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De 11-02-2013 a 17-02-2013
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REVISTA SEMANAL 79
DE 11-02 A 17-02-2013
BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013
Revista de Imprensa18-02-2013
1. (PT) - Diário de Notícias, 11/02/2013, Escândalo de corrupção no PP não dá votos a PSOE 1
2. (PT) - Público, 12/02/2013, Autarca de Vila de Rei julgada por favorecer instituições a que estava ligada 3
3. (PT) - Público, 12/02/2013, Associação cívica lamenta atrasos no combate à corrupção, Governo refutaconclusões
4
4. (PT) - Jornal de Notícias, 12/02/2013, Troika é desculpa do Governo para não combater a corrupção 5
5. (PT) - Jornal de Notícias, 12/02/2013, Líder da Conforlimpa e mais três acusados de fraude de 42 milhões 6
6. (PT) - Jornal da Madeira, 12/02/2013, Pouco combate à corrupção em Portugal 8
7. (PT) - Jornal da Madeira, 12/02/2013, MJ reage a críticas da TIAC 9
8. (PT) - i, 12/02/2013, Presidente da Conforlimpa foi acusado de fraude 10
9. (PT) - i, 12/02/2013, Oeiras. Isaltino rectifica proposta de revisão do PDM mantendo a estratégia inicial 11
10. (PT) - i, 12/02/2013, João Rendeiro acusado de burla qualificada 13
11. (PT) - i, 12/02/2013, Associação denuncia falhas no combate à corrupção 16
12. (PT) - Diário de Notícias, 12/02/2013, Fraude fiscal na Conforlimpa 17
13. (PT) - Correio da Manhã, 12/02/2013, Último recurso para Isaltino travar prisão 18
14. (PT) - Correio da Manhã, 12/02/2013, PP recua e deixa cair Sepúlveda 19
15. (PT) - Correio da Manhã, 12/02/2013, Corrupção sem resposta no País 20
16. (PT) - Correio da Manhã, 12/02/2013, Conforlimpa - Acusação de fraude 22
17. (PT) - Público, 13/02/2013, IGF deixou de tornar públicos os relatórios das inspecções às autarquias 23
18. (PT) - Jornal de Notícias, 13/02/2013, Subornado para dar obras no aeroporto de Lisboa 26
19. (PT) - Jornal de Negócios, 13/02/2013, Portugal só cumpriu na formação de magistrados 28
20. (PT) - Diário de Notícias, 13/02/2013, Detenção do CEO afunda Finmeccanica 29
21. (PT) - Diário de Notícias, 13/02/2013, Corrupção para obras no Aeroporto de Lisboa 30
22. (PT) - Correio da Manhã, 13/02/2013, Funcionário detido 32
23. (PT) - Correio da Manhã, 13/02/2013, Estado foi lesado em 42 milhões 33
24. (PT) - Público, 14/02/2013, Quadro da ANA detido foi suspenso de funções 34
25. (PT) - Público, 14/02/2013, Defesa tenta acabar com processo Taguspark logo no início do julgamento 35
26. (PT) - Jornal de Notícias, 14/02/2013, Gestores do Taguspark julgados por pagarem apoio de Figo aSócrates
37
27. (PT) - i, 14/02/2013, Luís Figo e José Mourinho vão testemunhar no processo Taguspark 39
28. (PT) - Diário de Notícias, 14/02/2013, Detido na ANA fica suspenso de funções 40
29. (PT) - Sol, 15/02/2013, Relação dá razão a Isaltino 41
30. (PT) - Sol, 15/02/2013, Funcionário da ANA suspeito de corrupção 42
31. (PT) - Sol, 15/02/2013, Taguspark recusa pagar 43
32. (PT) - Público, 15/02/2013, Ex-administrador do Taguspark revela que tentou enganar Luís Figo 45
33. (PT) - i, 15/02/2013, Rui Pedro Soares diz que Figo ter apoiado Sócrates foi coincidência 47
34. (PT) - i, 15/02/2013, Mário Lino repudia acusações do Ministério Público 49
35. (PT) - Diário Económico, 15/02/2013, Rui Pedro Soares diz que caso Taguspark é uma especulação 50
36. (PT) - Jornal de Notícias, 15/02/2013, «Nunca disse a Figo para apoiar José Sócrates» 51
37. (PT) - Correio da Manhã, 15/02/2013, Combater a corrupção 52
38. (PT) - i, 16/02/2013, Corrupção no governo espanhol ameaça sobrevivência à crise 53
39. (PT) - DiáriOnline Algarve Online, 16/02/2013, Combate à corrupção a alternativa à austeridade! 55
40. (PT) - Diário de Notícias, 16/02/2013, Acesso ilegal a contas bancárias rendeu no ano passado 1,4milhões
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Tiragem: 41543
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 22
Cores: Cor
Área: 27,36 x 32,57 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46106189 11-02-2013
Página 1
Tiragem: 41543
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 5,41 x 4,76 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46106189 11-02-2013
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Tiragem: 40595
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 16
Cores: Cor
Área: 11,12 x 30,48 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46123170 12-02-2013
O Tribunal da Sertã vai começar a
julgar, na quinta-feira, a presidente
da Câmara de Vila de Rei, Irene Ba-
rata (PSD), assim como um vereador
e outros três arguidos, suspeitos de
ilegalidades em processos de obras,
alguns deles de 2003.
Depois de terem sido acusados pelo
Ministério Público, os arguidos re-
quereram a instrução do processo,
no termo da qual o juiz Telmo Alves
decidiu, a 25 de Outubro de 2012,
“haver indícios sufi cientes” para o
caso avançar para julgamento, tal
como proposto pela acusação.
Na altura, o magistrado não deu
provimento a outra pretensão do
Ministério Público, que pedia a sus-
pensão de funções autárquicas da
presidente e do vereador Paulo Cé-
sar Luís. O juiz, citado pela agência
Lusa, rejeitou então o pedido do Mi-
nistério Público, por entender que
a medida de suspensão do mandato
nestas situações já foi considerada
“inconstitucional” noutros proces-
sos, mas também por considerar
que ela era “dispensável”.
A acusação do Ministério Público
relata três casos de práticas ilegais.
Um deles diz respeito ao licencia-
mento de anexos habitacionais da
Casa do Idoso da Santa Casa da Mi-
sericórdia de Vila de Rei, instituição
dirigida pela autarca desde 1998.
Os arguidos são acusados de for-
jar documentos para conseguir a
Autarca de Vila de Rei julgada por favorecer instituições a que estava ligada
licença camarária das obras que já
haviam sido feitas sem que os res-
pectivos projectos tivessem sido
submetidos a aprovação e licencia-
mento pela autarquia.
Noutro caso, Irene Barata e o ve-
reador Paulo César Luís são acusa-
dos de favorecer o Centro de Dia
Família Dias Cardoso através da
mobilização de recursos do mu-
nicípio para obras da instituição e
ao encarregar o engenheiro muni-
cipal Luís Lopes (outros dos argui-
dos) da realização dos projectos.
A instituição benefi ciada era presi-
dida por um irmão da presidente da
câmara, a qual também ali desem-
penhou cargos directivos até 2004.
No terceiro caso, Irene Barata é
acusada de peculato e falsifi cação,
no âmbito de um processo em que
autorizou, em 2008, o município a
suportar encargos de cerca de 27 mil
euros com obras feitas pela Escola
Prática de Engenharia de Tancos em
terrenos da mesma instituição. Para
isso, a autarca terá feito constar num
protocolo celebrado com os milita-
res que o terreno era propriedade
municipal, quando pertencia ao
Centro de Dia há vários anos.
A autarca vai ser julgada por dois
crimes de prevaricação, um de pe-
culato e três de crimes de falsifi ca-
ção de documentos agravada. Paulo
César Luís é acusado de dois crimes
de prevaricação e dois de falsifi ca-
ção, assim como Luís Lopes. O Mi-
nistério Público atribui ainda um
crime de prevaricação e outro de
falsifi cação ao fi scal José Conceição
e ao engenheiro Jorge Miguel.
Num comunicado distribuído a
30 de Outubro de 2012, cinco dias
depois de conhecida a decisão de
ir a julgamento, a autarca falou em
seu nome e dos arguidos: “Ninguém
lucrou, seja o que for, com aquilo de
que somos acusados.” Irene Barata
disse estar a ser alvo de uma tenta-
tiva de denegrir a sua imagem e diz
ter sempre agido em prol do “bem
comum”. A autarca, de 69 anos, foi
eleita em 2009 para o sexto manda-
to pelo PSD como presidente da Câ-
mara de Vila de Rei e está impedida
de se recandidatar ao cargo pela lei
de limitação de mandatos.
No fi m de Janeiro o Tribunal da
Sertã condenou um ex-deputado do
PS, Carlos Lopes, a 11 anos de prisão
por corrupção, peculato e falsifi ca-
ção de documentos. O ex-deputado
havia sido absolvido dos mesmos
crimes num primeiro julgamento
efectuado no Tribunal de Figueiró
dos Vinhos e que foi mandado repe-
tir pela Relação de Coimbra.
Justiça
Autarca, vereador e técnicos começam a ser julgados quinta-feira por crimes como prevaricação, peculato e falsificação
Irene Barata vai no sexto mandato Página 3
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Tiragem: 40595
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 11
Cores: Preto e Branco
Área: 10,85 x 13,81 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46123077 12-02-2013
Portugal aplicou apenas uma das 13
recomen dações do Con selho da Eu-
ropa para melhorar a incriminação
de sus peitos e a transparên cia do
fi nan cia mento par tidário, lamenta
a associação cívica Transparência
e Integridade. A organização ci-
ta o mais recente relatório Grupo
de Estados contra a Corrupção do
Conselho da Europa, elaborado com
dados até 2011, para lamentar “a rei-
terada falta de progressos por par-
te das autoridades portuguesas” no
combate a este tipo de crimes. Das
medidas em causa, “quatro foram
par cial mente imple men tadas e oito
não foram imple men tadas de todo”,
acusa a Transparência e Integridade.
“É de lamen tar que haja cidadãos
a respon der em tri bunal pelo crime
de difamação por se terem insurgido
Associação cívica lamenta atrasos no combate à corrupção, Governo refuta conclusões
con tra a pre potên cia, o clien telismo
e a inop erân cia das autori dades judi-
ciárias, enquanto eleitos condenados
por crimes de fraude e abuso de po-
der con tin uam em funções”, obser-
va o presidente da associação cívica.
Já o Ministério da Justiça assegura
que as conclusões da Transparên-
cia e Integridade são “destituídas de
fundamento”. A tutela diz que está
a preparar alterações legislativas,
nomeadamente no que diz respeito
ao tráfi co de infl uências, incluindo
a alteração do prazo de prescrição
deste crime. “Encontra-se ainda em
elaboração uma nova proposta de
criminalização do enriquecimento
ilícito, indo assim além das reco-
mendações de diferentes organi-
zações internacionais”, recorda o
ministério, acrescentando que já
alterou o regime penal de corrup-
ção no comércio internacional e no
sector privado, designadamente au-
mentando as sanções.
GovernoAna Henriques
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Tiragem: 92344
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 24
Cores: Cor
Área: 26,75 x 21,96 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46123528 12-02-2013
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Tiragem: 92344
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 11
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Tiragem: 92344
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 8
Cores: Cor
Área: 8,83 x 1,97 cm²
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Tiragem: 14900
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 15
Cores: Preto e Branco
Área: 28,61 x 8,01 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46125074 12-02-2013
Portugal não aplica recomendações do Conselho da Europa.
Portugal continua semcombatera corrupção e aplicou apenas umadas 13 recomendações feitas peloConselho da Europa para melho-rar a incriminação de suspeitos e atransparência do financiamentopartidário, denunciou a associaçãocívica Transparência e Integridade(TIAC).Em comunicado, a direção da
TIAC, representante portuguesa darede global anti-corrupção Trans-parency International, lamentouhoje «a reiterada falta de progres-sos na luta contra a corrupção porparte das autoridades portuguesas,sublinhadamais uma vez noúltimorelatório de avaliação doGrupodeEstados Contra a Corrupção(GRECO)», doConselhoda Europa.
Estas conclusões constam do re-latório doGRECO sobre o cumpri-mento das recomendações dosavaliadores, no âmbito da terceiraronda de avaliação, que incide so-bre os procedimentos de incrimi-nação e a regulação e supervisãodo financiamento político. Os re-sultados desta avaliação «são de-soladores», sublinha a TIAC. 1
Pouco combate à corrupção em Portugal7 PAÍS SÓ APLICOU UMA DAS 13 RECOMENDAÇÕES FEITAS PELO CONSELHO DA EUROPA
JM
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Tiragem: 14900
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
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Área: 22,35 x 15,32 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46125557 12-02-20137 ASSOCIAÇÃO TRANSPARÊNCIA E INTEGRIDADE CONSIDERA QUE PORTUGAL CONTINUA SEM COMBATER A CORRUPÇÃO
OMinistério da Justiça (MJ) refutou ontem as denúncias da direção da associação cívicaTransparência e Integridade (TIAC), de que Portugal continua sem combater a corrupção.
MJ reage a críticas da TIACOMinistério da Justiça (MJ) re-
futou ontem as denúncias da di-reção da associação cívica Trans-parência e Integridade (TIAC), deque Portugal continua sem com-bater a corrupção.Em nota distribuída à Comuni-
cação Social, o MJ nega incum-primento, por parte de Portugal,das recomendações doGRECO -Grupo de Estados Contra a Cor-rupção, designadamente as res-peitantes a alterações legislativas,no âmbito da corrupção e do trá-fico de influências."As referidas alterações foram
expedidas peloMinistério da Jus-tiça, para efeitos de subsequenteprocesso legislativo, pelos canaisinstitucionais normais, no pas-sado dia 22 de novembro de2012", diz o comunicado.
O MJ acrescenta que "estasmedidas contemplam alteraçõesao Código Penal, concretamenteo alargamento do conceito de'funcionário', o regime aplicável
ao crime de tráfico de influênciae a alteração do prazo de pres-crição deste ilícito".O documento esclarece ainda
que as alterações à Lei n.º 34/87,
de 16 de julho, "que respeita acrimes da responsabilidade detitulares de cargos políticos",alargou a criminalização "a de-tentores de cargos políticos emorganismos internacionais,membros de assembleias parla-mentares, incluindo de outrosEstados, com poderes legislati-vos ou administrativos"."Procedeu-se também à alte-
ração da Lei n.º 20/2008, de 21de abril, relativa ao regime penalde corrupção no comércio in-ternacional e no sector privado,designadamente aumentando assanções penais", salienta o Mi-nistério da Justiça, acentuandoque está a elaborar "uma novaproposta de criminalização doenriquecimento ilícito".1
O Ministério da Justiça reagiu, em comunicado, às críticas da TIAC.
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Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 6
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Área: 4,88 x 10,99 cm²
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Tiragem: 27259
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Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 27259
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 28
Cores: Cor
Área: 24,98 x 31,02 cm²
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Tiragem: 27259
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Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 7
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Área: 5,51 x 28,76 cm²
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Tiragem: 41543
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Área: 4,81 x 12,62 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46123324 12-02-2013
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Tiragem: 154475
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Área: 5,17 x 23,11 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46123851 12-02-2013
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Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 154475
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Área: 21,63 x 23,66 cm²
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País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Área: 2,96 x 3,25 cm²
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Tiragem: 154475
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
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Cores: Preto e Branco
Área: 8,15 x 3,71 cm²
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País: Portugal
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Área: 27,57 x 30,68 cm²
Corte: 1 de 3ID: 46139968 13-02-2013
IGF deixou de tornar públicos os relatórios das inspecções às autarquias
Os relatórios das inspecções às autarquias, que eram de acesso livre desde 1995, estão em segredo desde que Relvas anunciou a integração da IGAL na Inspecção-Geral de Finanças, que vai passar a publicar resumos
DANIEL ROCHA
Quando Miguel Relvas anunciou a integração na IGF, o inspector-geral da IGAL comentou que “a corrupção ganhou”
A fusão da Inspecção-Geral da Ad-
ministração Local (IGAL) com a
Inspecção-Geral de Finanças (IGF),
anunciada por Miguel Relvas em Se-
tembro de 2011, já teve pelo menos
um resultado objectivo: desde então
nenhum relatório das acções inspec-
tivas às câmaras municipais, juntas
de freguesia e empresas municipais
foi tornado público.
A divulgação integral desses do-
cumentos e respectivos anexos, à
excepção das matérias em segredo
de justiça, era uma prática ininter-
rupta de todos os governos desde
1995. Agora, por decisão do ministro
das Finanças, Vítor Gaspar, a IGF vai
passar a publicar no seu site resu-
mos de pouco mais de 30 linhas de
todos os seus relatórios.
No fi nal do ano passado, por ini-
ciativa do ministro das Finanças e
com o objectivo declarado de “me-
lhorar a accountability [escrutínio] e
reforçar a transparência”, a IGF pro-
duziu um conjunto de regras sobre
a divulgação dos seus relatórios, os
referentes às autarquias e os outros,
que foi aprovada por Vítor Gaspar
no dia 10 de Dezembro.
De acordo com o documento, in-
titulado Política de Publicitação de
Relatórios da IGF, “o formato a uti-
lizar para a divulgação das acções
executadas é o do abstract (resumo),
o qual deve permitir, sempre que
possível e aplicável, tomar conheci-
mento de forma acessível, rápida e
focada sobre os principais elemen-
tos da acção”.
Os resumos em causa deverão ser
previamente homologados pelo mi-
nistro das Finanças e não poderão
ter mais de mil caracteres, “incluin-
do os espaços”, para as conclusões —
“até ao máximo de cinco” — e outros
tantos (cerca de 15 linhas de papel
A4) para as recomendações.
Cada resumo deverá também ter
um título “com o limite máximo de
cem caracteres”, um descritivo até
600 caracteres, podendo conter ain-
da o “follow-up” da acção realizada,
desde que também não ultrapasse
mil caracteres. Os resumos começa-
rão a ser inseridos no site da IGF em
data ainda desconhecida, “devendo
intemporalmente aí permanecer”.
Odiada por muitos autarcas de to-
IGAL na IGF. E Orlando Nascimento
afi rmava com estrondo, numa car-
ta que foi colocada no site da IGAL,
que “a corrupção ganhou”, sendo
demitido logo a seguir.
O site foi imediatamente desacti-
vado e os relatórios das inspecções
que lá tinham sido acumulados des-
de 2007 desapareceram. A acompa-
nhar esses relatórios encontravam-
se, tal como o então secretário de
Estado Eduardo Cabrita (PS) tinha
determinado por despacho, todos os
pareceres técnicos e jurídicos elabo-
rados na IGAL acerca dos mesmos,
bem como a contestação dos autar-
cas visados nas inspecções.
A divulgação de toda essa docu-
mentação começou a ser feita em
1995, quando Valente de Oliveira era
ministro do Planeamento de Cavaco
Silva e proferiu um despacho desti-
nado a assegurar a transparência da
actividade da IGAT. Outro dos ob-
jectivos visados consistia em mini-
mizar as polémicas partidárias que
regularmente rodeavam as fugas de
informação sobre os resultados das
inspecções, até aí comunicados ape-
nas às partes envolvidas.
Entre 1995 e 2007, o acesso aos
relatórios, depois de expurgados
das matérias que tinham a ver com
ilícitos criminais participados ao MP
e de homologados pelo secretário
de Estado, foi assim facultado, em
papel, a quem quer que o solicitas-
se na secretaria-geral do ministério
que tutelava as autarquias. Depois
disso os relatórios fi caram dispo-
níveis na Internet até que Orlando
Nascimento foi afastado e o site da
IGAL desactivado.
Desde essa altura não só os relató-
rios dos últimos quatro anos fi caram
inacessíveis, como os que foram en-
tretanto despachados deixaram de
estar disponíveis para os cidadãos.
Transparência José António Cerejo
das as cores políticas, a IGAL (e a sua
antecessora IGAT) era responsável
pelo “exercício da tutela adminis-
trativa e fi nanceira” sobre as autar-
quias, que a Constituição atribui ao
Governo, e competia-lhe participar
ao Ministério Público (MP) todas as
irregularidades e ilegalidades detec-
tadas no decurso das suas acções.
As infracções de natureza admi-
nistrativa eram encaminhadas para
os tribunais administrativos, que em
certos casos podiam declarar a per-
da de mandato dos autarcas envol-
vidos, enquanto as infracções fi nan-
ceiras eram participadas ao Tribunal
de Contas. Em ambos os casos, as
participações ao MP dependiam da
prévia homologação dos relatórios
da inspecção pelo secretário de Es-
tado da Administração Local.
Já no que respeita aos indícios da
prática de crimes, a comunicação
ao MP cabia exclusivamente ao ins-
pector-geral, que, nos termos da lei,
era sempre um juiz desembargador
ou um procurador-geral adjunto,
ou outro magistrado de categoria
superior. Só à posteriori é que o se-
cretário de Estado era informado
de que essa comunicação tinha si-
do feita.
“A corrupção ganhou”Foi o que sucedeu em Julho de 2011,
quando o juiz Orlando Nascimen-
to, então inspector-geral da IGAL,
remeteu ao MP uma queixa-crime
contra o ex-presidente da Câmara
de Penela Paulo Júlio — que no mês
anterior assumira as funções de se-
cretário de Estado da Administração
Local (das quais se demitiu há duas
semanas após ser acusado de pre-
varicação pelo MP).
Pouco depois, Miguel Relvas, de
quem Paulo Júlio dependia no Go-
verno, anunciava a integração da
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A actividade da IGF no domínio au-
tárquico saldou-se — desde Abril, al-
tura em que aborveu a IGAL — em
quatro participações ao Ministério
Público (MP). Em 2011, último ano
completo em que esteve a funcionar,
a IGAL fez 171. O PÚBLICO tentou sa-
ber se as quatro participações feitas
pela IGF são de natureza administra-
tiva, fi nanceira ou criminal, mas não
obteve resposta. O gabinete de Vítor
Gaspar também não esclareceu se as
participações criminais feitas pela
IGF têm de merecer o acordo prévio
da tutela ou não. Até à integração da
IGAL na IGF elas eram feitas sem co-
municação prévia à tutela. “Qualquer
funcionário público, quando detec-
ta um crime, tem de o participar ao
MP. Não precisa de autorização de
nenhum ministro. Foi isso que eu fi z
no caso de Penela [contra o autarca
Paulo Júlio, que ocupava o lugar se-
cretário de Estado (ver texto princi-
pal)] com as consequências que toda
a gente sabe”, disse ao PÚBLICO o
juiz desembargador Orlando Nasci-
mento, o inspector-geral da IGAL que
foi demitido por Miguel Relvas.
No caso das 171 participações feitas
pela IGAL em 2011, 81 prendiam-se
com indícios de crimes. Relacionadas
com ilícitos administrativos foram
feitas 58 participações, relacionando-
se as restantes com ilícitos de natu-
reza fi nanceira.
A lei diz que a intervenção da IGF
nas autarquias é agora exercida “na
dependência funcional do membro
do Governo responsável pela área
das Finanças, em articulação com
o membro do Governo responsável
pela área da administração local”.
Informações recolhidas pelo PÚBLI-
CO indicam, contudo, que a área da
administração local passou a estar
completamente arredada do traba-
lho dos inspectores. A cultura da
IGF, que privilegia a função de audi-
toria, esmagou a tradição de tutela
da legalidade que vinha da IGAL. O
termo “ilegalidade”, praticamente
ausente do léxico da IGF, foi, aliás,
banido dos relatórios e há casos em
que a hierarquia da IGF o expurgou
dos documentos fi nais, o mesmo fa-
zendo às propostas de participação
criminal.
Ao contrário da tradição da IGAL, a
actividade da IGF foi sempre rodeada
de um grande sigilo, sendo a sua di-
vulgação geralmente limitada a cur-
tas referências nos relatórios anuais.
Nessa medida, a futura publicação de
resumos dos relatórios que antes es-
capavam à opinião pública pode ser
vista como um progresso. Já quanto
aos relatórios sobre as autarquias,
Eduardo Cabrita, deputado do PS e
antigo secretário de Estado da Ad-
ministração Local, não hesita: “Se
passarem a ser publicados apenas
resumos, é claramente um retroces-
so da transparência. A partir do mo-
mento em que o processo está con-
cluído não há razão nenhuma para
não ser público.” Para o deputado,
porém, o mais grave é que a IGF “não
tem vocação” nem “indepedência”
para trabalhar com as autarquias.
“Trocou-se uma entidade que tinha
à frente um juiz desembargador por
uma entidade que tem à frente um
chefe de gabinete do dr. Durão Barro-
so. Estamos conversados.” J.A.C.
“A não publicação dos relatórios é um claro retrocesso da transparência”Eduardo CabritaEx-secretário de Estado da Administração Local
““““AAAAAAdoooclltrrEdEx--Ad
IGF fez quatro participações ao Ministério Público em dez meses. A IGAL, antes de ser integrada na IGF, fez 171 num ano. Palavra “ilegalidade” foi banida
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Relatórios de inspecções às autarquias em segredo desde “fusão” de RelvasIntegração da Inspecção-Geral da Administração Local nas Finanças, anunciada por Miguel Relvas, pôs fi m ao acesso livre aos relatórios das inspecções às autarquias. Agora, só resumos de 30 linhas. Portugal, 6
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Suspeitas de corrupção
Quadro da ANA detido foi suspenso de funçõesO quadro da ANA – Aeroportos de Portugal detido por suspeitas de favorecimento em adjudicações de obras públicas a troco de dinheiro, alegadamente pago pelos construtores a quem as empreitadas eram atribuídas, ficou suspenso de funções.Além da suspensão, o técnico ficou proibido de contactar pessoas ligadas ao processo e sujeito a termo de identidade e residência.
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Defesa tenta acabar com processo Taguspark logo no início do julgamento
A defesa de Américo Thomati, um
dos três arguidos do processo Tagus-
park, vai tentar acabar com o caso
logo no início do julgamento, que
hoje se inicia no Tribunal de Oeiras.
Em causa está um requerimento
apresentado há umas semanas que
pede a despronúncia dos arguidos,
acusados de um crime de corrupção
passiva para acto ilícito, punido com
pena de prisão até oito anos.
A acusação sustenta que a Tagus-
park assinou um contrato de cedên-
cia de imagem do ex-futebolista Lu-
ís Figo no valor mínimo de 350 mil
euros como contrapartida para este
apoiar José Sócrates nas eleições le-
gislativas de Setembro de 2009.
A tese da defesa de Thomati ba-
seia-se numa decisão do presidente
do Tribunal Constitucional que con-
siderou — para efeitos de apresenta-
ção da declaração de rendimentos
dos administradores da Taguspark —
a sociedade como uma empresa em
economia mista. Os membros deste
tipo de sociedades deixaram, após
uma recente alteração legislativa,
de estar obrigados a entregarem as
declarações de rendimentos, o que
a defesa quer que seja considerado
relevante para o apuramento de
responsabilidade penal dos antigos
administradores da Taguspark, uma
empresa de capitais maioritariamen-
te públicos.
Esta questão é importante porque
o crime de corrupção passiva pelo
qual os arguidos estão acusados pres-
supõe a qualidade de funcionário,
um conceito complexo previsto no
próprio Código Penal. E se a Tagus-
park não for considerada uma em-
presa pública, os seus gestores tam-
bém podem não ser considerados
equiparados a funcionários.
Apesar do requerimento ter sido
apresentado pela defesa de Thomati
ela poderá benefi ciar os outros argui-
dos que se encontram juridicamente
na mesma posição. Apesar da ques-
tão já ter sido levantada no fi nal do
ano passado, a juíza ainda não se pro-
nunciou sobre ela o que poderá acon-
tecer hoje, no início do julgamento.
A questão da Taguspark ser ou não
uma empresa pública é levantada
ainda pelas restantes defesas nas suas
contestações. Os três arguidos (além
de Thomati, Rui Pedro Soares e João
Carlos Silva — ver caixa) defendem
também que não podem ser acusa-
dos de corrupção porque este crime
só pode ser imputado a funcionários
públicos ou equiparados, recusando
a tese do Ministério Público.
Na contestação do processo, Rui
Pedro Soares clama inocência e faz
duras críticas à investigação, à co-
municação social e a Paulo Pene-
dos, seu antigo assessor jurídico na
PT. Penedos é arguido no processo
Face Oculta e foi uma escuta de uma
conversa que manteve com Marcos
Perestrello, antigo secretário de Esta-
do no Governo de Sócrates, no Verão
de 2009, que esteve na base da inves-
tigação. Na conversa, Penedos diz a
Perestrello que Rui Pedro Soares “co-
nhece toda a gente e mais alguma” e
que “todos os gajos em que ele trope-
ça do mundo da bola estão a apoiar
o PS e o Sócrates”. E remata: “Mas
depois todos têm por trás contratos”.
As escutas são consideradas de
“enorme relevo” pela acusação, mas
para Rui Pedro Soares não passam de
interpretações distorcidas da realida-
de. E acusa Paulo Penedos, testemu-
nha de acusação, de intuito difamató-
rio. Contactado pelo PÚBLICO, Paulo
Penedos diz que não se quer alongar
em considerações antes do seu de-
poimento, mas avança que confi rma-
rá o que disse durante a investigação.
“Manterei na íntegra o que disse na
fase de inquérito”, sublinha. Quanto
às acusações que lhe são feitas pela
defesa de Rui Pedro Soares, afi rma:
“Reajo com o sorriso de quem nunca
precisou de atacar ninguém para se
defender e dizer a verdade”.
O julgamento será um desfi le de
fi guras públicas do futebol e da po-
lítica. O MP aditou à sua lista inicial o
treinador José Mourinho e o director
do Diário Económico, António Costa,
que vão depor a par de outras per-
sonalidades. Na lista está o ex-fute-
bolista Luís Figo, o presidente da Câ-
mara de Oeiras, Isaltino Morais, e os
administradores da PT Zeinal Bava e
Henrique Granadeiro. Rui Costa, Sá
Pinto e Vítor Baía vão testemunhar
a pedido de Rui Pedro Soares.João
Carlos Silva apresentou como teste-
munhas abonatórias o ex-ministro
das Finanças Teixeira dos Santos, o
ex-secretário de Estado para a Comu-
nicação Social Arons de Carvalho, o
jornalista Rodrigues dos Santos e o
advogado António Lobo Xavier.
Rui Pedro Soares, Américo Thomati e João Carlos Silva são acusados de corrupção passiva para acto ilícito.Do rol de testemunhas constam diversas fi guras do mundo futebolístico como Figo, Mourinho e Vítor Baía
Justiça Mariana Oliveira
RUI SOARES
Luís Figo é uma das testemunhas do processo Taguspark, por causa da campanha de apoio a Sócrates
Os três arguidos do processo Taguspark
Entre a administração da Portugal Telecom e a advocaciaRui Pedro Soares
Licenciado em Marketing, o ex-administrador da PT e da Taguspark Rui Pedro Soares continua a ser aos 40 anos um quadro
superior da PT, empresa para onde entrou em 2001. Aos 33 anos, foi nomeado administrador executivo, um cargo a que renunciou em Fevereiro de 2010. Em Dezembro passado, o também empresário foi notícia por ter adquirido 46,93% da SAD do Belenenses e ter lançado de seguida uma OPA às restantes acções do clube, que atravessa uma situação financeira complicada. Rui Pedro Soares é do PS, foi candidato à liderança da JS, uma corrida que perdeu.
Américo ThomatiLicenciado em Direito, Américo Patrício Cipriano Thomati, de 58 anos, nascido em Lisboa, também se
mantém como quadro superior da Portugal Telecom, empresa que o destacou para a administração da Taguspark. Em Maio de 2008, tornou-se presidente da comissão executiva do Taguspark, tendo sido forçado pelos accionistas do parque tecnológico de Oeiras a abandonar estas funções em Junho de 2010. Isto já depois de, em Abril, o Ministério Público o ter acusado de co-autoria de um crime de corrupção passiva para acto ilícito.
João Carlos SilvaLicenciado em Direito, João Carlos Silva foi administrador da Taguspark entre Maio de 2009 e Junho
de 2010. O antigo secretário de Estado do Orçamento do segundo Governo de António Guterres e ex-administrador da RTP continua a sua actividade de advogado, tendo uma sociedade com o seu nome, no Porto. Antes teve uma outra com Jorge Neto, o ex-deputado do PSD e actual candidato a bastonário dos Advogados. Em Setembro passado, foi ouvido no Parlamento na comissão de inquérito às Parcerias Público-Privadas (PPP).
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Defesa de Américo Thomati, um dos três arguidos do Taguspark, quer acabar com o caso no arranque do processo, que começa hoje p14
Taguspark: Defesa joga a matar no primeiro round
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Ex-administrador do Taguspark revela que tentou enganar Luís Figo
ENRIC VIVES-RUBIO
Rui Pedro Soares foi o primeiro dos três arguidos a ser ouvido ontem no processo Taguspark
O antigo administrador Taguspark
João Carlos Silva disse ontem, na pri-
meira sessão do julgamento do caso
em que é acusado de ter comprado
o apoio de Luís Figo a José Sócrates
com verbas do parque tecnológico,
que aquilo que afi nal tentou fazer
foi enganar o futebolista. Objecti-
vo? Segundo explicou, quis poupar
dinheiro a esta sociedade de capitais
maioritariamente públicos. Daí ter
afi rmado, numa conversa escutada
pela PJ, que era preciso “cozinhar
aquilo” de modo a “tapar os olhos”
a quem não precisava de saber de-
masiado do assunto.
O caso remonta a 2009. Dois dias
antes das eleições legislativas de Se-
tembro a estrela do futebol toma o
pequeno-almoço com o primeiro-
ministro, demonstrando-lhe o seu
apoio. Antes disso expressa a sua
simpatia pelo líder do PS numa en-
trevista ao Diário Económico. Só que
por essa altura Figo havia vendido
direitos de imagem seus ao Tagus-
park por um valor mínimo de 350
mil euros, para promover o parque
tecnológico de Oeiras num vídeo
que deveria ter sido exibido aquém
e além fronteiras.
Baseado sobretudo em várias es-
cutas, o Ministério Público diz que
está tudo ligado e acusou Rui Pedro
Soares, então administrador da Por-
tugal Telecom, empresa accionista
da Taguspark, de corrupção passiva,
crime por que respondem igualmen-
te no Tribunal de Oeiras os dirigen-
tes do parque tecnológico Américo
Thomati e João Carlos Silva.
Militantes socialistas, Rui Pedro
Soares e João Carlos Silva — que foi
secretário de Estado no tempo de An-
tónio Guterres — negam ter algum dia
tido a veleidade de misturar a mili-
tância com os negócios. As escutas
demonstram, porém, que algum pra-
zer terá havido, ou não se houvesse
congratulado o então assessor de Rui
Pedro Soares, Paulo Penedos, por o
seu chefe estar prestes a celebrar com
o antigo futebolista internacional
português um contrato “um bocado
pornográfi co”. Fê-lo numa conversa
telefónica com outro homem do PS,
Marcos Perestrello, relacionando o
apoio político do futebolista com o
negócio que ia ter lugar. Ontem, em
tribunal, Rui Pedro Soares atribuiu
estas afi rmações a mera especulação
do seu ex-colaborador, de quem era
amigo há muitos anos.
Já João Carlos Silva disse que ten-
tou enganar o representante de Lu-
ís Figo durante as negociações para
este promover o Taguspark. Em cau-
sa, relatou, estavam as condições e
honorários do futebolista, que con-
siderava incomportáveis. “Queria ce-
lebrar um contrato por três anos no
valor de 250 mil euros anuais, mas eu
não precisava dele por mais do que
um. A minha intenção era rescindir o
contrato ao fi m do primeiro ano e fi -
car com os materiais promocionais”,
contou. Nas escutas o ex-secretário
de Estado recorre ao vernáculo com
mais frequência do que diz que gos-
taria de ter feito, quando se queixa a
Penedos de que as negociações com
o agente de Figo não estão a correr de
feição. “Não sabia que dizia tantas ve-
zes ‘merda’. Tenho vergonha disso”,
declarou ontem aos juízes, perante os
quais repetiu várias vezes a palavra.
De resto, foi o que fez: um ano de-
pois, já a PJ tinha entrado Taguspark
adentro para buscas, o administrador
rescindiu mesmo com Figo, a quem o
Taguspark se tinha obrigado a pagar
350 mil euros logo no primeiro ano.
A empresa do futebolista que ven-
deu os seus direitos de imagem exi-
ge agora ao parque tecnológico mais
de 212 mil euros numa outra acção
judicial, invocando incumprimento
do contrato publicitário. João Carlos
Silva disse ontem aos juízes que era
ao agente de Figo que se referia quan-
do foi apanhado nas escutas a dizer
que era preciso “cozinhar aquilo” de
modo a “tapar os olhos ao outro”.
No caso do treinador José Mouri-
nho, outra fi gura do futebol que acei-
tou promover o parque tecnológico a
troco de um quarto de milhão de eu-
ros por ano, tudo parece ter corrido
de forma menos conturbada. Cele-
brado ainda antes do de Figo, o con-
trato entre a Taguspark e o treinador
acabou por ser desfeito pouco tempo
depois, alegadamente por o guião do
vídeo promocional não ser do agrado
do special one. Tanto um como outro
irão depor em tribunal na qualidade
de testemunha. O desconhecimento
de que o Tagupark era uma socie-
dade de capitais maioritariamente
públicos evitou a Figo ser constituí-
do arguido, apesar de ter sido pago,
embora em com menor abundância
do que desejava e estava previsto.
Na próxima sessão do julgamento
será a vez de o presidente da Câma-
ra de Oeiras, Isaltino Morais, depor
em tribunal, igualmente como tes-
temunha. A autarquia é accionista
do parque tecnológico, mas o rela-
cionamento de Isaltino com os seus
dirigentes nem sempre foi pacífi co.
Rui Pedro Soares disse e repetiu on-
tem que sempre fez questão de que o
autarca “não protagonizasse fosse o
que fosse à boleia dos contratos” com
as estrelas da bola. Seria precisamen-
te a Isaltino que se referia Rui Pedro
Soares quando, em conversa com
Penedos citada ontem pelo procura-
dor, observava que Américo Thomati
“devia ter levado uma cacetada de
alguém”, uma vez que fi cara de re-
pente “imbuído do mesmo espírito”
que o administrador da PT e o ex-go-
vernante? “Eu sou comercialmente
mais agressivo”, esclareceu Rui Pe-
dro Soares a propósito desta escuta.
O tribunal adiou a análise de uma
questão com que o advogado de Tho-
mati pretendia acabar com o caso lo-
go no início do julgamento: o esta-
tuto de funcionários dos arguidos,
com base no pressuposto de que, não
tendo tido esse estatuto, não podem
ser acusados do crime em causa.
Um contrato “um bocado pornográfi co” com um futebolista a cujo agente era preciso “tapar os olhos” enquanto se “cozinhavam as coisas” e um administrador que “levou uma cacetada”: começou o julgamento
JustiçaAna Henriques
Juíza limita cobertura jornalística
Citar testemunhas só com autorização
A presidente do colectivo encarregue do caso Taguspark, a juíza do Tribunal de Oeiras Paula
Albuquerque, decidiu proibir os jornalistas que cobrem o julgamento de publicar as declarações, parciais ou integrais, que as testemunhas prestem em julgamento — a não ser que consigam autorização delas para poderem citar os seus depoimentos em tribunal. Trata-se de uma limitação à cobertura jornalística inédita num julgamento público, justificada pela juíza com o objectivo de “impedir incidentes ou quaisquer actos desnecessários que perturbem o normal andamento dos trabalhos”. Igualmente proibida durante o julgamento, também sob pena de quem o fizer incorrer no crime de desobediência ao tribunal, ficou a reprodução,
parcial ou integral, de quaisquer peças processuais e/ou de documentos integrados no processo Taguspark, até que seja proferido despacho final, salvo se tiverem sido obtidos mediante certidão solicitada com menção do fim a que se destina, ou com autorização expressa da autoridade judiciária — uma disposição que, está, ao contrário da proibição da transcrição dos depoimentos das testemunhas, prevista na lei.
A captação e divulgação de imagens onde se visualizem magistrados judiciais que integrem o colectivo de juízes ou o interior da sala de audiências está igualmente vedada. A juíza Paula Albuquerque entende que nenhuma destas medidas obstaculiza “o acesso à informação por parte dos órgãos de comunicação social nos limites estabelecidos por lei”.
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Revelação foi feita por João Carlos Silva na primeira sessão do julgamento p8
Ex-administrador do Taguspark tentou enganar Luís Figo
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Inês David [email protected]
Rui Pedro Soares, arguido noprocesso Taguspark, tentou on-tem esvaziar a acusação do Mi-nistério Público (MP), alegandoque a escuta telefónica que deuorigem ao caso (e que o denun-ciou) não passou de uma “espe-culação” de Paulo Penedos. Oex-administrador não executi-vo do pólo tecnológico de Oeirasestá acusado de corrupção pas-siva para acto ilícito, bem comoo então presidente do Tagus-park, Américo Tomatti, e JoãoCarlos Silva, também ex-admi-nistrador do mesmo pólo.
Em causa estão alegadascontrapartidas que a Tagusparkterá dado, por intermédio deRui Pedro Soares ao ex-futebo-lista Luís Figo para que esteapoiasse a campanha de Sócra-tes a primeiro-ministro em2009. O julgamento arrancouontem em Oeiras e Rui PedroSoares foi o primeiro arguido aser ouvido pelo colectivo dejuízes, a quem disse que a es-cuta telefónica entre Paulo Pe-nedos e Marcos Perestrello setratou de especulação do advo-gado, arguido do processo Face
Oculta (é de uma certidão desteprocesso que nasce o caso Ta-guspark).
Na conversa, Penedos diz aPerestrello que Rui Pedro Soares“conhece toda a gente” e que“os gajos em que ele tropeça domundo da bola estão a apoiar oPS e Sócrates” e que “depois to-dos têm por trás contratos”.
Rui Pedro Soares reiterou asua inocência e alegou que todoeste caso judicial “é uma coinci-dência”, afirmando que Pene-dos apenas acertou num nomedas figuras ligadas ao futebolque tinham contratos com a PT,.“Paulo Penedos apenas acertounum nome em quinze. Ne-nhum, que não Luís Figo,apoiou José Sócrates”, disse RuiPedro Soares, lembrando que SáPinto também tinha contratos e,no entanto, apoiou Santana Lo-pes na corrida a Lisboa.
O ex-administrador não exe-cutivo do Taguspark disse aindaque à época dos factos o pólotecnológico negociou tambémum contrato de cedência deimagem com José Mourinho,semelhante ao de Figo (que jánegou qualquer contrapartida).
O MP acusa Rui Pedro Soa-res de ter posto “em execução
uma estratégia para obter oapoio à candidatura do PS”através do contrato de cedên-cia de direitos de imagem doex-futebolista ao Taguspark,no valor de 750 mil euros. Osprocuradores que levaram ostrês arguidos a julgamentoconsideram que os dirigentesdo Taguspark “sabiam ser ad-ministradores de uma socieda-de de capitais maioritariamen-te públicos” e que “ao realiza-rem um contrato com Luís Figo“determinaram-se por inte-resses estranhos à sociedade,utilizando-a para beneficia-rem terceiros”. Segundo o MP,após o acordo, Figo concedeuuma entrevista ao Diário Eco-nómico, na qual fez uma ava-liação “muito positiva” do tra-balho do governo PS. Figo, RuiCosta, Sá Pinto e o treinadorJosé Mourinho são testemu-nhas no processo, bem comoos administradores da PT Zei-nal Bava e Henrique Granadei-ro, o director do Diário Econó-mico, António Costa, e o advo-gado Paulo Penedos, arguidodo processo Face Oculto. Isal-tino Morais, autarca em Oei-ras, vai também sentar-se nobanco das testemunhas.■
Rui Pedro Soares diz que casoTaguspark é uma “especulação”Ex-administrador do pólo tecnológico tentou esvaziar acusação. Julgamentopor corrupção arrancou ontem e vai levar a Oeiras vários nomes de notáveis.
Américo TomattiArguido
Presidente do conselhode administração do Taguspark,Américo Tomatti, apresentoude imediato a demissão e estátambém acusado de corrupção.
FIGURAS DO PROCESSO
João Carlos SilvaArguido
O ex-presidente da RTP, suspeitode ter convencido Figo a apoiara campanha de Socrates,diz ter provas de que não houvecorrupção passiva.
Zeinal BavaTestemunha
A Portugal Telecom constituiu-seassistente no processo. ZeinalBava, presidente-executivo,e Henrique Granadeiro,chairman, são testemunhas.
Isaltino MoraisTestemunha
Como autarca de Oeirasé accionista maioritário do parquetecnológico. Não lhe terá sidodada toda a informação sobreo contrato com Figo.
Figo tomou pequeno-almoço comSócrates antes das eleições mas semprenegou ter sido uma contrapartida.
Manuel de Almeida / Lusa
Paulo Penedos apenasacertou num nomeem quinze. Nenhumque não Luís Figo,apoiou José Sócrates.É uma especulação.
Rui Pedro SoaresEx-administrador do Taguspark
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Combate à corrupção a alternativa à austeridade!
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 16/02/2013
Meio: DiáriOnline Algarve Online
URL: http://www.diario-online.com/print.php?refnoticia=134153
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Habituámo-nos a ouvir"as mentes iluminadas deste país", a começar pelos nossos digníssimosgovernantes(acima de qualquer suspeita) afirmar, repetida e incessantemente, que não há alternativaà austeridade. Ora, como diz o sábio povo"uma mentira repetida muitas vezes passa a ser verdade"!...No entanto, se analisarmos atentamente o contexto e as razões que estiveram na origem da crise,constatamos que, afinal, a verdade é que existe alternativa à austeridade, assim haja vontade paratal, de quem nos (des)governa! Tentaram e tentam, todos os dias, vender-nos a ideia de que a culpa é dos portugueses porqueviveram durante anos acima das suas possibilidades, endividaram-se, gastaram muito mais do queganharam e, agora, têm, por isso, o merecido castigo a austeridade! Isto não passa de uma enorme falácia, ardilosamente arquitectada pelos verdadeiros culpados,aqueles que, durante anos, (des)governaram o país, subvertendo completamente o conceito de"servidor do estado", acautelando apenas os seus próprios interesses e dos seus amigos, servindo-sedo poder e do estatuto que as funções de estado lhes conferiam, afundando o país em dívidasastronómicas, que conduziram à triste e grave situação que vivemos actualmente. O problema é queestes senhores continuam a viver copiosamente, à margem da crise que eles próprios criaram,enquanto o grosso da população (o povo) agoniza mergulhado em dívidas, sem emprego, no limiar dapobreza. Assistimos a um discurso político, ampla e habilmente difundido pelos órgãos de comunicação social,alicerçado numa realidade, propositadamente distorcida,"desenhada a régua e esquadro", de acordocom os interesses dos"mensageiros", cujo verdadeiro (e único) objectivo é condicionar e manipular aatitude do cidadão mais incauto e menos esclarecido. O discurso governamental visa manter o "povo" distraído e ocupado a degladiar-se por migalhas,fazendo crer que a crise, o colapso do estado social, é culpa dos desempregados que auferem subsídiode desemprego e dos beneficiários do rendimento social de inserção. Na verdade istorepresenta"tostões"quando comparado com os milhões que os verdadeiros responsáveis(intocáveisgovernantes e ex-governantes e "amigos" corruptos) desviaram, em benefício próprio, tendo ocuidado de construir leis que lhes permitem passar incólumes pelas malhas da justiça. A verdade é que não há uma estratégia nacional de combate à corrupção porque não há interessenem vontade política. Assistimos à proliferação de organismos, desarticulados entre si, que nãoproduzem efeitos práticos. Existe uma comissão de ética no Parlamento não actuante, um grupo detrabalho de acompanhamento que não produz relatórios e um Conselho de Prevenção da corrupção(no Tribunal de Contas) que conta com um orçamento anual de 120 mil euros. Ao contrário do que nos querem fazer crer, existem soluções, quer a nível político, quer a níveljudicial, para combater a corrupção e evitar as medidas de austeridade. Na esfera política, reforçar atransparência e simplificar a legislação; no domínio da justiça, punir os criminosos e"ir atrás dodinheiro roubado". O combate à corrupção é um dever de cada um de nós, enquanto cidadãos. É fundamental estaralerta e denunciar situações ilícitas de que tenhamos conhecimento, sob pena de que se nãoactuarmos activamente, seremos cúmplices por omissão e estaremos a compactuar com esquemasfraudulentos, que se irão perpetuar e hipotecar a vida das gerações futuras.
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Maria José Pacheco 23:12 sábado, 16 fevereiro 2013
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