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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA ______
VARA DO TRABALHO DE MANAUS.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, por meio da
Procuradoria Regional do Trabalho da 11ª Região, vem, respeitosamente,
perante Vossa Excelência, nos termos do art. 127 da Constituição Federal e
do art. 83, I, da Lei Complementar n. 75/93, ajuizar AÇÃO CIVIL COLETIVA
CUMULADA COM AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE MEDIDA
CAUTELAR LIMINAR, na defesa da ordem jurídica e de direitos coletivos lato
sensu, em face do CANDIDATO AO MANDADO DE VEREADOR NAS
ELEIÇÕES DE 2012, SR. TONYANDSON DA SILVA CORDEIRO (CPF
N.517.578.262-20), residente na Rua Rua República Dominicana, 17,
Condomínio Residencial Ponta Negra I, Ponta Negra, CEP n. 69037-17,
Manaus, e do PARTIDO SOCIAL LIBERAL (CNPJ N. 01.303.380/0001-04),
situado na Av. Tancredo Neves, 282, Loja 26, Centro Comercial Villa Mariana,
Parque Dez de Novembro, Cep n. 69.000-000 Manaus/AM, consoante os
fatos e fundamentos a seguir expostos:
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1 – DOS FATOS E FUNDAMENTOS. TERMO DE AJUSTAMENTO DE
CONDUTA N. 352/2012. SUBSCRITO PELO PARTIDO SOCIAL LIBERAL
-PSL E CONHECIMENTO DE SEUS TERMOS PELOS CANDIDATOS DO
PARTIDO.
No dia 30 de agosto de 2012, perante o Ministério Público do
Trabalho, foi firmado pelos partidos políticos no Amazonas Termo de
Ajustamento de Conduta em Conjunto com o Ministério Público Eleitoral no
Amazonas, representado pelo Procurador Regional Eleitoral, Dr. Edmilson
Barreiros Júnior, na sede do Fórum de Justiça Henoch Reis, com a presença
do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Desembargador Humberto
Pascarelli, para regular a relação de trabalho entre cabos eleitorais e
candidatos, partidos políticos e comitês financeiros, para as eleições de 2012,
sendo prescrito os seguintes direitos (TAC n. 352/2012):
CLÁUSULA PRIMEIRA: Contratar os cabos eleitorais, por meio de contrato individual escrito;
Parágrafo primeiro: Fazer constar no contrato escrito firmado com os cabos eleitorais, os direitos mínimos concedidos, tais como:
a) salário mínimo proporcional, respeitado o salário mínimo hora;
b) jornada de 8 horas diárias e 44 horas semanais;
c) folga semanal;
d) fornecimento gratuito de água potável e em recipiente higiênico e adequado, durante toda a jornada de trabalho.
e) vale alimentação, no valor mínimo de R$ 8,00 (oito reais) por dia de efetivo trabalho ou a concessão in natura de alimentação;
f) concessão de, no mínimo, 02 vales transporte por dia de trabalho ou pagamento em espécie do valor correspondente, sempre às expensas do contratante;
g) fornecimento gratuito de protetor solar (FPS mínimo 30).
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h) o pagamento das parcelas pecuniárias (salário, vale transporte e/ou vale alimentação) deverá ser feito mediante cheque ou depósito bancário em nome do contratado, como forma de atender à legislação eleitoral.
Parágrafo segundo: Considerando que o trabalho dos cabos eleitorais é normalmente desenvolvido em logradouros públicos, os compromissários não permitirão que esse trabalho seja realizado sobre as faixas de pedestres, sobre as vias públicas de tráfego de veículos ou dentro do perímetro de 10 metros de estabelecimentos de postos de combustíveis, de modo a evitar a ocorrência de acidentes.
Parágrafo terceiro: Em relação ao pagamento das contribuições previdenciárias, deverá ser observada a legislação pertinente, notadamente o disposto no art. 12, V, “g” e “h” da Lei n. 8.212/91, e na Instrução Normativa n. 872/2008 da Secretaria da Receita Federal, que dispõe sobre a declaração e o recolhimento das contribuições previdenciárias e das contribuições devidas a outras entidades ou fundos, decorrentes da contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais.
Parágrafo quarto: A segurança dos cabos eleitorais, durante o exercício de suas atividades eleitorais e no local de trabalho, deverá ser garantida pelos ora compromissários.
Parágrafo quinto: Em caso de descumprimento de qualquer das obrigações acima, o Compromissário arcará com o pagamento de multa no valor de R$ 1.000,00 (UM MIL REAIS) por trabalhador afetado, sem prejuízo de apuração de possível ilícito eleitoral.
CLÁUSULA SEGUNDA: Os compromissários poderão disponibilizar aos cabos eleitorais, nos locais de trabalho, banheiros químicos com vaso sanitário, ou permitir a saída dos mesmos de seus postos de trabalho para utilização de sanitários.
Parágrafo primeiro: Para cumprimento do disposto nesta cláusula, o candidato, partido ou comitê financeiro poderá realizar parcerias
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com comerciantes, repartições públicas ou qualquer outro ente para que os cabos eleitorais tenham acesso gratuito aos sanitários.
Parágrafo segundo: O acesso dos cabos eleitorais aos sanitários, localizados em quaisquer estabelecimentos públicos ou privados, deverá ser feito sem o uso de qualquer identificação de candidato, partido ou coligação (camisa, broches, bonés, entre outros), ou de material de campanha eleitoral.
CLÁUSULA TERCEIRA: Nos casos de contratos de prestação de serviços, celebrados entre os partidos políticos, candidatos e/ou comitês financeiros e os cabos eleitorais, anteriormente à presente data, deverão ser aplicados os direitos constantes deste Termo de Ajuste de Conduta, quando mais benéficos aos contratados.
Todos os partidos foram instados a firmar o referido termo de
ajustamento de conduta, que contou com a adesão de mais de 90% dos
partidos políticos com candidatos inscritos nas eleições de 2012.
Dito isso, cumpre asseverar que o Ministério Público do Trabalho,
em razão do TAC, recebeu e continua recebendo diversas denúncias sobre o
descumprimento das condições de trabalho e direitos dos cabos eleitorais, por
candidatos e partidos políticos nas eleições de 2012.
Uma dessas denúncias foi feita, por dezenas de cabos eleitorais do
candidato ao mandato de vereador, Sr. TONYANDSON DA SILVA CORDEIRO,
CONHECIDO POR “CORDEIRINHO”, vinculado ao Partido Social Liberal –
PSL.
Inicialmente, observo que o Partido Social Liberal – PSL assinou o
referido Termo de Ajustamento de Conduta, por meio do representante de sua
coligação ( PSL e PMDB), Sra. Gerlada Vitorino dos Santos Silva, conforme
documento em anexo, em nome próprio e de todos os seus candidatos.
Aliás, conforme consta da ata de audiência (fls. 20/21) do Inquérito
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Civil Público, em anexo, o primeiro demandado asseverou que “tinha
conhecimento do Termo de Ajustamento de Conduta firmado perante o
Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Federal para regular o
trabalho dos cabos eleitorais das eleições de 2012”.
Não bastasse isso, na mesma audiência, foi informado pela
representante do Partido Social Liberal que o partido teria organizado, logo
após a assinatura do aludido TAC, uma reunião com todos os candidatos do
partido, ocasião em que foi entregue a cada um dos candidatos cópia do TAC,
inclusive ao candidato, ora primeiro demandado, e prestadas as informações
sobre como prestar contas.
Com efeito, não há dúvidas da aplicação do TAC aos candidatos do
partido PSL, dentre eles o ora primeiro demandado.
2 – DOS FATOS E FUNDAMENTOS. VIOLAÇÃO DE DIREITOS
FUNDAMENTAIS MÍNIMOS DOS CABOS ELEITORAIS.
Como dito, este órgão ministerial recebeu dezenas de denúncias
feitas por cabos eleitorais, contratados e que prestaram serviços, em favor do
primeiro demandado, durante as eleições municipais de 2012, ocasião em que
exerceram as funções de coordenadores, líderes, panfletagem, colocação de
banners em diversos bairros da cidade de Manaus.
Em resumo, de acordo com os denunciantes, foram contratados
pelo primeiro demandado, para prestarem serviços, como cabos eleitorais, no
período de 08.08.2012 a 06.10.2012, com salário mensal de R$ 622,00 e
carga horária de 08 horas por dia, das 8h às 12h e das 14h às 18h, de
segunda a sábado.
Informaram, ainda, que o salário dos coordenadores e líderes era
superior, conforme consta dos informes pessoais assinados por cada um dos
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cabos eleitorais, ora substituídos, num total de 119 cidadãos.
Impende, ainda, observar que alguns cabos eleitorais assinaram
contrato de prestação de serviços, juntados aos autos. Outros, porém, teriam
assinado o referido contrato, mas nunca receberam cópia dos mesmos.
Não bastasse isso, relataram os denunciantes que lhes teria sido
prometido que o primeiro pagamento seria no dia 08.09.2012. Todavia, esse
primeiro pagamento não teria ocorrido. Mesmo assim, continuaram
trabalhando, mas, a partir do dia 20.09.2013, alguns cabos eleitorais
acabaram paralisando as atividades, em razão de não estarem recebendo
qualquer tipo de ajuda: salário, gasolina, refeição, água, protetor solar, o que
impossibilitou a continuidade do trabalho nas ruas.
Por fim, informaram os denunciantes que, cerca de 400 pessoas,
teriam sido prejudicadas, e que, atualmente, não conseguem mais ter acesso
ao candidato, ora primeiro demandado, razão pela qual resolveram solicitar
apoio deste órgão ministerial, para exigir o cumprimento do Termo de
Ajustamento de Conduta e satisfazer parcelas pecuniárias, mínimas, que lhe
são devidas.
Diante das denúncias, este órgão ministerial determinou a
notificação do candidato demandado e do Partido Social Liberal para
prestarem depoimento sobre os fatos narrados na peça inaugural de
investigação.
Conforme consta do termo de audiência, lavrado no bojo do
Inquérito Civil Público, no qual foi registrado o depoimento do candidato, ora
primeiro demandado, restaram confessadas todas as irregularidades
denunciadas, a saber: contratação irregular de cabos eleitorais, falta de
pagamento da retribuição pela prestação de serviços aos cabos eleitorais, falta
de pagamento de vale alimentação e vale transporte aos cabos eleitorais,
consoante transcrição abaixo:
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QUE, foi candidato a vereador na eleições de 2012, QUE o depoente contratou
algumas pessoas para prestarem serviços como cabos eleitorais em sua
campanha, mas não sabe informar a quantidade, QUE, a equipe do depoente
possuía um coordenador geral de nome Américo, lideres de equipe e cabos
eleitorais, QUE não sabe informar a quantidade de equipes que sua
campanha dispunha, QUE havia equipes compostas por 3, 5 cabos eleitorais,
QUE não sabe informar o valor do pagamento de um coordenador geral, QUE
não sabe informar o valor a ser pago a um líder, QUE tomou conhecimento de
que seria pago um valor de R$ 622,00, mas não sabe informar se era para
coordenador, líder ou pessoal da linha de frente, QUE o depoente não chegou
efetuar o pagamento de qualquer valor a qualquer de seus cabos eleitorais,
QUE informa que recentemente efetuou o pagamento de alguns cabos
eleitorais, no âmbito da Justiça do Trabalho, por meio de acordo judicial, QUE
informa que em relação a alguns cabos eleitorais com quem firmou o
acordo judicial, não foi cumprido o acordo pela falta de deposito de valores
pelo próprio depoente, QUE, não sabe informar se foi efetuado o pagamento
de vale transporte e vale-alimentação a qualquer de seus cabos eleitorais,
QUE, informa que alguns cabos eleitorais começariam a trabalhar em
setembro e outros em outubro de 2012, QUE nenhum cabo eleitoral começou
a trabalhar em agosto/2012, QUE não assinou qualquer contrato com data de
prestação de serviços por cabos eleitorais relativas ao período de 08/08 a
06/10/2012, QUE o depoente informa ter o controle das pessoas que iriam
trabalhar em sua campanha, QUE não tem controle das pessoas que
efetivamente trabalharam em sua campanha, QUE reconhece como seu o
cheque n. 11, Banco Bradesco e a assinatura nele aposta, constante dos
autos deste procedimento, QUE o referido cheque foi entregue a um
senhor de nome Val para o pagamento de cabos eleitorais, QUE não sabe
informar a que período de prestação de serviço estaria sendo utilizado o
referido cheque para quitação dos valores devidos aos cabos eleitorais, QUE
o depoente tinha ciência do Termo de Ajustamento de Conduta firmado perante
o Ministério Publico do Trabalho e Ministério Publico Federal para regular o
trabalho dos cabos eleitorais das eleições de 2012.Nada mais.
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Analisando o referido depoimento, é possível perceber que o
candidato, que almejava ser mandatário do povo da cidade de Manaus, não
possuía o mínimo de organização ou controle na contratação de seus cabos
eleitorais, assumindo os riscos dessa contratação.
Além disso, restou confessado pelo mesmo e demonstrado nos
autos, que o primeiro demandado teria, inclusive, passado um cheque n. 11,
em 24 de setembro de 2012, cuja cópia está em anexo, para pagamento de
seus cabos eleitorais, o qual, porém, não pode ser descontado por falta de
recursos (sem fundo).
Aliás, consoante restou consignado na ata de audiência, o primeiro
demandado não só deixou de efetuar o pagamento direto e pessoal da
remuneração a seus cabos eleitorais, mas também tem deixado de pagar o
valor, acordado judicialmente, perante a Justiça do Trabalho, em relação aos
cabos eleitorais que optaram por ajuizar reclamações trabalhistas individuais.
QUE informa que em relação a alguns cabos eleitorais com quem firmou o
acordo judicial, não foi cumprido o acordo pela falta de deposito de valores
pelo próprio depoente,
Como se observa, Excelência, o primeiro demandado, ciente das
obrigações assumidas perante o Ministério Público do Trabalho e Ministério
Público Eleitoral do Amazonas, contratou irregularmente centenas de cabos
eleitorais, durante as eleições de 2012, que lhe prestaram serviços, mas
deixaram de receber a contraprestação devida, em razão da conduta
irresponsável, ilegal e imoral praticada pelo então candidato.
A atitude do primeiro demandado é repugnante e inconcebível, como
também demonstra a sua falta absoluta de respeito para com aqueles que,
honestamente e de maneira humilde, deram seu suor e trabalho, debaixo do
sol escaldante de Manaus.
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O menoscabo à condição humana é tamanho, que o primeiro
demandado, mesmo assumindo compromissos perante a Justiça do Trabalho,
deixa de cumpri-los, sem qualquer ressentimento e receio de ser penalizado.
Dito isso, restou demonstrado nos autos que o candidato, ora
primeiro demandado, além de não ter efetuado qualquer pagamento de
parcela retributiva pelos serviços que lhe foram prestados pelos cabos
eleitorais, deixou também de pagar o vale alimentação e o vale transporte,
todas parcelas previstas no TAC n. 352/2012 (cláusula primeira, parágrafo
único, itens “a”, “e” e “f”).
Como se observa, Excelência, a conduta praticada pelo primeiro
demandado, ao violar garantias mínimas dos cabos eleitorais, constitui-se
num comportamento atentador à dignidade da pessoa humana, insculpido
como fundamento de nossa República, conforme disposto no art. 1º, III, da
Constituição Federal.
Em razão disso, entende o Ministério Público do Trabalho que o
candidato, ora primeiro demandado, deva ser compelido ao cumprimento das
obrigações, mínimas, estabelecidas como direitos dos cabos eleitorais,
previstas no mencionado TAC, como também às penalidades nele
estabelecidas, consoante se demonstrará no item seguinte.
Considerando as informações prestadas por cada um dos
substituídos, este órgão ministerial apresenta, abaixo, a liquidez dos créditos
devidos a cada um dos denunciantes, levando em consideração o período
contratado e o valor da retribuição, conforme declinado por cada prestador de
serviço. Ademais, considerando que todos informaram não terem recebido vale
transporte e alimentação (TAC n. 352/2012), tais parcelas também estão
sendo liquidadas.
Nome Perío Remuneraç Vale Vale Total
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do da contrataçã
o
ão do período
Transporte do
período27
dias/mês
alimentaçãodo
período 27
dias/mês
JOARA MARIA FERREIRA
MARQUES (CPF 231.015.042-87) – Coordenadora de
Área
2 meses
R$ 3000,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 3.729,00
FABIO JUNIO PEREIRA DE CASTRO (CPF
804.886.412-68) – Coordenador de
Área
2 meses
R$ 3000,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 3.729,00
JENIFFER RIBEIRO DA SILVA (CPF
456.650.602-91) – Coordenador de
Área
2 meses
R$ 3000,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 3.729,00
MARIA CRISTINA DA COSTA
FERNANDES LOPES (CPF
585.279.232-20) – Coordenadora de
Área
2 meses
R$ 3000,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 3.729,00
THAMARA MARQUES VIEIRA
(CPF 003.991.782-79)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
GERALDO DO NASCIMENTO
FERREIRA (CPF
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
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820.772.582-68) MILITANTE
MARIO JORGE ALVES
FERNANDES (CPF 034.789.472-00)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
BRIENE NOGUEIRA
FERNANDES (CPF 032.850.262-60)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ZILMARA MARQUES
FREIRE (CPF 012.290.082-09)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
CAMILLA SOUZA DE MELO (CPF 028.233.802-05)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MARIO EDUARDO DA COSTA
FERNANDES (CPF 765.599.472-20)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
VERA LUCIA DUTRA
BENEVIDES (CPF 160.516.102-00)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MARIA MARLUCIA PROCOPIO DA
SILVA (CPF 658.662.312-04)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MARIA DE SOUZA ALMEIDA
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
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CURINTIMA (CPF 961.637.042-15)
MARIA DO PERPETUO
SOCORRO SILVA NEVES (CPF
242.629.192-34)COORDENADORA
2 meses
R$ 2000,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 2729,00
MARIA DO PERPETUO SOCORRO
SOARES DE OLIVEIRA (CPF
572.257.702-25) MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MARIA DO SOCORRO
GOMES DA SILVA (CPF
566.931.172-87)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MARIA JOELI CORREA DO
NASCIMENTO (CPF
795.790.002-04)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MARILENE DA SILVA E SILVA
(CPF 013.592.132-52)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MOACYR FARIAS PIMENTEL (CPF 165.792.832-20)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
NILA PEIXOTO SANTOS (CPF
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
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898.469.402-97)MILITANTE
NOMEZIA SOUZA OLIVEIRA (CPF 273.927.322-34)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
PAULA CRISTINA GOES MOREIRA
(CPF 799.782.822-20)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
RAMON DE SOUZA
ALBUQUERQUE (CPF
009.393.972-85)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
RODRIGO DA SILVA ANDRADE
(CPF 919.478.122-20)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ROSA MARIA AZEVEDO DOS SANTOS (CPF
605.170.182-68)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
RUBERLANI DEODATO DA
SILVA (CPF 954.784.932-87)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
RUY NELSON MOURÃO
MARTINS (CPF 026.673.712-91)
MOTORISTA
1 mês R$ 1000,00 R$ 148,5 R$ 216,00 R$ 1.364,50
SARA REBECA 2 R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
___________________________________________________________________________13/35
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MONTEIRO MARTINS (CPF
511.280.802-06)MILITANTE
meses
SHEILA DE CARVALHO
MARTINS (CPF 407.235.002-82)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
TEODOMIRO GOMES DE
OLIVEIRA (CPF 628.455.602-06)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
THEODONICE GOMES DE
OLIVEIRA (CPF 335.358.172-34)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ULDENICE GOMES DE
OLIVEIRA (CPF 321.530.402-30)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MANUEL MOREIRA NETO
(CPF 160.128.952-91)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MAGNOLIA LOPES DOS
SANTOS (CPF 445.362.162-00)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
LUCIANA LIRA BARBOSA (CPF 002.613.162-57)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
___________________________________________________________________________14/35
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LUANA LIRA CARDOSO (CPF 031.211.642-01)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
LILIA PAULA TEIXEIRA GOES
(CPF 642.771.602-63)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
LAURO CESAR DUARTE DE
ARAUJO (CPF 012.107.332-77)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
JUCILENE CERDEIRA DO NASCIMENTO
(CPF 739.186.522-20)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
JOSIANE DOS SANTOS DA SILVA (CPF
898.629.702-78)
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
JOSE SOARES BENEVIDES (CPF 046.799.112-04)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
KILDERY SILVA DE SOUZA (CPF 904.194.722-15)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
KETLEN RENATA NEVES DA SILVA
(CPF N. 907.155.192-04)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
JENIFER NEVES 2 R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
___________________________________________________________________________15/35
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO_________________________________________________________
GAMA (CPF 016.069.862-60)
MILITANTE
meses
JANILCE GOES NETO (CPF
657.091.522-34) MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
JAQUELINE MARINHO
GALVÃO (CPF 007.497.162-07)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
JAQUELINE ALVES DA SILVA
(CPF 935.538.622-20)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
JAMILSON TEIXEIRA GOES
(CPF 852.568.972-68)
COORDENADORA
2 meses
R$ 3000,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 3.729,00
IZONETE MACEDO GOMES
(CPF 016.669.762-10)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
IZAMARA RAMOS RABELO (CPF
011.547.092-13)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
IVONE OLIVEIRA LEITE (CPF
399.300.412-49)Coordenadora
2 meses
R$ 3000,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 3.729,00
IARA PATRICIA DE CARVALHO MARTINS (CPF
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
___________________________________________________________________________16/35
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO_________________________________________________________
602.529.987-68)MILITANTE
ILZA CORREA PROCOPIO (CPF 823.197.742-20)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
HUDSON ABREU DA SILVA (CPF
514.749.992-04)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
HEVERLANE PROCOPIO
SOARES (CPF 995.635.922-04)
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
GUILHERME MOTA DA SILVA
(CPF 007.467.272-08)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
GRACIVONE DE SOUZA COSTA
(CPF 984.550.522-87)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
GRACILENE DOS SANTOS PITA
(CPF 750.775.902-49)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
GISELE PINTO DE ALBUQUERQUE
(CPF 540.957.602-06)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
GILSON COELHO PIMENTEL (CPF 510.317.442-15)
LIDER DE
2 meses
R$ 2.488,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 3217,00
___________________________________________________________________________17/35
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO_________________________________________________________
EQUIPE
GILMARA SOARES DOS SANTOS (CPF
027.500.272-60)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
FRANCISCA DA SILVA REGO (CPF 975.346.332-49)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
FRANÇA SILVA NEVES (CPF
508.773.052-34) MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
FLAMARION MOURA DA COSTA (CPF
892.727.812-72) MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
FERNANDA DE SOUZA COSTA
(CPF 951.642.272-15)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
EVERTON FARIAS GALVÃO (CPF
869.875.262-49)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
EUNICE GOMES DE OLIVEIRA
(CPF 314.394.542-72)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
EUNETE NEVES DA COSTA (CPF 276.717.982-15)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ENIVALDO DA 2 R$ 2000,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 2729,00
___________________________________________________________________________18/35
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO_________________________________________________________
SILVA E SILVA (CPF
484.824.042-53)COORDENADOR
meses
ELTON CARLOS AMBROSIO
FERNANDES (CPF 439.385.662-72)
MOTORISTA
2 meses
R$ 2000,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 2729,00
ELIOMAR CARVALHO
MARTINS (CPF 276.369.412-87)Coordenadora
2 meses
R$ 2000,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 2729,00
EDVILSON SENA DE MOURA (CPF 322.793.372-15)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
EDUARDA VANLINE
MENEZES DA SILVA (CPF
014.329.462-85) MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
DEVALDO DOS SANTOS
MARINHO (CPF 130.376.092-49)
LÍDER DE EQUIPE
2 meses
R$ 2.488,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 3217,00
DE JESUS SILVA NEVES (CPF
627.875.862-87)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
CRISTIAN MARTINES DE ARAÚJO (CPF
975.388.412-53)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
___________________________________________________________________________19/35
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO_________________________________________________________
CREUZA DE ALBUQUERQUE
(CPF 241.290.622-04)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
CLAYDIANE DOS SANTOS DA SILVA (CPF
847.855.352-53)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
CLARICE SILVA DUARTE (CPF
725.899.812-87)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
CRISTIANE DE OLIVEIRA
FERREIRA (CPF 861.909.702-49)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
CILENE HONÓRIO DOS SANTOS (CPF
512.972.802-53)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
CEZAR NETO DA SILVA ANDRADE
(CPF 026.578.972-90)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
CARMELITA SILVA NEVES
(CPF 509.649.922-72)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
BRUNA FERNANDES DA
COSTA (CPF 764.690.002-82)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
___________________________________________________________________________20/35
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO_________________________________________________________
BRUNA DO NASCIMENTO
FERREIRA (CPF 003.322.772-16)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
BARBARA KETLEN LOPES FERREIRA (CPF N. 013.305.662-
70)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ARMIRA SUELLEN COSTA
DE LIRA (CPF 020.249.362-88)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ARDNAXELIA GUADALUPE SILVA NEVES
(CPF 889.253.662-15)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ANILSON BATALHA
SEABRA (CPF 284.342.772-04)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ANDREIA SANTOS
SALGADO (CPF 831.583.162-34)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ANDREA DA SILVA
FIGUEIREDO (CPF
645.864.992-49)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
AMANDA 2 R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
___________________________________________________________________________21/35
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO_________________________________________________________
CAROLINE P. DA SANTA CRUZ
(CPF 877.321.812-04)
MILITANTE
meses
ALEXANDRO LOPES DOS
SANTOS (CPF 633.031.322-91)
MOTORISTA
2 meses
R$ 2000,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 2729,00
ALINE MICHELE COSTA
MONTEIRO (CPF 004.934.332-79)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ALEXANDRA JAQUELINE
SILVA NEVES (CPF
858.323.082-04)LÍDER DE EQUPE
2 meses
R$ 3000,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 3.729,00
ALEX GOES MOREIRA (CPF 799.593.772-53)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ALDINEIA SILVA DOS SANTOS
(CPF 953.566.142-68)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ALCINEIDE NUNES DOS SANTOS (CPF
833.635.562-68)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ALCELANE GOMES FIRMINO
(CPF 516.368.402-72)
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
___________________________________________________________________________22/35
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO_________________________________________________________
MILITANTE
ADRIANA PINHEIRO
BANDEIRA (CPF 846.194.652-91)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
JEFFESON NASCIMENTO GOMES (CPF
021.309.602-19)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
ANDREW JORGE COSTA DA
FONSECA (CPF 018.437.232-12)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
JHONATA LEITE DE
ALBUQUERQUE (CPF
025.062.092-80)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
SUEVELEN CORREA DO
NASCIMENTO (CPF
023.921.422-62)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
HANNA SOUZA OLIVEIRA (CPF 018.849.862-18)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MAYARA DE FREITAS GOMES
(CPF 026.762.332-11)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MARINA DE 2 R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
___________________________________________________________________________23/35
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FREITAS GOMES (CPF
942.195.402-53)MILITANTE
meses
SULAMITA FERREIRA
PIRANGY (CPF 348.145.662-04)
MILITANTE
1mês
(R$622,00 – R$ 320,00)
R$ 302,00
R$ 148,50 R$ 216,00 R$ 666,5
MAYCON ANTONIO
MENDONÇA DE SOUZA (CPF
860.292.662-68)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
LUCIANA ALBUQUERQUE
VIEIRA (CPF 436.594.972-15)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MARIA CRACIRLENEDO
NASCIMENTO (CPF
533.124.142-53)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MARLENE SILVA NEVES (CPF
589.077.852-87)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MARIO JORGE BRUCE DOS ANJOS (CPF
439.316.502-00)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
IZABEL CRISTINA RAMOS RIVERA
(MILITANTE)
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
___________________________________________________________________________24/35
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JHEYNNE MYLLA RIVERA DA SILVA
(MILITANTE)
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
MARISTELA SOBRINHO
VASCONCELOS (CPF
520.633.992-04)MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
DIANA BARBOSA RODRIGUES (CPF 006.134.702-73)
MILITANTE
2 meses
R$ 1244,00 R$ 297,00 R$ 432,00 R$ 1973,00
Total - R$ 164.166,00
R$ 34.749,00
R$ 50.544,00
R$ 249.459,00
Obs: Os denunciantes MARDEM ALBUQUERQUE PINTO, MOACY GOMES DE FREITAS, MIGUEL PINTO DE
ALBUQUERQUE JÚNIOR, JOÃO VICTOR R. ALBUQUERQUE e JANAÍNA SOUZA FALCÃO não foram incluídos na
relação acima, por já terem ajuizado ações individuais, perante a Justiça do Trabalho.
Cumpre ainda observar que este órgão ministerial tentou realizar
audiência administrativa para mediar uma possível composição entre os ora
substituídos, de um lado, e o candidato e seu partido político, do outro lado.
Apesar do comparecimento do partido político, este informou que
não teria condições de arcar com a dívida deixada pelo seu candidato.
O candidato, ora primeiro demandado, por sua vez, foi instado a
apresentar a relação de cabos eleitorais que lhe teriam prestado serviços, mas,
além de não observar o prazo conferido por este órgão ministerial, não foi
mais localizado, razão pela qual ingressa o MPT com esta ação civil coletiva
c/c ação civil pública, em defesa dos interesses individuais homogêneos de
cada um dos ora substituídos.
3 – DOS FATOS E FUNDAMENTOS. APLICAÇÃO DE PENALIDADES
CONTIDAS NO TAC. VIOLAÇÃO A DIREITOS MÍNIMOS E
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FUNDAMENTAIS DOS CABOS ELEITORAIS.
Conforme visto acima, o candidato não efetuou o pagamento da
retribuição devida aos cabos eleitorais, tampouco o valor correspondente ao
vale transporte e auxílio alimentação (itens “a”, “e” e “f” do parágrafo primeiro
da cláusula primeira do TAC n. 352/2012).
Além disso, foi informado pelos denunciantes, ora substituídos,
que, durante todo o período em que trabalharam como cabos eleitorais do
candidato, ora primeiro demandado, não lhes foi fornecido água, tampouco
protetor solar, tendo os mesmos trabalhado debaixo do sol escaldante de
Manaus, sem as condições mínimas, que, aliás, também estavam consignadas
no TAC n. 352/2012, especificamente nos itens “d” e “g” do parágrafo primeiro
da cláusula primeira.
Por tais violações, conforme consta do próprio TAC, o candidato,
ora primeiro demandado, deve se sujeitar à aplicação de multa no valor de R$
1.000,00, por cláusula violada e por trabalhador afetado (parágrafo quinto da
cláusula primeira).
A aplicação da multa é necessária não só pela obrigação
assumida pelos candidatos nas eleições municipais de 2012, mas
principalmente pelo fato de que as violações praticadas pelo candidato, ora
demandado, constituem-se em graves violações a direitos mínimos
fundamentais, como a vida e subsistência de cada um d0s 119 (cento e
dezenove) cabos eleitorais atingidos.
Assim, nos termos do TAC do MPT e MP Eleitoral n. 352/2012,
requer o Ministério Público do Trabalho seja aplicado ao primeiro demandado
as multas previstas no aludido compromisso público, em razão de não ter
garantido o pagamento das parcelas pecuniárias (remuneração, vale
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transporte e auxílio alimentação), como também fornecido água potável e
protetor solar aos seus cabos eleitorais, nos seguintes valores:
• Valor da multa aplicada pelo descumprimento do item “a” do
parágrafo primeiro da cláusula primeira (pagamento de
remuneração) = 119 cabos eleitorais atingidos x R$
1.000,00/infração = R$ 119.000,00;
• Valor da multa aplicada pelo descumprimento do item “e” do
parágrafo primeiro da cláusula primeira (vale alimentação) = 119
cabos eleitorais atingidos x R$ 1.000,00/infração = R$
119.000,00;
• Valor da multa aplicada pelo descumprimento do item “f” do
parágrafo primeiro da cláusula primeira (vale transporte) = 119
cabos eleitorais atingidos x R$ 1.000,00/infração = R$
119.000,00;
• Valor da multa aplicada pelo descumprimento do item “d” do
parágrafo primeiro da cláusula primeira (fornecimento de água
potável) = 119 cabos eleitorais atingidos x R$ 1.000,00/infração =
R$ 119.000,00;
• Valor da multa aplicada pelo descumprimento do item “g” do
parágrafo primeiro da cláusula primeira (fornecimento de protetor
solar) = 119 cabos eleitorais atingidos x R$ 1.000,00/infração =
R$ 119.000,00;
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• Valor total da multa = R$ 595.000,00
A imposição da multa mostra-se ainda mais relevante, tendo em
vista que o primeiro demandado, utilizou-se dos serviços dos referidos cabos
eleitorais, em busca de uma vaga na Câmara Municipal de Manaus, onde,
caso tivesse obtido êxito, passaria a representar toda a comunidade
manauense, valendo-se, para tanto, de prática insensível, irresponsável e
desumana.
Numa época em que a sociedade procura expurgar dos cargos
públicos os candidatos “ficha-suja”, a Justiça do Trabalho pode também dar a
sua parcela de contribuição à sociedade, estabelecendo penalidades àqueles
que, de maneira espúria e atentatória à dignidade de pessoas simples e
humildes, tentam, a todo custo, fazer parte da estrutura estatal, para dela,
tão somente, obterem vantagens e benefícios pessoais.
4 – DOS FATOS E FUNDAMENTOS: DA RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA DO PARTIDO TRABALHISTA NACIONAL.
De acordo com o disposto na cláusula Décima Terceira do referido
TAC, a finalidade desse compromisso público era regular somente os serviços
prestados pelos cabos eleitorais aos partidos, comitês e candidatos, nas
eleições de 2012, substituindo integralmente todo e qualquer termo de
ajustamento de conduta anterior, firmado perante o MPT, sobre a mesma
matéria.
Ademais, consoante disposto na cláusula sétima, coube a cada um
dos partidos políticos divulgar o teor do presente Termo de Ajuste de Conduta
aos respectivos diretórios partidários municipais, candidatos e comitês
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financeiros em cada um dos Municípios do Amazonas.
Como se observa, Excelência, todos os partidos políticos que
assinaram o TAC assumiram a responsabilidade pela regular contratação de
cabos eleitorais, vinculados ao respectivo partido político, incluído aí os dos
candidatos a ele filiados.
Com efeito, considerando que os partidos políticos, que assinaram o
TAC, assumiram a responsabilidade pelos danos decorrentes de sua não
observância, há de se entender que, no presente caso, o Partido Social Liberal
deva ser também responsabilizado pelos danos causados aos cabos eleitorais,
contratados pelos candidatos a ele vinculados, principalmente considerando-
se que os votos obtidos nas urnas pelos candidatos a vereador, são somados à
totalidade de votos obtidos pelo partido partido, de modo a verificar o seu
coeficiente partidário.
Em relação a essa questão, cumpre salientar que, no sistema
proporcional, adotado nas eleições para o Legislativo – exceto o Senado –, a
quantidade de votos nem sempre elege um candidato. O que determina o
preenchimento das vagas é a votação obtida pelo partido ou coligação. Votar
para vereador significa: escolher o próprio candidato ou votar na legenda. No
final da eleição, todos esses votos serão somados para o partido.
O que definirá quais partidos ou coligações tem direito de ocupar as
vagas em disputa é o quociente eleitoral. Esse número é obtido pela divisão do
total de votos válidos apurados pelo número de vagas a serem preenchidas. Se
o número não for inteiro, fica desprezada a fração igual ou menor do que
meio. Se for superior, é equivalente a mais um.
Em seguida, é feito o cálculo do quociente partidário. Os votos
válidos recebidos pelos partidos da coligação (nominais ou de legenda) são
divididos pelo quociente eleitoral, resultando no número de cadeiras que a
coligação pode ocupar. Os melhores colocados de cada partido ou coligação
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preenchem as vagas.
Em resumo, pelo sistema proporcional, quanto mais votos a legenda
ou coligação partidária conseguir, maior será o número de cadeiras
destinadas a ela no parlamento. Quem não atinge o quociente eleitoral, não
tem direito a nenhuma cadeira.
Logo, considerando o sistema eleitoral proporcional brasileiro,
aplicado ao presente caso, não se pode admitir que os partidos políticos
apenas se beneficiem dos votos obtidos por seus candidatos nas eleições, mas
também sejam responsabilizados pelos danos, mormente trabalhistas, que
estes, durante o processo eleitoral, venham a causar a terceiros, a exemplo do
presente caso.
Com efeito, requer o Ministério Público do Trabalho, nos termos do
art. 942 do Código Civil c/c o art. 225 e 220 da Constituição Federal, seja o
Partido Social Liberal - PSL condenado solidariamente pelas obrigações acima
pleiteadas.
5 – DA MEDIDA CAUTELAR. PODER GERAL DE CAUTELA DO
JUIZ. PERIGO QUE A DEMORA JURISDICIONAL PODE ACARRETAR À
SUBSISTÊNCIA DOS CABOS ELEITORAIS.
Considerando que nenhum dos denunciantes, ora substituídos,
recebeu qualquer parcela pecuniária do primeiro demandado pelos serviços
que lhe foram prestados durante as eleições de 2012, e considerando que a
falta desses pagamentos atinge diretamente direitos fundamentais desses
trabalhadores, como a vida e a subsistência, entende o Ministério Público do
Trabalho que tais fatos estão a demonstrar a possibilidade de concessão de
medida cautelar pelo juiz, no exercício de seu poder geral de cautela (art. 798
do CPC).
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Dispõe o art. 798 do CPC que,
Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código II
deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que
julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte,
antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e
de difícil reparação.
Nesses casos, pode o Juiz, para evitar o dano, autorizar ou vedar a
prática de determinados atos, ordenar a guarda judicial de pessoas e depósito
de bens e impor a prestação de serviços (art. 799 do CPC).
Não bastasse isso, a Lei de Ação Civil Pública, em seu artigo 12,
admite a possibilidade de o Juiz conceder mandado liminar em sede de ação
coletiva, como no presente caso.
Ainda mais específico é o Código de Processo Civil, segundo o qual
admite a possibilidade de antecipação dos efeitos da tutela (art. 273),
autorizando o magistrado a adotar diversas medidas para a efetivação da
medida de urgência concedida (art. 273, §3º c/c o art. 461, §§4º e 5º).
A concessão de medida cautelar no presente caso é ainda mais
importante, tendo em vista que o próprio primeiro demandado, em seu
depoimento perante este órgão ministerial, assumiu ter firmado
acordos, perante o Judiciário trabalhista local, em processos que foram
ajuizados por cabos eleitorais individualmente, mas não teria cumprido
o acordado, demonstrando que o desrespeito, por ele praticado, não se
volta tão somente a cada um dos cabos eleitorais substituídos, mas ao
próprio Judiciário.
Outra questão relevante para a concessão da medida é que o
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primeiro demandado figura como sócio em várias empresas, conforme
relatório do INFOSEG, acostado aos presentes autos, tais como: T. Da
SILVA CORDEIRO (CNPJ n. 3770126/0001-33), Tecomix Construções
Ltda (CNPJ n. 14634420/0001-34), Import Shop Com. Serv. Rep. E
Empreendimentos Ltda (CNPJ n. 15724729/0001-88), Panda Photo
Magazine Ltda (CNPJ n. 3307871/0001-40), Tira Entulho Coleta de
Resíduos Ltda (CNPJ n. 9627625/0001-52), TJ Consultoria Empresarial
Ltda (CNPJ n. 14792788/0001-20), demonstrando, assim, que o não
pagamento dos direitos dos ora substituídos, como também dos acordos
judiciais trabalhistas firmados, não decorre de dificuldades financeiras
do demandado, mas de sua total falta de respeito para com o ser
humano e as instituições públicas consolidadas.
Assim, considerando a certeza do direito violado de cada um dos
cabos eleitorais, ora substituídos; o prejuízo irreparável causado à vida e
subsistência de cada cabo eleitoral, em razão do não recebimento de qualquer
parcela remuneratória pelos serviços prestados nas eleições de 2012; e
considerando a atitude de desrespeito do primeiro demandado para com o ser
humano e o próprio Judiciário trabalhista, não restam dúvidas de que há
necessidade de concessão da medida cautelar ora vindicada, a fim de que seja
determinado por este d. Juízo o bloqueio das contas bancárias do primeiro
demandado até o limite de R$ 249.459,00 (valor total dos créditos dos
substituídos), como forma de minimizar os efeitos causados aos cabos
eleitorais.
Caso não seja encontrado nenhum recurso na conta pessoal do
primeiro demandado, seja determinado o bloqueio das contas bancárias das
empresas nas quais ele seja sócio, a saber, T. Da SILVA CORDEIRO (CNPJ n.
3770126/0001-33), Tecomix Construções Ltda (CNPJ n. 14634420/0001-34),
Import Shop Com. Serv. Rep. E Empreendimentos Ltda (CNPJ n.
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15724729/0001-88), Panda Photo Magazine Ltda (CNPJ n. 3307871/0001-
40), Tira Entulho Coleta de Resíduos Ltda (CNPJ n. 9627625/0001-52), TJ
Consultoria Empresarial Ltda (CNPJ n. 14792788/0001-20), até o limite de
R$ 249.459,00 (valor total dos créditos dos substituídos).
6 – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer o Ministério Público do Trabalho o seguinte:
I – Liminarmente:
a) a concessão de medida cautelar, nos termos do art. 798 e 799 do CPC, a fim de que esse d. Juízo determine o bloqueio imediato das contas bancárias do primeiro demandado, TONYANDSON DA SILVA CORDEIRO (CPF N.517.578.826-220), até o limite de R$ 249.459,00 (duzentos e quarenta e nove mil, quatrocentos e cinquenta e nove reais), como forma de garantir e minimizar os efeitos danosos causados à vida e subsistência das cabos eleitorais substituídos, mediante o pagamento da parcela retributiva, do vale transporte e do auxílio alimentação, que lhes são devidas, em razão dos serviços prestados àquele, durante as eleições de 2012.
b) Caso não seja encontrado nenhum recurso na conta pessoal de TONYANDSON DA SILVA CORDEIRO, seja determinado o bloqueio das contas bancárias das empresas nas quais ele seja sócio, a saber, T. Da SILVA CORDEIRO (CNPJ n. 3770126/0001-33), Tecomix Construções Ltda (CNPJ n. 14634420/0001-34), Import Shop Com. Serv. Rep. E Empreendimentos Ltda (CNPJ n. 15724729/0001-88), Panda Photo Magazine Ltda (CNPJ n. 3307871/0001-40), Tira Entulho Coleta de Resíduos Ltda (CNPJ n. 9627625/0001-52), TJ Consultoria Empresarial Ltda (CNPJ n. 14792788/0001-20), até o limite de R$ 249.459,00 (valor total dos créditos dos substituídos).
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II – No Mérito:
a) Seja confirmada a medida liminar vindicada, condenando TONYANDSON DA SILVA CORDEIRO, definitivamente, ao pagamento das verbas retributivas, vale transporte e auxílio alimentação, a cada um dos cabos eleitorais substituídos, conforme quadro demonstrativo acima, em razão dos serviços prestados àqueles durante as eleições de 2012.
b) Sejam ainda TONYANDSON DA SILVA CORDEIRO condenado ao pagamento da multa no valor de R$ 595.000,00 (quinhentos e noventa e cinco mil reais), prevista no TAC Conjunto MPT e MP Eleitoral n. 352/2012, que regulou as relações de trabalho dos cabos eleitorais com candidatos e partidos políticos nas eleições de 2012, em razão de ter sido verificado o descumprimento de 05 (cinco) obrigações nele contidas e que atingiram comprovadamente 119 (cento e dezenove) cabos eleitorais.
c) Seja o Partido Social Liberal (PSL) condenado solidariamente ao pagamento das obrigações contidas no item II, alíneas “a” e “b”, conforme fundamentação acima.
d) A citação de TONYANDSON DA SILVA CORDEIRO e do PARTIDO SOCIAL LIBERAL, para, querendo, contestarem a presente ação, no prazo legal;
e) Requer, por fim, a intimação pessoal e nos autos do MPT, nos termos do art. 18, II, h, da LC n. 75/93, para todos os atos do processo.
Atribui-se à causa o valor de R$ 844.459,00 (oitocentos e
quarenta e quatro mil, quatrocentos e cinquenta e nove reais).
Manaus, 11 de outubro de 2013.
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Jorsinei Dourado do Nascimento
Procurador do Trabalho da 11ª Região
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