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Ministrio da
Educao
NOES DCONTABILIPARA CURS
NO
ESDECONTABILIDADE
BSIC
A
PARA
CURSOSTCNICOS
MICHELLE SILVA DE OLI
SHERLEY CABRAL MORE
MICHELLE SILVA DEOLIVEIRA contadorae mestre em Cincias
Contbeis pelaUniversidade Federal
de Pernambuco eespecialista emContabilidade e
ControladoriaGovernamental
tambm pelaUniversidade Federal
de Pernambuco.Atualmente exerce ocargo de docente noInstituto Federal de
Braslia atuando emcursos tcnicos,
tecnolgicos eps-graduao.
professora convidadado MBA em Custos e
Controladoria daUniversidade de
Pernambuco econsultora daOrganizao Pan
Americana de Sadena rea da
Contabilidade Pblica.
SHERLEY CABRAL
MOREIRApossuigraduao pela
Universidade Catlicade Braslia.
Atualmente ServidorPblico Tcnico
Administrativo doInstituto Federal de
Braslia. Temexperincia na rea de
Administrao.
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Michelle Silva de Oliveira
Sherley Cabral Moreira
EDITORA IFB
Braslia-DF
2013
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Michelle Silva de Oliveira
Sherley Cabral Moreira
Braslia-DF
2012
EDITORA IFB
Braslia-DF
2013
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O48n Oliveira, Michelle Silva de. Noes de contabilidade bsica para cursos tcnicos / Michelle Silva de Oliveira; Sherley Cabral Moreira -- Braslia, DF : Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Braslia, 2012. 120p.
Bibliograa ISBN 978-85-64124-17-2
1. Contabilidade. 2. Ensino tcnico. I. Moreira, Sherley Cabral II. Ttulo.
CDU 657:377
Ficha Catalogrca preparada porLaura Ceclia dos Santos Cruz - CRB 2203
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Sumrio
AGRADECIMENTOS ..................................................................................................................... 9
PREFCIO .................................................................................................................................. 11
1. NOES PRVIAS .................................................................................................................. 13
1.1 Surgimento da Contabilidade ....................................................................................... 13
1.2 A Contabilidade e seu campo de atuao ................................................................... 13
1.3 Finalidade da Contabilidade ......................................................................................... 14
1.4 Objetivo da Contabilidade ............................................................................................ 14
2. PRINCPIOS DE CONTABILIDADE ......................................................................................... 15
2.1 Conceitos ........................................................................................................................ 15
2.2 Princpios Contbeis ...................................................................................................... 16
3. ESTUDO DO PATRIMNIO ................................................................................................... 19
3.1 Conceitos ........................................................................................................................ 19
3.2 Componentes do Patrimnio ........................................................................................ 19
3.2.1 Ativo ..................................................................................................................... 19
3.2.2 Passivo ................................................................................................................. 20
3.2.3 Patrimnio Lquido (PL) ...................................................................................... 20
3.3 Equao Fundamental do Patrimnio .......................................................................... 21
3.4 Situaes do Patrimnio Lquido .................................................................................. 22
3.4.1 Situao lquida positiva .................................................................................... 22
3.4.2 Situao lquida nula .......................................................................................... 22
3.4.3 Situao lquida negativa ................................................................................... 23
3.5 Conguraes do Capital .............................................................................................. 23
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4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS ............ 31
4.1 Razo .................................................................................................................... 31
4.2 Partidas Dobradas: Dbito e Crdito .................................................................. 33
4.2.1 Lanamentos no Ativo .............................................................................. 33
4.2.2 Lanamentos no Passivo ........................................................................... 35
4.2.3 Lanamentos no Patrimnio Lquido ....................................................... 35
4.3 Partidas dobradas no livro Dirio ....................................................................... 38
4.4 Balancete de Vericao ..................................................................................... 42
5.ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO ............................................... 55
5.1 Receitas, Despesas e Resultado .......................................................................... 55
5.1.1 Receitas ...................................................................................................... 55
5.1.2 Despesas .................................................................................................... 56
5.1.3 Resultado ................................................................................................... 575.1.4 Receitas, Despesas e seus reexos no Patrimnio Lquido .................... 57
5.1.5 Perodo Contbil ........................................................................................ 57
5.1.6 Encerramento das contas de Despesas e Receitas .................................. 58
5.1.7 Distribuio dos Resultados ..................................................................... 61
5.1.8 Demonstrao do resultado do exerccio ................................................ 62
6. OPERAES COM MERCADORIAS ............................................................................. 75
6.1 Resultado Bruto com Mercadorias (RCM) .......................................................... 75
6.2 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)............................................................. 76
6.2.1 Inventrios ................................................................................................. 76
6.2.2 Apurao dos custos ................................................................................. 84
6.2.2.1 Preo especco ............................................................................. 84
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6.2.2.2 PEPS ................................................................................................ 85
6.2.2.3 UEPS ............................................................................................... 87
6.2.2.4 Mdia Ponderada Mvel .............................................................. 89
6.2.3 Diferenas entre os Critrios de Apurao dos Custos ........................... 91
6.3 Fatos que Alteram os Valores de Compra e Venda .......................................... 92
6.3.1 Devolues e Abatimentos ....................................................................... 92
6.3.1.1 Na venda ........................................................................................ 92
6.3.1.2 Na compra ..................................................................................... 95
6.3.2 Devolues e Abatimentos no Inventrio Permanente ......................... 96
6.3.3 Descontos Comerciais .............................................................................. 97
6.3.4 Descontos Financeiros .............................................................................. 97
6.4 Incidncia de tributao nas Operaes com Mercadorias ............................... 99
6.4.1 ICMS ........................................................................................................... 99
6.4.2 IPI .............................................................................................................. 103
7. BALANO PATRIMONIAL E DEMONSTRAODO RESULTADO DO EXERCCIO ................................................................................ 105
7.1 Balano Patrimonial ........................................................................................... 105
7.1.1 Conceito ................................................................................................... 105
7.1.2 Apresentao do Balano Patrimonial ................................................... 105
7.1.3 Critrios de Classicao das contas de Ativo,
Passivo e Patrimnio Lquido ........................................................................... 1067.1.3.1 Critrio de classicao no Ativo ............................................... 106
7.1.3.2 Critrio de classicao no Passivo ........................................... 107
7.1.3.3 Critrio de classicao no Patrimnio Lquido ....................... 108
7.1.4 Elaborao do Balano Patrimonial ....................................................... 109
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7.2 Elaborao da Demonstrao do Resultado do Exerccio ......................................... 109
7.3 Sugesto de Planos de Contas .................................................................................... 111
7.3.1 Balano Patrimonial .......................................................................................... 111
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91. NOES PRVIAS
AGRADECIMENTOS
Agradecemos em primeiro lugar a Deus que iluminou o nosso caminho durante esta
jornada, como tambm aos nossos pais, que de forma especial e carinhosa deram fora
e coragem, nos apoiando nos momentos de diculdades, nos iluminando de maneira
especial os nossos pensamentos, levando a buscar mais conhecimentos. Agradecemos
tambm aos nossos professores e amigos pela ajuda e carinho.
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111. NOES PRVIAS
PREFCIO
Sabemos da existncia de uma vasta bibliograa que trata do tema contabilidade, desde
sua base introdutria at a avanada. No entanto, o direcionamento didtico para os que
dominam conceitos bsicos ou atuam na rea notrio. Neste caso, quando o leitor ainda no
conhece essa cincia social aplicada, a leitura de determinados livros se torna incompreensvel
e cansativa, principalmente quando h pouco envolvimento da teoria com a prtica.
Esta obra apresenta noes de contabilidade bsica para cursos tcnicos. De
linguagem simples e objetiva, privilegia o aluno do eixo tecnolgico Gesto e Negcios, que
fatalmente far uso do conhecimento adquirido neste livro para atuar de forma coerente
com suas atribuies na formao almejada, seja ela diretamente ligada ao contedo, cujo
aprofundamento ser necessrio e vir com maior facilidade, ou indiretamente relacionada,
mas com a base suciente para o futuro prossional.
Os captulos so bem divididos, contextualizados e com o grau de diculdade
compatvel com a sua proposta. importante destacar os exerccios resolvidos e o passo
a passo dos lanamentos, que so explicados detalhadamente, proporcionando ao leitor
maior segurana no momento da aplicao da teoria com a prtica.
De fato, um livro que se insere perfeitamente no contexto atual de educao no
Brasil, no qual a qualicao prossional e tecnolgica vem sendo ampliada e priorizada
de forma intensiva, atravs de programas do Governo Federal. uma fonte multiplicadora
de conhecimento que contribuir com a disseminao da cincia contbil, sendo, para ns
contabilistas, motivo de orgulho e satisfao.
Thamara Tain Souza Cabral de Oliveira
Especialista em Contabilidade e Controladoria Governamental pelaUniversidade Federal de Pernambuco. Diretora da Diviso de Contabilidade,
Compras e Licitaes do Colgio Agrcola Dom Agostinho Ikas - CODAI,pertencente Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE.
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131. NOES PRVIAS
1. NOES PRVIAS
1.1 Surgimento da Contabilidade
De acordo com pesquisas realizadas pela arqueologia1, a Contabilidade teve seusurgimento reconhecido durante a pr-histria, no perodo mesoltico, por meio da utilizao
de sistemas contbeis registrados em chas de barro que continham, por exemplo, smbolos de
animais, materiais txteis, recipientes, metais, entre outros, por meios de sinais pictogrcos.
Com a evoluo da civilizao, as formas de registros caram cada vez mais sosticadas
at chegarem s que so utilizadas atualmente com o auxlio da informtica.
1.2 A Contabilidade e seu campo de atuao
A Contabilidade, por estudar as modicaes do Patrimnio atravs das mudanas na
riqueza de um ente (pblico ou privado, fsico ou jurdico) ocorridas devidas aos atos humanos,
torna-se uma cincia social aplicada. E como tal, transforma-se em um instrumento de auxlio
para a tomada de deciso, pois sua dinmica visa captar, registrar, planejar, acompanhar,
resumir, analisar, interpretar e controlar todas as situaes que afetem o Patrimnio.
A tomada de deciso uma etapa que ocorre em diversos grupos de pessoas, e, por
essa variedade, a necessidade de informao deve ser voltada conforme o interesse dos
grupos. A gura abaixo resume alguns grupos de pessoas com suas respectivas necessidades
de informao contbil.
1Santos, Jos Luiz dos et al. Introduo Contabilidade. So Paulo: Atlas, 2011.
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14 1. NOES PRVIAS
Figura 1 Grupos de pessoas interessadas em informaes contbeis.
1.3 Finalidade da Contabilidade
A Contabilidade tem como principais ns o planejamento, controle e anlise que serviro
de base para a tomada de deciso. Entendendo planejamento como utilizao da melhor
alternativa para uma ao futura. J o controle pode ser compreendido como processo de
vericao do planejamento realizado anteriormente, bem como certicao do subsistema
institucional que so os valores e crenas estipulados pelos proprietrios das entidades.
1.4 Objetivo da Contabilidade
Marion2, em seu livro Contabilidade Empresarial, evidencia com bastante propriedade
o objetivo principal da Contabilidade como sendo o de permitir a cada grupo principal de
usurios a avaliao da situao econmica e nanceira da entidade, num sentido esttico,
bem como fazer inferncias sobre suas tendncias futuras.
Dessa forma, entende-se que a Contabilidade, por meio do estudo do Patrimnio
das entidades e suas mutaes, visa fornecer aos seus usurios em geral informaes quepossam ajud-los na tomada de deciso.
Sendo assim, o objeto da Contabilidade o Patrimnio das entidades, no qual so
analisados tanto os aspectos qualitativos quanto os quantitativos.
2MARION, Jos Carlos. Contabilidade empresarial. Atlas, 2009, p. 27-28.
Pessoas Fsicas
Governo
Bancos
Utilizam a contabilidade para controlar seus patrimnios, principalmente as nanas pessoais.
Faz uso das informaes contbeis para tributar e cobrar impostos, taxas e contribuies das pessoasfsicas e jurdicas, bem como projetar cenrios econmicos por meio da coleta e gerao de dadosestatsticos.
Requerem informaes sobre questes nanceiras que possam afetar a lucratividade, a rentabilidadee a segurana de seus investimentos.
Usam, principalmente, os relatrios contabis para deter informaes, por exemplo, sobrelucratividade, rentabilidade e segurana de seus investimentos.
Utilizam, basicamente, a contabilidade para auxili-los na tomada de deciso atravs das informaescontbeis sobre o passado, o presente e a projeo futura da empresa.
Scios e Acionistas
Administradores e Diretores
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152. PRINCPIOS DE CONTABILIDADE
2. Princpios DE CONTABILIDADE
2.1 Conceitos
As bases norteadoras de tcnicas ou doutrinas so denominadas de Princpios, poisremetem origem, ao comeo da fundamentao. Vrios Princpios so sedimentados por
vericaes do que ocorre na sociedade em diversas reas, como, por exemplo, na poltica,
na economia, no social, etc. Isto signica dizer que, se algum realizar observaes e anlises
sobre determinados acontecimentos levando em conta caractersticas fundamentais e seu
funcionamento e zer certas concluses sobre esses fatos e sendo aceitas pela classe de
estudiosos da rea, ento, essa concluso torna-se um Princpio. A gura abaixo exemplica
a formao de um Princpio na rea econmica.
1 - Observaesda realidade
5 - Formaode prncipios
4 - Conclusesaceitas pela classedos economistas
3 - Realizao deconcluses sobre osistema econmico
observado
2 - Anlise dascaractersticas
fundamentais e dofuncionamento dosistema econmico
observado
Figura 2 Exemplo de formao de um Princpio.
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16 2. PRINCPIOS DE CONTABILIDADE
2.2 Princpios Contbeis
Os Princpios Contbeis, por sua vez, denem as diretrizes essenciais sobre atos e
fatos agraciados pela Contabilidade. Tais fatos so oriundos das anlises e observaes da
realidade econmica, social e institucional3.
Entretanto, vericada alguma alterao signicativa nas caractersticas que
subsidiaram a formao dos primeiros Princpios, o observador dever realizar uma nova
anlise da realidade e alterar, adaptar ou substituir os Princpios inicialmente formados por
novos Princpios que traduzam as situaes observadas.
O papel do observador pode ser exercido por comisses especiais de conferncias e
convenes internacionais, pelos comits especialmente designados e pelas entidades de classe4.
De acordo com a equipe de professores da FEA/USP, a aceitao de um Princpio
requer dois requisitos bsicos para que este seja incorporado doutrina e prtica contbil:
1. Deve ser considerado objetivo e praticvel;
2. Deve ser til.
Alguns observadores, com poder de deciso, principalmente, na classe contbil,
imputam mais importncia ao Princpio ser praticvel que a sua utilidade inerente. Sendo
assim, para que um Princpio seja aceito, alm de representar a realidade econmica, dever
tambm ser considerado praticvel.
Os Princpios podem ser apresentados por duas correntes: a acadmica, formada
pelos estudiosos da Contabilidade, que estabelece os Princpios Contbeis GeralmenteAceitos; e a ocial, representada pelo Conselho Federal de Contabilidade, que estabelece
os Princpios de Contabilidade.
3IUDCIBUS, Srgio de (Coord.). Contabilidade Introdutria. Atlas, 2010, p. 285.
4IUDCIBUS, Srgio de (Coord.). Contabilidade Introdutria. Atlas, 2010, p. 286.
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172. PRINCPIOS DE CONTABILIDADE
Corrente AcadmicaCorrente Ocial
(Conselho Federal de Contabilidade)
Principos ContbeisGeralmente Aceitos
Principos deContabilidade
Figura 3 Apresentao dos Princpios por correntes.
Segundo Marion5, os tericos da Contabilidade que geralmente adotam a corrente
acadmica diferenciam os Princpios em trs grupos: os Postulados, os Princpios Bsicos e
as Convenes.
PostuladosContbeis
PrincpiosContbeis
GeralmenteAceitos
ConvenesPrincpiosContbeis
Figura 4 Formao dos Princpios Contbeis Geralmente Aceitos, de acordo com a corrente acadmica.
Marion6 evidencia que os Postulados, Princpios, Preceitos, Normas e Regras
convencionais so necessrios para fundamentar as tcnicas ou doutrinas e orientar os
prossionais da Contabilidade na utilizao de parmetros para realizao de suas atividades.
A vertente do Conselho Federal de Contabilidade dene, na Resoluo n 750/93,
recentemente alterada em 2010, que os Princpios de Contabilidade surgiram do
entendimento cientco e prossional e so categorizados todos como Princpios, cujos
tpicos relevantes so apresentados abaixo.
5MARION, Jos Carlos. Contabilidade empresarial. Atlas, 2009, p. 146.
6MARION, Jos Carlos. Contabilidade empresarial. Atlas, 2009, p. 146.
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18 2. PRINCPIOS DE CONTABILIDADE
ENTIDADE:reconhece a autonomia patrimonial da entidade,
diferenciando o Patrimnio particular do da entidade.
CONTINUIDADE:
pressupe que a Entidade continuar em operao no
futuro e, portanto, a mensurao e a apresentao
dos Componentes do Patrimnio levam em conta esta
circunstncia.
OPORTUNIDADE:
refere-se ao processo de mensurao e apresentao
dos Componentes patrimoniais para produzir
informaes ntegras e tempestivas.
REGISTRO PELO VALOR
ORIGINAL:
determina que os Componentes do Patrimnio devem
ser inicialmente registrados pelos valores originais das
transaes, expressos em moeda nacional.
COMPETNCIA:
as Receitas e as Despesas devem ser includas na
Apurao do Resultado do Perodo em que ocorreram,
sempre simultaneamente, quando se relacionarem,independente de recebimento e pagamento.
PRUDNCIA:
pressupe o emprego de certo grau de precauo no
exerccio quanto s estimativas em certas condies
de incerteza, para que Ativos e Receitas no sejam
superestimados e que Passivos e Despesas no sejam
subestimados.
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193. ESTUDO DO PATRIMNIO
3. ESTUDO DO PATRIMNIO
3.1 Conceitos
Devido ao Princpio da Entidade, que separa o Patrimnio particular do scio emrelao ao da empresa, a Contabilidade trata distintamente a pessoa jurdica da pessoa
fsica que lhe gerencia.
O Patrimnio pode ser conceituado como conjunto de bens, direitos e obrigaes
que utilizado em suas diversas atividades pertencentes s pessoas fsicas e/ou s jurdicas.
A representao grca do Patrimnio o Balano Patrimonial, no qual so registrados
os bens, direitos e obrigaes de uma entidade.
3.2 Componentes do Patrimnio
3.2.1 Ativo
O Ativo compreende os bens e os direitos controlados pela entidade e expresso em moeda
e possuem a caracterstica de gerar benefcios de uxos de Caixa futuros para a entidade.
Exemplos de bens e direitos registrados no Ativo: Caixa, bancos, clientes, contas areceber, Estoque, emprstimos concedidos a terceiros, imveis, veculos, mquinas e
equipamentos, entre outros.
Os componentes do Ativo, por conveno, so registrados no lado esquerdo do
Balano Patrimonial.
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20 3. ESTUDO DO PATRIMNIO
3.2.2 Passivo
Basicamente, so todas as obrigaes a pagar que a empresa possui, ou seja, so
compromissos para com terceiros devido ao consumo de recursos.
Exemplos de compromissos registrados no Passivo: fornecedores, contas a pagar,
emprstimos a pagar, nanciamentos a pagar, salrios a pagar, entre outros.
Os elementos do Passivo, por conveno, so registrados no lado direito do BalanoPatrimonial.
3.2.3 Patrimnio Lquido (PL)
Pode ser denido como o saldo resultante da diferena entre o valor do Ativo e do
Passivo de uma empresa.
Exemplo: se uma empresa possuir um Ativo (bens + direitos) no valor de $ 50.000 e um
Passivo (obrigaes) no valor de $ 30.000, ento, tem-se um Patrimnio Lquido de $ 20.000.
ATIVO PASSIVO = Patrimnio LQUIDOA P = PL
50.000 30.000 = 20.000
Os elementos do Patrimnio Lquido, por conveno, so registrados no lado direito
do Balano Patrimonial.
O Patrimnio Lquido pode ser constitudo pelas fontes de recursos provenientes de:
investimentos dos scios realizados atravs das compras de aes, quotas ououtras participaes;
lucros auferidos nos perodos e que no so distribudos aos scios.
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213. ESTUDO DO PATRIMNIO
Exemplo de um Balano Patrimonial
ABC S.A.
Balano Patrimonial
31 / 12 / 2012 Em $ mil
Ativo Passivo
Caixa
Contas a receber
Imveis
Veculos
10.000
2.000
20.000
5.000
Fornecedores
Contas a pagar
Salrios a pagar
5.000
3.000
12.000
Patrimnio Lquido
Capital Social
Lucros acumulados
15.000
2.000
TOTAL 37.000 TOTAL 37.000
3.3 Equao Fundamental do Patrimnio
As origens dos recursos so atribudas ao Passivo e ao Patrimnio Lquido (PL), e as
aplicaes desses recursos so realizadas no Ativo. Deste modo, pode-se dizer que:
ATIVO - PASSIVO = + Patrimnio LQUIDOA + P = + PL
Exemplo: Se dois scios investiram $ 10.000 cada para constiturem uma empresa e
aportaram os recursos em dinheiro, esse valor ser aplicado no Ativo, pois dinheiro um
bem da entidade e sua contra partida ser no Patrimnio Lquido. A empresa tambm
poder comprar mercadorias junto ao seu fornecedor a prazo, ou seja, para pagamento aposteriori, sendo assim, as mercadorias tambm caro no Ativo, pois representam bens.
Dessa forma, tanto os recursos provenientes do Passivo quanto do Patrimnio Lquido
so as origens dos recursos que iro ser utilizados para aplicaes no Ativo (compras de
mercadorias, por exemplo).
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22 3. ESTUDO DO PATRIMNIO
3.4 Situaes do Patrimnio Lquido
3.4.1 Situao lquida positiva
Quando o valor do Ativo superar o valor do Passivo, ento, o Patrimnio Lquido ser
positivo, isso signica dizer que a entidade possui mais bens e direitos do que obrigaes.
ATIVO PASSIVO = + Patrimnio LQUIDOA P = + PL
Exemplo: se a entidade possui no Caixa $ 4.000 e tiver uma obrigao para com o seu
fornecedor de $ 2.000, ento, o Patrimnio Lquido ser positivo em $ 2.000.
ATIVO PASSIVO = + Patrimnio LQUIDOA P = + PL
Caixa Fornecedor = PL4.000 2.000 = 2.000
3.4.2 Situao lquida nula
Ocorre quando o valor do Ativo igual ao valor do Passivo.
Exemplo: se a entidade possui no Caixa $ 4.000 e tiver uma obrigao com o seu
fornecedor de $ 4.000, ento o Patrimnio Lquido ser nulo (0).
ATIVO PASSIVO = Patrimnio LQUIDO 0A P = PL 0
Caixa Fornecedor = PL4.000 4.000 = 0
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233. ESTUDO DO PATRIMNIO
3.4.3 Situao lquida negativa
Quando o valor do Ativo for menor do que o valor do Passivo, tem-se o PL negativo,
que tambm pode ser denominado de Passivo a descoberto, pois mesmo vendendo todos
os bens e resgatando todos os direitos da empresa, no suciente para arcar com todas as
obrigaes registradas no Passivo, portanto, o Passivo car a descoberto.
Exemplo: se a entidade possui no Caixa $ 4.000 e tiver uma obrigao para com o seu
fornecedor de $ 6.000, ento o Patrimnio Lquido ser negativo em $ 2.000.
ATIVO PASSIVO = Patrimnio LQUIDOA P = PL
Caixa Fornecedor = - PL4.000 6.000 = - 2.000
3.5 Conguraes do Capital
Na Contabilidade, de acordo com Iudcibus (2010), podemos encontrar quatro
conceitos de capital:
1) Capital Nominal: representa o investimento inicial realizado pelos scios de uma
entidade. Esse investimento inicial registrado em uma conta denominada de Capital ou
Capital Social.
O Capital Nominal corresponde ao Patrimnio Lquido inicial, e s sofrer alteraes
quando:
a) os scios/proprietrios realizarem novos investimentos (aumento de capital) ou
desinvestimentos (reduo de capital);
b) gerao de lucros (aumentando o Patrimnio Lquido) ou prejuzos (diminuindo o
Patrimnio Lquido).
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24 3. ESTUDO DO PATRIMNIO
Exemplo prtico do registro: a empresa ABC S.A. constituda por dois scios que
integralizaram $ 100.000, sendo $ 60.000 em dinheiro e $ 40.000 em mveis e
equipamentos. Logo, podemos representar a integralizao desse capital de acordo
com o quadro a seguir.
ABC S.A.
Balano Patrimonial
31 / 12 / 2011 Em $ mil
Ativo Passivo
CaixaMveis e equipamentos
60.000
40.000Patrimnio Lquido
Capital Social 100.000
TOTAL 100.000 TOTAL 100.000
2) Capital Prprio (CP): corresponde ao Capital Prprio da entidade, portanto
corresponde ao Patrimnio Lquido, abrangendo o Capital Inicial e suas variaes.
Exemplo prtico do registro: continuando o exemplo anterior, aps determinado
perodo, a empresa obteve um lucro de $ 20.000 proveniente de suas atividades. Desta
forma, o Capital Prprio da empresa passaria para $ 120.000 ($ 100.000 do Capital
Social + $ 20.000 dos lucros). Observe que o Lucro ter reexo no Ativo, pois entrar
dinheiro no Caixa ou direitos a receber. No quadro, nota-se que o reexo da gerao
de lucros foi no Caixa atravs da entrada de dinheiro, mas poderamos ter uma conta
Ttulos a Receber, ou Clientes ou Contas a Receber no valor de $ 20.000, aoinvs da entrada no Caixa do dinheiro.
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253. ESTUDO DO PATRIMNIO
ABC S.A.
Balano Patrimonial
31 / 12 / 2011 Em $ mil
Ativo Passivo
CaixaMveis e equipamentos
80.000
40.000
Patrimnio Lquido
Capital Social
Lucros
100.000
20.000TOTAL 120.000 TOTAL 120.000
3) Capital de Terceiros (CT): corresponde ao Capital de Terceiros utilizados para nanciar
as atividades da empresa. Portanto, o Capital de Terceiros corresponde ao Passivo da entidade.
Exemplo prtico do registro: continuando o exemplo anterior, aps determinado perodo,
a empresa efetuou uma compra, a prazo, de mercadoria no valor de $10.000. Sendo
assim, a empresa car com um Estoque no seu Ativo (devido a entrada da mercadoria no
estabelecimento) de $ 10.000, entretanto ter um dvida com seu fornecedor de $ 10.000.
ABC S.A.
Balano Patrimonial
31 / 12 / 2011 Em $ mil
Ativo Passivo
CaixaEstoqueMveis e equipamentos
80.00010.00040.000
Fornecedor 10.000
Patrimnio Lquido
Capital Social
Lucros
100.000
20.000
TOTAL 130.000 TOTAL 130.000
4) Capital Total Disposio: corresponde aos valores disponveis para a empresa,
portanto, refere-se soma do Capital Prprio mais o Capital de Terceiros.
C
P
C
TC
P
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26 3. ESTUDO DO PATRIMNIO
EXERCCIOS DE FIXAO
CAPITAL TOTAL DISPOSIO = CAPITAL DE TERCEIRO +CAPITAL PRPRIO
PASSIVO + Patrimnio LQUIDOP + PL
Fornecedor + Capital Social + Lucros10.000 + 100.000 + 20.000 = 130.000
Exerccio 1
A empresa XYZ S.A. apresentou, cronologicamente, as seguintes transaes ocorridas:
02/03 Integralizao do capital inicial investido pelos scios no valor de $ 50.000
em dinheiro.
05/03 Compra de mveis e equipamentos no valor $ 10.000 a prazo.
08/03 Compra de mercadorias no valor de $ 8.000, sendo 60% vista e o restantea prazo.
15/03 Compra de um imvel no valor de $ 100.000 nanciado em 12 vezes.
20/03 Pagamento da dvida efetuada no dia no dia 08/03.
25/03 Novo aporte realizado pelos scios no valor de $ 30.000, sendo $ 10.000 vista e $ 20.000 atravs da entrega de um veculo.
30/03 Pagamento de 50% da dvida efetuada no dia 05/03.
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273. ESTUDO DO PATRIMNIO
EXERCCIOS DE FIXAO
Soluo do exerccio 1
Dia 02/03
XYZ S.A.
Em $ mil
Ativo Passivo
Caixa 50.000 Patrimnio Lquido
Capital Social 50.000
TOTAL 50.000 TOTAL 50.000
Entendendo o lanamento: com a integralizao do Capital Social, os scios
aportaram dinheiro na empresa, portanto, esse dinheiro car disponvel para
utilizao no Caixa.
Dia 05/03
XYZ S.A.
Em $ mil
Ativo Passivo
Caixa
Mquinas e equipamentos
50.000
10.000
Ttulos a pagar 10.000
Patrimnio Lquido
Capital Social 50.000
TOTAL 60.000 TOTAL 60.000
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28 3. ESTUDO DO PATRIMNIO
EXERCCIOS DE FIXAO
Entendendo o lanamento: com a compra de mquinas e equipamentos, a
prazo, a empresa car com uma obrigao de pagar o ttulo da compra futuramente.
Dia 08/03
XYZ S.A.
Em $ milAtivo Passivo
Caixa
Estoque
Mquinas e equipamentos
45.200
8.000
10.000
Ttulos a pagar
Fornecedores
10.000
3.200
Patrimnio Lquido
Capital Social 50.000
TOTAL 63.200 TOTAL 63.200
Entendendo o lanamento: com a compra de mercadorias, parte a prazo, a empresacar com a obrigao de pagar ao seu fornecedor. Os 60% vista sair do Caixa.
Dia 15/03
XYZ S.A.
Em $ mil
Ativo Passivo
Caixa
Estoque
Imvel
Mquinas e equipamentos
45.200
8.000
100.000
10.000
Ttulos a pagar
FornecedoresFinanciamento
10.000
3.200100.000
Patrimnio Lquido
Capital Social 50.000
TOTAL 163.200 TOTAL 163.200
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293. ESTUDO DO PATRIMNIO
EXERCCIOS DE FIXAO
Entendendo o lanamento: a compra do imvel implicar em outra obrigao
(nanciamento) a pagar, a contrapartida ser o registro do imvel no nome da empresa.
Dia 20/03
XYZ S.A.
Em $ milAtivo Passivo
Caixa
Estoque
Imvel
Mquinas e equipamentos
42.000
8.000
100.000
10.000
Ttulos a pagar
Financiamento
10.000
100.000
Patrimnio Lquido
Capital Social 50.000
TOTAL 160.000 TOTAL 160.000
Entendendo o lanamento: a empresa decidiu pagar o que devia da compra dasmercadorias ocorrida no dia 08/03, para isso a entidade retirou $3.200 do Caixa e
pagou ao fornecedor, liquidando o que devia.
Dia 25/03
XYZ S.A.
Em $ mil
Ativo Passivo
Caixa
Estoque
Imvel
Mquinas e equipamentos
Veculos
52.000
8.000
100.000
10.000
20.000
Ttulos a pagar
Financiamento
10.000
100.000
Patrimnio Lquido
Capital Social 80.000
TOTAL 190.000 TOTAL 190.000
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30 3. ESTUDO DO PATRIMNIO
EXERCCIOS DE FIXAO
Entendendo o lanamento: os scios decidiram aportar mais dinheiro na empresa,
registrando essa entrada no Capital Social e a disponibilizao de $10.000 no Caixa e
$20.000 do Veculo.
Dia 30/03
XYZ S.A.
Em $ mil
Ativo Passivo
Caixa
Estoque
Imvel
Mquinas e equipamentos
Veculos
47.000
8.000
100.000
10.000
20.000
Ttulos a pagar
Financiamento
5.000
100.000
Patrimnio Lquido
Capital Social 80.000TOTAL 185.000 TOTAL 185.000
Entendendo o lanamento: a empresa decidiu pagar 50% da dvida que realizou
no dia 05/03 com a compra de mveis e equipamentos, para isso a entidade retirou
$5.000 do Caixa e efetuou o pagamento parcial do ttulo registrado no Passivo.
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314. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OSPROCEDIMENTOS CONTBEIS
4.1 Razo
No captulo anterior, aps cada transao, um balano foi realizado, entretanto, devidoao grande volume de transaes realizadas pelas empresas, ca impraticvel a confeco do
balano aps cada operao. Por exemplo: pense em uma grande rede de supermercado, na
quantidade de mercadorias que so vendidas a cada segundo. Esse fato torna muito complexo a
elaborao do balano logo aps cada venda, alm de desprender muito tempo para essa ao,
pois os scios, os administradores, os acionistas e o governo, entre outros, satisfazem-se com
balanos peridicos, normalmente mensais, trimestrais ou anuais.
Os registros das operaes so realizados em livros de contas que a Contabilidade
denomina de Razo.
A evoluo dos registros contbeis seguiu o desenvolvimento da sociedade, pois,
antigamente, as contas eram registradas em chas, depois passaram a ser registradas em livros
e atualmente so registradas na memria do computador, sendo armazenadas de acordo com
suas caractersticas. Deste modo, os registros das contas so agrupados de acordo com a sua
natureza, ou seja, se a empresa recebe dinheiro, esse evento ser registrado na conta Caixa que
ca no Ativo, se a empresa for pagar algo, ser registrada a sada do dinheiro na conta Caixa.
Portanto, cada item do Ativo, do Passivo e do Patrimnio Lquido sero registrados em contas
individualizadas e registradas no Balano Patrimonial conforme seu grupo pertencente. Porexemplo, se a entidade efetuar uma venda a prazo, o direito a receber poder ser registrado
na conta Clientes, Valores a Receber ou Ttulos a Receber.
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32 4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
O modelo abaixo representa um exemplo do registro de uma conta no livro Razo.
Nome da conta
Data Descrio da operao Dbito Crdito Saldo
A maioria das empresas utiliza cdigos para facilitar os registros das contas no livro
Razo, sendo cada conta congurada para receber uma codicao especca que ir
identic-la conforme sua natureza.
Para facilitar o aprendizado, usual trabalhar com o Razo atravs de sua ilustrao
grca denominada de Contas em T, Razonete em T ou apenas Razonetes.
A forma grca a seguir representa o razonete no qual so registradas todas as
movimentaes em cada conta individualmente, ou seja, ao abrir um razonete, este receber
um nome de uma determinada conta, por exemplo, a conta Caixa, e ser registrado no
razonete da conta Caixa toda e qualquer movimentao que ocorra no Caixa, como a
entrada e a sada de dinheiro.
Caixa
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334. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
4.2 Partidas Dobradas: Dbito e Crdito
O dbito e o crdito so uma conveno bastante utilizada pela Contabilidade e
que esto presente no razonete, pois o dbito representa o lado esquerdo de todos os
razonetes, bem como o lado direito simboliza o crdito em todos os razonetes.
Caixa
Dbito Crdito
Sendo assim, ao realizar um lanamento do lado esquerdo da conta, a empresa
estar fazendo um lanamento a dbito ou simplesmente debitando a conta. Ao efetuar
um lanamento do lado direito do razonete, a entidade estar fazendo um lanamento a
crdito, ou seja, creditando.
A apurao do saldo da conta simples de ser obtida, basta somar todos os valorescontidos no lado do dbito e confrontar com a soma de todos os valores registrados no lado do
crdito. Se o total dos dbitos for maior que os crditos, ento teremos uma conta com o saldo
devedor, porm, se o saldo dos crditos for maior que os do dbito, teremos saldo credor.
Observa-se que os lanamentos realizados a dbito ou a crdito aumentam ou
diminuem as contas do Ativo, do Passivo e do Patrimnio Lquido e o que decidir se
aumentar ou diminuir ser a natureza da conta na qual esto sendo feitos os lanamentos.
4.2.1 Lanamentos no Ativo
Como j vimos, os elementos que compem o Ativo so os bens e os direitos que a
entidade tem a receber e so representados no Balano Patrimonial no lado esquerdo. Deste
modo, por conveno, a Contabilidade adotou a natureza a dbito para as contas do Ativo.
Isso signica dizer que quando houver um registro de um bem, portanto registro no Ativo,
esse lanamento ser a dbito.
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34 4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
Para entender melhor, vamos analisar o seguinte exemplo: uma empresa efetuou umavenda de mercadoria ao seu cliente e recebeu o pagamento vista. O lanamento no Ativo
seria conforme o razonete abaixo.
Caixa
Dbito
O Caixa foi debitado por representar a entrada do dinheiro na entidade. Ento
podemos concluir que:
Qualquer conta do Ativo
Dbito Crdito
Aumentos Diminuies
Ento, quando qualquer conta do Ativo for aumentada, o lanamento ser a dbito,
e quando a conta do Ativo for diminuda, o lanamento ser a crdito.
A exceo so as contas reticadoras do Ativo, as quais representam contas que por
sua natureza diminuem o Ativo, portanto, o sentido o inverso ao realizado nos lanamentosdas contas do Ativo em geral.
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354. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
4.2.2 Lanamentos no Passivo
As contas do Passivo caracterizam as obrigaes da entidade e so registradas, por
conveno, do lado direito do Balano Patrimonial devido sua natureza credora, ou seja, o
inverso do que ocorre no Ativo.
Ento, se uma empresa efetuar compras de mercadorias a prazo junto ao seu
fornecedor, ela ter uma obrigao a pagar com seu fornecedor, o lanamento ser feito
conforme o razonete a seguir:
Qualquer conta do Passivo
Dbito Crdito
Diminuies Aumentos
Nesse exemplo, observe que a empresa no devia nada ao fornecedor, porm ao
comprar a prazo, ela ter uma obrigao a pagar para com ele, portanto, aumentar o valor
do Passivo e, ento, dever ser feito o lanamento a crdito na conta Fornecedor.
Logo, quando qualquer conta do Passivo for aumentada, o lanamento ser a crdito
e quando a conta for diminuda, o lanamento ser a dbito.
4.2.3 Lanamentos no Patrimnio Lquido
As contas do Patrimnio Lquido so provenientes dos investimentos realizados
pelos scios e pela formao dos lucros ou prejuzos da instituio, e so registradas, por
conveno, do lado direito do Balano Patrimonial devido sua natureza, em grande parte,
credora, ou seja, o inverso do que ocorre no Ativo e similar ao Passivo.
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36 4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
Quando o Patrimnio Lquido for negativo, este normalmente representado dolado direito do balano, subtraindo o valor do Passivo. Entretanto, tambm poder ser
representado do lado esquerdo junto ao Ativo.
Deste modo, para aumentar qualquer conta do Patrimnio Lquido, dever ser feito
um lanamento a crdito e para diminu-lo, ser a dbito.
Qualquer conta do Patrimnio Lquido
Dbito Crdito
Diminuies Aumentos
Assim, podemos resumir a metodologia de lanamentos a dbito e a crdito de acordo
com o quadro a seguir.
Ento, quando quisermos aumentar alguma conta de Ativo, faremos um lanamento
a dbito e para diminu-lo, a crdito. O Passivo e o Patrimnio Lquido so o oposto do
Ativo, pois, quando qualquer conta do Passivo ou do Patrimnio Lquido for aumentada,
efetua-se um crdito e quando for reduzida, realiza-se um dbito.
Portanto, para que ocorra uma reduo em alguma conta, torna-se necessrio que
acontea um aumento em outra, o que denominamos partidas dobradas.
As partidas dobradas consistem em no h dbito(s) sem crdito(s) correspondente(s)7.
7IUDCIBUS, Srgio de (Coord.). Contabilidade Introdutria. Atlas, 2010, p. 43.
Contas de
Lanamento a
Dbito Crdito
Ativo Aumentar Diminuir
Passivo Diminuir Aumentar
Patrimnio Lquido Diminuir Aumentar
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374. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
Deste modo, ao debitar uma ou mais contas, teremos que creditar uma ou maiscontas, desde que o valor total dos dbitos corresponda ao valor total dos crditos.
Para entender a metodologia das partidas dobradas, observe os exemplos a seguir:
Entendendo o lanamento: uma determinada empresa possua em seu Caixa um
saldo de $5.000 e realizou uma compra de mercadorias vista por $1.000.
Caixa Estoque
(sd) 5.000 1.000 (1) (1) 1.000
Observe que a empresa possua um saldo (sd) em sua conta Caixa no valor de $ 5.000
e efetuou uma compra vista por $1.000, sendo assim, ao comprar vista, a conta Caixa
ir diminuir, e como o Caixa conta de Ativo, deve-se efetuar um lanamento a crdito para
que o dinheiro seja retirado.
A retirada do dinheiro para realizao de compra de mercadorias, portanto essasmercadorias faro parte do Estoque da empresa, sendo caracterizada com um bem da
entidade. Desta forma, o Estoque uma conta de Ativo, e ao comprar mercadorias, a
empresa aumenta seu Ativo, o que acarretar um lanamento a dbito.
Note que o total de dbitos corresponde ao total de crditos.
Utilizando ainda o mesmo exemplo, se tivssemos uma compra 40% vista e 60% a
prazo, teramos a seguinte situao:
Caixa Fornecedor Estoque
(sd) 5.000 400 (1) 600 (1) (1) 1.000
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38 4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
Nessa situao, ao comprar a mercadoria, debitaremos, pois a mercadoria um Ativoque est sendo aumentado, e creditaremos o Caixa em $ 400 porque a compra foi 40% vista,
e creditaremos o Fornecedor porque os 60% foram a prazo, gerando uma obrigao para a
empresa, ou seja, um Passivo e para aumentar o Passivo, efetua-se um lanamento a crdito.
Note que o total de dbitos corresponde ao total de crditos.
Observe o quanto importante entender o mecanismo de dbito e crdito para realizar
as partidas dobradas. Deste modo, evite ir para o prximo captulo se no compreendeu, no
mnimo, o quadro resumo dos lanamentos.
4.3 Partidas dobradas no livro Dirio
O livro Dirio possui uma sistemtica diferente do Razo, isto porque o livro Razo
especco de cada conta, ou seja, o livro Razo do Caixa, de Contas a Receber, do Estoque,
etc. J o livro Dirio caracterizado por todos os lanamentos efetuados dia a dia. Exemplo,
se no dia 1 de janeiro de 2012 efetuarmos lanamentos que modiquem o Caixa, o Estoque,
os Veculos, etc., todos esses lanamentos estaro presentes em apenas um livro, o Dirio.
A metodologia bem similar ao Dirio que muitos adolescentes possuem, no qual
so registrados todos os acontecimentos ocorridos conforme cada dia, isto , em ordem
cronolgica dos fatos.
O Dirio no possui registros em contas T ou razonetes, pois registra de forma mais
simples os fatos, sendo necessrio transcrever alguns requisitos, como:
1. Data da operao;
2. Conta a ser debitada;
3. Conta a ser creditada;
4. Histrico da operao contendo as principais caractersticas do fato;
5. Valor, em moeda, da operao.
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394. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
A escriturao dos lanamentos no Dirio segue os requisitos acima citados e paradiferenciar a conta a ser debitada da que ser creditada, a Contabilidade clssica registra a
conta debitada mais prxima a margem do livro e a conta creditada precedida da preposio
a. Observe o exemplo a seguir: compra de mercadorias vista no dia 1 fevereiro de
2012 ao fornecedor TKM Ltda, conforme nota scal n 3553.
Braslia, 1 Fevereiro de 2012
Estoque de Mercadorias
a Caixa
Compra, vista, de TKM Ltda., conf. s/ Nota Fiscal n 3553
$ 1.000
Alguns usurios da Contabilidade preferem no adotar a preposio a, registrando a
conta debitada mais prxima a margem do livro e a conta creditada mais afastada da margem.
Braslia, 1 Fevereiro de 2012
Estoque de Mercadorias
CaixaCompra, vista, de TKM Ltda., conf. s/ Nota Fiscal n 3553
$ 1.000
Portanto, a conta Estoque de mercadorias a conta debitada e a conta Caixa a
creditada. Em relao ao histrico, observamos uma breve introduo do que se trata o
lanamento. Por m, temos o valor da operao expresso em moeda.
As partidas no Dirio que possuem apenas uma conta debitada e outra creditada so
chamadas de partidas de 1 frmula.
Partidas de 2 frmula so representadas por uma conta a dbito e duas ou mais a
crdito. Exemplo: compra de mercadorias no dia 1 fevereiro de 2012, no valor total de $
1.000, sendo 60% vista a TKM Ltda, conforme nota scal n 3554, e 40% ao fornecedor
IMR Ltda, conforme nota scal n 1232.
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40 4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
Braslia, 1 fevereiro de 2012
Estoque de Mercadorias
a Diversos
a Caixa
Compra, vista, de TKM Ltda., conf. s/ Nota Fiscal n 3554 $ 600
a Fornecedores
Compra, a prazo, de IMR Ltda, conf. s/ Nota Fiscal n 1232 $ 400
Normalmente, apesar de no ser obrigatrio, usa-se a palavra diversos para evidenciarque h duas ou mais contas debitadas ou creditadas e logo aps deve ser evidenciado quais
as contas que diversos representa.
As partidas de 3 frmula so duas ou mais contas a dbito e uma a crdito. Exemplo:
no dia 1 de fevereiro, a empresa JLC Ltda comprou, vista, $ 5.000 em mercadorias, um
edifcio no valor de $ 100.000 e equipamentos no valor de $ 15.000.
Braslia, 1 fevereiro de 2012
Diversos
a Caixa
Estoque de Mercadorias
Compra, vista, de TKM Ltda., conf. s/ Nota Fiscal n 3554 $ 5.000
Edifcio
Compra, vista, de um edifcio a construtora RRM Ltda. $ 100.000
Equipamentos
Compra, vista, de TFW Ltda, conf. s/ Nota Fiscal n 1111 $ 15.000
Aps a conta creditada, foram evidenciadas as contas a que Diversos se referem, no
caso, Mercadorias, Edifcio e Equipamentos. A conta Caixa ser creditada no lavor total das
compras, ou seja, $ 120.000.
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414. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
Partidas de 4 frmula so representadas por duas ou mais contas debitadas e duasou mais contas creditadas. Utilizando o exemplo anterior, se a empresa efetuar apenas a
compra de mercadorias a prazo e o restante a vista, teramos:
Braslia, 1 fevereiro de 2012
Diversos
a Diversos
Estoque de Mercadorias
Compra, a prazo, de TKM Ltda., conf. s/ Nota Fiscal n 3554 $ 5.000
Edifcio
Compra, vista, de um edifcio a construtora RRM Ltda $ 100.000
Equipamentos
Compra, vista, de TFW Ltda, conf. s/ Nota Fiscal n 1111 $ 15.000
a Caixa $ 115.000
a Fornecedores $ 5.000
Observe que a soma de todos os dbitos igual a de todos os crditos, ou seja,
conforme as partidas dobadas.
Todos os lanamentos de 1, 2, 3 e 4 frmula foram lanados no livro Dirio e Razo,
de acordo com a ordem cronolgica de seus acontecimentos. Entretanto, esses no so os
nicos livros que podem registrar os fatos contbeis, pois existem outros livros auxiliares do
Razo, como o livro Caixa que registra toda a entrada e a sada de dinheiro.
Outros livros auxiliares ao Razo so o livro de Duplicatas a Receber, Duplicatas a
Pagar, entre outros.
Alguns autores, para ns didticos, preferem utilizar para registro no Dirio D para
dbito e C para crdito. Essa metodologia a que vamos adotar nos prximos captulos
para facilitar o aprendizado.
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42 4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
4.4 Balancete de Vericao
De acordo com as partidas dobradas, todo lanamento a dbito ter um reexo
a crdito, sendo seus valores totais iguais e para observar se os lanamentos contbeis
esto utilizando o mtodo das partidas dobradas corretamente, costuma-se vericar,
periodicamente, a igualdade entre dbitos e crditos usando o Balancete de Vericao.
O Balancete de Vericao contempla todo o Patrimnio da empresa, sendo os valores
de suas contas registrados conforme a natureza de seus saldos. Observe o exemplo a seguir:
ABC S.A.
Balancete de Vericao em 31/01/2012
ContasSaldos
Dbito Crdito
Caixa 10.000
Contas a receber 5.000
Mveis e Equipamentos 2.000
Estoque 3.000
Veculos 8.000Fornecedores 12.000
Contas a pagar 1.000
Capital 15.000
28.000 28.000
Observe que o valor total da coluna de dbito igual ao da coluna de crdito, deste
modo, a vericao do mtodo das partidas dobradas foi realizada corretamente.
A realizao de movimentao em determinado perodo acaba agregando mais
colunas ao Balancete de Vericao, pois evidencia a movimentao do perodo e seus
saldos nais de cada conta. O exemplo a seguir exemplica um Balancete de Vericao que
contm uma rea para registro da movimentao do perodo.
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434. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
ABC S.A.
Balancete de Vericao em 31/01/2012
Contas
Balancete Anterior Movimentao do perodo Balancete Atual
SaldosDbito Crdito
Saldos Atuais
Dbito Crdito Dbito Crdito
EXERCCIOS DE FIXAO
Exerccio 1
Trs amigos resolveram constituir uma empresa comercial em 01/03/2012 denominada
de Compras Espertas S.A.
O estatuto da empresa foi elaborado no dia de sua constituio, tendo como
Capital Social $ 500.000. Foram integralizados, em dinheiro, 40% do Capital
Social.
As operaes no ms de maro foram as seguintes:
1. Compra de um edifcio no dia 02/03 para ser a sede da empresa por $100.000, sendo 60% vista e o restante a prazo dividido em duas parcelas
iguais com vencimento para 30/03/2012 e 01/05/2012.
2. No dia 03/03, houve uma compra de mesas e cadeiras no valor de $ 3.000
e computadores no valor de $ 5.000 por meio do aceite de uma duplicata.
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44 4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
EXERCCIOS DE FIXAO
3. No dia 05/03, a empresa abriu uma conta no Banco W, sendo depositado o
valor de $ 30.000 que estava no Caixa.
4. Em 10/03, houve compras de mercadorias por $ 1.000 por meio do cheque
n 001.
5. Compras de materiais de escritrio, vista, por $ 500 no dia 12/03.
6. Em 16/03, os scios decidiram integralizar em dinheiro mais 20% do Capital
Subscrito.
7. No dia 20/03, a empresa solicitou um emprstimo ao Banco W no valor de
$ 50.000, depositado na conta da empresa, sem Despesas e juros, a serem
pagos em 10 vezes iguais.
8. Em 25/03, houve uma compra de veculo por meio do cheque n 002 no
valor de $ 20.000.
9. No dia 30/03, a empresa pagou a duplicata vencimento 30/03/2012 referente
compra do dia 02/03.
10. No dia 31/03, houve uma compra de novas instalaes para o prdio na
importncia de $10.000 a prazo.
Pede-se:
Registrar todas as operaes no Livro Dirio;
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454. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
EXERCCIOS DE FIXAO
Registrar tambm as operaes no Razo (utilizar os razonetes em T);
Elaborar o Balancete de Vericao do ms de maro de 2012 contendo o saldo inicial,
as colunas das movimentaes do ms e o saldo nal.
Soluo do Exerccio 1
Lanamentos no Dirio
1. Braslia, 1 maro de 2012 $
Acionistas a Capital Social
(histrico) __________________ 500.000
1.1. Braslia, 1 maro de 2012 Caixa
a Acionistas c/ Capital(histrico) __________________ 200.000
2. Braslia, 2 de maro de 2012 Imveis
a Diversos a Caixa 60.000
a Duplicatas a Pagar 40.000(histrico) __________________ 100.000
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46 4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
EXERCCIOS DE FIXAO
3. Braslia, 3 de maro de 2012 Diversos
Mveis e Utenslios 3.000 Mquinas e Equipamentos 5.000
a Caixa (histrico) __________________ 8.000
4. Braslia, 5 de maro de 2012 Banco c/ Movimento
a Caixa (histrico) __________________ 30.000
5. Braslia, 10 de maro de 2012
Estoque de Mercadorias a Banco c/ Movimento
(histrico) __________________ 1.000
6. Braslia, 12 de maro de 2012
Materiais de Escritrio a Caixa
(histrico) __________________ 500
7. Braslia, 16 de maro de 2012 Caixa
a Acionistas c/ Capital
(histrico) __________________ 100.000
8. Braslia, 20 de maro de 2012
Banco c/ Movimento a Emprstimos a Pagar
(histrico) __________________ 50.000
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474. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
EXERCCIOS DE FIXAO
9. Braslia, 25 de maro de 2012
Veculos a Banco c/ Movimento
(histrico) __________________ 20.000
10. Braslia, 30 de maro de 2012 Duplicatas a Pagar
a Caixa(histrico) __________________ 20.000
11. Braslia, 31 de maro de 2012 Instalaes
a Duplicatas a Pagar (histrico) __________________ 10.000
Observao:
Para facilitar o aprendizado do mtodo das partidas dobradas e a apresentao,
foram omitidos os histricos das operaes bem como os centavos.
Razo
Para facilitar a organizao ao lanar as operaes no Razo, iremos registrar as
contas de acordo com o seu grupo pertencente, ou seja, os razonetes sero alocados
conforme o grupo ao qual pertenam (Ativo, Passivo e Patrimnio Lquido).
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48 4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
EXERCCIOS DE FIXAO
Ativo
Caixa Edifcio
(1.1) 200.000 60.000 (2) (2) 100.000
(7) 100.000 30.000 (4)
500 (6)
20.000 (10)
189.500 = Saldo
Mveis e Utenslios Mquinas e Equipamentos
(3) 3.000 (3) 5.000
Banco c/ Movimento Estoque
(4) 30.000 1.000 (5) (5) 1.000
(8) 50.000 20.000 (9)
59.000 = Saldo
Material de Escritrio Veculos
(6) 500 (9) 20.000
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494. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
EXERCCIOS DE FIXAO
Instalaes
(11) 10.000
Passivo
Duplicatas a Pagar Emprstimo a Pagar
(10) 20.000 40.000 (2) 50.000 (8)
8.000 (3)
10.000 (11)
Saldo = 38.000
Patrimnio Lquido
Capital Social Acionistas c/ Capital
500.000 (1) (1) 500.000 200.000 (1.1)
100.000 (7)
200.000 = Saldo
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50 4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
EXERCCIOS DE FIXAO
Entendendo os lanamentos:
1 lanamento: dia 01/03/2012, ocorreu a constituio da empresa e no seu
estatuto/contrato social houve a subscrio (ato que autoriza e conrma a formao do
Capital Social por parte dos scios ou do proprietrio) do Capital Social no valor de $
500.000. Deste modo, houve o registro do valor do Capital Social da empresa e a fonte
que ir aporta esse valor, no caso os acionistas. Sendo assim, o registro foi a dbito
na conta Acionistas c/ Capital e crdito na conta Capital Social $ 500.000. Entretanto,
a conrmao de que os scios iro disponibilizar na empresa o valor registrado, no
obriga que esse valor seja entregue imediatamente aps o registro. Devido a isso, os
scios resolveram integralizar (entregar) apenas 40% do Capital Subscrito. Portanto,
os scios disponibilizaram no Caixa (j que a integralizao foi em dinheiro) 40% dos
$ 500.000, correspondendo assim aos $ 200.000 registrados a dbito no Caixa e a
crdito na conta Acionistas c/ Capital.
2 lanamento:a compra de um edifcio por $ 100.000, sendo 60% vista e
o restante a prazo dividido em duas parcelas iguais com vencimento para 30/03/2012
e 01/05/2012. Como o edifcio um Ativo por representar um bem para empresa,
o registro ser a dbito, pois toda vez que aumentamos o valor de qualquer conta
do Ativo, esse registro ser a dbito. Observando esse caso, no tnhamos nenhum
valor na conta Edifcios e agora com a compra temos o valor de $ 100.000, portanto,
aumentamos o valor da conta Edifcios que pertence ao grupo do Ativo, e toda vez
que aumentamos o Ativo, ns devemos debitar o valor. Para comprar o Ativo, teremos
que efetuar o pagamento, este foi feito 60% vista, portanto, $ 60.000 saiu do Caixa,
diminuindo o Ativo, e toda vez que reduzimos o valor de qualquer conta no Ativo,
devemos creditar o valor. Ento, os $ 60.000 foram creditados no Caixa. Os outros 40%
foram dividido em duas parcelas que ainda sero pagas, gerando uma obrigao para a
empresa e toda obrigao est registrada no Passivo. Porm toda vez que aumentamos
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514. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
EXERCCIOS DE FIXAO
o Passivo, devemos creditar o valor. Com isso, foi registrado um crdito de $ 40.000
na conta Duplicatas a Pagar, reconhecendo assim que a empresa tem uma dvida de $
40.000 que ainda ser quitada. Observe que temos um dbito para dois crditos, mas
o total do dbito sempre ter que dar igual ao total dos crditos, pois representam o
mtodo das partidas dobradas.
3 lanamento: compra de mesas e cadeiras no valor de $ 3.000 e computadores
no valor de $ 5.000 por meio do aceite de uma duplicata. Ento, foi registrado o dbito
$ 3.000 no Ativo, pois houve um aumento devido entrada das mesas e das cadeiras
que representam bens da empresa e um crdito de igual valor na conta duplicatas a
pagar, j que a compra no foi vista. Houve tambm um dbito de $ 5.000 na conta
Mquinas e Equipamentos e um crdito de $ 8.000 na conta Duplicatas a Pagar devido
compra de mesas, cadeiras e computadores.
4 lanamento:a empresa abriu uma conta no Banco W, sendo depositado ovalor de $ 30.000 que estava no Caixa. Ento, a conta Banco tinha zero de saldo e
agora tem $ 30.000, e seu registro foi feito a dbito de $ 30.000 na conta Banco c/
Movimento devido ao dinheiro depositado na conta representar um bem, portanto,
um Ativo. Toda vez que qualquer conta de Ativo aumenta, o valor dever ser debitado
e creditado na conta Caixa porque tiramos dinheiro do Caixa para depositar no Banco,
sendo assim diminumos o Caixa, e sempre que reduzimos qualquer conta do Ativo,
ns creditamos.
5 lanamento:compras de mercadorias por $ 1.000 por meio do cheque n001. Ao registrar a mercadoria, estamos aumentando a conta Estoque do grupo do
Ativo, por isso debitamos o valor de $ 1.000 no Estoque e creditamos igual valor no
Banco, pois passamos um cheque para pagar esse compra. Deste modo, reduzimos o
saldo da conta Banco c/ Movimento que do Ativo.
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52 4. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
EXERCCIOS DE FIXAO
6 lanamento: compras de materiais de escritrio, vista, por $ 500. Ao
registrar os Materiais de Escritrio, que so bens da empresa, estamos aumentando o
Ativo, por isso debitamos o valor de $ 500 na conta materiais de escritrio e creditamos
igual valor no Caixa, pois retiramos dinheiro para pagar essa compra.Deste modo,
reduzimos o saldo da conta Caixa que do Ativo.
7 lanamento: os scios decidiram integralizar em dinheiro mais 20% do
Capital Subscrito. Similar ao lanamento 1.1, porm, neste lanamento, o valor foi
apenas de $ 100.000.
8 lanamento: a empresa solicitou um emprstimo no valor de $ 50.000,
depositado na conta da empresa, sem Despesas e juros, a serem pagos em dez vezes
iguais. Como houve a contratao de um emprstimo, o valor solicitado foi debitado na
conta Banco c/ Movimento da empresa e ao receber esse valor, foi gerada uma dvida,
uma obrigao, portanto, um Passivo referente ao emprstimo que ter que ser pago.Deste modo, o crdito foi na conta Emprstimo.
9 lanamento:houve uma compra de veculo atravs do cheque n 002 no valor
de $ 20.000. O dbito foi na conta Veculos por este representar um bem, portanto, um
Ativo para a empresa e toda vez que aumentamos qualquer conta do Ativo, devemos
debitar a respectiva conta. O crdito foi na conta Banco c/ Movimento porque o pagamento
foi realizado por meio de cheque e porque foi reduzida da conta de Ativo.
10 lanamento:a empresa pagou a duplicata referente compra do dia 02/03.Como houve pagamento, debitou-se a conta Duplicatas a Pagar que est no Passivo, j que
toda vez que reduzimos Passivo, devemos debit-lo. Para pagar a conta, a empresa precisou
retirar dinheiro que estava no seu Caixa, diminuindo com isso o seu saldo, e como toda vez
que reduzimos o valor de qualquer conta do Ativo, devemos creditar. O valor lanado foi o
referente a 1 parcela no valor de $ 20.000 com vencimento para 30/03/2012.
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534. MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E OS PROCEDIMENTOS CONTBEIS
EXERCCIOS DE FIXAO
11 lanamento: houve uma compra de novas instalaes para o prdio na
importncia de $10.000 a prazo. Se houve uma compra de um bem, o Ativo aumentou.
Devido a isso, devemos debitar na conta do bem Instalaes e creditar no Passivo, j
que foi gerada uma dvida que ainda ser paga no futuro atravs de duplicatas a pagar.
Aps os lanamentos nos razonetes, as contas foram registradas no Balancete
de Vericao, o qual apresentou a movimentao do perodo em cada conta e seus
respectivos saldos.
Compras Espertas S.A.
Balancete de Vericao em 31/03/2012
Contas
Movimentao do perodo Balancete Atual
Dbito CrditoSaldos Atuais
Dbito Crdito
Caixa 300.000 110.500 189.500
Banco c/ Movmento 80.000 21.000 59.000
Estoque 1.000 1.000
Materiais de Escritrio 500 500
Edifcio 100.000 100.000
Instalaes 10.000 10.000
Mveis e utenslios 3.000 3.000
Veculos 20.000 20.000
Mquinas e Equipamentos 5.000 5.000
Capital Social 500.000 500.000
Acionistas com Capital 500.000 300.000 200.000
Duplicatas a Pagar 20.000 58.000 38.000
Emprstimos a Pagar 50.000 50.000
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555. ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO
5.ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO
As principais causas que fazem o Patrimnio Lquido variar so:
o aporte inicial de capital realizado na entidade ou os desinvestimentos quereduziro o capital da entidade;
o resultado obtido do confronto entre as Receitas e as Despesas de umdeterminado Perodo Contbil.
Neste captulo estudaremos as Receitas, as Despesas e o resultado gerado, pois o
investimento inicial de capital j foi discutido nos captulos anteriores.
5.1 Receitas, Despesas e Resultado
5.1.1 Receitas
Caracteriza-se como Receita toda a entrada de elementos para o Ativo, seja sob a
forma de dinheiro ou de direitos a receber. Normalmente, as Receitas so oriundas de uma
venda de mercadorias, de produtos ou de prestao de servios8, mas h tambm Receitas
geradas devido aos juros sobre ttulos, depsitos bancrios, aluguis, entre outros motivos.
Exemplo de gerao de uma Receita: Uma determinada empresa efetuou uma venda
de mercadorias vista no valor de $ 1.000,00.
No exemplo, podemos observar que a venda gera um recebimento de $ 1.000,00 que
ser registrado no Caixa ou no Banco da empresa por ser vista a venda. Deste modo, h
entrada de elemento sob forma de dinheiro para o Ativo, j que Caixa e Banco so contas
do Ativo. Portanto, os lanamentos da venda nos razonetes seriam:
8 IUDCCIBUS, Srgio de (Coord.). Contabilidade Introdutria. Atlas, 2010, p. 65.
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56 5. ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO
Caixa Receita com vendas
(1) 1.000 1.000(1)
0 0
Se a venda for realizada a prazo, o cliente da empresa estaria devendo. Deste modo,
a entidade teria um direito a receber. Sendo assim, teramos os seguintes lanamentos:
Clientes Receita com vendas
(1) 1.000 1.000(1)
Uma Receita tambm pode ocorrer devido a reduo de um Passivo, por exemplo,
se a entidade estiver devendo ao seu fornecedor $ 2.000,00 e esse fornecedor aceitarliquidar a dvida por $ 1.700,00, essa diferena de $ 300,00 que a empresa no pagou seria
registrada no grupo de Receitas.
Portanto, a gerao de uma Receita, qualquer que seja o motivo, ir resultar em um
aumento do Patrimnio Lquido.
Em regra geral, todas Receitas so creditadas, salvo algumas excees.
5.1.2 Despesas
Denomina-se Despesa o consumo de bens ou servios, que direta ou indiretamente,
ajuda a produzir Receita9. Deste modo, uma Despesa realizada com intuito de gerar uma
Receita, seja por meio da reduo do Ativo, seja pelo aumento do Passivo. Exemplo: Despesa
9 IUDCCIBUS, Srgio de (Coord.). Contabilidade Introdutria. Atlas, 2010, p. 65.
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575. ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO
com luz, gua e funcionrios representam o consumo de bens e servios que sem estes umaReceita de venda de mercadoria de uma empresa comercial no poderia ser gerada.
Em regra geral, todas as Despesas so debitadas, salvo algumas excees.
5.1.3 Resultado
O confronto entre Receitas e Despesas ir gerar um Resultado, sendo positivo se
as Receitas forem maiores que as Despesas, o que formar um Lucro. Se o resultado do
confronto entre as Receitas e as Despesas for negativo, teremos um Prejuzo.
O Lucro afetar o Patrimnio Lquido aumentando-o, enquanto o Prejuzo ir diminu-lo.
5.1.4 Receitas, Despesas e seus reexos no Patrimnio Lquido
O Patrimnio Lquido conter o resultado entre o confronto das Receitas com as
Despesas e ser aumentado quando o resultado for um lanamento a crdito, j que sua
natureza creditcia. Portanto, aumentar quando o resultado for um Lucro (Receitas maioresque Despesas), pois haver mais valores de Receitas a crdito do que Despesas a dbito.
5.1.5 Perodo Contbil
O Princpio da Continuidade dene que a entidade operar por tempo indeterminado.
Entretanto, para conhecer o resultado exato que uma empresa gerou em sua vida, ser
necessrio o encerramento de suas atividades para que seja apurado todo seu Ativo e Passivo.
A diferena entre o Ativo e Passivo de uma empresa gera o seu Patrimnio Lquido,que ao comparado com o Patrimnio Lquido inicial produzir o resultado durante a vida da
entidade. Porm, obter a informao do resultado gerado pela entidade no seu encerramento
intempestivo, pois as informaes devem ser fornecidas regularmente em intervalos
denidos pela instituio, como a cada ms, bimestralmente, semestralmente, entre outros,
para que haja formao de informaes mais oportunas e para que a administrao da
entidade possa tomar as decises mais adequadas e sane as exigncias legais.
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58 5. ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO
Legalmente, a instituio dever apresentar o seu resultado aos seus usurios nomnimo uma vez ao ano.
Quando o espao de tempo escolhido, denominado de Perodo Contbil, for de um
ano, pode-se intitul-lo de Exerccio Social.
5.1.6 Encerramento das contas de Despesas e Receitas
O resultado de uma empresa gerado pelo confronto entre Despesas e Receitas,
podendo ser um resultado positivo (Lucro) ou negativo (Prejuzo). Esse resultado ser
apurado na conta Resultado ou na ARE (Apurao do Resultado do Exerccio).
A conta ARE receber todas as Despesas e as Receitas do Perodo Contbil analisado.
As transferncias dessas contas para ARE devero respeitar a natureza de cada conta, ou
seja, como as contas de Despesas so a dbito, ao transfer-la para ARE, devemos preservar
sua natureza debitando-a na referida conta. J as contas de Receitas possuem natureza a
crdito, portanto, ao transfer-la, devemos credit-la na ARE para que sua natureza seja
respeitada. Entretanto, como a Contabilidade realiza seus lanamentos pelo mtodo das
partidas dobradas, ao transferir as Despesas debitando-as na ARE, devemos creditar a
Despesa, zerando e encerrando-a, procedendo assim no mtodo das partidas dobradas.
As Receitas so encerradas de modo similar as Despesas. Como transferimos a Receita a
crdito na ARE, devemos encerr-la a dbito. O caso a seguir exemplica o encerramento
das contas de Despesas e Receitas.
A empresa MTT Ltda detm um saldo de $ 20.000 em seu Caixa e $ 20.000 no
seu Capital Social. Efetuou uma compra de mercadorias, vista, no valor de $10.000, um
pagamento de Despesa com energia no valor de $ 500, um pagamento de telefone no valor
de $ 300 e uma venda de mercadorias vista no valor de $ 8.000. O valor do Custo da
Mercadoria Vendida foi de $ 5.000.
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595. ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO
Ativo
Caixa Estoque
(1) 20.000 10.000 (2) (2) 10.000 5.000 (6)
(5) 8.000 500 (3)
300 (4)
Patrimnio Lquido
Capital SocialLucros ou Prejuzos
Acumulados
20.000 (1) 2.200 (c)
Receita
Receita com vendas
(b) 8.000 8.000 (5)
DespesaDespesa com Energia Despesa com Telefone
(3) 500 500 (a) (4) 300 300 (a)
CMV
(6) 5.000 5.000 (a)
receita
despesas
ARE
(a) 500 8.000 (b)
(a) 300
(a) 5.000
5.800 8.000
(c) 2.200 2.200
Resultado
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60 5. ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO
Entendendo o lanamento:
1. Houve, anteriormente, uma integralizao de capital, em dinheiro, no valor de $
20.000, ento, debitou-se no Caixa por causa da entrada do dinheiro no Ativo, aumentando
desse modo o Ativo, e creditou-se o Capital Social devido ao aumento do Patrimnio Lquido.
2. A compra de mercadorias acarretou em aumento do Ativo, portanto, foi debitado
$ 10.000 no Estoque, pois essa conta pertence ao Ativo e toda vez que se aumenta qualquer
conta do Ativo, debita-se. O credito foi no Caixa, pois o pagamento foi realizado vista, em
dinheiro. Deste modo, o crdito no Caixa representa a sada do numerrio que por sua vezreduz a conta Caixa e toda vez que reduzimos conta do Ativo, devemos credit-la.
3. Ao pagar a energia, debita-se a conta Despesa com energia, por possuir o fator
gerador que o uso da energia, e o Caixa creditado em $ 500 pela sada do dinheiro.
4. Ao pagar o telefone, debita-se a conta Despesa com telefone, por possuir o fator
gerador que o uso do telefone e foi creditado o Caixa em $ 300 pela sada do dinheiro.
5. A venda de mercadoria foi vista, sendo assim, o Caixa foi debitado em $ 8.000 pelorecebimento do dinheiro e consequente aumento do Ativo e foi creditada a conta de Receita
com vendas por seu fator gerador ter ocorrido, que foi a venda, tendo o resultado uma Receita.
6. Observe que ao realizar a venda e a instituio receber o dinheiro da mercadoria vendida,
a empresa ter que entregar a mercadoria que estava estocada ao comprador e para isso, debita-
se o Custo da Mercadoria Vendida (CMV), reconhecendo com isso o custo da mercadoria que
inicialmente foi comprada e estocada at ser vendida ao cliente. A conta Estoque foi creditada,
pois para entregar a mercadoria ao cliente, necessrio dar baixa no Estoque, reconhecendo a
sada da mercadoria do Estoque para ser entregue ao comprador.
(a) e (b) A apurao do resultado do exerccio realizada ao confrontar todas as Despesas
com todas as Receitas ao nal do Perodo Contbil escolhido. Porm, para existir o confronto,
as Despesas e as Receitas devero estar no mesmo razonete e para isso ocorrer preciso que
as contas sejam transferidas para a ARE, respeitando suas respectivas naturezas. Portanto, as
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615. ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO
contas de Despesas que so a dbito devero ser transferidas a dbito para a ARE, mas parahaver um debito na ARE preciso haver um credito na respectiva conta de Despesa, zerando,
encerrando-a e transferindo esse saldo para a ARE. O encerramento das contas representado
pelos dois traos diagonais no nal do razonete. A conta de Receita debitada, zerada e
encerrada e depois transferida a crdito para a ARE.
Alguns estudantes podem questionar a importncia de encerrar as contas de Despesa e
Receita zerando-as. Observe o seguinte exemplo para compreender a relevncia de se debitar
a Receita e creditar a ARE e no apenas creditar a ARE.
Exemplo: suponhamos que voc possui $ 100 em sua carteira (que seria analogicamente
semelhante a conta Caixa) e que voc decide depositar esse dinheiro na sua conta corrente
do banco. Ento voc ir retirar o dinheiro da carteira e transfer-lo para o banco, deixando
a carteira sem nenhum dinheiro (zerando), entretanto deixando o banco com $ 100.
Portanto, muito importante que ao transferir saldos das Despesas e das Receitas
para a ARE, voc no se esquea de encerrar as contas, debitando as Receitas e creditando
as Despesas quando transferi-las.
(c) Aps Apurar o Resultado do Exerccio, o valor encontrado dever ser transferido para
a conta Lucros ou Prejuzos Acumulados que ca no Patrimnio Lquido, j que a conta ARE
uma conta transitria que serve apenas para apurar se naquele Perodo Contbil escolhido
houve Lucro ou prejuzo. Depois de obtido e transferido o resultado, a conta ARE dever ser
zerada e encerrada, similar ao que foi realizado nas contas de Despesas e Receitas.
5.1.7 Distribuio dos Resultados
Anteriormente, vimos que o resultado apurado aps as transferncias das Despesas
a dbito e das Receitas a crdito na ARE. Obtido o resultado, o lucro ou o prejuzo ser
transferido para a conta Lucros ou Prejuzos Acumulados.
Se houver lucro, esse resultado registrado a crdito na conta Lucros ou Prejuzos
Acumulados poder ser distribudo em outras contas do Patrimnio Lquido e do Passivo.
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62 5. ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO
Havendo prejuzo, esse resultado registrado a dbito na conta Lucros ou PrejuzosAcumulados no poder ser distribudo. E esse saldo devedor dever ser evidenciado no
Balano Patrimonial, conforme a forma abaixo:
XYZ S.A.
Em $ mil
Ativo Passivo
Caixa
Estoque
Imvel
Mquinas e equipamentos
42.000
8.000
100.000
10.000
Ttulos a pagar
Financiamento
20.000
100.000Patrimnio Lquido
Capital Social
Prejuzo Acumulado
50.000
(10.000)
TOTAL 160.000 TOTAL 160.000
5.1.8 Demonstrao do resultado do exerccio
A ARE serve apenas para apurar o resultado, sendo necessrio a evidenciao de como se deuo Lucro ou o Prejuzo obtido no perodo analisado. Essa evidenciao realizada pela Demonstrao
do Resultado do Exerccio (DRE) que ir detalhar todas as contas de Receitas e Despesas, de acordo
com o critrio de classicao, at a formao doLucro ou do Prejuzo do Exerccio.
A DRE possui um cabealho que dever conter, nesta ordem:
o nome da empresa;
o nome da demonstrao que est sendo evidenciada; e o Perodo Contbil analisado.
A Demonstrao do Resultado do Exerccio deve ser realizada periodicamente para auxiliar,
principalmente, na administrao gerencial da entidade durante as tomadas de deciso.
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64 5. ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO
EXERCCIOS DE FIXAO
02/05 Compra de 50 computadores no valor de $ 1.000,00 cada, a prazo.
05/05 Compra de peas para reparos que sero consumidas no ms de maio nasprestaes de servios no valor de $ 10.000,00 a prazo.
06/05 Compra de mveis e utenslios por $ 4.000,00 vista
11/05 Compra de um veculo para ser utilizado na locomoo para a prestao de
servio no valor de $ 20.000,00 nanciado em 6 meses.
14/05 Venda de 40 computadores no valor de $ 1.600,00 cada, a prazo, ao Cliente.
O CMV foi de $ 40.000,00.
22/05 Pagamento da conta de gua no valor de $ 1.000,00 vista.
23/05 Compra de 10 computadores no valor de $1.200,00 cada, vista.
25/05 Pagamento de Despesa com energia no valor de $ 2.000,00 vista.
26/05 Venda, vista, dos computadores que foram comprados no dia 23/05 novalor de $ 18.000,00. O CMV foi de $ 12.000,00.
30/05 Pagamento dos salrios dos empregados no valor de $ 5.000,00 .
Pede-se:
Fazer os lanamentos contbeis no Dirio e nos Razonetes .
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66 5. ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO
EXERCCIOS DE FIXAO
5.1 Braslia, 14 de maio de 2012
D CMV
C Estoque
(histrico) __________________ 40.000
6. Braslia, 22 de maio de 2012 D Despesa com gua
C - Caixa
(histrico) __________________ 1.000
7. Braslia, 23 de maio de 2012
D - Estoque
C - Caixa
(histrico) __________________ 12.000
8. Braslia, 25 de maio de 2012
D Despesa com energia
C - Caixa
(histrico) __________________ 2.000
9. Braslia, 26 de maio de 2012
D - Caixa
C Receita com vendas
(histrico) __________________ 18.000
9.1 Braslia, 26 de maio de 2012
D CMV
C Estoque
(histrico) __________________ 12.000
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675. ESTUDO DAS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO
EXERCCIOS DE FIXAO
10. Braslia, 28 de maio de 2012
D Despesas com salrios
C - Caixa
(histrico) __________________ 5.000
Observao:
Para facilitar o aprendizado do mtodo das partidas dobradas e a apresentao,
nos lanamentos, foram utilizados o D para contas debitadas e o C para contas
creditadas. Os histricos das operaes foram omitidos bem como os centavos.
Razo
Para facilitar a organizao ao l