• Pode-se dizer que estamos enfrentando atualmente uma epidemia de gravidezes em adolescentes. Para ter-se uma ideia, em 1990, cerca de 10% das gestações ocorriam nessa faixa etária. Em 2000, portanto apenas dez anos depois, esse
índice aumentou para 18%, ou seja, praticamente dobrou o número de mulheres que engravidam entre os 12 e os 19 anos.
• Gravidez na adolescência não é novidade na história de vida das mulheres. Provavelmente muitas de nossas antepassadas casaram cedo, engravidaram
logo e, durante a gestação e o parto, não receberam assistência médica regular. Erros e acertos dessa época se perderam no tempo e na memória dos
descendentes.A sociedade se modernizou; as mulheres vislumbraram diferentes perspectivas de vida. No entanto, tais avanços não impediram que, apesar da divulgação da existência de métodos contraceptivos bastante seguros, a cada ano mais jovens engravidem numa idade em que outras ainda dormem abraçadas com o ursinho
de pelúcia.
• A gravidez na adolescência é considerada de alto risco. Daí a importância indiscutível do pré-natal para evitar complicações durante a gestação e o parto.
• Denomina-se gravidez na adolescência a gestação ocorrida em jovens de até 21 anos;
• A gravidez precoce não é um problema exclusivo das meninas;
• O pai, assim como as famílias de ambos também passam pelo difícil processo de adaptação a uma situação imprevista e inesperada;
• Afastamento dos membros da família e a desestruturação familiar;
• A desinformação e a fragilidade da educação sexual são também questões problemáticas.
• Ter um filho requer desejo tanto do pai quanto da mãe, mas não só isso;
• São necessários, além de muita consciência e responsabilidade, um amplo planejamento;
• Os primeiros problemas podem aparecer ainda no início da gravidez e vão desde o risco de aborto espontâneo;
• O aborto além de ser um crime, em nosso país, é uma das principais causas de morte de gestantes.
Como Evitar ?Métodos Contraceptivos
Diafragma
Pílulas anticoncepcionais
Camisinha
Causas
• Uma pesquisa realizada pela Universidade de Campinas (UNICAMP) mostra que as principais causas da gravidez na adolescência não seria a falta de informação sobre os métodos anticoncepcionais, pois quase todas as adolescentes entrevistadas entre 11 e 19 anos de idade conhecem bem as formas de se evitar a gravidez com o uso de preservativos e pílulas anticoncepcionais. As causas para a alta taxa de gravidez na adolescência no Brasil estão no fato de ansiarem por terem um filho ou por não acharem que iram engravidar.
Riscos para a Saúde
• Os riscos de uma gravidez na adolescência são inúmeros, principalmente quando estão abaixo dos 18 anos de idade. Os problemas de saúde mais comuns nas jovens grávidas são a anemia profunda, pré-eclâmpsia que é a hipertensão e o inchaço, eclampsia que leva à convulsões, coma e até mesmo a morte. Outros problemas bem comuns são as complicações na hora do parto, levando na maioria das vezes a partos prematuros, cesarianas e a depressão pós-parto. Todos esses problemas ocorrem porque o corpo da adolescente ainda não está totalmente formado e quando grávidas, começam a ‘competir’ com o feto que também está crescendo.
Riscos Sociais
• A gravidez na adolescência não traz apenas riscos para a saúde das jovens, mas também para os problemas sociais encontrados pela frente. Na maioria dos casos quando a adolescente está grávida abandona a escola, perde a juventude, afasta-se dos amigos, pode ser expulsa de casa, o parceiro pode não reconhecer a paternidade e algumas caem na prostituição. Por isso, nessa hora é muito importante o apoio e a compreensão familiar com as jovens grávidas. O papel dos pais é muito importante, pois são eles que devem orientar seus filhos e ensinar os métodos para evitar uma gravidez na adolescência.