EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ TITULAR DA ÚNICA VARA DO TRABALHO DE ARAPIRCA/AL
Em face de FERNANDO A. DE S. FREIRE JÚNIOR, com sede na Rua Esperidião
Rodrigues, nº 386-A, CEP 57300-060, Centro, Arapiraca/AL, inscrita no CNPJ/CEI sob
o nº 10376818000167, por seu procurador infra-assinado, com escritório profissional
situado na Rua (xxx), nº (xxx), Bairro (xxx), Cidade (xxx), CEP. (xxx), no Estado de
(xxx), onde recebe intimações, vem à presença de V. Ex.ª, nos autos da presente
Reclamação Trabalhista que lhe move o requerido, já devidamente qualificado na
inicial, apresentar e requerer a juntada da CONTESTAÇÃO in fine.
PRELIMINARMENTE:
A. CONTEÚDO DA RECLAMATÓRIA TRABALHISTA EM LIDE :
Lastreada em inverazes e infundadas alegações, vem o autor bater às portas desta
Justiça Especializada do Trabalho, pretendendo a condenação da empresa em destaque,
objetivando receber os consectários de direito originários da relação de emprego havida
entre as partes, entre 28/03/2010 e 14/11/2011, consubstanciada na sua plenitude por:
asseveração de descumprimento por parte do empregador das normas implícitas no art.
29 da CLT, onde a parte em alusão cita o enquadramento da situação fática à luz do art.
9º da CLT; alegação de ausência de legitimidade no que toca à demissão da reclamante-
argumento fundado no art. 10, inciso II, alínea “b” da ADCT (Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias), entre outras requisições (reintegração ao emprego/
indenização relativa ao período conglomerado pela estabilidade em pauta, aviso prévio
de 33 (trinta e três) dias, 13º salário, férias proporcionais, FGTS, seguro desemprego,
multa do art. 467 da CLT).
B. ANÁLISE SINÓPTICA DA SITUAÇÃO FÁTICA EM LIDE
Inicialmente, consubstanciamos que a reclamante, KATIUSCIA KARINA DOS
SANTOS, devidamente qualificada na inicial, fora admitida na empresa em comento em
01/08/2010, diferentemente do que alega na reclamação trabalhista em tese
(28/03/2010). Logo, é evidente que a reclamante já introduz na peça vestibular inicial
conceitos clarividentes da litigância de má-fé.
A reclamante, que percebia remuneração de $ 555,00 (quinhentos e cinqüenta e
cinco) reais, prestava seus serviços, como vendedora, na empresa FERNANDO A. DE
S. FREIRE JÚNIOR (fantasia CARDIGAN). Perceba, entretanto, que a reclamante faz
alusão a outra empresa (fantasia KOKID)- daí não haver coerência espacial no que toca
aos endereços ensejados na peça vestibular precursora dessa lide e tocante contestação.
Frise-se, pois, que a jornada semanal da reclamada consubstanciava:
segunda-feira/sexta-feira das 09h 00min às 18h 00min, com 02 (duas) de intervalo.
Sábado era das 09h 00min às 13h 00min.
C. LEGITIMIDADE DO DESLOCAMANTO DA RECLAMANTE PARA
OUTRA EMPRESA DO GRUPO
Feita a dissecação laboral do enredo fático conjuguemos, destarte, que a
reclamante, que exercia a função de vendedora na empresa CARDIGAN, tivera
significativa discussão com outro empregado da empresa em comento, JEAN CARLOS
SOARES, que exercia a função de supervisor. A dissonância em argumentação fora
consubstanciada por motivo fútil/banal e pela difusão pública albergada implicou no
deslocamento da reclamante, após legítima advertência verbal, por período determinado,
para outra empresa (fantasia KOKID). Salientemos, ainda, que o deslocamento em
menção ocorrera através de acordo tácito entre a reclamante e a empresa reclamada e
que, não houve prejuízo algum à reclamada, haja vista que ambas as empresas realizam
a mesma atividade fim e situam-se próximas uma da outra (conforme pode ser
verificado nas cópias dos contratos sociais das mesmas, apensadas a esta contestação),
não elencando, logo, quaisquer alterações no que se refere à jornada de trabalho,
remuneração, etc. Analisemos, pois, determinado posicionamento majoritário da
doutrina acerca da legitimidade do deslocamento de empregado:
O artigo 469 da CLT dispõe que é vedado transferir o empregado sem a sua anuência para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.A transferência se caracteriza pela mudança de domicílio. Nos termos da legislação civil, domicílio é o lugar onde a pessoa reside com ânimo definitivo.A mudança do local de trabalho que não acarrete mudança de domicílio não configura transferência, mas simples deslocamento do empregado.
Notemos, destarte, que a CLT não impede em momento algum o deslocamento,
que na acepção analógica, não prejudique de alguma forma o empregado. Verifique-se,
aliás, que a CLT normatiza/tutela a relação efetiva de trabalho, como sendo o período
em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando
ordens, salvo disposição especial expressamente consignada (art. 4º da CLT).
Ademais, explicitamos que o deslocamento em evidência fora também motivado
pela situação fática de gestante da reclamante, de forma a proteger a integridade físico-
psicológica da mesma, bem como precaver a empresa destacada quanto às implicações
insurgentes de mau atendimento resultante das constantes discussões travadas entre a
reclamante e o funcionário em epígrafe, que poderiam sujeitar o empregador a
responsabilização no campo da Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990- Código do
Consumidor. Note-se, logo, que o empregador agiu dentro das premissas albergadas
pelo ilustre Principio da Razoabilidade, por vezes chamado de Princípio da
Proporcionalidade ou Princípio da adequação dos meios aos fins, consagrado pelo
Direito Constitucional Brasileiro. Observemos, pois, o que taxa a legislação pertinente
relativamente à responsabilidade do empregador pelos atos dos empregados:
Responsabilidade por fato de outrem
A lei institui casos em que a pessoa responde sem ter causado dano. O art. 932 do Código Civil estabelece situações em que o indivíduo responde pelos atos danosos de outra pessoa.Esse tipo de responsabilidade, entretanto, exige a existência de um vínculo jurídico prévio entre o responsável e o autor do ato ilícito resultando, daí, um dever de guarda, vigilância ou custódia . Nas palavras de José Aguiar Dias, citando Sourdat, "a certas pessoas incumbe o dever de velar sobre o procedimento de outras, cuja inexperiência ou malícia possa causar dano a terceiros. É lícito, pois, afirmar, sob esse aspecto, que a responsabilidade por fato de outrem não representa derrogação ao princípio da personalidade da culpa, porque o responsável é legalmente considerado em culpa, pelo menos em razão da imprudência ou negligência expressa na falta de vigilância sobre o agente do dano."Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Notemos, entretanto, que a funcionária em destaque não fora transferida, mas
sim deslocada de uma empresa para outra, sem quaisquer alterações no que concerne às
condições do exercício da função por parte da mesma, como já demonstrado nas
asseverações anteriores.
D. CONTEXTUALIZAÇÃO DA DEMISSÃO DA RECLAMANTE POR
JUSTA CAUSA NA GRADAÇÃO DA SITUAÇÃO FÁTICA
No contexto da nova empresa a reclamante conjugou várias outras discussões
com outros funcionários (MARIA QUITÉRIA NUNES, FLÁVIA MAYSA DO
NASCIMENTO SILVA), reincidindo faltosamente às normas da CLT. Fora por vezes
advertida verbalmente por conta de tais indisposições. Cometera, também, outros atos
faltosos previstos no art. 482 da CLT. Desse conjunto fora procedido à demissão por
justa causa da mesma (in verbis):
CARTA DE DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA
De: FERNANDO ANTÔNIO DE SOUZA FREIRE JÚNIOR (FERNANDO A. DE S.
FREIRE JÚNIOR/CNPJ/CEI/CPF 10376818000167)
Para: KATIUSCIA KARINA DOS SANTOS
Ref.: DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA
Prezada Senhora,
É clarividente que sua conduta vem sendo um tanto intempestiva no que toca à relação
com os mecanismos procedimentais e interpessoais da empresa. Senão vejamos:
Fora flagrante (por parte de diversos funcionários da empresa- provas
testemunhais) suas ofensas direcionadas à sua supervisora geral, função exercida
de fato na empresa, MARIA NIZETE NUNES FREIRE- na condição de
superior hierárquico- (situação fática ocorrida em dois momentos: dias 11 e 14
de novembro de 2011), a qual fora devidamente advertida verbalmente pela
funcionária que executava a função de caixa na empresa que prestava
momentaneamente seus serviços (fantasia KOKID). Enfatize-se, entretanto, que
os atos em comento, notoriamente lesivos a honra ou a boa fama (alínea k do art.
482 d CLT), constituíram-se sem razão evidente. Consubstancie-se, pois, que as
condutas da empregada em alusão se fazem em razão da mesma encontrar-se
grávida e não querer mais continuar com a relação de trabalho- frisemos,
destarte, que a mesma já alegara isso na presença de vários funcionários;
Ademais se conjugue que sua conduta vem, há algum tempo se amoldando ao
tipo legal expresso na alínea e do art. 482 da CLT- desídia no desempenho das
respectivas funções c/c alínea h do art. 482 do mesmo dispositivo- indisciplina
ou insubordinação. Tal asseveração pode ser comprovada nas diversas faltas
injustificadas cometidas pela mesma, a exemplo do último dia 12 do corrente
mês e ano, onde além de não justificar sua falta fora notoriamente irônica em
suas alegações. Mencione-se, ainda, sua hodierna perturbação do ambiente de
trabalho- diversas indisposições com outros funcionários- associada, também, a
diversas interrupções do trabalho para resolver problemas particulares;
Por fim é evidente que sua conduta vem se perfazendo dolosamente como intuito
de ser demitida sem justa causa, dadas as garantias de sua condição de gestante.
A argumentação aqui exposta pode ser facilmente verificada por sua conduta
deliberadamente antagônica aos padrões da empresa.
Dessa forma, declaramos rescindido,em caráter imediato, o seu contrato
de trabalho nesta empresa, por justa causa, com base nas alíneas e, h e k
do art. 482 da CLT. Frise-se, ainda, que a argumentação aqui apresentada
será comprovada na fase processual pertinente e que durante os
cometimentos das faltas em exposição a empregada em destaque fora
sempre e imediatamente advertida, verbal e escritamente,como apregoa a
legislação.
Após dar seu ciente, compareça ao Departamento de pessoal pertinente, de posse
de sua CTPS, no dia 24 DE NOVEMBRO DE 2011, para homologação do
termo de rescisão do contrato de trabalho, na forma da lei.
Sem mais para o momento,
Arapiraca/AL, 14 de novembro de 2011.
_________________________________________________
FERNANDO ANTÔNIO DE SOUZA FREIRE JÚNIOR
EMPREGADOR (FERNANDO A. DE S. FREIRE JÚNIOR/CNPJ/CEI/CPF 10376818000167)
________________________________________________________________000000005 KATIUSCIA KARINA DOS SANTOS/CTPS 072779-SÉRIE: 278
_______________________________________________TESTEMUNHA
_______________________________________________
CIENTE EM
__/__/__
Asseveramos, porquanto, que a apresentação de ilegitimidade da demissão in
fine com argumentação fundada no art. 10, inciso II, alínea “b” da ADCT (Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias) improcede, senão vejamos:
Art. 10 - Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o Art. 7º, I, da Constituição:II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa :b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
Verifique-se, pois, que a demissão em destaque fora dentro dos parâmetros
legais, haja vista que a demissão em lide não ocorrera de forma arbitrária ou sem justa
causa. Tornou-se clarividente, portanto, que as ações da reclamante na execução de sua
função fora notadamente dolosa no que se refere às faltas que cometeu tudo dentro do
intuito de ser demitida sem justa causa, para beneficiar-se da estabilidade provisória
garantida pela legislação. A argumentação em menção pode ser asseverada por dois
conjuntos de provas:
1. Provas testemunhais de funcionários (MARIA QUITÉRIA NUNES,
FLÁVIA MAYSA DO NASCIMENTO SILVA) que ouviram da reclamante
a intenção de cometer faltas deliberadas por circunstâncias pessoais relativas
à solução de seu conflito com o supervisor da empresa que a mesma houvera
travado significativa discussão. A reclamante mostrou-se insatisfeita com a
empresa por que esperava, por deleite pessoal, a demissão de JEAN
CARLOS SOARES. Como o empregador não procedeu dessa forma à
reclamante consumou uma série de condutas incondizentes com o perfil da
empresa, chegando, mesmo a mencionar verbalmente que se preparassem
para o problema que acometeriam com uma funcionária grávida;
2. Outro conjunto de condutas da reclamante que caracteriza sobriamente à sua
real intenção de ser demitida sem justa causa pode ser analisada no evento
que consubstanciou sua demissão (anexo vídeo ilustrativo do enredo em
argumentação). Nessa ocasião, a reclamante pensando ter sido demitida sem
justa causa expressou uma alegria contagiante abraçando e se despedindo de
todos na empresa. Minutos após verificar o teor da carta de demissão a
mesma voltou inconformada com o conteúdo ali mencionado. Citou, pois,
que assinou a carta sem a devida atenção e não concordava com o que ali
estava expresso. O empregador, por sua vez, diante da recusa da reclamante
e da boa-fé que lhe é peculiar entregou nova via a mesma, fazendo constar,
perante duas testemunhas (JOSÉ WILLYAN FIRMINO NUNES e
TACIANA BEZERRA BRITO), à recusa em destaque, como apregoa a
legislação. Averigúe-se, destarte, que a requisição que se faz na peça
vestibular inicial no que toca a reintegração da reclamada é pura estratégia
jurídica, haja vista que a mesma não coaduna com essa asseveração (observe
no vídeo que a reclamante ao pensar ter sido demitida sem justa causa se
excita de alegria, o que é incoerente com a requisição de reintegração in
fine).
DO MÉRITO
1. IMPUTAÇÃO RELATIVA AOS ARTS. 9º E 29 DA CLT
A reclamante faz jus, de forma inverídica da asseveração de que o empregador
descumpriu as normas dos arts. 9º e 24 a CLT (in verbis) em seu processo de admissão:
Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação.
Art. 29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente
apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o
qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a
data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo
facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme
instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
§ 3º - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo
acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que
deverá de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o
fim de instaurar o processo de anotação.
É notório, entretanto, que a afirmação em tese não procede. Basta analisarmos a
data de admissão da reclamante, presente em sua CTPS (01/08/2010). Por que será que
só agora e reclamante mencionou tal fato? Ademais, a empresa em destaque tem notada
lisura no cumprimento das diretrizes apregoadas pela CLT, não se dando ao luxo de
cometer erros tão grosseiros à legislação trabalhista. A asseveração em destaque
corrobora plausivelmente com a *litigância de má-fé. A reclamante, não se sabe por
que, está tentando de todas as formas prejudicar a reclamada.
“A litigância de má-fé é conduta incentivada por comportamento aético que
altera intencionalmente a verdade dos fatos, tendo a malícia como elemento
essencial". (2.930.083.071 - Francisco Antônio de Oliveira - Ac. 5ª T.41.427/94
- TRT São Paulo - DJU 1994).
Sendo o processo de índole, eminentemente dialética, assinalou o Ministro
ALFREDO BUZAIT na exposição de motivos que acompanha o novo Código de
Processo Civil - é reprovável que as partes se sigam dele, faltando ao dever da verdade,
agindo com deslealdade e empregando artifícios fraudulentos, porque tal conduta não
compadece com a dignidade de um instrumento que o Estado põe à disposição dos
contendores para a atuação do direito e a realização da Justiça. Em conformidade com
as diretrizes assim enunciadas, determina o artigo 18, indicado subsidiariamente ao
processo: "O litigante de má-fé indenizará a parte contrária o que sofreu mais os
honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou.
Esclarece ainda, o mesmo diploma legal em seu artigo 17, que se reputa litigante
de má-fé, aquele que deduzir pretensão, cuja falta de fundamento não possa
razoavelmente desconhecer ou alterar intencionalmente a verdade dos fatos, ou usar do
processo o intuito de conseguir objeto ilegal.
Por seu lado, o insigne processualista baiano, CARLOS COQUEIJO COSTA,
em seu Direito Processual do Trabalho e o Código de 1973 esclarece:
"Todos tem o dever da verdade na relação jurídica processual. É a moralização do processo civil, um dos aspectos de publicidade que se refere à introdução de um dever de lealdade das partes e seus defensores, ou seja, um dever de verdade. Na justiça do trabalho, a aplicação de tais regras e sanções deve se amoldar ao "jus Postulandi" que têm as partes. Não há dúvida que, dada a natureza eminentemente fiduciária da relação de trabalho, impõe-se no processo o rigor do dever ético dos litigantes."
Pelo ora exposto, requer a reclamada a aplicação do artigo 1531 do Código Civil
Brasileiro, combinado com o artigo 18 do Código de Processo Civil, eis que, clara e
nitidamente pretende a reclamante locupletar-se ilicitamente às expensas da reclamada.
2. ARGUMENTAÇÃO RELATIVA À DEMISSÃO POR JUSTA EM TESE E OS
DIREITOS DA EMPREGADA EM DESTAQUE
A reclamante em tela, como já argumentado não fora demitida de forma injusta
ou sem justa causa, como alega em sua reclamação trabalhista. Observemos, pois, que
na peça vestibular em comento houve omissão do texto integral relativo ao art. 10,
inciso II, alínea “b” da ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias), o
qual não menciona propositalmente a excludente de justa causa para demissão de
gestante (in verbis):
Art. 10 - Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o Art. 7º, I, da Constituição:II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa :b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
Analisemos, pois, o conjunto de condutas que consubstanciaram a demissão por
justa causa da reclamante:
Vejamos, inicialmente, o rol de faltas consumadas pela reclamante no exercício
de suas funções, capituladas nas alíneas “e”, “h” e “k” do art. 482 da CLT (in verbis):
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o
empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa,
própria ou de outrem.
As menções aqui capituladas têm como conjunto de provas os testemunhos de
diversos funcionários, que serão apresentados durante a instrução respectiva.
Analisemos, pois, cada uma das condutas à ótica da doutrina/jurisprudência
majoritárias:
Alínea “e” do art. 482 da CLT- desídia no desempenho das respectivas funções:
A desídia é o tipo de falta grave que, na maioria das vezes, consiste na repetição
de pequenas faltas leves, que se vão acumulando até culminar na dispensa do
empregado. Isto não quer dizer que uma só falta não possa configurar desídia.
Os elementos caracterizadores são o descumprimento pelo empregado da
obrigação de maneira diligente e sob horário o serviço que lhe está afeito. São
elementos materiais, ainda, a pouca produção, os atrasos freqüentes, as faltas
injustificadas ao serviço, a produção imperfeita e outros fatos que prejudicam a empresa
e demonstram o desinteresse do empregado pelas suas funções.
Jurisprudência
TRT-PR-19-08-2008 NULIDADE RESCISÃO CONTRATUAL POR
JUSTA CAUSA - FALTAS HABITUAIS INJUSTIFICADAS. A reclamada
comprovou que durante a contratualidade o reclamante faltou injustificadamente
por diversas vezes, mesmo após ter sido advertido e suspenso do trabalho.
Comprovado ato de indisciplina e de desídia, conforme letras "e" e "h" do art.
482, da CLT. Justa causa mantida.
Alínea “h” do art. 482 da CLT- ato de indisciplina ou de insubordinação:
A desobediência as ordens gerais de serviço estabelecidas pelo empregador
através de circulares, regulamentos, portarias, caracteriza a indisciplina. Assim, o
descumprimento de normas como, proibição de fumar, marcação de ponto, normas de
conduta, manutenção de máquinas e equipamentos e utilização de armários, por
exemplo, enseja a demissão por justa causa.
A insubordinação é a desobediência a ordens pessoais de serviço. O empregado
está sujeito ao poder hierárquico do empregador na execução de suas tarefas, devendo
desempenhá-las de acordo com as ordens transmitidas. Assim, o desrespeito a ordens
pessoais, de modo reiterado, também caracteriza falta grave. Lembrando que, se o a
ordem pessoal transmitida for ilegal o empregado poderá se recusar ao seu cumprimento
sem caracterizar justa causa por ato de insubordinação.
Jurisprudência
TRT-PR-26-08-2008 AGENTE PRISIONAL - RECUSA À ASSUNÇÃO DO
POSTO DE SERVIÇO -INSUBORDINAÇÃO - ARTIGO 482, "h", DA CLT -
JUSTA CAUSA CONFIGURADA: Figura faltosa das mais graves - posto
que coloca em "xeque" o poder diretivo patronal -a insubordinação é reprovável
em qualquer espécie de relação de emprego. Revela-se, todavia, especialmente
danosa em alguns ambientes de trabalho, diante das nefastas conseqüências que
dela podem exsugir, como o que ocorre com as insubordinações perpetradas em
estabelecimentos prisionais, locais cuja ordem, disciplina e acatamento às
determinações (desde que legítimas, obviamente) é um imperativo de muito
mais acentuada necessidade do que o que se ordinariamente se verifica. Disso
decorre que a tolerância patronal quanto a atos de indisciplina ou de
insubordinação nessa seara enverga enorme potencial danoso, apto a pôr em
risco a segurança e a vida não só dos demais agentes penitenciários, mas
também dos presos e da coletividade em geral. Logo, salvo se demonstrado
perigo efetivo ocasionado por alguma situação de fato geradora de tumultos,
insurgências por parte dos presos, sinais de rebelião ou algo similar, a conduta
dos empregados que abandonam o posto de serviço sob o pretexto de
insegurança revela-se destituída de amparo legal, até porque na relação jurídica
base o parâmetro para a quilatação do "risco" é muito diverso daquele
característico das relações de trabalho comuns. Justa causa configurada na forma
do artigo 482, "h", da CLT.
Alínea “K” do art. 482 da CLT- ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas
físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem
São considerados lesivos à honra e à boa fama gestos ou palavras que importem
em expor outrem ao desprezo de terceiros ou por qualquer meio magoá-lo em sua
dignidade pessoal.
Na aplicação da justa causa devem ser observados os hábitos de linguagem no
local de trabalho, origem territorial do empregado, ambiente onde a expressão é usada, a
forma e o modo em que as palavras foram pronunciadas, grau de educação do
empregado e outros elementos que se fizerem necessários.
Analisemos, também, notável jurisprudência acerca da situação fática
corroborada na sua integralidade:
GESTANTE – JUSTA CAUSA – A estabilidade provisória garantida à
empregada gestante a protege contra despedida arbitrária ou sem justa causa,
todavia, demonstrado nos autos o justo motivo a demissão, calcado nas hipóteses
previstas no art. 482 da CLT, resta correta a conduta empresarial, merecendo ser
mantido o decisum a quo. (TRT 10ª R. – RO 1825/2001 – 3ª T. – Relª Juíza
Márcia Mazoni Cúrcio Ribeiro – DJU 18.01.2002).
3. RELATIVAMENTE AO QUADRO DE REQUISIÇÕES DE VERBAS
RESCISÓRIAS PRESENTES NA INICIAL, DESTACAMOS:
A. Relativamente à reintegração ao emprego/ indenização relativa ao período
conglomerado pela estabilidade em pauta:
Salientemos, destarte, que a reintegração ao trabalho é mero blefe jurídico da
reclamatória em destaque, cujo objetivo precípuo consiste em motivar V. Ex.ª acerca de
intenção não corroborada realmente pela reclamante. Basta analisarmos o teor do vídeo
anexado à contestação in fine acerca da real intenção da reclamante para com a empresa
(na gravação está clara a satisfação da reclamante, que ao julgar ter sido demitida sem
justa causa, comemora agitadamente).
Frisemos, também, que inexiste indenização relativa ao período de estabilidade
capitulado na reclamatória, haja vista a reclamante ter sido demitida por justa causa.
B. Relativamente ás requisições de aviso prévio, 13º salário, férias proporcionais
acrescida de 1/3 do salário, FGTS, multa de 40% sobre o FGTS, seguro
desemprego, asseveramos que:
As requisições em argumentação não procedem haja vista a incidência da
demissão por justa causa, cuja conseqüência imediata para a empregada é a
perda dos valores de diversas verbas rescisórias, entre elas àquelas capituladas
no título dissertativo em destaque. Notemos, destarte, que a reclamante por fato
de ter sido demitida por justa causa e ter mais de 01 (um) ano de serviço na
empresa tem direito apenas ao saldo de salário pertinente e salário família
proporcional, já que não existem férias vencidas. Analisemos, logo, a legislação
pertinente a cada um dos institutos e sua relação com a justa causa:
B.1 Aviso prévio- art. 487 da CLT c/c art. 491 do mesmo diploma legal:
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa.
Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer
qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o
direito ao restante do respectivo prazo.
Notemos, destarte, que é clarividente que na demissão por justa causa a verba
rescisória em comento não é mais devida pelo empregador.
B.2. 13º Salário:
Lei Nº 4.090, de 13 de julho de 1962-décimo terceiro salário ou gratificação
natalina
Institui a gratificação de Natal para os trabalhadores.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus.
§ 1º A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida em dezembro, por mês, do ano correspondente.
§ 2º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral para os efeitos do parágrafo anterior.
Art. 2º As faltas legais e justificadas ao serviço não serão deduzidas para os fins previstos no parágrafo 1º do Art. 1º, desta lei.
Art . 3º Ocorrendo rescisão, sem justa causa, do contrato de trabalho, o empregado receberá a gratificação devida nos termos dos parágrafos 1º e 2º, do art. 1º desta lei, calculada sobre a remuneração do mês da rescisão.
Art. 4º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Observemos, também, que o direito em destaque é condicionado à demissão sem
justa causa, sendo indevido nos casos de justa causa.
B.3 férias proporcionais acrescida de 1/3 do salário- parágrafo único do art. 146
da CLT:
Parágrafo único (art. 146 da CLT) - Na cessação do contrato de trabalho,
após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido
demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período
incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um
doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
Verifiquemos, logo, que no caso de justa causa não persiste ao empregado a
verba rescisória relativa às férias proporcionais, nem tampouco 1/3 de férias.
B.4 FGTS/multa de 40% sobre o FGTS- art. 18 da Lei 8.036, de 11 de maio de
1990:
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
É notório, logo, que tanto os valores relativos ao FGTS depositado pelo
empregador quanto à incidência de 40% sobre o montante do FGTS são
condicionados a demissão sem justa causa, sendo, portanto, verbas indevidas nos
casos de justa causa do empregado.
B.5 Seguro-desemprego: art. 3º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990:
Art. 3º Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, relativos a cada um dos 06 (seis) meses imediatamente anteriores à data da dispensa;II - ter sido empregado de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada ou ter exercido atividade legalmente reconhecida como autônoma, durante pelo menos 15 (quinze) meses nos últimos 24 (vinte e quatro) meses; III - não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, excetuado o auxílio-acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, bem como o abono de permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 08 de junho de 1973;IV - não estar em gozo do auxílio-desemprego; eV - não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família.
É evidente, portanto, que a seguridade em análise é indevida nos casos de
demissão por justa causa.
C. No que toca à requisição da multa do art. 477 da CLT, observemos o que
preceitua o texto legal da CLT:
Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma
indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa. § 1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 01 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social. § 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. § 3º - Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento deste, pelo Juiz de Paz. § 4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro. § 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. § 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; oub) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.§ 7º - O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e 2º) será sem ônus para o trabalhador e empregador. § 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.
Feita a apresentação do dispositivo legal em análise apresentaremos a seguir
notório conjunto jurisprudencial assegurador de que a multa prevista no
parágrafo 8º, do art. 477 da CLT, relativa ao atraso no pagamento das cláusulas
rescisórias é inconsistente, haja vista que na situação fática em lide houvera
significativa controvérsia quanto ao teor da rescisão no escopo da demissão por
justa causa.
A sustentação fática em análise se consubstanciou pela ausência da empregada
no local acordado para a prevista rescisão/bem como de recusa de receber a carta
de demissão por parte da reclamada aos 14 (quatorze) dias do mês de novembro
de 2011, como pode ser verificado na carta de demissão apensada a esta
contestação, onde duas testemunhas asseveraram a recusa em menção.
Enfatizemos, logo, que diante da contextualização corroborada pelos fatos e com
base no que preceitua os §§ 1º e 4º (grifado na citação in fine), a empresa
contestada celebra nessa contestação a intencionalidade de quitar com o valor
rescisório/homologação, circunstanciado pela demissão por justa causa, na
justiça do trabalho, onde por conseqüência se fará presente autoridade
competente da justiça do trabalho:
Analisemos, logo, a jurisprudência selecionada:
"JUSTA CAUSA - MULTA PELO ATRASO NO ACERTO RESCISÓRIO - Se
a controvérsia girou em torno da justa causa para a dispensa, não há falar em
multa pelo atraso no acerto rescisório." (TRT-RO-6341/92 – 3ª Reg. - 1a. T. Rel.
Renato Moreira Figueiredo - DJ/MG 23.01.93, pag. 36);
"ATRASO NO ACERTO RESCISÓRIO - MULTA - INVIABILIDADE -
Havendo intensa discussão acerca da relação jurídica havida entre as partes,
incabível se revela a penalidade aplicada à empresa e prevista no art. 477, do
Diploma Consolidado." (TRT-RO-18452/92 – 3ª. Reg. Rel. Ana Etelvina
Lacerda Barbato - DJ/MG 03.08.93, pag. 88)
D. Em relação à requisição de multa de 50% sobre o montante das verbas
rescisórias, analisemos o instituto na CLT:
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia
sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao
trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte
incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta
por cento".
Acerca da requisição em tela mencionamos, sem nos estender, seleta
jurisprudência:
Art. 467 da CLT. Incidência da contribuição previdenciária em acordo. Não há
previsão legal para considerar indenizatória a postulação feita a título do
disposto no artigo 467 da CLT. Quem determina a aplicação da referida norma é
o juiz se verificar após a primeira audiência que as verbas rescisórias são
incontroversas. Não podem as partes em acordo dizer que o pagamento diz
respeito à referida previsão. (TRT/SP - 01327200703002004 - RS - Ac. 8ª T
20090372926 - Rel. Sergio Pinto Martins - DOE 29/05/200.
"EX POSITIS", espera-se que esta D. Junta de Conciliação e Julgamento acolha
as preliminares argüidas, por ser o reclamante carecedor de ação. Protestando provar o
alegado com os documentos que acompanham a presente, e por todos os meios de prova
admitidos em direito, especialmente pelo depoimento pessoal da reclamante, sob pena
de confesso, a teor do Enunciado 74 do TST, inquirição de testemunhas que
comparecerão independentemente de intimação, expedição de ofício, vistorias periciais,
juntada de novos documentos, e outras não expressamente enunciadas.
Face ao que restou fartamente demonstrado e provado, requer-se e espera seja a
presente ação inicial julgada TOTALMENTE IMPROCEDENTE, considerando as
disposições contidas na Lei 8.906/94, combinadas com artigo 20 do Código de Processo
Civil, seja o reclamante condenado, nos termos do artigo 17 do Código de Processo
Civil ao pagamento de honorários advocatícios, custas e demais cominações de estilo
com seus corolários legais, por medida da mais lídima e salutar justiça.
Termos em que,J. aos autos.Pede Deferimento.
Arapiraca/AL, 11 de dezembro de 2011
pp. .......advogado(a) - Adv. OAB/.... ...