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FORMAS DE ESTADO

Professora: Mª Conceição Bezerra Morbach

É o modo pelo qual o Estado organiza o povo, o território e estrutura de poder, articulando o Poder Político (Soberania e a Autonomia).

A organização dos elementos do Estado (governo, soberania, povo, território e as finalidades do poder político) distingue a forma de Estado como Unitário, Federado ou Confederado.

As formas de Estado levam em consideração a composição geral do Estado, a estrutura do poder, sua unidade, distribuição e competências no território do Estado.

Os Estados unitários ou simples apresentam um poder único e centralizado.

União Federal, Estado Federal ou Federação de Estados (união permanente; preservação da autonomia interna dos membros da federação; soberania externa exercida por um órgão central). V. arts. 1.º; 21; 60, § 4.º; 84, VII (CF/1988).”

Confederação de Estados (associação de Estados; conservação da autonomia e personalidade internacional; cessão permanentemente de parte da liberdade de ação a um órgão central ).

ESTADO UNITÁRIO

O tipo puro do Estado Simples é aquele em que somente existe um Poder Legislativo, um Poder Executivo e um Poder Judiciário, todos centrais, com sede na Capital. Todas as autoridades executivas ou judiciárias que existem no território são delegações do Poder Central, tiram dele sua força; é ele que as nomeia e lhes fixa as atribuições. O Poder Legislativo de um Estado Simples é único, nenhum outro órgão existindo com atribuições de fazer leis nesta ou naquela parte do território.

(DARCY AZAMBUJA , 2008,p.393)

Caracteriza-se por apresentar a centralização política.

O Poder central é o núcleo do poder político

Não dispõe de poder originário ou poder de auto-organização.

Se existe unidade de poder sobre o território, pessoas e bens, tem-se o Estado Unitário.

Estado governado constitucionalmente;

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O poder político do governo, no estado unitário pode ser transferido (desconcentrado) para níveis locais ou regionais;

Desconcentra-se a administração que hierarquicamente é subordinada à administração central.

Tal faculdade denomina-se GOVERNO DEVOLVIDO;

Por delegação do Poder Central a administração habitualmente se organiza em departamentos e comunas, com relativa autonomia.

O governo central possui o direito de retomar tal delegação de poder.

Qualquer unidade subgovernamental pode ser criada ou extinta e ter seus poderes modificados pelo governo central.

No Estado unitário o governo central pode ampliar e restringir as funções dos (sub)governos devolvidos sem o consentimento formal desses entes.

Utilizado geralmente quando os Estados não possuem uma vasta extensão territorial que justifique uma separação de poderes em suas divisões internas.

Exemplo de Estados Unitários:

França, Inglaterra, Uruguai, Paraguai, e outros.

FEDERAÇÃO

Aliança de Estados para a formação de um único Estado.

A soberania é transferida dos estados-membros para o Estado Federal.

A base jurídica da federação é a Constituição;

Repartição das competências entre a União e as unidades federadas são previstas na Constituição;

O Poder político é compartilhado pela União e pelas unidades federadas;

O Indivíduo é cidadão do Estado Federal e não da unidade em que nasceu ou reside.

Federalismo: o caso brasileiro

Os Entes federados possuem competências específicas e capacidade de arrecadação

Poder Federal é: a União

Poder Estadual: os Estados membros

Distrito Federal

Poder Municipal: os Municípios

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O FEDERALISMO BRASILEIRO originou-se por desagregação: saiu da condição de Estado Unitário praticado no Brasil Império para o federalismo originado pela Constituição de 1891 que extinguiu a monarquia e estruturou o federalismo brasileiro segundo o modelo norte-americano.

Distrito FederalMunicípio ou Estado?

O Distrito Federal, na nova feição constitucional, é uma unidade da Federação, conquanto sofra algumas restrições que lhe não fere absolutamente as características de Estado e de Município, desenhadas pela Carta. É um Estado e também um Município. Daí a natureza singular, híbrida. 

A CF veda sua divisão em municípios.

A Lei Orgânica do DF prevê a criação de regiões administrativas, que integram sua estrutura administrativa, 

Federalismo: o caso americano

O FEDERALISMO ESTADUNIDENSE ocorreu por agregação: a forma confederada vigente (os Estados eram independentes) deu lugar ao federalismo. 

A Constituição Norte-Americana de 1787 é o marco inicial do Moderno Federalismo.

As treze colônias que rejeitaram a dominação Britânica, em 1776, constituíram-se em outros tantos Estados livres.

Verificou-se que o governo resultante dessa união confederada, resultava-se instável e precário não solucionava os problemas internos, notadamente os de ordem econômica e militar. As legislações conflitantes, as desconfianças internas, as rivalidades regionais, ocasionavam o enfraquecimento dos ideais nacionalistas e dificultavam sobremaneira o êxito da guerra de libertação.

O ESTADO FEDERAL

O Estado Federal é uma organização formada sob a base de uma repartição de competências entre o governo nacional e os governos Estaduais, de sorte que a União tenha supremacia sobre os Estados-Membros e estes sejam entidades dotadas de autonomia constitucional perante a mesma União.

(PINTO FERREIRA)

O Estado Federal "É um Estado de Estados".

(Euzébio Queiroz Lima, 1957)

Bibliografia

AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral do Estado. 4. ed. São Paulo: Globo, 2008

Aquino, Leonardo Gomes de. O Estado em Direito Internacional. Disponível em: <http :// www.ambito-juridico.com.br/site/index.php? >. Acesso em: 14 ago.2012.

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Szklarowsky, Leon Frejda. Distrito Federal: município ou estado? Disponível em: <http :// jus.com.br/revista/texto/101 >Acesso em: 14 ago.2012.


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