Transparência
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REVISTA SEMANAL ↘ 16.04 - 22.04_2012
Revista de Imprensa
23-04-2012
1. (PT) - Público, 17/04/2012, Juiz Carlos Alexandre queixa-se de violação de segredo de justiça 1
2. (PT) - Público, 17/04/2012, Critérios de fachada legalista servindo objectivamente a corrupção 2
3. (PT) - Público, 17/04/2012, Advogados trocam acusações no início do julgamento 3
4. (PT) - Jornal de Notícias, 17/04/2012, João Pinto nega dívidas ao fisco 4
5. (PT) - Jornal de Notícias, 17/04/2012, DCIAP abre processo por causa de superjuiz 6
6. (PT) - Diário Económico, 17/04/2012, PSD contra-ataca e apresenta nova versão do enriquecimento ilícito 7
7. (PT) - Jornal de Notícias, 18/04/2012, Dirigentes do porting têm medo de Pereira Cristóvão 9
8. (PT) - i, 18/04/2012, Submarinos. Ministério da Justiça nega verbas para perícias 11
9. (PT) - Diário de Notícias, 18/04/2012, João Vieira Pinto investigado 12
10. (PT) - Diário de Notícias, 18/04/2012, Cristóvão voltou mas cenário de eleições mantém-se 13
11. (PT) - Correio da Manhã, 18/04/2012, Movimento de 3 milhões investigado 16
12. (PT) - Público, 19/04/2012, Enriquecimento ilícito: crónica de uma morte anunciada 17
13. (PT) - Jornal de Notícias, 19/04/2012, Perícia indicia luvas no caso dos submarinos 18
14. (PT) - Jornal de Notícias, 19/04/2012, Pereira Cristóvão «espiou» clientes de crédito malparado dos
bancos
19
15. (PT) - i, 19/04/2012, Rui Tavares eleito para comissão sobre corrupção do PE 21
16. (PT) - Diário de Notícias, 19/04/2012, Funcionária do Sporting confessa compra de bilhetes de avião para
a Madeira
22
17. (PT) - Sol - Tabu, 20/04/2012, ´Um advogado não é uma consciência alugada´ - Entrevista a Ricardo Sá
Fernandes
24
18. (PT) - Jornal de Notícias, 20/04/2012, Faz hoje três anos que DCIAP foi à Alemanha,,,para nada 34
19. (PT) - Jornal de Notícias, 20/04/2012, "Patrão" do BPN no Porto condenado a pagar fortuna 35
20. (PT) - i, 21/04/2012, Conde Rodrigues vai ter de explicar negócio do Campus da Justiça de Lisboa ao
DIAP
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Investimentos angolanos
Juiz Carlos Alexandre queixa-se de violação de segredo de justiçaO Departamento Central de Investigação e Acção Penal vai instaurar um processo-crime contra desconhecidos por violação do segredo de Justiça no seguimento de uma queixa do juiz Carlos Alexandre, após notícias publicadas em Angola, que o acusavam de perseguir o investimento angolano em Portugal. O juiz ordenou buscas a empresas de capital misto e aos seus gestores por suspeitas de branqueamento de capitais.
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Tiragem: 46977
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Âmbito: Informação Geral
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Critérios de fachada legalista servindo objectivamente a corrupção
José Vítor Malheiros
O diploma que pretendia
criminalizar o “enriquecimento
ilícito”, recentemente
chumbado pelo Tribunal
Constitucional, tinha algo que
não batia certo.
É que o “enriquecimento
ilícito”, se é ilícito, já
está criminalizado. Ou
seja: estabelecer que o
enriquecimento ilícito é um crime
corresponde, afi nal, a dizer que
enriquecer em resultado de ter cometido
um crime é... um crime. Mas como cometer
um crime é um crime, passe a tautologia,
a nova fi gura não viria acrescentar nada
de novo. Quando muito, poder-se-ia
considerar que o enriquecimento como
consequência da prática de um crime
constituiria uma agravante do crime —
condenando com maior rigor os criminosos
mais hábeis.
Só que o novo crime não pretendia
nada disto, mas sim encontrar forma de
acusar pessoas que tivessem enriquecido
de forma que se supunha ilícita sem que
fosse necessário identifi car e provar o crime
que estaria na origem do enriquecimento,
bastando provar o enriquecimento.
É claro que isto levanta o problema
do ónus da prova que, num Estado de
direito, tem de estar do lado da acusação.
É evidente que seria moralmente (e
constitucionalmente) inaceitável abordar
uma pessoa, acusá-la de ter enriquecido de
forma ilícita e obrigá-la a provar a falsidade
da acusação e a demonstrar que não
cometeu crime algum. Isto seria a famosa
“inversão do ónus da prova”, um princípio
que, a ser aceite, abriria a porta a muitos
abusos. Se eu for acusado de um crime,
cabe ao Estado provar a minha culpa e não
a mim provar a minha inocência. É o direito
de todos os cidadãos serem considerados
inocentes até prova em contrário, a
também famosa presunção de inocência,
outro princípio basilar do regulamento
jurídico das democracias.
Posto isto, a verdade é que o que está em
causa é, de facto, encontrar uma forma de
identifi car e responsabilizar as pessoas que
enriqueceram de forma ilegal — mesmo
quando não há esperança de que essas
ilegalidades venham a ser provadas — já que
existe o sentimento de que estas situações
são frequentes. Como se resolve o dilema?
Existe actualmente na sociedade a forte
convicção de que a corrupção — e, em
particular, a grande corrupção, associada
aos governantes, aos partidos, aos autarcas,
às grandes empresas, ao capital fi nanceiro
e aos grandes contratos que unem uns e
outros — goza de uma absoluta impunidade.
Tal como existe o sentimento de uma
descarada dualidade de critérios na
administração da justiça, sempre forte com
os fracos e os pobres e sempre tímida com os
ricos e poderosos. Estes sentimentos geram
não só uma animosidade particular contra os
suspeitos, como destroem a confi ança que
deveria existir no sistema político e nos seus
agentes, na Justiça e nos seus agentes, na
actividade económica como fonte de riqueza
e até na própria democracia.
Não podemos deixar de achar estranho
que uma pessoa que amealha uma fortuna
de dez milhões de euros em dois anos,
apesar de ter apenas um ordenado de 1800
euros, não tenha quaisquer explicações a
dar à sociedade, enquanto o dono de um
restaurante pode ser multado por não ter
registado nas suas receitas um almoço
de sete euros. Não é estranho que os sete
euros tenham de ser declarados porque
são fruto do trabalho, mas os dez milhões,
eventualmente fruto de crimes, não tenham?
Não há aqui uma estranha dualidade de
critérios de fachada legalista servindo
objectivamente a corrupção?
É também estranho que tenhamos de
provar que um apartamento ou um carro
nos pertence e que tenhamos de identifi car a
pessoa a quem o comprámos, que tenhamos
não só de declarar todos os euros que
ganhámos mas quem nos pagou esses euros
e quando e porquê e que o senhor dos dez
milhões de euros não tenha de dar quaisquer
explicações a ninguém.
Como se resolve o dilema? Alterando
um pouco os objectivos. Se considerarmos
que a ilicitude está no enriquecimento,
vai ser sempre preciso prová-lo — o que,
em particular nos casos de corrupção,
parece difícil. Mas podemos mudar o crime,
enquadrando-o no âmbito fi scal e decretar
a obrigatoriedade de declarar a fonte de
todo e qualquer rendimento (ou de o fazer
acima de certo patamar) e de a provar
documentalmente.
Ou seja: alargar aos
ricos e corruptos
o que o fi sco já me
exige a mim e a todos
os trabalhadores.
No fundo, é isto
que queremos. A
obrigatoriedade de
declaração criará
a ilicitude da não-
declaração — ou
da declaração
incompleta ou
errónea. Estes são
crimes que será
fácil ao Estado
provar (ou, pelo
menos, investigar),
sem inversão do
ónus da prova e
sem abandonar
a presunção de
inocência. E as
penas poderão ir até ao confi sco do bem
em questão. Claro que a nova lei não vai
resolver todos os problemas — mas nenhuma
resolve. Trata-se afi nal de conseguir
sancionar o “enriquecimento ilícito” não
através da fi gura do “enriquecimento
injustifi cado”, mas através de uma simples
“obrigatoriedade de declaração de todos os
rendimentos e sua origem”.
[email protected] à terça-feira
Devemos alargar aos ricos ociosos e aos corruptos as obrigações que o fisco já exige a todos os trabalhadores
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João Vieira Pinto
Advogados trocam acusações no início do julgamentoOs advogados dos arguidos no processo relacionado com a transferência do ex-futebolista João Pinto para o Sporting trocaram ontem acusações de responsabilização de fraude fiscal e de branqueamento de capitais. O ex-futebolista João Pinto, o empresário José Veiga e Luís Duque e Rui Meireles, administradores da Sporting SAD na altura dos factos, foram pronunciados em Janeiro de 2011.
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✘CONTRA
Inês David [email protected]
O PSD vai avançar a partir de Se-tembro com uma nova propostapara a criminalização do enri-quecimento ilícito, depois do pri-meiro diploma ter sido chumba-do pelo Tribunal Constitucional(TC), revelou ao Diário Económi-co a vice-presidente ‘laranja’ Te-resa Leal Coelho.
O Governo fez deste crime umabandeira eleitoral e vai confrontaro tribunal com uma nova versão,numa altura em que já estarãosentados no Palácio Ratton trêsnovos juízes - dois indicados pelamaioria e um pelo PS. Com estanomeação, a relação de forças noConstitucional penderá mais paraa direita do que para a esquerda,como acontecia até agora. CasoCavaco volte a ter dúvidas e envieo segundo diploma ao TC, três no-vos conselheiros vão dar a sua opi-nião e alguns dos que se opuseramjá não estarão sentados no PalácioRatton (Pamplona de Oliveira, GilGalvão e Rui Ramos).
Teresa Leal Coelho adiantouque o PSD já está a trabalhar na“nova argumentação” (ver caixasao lado) e remeteu para “a próxi-ma sessão legislativa, a partir deSetembro,” a apresentação do di-ploma. Apesar de admitir “refor-mulações”, a também vice-presi-dente da bancada dá a entenderque o novo projecto não será mui-to diferente daquele que foi apro-vado apenas com os votos contrado PS. Até porque, disse, o PSD“discorda” da argumentação doConstitucional e “está convicto doenquadramento legal” que deu aocrime que pune quem enriquecede forma injustificada e não expli-ca a origem dos bens.
Este diploma - que nunca foiconsensual, com PS e vários cons-titucionalistas e levantarem dúvi-das - acabou por ser declarado in-constitucional e será agora vetadopor Cavaco. A maioria podia insis-tir e levar a votos o diplomachumbado porque teria o apoio doBE e do PCP (maioria qualificada),mas o PSD não quer “confrontopolítico” com o Presidente da Re-pública. O TC acabou por consi-derar que o diploma da maioria
violava os princípios da determi-nabilidade do tipo legal e da pre-sunção da inocência.
A iniciativa social-democratapromete abrir nova divisão com oCDS, que sempre manifestou re-servas ao crime de enriquecimen-to ilícito (as negociações demora-ram meses). Quando foi conheci-da a decisão do Palácio Ratton, oPSD apressou-se a dizer que nãose rendia, enquanto o CDS, pelavoz de Telmo Correia, dizia “sermais difícil” recolocar o tema naagenda. Embora tenha sido o PSDa dar-lhe a possibilidade de esco-lher um dos três novos juízes, averdade é que o CDS escolheu ajuíza Fátima Mata-Mouros, quenão escondeu no passado as suasdúvidas sobre o crime de enrique-cimento ilícito. Na altura, a de-sembargadora considerou desne-cessária a criação deste crime por-que o Direito Penal já prevê a pu-nição de situações que levam aoenriquecimento injustificado,como o peculato ou a corrupção.Opinião partilhada pelo constitu-cionalista Vital Moreira, que, aoDE, considera “estranho que oPSD insista” neste crime, dadoque “é inconstitucional” e já estáprevisto no Código Penal atravésde outros crimes concretos.
Teresa Leal Coelho diz que a“vantagem” do ‘chumbo’ do TC éa de submeter a questão a “debatepúblico”, acreditando que “a po-pulação” irá defender que o enri-quecimento ilícito “é um dano àestabilidade”. O PSD acredita que,“com nova argumentação”, con-seguirá levar os juízes a “uma se-gunda reflexão” e lamenta queexista “um estigma” à volta docrime de enriquecimento ilícito.Um crime que, como a maioriaquer (aplicável a todos os cida-dãos), não tem paralelo na Europa.
Entre os 13 juízes do TC, passa-rão a ter assento, além de Mata-Mouros, o ex-secretário de EstadoConde Rodrigues, pelo PS, e o pe-nalista Paulo Saragoça da Matta,pelo PSD. Além da nova argu-mentação, a bancada ‘laranja’pode ter a seu favor (ou não) estasmudanças, até porque, remata Te-resa Leal Coelho, “a abordagem daConstituição varia consoante amatriz filosófico-política”.■
PSD contra-ataca eapresenta nova versãodo enriquecimento ilícitoJá com três novos juízes no Constitucional, dois nomeados pela maioria, o PSDvolta em Setembro a insistir na criação do crime. Adivinha-se tensão com CDS.
A VERSÃO ‘CHUMBADA’
● O crime dá-se quando “quempor si ou interposta pessoa”adquirir ou possuir patrimóniosem origem lícita determinada,incompatível com os seusrendimentos e bens legítimos.
● As pessoas nesta situaçãoincorrem numa pena de prisãoaté três anos. Será pena superiorse o arguido for titular de cargopolítico ou público.
● Entende-se por patrimóniotodo o activo patrimonialexistente no país ou estrangeiro,incluindo imobiliário, quotasou partes sociais do capitalde sociedades, carteirasde títulos, entre outros.
● São rendimentos e benslegítimos todos os rendimentosbrutos constantes de declaraçõesapresentadas para efeitos fiscais.
● Compete ao Ministério Públicofazer a prova de todosos elementos do crime.
Teresa Leal CoelhoVice-presidente do PSD
“Estamos convictos doenquadramento legal que demosao crime (...) a grande vantagemdo chumbo do TC é que permiteo debate público”
Telmo CorreiaVice-presidente da bancada CDS
“Depois desde cartão vermelhodo Tribunal Constitucional, vai sermais difícil retomar a questão”do enriquecimento ilícito.
Novos juízes paraOE/2012Além de terem em mãos, casoCavaco Silva volte a duvidarda constitucionalidade do crimede enriquecimento ilícito, os trêsnovos juízes do TribunalConstitucional terão que apreciaroutro ‘dossier’ quente: oOrçamento do Estado para 2012.Mais concretamente, o corte nossubsídios. E o ‘chumbo’ do pedidode fiscalização sucessiva, nestecaso, interessa tanto ao PSD,como ao PS, partido que aprovouo orçamento - em nome docompromisso com a ‘troika’ - masviu um grupo de deputados pedira fiscalização no Palácio Ratton.Os três nomes foram acordadosentre PS e PSD.
Presunção da inocênciaOs juízes do TribunalConstitucional entenderamque o diploma da maioria que criao crime de enriquecimento ilícito(ver caixa de pontos ao lado) violaos princípios da presunção dainocência e da determinação dotipo legal. O TC entende, também,que a este crime não temsubjacente “um bem jurídicoclaramente determinado”. Isto é,qual é o bem a acautelar? OPalácio Ratton, por maioria,
ARGUMENTAÇÃO DO TC E CONTRA
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✔A FAVOR
e falta de tipo legalentendeu também que de umaincriminação tem necessariamentede decorrer a conduta queé proibida, “aquilo a que o agentese deve conformar”. E os juízesentendem que no diploma damaioria não existe a determinaçãodo tipo legal, isto é, a condutaem concreto que é ordenadae que é violada. A violaçãoda presunção da inocência pelainversão do ónus da provafoi outro argumento.
Valores de estabilidade que se sobrepõemA bancada do PSD está aindaa trabalhar na argumentação,mas desde já Teresa Leal Coelhoavança ao Diário Económicoalgumas das posições: o PSDnega que exista violação doprincípio da presunção dainocência por causa do silêncio,lembrando que existem já outroscrimes onde este mesmo silêncio(que é um direito do arguido)pode prejudicar o arguido. Éo caso, diz a vice-presidente do
PSD, do crime de homicídio porlegítima defesa. Teresa LealCoelho diz que o PSD vaiapresentar uma grelha de crimese exigir “paridade” no tratamento.Sobre a falta de um bem jurídico,a dirigente lembra que há valoresa equilibrar e que no caso doenriquecimento ilícito existe ovalor da estabilidade, quer social,quer económica. Leal Coelho dizainda que quem determina o tipolegal é o legislador.
-ARGUMENTAÇÃO DO PSD
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Enriquecimento ilícito: crónica de uma morte anunciada
Nos últimos meses temos
assistido a uma banalização
do combate à corrupção:
o DCIAP continua na sua
actividade fúnebre de enterrar
prematuramente processos que
envolvem fi guras públicas; a
Comissão de Ética é da opinião
de que a resolução de confl itos
de interesses é uma questão de
consciência individual (uma perspectiva,
aliás, partilhada por uma grande parte dos
deputados da Assembleia da República);
o Conselho de Prevenção da Corrupção
oferece serviços de transparência pós-
venda ao sector empresarial do Estado; os
comentadores (pseudo-académicos) que
povoam os órgãos de comunicação social
insurgem-se contra a iniciativa “mesquinha”
da ASJP de levar a tribunal 14 ex-ministros
por abuso de dinheiros públicos e contra o
“populismo” dos que acham que António
Borges, não obstante as suas qualidades
profi ssionais, deveria clarifi car potenciais
confl itos de interesses; e para colmatar esta
série de acontecimentos infelizes, o tiro de
misericórdia do Tribunal Constitucional
à lei de enriquecimento ilícito, aprovada
por larga margem na Assembleia da
República, mas já moribunda à nascença,
o que denota que o voluntarismo da classe
política (“de querer mostrar que se faz”)
e a vontade política (“de efectivamente
fazer”) são duas coisas distintas.
O chumbo do Tribunal Constitucional não
surpreende. O acórdão do colégio de juízes
é o capítulo fi nal de uma lei que nasceu
torta e que a falta de vontade política, o
mau trabalho legislativo e a total ausência
de foco por parte do legislador foram
incapazes de endireitar.
Não foi por falta de aviso. Durante o
processo legislativo, a TIAC alertou para
a necessidade de formular a lei de forma
cuidada e ponderada — e acompanhá-
la de um mecanismo robusto e efectivo
para fi scalizar a riqueza e os interesses
dos eleitos e dos altos cargos públicos (ver
PÚBLICO, 23/10/2011). A própria Convenção
das Nações Unidas contra a Corrupção
reconhece que a tipifi cação do crime de
enriquecimento ilícito é uma questão
melindrosa. No que toca a criminalizar
comportamentos, o legislador deve ser
cauteloso, aprender com as boas práticas
internacionais e ponderar diferentes
soluções com cenários de concretização
também diferentes. Nada disto foi feito.
Todo este processo, em suma, mostra a
forma desorganizada e infeliz com que o
Parlamento tem abordado as questões da
corrupção, cedendo ao debate apenas sob
pressão da sociedade civil — que depois é
olimpicamente ignorada — e discutindo
problemas acessórios em vez de ir à questão
essencial, que é a completa inefi ciência do
sistema de controlo. A Assembleia aprovou
uma formulação multifacetada e muito
confusa para o crime de enriquecimento
ilícito, alargando indiscriminadamente
o seu âmbito para incluir qualquer
pessoa, sendo que a qualidade do agente
(funcionário, titular de cargo político
ou alto cargo político) tem apenas como
consequência uma ligeira agravação
da pena. Se esta confusão jurídica não
fosse sufi ciente para afundar a lei, a fraca
qualidade do trabalho preparatório,
patente no desconhecimento generalizado
sobre outras experiências internacionais
e alternativas à criminalização, e uma
cultura recorrente de não consultar
especialistas e representantes da sociedade
civil no processo legislativo — mesmo nas
leis em que o legislador é juiz em causa
própria — trataram de garantir o fracasso
da iniciativa. Pouco nos consola o passa-
culpas dos políticos: tão responsáveis são os
que, na ânsia vácua de “mostrar serviço”,
aprovaram uma lei confusa e mal formulada
como os que, alegando nobres princípios,
se escusaram a apresentar alternativas
razoáveis, fundamentadas e efi cazes.
Sejamos claros: o que é necessário e
fundamental é criar um mecanismo que
garanta a fi scalização transparente do
património e da actuação dos titulares
e agentes do Estado. É por aqui que se
começa. A actividade pública tem de ser
balizada por normas de conduta que
garantam a defesa do interesse público e a
confi ança dos cidadãos.
Já o dissemos antes: a criminalização do
enriquecimento ilícito não é uma panaceia,
mas não há dúvida de que um bom sistema
de controlo da
actuação dos
agentes públicos
e dos seus
rendimentos,
positivismos
legalistas à
parte, será um
elemento vital no
estrangulamento
da corrupção.
Felizmente,
estamos a assistir a
uma clara revolução
na mentalidade
dos cidadãos,
um caminho
irreversível de
intolerância
com o crime e
de consciência
das diversas
ferramentas que temos ao dispor para
o combater (e que não se limitam à
intervenção penal).
O que não pode continuar é uma
abordagem redutora do combate à
corrupção, sem uma estratégia lógica
e coerente. Deixar que o país continue
mudo e resignado perante o acumular de
situações injustifi cadas de enriquecimento
de agentes públicos não é opção. O tema,
portanto, não morre aqui.
Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC), www.transparencia.pt
O que não pode continuar é uma abordagem redutora do combate à corrupção, sem uma estratégia lógica e coerente
Elena Burgoa, Luís de Sousa e João Paulo Batalha
Debate Combate à corrupção
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Página 22
Tiragem: 49755
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Tiragem: 53210
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Página 24
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Pinto MonteiroO esquecidoQueixou-se de falta de dinheiro,
mas não pediu nem gastou
O procurador-geral da República,
Fernando Pinto Monteiro, disse
que a perícia ao caso da corrupção
na compra dos submarinos foi
interrompida por falta de verbas.
A ministra da Justiça desmentiu-o:
se tinha falta de dinheiro, não
se mexera, porque nunca lho
tinha pedido. E se alguma vez
teve dinheiro, não o gastou.
Os especialistas que fi zeram a
principal perícia do processo —
que originou duas investigações —
afastaram-se e renunciaram ao seu
pagamento há mais de um ano,
depois de decisões do procurador
que levaram ao desmembramento
da equipa do DCIAP que conduzia
a investigação.
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