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Transparência 70 REVISTA SEMANAL 19.11 - 25.11_2012

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De 19-11-2012 a 25-11-2012

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Transparência

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REVISTA SEMANAL ↘ 19.11 - 25.11_2012

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Revista de Imprensa26-11-2012

1. (PT) - Público, 20/11/2012, Luís Fazenda insiste que é preciso saber quem controla os media em Portugal 1

2. (PT) - Público, 20/11/2012, Jorge Sampaio, Eduardo Catroga e outros notáveis depõem no Face Oculta 2

3. (PT) - Primeiro de Janeiro, 20/11/2012, Duarte Lima continua em prisão domiciliária 3

4. (PT) - Jornal de Notícias, 20/11/2012, Duarte Lima continua com pulseira 4

5. (PT) - i, 20/11/2012, Isaltino Morais inaugurou terceira volta de recursos 5

6. (PT) - Correio da Manhã, 20/11/2012, Submarinos pagam hotel de luxo 7

7. (PT) - Diário de Notícias, 21/11/2012, Vale e Azevedo joga à defesa e espera decisão do Supremo 10

8. (PT) - Diário de Notícias, 21/11/2012, Ex-PM croata condenado a dez anos por corrupção 11

9. (PT) - Diário de Notícias, 21/11/2012, Ex-chefe do SIED rompe silêncio e dá conselhos a empresários 12

10. (PT) - Correio da Manhã, 21/11/2012, Advogado recusa falar em tribunal 13

11. (PT) - Sábado, 22/11/2012, As contas suspeitas de Pujol 15

12. (PT) - Público, 22/11/2012, Supremo mantém Vale e Azevedo encarcerado 16

13. (PT) - Diário de Notícias, 22/11/2012, De 5 para 20 milhões, toda a acusação contra Duarte Lima 17

14. (PT) - Correio da Manhã, 22/11/2012, Directora sai com informação da PJ 20

15. (PT) - Público, 23/11/2012, Duarte Lima usou Canas para colocar 3,5 milhões na Suíça 23

16. (PT) - i, 23/11/2012, Duarte Lima movimentou montantes 116 vezes superiores ao que declarou ao fisco 24

17. (PT) - Diário Económico, 23/11/2012, Período de nojo das secretas pode ser alargado a outros serviços 26

18. (PT) - Diário de Notícias, 23/11/2012, Uma mulher comanda combate à corrupção 27

19. (PT) - Público, 24/11/2012, Procurador acusado de fuga de informação 28

20. (PT) - Público, 24/11/2012, Duarte Lima burlou Oliveira e Costa e a seguir comprou arte, diz acusação 29

21. (PT) - Expresso, 24/11/2012, Duarte Lima acusado de enganar sócio 31

22. (PT) - Correio da Manhã, 24/11/2012, Gestor da EDP admite fraudes 32

23. (PT) - Correio da Manhã, 25/11/2012, Corrupção no Brasil - Novo escândalo 33

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Tiragem: 43576

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 10,70 x 30,97 cm²

Corte: 1 de 1ID: 44826097 20-11-2012

Luís Fazenda não levou a sério o convite do Jornal de Angola

O líder parlamentar do Bloco de Es-

querda, Luís Fazenda, voltou ontem

a falar da necessidade de se aprovar

uma nova lei que permita “saber

exactamente quem são os donos dos

media em Portugal”. Contactado pe-

lo PÚBLICO, depois do convite que

lhe foi lançado pelo Jornal de Angola

para ir ver como se faz este diário em

Luanda, o deputado considerou que

“o interesse dos capitais angolanos

em muitos meios de comunicação

social portugueses não abona a favor

da liberdade de imprensa”.

O dirigente, que não levou a sé-

rio o convite, reiterou a urgência de

uma lei em Portugal para a transpa-

rência da titularidade dos meios de

comunicação social, numa altura

em que a presença de capitais an-

golanos nos media portugueses está

a aumentar.

O PÚBLICO quis ouvir Pacheco Pe-

reira, também convidado pelo diário,

depois de ele e Luís Fazenda terem

proferido críticas ao regime angola-

no. O ex-deputado do PSD preferiu

para já não dizer nada e comentar o

assunto no próximo programa Qua-

dratura do Círculo, na SIC Notícias

(estação que pode ser vista via satéli-

te em Angola e Moçambique), por ter

sido nesse espaço, na semana passa-

da, que fez os comentários que terão

motivado o convite.

Luís Fazenda insiste que é preciso saber quem controla os media em Portugal

O texto intitulado Imprensa e Liber-

dades em Portugal é o segundo edi-

torial publicado no órgão ofi cial do

Governo a denunciar o que o jornal

diz ser uma campanha na imprensa

portuguesa contra Luanda, desde

que o semanário Expresso publicou

há uma semana a notícia da abertura

de um inquérito-crime “contra altos

dirigentes angolanos”, confi rmada

ao PÚBLICO pelo Departamento

Central de Investigação e Acção Pe-

nal (DCIAP).

A esse propósito, no seu blogue

Abrupto, Pacheco Pereira escreveu:

“Talvez o mais importante proble-

ma que afecta a nossa liberdade de

imprensa para além da crise geral, e

como parte dela, é o modo como os

interesses angolanos se movem para

dominar e controlar a informação

em Portugal. Por isso, será muito re-

levante ver como é tratada a questão

das investigações criminais de altos

responsáveis do regime angolano.”

São pelo menos três os respon-

sáveis angolanos, do círculo mais

próximo do Presidente José Edu-

ardo dos Santos, sob investigação

em Portugal por branqueamento de

capitais e fraude fi scal. Nenhum foi

constituído arguido. O Diário Eco-

nómico noticiou há um mês que o

empresário Joaquim Oliveira estava

em negociações para vender a Con-

troliveste (dona do Diário de Notí-

cias, Jornal de Notícias e TSF) a um

grupo angolano, não se sabendo de

que grupo se trata.

O líder parlamentar do PS, Carlos

Zorrinho, disse na altura que iria

“retomar de imediato” a iniciativa

legislativa relativa à transparência da

propriedade de órgãos de comunica-

ção social chumbada em Julho pelo

PSD e pelo CDS. Um novo projecto

de lei do PS para regular a promoção

da transparência da propriedade dos

órgãos de comunicação social) deu

entrada a 26 de Outubro último.

Em Portugal, os interesses ango-

lanos nos media estão já presentes

através da Newshold, que detém o

semanário Sol, pelo menos 15% da

Cofi na (dona do Correio da Manhã,

Jornal de Negócios e outros títulos)

e quase 2% do grupo Impresa (que

detém a SIC e o Expresso).

“É óbvio que estes investimentos

são pensados por razões políticas. E

essa razão é controlar a informação

sobre Angola e sobre a presença e os

actos da elite angolana em Portugal.

E também dos negócios portugueses

associados ao poder angolano”, dis-

se o jornalista angolano Rafael Mar-

ques numa entrevista ao PÚBLICO

este domingo.

Comunicação socialAna Dias Cordeiro

Líder parlamentar do BE reagiu assim a um convite para ir ver “como se faz” o Jornal de Angola. Pacheco Pereira não comenta

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Tiragem: 43576

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 16,36 x 31,04 cm²

Corte: 1 de 1ID: 44826116 20-11-2012

ADRIANO MIRANDA

Armando Vara indicou nomes como Almeida Santos e Emídio Rangel

A partir de hoje, e durante os próxi-

mos dias, vão passar pelo Tribunal

de Aveiro uma série de personali-

dades conhecidas, entre as quais se

destacam várias fi guras do quadran-

te político. Antigos governantes e

um ex-Presidente da República pre-

param-se para prestar depoimento

como testemunhas abonatórias de

alguns arguidos do processo Face

Oculta. Entre eles estão Jorge Sam-

paio e Eduardo Catroga, que vão

depor ao Tribunal de Aveiro no

próximo dia 27, como testemunhas

abonatórias de José Penedos, o ex-

presidente da REN, e dos principais

arguidos do processo. A lista de tes-

temunhas abonatórias contempla

ainda os nomes como os de António

de Almeida Santos e Fernando Tei-

xeira dos Santos, entre outros.

Já hoje, o antigo bastonário da

Ordem dos Advogados, José Miguel

Júdice, irá depor a favor de Paulo Pe-

nedos. António de Almeida Santos,

antigo presidente da Assembleia da

República e do PS, será ouvido na

quinta-feira, tal como Fernando Tei-

xeira dos Santos, o ex-ministro das

Finanças de José Sócrates, Carlos

Santos Ferreira, antigo presidente

do BCP, e o jornalista Emídio Ran-

gel – todos eles como testemunhas

de Armando Vara. A eurodeputada

Edite Estrela será ouvida logo no dia

seguinte, sexta-feira, assim como o

presidente da Federação Portuguesa

de Futebol, Fernando Gomes – am-

bos como testemunhas do socialista

Armando Vara.

O vaivém de notáveis prosseguirá

na próxima semana, com destaque

para a deslocação de Jorge Sampaio,

ex-Presidente da República, ao Tri-

bunal de Aveiro. O antigo chefe do

Estado fez questão de se deslocar

ao tribunal, a fi m de confi rmar a

boa imagem e a consideração que

tem de José Penedos, tal como o fez

já em relação ao antigo secretário

de Estado socialista da Defesa e da

Energia, durante a fase de instrução,

o ano passado em Lisboa, dirigida

pelo juiz Carlos Alexandre. Jorge

Sampaio será ouvido no dia 27, data

para a qual está também agendado

o depoimento de Eduardo Catroga,

Jorge Sampaio, Eduardo Catroga e outros notáveis depõem no Face Oculta

do processo Face Oculta. Já no dia

28 deverão ser ouvidos, entre ou-

tros, o constitucionalista Joaquim

Gomes Canotilho e Rui Alarcão e

Silva, ex-reitor da Universidade de

Coimbra.

Desta lista de personalidades co-

nhecidas consta também Mário So-

ares, que, contudo, optou por depor

por escrito. Na passada semana, che-

gou ao Tribunal de Aveiro uma carta

do ex-Presidente da República, teste-

munha abonatória do arguido Paulo

Penedos, na qual revela ser “amigo

de Paulo Penedos e de seus pais”.

Julgamento na recta fi nalA audição das testemunhas abona-

tórias está a acontecer numa altura

em que passou pouco mais de um

ano após o início do julgamento — o

Tribunal de Aveiro começou a julgar

o caso a 8 de Novembro de 2011—–, o

que evidencia que o processo está a

decorrer de forma célere. De tal for-

ma que vários advogados de defesa

já estimaram que, no início de 2013,

já haverá uma decisão fi nal.

Ao longo dos últimos 12 meses,

o processo cresceu e conta actual-

mente com 148 volumes, com mais

de 51 mil páginas e 53 volumes de

apensos. Até agora já foram ouvidas

mais de 200 pessoas, entre argui-

dos, testemunhas e peritos.

O processo Face Oculta está rela-

cionado com uma alegada rede de

corrupção, que teria como objecti-

vo o favorecimento do grupo em-

presarial do sucateiro Manuel Go-

dinho, nos negócios com empresas

do sector empresarial do Estado e

privadas. Entre os arguidos estão

personalidades como Armando Va-

ra, ex-administrador do BCP, e José

Penedos, ex-presidente da REN, e o

seu fi lho Paulo Penedos.

ex-ministro social-democrata das Fi-

nanças, outra das testemunhas abo-

natórias de José Penedos.

O ex-secretário de Estado do Te-

souro do Governo de José Sócrates,

Carlos Costa Pina, também será in-

quirido no dia 27, segundo anun-

ciou na passada semana o juiz Raul

Cordeiro, que preside ao colectivo

Justiça Maria José Santana

Tribunal de Aveiro recebe a partir de hoje várias figuras da vida política e académica indicadas como testemunhas de defesa

Por força desta passagem de várias figuras públicas pelo Tribunal de Aveiro durante os próximos dias,

irão ser reforçadas as medidas de segurança em torno do julgamento. Isso mesmo foi confirmado ao PÚBLICO por Paulo Brandão, juiz presidente da Comarca do Baixo Vouga. “Essa questão já foi colocada à PSP de Aveiro e está já a ser delineada a actuação para os próximos dias, no sentido de prevenir eventuais problemas”, asseverou.

Paulo Brandão reconhece que o julgamento volta, assim, a entrar numa fase mais mediática — tal como aconteceu, por exemplo, nas primeiras sessões —, razão pela qual a aposta passará por uma “política das cautelas”. Acima de tudo, o juiz presidente da comarca diz que quer evitar episódios como aquele que ocorreu logo no início do julgamento, quando Armando Vara foi insulado no interior do Tribunal de Aveiro.

Segurança vai ser reforçada

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Tiragem: 20000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 16,41 x 8,84 cm²

Corte: 1 de 1ID: 44828032 20-11-2012

Acusado de vários crimes

O ex-líder parlamentar do PSD Duarte Lima, acusado de três cri-mes de burla quali� cada, dois de branqueamento de capitais e um de abuso de con� ança agravado, vai continuar em casa com pulsei-ra eletrónica por decisão judicial. O advogado Raul Soares da Veiga revelou que arguido continuará obrigado “à permanência na habi-tação”, uma medida de coação que “será revista de três em três meses”. O defensor entendia que a medida de coação a aplicar ao ex-líder par-lamentar do PSD devia “ser menos

gravosa”, mas o Ministério Público (MP) pediu a manutenção da me-dida de coação, imposta em maio, e o juiz Carlos Alexandre entendeu deferir. O mandatário de Duarte Lima alegava que “não há perigo” de a investigação ser perturbada, agora que foi deduzida acusação, nem “o risco de fuga” para o estran-geiro.

Também acusado de burla quali-� cada e branqueamento de capitais, o � lho de Duarte Lima, Pedro Lima, continua em liberdade, depois de ter pago uma caução de 500 mil euros.

Duarte Lima foi noti� cado pesso-almente no sábado, dia em que se completava um ano da aplicação das medidas preventivas privativas da liberdade. Se não fosse acusado no sábado, Duarte Lima teria de ser libertado no domingo.

Suspeito de burlar o BPN em 44 milhões de euros, Duarte Lima foi detido a 17 de novembro do ano passado, tendo � cado em prisão preventiva, mas, em maio, o juiz determinou que � casse em prisão domiciliária, com pulseira eletró-nica.

Duarte Lima continua em prisão domiciliária

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A4

Tiragem: 101444

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 48

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Área: 4,30 x 5,61 cm²

Corte: 1 de 1ID: 44826500 20-11-2012

Página 4

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A5

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 24,18 x 30,82 cm²

Corte: 1 de 2ID: 44826846 20-11-2012

Página 5

Page 8: BRIEF Transparência » Revista Semanal 70

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 11,60 x 3,13 cm²

Corte: 2 de 2ID: 44826846 20-11-2012

Página 6

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A7

Tiragem: 159027

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 8

Cores: Cor

Área: 26,68 x 35,09 cm²

Corte: 1 de 3ID: 44827015 20-11-2012

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Tiragem: 159027

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

Cores: Cor

Área: 26,65 x 36,16 cm²

Corte: 2 de 3ID: 44827015 20-11-2012

Página 8

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Tiragem: 159027

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 26,50 x 1,85 cm²

Corte: 3 de 3ID: 44827015 20-11-2012

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A10

Tiragem: 45851

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 18

Cores: Cor

Área: 26,82 x 24,35 cm²

Corte: 1 de 1ID: 44845418 21-11-2012

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A11

Tiragem: 45851

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 25

Cores: Cor

Área: 15,92 x 8,21 cm²

Corte: 1 de 1ID: 44845540 21-11-2012

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A12

Tiragem: 45851

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 26,53 x 32,35 cm²

Corte: 1 de 1ID: 44845299 21-11-2012

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A13

Tiragem: 159027

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 14

Cores: Cor

Área: 27,11 x 24,40 cm²

Corte: 1 de 2ID: 44845645 21-11-2012

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Tiragem: 159027

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 13,72 x 1,72 cm²

Corte: 2 de 2ID: 44845645 21-11-2012

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A15

Tiragem: 103750

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 68

Cores: Cor

Área: 20,00 x 25,83 cm²

Corte: 1 de 1ID: 44865368 22-11-2012

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A16

Tiragem: 43576

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 13

Cores: Cor

Área: 10,56 x 30,19 cm²

Corte: 1 de 1ID: 44864755 22-11-2012

Vale e Azevedo continua preso na cadeia da Carregueira, em Sintra

Vale e Azevedo viu ontem rejeitado

pelo Supremo Tribunal de Justiça o

seu terceiro pedido de habeas cor-

pus, destinado a libertá-lo da cadeia

da Carregueira, em Sintra, onde foi

encarcerado depois da extradição

de Londres há dez dias.

Preso para acabar de cumprir os

onze anos e meio a que foi condena-

do por burla e falsifi cação de docu-

mentos, o ex-dirigente desportivo ar-

gumenta que os quatro anos e meio

que passou em Londres devem ser

descontados para efeitos de cumpri-

mento da pena. Mas os juízes-con-

selheiros do Supremo entenderam

não ter fi cado provado, pelo menos

até agora, que durante esse período

tenha estado em prisão domiciliária

— o que põe em causa a sua preten-

são. Sobre a sua estadia em Londres,

um documento de um tribunal bri-

tânico fornecido às autoridades por-

tuguesas por um representante do

antigo presidente do Benfi ca apenas

menciona que esteve sujeito a uma

medida de coacção que implicava “a

necessidade de permanecer e dor-

mir, todos os dias e noites, numa

determinada morada”.

“Nada inculca que estivesse proi-

bido de se ausentar dessa morada

[…] sem autorização”, refere o Su-

premo Tribunal de Justiça. “A afi r-

mação de que teria de permanecer

aí todos os dias pode querer signi-

Supremo mantém Vale e Azevedo encarcerado

fi car simplesmente que não podia

mudar de residência, como garan-

tia de que se manteria à disposição

das autoridades judiciárias do Reino

Unido”, onde também tem proble-

mas com a justiça. Numa declaração

de voto, um dos juízes-conselheiros,

Carmona da Mota, explica mesmo

que no Reino Unido não existe pri-

são domiciliária, e que a única restri-

ção a que o ex-dirigente desportivo

foi submetido em Londres terá sido

um controle judiciário semelhante

ao termo de identidade e residência

do sistema português. Também o

Ministério Público considerou on-

tem que o pedido de liberdade ca-

rece de sustentação, uma vez que

Vale e Azevedo “não esteve preso

em casa”.

À saída do Supremo Tribunal de

Justiça, a sua advogada anunciou

que o antigo presidente do Benfi ca

vai optar por não comparecer no

julgamento em que é acusado de

ter fi cado com quatro milhões de

euros do clube, a decorrer no Cam-

pus de Justiça de Lisboa. Como foi

extraditado com a fi nalidade expres-

sa de acabar de cumprir pena num

outro processo, a lei permite-lho. O

que, segundo disse a representan-

te legal de Vale e Azevedo à agên-

cia Lusa, lhe abre a possibilidade

de impugnar esse julgamento, no

qual é acusado de branqueamento

de capitais, peculato e falsifi cação

de documentos.

O caso está relacionado com a ven-

da de quatro futebolistas a outros

clubes no fi nal dos anos 90. Parte

da receita das transacções foi parar

a contas bancárias do ex-presidente

benfi quista, que alega que as contas

do clube estavam congeladas ou em

risco disso, tendo sido necessário

recorrer a este expediente.

DANIEL ROCHA

JustiçaAna Henriques

Terceiro pedido de habeas corpus rejeitado. Advogada fala na possibilidade do ex-presidente do Benfica impugnar julgamento

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A17

Tiragem: 45851

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 26,77 x 33,72 cm²

Corte: 1 de 3ID: 44864911 22-11-2012

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Page 20: BRIEF Transparência » Revista Semanal 70

Tiragem: 45851

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 26,73 x 33,30 cm²

Corte: 2 de 3ID: 44864911 22-11-2012

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Tiragem: 45851

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 27,21 x 7,16 cm²

Corte: 3 de 3ID: 44864911 22-11-2012

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A20

Tiragem: 159027

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 27,23 x 36,28 cm²

Corte: 1 de 3ID: 44865090 22-11-2012

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Page 23: BRIEF Transparência » Revista Semanal 70

Tiragem: 159027

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

Cores: Cor

Área: 27,30 x 35,75 cm²

Corte: 2 de 3ID: 44865090 22-11-2012

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Page 24: BRIEF Transparência » Revista Semanal 70

Tiragem: 159027

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 3,27 x 3,27 cm²

Corte: 3 de 3ID: 44865090 22-11-2012

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Page 25: BRIEF Transparência » Revista Semanal 70

A23

Tiragem: 43576

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 13

Cores: Cor

Área: 4,97 x 9,35 cm²

Corte: 1 de 1ID: 44883146 23-11-2012

Acusa Ministério Público

Duarte Lima usou Canas para colocar 3,5 milhões na SuíçaDuarte Lima, acusado de burla qualificada ao BPN e branqueamento de capitais, utilizou Francisco Canas, também arguido neste processo e no caso Monte Branco, para colocar 3,5 milhões de euros na Suíça, segundo o Ministério Público. O DCIAP refere que os montantes provenientes do negócio Homeland, fundo imobiliário criado para financiar a compra de terrenos em Oeiras, entraram na esfera de Francisco Canas para colocação na Suíça.

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Page 26: BRIEF Transparência » Revista Semanal 70

A24

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 2

Cores: Cor

Área: 15,03 x 33,23 cm²

Corte: 1 de 2ID: 44883624 23-11-2012

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Page 27: BRIEF Transparência » Revista Semanal 70

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 3

Cores: Cor

Área: 24,42 x 28,89 cm²

Corte: 2 de 2ID: 44883624 23-11-2012

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A26

Tiragem: 18100

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 26,33 x 30,56 cm²

Corte: 1 de 1ID: 44883343 23-11-2012Paulo Figueiredo

CASOS POLÉMICOS

Directora da PJ saipara a Ernst&Young

Silva Carvalho sai doSIED para a Ongoing

Após nove anos a liderar a Unidadede Informação Financeira da Judi-ciária - que trata os dados sobrebranqueamento de capitais - SílviaPedrosa pediu uma licença semvencimento para ir para consultoraErnst & Young por um ano oferecertodos os seus conhecimentos namatéria. A PJ recusou, mas a fun-cionária desvinculou-se da polícia etransitou para o privado.

A contratação do espião Jorge SilvaCarvalho pela Ongoing, proprietáriado Diário Económico, depois de terabandonado a liderança do Serviçode Informações Estratégicasda Defesa foi uma das transiçõespara o sector privado que causoupolémica. A alegada utilizaçãode informações privilegiadaschegou a ser alvo de audiçõesno Parlamento.

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Procurador do caso“Bes Angola” saiO antigo procurador titular doprocesso “BES Angola”, queinvestigava crimes debranqueamento de capitais,abandonou o lugar no início doano para ir trabalhar para umaempresa de consultoria, cujonome não chegou a ser revelado,uma vez que o Conselho Superiordo Ministério Público autorizou atransição.

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Partidos dizem que os casosde passagem dos quadros da PJ parao privado se podem via a multiplicardevido aos cortes salariais no sector.

Ana Petronilho e Márcia Galrã[email protected]

A contratação de uma directoranacional da Polícia Judiciária(PJ) pela consultora Ernst &Young voltou a colocar em cimada mesa a discussão sobre a ne-cessidade de impôr um períodode nojo a altos dirigentes comacesso a informação privilegia-da. Os partidos da oposição, ou-vidos pelo Diário Económico,insistem que é preciso alterar alei e incluir não só os membrosdas secretas, mas todos os diri-gentes públicos com acesso aeste tipo de informações.

Em causa estão os riscos dosector privado poder utilizar in-formações sensíveis através dacontratação de funcionárioscom altas responsabilidades naspolícias e serviços secretos. Prá-tica que se tem vindo a acentuarnos últimos tempos.

O tema voltou à ordem do diadepois de Sílvia Pedrosa, que li-derou durante nove anos a uni-dade de informação financeirada Judiciária (onde se tratam osdados sobre lavagem de dinheiroe branqueamento de capitais) terpedido uma licença sem venci-mento para exercer funções du-rante um ano na Ernst&Young.Um pedido que foi recusado pelodirector nacional adjunto da PJ,Pedro Carmo, com a justificaçãode que a sua experiência possavir a servir fins criminosos, re-velou ontem o Correio da Manhã.

Ricardo Rodrigues, do PS,

defende que deve haver “umprincípio geral de incomunica-bilidade para vida privada” eque a lei tem de ser clara para“determinadas funções do Es-tado privilegiadas na informa-ção”. O deputado lembra aoDiário Económico que o Parla-mento tem prevista uma dis-cussão sobre a definição de umperíodo de nojo e outras regraspara a transição de funcionáriosdos serviços de informação daRepública - que aguarda ainda aapresentação da proposta damaioria PSD/CDS - e que essepode ser o momento ideal parase alargar as regras a outras fun-ções com o mesmo nível deacesso a informação sensível.

Uma sugestão que o Bloco deEsquerda apoia, com CecíliaHonório a dizer que é preciso“evitar movimentações abrup-tas em que pode estar am causae em risco a utilização de infor-mação privilegiada”.

Já o PCP chama a atenção queeste caso pode vir a “multipli-car-se no futuro devido aos cor-tes salariais na PJ”. O deputadoJoão Oliveira disse que o proble-ma “tem de ser atacado rapida-mente” e o partido vai pedir umesclarecimento “o mais profun-do possível” e vai agendar au-diências e audições na Comissãodos Assuntos Constitucionaispara “conhecer a verdadeira di-mensão do problema nos qua-dros da Justiça”. Só depois, oPCP vai apresentar propostas dealteração à lei que, João Oliveira,sublinha que “já prevê limitaçõesàs concessões das licenças semvencimentos”. No entanto, “háque perceber porque não existemas mesmas preocupações em re-lação às vinculações”, defende.

O próprio primeiro-ministrodefendeu há uns meses que quemsai “não pode levar informaçãoconfidencial, mesmo que tenhavalor comercial”. O Governo dis-se, então, que é preciso que “se-jam melhor enquadrados na lei”os requisitos que determinam asaída de membros dos serviçospara que “não haja promiscuida-de entre serviços” e o exterior. ■

Período de nojodas secretas podeser alargadoa outros serviçosContratação polémica da Ernst&Youngde ex-dirigente da PJ reacende discussão.

Ricardo Rodriguesdo PS defende quedeve haver “umprincípio geral deincomunicabilidadepara a vidaprivada” e quea lei deve ser clarapara algumasfunções do Estado.

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Tiragem: 45851

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

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Tiragem: 43576

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Área: 5,46 x 30,05 cm²

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Paulo Penedos, arguido no processo

Face Oculta, responsabilizou ontem

o procurador adjunto do Ministério

Público (MP) Carlos Filipe por fuga

de informação sobre um inquérito

em que está a ser investigado junta-

mente com o seu pai, José Penedos.

Em causa está uma notícia divulga-

da ontem pelo semanário Sol sobre

uma certidão extraída do processo

Face Oculta para investigar as sus-

peitas de corrupção e tráfi co de in-

fl uências em concursos da REN —

Redes Energéticas Nacionais.

O processo relacionado com ad-

judicações a empresas para as quais

Paulo Penedos trabalhava como ad-

vogado foi remetido para o Depar-

tamento de Investigação e Acção

Penal de Lisboa, tendo regressado

recentemente a Aveiro.

Na edição de ontem, o Sol publica

excertos de transcrições de escutas

telefónicas constantes no processo,

nomeadamente de conversas do ad-

vogado com o pai, o ex-presidente

da REN, e com administradores de

empresas ligadas à área da energia.

Paulo Penedos acusa Carlos Filipe,

procurador que está afecto aos pro-

cessos relacionados com o caso Fa-

ce Oculta, de não ter preservado o

segredo de justiça, lembrando que

nos dois anos em que o processo es-

teve em Lisboa não houve nenhuma

notícia.

O advogado estranha ainda que a

notícia tenha saído na mesma sema-

na em que começaram a ser ouvidas

as suas testemunhas de defesa no

Face Oculta e na véspera da semana

em que vão ser ouvidas as testemu-

nhas abonatórias do seu pai.

Em declarações aos jornalistas,

Paulo Penedos considerou que Car-

los Filipe não tem condições para

estar a dirigir este inquérito e exigiu

que o procurador explique por que

é que excluiu uma empresa — que

não identifi cou — do quadro das

empresas que seleccionou para a

certidão. Paulo Penedos anunciou

ainda que o seu advogado, Ricardo

Sá Fernandes, vai apresentar uma

participação no Ministério Público

por violação do segredo de justiça.

Sobre o novo inquérito Paulo Pe-

nedos esclareceu ter já prestado

declarações no MP, indicando que

demonstrou que era advogado da

maior parte das empresas em causa

antes de o seu pai ser presidente da

REN e que todo o trabalho que fez

para essas empresas nada tinha a

ver com aquela empresa.

Procurador acusado de fuga de informação

Caso Face Oculta

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Tiragem: 43576

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Área: 26,50 x 30,41 cm²

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Duarte Lima burlou Oliveira e Costa e a seguir comprou arte, diz acusação

Antigo presidente do BPN terá fi nanciado a aquisição de quadros numa galeria belga no valor de mais de três milhões de euros e de casa de luxo, quando pensava estar a investir num promissor terreno em Oeiras

DANIEL ROCHA

O ex-líder parlamentar do PSD continua em prisão domiciliária com pulseira electrónica no âmbito do caso BPN

Duarte Lima aplicou na compra de

obras de arte boa parte do dinheiro

que obteve burlando o Banco Portu-

guês de Negócios (BPN) dirigido por

Oliveira e Costa, diz a acusação do

Ministério Público.

O assunto remonta a 2007, altura

em que o antigo dirigente do PSD

decidiu comprar terrenos integra-

dos na Reserva Agrícola Nacional em

Oeiras para desenvolver um projecto

imobiliário. Como não tencionava

arriscar o seu dinheiro, explica o

procurador da República encarre-

gue do caso, Duarte Lima resolveu

fazer crer a Oliveira e Costa estar pe-

rante um negócio irrecusável. “Oli-

veira e Costa acreditou de tal forma

na expectativa de ganhos com a va-

lorização dos terrenos que aceitou

subscrever parte do capital do fundo

imobiliário” constituído para levar o

projecto por diante, através do fundo

de pensões do banco. Além disso, o

banqueiro ainda emprestou dinheiro

a Duarte Lima e a um amigo seu, o

ex-deputado do PSD Victor Raposo,

para que estes pudessem subscrever

o restante capital do fundo.

De acordo com a acusação, o polí-

tico e o seu sócio fi zeram crer a Oli-

veira e Costa que, como se situavam

ao lado do futuro Instituto Português

de Oncologia, as propriedades deixa-

riam de ser agrícolas para passarem

a ter capacidade construtiva. “Re-

solveram infl acionar fi cticiamente

o preço dos terrenos”, descreve a

acusação, “de forma a embolsarem

para si próprios a diferença entre o

preço pago pelo fundo imobiliário

Homeland e o preço que tinham

efectivamente de pagar aos vende-

dores” dos terrenos. Pelas contas do

Ministério Público, em todo o negó-

cio Duarte Lima e o fi lho, que era

quem subscrevia o fundo imobiliário

no lugar do pai, “deitaram a mão a

pelo menos 3,5 milhões de euros” de

forma indevida. Como? Fazendo es-

crituras de compra e venda dos ter-

renos, que totalizavam 450 mil me-

tros quadrados, por valores muito

superiores aos efectivamente pagos.

“Actuaram de forma a enganarem

os responsáveis do BPN”, conclui o

procurador, referindo que o banco

foi lesado em mais de 52 milhões. É

que os terrenos “nunca obtiveram

uma valorização acrescida, nunca

tendo sido construído nas suas ime-

diações qualquer hospital”.

O dinheiro ganho por Duarte Li-

ma, esse voou para paragens dis-

tantes, num rebuscado esquema

destinado a apagar-lhe o rasto. Era

um irmão do político quem, ainda de

acordo com a acusação, entregava os

cheques a uma personagem conhe-

cida como “Zé das Medalhas”, com

porta aberta na Rua do Ouro, em Lis-

boa, para venda de artigos ligados às

condecorações e também arguido

no processo Monte Branco. Da Baixa

pombalina as avultadas verbas via-

javam, a troco de uma comissão de

1%, para contas que o negociante de

medalhas tinha em Cabo Verde, e daí

é que eram depositadas em nome de

uma sociedade off shore sediada na

Suíça, propriedade de Duarte Lima.

O Ministério Público não pormenori-

za que obras comprou Duarte Lima

com os proventos da burla de Oei-

ras, mencionando apenas que entre

2007 e 2008 o social-democrata te-

rá despendido mais de três milhões

em quadros numa galeria belga. Nas

contas de outra sociedade sua regis-

tada no Reino Unido e em Portugal

foram igualmente depositadas avul-

tadas verbas, usadas mais tarde na

compra da sua vivenda de luxo da

Quinta do Lago, no Algarve.

Em 2007, a declaração de IRS de

Duarte Lima menciona ganhos da

ordem dos 50 mil euros, e a do seu

fi lho de 28 mil. Ambos são acusados

de burla qualifi cada e branqueamen-

to de capitais. O social-democrata

— que se encontra em prisão domi-

ciliária com pulseira electrónica —

é ainda suspeito de ter enganado

também o seu sócio neste negócio.

Contactado pelo PÚBLICO, o seu

advogado escusou-se a prestar de-

clarações sobre o caso.

JustiçaAna Henriques

Terrenos valorizaram-se 15 vezes num ano

Herdeiros notificados para pagarem 3 milhões

Quando foram comprados aos seus anteriores donos por uma sociedade de propriedades com o

sugestivo nome de Moinho Vermelho, em Junho de 2006, os 450 mil metros quadrados de terreno em Oeiras, na zona de Porto Salvo, valiam pouco mais de milhão e meio de euros. Mas, apesar de continuarem inscritos na Reserva Agrícola Nacional quando o fundo imobiliário Homeland, gerido pelo BPN, os comprou um ano depois, o valor que apareceu na escritura foi de 22,8 milhões. Os proventos

de tão lucrativo negócio foram não apenas para a sociedade vendedora, mas para Duarte Lima, para o seu sócio e para os restantes intermediários do negócio, acusa o Ministério Público. Apenas 4,2 dos 22,8 milhões pagos pelo fundo Homeland pelas propriedades terão, de facto, ido parar ao Moinho Vermelho. A transacção saiu cara aos herdeiros dos terrenos, que o fisco notificou mais tarde para pagarem três milhões de euros em mais-valias, o que deu origem a uma outra acção em tribunal.

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Âmbito: Informação Geral

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Duarte Lima aplicou em obras de arte boa parte do dinheiro que obteve burlando o BPN de Oliveirae Costa p8

Duarte Lima burlou Oliveira e Costa e comprou arte

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Tiragem: 159027

País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

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