados e acompanhados pela Estratégia Saúde da Família no HIPERDIA em dois Centros de Saúde. Os participantes foram selecionados de forma conveniente e sistemática. Os critérios de inclusão foram: estar cadastrado em uma das unidades de saúde do estudo, ser acompanhado pela ESF no HIPERDIA, ter idade igual ou maior a 15 anos. Foram excluídos do estudo os pacientes que estavam realizando a consulta pela primeira vez. A coleta de dados foi realizada em conversa com o usuário e análise das fichas do HIPERDIA. Com relação ao tabagismo, encontrou-se 11% de tabagistas, 46% não tabagistas e 42% ex-tabagistas. Concernente ao etilismo 4% afirmou ser etilista, 29% ex-etilista e 66% não etilista. Com relação à prática de exercícios físicos, 65% afirmaram ser sedentários, enquanto 34% afirmaram serem ativos. Em se tratando da dieta 30% afirmaram não restrição de sal e gordura, enquanto 69% disseram que faziam restrição na alimentação. Foi constatado nesse estudo que a Circunferência Abdominal (CA) estava elevada em 73% e enquanto apenas 26% estava normal. Esse fato corrobora o resultado do IMC que está elevado em 89% e apenas 10% normal. Os fatores de risco mais recorrentes foram: sedentarismo, má alimentação e a circunferência abdominal elevada dificultando o controle dessas doenças. A elevada ocorrência destas afecções na população estudada mostra a importância do controle rigoroso dos níveis pressóricos, glicêmicos e lipídicos a fim de reduzir os eventos cardiovasculares e sua progressão que levam a outras complicações. Observou-se também que a difícil tarefa de controlar de forma eficaz os níveis glicêmicos e pressóricos ainda necessita de ajustes, acrescentando a introdução da atividade física supervisionada, visto que encontraram-se elevados IMC e CA, aumentando o risco para doença coronariana.

P13 - O COTIDIANO DO PACIENTE TRANSPLANTADO CARDÍACO: UMA DESCRIÇÃO DE EXPERIÊNCIA

ALINA GONÇALVES DE VASCONCELOS, VERA LÚCIA MENDES DE OLIVEIRA, RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO, MARÍLIA XIMENES FREITAS FROTA e RITA DE CASSIA CHAGAS BEZERRA

Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, fortaleza, CE, BRASIL.

Esta pesquisa pretendeu conhecer as repercussões do transplante cardíaco no cotidiano da pessoa submetida ao procedimento. Tratou-se de um estudo qualitativo, com abordagem compreensiva, conduzido em um hospital terciário do Sistema Único de Saúde especializado em doenças cardiopulmonares, tendo como loco a Unidade de Transplante e Insuficiência Cardíaca. Participaram do estudo nove pacientes transplantados cardíacos submetidos ao procedimento há seis meses e em seguimento ambulatorial na referida unidade. O recorte temporal considerado foi de julho de 2012 até junho de 2013. Para coleta de dados utilizou-se a técnica de grupo focal, facilitada em quatro reuniões e conduzida por dois profissionais integrantes da equipe multidisciplinar que atuaram como mediador e observador, respectivamente. Um roteiro para condução das discussões foi elaborado, havendo a participação de pelo menos cinco pacientes em cada reunião, que teve duração média de cinquenta minutos. Todas as discussões foram gravadas e posteriormente transcritas. Utilizou-se para organização dos dados elementos da Hermenêutica, buscando unidades de significado e organizando-as em categorias temáticas. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética do hospital em questão. Os recortes das falas dos participantes resultaram em cinco unidades de significado que, após nova redução, originaram as categorias temáticas denominadas: O discurso da equipe e A pessoa transplantada. Tais categorias foram analisadas à luz de autores pertinentes ao tema orientando a compreensão que a pessoa transplantada se ressente das inúmeras proibições demandas pela equipe, com interferência direta em seu cotidiano; as limitações decorrentes do transplante cardíaco ganham destaque e não permitem que os pacientes se sintam realmente curados. Por fim, os participantes reconhecem o transplante cardíaco como uma solução para seus sintomas clínicos, contudo com significativa perda de sua

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RESUMO DOS TEMAS LIVRES EM PÔSTERES

autonomia. O transplante cardíaco apresenta-se como recurso viável para sobrevida de pacientes com insuficiência cardíaca refratária, entretanto, as inúmeras exigências e recomendações implementadas pela equipe interferem no cotidiano dessas pessoas, obrigando-as a um intenso esforço adaptativo para sua segurança e sucesso do procedimento.

P14 - TUMOR CARDÍACO EM ÁTRIO DIREITO: RELATO DE CASO

PARAHYBA, ISABELLE O, FALCO, SARAH C L, FILHO, CLAUDIO J A S, MOREIRA, LISE A G, CARNEIRO, FERNANDO D R, PARAHYBA, MARCELLE O e JUNIOR, JOSE N P

Hospital Prontocardio, Fortaleza, CE, BRASIL - Unichristus, Fortaleza, CE, BRASIL - Unifor, Fortaleza, CE, BRASIL.

INTRODUÇÃO: Relato de caso de tumor no átrio direito manifestado por arritmia e síncope, seguido de edema facial.RELATO DE CASO: A.T.A.V., masculino, 52 anos, com HAS. Há 9 meses apresentou adinamia e episódios sincopais. Quatro meses depois notou edema de face e pescoço com rubor mais intenso ao acordar, que melhora ao longo do dia. Houve piora da adinamia e tontura, surgindo dispneia aos esforços e dor torácica, quando procurou a internação. Ao exame físico, ausculta normal, edema de pescoço e face, sem edema de membros inferiores, pulso de 60 bpm e PA 120/80 mmHg. O raio-X de tórax evidenciou cardiomegalia. O eletrocardiograma apresentava ritmo nodal superior. Holter: episódios de dissociação AV. RM de tórax: massa de aspecto sólido, tamanho 6 x 6,3 x 4 cm, hipovascular, de contornos lobulares e aspecto vegetante no interior do AD com extensão às veias cavas; derrame pericárdico heterogêneo e pericárdio espessado, de 2,3 cm. Cateterismo mostrou artérias coronárias normais e massa de grande volume ocupando boa parte do AD, sem comprometer a valva tricúspide, e estenose de 70% da veia cava superior. Foi submetido à cirurgia cardíaca para ressecção de tumor do átrio direito.COMENTÁRIOS: Os tumores primários do coração são raros, com incidência de 0,001% a 0,28%, 20 vezes menos frequentes que os tumores metastáticos do coração. Na literatura, 75% são benignos, sendo que 50% são mixomas. São mais frequentes entre a terceira e sexta décadas de vida e 90% localizam-se nos átrios, com relação átrio esquerdo/átrio direito de 4:1. As manifestações clínicas dependem da topograβa tumoral. No presente caso, foi característico a presença de arritmia com parada de atividade sinusal e síndrome da obstrução da cava superior, o que levantou a suspeita da tumoração envolver o nodo sinusal e ocluir a entrada do sangue no átrio direito.REFERÊNCIAS:SALGADO, A. A. et al. Papel da Ecocardiografia na Avaliação dos Tumores Cardíacos e de Massas Cardíacas não Infecciosas. Revista Brasileira de Cardiologia, Rio de Janeiro, v. 23, n. 3, p. 230-240, 2012.FERREIRA, M. C. F.; POTT JUNIOR, H. Mixoma Cardíaco: Patologia e Correlação Clínica em Material de Ressecção Cirúrgica. Arquivos de Medicina, Campinas, v. 23, n. 5, p.117-180, 2009.

P15 - COARCTAÇÃO DE AORTA ASSOCIADO À EXTENSA REDE DE COLATERAIS ABRINDO O QUADRO COM DISSECÇÃO DE AORTA TIPO A DE STANFORD EM ADULTO DO SEXO MASCULINO.

ASTRID ROCHA MEIRELES SANTOS, JOSE DANIEL BRANDAO DE OLIVEIRA e LIA ALBUQUERQUE MENDES

Hospital de Messejana, Fortaleza, CE, BRASIL.

Introdução:Coarctação da aorta é uma malformação congênita, caracterizada por estreitamento da aorta torácica, geralmente abaixo da artéria subclávia esquerda. É mais frequente no sexo masculino na razão de 2:1. O quadro clínico é habitualmente composto por hipertensão arterial sistêmica em membros superiores e diminuição dos pulsos em membros inferiores. Pacientes com rica rede de colaterais podem sobreviver até a idade adulta assintomáticos,

podendo complicar com dissecção e tornar-se uma ameaça à vida. Relato de caso:G.P.C, masculino, 28 anos, auxiliar administrativo. Dá entrada na emergência do hospital municipal de Ubajara-Ce com quadro de dor torácica súbita, de forte intensidade, lancinante, sem fatores de melhora ou piora, com irradiação para região cervical, cedendo ao uso de analgésicos endovenosos. Realizado ECG que foi normal, sendo liberado. Com 24hs voltou a apresentar quadro semelhante, sendo encaminhado ao Hospital do Coração de Sobral, onde realizou ECO TT que evidenciou aneurisma de aorta tipo A, com lamina de dissecção, transferido ao Hospital de Messejana. Neste hospital realizou ECO TE que confirmou diagnóstico prévio, sendo o paciente operado com colocação de prótese de Bentall e prótese metálica aórtica, no intra-operatório visto coarctação de aorta torácica, confirmada por Angio TC de Tórax e corrigido posteriormente. .Discussão: A coarctação da aorta corresponde a cerca de 6 a 8% das cardiopatias em geral. É conceituada como um estreitamento, constrição, normalmente na região ístmica da aorta, entre a artéria subclávia esquerda e o ductus arteriosus. Quando não tratada pode evoluir com complicações precoces como insuficiência cardíaca no período neonatal, ou tardias como aneurismas, dissecções e coronariopatias consequentes á hipertensão arterial secundária á coarctação. A gênese da dissecção aórtica nos casos de coarctação severa consiste no fluxo sanguíneo turbulento pelas artérias colaterais, gerando aumento progressivo da pressão na aorta ascendente. Referências: 1. Brierley J, Redington AN. Aortic coarctation and interrupted aortic arch. In: edi¬tors. Paediatric cardiology. London: Churchill Livingstone; 2002. p.1523-57.. 2. Loffredo CA,Interrupted aortic arch:an epidemiologic study. Teratology 2000;61:368–75.

P16 - ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DE ADOTADAS POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA O TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

ÍTALO LENNON SALES DE ALMEIDA, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, ANA CÉLIA CAETANO DE SOUZA, DAIANY CAJADO DE LIMA e SUIANY NASCIMENTO MOTA

Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL.

Objetiva-se revisar a produção literária sobre a temática respondendo a pergunta norteadora: Quais as estratégias de educação em saúde adotadas por profissionais de saúde para o tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica? Os artigos que compõem a amostra do estudo foram pesquisados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) em setembro/2012. Trata-se de uma revisão integrativa, com abordagem qualitativa Os descritores usados foram educação em saúde e hipertensão. Os critérios de inclusão foram artigos com texto completo, em português e indexados nos últimos 10 anos. Excluímos da amostra: as revisões de literatura, as teses e os estudos que não respondiam a questão norteadora. Encontramos 79 artigos que atendiam aos critérios de inclusão. Após leitura dos artigos decidimos excluir 65 artigos, pois atendiam os critérios de exclusão. Com isso, chegamos à amostra de 14 artigos. Os estudos analisados utilizaram estratégias as mais diversas possíveis sendo que as mais presentes foram as oficinas educativas que tem a figura do enfermeiro a sua frente, essas estavam presentes em 4 artigos (28,5%). Alguns dos estudos não evidenciavam estratégias utilizadas, mas sugeriam a atuação dos profissionais de saúde frente ao dever de informa e ensinar os usuários sobre a hipertensão, formas de prevenção/tratamento e adoção de estilo de vida saudável. Isso ocorreu em 4 estudos (28,5%). A atuação do enfermeiro como educador em suas consultas de enfermagem foi abordada em 2 situações (14,2%). O uso de jogos educativos foi mencionado em um artigo (7,1%). As visitas domiciliares, a consulta médica e os grupos de intervenção educacional e terapêutica foram citados em um estudo cada, tendo a atuação de enfermeiros, médicos ou nutricionistas. Conclui-se que a educação deve deixar de ser algo inerente às escolas, as unidades de saúde devem ser também locais de ensino e aprendizagem e os profissionais de saúde devem adotar a postura de educadores, pois só assim poderemos realizar a promoção da saúde que tanto discutimos. O uso de estratégias educativas no auxilio ao

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tratamento da hipertensão arteiral mostrou-se além de efetiva, muito bem aceita pela população que lhe foi ofertada, aproximando usuário e profissional no momento da prestação de serviços.

P17 - CORREÇÃO CIRÚRGICA DE ANEURISMA DE VEIA PULMONAR: RELATO DE CASO

ANDREZA SERVULA PEREIRA DA SILVA, PEDRO ANTONIO GOMES MACIEL, VIVIANE LEANDRO DE ALMEIDA, TERESA QUEIROZ BALBINO, CAMILLE PINHEIRO PEQUENO, RICARDO GRANGEIRO SAMPAIO e SAMUEL SOARES EDUARDO

Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte, Juazeiro do Norte, CE, BRASIL - Hospital do Coração do Cariri, Barbalha, CE, BRASIL.

Introdução: Os aneurismas de vasos torácicos podem apresentar-se como tumefações mediastinais, mas que compreendem apenas uma pequena parcela das massas mediastinais. A maioria desses achados vasculares é de aneurisma aórtico, o aneurisma de veia pulmonar representa uma massa muito rara, mas distinta e cirurgicamente corrigível.Objetivo: Relatar um caso de aneurisma de veia pulmonar.Métodos: Relato de caso realizado por meio de consulta ao prontuário do paciente.Resultados: Paciente masculino, 47 anos, tabagista, sem histórico de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus, deu entrada em serviço de saúde da região com quadro de dispneia em repouso e dor retroesternal em pontada ao repouso. Ao exame físico foi identificado diminuição de murmúrio vesicular em ambos hemitóraces. A radiografia de tórax identificou derrame pleural bilateral. Inicialmente foram drenados 500 ml de liquido hemático. À tomografia computadorizada evidenciou-se uma massa mediastinal sugestiva de aneurisma de átrio esquerdo. Após paciente evoluir instável hemodinamicamente, mais 2000 ml de sangue foram drenados, foi realizada ressuscitação volêmica. O mesmo foi encaminhado para serviço de cirurgia cardiovascular da região e indicado para cirurgia para ressecção da massa sendo realizada toracotomia mediana com uso de circulação extracorpórea. No ecocardiograma transesofágico intraoperatório foi identificada uma comunicação interatrial que foi confirmado através do contraste de bolhas e corrigida durante a cirurgia. A cirurgia foi concluída sem complicações e o paciente evoluiu estável e com pós-operatório favorável.Conclusão: Observa-se neste relato de caso um achado mediastinal raro, com história natural incerta, em que a ressecção cirúrgica se faz necessária para aliviar os sintomas.

P18 - IMPLANTE TRANSAPICAL DE VÁLVULA AÓRTICA EM IDOSO COM ESTENOSE AÓRTICA GRAVE: RELATO DE CASO

ANDREZA SERVULA PEREIRA DA SILVA, ANYSSA MONTENEGRO BRILHANTE, ANTONIO RICARDO TORRES QUENTAL FILHO, MARIANA BRAGA MOTA, PEDRO WALTER FEITOSA, PEDRO ANTONIO GOMES MACIEL e SAMUEL SOARES EDUARDO

Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte, Juazeiro do Norte, CE, BRASIL - Hospital do Coração do Cariri, Barbalha, CE, BRASIL.

Introdução: O tratamento de eleição para a estenose aórtica grave em pacientes sintomáticos é a troca cirúrgica da válvula. Em pacientes de risco cirúrgico elevado, uma opção tem ganhado bom espaço e apresentado resultados promissores: o implante transcatéter da válvula. O método transapical, objeto deste relato, é uma das possíveis abordagens neste contexto. Objetivo: Relatar um caso de implante transapical de válvula aórtica em um paciente idoso.Material e Método: Relato de caso realizado por meio de consulta ao prontuário do paciente.Resultado: Paciente masculino, 79 anos, hipertenso e tabagista, procurou o ambulatório de cardiologia há dois anos por dispneia aos médios esforços. Ele relatou que os sintomas tiveram inicio com limitação de atividades do dia-a-dia. Negava dores precordiais

e episódios de sincope. Foi realizado ecocardiograma no qual se diagnosticou estenose aórtica e se solicitou a realização de novo exame no período de seis meses após a consulta. No devido tempo foi realizado novo ecocardiograma que demonstrou evolução da estenose. O paciente foi encaminhado ao serviço de cirurgia cardíaca para realização de substituição valvar. O procedimento escolhido foi o implante transapical minimamente invasivo, pois o paciente estava dentro de um perfil de alto risco cirúrgico devido a idade, uma alta taxa de mortalidade cirúrgica, segundo a classificação do euroSCORE (23,3% de mortalidade), para o procedimento convencional e tinha sintomas de insuficiência cardíaca compatíveis com classe III da NYHA, justificando assim a escolha do procedimento transapical. O procedimento de implante transapical de válvula aórtica foi realizado com uma pequena incisão no 6º espaço intercostal direito, sem a utilização de circulação extracorpórea. No pós-operatório realizou-se o ecocardiograma de controle que evidenciou melhora considerável de gradiente pressórico valvar e da função diastólica do ventrículo. O paciente evoluiu favoravelmente.Conclusão: O uso de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, em especial o implante transapical de válvula aórtica, tornou-se um dos principais avanços na área da cirurgia cardiovascular, possibilitando um tratamento seguro em pacientes com um alto risco cirúrgico e que apresentavam contra-indicações ao método convencional

P19 - NÍVEIS PRESSÓRICOS E RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL EM UNIVERSITÁRIOS ADULTOS JOVENS

EMILIANA BEZERRA GOMES, LORENA KELLE MIRANDA FERREIRA, CÉLIDA JULIANA DE OLIVEIRA, KENYA WALERIA DE SIQUEIRA COELHO LISBOA e CONSUELO HELENA AYRES DE FREITAS

Universidade Regional do Cariri, Crato, CE, BRASIL - Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL.

OBJETIVO: Os níveis de pressão arterial associada a outros fatores de risco cardiovascular (FRCV) apontam o grau de risco cardiovascular global, importante indicador para prevenção cardiovascular. Objetivou-se identificar pressão arterial (PA) dos discentes de enfermagem e categorizá-los quanto seu grau de risco cardiovascular global. DELINEAMENTO: Estudo descritivo, quantitativo MATERIAL: População de discentes regularmente matriculados do curso de graduação em enfermagem da Universidade Regional do Cariri, campus Pimenta, 183 alunos. A amostra considerou prevalência de 50% para ocorrência de FRCV, desconhecida na população em questão e erro de 3%, somando 156 alunos. MÉTODOS: A coleta de dados foi de dezembro de 2011 a setembro de 2012. Utilizou-se um questionário com itens sobre FRCV (idade, gênero, etnia, ingestão de sal, etilismo, tabagismo, sedentarismo, antecedentes familiares). Aferição da PA e medidas antropométricas (peso, altura, circunferência abdominal, IMC). A pressão arterial foi classificada como normotensão (ótimo, normal, limítrofe) e hipertensão (estágios 1, 2, 3). O risco cardiovascular global foi determinado por diretriz especializada como: risco basal, baixo risco adicional, moderado risco adicional, alto risco adicional e muito alto risco adicional. Estudo integrante da pesquisa “Análise do risco cardiovascular em discentes de graduação em enfermagem” fomentada por bolsa de iniciação científica CNPq e parecer do comitê de ética em pesquisa nº 138/2011. RESULTADOS: Obtivemos 139 alunos (89,1%) classificados como normotensos em nível ótimo; 14 alunos (8,98%) como normotensos em nível normal. A PA limítrofe, hipertensão estágio 1 e hipertensão estágio 2 contaram com um acadêmico (0,64%) cada. O Baixo risco adicional (um a dois FRCV e nível de PA ótimo à limítrofe) esteve presente em 52 alunos (33,33%). Com um a dois FRCV e PA em estágio 1/estágio 2 ou mais que 3 FRCV em nível de PA ótimo e normal foram 101 acadêmicos (64,75%) como moderado risco adicional. Dois discentes (1,28%) tinham alto risco adicional (mais de três FRCV e PA de limítrofe a hipertensão estágio 1/estágio 2). Um aluno (0,64%) apresentou risco adicional muito alto, pois tinha condições clínicas associadas. CONCLUSÃO: A determinação do risco cardiovascular é importante ferramenta na promoção da saúde e prevenção às doenças cardiovasculares, pois revelam a realidade da saúde cardiovascular otimizam à assistência e diminuem os custos sociais e econômicos com a saúde.

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RESUMO DOS TEMAS LIVRES EM PÔSTERES

P20- ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO ENTRE ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR

DANIELE BRAZ DA SILVA, MARCIA GOMES MARINHEIRO COELHO, MALVINA THAÍS PACHECO RODRIGUES, JOSÉ WICTO PEREIRA BORGES, FRANCISCA ALEXANDRA ARAÚJO DA SILVA, ISMÊNIA DE CARVALHO BRASILEIRO, FABIANA SALES VITORIANO UCHÔA, IRIALDA SABÓIA CARVALHO, LARYSSA VERAS ANDRADE e THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

Adesão é definida como o grau de coincidência entre a prescrição do profissional de saúde e o comportamento do usuário. Apesar de sua importância estar muito difundida, infelizmente a adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) não é um comportamento frequentemente observável, haja vista, os diversos fatores de risco associados. A dificuldade dos hipertensos em seguir o tratamento de forma regular e sistemática é apontada como o maior problema encontrado pelos profissionais de saúde, pois a mudança no estilo de vida ainda representa um grande desafio. Para tanto, este estudo teve como objetivo analisar a associação da adesão ao tratamento da HAS com os fatores de risco cardiovascular de hipertensos acompanhados na Estratégia Saúde da Família de Fortaleza-Ceará. Trata-se de um estudo transversal, analítico e quantitativo, realizado entre abril e julho de 2011, por meio de visita domiciliar a 406 hipertensos. Os fatores de risco cardiovascular abordados foram: sexo, idade, história familiar de HAS, obesidade, sedentarismo, etilismo, tabagismo e diabetes mellitus. A adesão foi avaliada por meio do instrumento de Moreira (2003), que é multidimensional do tipo likert, mede a adesão em seus aspectos medicamentoso e não farmacológico e possui dez dimensões. Para análise dos dados utilizou-se o software SPSS 17.0 e realizou-se teste de associação estatística (X2 e odds ratio) ao nível de significância 5%. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, sendo aprovado sob o protocolo de n° 10725637-1. Os resultados mostram que a maioria dos hipertensos (56,2%) não está aderindo ao tratamento anti-hipertensivo, entretanto as mulheres têm maior adesão que os homens, 45,1% e 41,4%, respectivamente. Em relação aos fatores de risco cardiovascular, encontrou-se associação estatística da adesão com obesidade (p<0,001;OR=2,385), mostrando que os hipertensos com peso adequado tem 2,3 vezes mais chances de aderir ao tratamento da HAS; sedentarismo (p=0,003;OR=1,373), ou seja, aqueles sedentários têm 1,3 vezes mais chances de não aderir ao tratamento anti-hipertensivo; etilismo (p=0,047) e tabagismo (p=0,011). Portanto, pode-se perceber que a adesão ao tratamento da HAS não é uma tarefa fácil, pois não está relacionada apenas a tomada diária de medicamentos, envolve a mudança do estilo de vida referente aos fatores de risco modificáveis, que também influenciam na adesão.

P21 - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA ATENÇÃO BÁSICA: ELABORAÇÃO DE UM PROJETO TERAPÊUTICO

AMANDA GOMES DOS SANTOS, ÁUREA ANELISE ROCHA COELHO, CÉLIDA JULIANA DE OLIVEIRA, TAHISSA FROTA CAVALCANTE e JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS

Universidade do Cariri, Crato, CE, BRASIL - Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL.

A hipertensão arterial é uma doença crônica, de múltiplas expressões, visto que o indivíduo que sofre desse agravo apresenta transformações expressivas em sua vida, nas esferas psicológica, familiar, social e econômica. Nesse contexto, a elaboração de um projeto terapêutico individualizado torna-se relevante, uma vez que, possibilitará a organização do cuidado. Objetivou-se reportar a elaboração de um projeto terapêutico direcionado a um paciente com hipertensão de uma unidade básica de saúde. Relato de experiência, desenvolvido em junho de 2013 em Crato-CE, com um idoso de 82 anos. Para a formulação do projeto terapêutico foram seguidas as etapas de diagnóstico do problema, definição de metas e divisão de

responsabilidades. Além disso, utilizaram-se perguntas objetivando problematizar a relação da equipe de saúde e usuário, assim como, identificar os problemas apresentados pelo paciente. Primeiramente, realizou-se uma entrevista com o idoso assistido, identificando que ele tinha hipertensão e dislipidemia há três anos, histórico de três internações em virtude da elevação da pressão arterial, tabagista há 78 anos, sedentário, não frequentava as consultas regularmente, não seguia dieta hipossódica, mostrava-se resistente ao tratamento medicamentoso. Em seguida, aplicou-se outro questionário à equipe de saúde, sendo possível observar que a equipe encarava o caso como complicado, mas possível de solução e que a situação era problema da unidade, assim como, do próprio paciente e dos familiares. Após coleta de dados deu-se a identificação dos problemas e elaboração das metas e intervenções, tento como problema prioritário a falta de adesão do paciente ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso, sendo atribuídos fatores relacionados, como, conhecimento deficiente do paciente e do cuidador, vínculo entre paciente e equipe prejudicado e falta de apoio familiar no tratamento. De acordo com os problemas diagnosticados elaboraram-se intervenções, como, visita domiciliar, adequação do esquema medicamentoso e participação do paciente em grupos terapêuticos. Constata-se que se devem considerar todas as dimensões do cuidado envolvidos ao paciente com hipertensão, visando à prevenção de agravos e complicações. Destarte, a elaboração do projeto terapêutico possibilitou não somente a identificação de problemas relacionados ao paciente de forma singular, mas as dificuldades expressas na relação paciente, equipe de saúde e comunidade.

P22 - CORRELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E NÍVEIS PRESSÓRICOS OBTIDOS EM MEDIDAS ISOLADAS DA PRESSÃO ARTERIAL

CAMILA LOPES DO AMARAL, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, JOSÉ ANTONIO DE LIMA NETO, JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO, RENNO SOARES LEITAO, ALESSANDRA FERNANDES SILVA, CAINAN PIRES BARROSO CAMILO, ANDERSON NUNES CASSIANO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, JESSICA ALVES COSTA e JÉSSICA SANTOS CUNHA

Hospital do Coração Pe. José Linhares Ponte, Sobral, CE, BRASIL - Liga Médico-Acadêmica de Cardiologia de Sobral, Sobral, CE, BRASIL.

Objetivo: Correlacionar a prática de atividade física com os níveis pressóricos obtidos através de medidas isoladas da pressão arterial através de livre demanda dos pacientes. Delineamento: Trata-se de estudo transversal, descritivo. Material e Método: Foram analisados 342 pacientes atendidos em dois mutirões nos dias 26 de abril de 2012 e de 2013, realizados em praça pública, no município de Sobral-CE. O atendimento foi realizado por livre demanda. Respeitou-se um tempo de 15 minutos de repouso sentado para então ser realizada a aferição da pressão arterial (PA) utilizando-se estetoscópio e esfigmomanômetro aneróide. Os pacientes foram submetidos a um questionário epidemiológico, onde coletou-se dados sobre a prática de atividades físicas, tipo de atividade, frequência semanal e duração média. Definiram-se como níveis pressóricos alterados medidas da PA ≥ 140 x 90 ou PA sistólica >140 e PA diastólica <90 (HSI-Hipertensão Sistólica Isolada). Resultados: Dos 342 pacientes analisados, 154 (45%) eram do sexo masculino, com média de idade de 46,67 ± 14 anos. Alteração da PA esteve presente em 116 pacientes (34%) e a prática de atividade física em 129 (37,7%). A atividade mais frequente foi a caminhada (59,5%), seguida de musculação (11,1%), ciclismo (7,9%), futebol (5,6%), e outras (15,9%). A maioria dos pacientes (52,8%) realizavam atividades com frequência igual ou superior a 5 dias na semana. Com relação à duração do exercício, foram obtidos os seguintes dados: 3,1% < 30 minutos (min.); 25,8% = 30 min.; 50% = 60 min.; 21,1% > 60 min. Entre os 106 (31% do total) que relataram conhecimento prévio da HAS, 49 praticavam alguma atividade física e, destes, 29 (59%) não apresentaram elevação da PA, enquanto que dos 57 que não se exercitavam este número foi de 23 (40%)(p=0,042). Os praticantes de atividades físicas tiveram sua PA estagiada da seguinte maneira: ótima (25%), normal (35,2%), limítrofe (8,6%), HAS - estágios - I (12,5%), II (11,7%), III (1,6%) e HSI (5,5%).

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Dos não praticantes, seguem-se os resultados: ótima (24,9%), normal (27,7%), limítrofe (11,7%), HAS – estágios - I (19,2%), II (8,9%), III (3,8 %) e HSI (3,8%). Conclusão: Os resultados corroboram com a literatura atual, mostrando que a prática de atividade física acessível à população em geral contribui para redução da prevalência e melhor controle da HAS.

P23 - INTERVENÇÃO PERCUTÂNEA NO TRONCO DA CORONÁRIA ESQUERDA EM PACIENTE NONAGENÁRIO: RELATO DE CASO

MOREIRA, LISE A G, FILHO, CLAUDIO J A S, PARAHYBA, ISABELLE O, CARNEIRO, FERNANDO D R, MOTA, LIA A M, FALCO, SARAH C L e JUNIOR, JOSE N P

Unichristus, Fortaleza, CE, BRASIL - Hospital Prontocárdio, Fortaleza, CE.

INTRODUÇÃO: Consiste em relato de caso de severa insuficiência coronariana com IAM em nonagenário. RELATO DE CASO: N.B.F, masculino, 93 anos, branco com hipertensão arterial sistêmica e DAC. Refere antecedente de infarto agudo do miocárdio (IAM) de parede póstero-inferior e CATE, há 10 anos, mostrando obstrução da CD e lesão de tronco da coronária esquerda, decidido tratamento clínico. Admitido na UTI do Hospital Prontocárdio com dor torácica, sudorese e náuseas há 24 horas. Ao exame físico: aparelho cardiopulmonar sem alterações, com pressão arterial de 140x75 mmHg e pulso de 68bpm. Eletrocardiograma com ritmo regular e sinusal e supradesnivelamento do segmento ST nas derivações V3-V6; raio-X de tórax normal; saturação de O2: 94%; elevação dos níveis de troponina I (18,6 ng/ml) e CPK (197 U.I.), caracterizando IAM. Submetido a cateterismo e angiografia em ventrículo esquerdo + coronariografia. Após o exame realizou angioplastia com um stent farmacológico (firebind 3.5x18mm) no tronco e um stent farmacológico (firebind 3.5x13mm) na circunflexa, uma vez que a descendente anterior enchia por ramo colateral via marginal da artéria coronária direita, que apresentava lesão severa. Paciente evoluiu bem, sem intercorrências, recebendo alta hospitalar no terceiro dia de pós-operatório para posterior tratamento de lesão de marginal direita. COMENTÁRIOS: No Brasil houve aumento significativo na população idosa. Os nonagenários representam um subgrupo especial, com o prognóstico limitado por causa da idade e das comorbidades. A intervenção coronariana percutânea é um recente recurso no tratamento da DAC sintomática ou de alto risco. Há poucas publicações de intervenção coronária percutânea em nonagenários e sua indicação é controversa. Apresentamos caso de nonagenário submetido à intervenção coronariana, com colocação de 2 stents farmacológico em tronco da coronária esquerda que trouxe imediato resultado clínico ao paciente. REFERÊNCIAS: BARROS, L. S. N. et al.Evolução em Longo Prazo da Intervenção Coronariana Percutânea em Octogenários e Nonagenários: fatores de risco para óbito e eventos maiores. Revista SOCERJ. v. 20, n. 4, p. 272-281, 2007. ZOCCAI, Giuseppe Biondi et al. Percutaneous coronary intervention in nonagenarians: pros and cons. Journal Of Geriatric Cardiology, v. 10, n. 1, p.82-90, 2013.

P24 - RELAÇÃO ENTRE A ETNIA E NÍVEIS PRESSÓRICOS DOS PACIENTES ATENDIDOS EM MUTIRÕES NA CIDADE DE SOBRAL-CE

JÉSSICA SANTOS CUNHA, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, JOSÉ ANTONIO DE LIMA NETO, JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO, ANDERSON NUNES CASSIANO, VANESSA DANTAS RIBEIRO, SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA, CAMILA LOPES DO AMARAL, RENNO SOARES LEITAO, CAINAN PIRES BARROSO CAMILO e JANAÍNA TEIXEIRA PEREIRA CARNEIRO TAPETI

Hospital do Coração Pe. José Linhares Ponte, Sobral, CE, BRASIL - Liga Médico-Acadêmica de Cardiologia de Sobral, Sobral, CE, BRASIL.

Objetivos: Relacionar o perfil étnico, estágios da hipertensão arterial (HA) em pacientes atendidos em um mutirão na cidade de Sobral-

CE. Metodologia: Foram analisados 342 pacientes atendidos por livre demanda em dois mutirões nos dias 26 de abril de 2012 e de 2013, realizados em praça pública, no município de Sobral-CE. Respeitou-se um tempo de 15 minutos de repouso para então ser realizada a aferição da pressão arterial (PA) utilizando-se estetoscópio e esfigmomanômetro aneroide. Os estágios de HA foram classificados de acordo com as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. A classificação quanto à raça deu-se por autodeclaração. Resultados: Dos 342 pacientes atendidos, 55% eram do sexo feminino, com a média etária de 46,67 ± 14 anos. A distribuição segundo a raça e estágios da doença hipertensiva deu-se da seguinte forma: 57,7% de pardos, destes 48,5% enquadrados no estágio I, 32,4% no estágio II, 10,3% no estágio III, além de 8,8% com hipertensão sistólica isolada; 17,8% de negros, sendo 50% com hipertensão grau I, 25% no estágio II, 15% no estágio III, e 10% com níveis de sistólica isolada; finalmente, 24,6% dos pacientes atendidos se declararam brancos, sendo 50% estágio I, seguido de 25% no estágio II, nenhum no estágio III e 25% com sistólica isolada. Comparando-se a porcentagem de brancos e de pardos nos estágios I e III, bem como nos normotensos e estágio III da doença hipertensiva, encontrou-se que pardos tendem a manifestar a forma mais grave da doença (p= 0,032 e p=0,036, respectivamente). Foi identificado que 5% dos negros, 7,7% dos pardos e 2,4% dos brancos já passaram por algum episódio de urgência ou emergência hipertensiva. Não houve diferença estatisticamente significativa quanto à frequência de AVC e doença renal entre as diferentes raças. Conclusão: Pardos e negros foram mais acometidos por HA, além de apresentarem estágios mais avançados da doença e maior frequência de urgência/emergência hipertensiva em relação aos brancos.

P25 - TROMBOSE DE PRÓTESE METÁLICA MITRAL: RELATO DE CASO

CAMILA LOPES DO AMARAL, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, JOSÉ ANTONIO DE LIMA NETO, FABIANO GONÇALVES JUCÁ, MAMEDE FRANCISCO JOHNSON DE AQUINO FILHO, MELISSA ANDREA WANDERLEY BERTOLDO DE VIVEIROS, JESSICA ALVES COSTA, ALESSANDRA FERNANDES SILVA, JÉSSICA SANTOS CUNHA, SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA e RENNO SOARES LEITAO

Hospital do Coração Pe. José Linhares Ponte, Sobral, CE, BRASIL - Liga Médico-Acadêmica de Cardiologia de Sobral, Sobral, CE, BRASIL. Objetivo: Relatar o caso de trombose de prótese metálica tratada cirurgicamente. Delineamento: Relato de caso. Relato do Caso: Mulher, 43 anos, história de estenose mitral reumática submetida há 7 anos a troca valvar mitral, prótese metálica, em uso de anticoagulação oral com warfarina. Paciente evoluiu com quadro de hipermenorragia associada a mioma, foi aconselhada pelo seu ginecologista a interromper a anticoagulação oral por cinco dias para realização de histerectomia. No quarto dia de suspensão do anticoagulante, evoluiu com insuficiência cardíaca classe funcional III (NYHA) e com nítida diminuição do “click metálico habitual. Foi transferida para o Hospital do Coração após cerca de 24 horas do início dos sintomas. À admissão, queixa de dor torácica intensa, apresentava quadro de choque cardiogênico, com PA 90 x 60 mmHg, FC 85 bpm, FR 25 irpm, expressiva turgência jugular, hipocorada, sudoreica e congestão pulmonar. Ausculta cardíaca: sopro diastólico em foco mitral (++/6+) e ausência de clique metálico. O eletrocardiograma evidenciou sobrecarga atrial esquerda e ventricular direita. Ecodopplercardiograma: prótese metálica mitral com disfunção importante e grande redução da mobilidade de seus folhetos, indicando trombose da prótese, com gradiente máximo de 38mmHg e médio de 27mmHg. Pressão sistólica da artéria pulmonar igual a 60mmHg e aumento importante de ventrículo direito. Área valvar mitral pelo PHT foi 0,5 cm². Apresentava na ocasião INR de 2,46. Foi internada na unidade de terapia intensiva, onde foi iniciada heparinização plena com heparina não-fracionada e infusão contínua de drogas vasoativas. A cirurgia foi iniciada 17 horas após a chegada da paciente. Estabeleceu-se circulação extra-corpórea que permaneceu por 75 minutos, seguida de troca de prótese metálica por prótese biológica St. Jude número 25. Foi identificada prótese metálica imóvel por trombos em ambas regiões da báscula dos folhetos. Recebeu alta hospitalar no 14º dia de internação, apresentando prótese biológica

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RESUMO DOS TEMAS LIVRES EM PÔSTERES

mitral normofuncionante, aumento moderado de cavidades direitas e hipertensão pulmonar moderada ao ecocardiograma. Conclusões: O manejo da anticoagulação no paciente que será submetido a procedimentos cirúrgicos envolve o equilíbrio dos riscos de sangramento no procedimento e o de formação de trombos, e deve ser cuidadosamente estudado. Cerca de 52% a 94% dos casos de obstrução da prótese ocorreram com anticoagulação inadequada.

P26 - MAGNITUDE DA ADESÃO TERAPÊUTICA DE PACIENTES COM HIPERTENSÃO

CÉLIDA JULIANA DE OLIVEIRA, LIDYANE DE SOUSA CALIXTO, ANGÉLICA ISABELY DE MORAIS ALMEIDA, RUANNA GABRIELA ALVES RODRIGUES, MARIA NAIANE ROLIM NASCIMENTO, TATIANA ROCHA MACHADO, FRANCISCA BERTILIA CHAVES COSTA, JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS e JULYANA RAYNA CAVALCANTE DOS SANTOS

Universidade do Cariri, Crato, CE, BRASIL - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL - Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL.

Para que se tenha um acompanhamento qualificado dos indivíduos com hipertensão arterial é necessário conhecer os fatores que influenciam na adesão desses pacientes ao tratamento anti-hipertensivo. Dessa forma, objetivou-se averiguar o índice da adesão terapêutica de pacientes com problemas no tratamento anti-hipertensivo e as características da adesão. Estudo do tipo transversal, quantitativo, realizado com pessoas com hipertensão, atendidas e acompanhadas pela Estratégia Saúde da Família do município do Crato-CE. A população total foi composta por todos os pacientes com hipertensão cadastrados e acompanhados por mês na unidade e a amostra totalizou em 130 pacientes. A coleta se deu por fonte primária de setembro de 2012 a abril de 2013. O grau de adesão desses pacientes foi avaliado por meio da aplicação do questionário MBG. O estudo foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa. A idade média foi de 62,4 anos (+ 11,43 anos), com prevalência de mulheres, com companheiro, indivíduos não brancos, baixa renda mensal familiar (média de R$ 915,90; + 513,46) e baixa escolaridade (média foi de 3,9 anos de estudo; + 3,92 anos). Quando se verifica o comportamento da adesão dos pacientes, houve predominância quase total de indivíduos com adesão parcial, sendo que as prováveis causas da falha na adesão mostraram interferência em todas as dimensões da adesão: Fatores relacionados ao paciente (esquecimento próprio, medo de ficar dependente/viciado), relacionados ao tratamento medicamentoso (já tomou outros medicamentos e não fez efeito), ao tratamento não medicamentoso (não gosta e/ou não consegue fazer exercício, não aceita a dieta recomendada, não precisa mudar seu estilo de vida) e relacionados ao sistema de saúde (atendimento demora muito). Apesar dos pacientes estarem em tratamento para hipertensão há algum tempo e em constante acompanhamento multiprofissional de saúde, eles ainda sofrem com problemas relacionados à doença, acarretando no aumento do risco desses indivíduos desenvolverem uma série de complicações cardiovasculares. Muito pode ser feito pela Enfermagem para ampliar seu cuidado, visando melhorar a adesão à terapêutica instituída, intervindo nos fatores de risco modificáveis de desenvolvimento de doenças cardiocerebrovasculares.

P27 - RELAÇÃO ENTRE CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA E NÍVEIS PRESSÓRICOS EM MEDIDAS ISOLADAS DA PRESSÃO ARTERIAL

JESSICA ALVES COSTA, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, JOSÉ ANTONIO DE LIMA NETO, JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO, SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA, JANAÍNA TEIXEIRA PEREIRA CARNEIRO TAPETI, VANESSA DANTAS RIBEIRO, CAINAN PIRES BARROSO CAMILO, ANDERSON NUNES CASSIANO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA e CAMILA LOPES DO AMARAL

Hospital do Coração Pe. José Linhares Ponte, Sobral, CE, BRASIL - Liga Médico-Acadêmica de Cardiologia de Sobral, Sobral, CE, BRASIL.

Objetivo: avaliar o consumo de álcool em pacientes atendidos em dois mutirões na cidade de Sobral-Ce e sua relação com os níveis pressóricos destes. Delineamento: trata-se de estudo transversal, descritivo. Material e Métodos: foram analisados 342 pacientes atendidos em dois mutirões realizados em praça pública, Praça de Cuba, no município de Sobral-CE, no dia 26 de abril de 2012 e no dia 26 de abril de 2013. O atendimento foi realizado por livre demanda. Respeitou-se um tempo de 15 minutos de repouso sentado para então ser realizada a aferição da pressão arterial (PA) utilizando-se estetoscópio e esfigmomanômetro aneróide. Através de um questionário epidemiológico, foram obtidos dados sobre a ingestão de álcool e sua frequência mensal. Definiram-se como níveis pressóricos alterados medidas da PA ≥ 140 x 90 ou PA sistólica >140 e PA diastólica <90 (HSI-Hipertensão Sistólica Isolada). As análises estatísticas foram realizadas com auxílio de programa específico. Resultados: dos 342 pacientes avaliados, 154 (45%) eram do sexo masculino, 188 (55%) eram do sexo feminino e a média de idade total foi de 46,67 ± 14,03 anos. 105 (30,8%) confirmaram que eram etilistas, sendo que 43 (40,9%) destes apresentaram a PA elevada no momento da medição. Dos 116 pacientes (34%) que apresentaram a PA alterada na medição isolada, 43 (37,1%) eram etilistas. A frequência de consumo mensal foi: <1x ao mês (22,2%); 1-3x ao mês (40,7%); 4-12x ao mês (32,4%); >12x ao mês (4,6%). 235 pacientes relataram não possuir hipertensão arterial sistêmica (HAS), sendo que, destes, 27 (11,4%) eram etilistas e apresentaram PA elevada. Além disso,27(23,2%)dos pacientes com PA alterada eram etilistas que relataram não possuir HAS; (risco relativo=1,25); (p=0,028).Os pacientes etilistas tiveram sua PA estagiada da seguinte maneira: ótima (26%); normal (22%);limítrofe (14%); HAS - estágios - I (18,1%); II (15,2%); III (3,8%) e HSI(3,8%). Já dos não etilistas seguem-se os resultados: ótima (25,1%); normal (34,5%); limítrofe (9,4%); HAS - estágios -I (16,2%); II (7,7%); III(2,6%) e HSI (4,7%). A análise dos dados mostrou também que 60% dos pacientes etilistas com pressão arterial elevada não sabiam que possuíam HAS. Conclusão: os resultados mostram que o etilismo, mesmo em doses moderadas, influencia na elevação da PA, e que deve ser considerado tanto no acompanhamento de pacientes hipertensos, como na prevenção para pacientes normotensos.

P28 - PERICARDITE CONSTRICTIVA COM CALCIFICAÇÃO EXTENSA: RELATO DE CASO

JESSICA ALVES COSTA, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, FABIANO GONÇALVES JUCÁ, MAMEDE FRANCISCO JOHNSON DE AQUINO FILHO, MELISSA ANDREA WANDERLEY BERTOLDO DE VIVEIROS, CAMILA LOPES DO AMARAL, JÉSSICA SANTOS CUNHA, VANESSA DANTAS RIBEIRO, JANAÍNA TEIXEIRA PEREIRA CARNEIRO TAPETI, ALESSANDRA FERNANDES SILVA e SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA

Hospital do Coração Pe. José Linhares Ponte, Sobral, CE, BRASIL - Liga Médico-Acadêmica de Cardiologia de Sobral, Sobral, CE, BRASIL. Objetivo: relatar um caso de um paciente portador pericardite constrictiva com calcificação extensa de pericárdio. Delineamento: o estudo trata-se de um relato de caso. Relato do Caso: paciente do sexo masculino, 25 anos, sem história médica relevante prévia. Admitido com queixa de dispnéia aos médios esforços, edema de membros inferiores e vertigem de evolução progressiva há dois meses. Ao exame físico, pressão arterial: 110 x 65 mmHg; frequência respirarória de 22 irpm e ECG com taquicardia sinusal e frequência cardíaca de 132 bpm. À ausculta cardíaca, bulhas hipofonéticas em dois tempos. Sinal de Kussmaul presente. Radiografia de tórax mostrou placas de calcificação difusas pelo pericárdio. Ecocardiograma transtorácico mostrou espessamento pericárdico com derrame discreto e hipocinesia de ventrículo direito. Tomografia de tórax evidenciou coração com volume normal exibindo extensas e irregulares calcificações pericárdicas. Ecocardiograma transtorácico mostrou Insuficiência tricúspide discreta, pericárdio espessado sem derrame, sugestivo de pericardite constritiva; função sistólica de VE normal (FE: 61,54%). As análises de sangue incluindo exames sorológicos e provas reumatológicas não evidenciaram nenhuma anormalidade. Após diagnóstico, paciente foi submetido à pericardiectomia com dissecção do pericárdio de frênico a frênico com retirada de áreas calcificadas e degeneradas. Visualizado

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derrame de aspecto turvo, com importante quantidade de cálcio impregnado no miocárdio. Evoluiu com clínica de AVE em topografia de tronco cerebral, dependente de ventilação mecânica e hipertermia maligna. Óbito no 14º PO. Conclusões: A pericardite constritiva, por ser uma doença pouco frequente, não é tratada pela maioria dos médicos como diagnóstico diferencial. O aspecto encontrado durante a cirurgia com extensa calcificação do pericárdio mostrou uma evolução não usual da doença.

P29 - ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA E ESTRATIFICAÇÃO DOS NÍVEIS PRESSÓRICOS OBTIDOS EM MEDIDAS ISOLADAS DA PRESSÃO ARTERIAL

JANAÍNA TEIXEIRA PEREIRA CARNEIRO TAPETI, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, JOSÉ ANTONIO DE LIMA NETO, JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, CAINAN PIRES BARROSO CAMILO, RENNO SOARES LEITAO, JESSICA ALVES COSTA, VANESSA DANTAS RIBEIRO e ANDERSON NUNES CASSIANO

Hospital do Coração Pe. José Linhares Ponte, Sobral, CE, BRASIL - Liga Médico-Acadêmica de Cardiologia de Sobral, Sobral, CE, BRASIL - Universidade Federal do Ceará, Sobral, CE, BRASIL. Objetivo: Analisar e estratificar os níveis pressóricos de acordo com a classificação diagnóstica da Hipertensão Arterial em uma aferição isolada da pressão arterial durante um mutirão. Metodologia: Foram analisados os dados de 330 participantes atendidos em um mutirão realizado em praça pública, Praça de Cuba, no município de Sobral - CE, em duas campanhas realizadas pela Liga Médico-Acadêmico de Cardiologia da Universidade Federal do Ceará em parceria com a prefeitura e o Hospital do Coração de Sobral nos meses de abril de 2012 e 2013. O atendimento foi realizado através de livre demanda. Respeitou-se um tempo de 15 minutos de repouso sentado para então ser realizada a aferição da PA utilizando-se estetoscópio e esfignomanômetro aneróide, seguindo, de forma criteriosa, as determinações das VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Resultados: Das 342 pessoas atendidas, 33% apresentaram níveis pressóricos elevados. A distribuição das pressões alteradas segundo a faixa etária deu-se da seguinte forma: 4,59% abaixo dos 30 anos; 12,84% dos 30 aos 39 anos; 18,35% dos 40 aos 49 anos; 30,28% dos 50 aos 59 anos e 33,94% acima dos 60 anos. Em relação a classificação diagnóstica da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), 25,15% apresentaram pressão arterial ótima; 30,6% pressão normal; 11,21% pressão limítrofe; 15,76% hipertensão grau 1; 9,70% hipertensão grau 2; 3,03% hipertensão grau 3 e 4,55% hipertensão sistólica isolada. Conclusões: A presença de níveis pressóricos elevados foi um achado frequente, corroborando com grandes estudos populacionais. Foi observado que a prevalência de pessoas com alteração da PA aumenta linearmente com o avanço da idade, refletindo uma relação direta entre os níveis pressóricos e a faixa etária. Dentre os classificados como hipertensos através de uma medida isolada da PA, a maior parte se restringiu a estágios inicias da hipertensão, o que demonstra a possibilidade de intervenções precoces para um controle adequado e assim evitar complicações evolutivas da doença. Além disso, esses resultados reforçam a importância da realização de campanhas e mutirões, para conscientização da população sobre a necessidade da busca ativa e do controle pressórico.

P30 - NÍVEIS PRESSÓRICOS EM ADOLESCENTES ESCOLARES DE UMA ÁREA RURAL DO INTERIOR CEARENSE

NATALIA DAIANA LOPES DE SOUSA, CINTHIA GONDIM PEREIRA CALOU e EMILIANA BEZERRA GOMES

Universidade Regional do Cariri, Crato, CE, BRASIL.

OBJETIVO: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Em nossa realidade vem apresentando-se cada vez mais precoce e é na adolescência que são incorporados muitos dos hábitos de vida, estes que podem predispor situações de riscocardiovascular. Objetivou-se neste estudo investigar os fatores

de risco cardiovascular em adolescentes escolares da zona rural de Barbalha – Ceará. DELINEAMENTO:Trata-se de um estudo quantitativo descritivo MATERIAL:O estudo foi realizado com adolescentes de escolas da rede municipal de ensino fundamental de área rural. Foi selecionada para o estudo a população de adolescentes matriculados na escola com maior quantitativo de alunos da zona rural com população de 136 estudantes, resultando em uma amostra de 81 adolescentes. MÉTODOS:A coleta de dados foi realizada entre setembro de 2011 a agosto de 2012 com aplicação de questionário com itens referente às variáveis sociodemográficas (idade, gênero, etnia, renda e familiar mensal) e aferição da pressão arterial de acordo com as determinações dispostas nas VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão arterial. Para a análise foi utilizado o StatisticalPackage for Social Sciences(SPSS versão 15.0). A pesquisa está amparada pelo parecer nº 126.415. RESULTADOS: Os resultados apresentaram maioria masculina e cor auto referida parda com baixa renda mensal. Os níveis pressóricos mostraram maioria dos adolescentes com pressão arterial normal. Apenas 3,1% e 0,6% dos jovens possuíam pressão arterial sistólica e diastólica alteradas respectivamente. CONCLUSÃO: A pouca evidência de alterações na pressão arterial entre os adolescentes não minimiza a preocupação com sua exposição aos riscos, pois este grupo etário é bastante vulnerável a influências ambientais.

P31 - HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR ASSOCIADA A DEFEITOS CARDÍACOS CONGÊNITOS

JULIANA FONTES F, OLIVEIRA, ANA C D, SÁ, FRANCISCO C F, JULIANA F VASCONCELOS e BURGOS, N L

Universidade Federal do Ceará, Barbalha, CE, BRASIL - Hospital do Coração do Cariri, Barbalha, CE, BRASIL.

Objetivo: o objetivo deste trabalho é fornecer dados que comprovem a gravidade da Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), principalmente quando associada a doenças cardíacas congênitas (HAP-DCC), com enfoque para a Hipertensão Pulmonar Persistente do Recém-nascido (HPPN) e Síndrome de Eisenmenger (SE). Delineamento: Revisão de literatura. Materiais/Métodos: trata-se de uma revisão de literatura de artigos publicados nas bases de dados: Scielo, PubMed/MEDLINE, BVS/LILACS e UpToDate. Foram selecionados 18 artigos de acordo com sua relevância, sem restrições quanto ao tipo de artigo, ao ano de publicação ou ao idioma. Resultados: de acordo com as informações colhidas, a HPPN e a SE possuem altas taxas de mortalidade e morbidade, diminuindo a expectativa e a qualidade de vida. Pacientes com SE possuem expectativa de vida em torno de 37 anos. A maioria vai a óbito por conta de doença cardiovascular progressiva e falência cardíaca. Na HPPN, os pacientes sobreviventes estão mais propensos a ter perda de neurossensibilidade auditiva e problemas crônicos, como atraso no desenvolvimento, paralisia cerebral e necessidade de terapia com broncodilatadores, situações estas destacadas mais especificamente entre cinco e 11 anos. Em compensação, todas as crianças tratadas com óxido nítrico inalatório e/ou oxigenação por membrana extracorpórea tiveram seguimento normal do neurodesenvolvimento. Essas doenças demandam conduta farmacológica específica e delicada, além de tratamento em centros de referência. As cirurgias corretoras dos defeitos cardíacos congênitos têm ajudado na sobrevida dos pacientes, mas casos de transplante de coração/pulmão ainda podem ser demandados. Conclusões: o diagnóstico precoce de HAP é essencial para a tomada da conduta terapêutica. São necessárias mais pesquisas em relação à eficácia dos medicamentos, apesar de o tratamento farmacológico já pressupor bons resultados futuros. Embora haja diferenças nas etiologias, as causas de HAP-DCC cursam com prognósticos semelhantes, devendo os pacientes com essa enfermidade receber atenção diferenciada em centros de referência especializados e bem equipados.

P32 - CARDIOMIOPATIA DE TAKOTSUBO, A SÍNDROME DO CORAÇÃO PARTIDO

NAIARA L BURGOS, OLIVEIRA, ANA C D, JULIANA F VASCONCELOS, JULIANA FONTES F e FRANCISCO CARLEIAL FEIJÓ S

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RESUMO DOS TEMAS LIVRES EM PÔSTERES

Universidade Federal do Ceará, BARBALHA, CE, BRASIL - Hospital do Coração do Cariri, BARBALHA, CE, BRASIL.

OBJETIVO:Descrever a Cardiomiopatia de Takotsubo e seus aspectos gerais e fisiopatológicos e expor dados atualizados com enfoque em seu diagnóstico, prognóstico e tratamento.DELINEAMENTO:Revisão literária.MATERIAL E MÉTODO:Levantamento bibliográfico em resposta ao termo Takotsubo, pelas bases de dados Scielo, UpToDate, LILACS e MEDLINE. Foram encontrados 120 artigos e selecionados por relevância 16, publicados entre 2005 -2013, não havendo restrições quanto ao idioma ou tipo de artigo.RESULTADOS:Também chamada Síndrome do Coração Partido, inicia-se normalmente após intensa demanda física ou emocional e ausência de doença arterial coronariana obstrutiva pregressa. Os sintomas podem assemelhar-se aos do infarto agudo do miocárdio(IAM) com prevalência de 2% dos casos de síndrome coronariana aguda(SCA), apresentando grande similaridade na curva enzimática e sendo preciso para distinguí-las a realização de uma cineangiocoronariografia. Cerca de 90% dos casos são mulheres em período de pós-menopausa, com idade a partir de 60 anos, o que contribui para a hipótese de que o estrogênio seja um fator proteto. < a href=”http://decs.bvs.br/cgi-bin/wxis1660.exe/decsserver/?IsisScript=../cgi-bin/decsserver/decsserver.xis&previous_page=homepage&task=exact_term&interface_language=p&search_language=p&search_exp=Disfun%E7%E3o%20Ventricular”>Caracterizada por altas doses de catecolaminas e um balonamento ventricular apical esquerdo transitório, verificado por meio de ecocardiograma, acompanhado do supradesnivelamento do segmento ST nas derivações precordiais eletrocardiográficas, e em 90% dos casos com prolongamento do intervalo QT corrigido. Observa-se diminuição da fração de ejeção do ventrículo e arritmias cardíacas, principalmente ventriculares. A fisiopatologia dessa entidade nosológica ainda permanece indefinida. O excesso de catecolaminas é a teoria mais aceita. Nos casos de estresse emocional ou físico, há liberação de hormônios adrenalina e noradrenalina, que agem sobre a inervação do ápice cardíaco, impedindo a sua contração, sendo a base das manifestações clínicas e eletrocardiográficas dessa doença. Relata-se edema pulmonar agudo, choque cardiogênico, ruptura ventricular e óbito. O tratamento mais utilizado é o padrão para a disfunção sistólica ventricular esquerda, mas não é direcionado.CONCLUSÃO:Há importância em conhecer tal patologia por ela ter como principal diagnóstico diferencial a SCA, possuindo as duas enfermidades semelhanças clínicas, eletrocardiográficas e laboratoriais. A doença possui bom prognóstico quando diagnosticada precocemente apesar da fisiopatologia ser indefinida e o tratamento inespecífico, o que evidencia a necessidade de maiores estudos clínicos na área

P33 – FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR DE HIPERTENSOS ACOMPANHADOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DE UMA CAPITAL NORDESTINA

DANIELE BRAZ DA SILVA, MARCIA GOMES MARINHEIRO COELHO, FABIANA SALES VITORIANO UCHÔA, JOSÉ WICTO PEREIRA BORGES, MALVINA THAÍS PACHECO RODRIGUES, JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS, FRANCISCA ALEXANDRA ARAÚJO DA SILVA, ISMÊNIA DE CARVALHO BRASILEIRO e THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Apesar do impacto para a saúde pública, vários estudos epidemiológicos têm afirmado que a HAS seria causa relativamente rara de morte na ausência dos seus principais fatores de risco (tabagismo, dislipidemias, diabetes, historia familiar, obesidade, sedentarismo, fatores psicossociais, idade, sexo). Entretanto, observa-se que estes não ocorrem isoladamente, existe a associação de fatores complexos e multivariáveis por se tratarem de doenças presentes no cotidiano dos indivíduos. Portanto, este estudo teve como objetivo descrever os fatores de risco cardiovascular de hipertensos acompanhados na Estratégia Saúde da Família de Fortaleza-Ceará. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado entre abril e julho de 2011, por meio de visita domiciliar a 406 hipertensos. Para análise

dos dados utilizou-se o software SPSS 17.0. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, sendo aprovado sob o protocolo de n° 10725637-1. Verificou-se maior frequência de usuários do sexo feminino (67,2%). A idade variou de 25 a 93 anos, com média de 65,16 anos (± 12,815), predominando a faixa etária correspondente aos idosos (67,0%) e 71,7% deles relataram história familiar de HAS. Em relação aos fatores de risco modificáveis, encontrou-se grande maioria (74,7%) com excesso ponderal, sendo 40,9% com sobrepeso e 33,8% obesos (classe I, II ou III). Os homens estavam com medidas de circunferência abdominal (CA) mais ajustadas, ou seja, quase metade deles (46,6%) apresentou CA normal (<102 cm); já entre as mulheres, 93,4% estavam com CA aumentada (≥ 88 cm). O sedentarismo foi apontado por 72,2% deles, e, entre os não sedentários, a média de atividade física foi de 45 minutos realizada quatro dias por semana. Quanto ao tabagismo, encontrou-se maior frequência de ex-tabagistas (50,2%), embora uma parcela importante tenha relatado nunca ter fumado (40,4%). Sobre o etilismo, a maior frequência foi de hipertensos que jamais ingeriram bebida alcoólica (50,2%). Conclui-se que grande parte dos hipertensos estudados possui outros fatores de risco associados que comprometem sua saúde cardiovascular, sendo necessário o desenvolvimento de atividades educativas por uma equipe multiprofissional, a fim de orientá-los quanto a mudanças do estilo de vida com prática de hábitos saudáveis.

P34 - BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR AVANÇADO CAUSADO POR USO DE LÍTIO.

ANE KAROLINE MEDINA NERI, WALESA BASTOS SILVINO e DANIELLI OLIVEIRA DA COSTA LINO

Hospital de Messejana, Fortaleza, CE, BRASIL - Hospital Geral Dr. Waldemar Alcantara, Fortaleza, CE, BRASIL.

Introdução: O lítio é utilizado como estabilizador do humor, porém os seus níveis terapêuticos são bem próximos aos níveis tóxicos. Sinais de intoxicação por lítio são náuseas, vômitos, diarréia, adinamia, confusão e delirium. As alterações eletrocardiográficas são infreqüentes, no entanto podem ser fatais. Objetivo: Descrever o caso de uma paciente usuária crônica de lítio que apresentou bloqueio atrioventricular avançado (BAV) após aumento da dose do medicamento. Relato: Paciente 88 anos, sexo feminino, diabética, dislipidêmica e em tratamento para depressão desde os 40 anos, iniciou, cerca de 13 dias antes da admissão, quadro de astenia, progredindo com rebaixamento do sensório e dispnéia. No Hospital de sua cidade, foi verificada pressão arterial de 200x60mmHg e ECG evidenciou um BAV de segundo grau Mobitz tipo 2. A paciente era usuária de metformina 500mg/d, atorvastatina 20mg/d, flurazepam 30mg/d e carbonato de lítio 300mg/d. Referia uso de lítio há mais de 30 anos, tendo aumentado a dose para 450mg/d por conta própria 8 dias antes do inicio dos sintomas. A dosagem sérica de lítio foi de 1,36mEq/L, correspondendo a nível sérico passível de intoxicação (1,2-1,5mEq/L), sendo encaminhada ao serviço de emergência do Hospital de Messejana (HM). Paciente apresentava Glasgow 10, taquipneia leve, ausculta cardiopulmonar normal, FC 36bpm, porém estável hemodinamicamente. Realizou TC de crânio sem evidência de insulto vascular. Exames laboratoriais iniciais: Cr 0,95 mg/dl; Ur 100 mg/dl; Ca 9,6 mg/dl; Mg 2,6 mg/dl; Na 159 mEq/L; K 4,0 mEq/L; Hb 13,2g/dl; leucócitos 15.940/mm3 (82% seg), plaquetas 228.600/mm3; PCR 19,4 mg/l; VHS 91mm. Após admissão no HM, foi suspenso o lítio, evoluindo com reversão espontânea do BAV. Prosseguida a investigação etiológica, a sorologia para chagas foi negativa; Ecocardiograma com FE 73%, contratilidade global e segmentar preservada, PSAP 44 mmHg, insuficiência aórtica e tricúspide leves; T4 livre 1,05 ng/dl e TSH 2,3µIU/ml. Holter após reversão do BAV mostrou: Ectopia ventricular pouco freqüente, ectopia supraventricular pouco freqüente; as freqüências mínima, média e máxima foram respectivamente: 48 bpm, 64bpm e 97bpm; não apresentou pausas. Descartadas outras causas de BAV avançado, ficou-se como principal mecanismo para este evento a intoxicação pelo lítio. Conclusões: A intoxicação pelo lítio pode ser uma causa de BAV avançado reversível em pacientes que fazem uso dessa droga, e por isso, deve ser lembrada.

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P35 - INTEGRALIDADE DO CUIDADO AOS DIABÉTICOS E HIPERTENSOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA

ELINE MARA TAVARES MACEDO, MARIA JOSE MELO RAMOS LIMA, VALDILEIA LIMA MARQUES MIRANDA, JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS, RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, VERA LÚCIA MENDES DE OLIVEIRA e DAFNE LOPES SALES

UECE, Fortaleza, CE, BRASIL.

A Estratégia Saúde da Família (ESF) surgiu como novo modelo de atenção em saúde para colaborar no acesso universal e equânime aos serviços de saúde sob a perspectiva da integralidade. Baseado nisto, o Ministério da Saúde criou o Plano de Reorganização de Atenção à Hipertensão e Diabetes (Hiperdia) no Brasil para reestruturar o atendimento e proporcionar tratamento resolutivo com abordagem multiprofissional de forma ampliada com fulcro nas necessidades dos usuários do SUS. Objetivou-se relatar a experiência da ESF sobre ações integradas no atendimento de hipertensos e diabéticos. Trata-se de um relato de experiência embasado em observação participante sobre a atuação de fisioterapeutas, enfermeiros e nutricionistas no atendimento conjunto aos pacientes atendidos em uma unidade de saúde de Fortaleza-CE, acompanhadas pela ESF no Programa Hiperdia. Relataram-se as ações realizadas entre agosto/2012 e maio/2013. Sobre os aspectos éticos, este tipo de estudo não requer submissão a comitê de ética. Observou-se que a atuação dos profissionais em equipe favoreceu a adesão por meio do maior comparecimento às consultas de acompanhamento, abstenção do álcool e fumo, redução no consumo de sal, prática de exercícios físicos, espaço terapêutico e fortalecimento de vínculos, incorporando ferramentas para compreender e experimentar múltiplos processos de cuidado ampliado em saúde, fundados na promoção da autonomia, consolidação de ações preventivas e informação em saúde, estimulando o autocuidado. Entretanto, o serviço ainda está organizado sob o modelo clínico-biomédico, que não responde efetivamente às necessidades da clientela, nem amplia o olhar sobre as demandas resultantes do contexto social. Esta experiência mostrou ser necessário fortalecer a atenção primária e a prática dos profissionais no campo da saúde coletiva, com olhar ampliado e potencialidade para produzir sujeitos mais autônomos para lidar com o processo saúde-doença. O estudo facilitou o exercício da prática multiprofissional, realizada nos atendimentos conjuntos entre os profissionais, trazendo elementos estratégicos na construção de novos paradigmas na educação e na prática de saúde. As atividades referentes à promoção da saúde e prevenção de doenças, portanto, minimizarão complicações pelas práticas e atitudes adotadas com ênfase na educação em saúde, favorecendo a maior e melhor conscientização da clientela acerca de seus problemas e possibilitando, assim, a adoção de um estilo de vida mais saudável.

P36 - PSEUDO-ANEURISMA DE VENTRÍCULO ESQUERDO POR RUPTURA CARDÍACA APÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: PAPEL DA ECOCARDIOGRAFIA DE URGÊNCIA

DEBORAH CABRAL LIMA, ULYSSES VIEIRA CABRAL, LUCIANA SANTOS OLIVEIRA, JOSE DIOGENES MARQUES RIBEIRO FILHO e ANA AÉCIA ALEXANDRINO DE OLIVEIRA

Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Fortaleza, CE, BRASIL.

OBJETIVO: DEMONSTRAR A IMPORTANCIA DA AVALIAÇÃO ECOCARDIOGRÁFICA NOS PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO DIAGNÓSTICO DE COMPLICAÇÕES MECÂNICAS COMO O PSEUDO- ANEURISMA DE VENTRÍCULO ESQUERDO.INTRODUÇÃO: A RUPTURA DE PAREDE LIVRE DO VENTRÍCULO ESQUERDO É RESPONSÁVEL POR 10% A 15% DAS MORTES HOSPITALARES NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. O PACIENTE EVOLUI COM DOR RECORRENTE,HEMOPERICÁRDIO,CHOQUE,DISSOCIAÇÃO ELETROMECÂNICA E MORTE EM POUCOS MINUTOS, COM DIFÍCIL DIAGNÓSTICO PELA ECOCARDIOGRAFIA POR NÃO HAVER TEMPO HÁBIL. O FALSO OU PSEUDO ANEURISMA É UMA COMPLICAÇÃO RARA E OCORRE QUANDO A RUPTURA DA PAREDE DO VENTRÍCULO ESQUERDO É CONTIDA POR TROMBOS E PELO PERICÁRDIO. AO ECOCARDIOGRAMA, O DOPPLER

PULSÁTIL E O MAPEAMENTO DO FLUXO EM CORES EVIDENCIAM A EXISTÊNCIA DE FLUXO ENTRE O VENTRÍCULO E O PSEUDO-ANEURISMA. AVALIA-SE TAMBEM A PRESENÇA DE DERRAME PERICÁRDICO ASSOCIADO.DESCREVEREMOS DOIS CASOS DE PACIENTES ADMITIDAS NO HOSPITAL DE MESSEJANA NO MÊS DE JUNHO DE 2012 COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO DE PAREDE LATERAL EM DECORRÊNCIA DE OCLUSÃO AGUDA DA ARTÉRIA CIRCUNFLEXA, QUE EVOLUIRAM COM PSEUDO ANEURISMA DE VE DIAGNÓSTICADOS PELO O ECOCARDIOGRAMA TRANSTORÁCICO. FORAM SUBMETIDAS DE URGÊNCIA À CIRURGIA DE CORREÇÃO DO PSEUDO ANEURISMA , COM BOA EVOLUÇÃO CLÍNICA.CONCLUSÃO: O PSEUDO-ANEURISMA É UMA COMPLICAÇÃO DO INFARTO DO MIOCÁRDIO COM INDICAÇÃO DE TRATAMENTO CIRÚRGICO PELO RISCO DE RUPTURA ESPONTÂNEA. O ECOCARDIOGRAMA MOSTROU SER UM EXCELENTE MÉTODO DIAGNÓSTICO COM BOA SENSIBILIDADE, ESPECIFICIDADE E BAIXO CUSTO.

P37 - DISTÚRBIO DE CONDUÇÃO AVANÇADO SECUNDÁRIO A ANEURISMA DE SEIO DE VALSAVA CORONARIANO DIREITO

PRISCILLA MARQUES DOS SANTOS, ANE KAROLINE MEDINA NERI e DANIELLI OLIVEIRA DA COSTA LINO

Hospital de Messejana, Fortaleza, CE, BRASIL.

Introdução: O aneurisma de seio de Valsalva coronariano, também chamado de aneurisma de seio coronariano (ASC), é uma doença cardíaca rara, que pode se apresentar de forma congênita ou adquirida. A doença pode permanecer assintomática ou manifestar-se devido a comprometimento de estruturas vizinhas, como obstrução das vias de saída direita ou esquerda, compressão de coronárias levando a isquemia miocárdica e lesão de porções do sistema de condução, gerando arritmias. Objetivo: Relatar o caso de um paciente previamente hígido do ponto de vista cardiovascular com aneurisma de seio coronariano direito causando distúrbio no sistema de condução sintomático. Relato de caso: Paciente F. M. C., 42 anos, com dispneia progressiva, procurou atendimento medico após piora do quadro. Durante investigação foi evidenciado BRE e BAV 2:1 ao ECG, cardiomegalia à radiografia de tórax e o ecocardiograma transtorácico demonstrou fração de ejeção de 60%, refluxo aórtico leve e refluxo mitral moderado e presença de imagem cavitada ao nível do seio coronariano direito. O ecocardiograma transesofágico confirmou presença de aneurisma do seio coronariano direito, medindo 2,5 x 1,5 cm, dissecando o septo interventricular, sem fístulas, e valva mitral com insuficiência leve a moderada. Foi realizado tratamento cirúrgico com correção de aneurisma com pacth de pericárdio bovino, além de plastia mitral e aórtica. No pós operatório evoluiu com sinais de insuficiência cardíaca franca, associada a episódio de BAVT e refluxos mitral severo e tricúspide moderados, sendo submetido à troca valvar mitral e plastia tricúspide. Após tratamento cirúrgico, foi realizado implante de marcapasso definitivo bicameral. Recebeu alta com melhora do quadro. Conclusões: O aneurisma de seio coronariano é uma afecção rara, que pode se apresentar de forma assintomática ou ser diagnosticado devido o acometimento de estruturas cardíacas vizinhas, compromentendo a fisiologia cardiovascular. Raramente, apresenta-se na forma de distúrbio de condução avançado, como no caso em questão. Sendo assim, é importante lembrarmos desta afecção como diagnóstico etiológico diferencial, pois, após correção, o paciente pode ter reversão completa da arritmia e não mais precisar de implante de marcapasso, podendo influenciar, desta forma, na qualidade de vida do indivíduo.

P38 - CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO NO PACIENTE DIABÉTICO:REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

LAÍLA PEREIRA GOMES DA SILVA, LAILANE SATURNINO DA SILVA, ANA IRENE CARLOS DE MEDEIROS, LORENA GUEDES BRAVO e ANDRÉA DA NÓBREGA CIRINO NOGUEIRA

Hospital Universitário Walter /UFC, Fortaleza, CE, BRASIL.

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OBJETIVO: Discorrer sobre características e complicações de pacientes diabéticos com Doença Arterial Coronariana (DAC) submetidos à cirurgia de Revascularização do Miocárdio (RVM). DELINEAMENTO: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório de caráter documental e abordagem retrospectiva. MATERIAL: Registros bibliográficos disponíveis nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO que abordam a RVM na perspectiva do paciente diabético. MÉTODOS: Realizou-se um levantamento em bases de dados com recorte temporal de 2003 a 2013. As etapas de seleção dos estudos contemplaram a busca nas bases de dados citadas; seleção de publicações em língua portuguesa e inglesa; leitura dos títulos; leitura dos resumos e leitura completa do material. Na busca dos artigos utilizou-se as palavras chaves Revascularização do miocárdio, Diabetes Mellitus e Doença Arterial Coronariana. RESULTADOS: Foram encontrados 21 artigos, sendo 10 estudos na MEDLINE, 7 no LILACS e 4 artigos no Scielo. Retiradas as referências cruzadas foram selecionados 19 artigos e incluídos 18. A Diabetes Mellitus (DM) corresponde a uma síndrome que apresenta componentes metabólicos, vasculares e neuropáticos inter-relacionados. A maior causa das internações hospitalares de pacientes diabéticos é doença cardiovascular. Como principal manifestação cita-se a DAC, que ocorre de forma mais extensa no diabético, decorrente do processo de aterosclerose impulsionado pela dislipidemia, hiperglicemia e disfunções endoteliais. A RVM é uma estratégia clássica recomendada para o tratamento de diabéticos com DAC multiarterial. No entanto, o controle deficiente da glicemia peri-operatória na RVM está ligado a piores desfechos hospitalares, não apenas no paciente diabético, mas também em não-diabéticos. Estes desfechos correlacionam-se com infarto transoperatório, insuficiência respiratória, e complicações renais e cerebrais. Além disso, o diabético enfrenta maior risco de infecção do que pacientes não possuem DM. A associação destes fatores é responsável por provocar um aumento no tempo de internação, já comprovado na literatura. CONCLUSÃO: Complicações vasculares ligadas ao desequilíbrio da glicemia contribuem para um pior prognóstico do diabético que se submete a cirurgia de RVM. O manejo adequado do controle glicêmico colabora para a redução do tempo de internação, infecções e mortalidade a curto e longo prazo.

P39 - MULHERES HIPERTENSAS CADASTRADAS NO HIPERDIA DE FORTALEZA

VANESSA BARRETO BASTOS MENEZES, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA e MARCIA DE ALCANTARA MENDES

Cerntro Universitário Etácio FIC, Fortaleza, CE, BRASIL.RESUMO O acúmulo de responsabilidades femininas representa uma facilidade ao tardio cuidado com a saúde e favorece o surgimento de hipertensão e complicações associadas. Diante disso, objetivou-se caracterizar as mulheres hipertensas sem e com complicações associadas quanto aos aspectos sociodemográficos e clínico-epidemiológicos. Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa, documental e transversal, realizada com fichas de cadastro do Hiperdia, no período de 2007 a 2009, nas Unidades de Saúde Básica da Estratégia de Saúde da Família do Sistema Único de Saúde vinculadas à Secretaria de Saúde de Fortaleza (CE). Das 1777 mulheres hipertensas, 963 e 814 não apresentaram e apresentaram complicações associadas, respectivamente. Ao compararmos os dois grupos, 539 (55,9%)/438 (58,4%) eram idosas e 633 (65,7%)/488 (73,2%) eram não brancas. Quanto a pressão arterial, a sistólica (PAS) estava alterada em 221 (22,9%)/399 (49,6%) e a diastólica (PAD) em 146 (15,2%)/301 (37,4%). Quanto aos fatores de risco, 268/535 mulheres tinham antecedentes familiares de hipertensão, 1/173 eram tabagistas e 0/450 eram sedentárias. A média do Índice de Massa Corpórea (26,28/27,88 kg/m2), circunferência abdominal (90,71/94,43 cm) e glicemia (100,61/115 mg/dl) foram acima dos valores de normalidade. Percebeu-se diferenças alarmantes entre os grupos analisados e freqüência significativa de fatores de risco modificáveis, especialmente nas mulheres com complicações. Sugere-se que esses fatores sejam mais bem abordados e com mais freqüência pela Estratégia de Saúde da Família no sentido de prevenir novos agravos e complicações.

P40 - FIBRILAÇÃO ATRIAL FATOR DE RISCO DE RISCO IMPORTANTE E AINDA DESCONHECIDO PARA A MUITOS PACIENTES COM AVC.

JULIANA VIEIRA ROCHA, TAIS BATISTA VIRGINIO, NAIR ANTONIA CORSO CAMARA e PATRICIA CHAGAS ROCHA D ALMEIDA

Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza, CE, BRASIL - UNIFOR, Fortaleza, CE, BRASIL.

INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral caracteriza-se tipicamente como episódio de disfunção neurológica decorrente de isquemia cerebral ou retiniana súbita com sintomas típicos durando mais que 24h e com presença de lesão em exames de imagem. Os fatores de risco para AVC são divididos em não modificáveis ( idade,sexo,raça, história familiar) e modificáveis ( hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, presença de doença cardiovascular prévia, a obesidade, a Sindrome metabólica, o tabagismo, a ingestão abusiva de álcool, sedentarismo, uso de anticoncepcionais orais e a fibrilação atrial. OBJETIVOS: Relatar problema de saúde pública diante do elevado risco ao portador de fibrilação atrial a desenvolver um acidente vascular cerebral, gerando danos fisicos e psicológicos ao paciente e danos econômicos ao Estado. MÉTODOS E MATERIAIS: Estudo descritivo, documental, quantitativo, realizado no Hospital Geral de Foralaleza, na Unidade de AVC nos meses de janeiro a junho de 2013. A coleta de dados se deu através de dados documentais (prontuário/histórico de enfermagem e complementados com ECG e ECOCARDIOGRAMA realizados na internação atual). Analisados fatores de risco para AVC, quantificados CHADSVASC e a adesão ao tratamento ambulatorial para aqueles pacientes que já haviam começado o tratamento. Realizou-se a estatística e os dados foram expressos em porcentagem. RESULTADOS: A investigação clínica demonstrou que se tratava de pacientes com multiplos fatores de risco para eventos tromboembolíticos, entre eles fibrilação atrial e CHADSVASC >3. Participaram da pesquisa 30 pacientes, sendo 40% portadores de cardiopatia, 20% portadores de fibrilação atrial, 36,66% eram portadores de cardiopatia e fibrilação atrial. Dos 30 pacientes analisados, 56,66% eram portadores de fibrilação atrial e apenas 6,66% já haviam sido diagnosticados como tal e embora conhecessem seu diagnóstico haviam abandonado o tratamento.CONCLUSÃO:A educação em saúde pode modificar a história da saúde pública brasileira.

P41 - MULHERES HIPERTENSAS: UMA ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA

VANESSA BARRETO BASTOS MENEZES, e MARCIA DE ALCANTARA MENDES

Centro Universitário Estácio FIC, Fortaleza, CE, BRASIL.

RESUMO: A hipertensão arterial é uma das mais importantes causas modificáveis de morbi-mortalidade cardiovascular precoce na população adulta mundial, além de ser fator de risco independente para doenças cardiovasculares. Essa enfermidade se mantém como um dos grandes desafios da saúde pública em todo o mundo. Associado a esse aumento da hipertensão, a mulher moderna enfrenta novos e crescentes desafios. E se faz importante a avaliação da associação da hipertensão ao sexo feminino. OBJETIVO: Analisar a produção científica brasileira acerca de Hipertensão arterial em mulheres sem complicação. MÉTODOS: Estudo bibliográfico descritivo de abordagem quanti-qualitativa. Os dados foram coletados no Portal de Artigos Científicos da Scielo (< a href=”http://www.scielo.org/”>Scientific Electronic Library Online) no mês de julho de 2013. Foram selecionados 06 (seis) artigos publicados no período de 2004 à 2013. RESULTADOS: Observou-se crescimento e manutenção das publicações entre os anos de 2004 a 2013. A revista Saúde Sociedade houve um maior número de publicações (30%), seguido pelas Revistas: Revista brasileira de Educação Física e Esporte, Revista de Educação Física, Revista de Saúde Pública, Enfermagem. [online] (14% cada). O tipo de estudo mais utilizado foi o quantitativo. Os artigos evidenciam a importância da inserção das políticas da promoção de saúde, independente do sexo a partir dos quarenta anos de idade. Há um aumento dos

RESUMO DOS TEMAS LIVRES EM PÔSTERES

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riscos de aquisição da hipertensão e a necessidade da educação em saúde aos portadores de hipertensão para que façam o tratamento adequadamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As produções científicas se voltam mais para a promoção da educação em saúde, item importante para o sucesso do tratamento. Não há uma relação ao sexo e sim à faixa etária. A questão da adesão ao tratamento merece particular destaque pois diminui a mortalidade, consultas de emergência e internações, reduz custos médicos e promove o bem-estar dos pacientes. Sugere-se que mais estudos sejam desenvolvidos no sentido de investigar melhor a relação da mulher moderna com a hipertensão, pois a literatura ainda se mostra incipiente quando em dez anos apenas seis artigos foram publicados com esta associação.

P42 - RELATO DE CASO: USO DO ESCORE DE WILKINS NA AVALIAÇÃO ECOCARDIOGRÁFICA DE ESTENOSE MITRAL

SARA RABELO JOCA, e CARLOS JOSÉ MOTA DE LIMA

Hospital de Messejana - Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Fortaleza, CE, BRASIL - Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Fortaleza, CE, BRASIL.

Objetivo: relatar caso de paciente com estenose mitral moderada, submetida à intervenção cirúrgica após avaliação ecocardiográfica com uso do escore de Wilkins. Delineamento: Trata-se de um relato de caso do tipo descritivo vivenciado no Hospital de Messejana-Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, em Fortaleza, nos meses de janeiro a fevereiro de 2013. Paciente: sexo feminino, 30 anos, natural e procedente de Piquet Carneiro, Ceará, casada, referenciada para o serviço de saúde terciário para investigação diagnóstica, após consulta ambulatorial com Cardiologista. Métodos: Os dados do estudo são procedentes da observação participante, da leitura da evolução do caso nos prontuários do hospital e de estudos bibliográficos. Resultados: Paciente com queixa de palpitações, principalmente aos esforços, há cerca de 2 meses, associada a náuseas, sudorese e astenia. História prévia de Febre Reumática aos 15 anos, sem tratamento adequado, e Comunicação Interatrial, corrigida em 2005. No exame físico apresentava ausculta cardíaca com hiperfonese de B2 em foco pulmonar e ruflar diastólico em foco mitral. O ecocardiograma transtorácico evidenciou dilatação moderada do átrio esquerdo, leve aumento das câmaras direitas, valva mitral espessada com área estimada em 1,2cm² (estenose moderada) e refluxo tricúspide moderado. O escore de Wilkins aplicado no ecocardiograma transesofágico (ECOTE), totalizou 10 pontos: considerável espessamento de todos os folhetos > 8-10mm (escore 4); porções da base até a metade dos folhetos têm mobilidade normal (escore 2); pequena área de hiperrefringência (escore 1); espessamento estendendo-se até o terço distal das cordas tendíneas ou espessamento moderado de toda extensão das cordas (escore 3). O ECOTE evidenciou ainda estenose mitral com área de 1,0cm², gradiente diastólico médio de 12mmHg e máximo de 25mmHg. O cateterismo cardíaco apresentou insuficiência aórtica leve. A paciente foi submetida à troca da valva mitral por Bioprótese e plastia Tricúspide DeVega. Conclusões: Este estudo mostra um caso em que a avaliação ecocardiográfica possibilitou graduar o grau de acometimento estrutural da valva mitral com pontuação superior a oito, contraindicando o tratamento intervencionista por Valvuloplastia Mitral Percutânea por Cateter-Balão devido anatomia valvar desfavorável. Podemos destacar que a presença de sintomas e o acometimento de valva tricúspide também favoreceram a abordagem cirúrgica da paciente.

P43 - RELATO DE CASO: RECONHECIMENTO E DIAGNÓSTICO DE CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA APICAL (DOENÇA DE YAMAGUCHI)

SARA RABELO JOCA, e CARLOS JOSÉ MOTA DE LIMA

Hospital de Messejana - Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Fortaleza, CE, BRASIL - Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Fortaleza, CE, BRASIL.

Objetivo: Relatar um caso de cardiomiopatia hipertrófica apical e seus respectivos achados na avaliação eletrocardiográfica e ecocardiográfica convencional. Delineamento: O presente estudo consiste em um relato

de caso do tipo descritivo não experimental vivenciado no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, no município de Fortaleza, Ceará, em novembro de 2012. Paciente: Sexo masculino, 48 anos, solteiro, natural e procedente Maracanaú, católico e motorista, com diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica apical. Métodos: Os dados do estudo são procedentes da leitura da evolução do caso nos prontuários do hospital, da revisão bibliográfica e da discussão do caso em sessão clínica. Resultados: Paciente apresentava quadro de dispneia progressiva há cerca de um mês da internação, associada a dor torácica em aperto iniciada no dia da admissão hospitalar. Apresenta como antecedente patológico hipertensão arterial sistêmica e história familiar de cardiopatia, não especificada, em parente de primeiro grau. Nega hábitos de etilismo ou tabagismo. Ao exame físico, encontrava-se com frequência cardíaca de 78 batimentos por minuto, dispneico, ausculta pulmonar com murmúrio vesicular reduzido em base esquerda, ausculta cardíaca com sopro sistólico em foco mitral (2+/6+) e edema periférico. O eletrocardiograma evidenciou inversão gigante de onda T em V2-V6 e hipertrofia de ventrículo esquerdo. No teste ergométrico, constatou-se dispneia desproporcional ao esforço e discretas alterações adicionais da repolarização ventricular provavelmente decorrente da patologia de base. O ecocardiograma transtorácico apresentou câmaras cardíacas com dimensões normais, hipertrofia importante de região médio-apical, obliterando o ápice de ventrículo esquerdo, sugestivo de cardiomiopatia hipertrófica apical (Yamaguchi). Conclusões: Este relato mostra que a cardiomiopatia hipertrófica apical pode se apresentar com quadro clínico de dor torácica e dispnéia, cujas alterações sugestivas nos exames complementares são evidências de ondas T pontiagudas com mais de 10 milímetros no eletrocardiograma e achados ecocardiográficos de hipertrofia ventricular esquerda com obliteração apical, corroborando com o diagnóstico de doença de Yamaguchi.

P44 - RELATO DE CASO: ESTENOSE MITRAL GRAVE COM INDICAÇÃO DE CORREÇÃO CIRÚRGICA

SARA RABELO JOCA, RAFAEL VASCONCELOS BARROS e CARLOS JOSÉ MOTA DE LIMA

Hospital de Messejana - Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Fortaleza, CE, BRASIL - Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Fortaleza, CE, BRASIL.

Objetivo: relatar caso de estenose mitral grave e sintomática, associado à insuficiência tricúspide, que após avaliação clínica recebeu indicação de substituição de valva mitral por prótese biológica e realização de plastia tricúspide tipo DeVega. Delineamento: O presente estudo consiste em um relato de caso do tipo descritivo não experimental vivenciado no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, no município de Fortaleza, Ceará, em janeiro de 2013. Paciente: Trata-se do acompanhamento de um caso de estenose mitral em paciente do sexo feminino, 49 anos, natural e procedente de Jaguaruana, católica, casada e lavadora de roupas. Métodos: Os dados do estudo são procedentes da observação participante e da leitura da evolução do caso nos prontuários do hospital. Estudos bibliográficos e discussão do caso clínico também fizeram parte desse estudo. Resultados: A paciente iniciou quadro de ortopnéia há cerca de um ano da internação, sem dispneia paroxística noturna. Após dois meses do início dos sintomas, observou aparecimento de edema periférico e ascite. Apresenta como antecedente patológico hipertensão arterial sistêmica. Ao exame físico, constatou-se presença de turgência jugular bilateral, murmúrio vesicular reduzido em bases pulmonares, ascite, hepatomegalia e edema de membros inferiores. A ausculta cardíaca evidenciou sopro diastólico em foco mitral, e sistólico em foco tricúspide, com Manobra de Rivero Carvalho positiva. O ecocardiograma demonstrou aumento importante do átrio esquerdo e câmaras direitas, com valva mitral de aspecto reumático, gradiente diastólico médio de 15mmHg e pico de 25 mmHg, área de abertura com 0,7 cm², associada a regurgitação mitral moderada e regurgitação tricúspide importante. A paciente foi submetida a tratamento cirúrgico da valva mitral, sendo realizada a substituição da valva por uma prótese biológica, e plastia tricúspide tipo DeVega. No pós-operatório, evoluiu sem complicações, recebendo alta com dez dias. Conclusões: Há duas modalidades aceitas para o tratamento intervencionista da estenose mitral: a Valvuloplastia

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Mitral Percutânea por Cateter-Balão e a cirurgia. No presente estudo, abordamos um caso de estenose mitral grave, cujo tratamento cirúrgico se tornou o mais indicado, considerando que a melhor escolha da intervenção baseia-se em avaliar as características clínicas do paciente, a anatomia valvar e a experiência da equipe cirúrgica.

P45 - CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES: ÊNFASE EM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

MARIA AUXILIADORA RESENDE SAMPAIO,

Instituto Superior de Teologia Aplicada - Faculdades INTA, Sobral, CE, BRASIL.

a)Objetivos:Os pacientes com afecções cardíacas possuem diferentes necessidades e o planejamento de cuidados a eles destinados devem obedecer a seus anseios individuais. Este estudo tem o objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem em ações educativas de prevenção a complicações cardiovasculares, principalmente Acidente Vascular Encefálico. b)Delineamento:Relato de experiência realizado em fevereiro de 2013 para cardiopatas atendidos por uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Sobral-CE. c)Material:A amostra constituiu-se por 35 pacientes com idade entre 13 e 65 anos. d)Métodos:Inicialmente fez-se uma dinâmica para a familiarização dos sujeitos seguida de um momento onde os participantes relatavam sobre suas expectativas, assim foi possível compreender o nível de conhecimento dos participantes e direcionar mais ainda as explanações. Com linguagem acessível, exposições em data show e participação de profissionais, foram esclarecidos os fatores de risco para complicações cardiovasculares dando ênfase ao AVE. Ao final, firmou-se uma discussão onde os participantes formulavam perguntas ou contribuições para socializar com o grupo, o qual poderia intervir na opinião do outro ou mesmo responder os questionamentos. Desta forma foram sanadas as dúvidas e inseguranças dos mesmos. e)Resultados: Durante a exposição das ideias preparadas, notou-se forte atenção por parte dos participantes, os quais observavam fixamente os expositores e faziam suas anotações. No momento final percebeu-se familiarização dos pequenos grupos formados, os quais debatiam o tema e suas dúvidas. No compartilhamento das ideias, a medida que surgiam os questionamentos estes eram muitas vezes respondidos pelos próprios participantes que se demonstravam então, entendidos do assunto. Neste momento muitos mitos e verdades sobre o assunto foram esclarecidos e através do relato das pessoas percebeu-se que o encontro fora de fundamental importância para o conhecimento delas, as quais agradeciam aos facilitadores e incentivavam a continuidade de ações como aquela. f)Conclusões: A partir dos resultados pode-se concluir que o encontro foi essencial na vida das pessoas que almejam melhor qualidade de vida sem complicações do seu processo patológico. Recomenda-se a continuidade de ações educativas no âmbito dos fatores de risco para complicações cardiovasculares, as quais são responsáveis por interferir de forma negativa na qualidade de vida dos pacientes.

P46 - DESCENTRALIZAÇÃO DO SERVIÇO DE UMA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA ESTRATÉGIA NO ACOMPANHAMENTO DE IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

MARIA AUXILIADORA RESENDE SAMPAIO, FRANCISCO FREITAS GURGEL JÚNIOR, LIVIA GUIMARES ALBUQUERQUE, ANTONIA REGINARA MOREIRA RODRIGUES, ANA SILVIA AGUIAR e MARISE PONTE FERREIRA MONTEIRO

Faculdades INTA, Sobral, CE, BRASIL.

a)Objetivos: A população idosa no Ceará aumentou 61% nos últimos 10 anos, segundo dados do IBGE em 2010. Este fato tem gerado consequentemente um aumento de portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Desta forma como garantia da melhoria de assistência

prestada a essa população, a equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) deve adequar suas ações tendo como prioridade a acessibilidade ao serviço prestado. Este estudo tem o objetivo de descrever o processo de descentralização das estratégias de atendimento ao idoso portador de HAS, facilitando seu acompanhamento e criando vínculo estreito com essa população.b)Delineamento:Relato de experiência de natureza analítica e descritiva com abordagem qualitativa, realizado em setembro de 2012 em uma comunidade de da Região Norte do estado do Ceará.c)Paciente ou Material: O estudo foi realizado com grupos de idosos atendidos pela ESF da referida comunidade.d)Métodos: Inicialmente realizamos um levantamento do perfil epidemiológico dos idosos da área e mapeamos os grupos de convivência inseridos no contexto. Posteriormente, traçamos um plano de atendimento interdisciplinar semanal na comunidade. Desta forma, abordava-se cada grupo para as devidas contribuições.e)Resultados: Dentre os principais resultados alcançados podemos citar: a Implementação do grupo de idosos e de pessoas acometidas por HAS com presença de equipe multidisciplinar na comunidade, incorporando atividades como caminhada, ginástica comunitária, orientações higieno-dietéticas, atividades lúdicas, lazer, acompanhamento Médico e de Enfermagem, dispensação de medicação, aumento do vínculo com as famílias envolvidas, melhorando desta forma o acesso às ações de saúde. f)Conclusões: Tendo em vista os benefícios alcançados para a comunidade, conclui-se que foi de grande importância a realização desta intervenção de descentralização dos serviços de saúde, pois através da atividade desenvolvida em cada grupo, permitiu-se o alcance de muitas pessoas ao mesmo tempo, ao passo que estas relataram a satisfação na melhoria do atendimento voltado à população. Ressaltamos nesse estudo a necessidade urgente de termos profissionais sensibilizados e capacitados para ofertar ações de qualidade â Saúde do Idoso, priorizando o melhor e mais facilitado acesso a esses bens e serviços, promovendo, prevenindo e acompanhando precocemente os casos de HAS.

P47 – AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL E DA FUNÇÃO PULMONAR EM CANDIDATO À ANEURISMECTOMIA DE VENTRÍCULO ESQUERDO: RELATO DE CASO

LORENA GUEDES BRAVO, ANA IRENE CARLOS DE MEDEIROS, LAILANE SATURNINO DA SILVA, LAÍLA PEREIRA GOMES DA SILVA e ANDRÉA DA NÓBREGA CIRINO NOGUEIRA

Universidade Federal do Ceará Fortaleza, CE, BRASIL.

Objetivo: Avaliar a capacidade funcional e a função pulmonar em candidato à aneurismectomia de ventrículo esquerdo. Delineamento: Trata-se de estudo descritivo, exploratório, transversal, do tipo estudo de caso. Paciente: Fez parte da pesquisa um indivíduo de 75 anos, sexo masculino, casado, aposentado, natural de Sonolópole - Ce e procedente de Milhã – Ce, internado no Serviço de Cardiologia do Hospital Universitário Walter Cantídio. Métodos: A coleta de dados foi realizada durante o mês de junho de 2013, através de uma ficha de avaliação inicial, Medical Outcomes Study 36 – Item short form health survey (SF36), Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), testes respiratórios (manovacuometria/ espirometria), Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6’) e dados do prontuário médico. Resultados: Paciente hipertenso, com história de infarto agudo do miocárdio há cinco anos, refere dor precordial, tipo em pontada, sem irradiação, com duração média de 5 minutos associada à sensação de mal estar, internado com diagnóstico de Aneurisma de Ventrículo Esquerdo, aguardando cirurgia de aneurisectomia. Ao exame físico apresentava ausculta pulmonar normal, PA 130 x 70 mmHg, FC 59 bpm, FR 22 rpm, SpO2 96%, tipo de tórax normal, padrão respiratório toracoabdominal e expansibilidade torácica simétrica. Na avaliação do SF - 36 houve limitação para os domínios: Capacidade funcional (33,3), aspectos físicos (0), dor (10), aspectos emocionais (33,3), vitalidade (25). Na HADS foi encontrado ansiedade (A= 11), mas não foi evidenciado depressão (D= 5). Na manovacuometria foi encontrado fraqueza muscular respiratória (PiMáx = -45 cmH2O e PeMáx = + 68 cmH2O), na espirometria CVF= 4.07, VEF1= 3.38, CVF/VF1= 83, PEF= 6. 72 e no TC6’ baixa capacidade funcional (distância percorrida= 393 m; distância prevista= 513 m, Limite inferior= 416 m). O ecodoplecardiograma evidenciou déficit de relaxamento de

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ventrículo esquerdo, insuficiência mitral leve, ventrículo esquerdo levemente dilatado, aumento do volume do átrio esquerdo (vol.= 34 ml/m²), disfunção sistólica do VE moderada, fração de ejeção de 37%, extras sístoles e aneurisma do ápice do VE. Conclusão: O aneurisma de VE limita a capacidade funcional e força muscular respiratória, repercutindo negativamente na qualidade de vida e proporcionando aumento na ansiedade.

P48 - PREVALÊNCIA DE DM E HAS NO AMBULATÓRIO DE GERIATRIA EM ILP.

DIEGO ANTUNES SILVEIRA, AMANDA NOGUEIRA GUEDES e CAIO CESAR DIAS LIMA

UNIFOR - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

Introdução: O envelhecimento está associado ao aumento da prevalência de doenças crônico degenerativas, entre elas o diabetes mellitus (DM) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS). Objetivos:Analisar a prevalência de DM e HAS em idosos residentes em uma instituição de longa permanência (ILP) em Fortaleza, Ceará. Comparar a prevalência de DM e HAS em idosos residentes em uma ILP em Fortaleza, Ceará, com idosos não institucionalizados no Brasil e em Fortaleza e com estudo realizado em uma ILP do Distrito Federal (DF). Metodologia:Realizado estudo transversal. Análise de 195 prontuários de idosos (105 mulheres e 90 homens) residentes em ILP, no período de novembro de 2011 a fevereiro de 2012. Foram analisadas a seguintes variáveis: prevalência de DM e HAS. Feita pesquisa no banco de dados do DATASUS e em artigo de DANILOW MZ et al. realizado em 2006 no município do DF para obtenção de dados de prevalência de HAS e DM e comparação com os dados coletados. Resultados: Os idosos avaliados apresentaram média de idade de 75,1 anos, sendo 56,8% de mulheres e 46,2% de homens. HAS (62,6%) foi a doença mais prevalente no estudo, seguida por DM (25,6%). No Brasil, a prevalência de HAS na população idosa foi de 63,2%, e a de DM 22,1%, já em Fortaleza, a prevalência foi de 54,8% para HAS e 20,2% para DM. No estudo realizado no DF a HAS também é a mais prevalente (51,6%), seguida de DM (19,4%). Conclusão: Evidencia-se que a prevalência de HAS e DM na ILP estudada foram bastante semelhantes à prevalência encontrada no Brasil, e superiores em relação à encontrada em Fortaleza. Além disso houve uma significativa diferença quando comparado as duas ILPs, sendo a instituição do município de Fortaleza com piores resultados, mostrando a necessidade de um melhor acompanhamento médico aos residentes na ILP. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), idosos residentes em instituições estão entre os grupos de idosos maisexpostos a riscos para sua saúde ou situação socioeconômica.

P49 - EVOLUÇÃO CLÍNICA DE PACIENTE COM MIOCARDIOPATIA PERIPARTO: RELATO DE CASO

LAILANE SATURNINO DA SILVA, ANA IRENE CARLOS DE MEDEIROS, LAÍLA PEREIRA GOMES DA SILVA e ANDRÉA DA NÓBREGA CIRINO NOGUEIRA

Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL.

OBJETIVO: A miocardiopatia periparto (MCPP) é uma patologia relativamente rara, que surge entre o último mês de gestação e os cinco primeiros de puerpério e é caracterizada pela insuficiência cardíaca de rápida evolução. Neste contexto o estudo teve como objetivo apresentar a evolução clínica de uma paciente diagnosticada

com miocardiopatia periparto. DELINEAMENTO: Trata-se de relato de caso. MATERIAL: MKSM, 28 anos, branca, G5P5, natural e procedente de Fortaleza/CE, solteira, doméstica. Submetida a parto cesáreo em 09/04/2013, com o inicio dos sintomas imediatamente após a cirurgia. MÉTODOS: A coleta de dados foi realizada durante o mês de junho de 2013, através de uma ficha de avaliação inicial, Medical Outcomes Study 36 – Item short form health survey (SF36), Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ), Teste da Caminhada dos 6 Minutos (TC6M), Espirometria, Manovacuometria, Eletrocardiograma (ECG), Holter por 24h, exames laboratoriais e 3 Ecocardiogramas seriados. RESULTADOS: A avaliação clínica evidenciou sinais de dispneia, fadiga e turvação visual. No SF36 houve limitação para os domínios: Aspectos Sociais (25), Aspectos Emocinais (33,3) e Aspectos Físicos (0). O MLHFQ evidenciou forte comprometimento da qualidade de vida (85). No TC6M a paciente percorreu uma distância de 462m, menor que a distância prevista de 646m. A espirometria não evidenciou disturbios respiratórios (CVF: 2,54l; VEF1: 2,35l; VEF1/CVF: 92%), já a Manovacuometria apontou fraqueza muscular respiratória [Pimáx: -68cmH2O (54,8% prev); Pemáx: 77cmH2O (58,3%prev)]. O ECG, o Holter e os exames laboratoriais não apresentaram alterações. Os ecocardiogramas evidenciaram a evolução clínica da função cardíaca (11/04: FE 29%; 04/06: FE 32% e 20/06: FE 49%). CONCLUSÃO: A MCPP apresenta etiologia ainda incerta, entretanto o tratamento visa a redução da pré e pós carga e o aumento da contratilidade ventricular. Quanto ao prognóstico, este depende do grau de disfunção miocárdica, do diâmetro das cavidades cardíacas, da rapidez da instituição e da resposta ao tratamento. A FE tende a se normalizar em 50% dos casos nos 6 primeiros meses de evolução, caso contrário a disfunção é considerada irreversível. Nesse estudo, foi observado tendência a reversibilidade da função cardíaca da paciente em 3 meses, evidenciada pela FE, fato este que poderá sugerir uma futura melhora no sua capacidade funcional, função respiratória e qualidade de vida.

P50 - IMPACTO DO TREINAMENTO PRÁTICO DE LEIGOS NA PERFORMACE DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA.

SANDRA NÍVEA DOS REIS SARAIVA FALCÃO, JOAO LUIZ DE A.A. FALCAO, LIVIA CAVALCANTE DA COSTA, SAMIA THABIDA DE OLIVEIRA RABELO, LUMA BURGOS PINHEIRO CASTELO BRANCO, CYRO MAGALHAES FERREIRA, RAMILLE MOITAS KRAMER DE MESQUITA, RAQUEL PAIVA PORTUGAL e MATEUS MACHADO BASTOS

Unifor, Fortaleza, CE, BRASIL.

INTRODUÇÃO: O conhecimento dos procedimentos a serem realizados em caso de parada cardíaca é de fundamental importância para permitir o atendimento rápido e aumentar as chances de sobrevivência das vítimas. Os locais de atendimento à pacientes como postos de saúdes, clínicas e hospitais têm maior incidência de emergências médica como parada cardíaca (PCR), entretanto, a maioria das pessoas que trabalham nesses serviços de saúde não tem treinamento para realizar os passos iniciais necessários para o sucesso da reanimação cardiopulmonar.OBJETIVOS: Avaliar o desempenho prático na realização dos procedimentos necessários em casos de parada cardíaca pré e pós-treinamento de 4 horas em SBV dos profissionais não médicos de uma unidade secundária de saúde.METODOLOGIA: PArticiparam 110 funcionarios de uma unidade secundária de saúde. A participação consistia em participar de curso teórico prático de SBV com duração de quatro horas, sendo realizado um teste teórico e pratico dos conhecimentos antes do curso e uma avaliação pratica após o curso. Para realização da avaliação pratica pré e pós-curso foi utilizado manequim de simulação conectado a um computador com programa que permite a análise objetiva da qualidade da reanimação realizada.RESULTADOS: Participaram do estudo 83 pessoas (75% dos funcionários da instituição), sendo que os desistentes, em sua maioria, foram funcionários em período de férias. Na análise pré curso a frequência, local e profundidade da compressão torácica foram corretas em apenas 6%, 2% e 2% dos participantes, respectivamente. Após o treinamento a frequência, local e profundidade da compressão torácica foram

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corretas em 48%, 11% e 31% dos participantes, respectivamente. Pré curso cerca de 50% dos participantes verbalizaram a solicitação de serviço médico móvel, após curso 100% dos participantes solicitaram ajuda do resgate no primeiro minuto do atendimento.CONCLUSÃO: O treinamento prático permite uma melhora significativa no performance dos passos fundamentais do SBV como solicitação de ajuda especializada e compressão torácica. A diversidade da população estudada ( nível médio e superior), tempo limitado do curso e concentração do treinamento são possíveis fatores que limitaram uma mais significativa melhora na qualidade das compressões torácicas.

P51 - ATENDIMENTO AMBULATORIAL AO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

DAFNE LOPES SALES, VERA LÚCIA MENDES DE OLIVEIRA, FRANCISCA MARIA GALES COSTA, RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO e THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL - HOSPITAL DE MESSEJANA DR CARLOS ALBERTO STUDART GOMES, FORTALEZA, CE, BRASIL.

O objetivo do estudo foi evidenciar e analisar a produção científica nacional e internacional sobre o atendimento ambulatorial aos pacientes com insuficiência cardíaca (IC) no período de 2008 a 2013. Tratou-se de revisão integrativa da literatura, realizada por meio de uma busca on-line na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com a utilização dos descritores insuficiência cardíaca e ambulatório hospitalar. Após a

busca, emergiram 103 artigos, sendo que destes, 28 foram publicados no período estabelecido. Após leitura dos resumos e exclusão dos repetidos, considerando estudos disponíveis na íntegra, publicados em revistas nacionais e internacionais, em língua portuguesa e inglesa, publicações originais de acordo com o objetivo do estudo e o protocolo de revisão elaborado previamente, chegou-se a um total de 10 estudos. Os dados foram analisados descritivamente segundo seus conteúdos. Dos artigos selecionados 40% eram dos EUA e Canadá e apenas 10% do Brasil, com metade deles publicados no ano de 2010. Todos afirmaram que clínicas multidisciplinares especializadas têm sido mostradas como meio para redução da mortalidade na IC. Isoladamente os estudos evidenciaram que: um programa especializado e individualizado é mais efetivo que um acompanhamento padrão; a clínica de IC reduz reinternação hospitalar, melhora a função cardíaca e a qualidade de vida dos pacientes; a entrada para a clínica de IC proporciona uma melhora do estado de saúde tanto em homens como em mulheres; tal modelo de cuidado teve um bom custo-efetividade, com a redução nas internações e aumento na expectativa de vida, revelando-se uma forma rentável de oferecer atendimento; quanto a adesão à terapia medicamentosa a clínica de IC foi fundamental para reduzir complicações e a mortalidade dos pacientes acompanhados; e ainda foi possível associar o abandono do acompanhamento ambulatorial ao isolamento social, sugerindo que os pacientes com IC que vivem só recebam uma abordagem individual e diferenciada. Todos os estudos incluídos na pesquisa apresentaram a importância do acompanhamento clínico especializado com abordagem multiprofissional, permitindo uma melhor compreensão do diagnóstico, estímulo para a mudança no estilo de vida e melhora no controle da doença, com redução das complicações e da mortalidade.

RESUMO DOS TEMAS LIVRES EM PÔSTERES

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