1
MMaatteemmááttiiccaa bbáássiiccaa
Números naturais - operações fundamentais
Adição
A adição é a operação matemática que reúnem quantidade. O símbolo de adição é + (lê-se "mais").
A ordem das parcelas não altera a soma.
O zero adicionado à esquerda de uma parcela não altera a soma.
Subtração
A subtração é a operação inversa da adição. O símbolo de subtração é - (lê-se "menos").
Sempre que quisermos verificar ou provar a exatidão de uma subtração, teremos que usar uma operação contrária,
isto é, adicionar o subtraendo com o resto. Se a subtração estiver certa, o resultado será o minuendo.
Multiplicação
O sinal que indica multiplicação é x (lê-se "vezes").
A ordem dos fatores não altera o produto.
Quando um dos fatores for zero, o resultado é sempre zero.
Divisão
O sinal que indica divisão é (lê-se "dividido por").
A divisão é a operação inversa da multiplicação.
A divisão de zero por qualquer número diferente de zero, é sempre zero. Não é possível dividir um número qualquer
por zero.
995
858 137
+ Parcela
Parcela
Soma ou total
721
858 137 -
Minuendo
Subtraendo
Resto ou diferença
24
8 3 x
Fator
Fator
Produto
150 3
50 0
Dividendo Divisor
Resto Quociente
2
NNúúmmeerrooss ddeecciimmaaiiss
Os números decimais são compostos de números inteiros de uma fração decimal. Entre os inteiros e a fração é
colocada uma vírgula. Ex: 50,78 é um número decimal que se lê: Cinquenta vírgula setenta e oito.
Os inteiros deverão ficar sempre à esquerda da vírgula e a fração à direita.
O valor do algarismo depende da posição onde está colocado dentro do número.
Exemplo: No número 105,972 temos os seguintes valores:
Operações adição, subtração e multiplicação com números decimais
Adição Para o cálculo da adição, ordenamos os números em unidades, dezenas, centenas, milhar. Tomamos o cuidado, sem-
pre, de alinhar a vírgula. Feito isso, efetuamos a soma como se os números fossem inteiros Exemplos:
Obs: Sempre que se completa a fração decimal com zeros, não se altera o valor da mesma. Ex: 32,1 = 32,10.
Subtração Como na adição, alinhamos as vírgulas e efetuamos a operação normalmente.
Multiplicação Vamos efetuar os mesmos cálculos da multiplicação como números inteiros e observar a posição da vírgula. Exemplo:
45,5 x 8,1 = 368,55
O número 45,5 possui 1 casa após a vírgula. O número 8,1 também apresenta 1 casa após a vírgula. O resultado terá,
portanto, 2 (1+1) casas após a vírgula. Efetuar a multiplicação sem se preocupar com a vírgula. Observar que o
produto terá 2 casas após a vírgula. O resultado seria 36855, porém sabemos, que o número deve possuir 2 casas após
a vírgula. Então contamos da direita para esquerda duas casas e colocamos a vírgula imediatamente após as duas
casas como no exemplo acima.
Uma centena
Nove décimos
Sete centésimos
Dois milésimos
Zero dezena
Cinco unidades
4,57
32,1
36,67
+
4,57
2,1
2,47
_
3
Cálculo de área, volume e perímetro
Área
Área é a denominação dada à medida de uma superfície. A unidade utilizada em construção civil é o m².
Área do triângulo
Denominamos de triângulo a um polígono de três lados. Observe a figura abaixo. A letra h representa a medida da
altura do triângulo, assim como letra b representa a medida da sua base.
A área do triângulo será metade do produto do valor da medida da base, pelo valor da medida da altura, tal como na
fórmula abaixo:
A letra S representa a área ou superfície do triângulo.
No caso do triângulo equilátero, que possui os três ângulos internos iguais, assim como os seus três lados, podemos
utilizar a fórmula acima. Onde ℓ representa a medida dos lados do triângulo.
Área do paralelogramo
Um quadrilátero cujos lados opostos são iguais e paralelos é denominado paralelogramo. Com h representando a
medida da sua altura e com b representando a medida da sua base, a área do paralelogramo pode ser obtida mul-
tiplicando-se b por h, tal como na fórmula abaixo:
h
b
A = b x h 2
ℓ
ℓ ℓ A = ℓ² 4 √3
h
b
A = b x h
4
Área do quadrado
Todo quadrado é um retângulo, mas nem todo retângulo é um quadrado. O quadrado possui quatro lados iguais, com
diagonais perpendiculares, ainda possui todos os seus ângulos internos iguais a 90°. Observe ainda que além de
perpendiculares, as diagonais também são iguais.
Área do círculo
A divisão do perímetro de uma circunferência, pelo seu diâmetro resultará sempre no mesmo valor, qualquer que seja
circunferência. Este valor irracional constante é representado pela letra grega minúscula pi, grafada como . Por ser
um número irracional, o número pi possui infinitas casas decimais. Para cálculos corriqueiros, podemos utilizar o valor
3,14159265. Para cálculos com menos precisão, podemos utilizar 3,1416, ou até mesmo 3,14.
O perímetro de uma circunferência é obtido através da fórmula: P = 2. .r
O cálculo da área do círculo é realizado segundo a fórmula abaixo: S = .r²
Onde r representa o raio do círculo.
Volume do cubo e cilindro
Volume do cubo Volume do cilindro
Perímetro
h
b
A = b x h
A = ℓ²
r
V = ℓ³ V = .r².h
Perímetro = a + b + c + d a
b
c
d
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Instrumentos de medida
Trena
É um dos instrumentos de medição mais usado na construção civil. A trena é
uma fita de aço ou fibra de vidro, graduada no sistema métrico decimal e no
sistema inglês (polegadas e pés), alojada caixa plástica facilmente transportável
no bolso, dotada de um dispositivo de recolhimento (mola ou manivela). O seu
comprimento varia entre 5,00 m e 30,00 m. A sua utilidade é medir compri-
mentos, larguras e demais dimensões na obra.
Esquadro
O esquadro é um instrumento importante na construção civil. É usado para veri-
ficar se o encontro de duas paredes, o canto, está no esquadro, ou seja, no
ângu-lo de 90°. Os dois lados do esquadro formam este ângulo entre si. Existem
es-quadros de madeira, plástico e de ferro.
Prumo
É usado e verificar se as paredes estão em plano vertical. Devido ao seu peso
mantém-se sempre vertical, quando pendurado no fio. Compõe-se de três peças,
a saber: o taco, que é de madeira o fio do prumo, que é de cordão e o corpo do
prumo, que é de um cilindro de latão, cheio de chumbo. Existem prumos de 1 e
2 kg de peso. Quanto mais pesados, menos erros podem proporcionar. (Um
vento forte poderá deslocar um prumo).
0,80
0,60 90°
1,00
6
Nível de bolhas
O nível de bolhas é um instrumento de verificação que serve para determinar e
verificar a horizontalidade de um elemento de construção. Existem níveis com
diversos comprimentos, que variam entre 30 cm e 1,00 m. São construídos de
madeira e também de metal, como por exemplo, o alumínio ou o ferro fundido.
No corpo do nível são embutidos pequenos tubos de vidro, que contém um líqui-
do, em geral água ou álcool com corante, e uma bolha de ar. Nos centros dos
tubos estão marcados dois riscos. Colocando-se o nível acima da superfície a ser
verificada, esta está no nível quando a bolha de ar se encontra exatamente entre
os dois riscos do tubo. É necessário verificar permanentemente a exatidão do
nível. Para isto, é colocado numa parede revestida e faz-se um risco ao longo dele. Virando-o agora no sentido oposto
(sempre deixando os vidros em cima), pode-se considerar o nível exato, quando a bolha permanece entre os riscos,
como anteriormente.
Prumo de centro
O prumo de centro é usado para marcar centros, alinhamentos e alicerces. É
composto do fio e do prumo. Este tem a forma de cone.
Nível de borracha
Entre os níveis mais usados para nivelar a distância e marcar diversos pontos,
emprega-se o chamado "nível de borracha". Este é uma mangueira de plástico
transparente com o comprimento praticamente limitado. Cheio de água pode-
mos marcar os diversos pontos de níveis em paredes, etc. Devemos ter o cuida-
do de não deixar nenhuma bolha de ar dentro da mangueira.
Nível laser
Trena eletrônica
7
Escantilhão
O escantilhão é um instrumento feito para determinar as distâncias entre as
diversas fiadas de tijolos num canto de parede. Em geral é feito pelo próprio
pedreiro. Este marca, numa régua de madeira, a altura das diversas fiadas,
considerando sempre o centro da argamassa entre os tijolos. Assim poderá
facilmente assentar os tijolos dos cantos. A régua deve ser de madeira dura,
seca e desempenada. É feita nos tamanhos de 1,00, 1,50 e 2,00 metros, com
uma largura de 0,10 m.
8
Utilizar nível de bolha
Processo de execução
1º passo - Nivele a peça no sentido longitudinal.
Limpe o local de apoio do nível;
Apóie o nível sobre a peça no sentido longitudinal, observando para que
lado se desloca a bolha da ampola do nível.
Levante ou abaixe as extremidades da peça e vá calçando até que a bolha
fique imóvel entre os traços indicadores do nivelamento existente na am-
pola;
Retire o nível.
2º passo - Nivele a peça na transversal, procedendo conforme passo anterior.
Obs: É necessário evitar choques no nível e protegê-lo do tempo.
Caso as dimensões a nivelar sejam maiores que o comprimento do nível,
utilizar nível com o auxílio da régua desempenada.
9
Nivelar e esquadrejar
Coloque, com cuidado, uma régua em posição de nível e outra a prumo, como aparecem na figura acima, elas
formam o esquadro;
Corte 3 sarrafos aparelhados de 5 cm, nas medidas seguintes: A = 65 cm, B = 55 cm, C = 60 cm.
Na face interna dos sarrafos, depois de descontar a largura dos mesmos, marque as medidas seguintes: em "A" 40
cm, em "B" 30 cm e em "C" 50 cm (deixando 5 cm em cada extremidade);
Ajuste os sarrafos como aparecem na figura acima, serre e pregue como aparecem no desenho. Confira com um
esquadro de metal de precisão;
Verifique o esquadro de sua desempenadeira, colocando-a sobre o esquadro de madeira, como aparece na figura
acima.
Faça o exercício da figura acima, esticando linhas e colocando-as sobre o esquadro. Ao esquadrejar as linhas, não
force com o esquadro, deixe que elas encostem levemente no esquadro.
Prumo
Régua Nível
Régua
30 cm
50 cm 40 c
m
55 cm
65 c
m
60 cm
B
C
A
10
Ferramentas
A utilização de ferramentas apropriadas para cada etapa do serviço a ser executado é primordial para garantia de um
bom trabalho. Algumas ferramentas têm um uso específico, outras podem ser utilizadas em várias etapas da cons-
trução. A maior parte das ferramentas devem ser adquiridas de bons fornecedores. Se possível, experimente ou peça
demonstração da ferramenta antes de adquiri-la. Um manual de instruções e de manutenção deve ser solicitado ao
fabricante. As ferramentas devem estar sempre em boas condições de uso e ser guardadas em locais adequados no
final de cada jornada de trabalho.
Colher de pedreiro
Instrumento disponível em vários tamanhos. Serve para colocar a argamassa de
rejuntamento ou revestimento. O concreto, desde que em pequenas espessuras,
pode ser movimentado com uma colher - por exemplo, dentro de um carrinho
de mão.
Espátula
Utilizada para alisamento de revestimento de massa fina ou gesso.
Martelos
Em serviço de pedreiro, o martelo é do tipo martelo-talhadeira, que serve para
cortar pequenos pedaços de tijolos ou blocos, ou remover incrustações de arga-
massa endurecida. O martelo de unha é utilizado para colocação ou remoção de
pregos ou pinos. Existem martelos de diversos pesos, o mais indicado é o de 0,5
Kg.
Brocha
Utilizada para umedecer tijolos ou blocos antes do seu assentamento e em locais
que devem receber revestimentos. São utilizadas também nas pinturas a cal.
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Caixa de massa
Caixa de madeira ou metálica utilizada para colocação da argamassa que esteja
sendo utilizada na obra.
Desempenadeiras
Serve para obter o desempeno de argamassas ou concretos. Podem ser de ma-
deira, que dão um acabamento bem liso, utilizado por exemplo em revestimen-
tos de pisos de argamassa de cimento. Para o esparrame de argamassas prontas
para aplicação de produtos cerâmicos, utiliza-se uma desempenadeira de aço
especial, com dois lados dentados.
A desempenadeira é utilizada para segurar pequenas quantidades de argamassa
durante o trabalho. Pode ser substituída por um tabuleiro de madeira, feito es-
pecialmente para esta finalidade. Usamos também as desempenadeiras de ma-
deira para desempenar os rebocos.
Paleta
Ferramenta usada para aplicação de argamassa nos blocos de concreto, na ele-
vação da alvenaria. Podem ser de madeira ou de plástico.
Riscador manual
Para contornos cerâmicos devemos usar o riscador manual, por ser uma ferra-
menta de grande utilidade, para cortes em ângulos retos devemos usar a serra
elétrica apropriada.
Torquês
A torquês é a ferramenta que se emprega para cortar ou aparar azulejos e ladri-
lhos. A torquês serve também para fazer cortes e curvas e amarrar as ferragens.
É fabricada de aço. O seu corte deve ser sempre afiado. A torquês é utilizada pa-
ra dobragem e corte de arame cozido na amarração de ferragem. Pode ser subs-
tituída por um alicate universal.
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Talhadeira
A talhadeira é uma ferramenta auxiliar para cortar azulejos ou ladrilhos. É fabri-
cada de aço o pedreiro emprega-a também para abrir rasgos na parede. A talha-
deira é usada batendo-se com um martelo na sua cabeça. Neste lugar se formam
rebarbas que devem ser tiradas de preferência com o esmeril, pois podem cau-
sar ferimentos nas mãos.
Serra mármore
A serra possibilita o corte de: Mármore, granito, pedras, ardósia, concreto verde
e curado, tijolos, telhas, etc. Atentar para o tipo de disco adequado para cada
situação. A serra possui rotação muito alta.
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Esquadro pelo processo 3.4.5
Consiste em determinar, sobre uma superfície, linhas ou traços que formem um ângulo de 90°, por meio do processo
chamado "3.4.5", geralmente utilizado na construção para marcações em gerais da obra.
Processo de execução
Com o metro
1º passo - Marque um pequeno traço, sobre o alinhamento conhecido, onde será feito o alinhamento em esquadro
(ponto A da figura abaixo).
2º passo - Meça e marque 30 centímetros sobre o alinhamento conhecido, partindo do ponto A, obtendo o ponto B.
3º passo - Meça e marque 40 centímetros, partindo do ponto A, estimativa-
mente em esquadro com o alinhamento conhecido, fazendo do
metro um compasso para obter uma marca em forma de arco.
4º passo - Meça e marque 50 cm, partindo do ponto B, fazendo do metro um
compasso cujo arco cruze com o arco do compasso anterior (40 cm),
obtendo o ponto C.
5º passo - Faça um traço que passe pelos pontos A e B. Este traço estará em
esquadro com o alinhamento conhecido.
90°
A B
Lin
ha
do
esq
uad
ro
C
A B
40 c
m
A B
50 cm
C
14
Com a trena
1º passo - Marque um pequeno traço sobre o alinhamento conhecido, onde será feito o alinhamento em esquadro
(ponto A da figura abaixo).
2º passo - Pregue um prego ou similar no ponto A.
3º passo - Meça e marque 3 metros sobre o alinhamento conhecido, partindo do ponto A, obtendo o ponto B.
Observações
A marcação deverá ser feita cravando-se um prego no ponto B.
O zero na trena deverá estar fixo no ponto A.
4º passo - Prolongue a trena até situar a medida de 8 metros em frente ao ponto A, aproximadamente.
5º passo - Continue prolongando a trena em direção ao ponto a até unir a marca dos 12 metros neste ponto.
6º passo - Estique a trena e pregue um prego na marca dos 8 metros, obtendo o ponto C.
7º passo - Coloque uma linha que passe sobre os pontos A e C.
Obs: Esta linha estará em esquadro com o alinhamento conhecido, passando pelo ponto A.
8 7 6 5 4
90°
Alinhamento
Alinhamento
Ponto C
Ponto B
Ponto A
5 m
10
12
9
9
4 m 11
3
2
1 3 m
15
Nivelar com mangueira
Nivelar com mangueira é uma operação que consiste em transportar pontos ou referências, com auxílio de uma
mangueira de plástico transparente e cheia de água. É utilizada na construção a fim de estabelecer pontos de nível
distantes que, se determinados pelo nível de bolha, apresentariam imprecisões.
Processo de execução
1º passo - Prepare a mangueira. Desenrole a mangueira, se necessário.
2º Passo - Encha de água a mangueira, colocando uma de suas pontas no bico de uma torneira.
3º Passo - Verifique se a superfície de água nos dois extremos da mangueira estão na mesma altura.
Observações
A mangueira deve ser de plástico transparente.
É necessário que esteja limpa e sem dobras.
Não devem existir vazamentos nem bolhas de ar dentro da mangueira.
Deve-se deixar uma folga de 10 cm a 15 cm entre a superfície da água em re-
pouso do tubo e os extremos deste.
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4º passo - Conduza a mangueira até o local de nivelamento.
Obs: É necessário tampar os extremos da mangueira com os polegares.
5º passo - Inicie o nivelamento.
Obs: A partir deste passo, o operador necessita de um auxiliar para realizar a
operação.
Determine um ponto inicial de referência numa parede ou numa estaca bem
fixada no terreno.
O ponto inicial deverá facilitar o atendimento às condições do projeto.
É necessário colocar este ponto a uma altura, que facilite a execução do nive-
lamento, isto é, cerca de um metro acima do piso de trabalho.
Marque com lápis ou giz, um traço horizontal no ponto determinado.
6º Passo - Para facilitar a identificação do traço, coloque um símbolo abaixo do
mesmo.
7º Passo - Coloque uma das pontas da mangueira sobre o ponto inicial, segura
pelo ajudante, mantendo fechado o orifício da mangueira.
A superfície da água deve estar bem próxima da marca;
O outro extremo da mangueira também permanece fechado pelo polegar do
operador;
Conduza a outra ponta para um segundo local onde marcará o ponto de nível
como no primeiro.
Os locais dos pontos a serem marcados devem ser escolhidos previamente;
Quando os locais dos pontos estão muito afastados, colocam-se locais intermediários provisórios em função do
comprimento da mangueira;
Coloque a outra ponta sobre o local que, a olho, julga estar nivelado com o primeiro ponto de referência.
Obs: Continue a manter os dois orifícios da mangueira, fechados.
Destampe a ponta da mangueira e avise o auxiliar para fazer o mesmo no ponto inicial.
8º passo - Execute o nivelamento.
Avise o ajudante para colocar o plano da superfície da água da mangueira, na mesma altura do traço inicial.
1 m
Superfície plana da
água
Traço inicial
17
Acompanhe os movimentos do ajudante, suspendendo ou abaixando a ponta da mangueira.
Obs: O movimento é necessário para que a água não extravase do tubo e entre em repouso para indicar o nível.
Marque o segundo ponto, riscando, na parede ou na estaca, um traço com lápis ou giz, que esteja na mesma altura
da superfície da água na extremidade da mangueira.
Observações
O 2º traço deve ser dado pelo operador quando o ajudante avisar que a su-
perfície da água, na outra extremidade da mangueira coincide com o primei-
ro traço.
Deve-se fazer a marcação de modo que facilite encontrar o traço.
9º passo - Prossiga nas marcações, repetindo o 3º e 4º passos, até completar o nivelamento.
Obs: É necessário confirmar a precisão da operação, fechando os pontos nivelados, isto é, conferindo se o último
ponto está de nível com o primeiro. Caso não estejam, será preciso refazer o trabalho para eliminar o erro.
Segundo ponto
Ponto inicial
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Escalas
Escalas utilizadas na engenharia
De acordo com a NBR 8196, as escalas utilizadas na engenharia são em geral:
Ampliação Natural Redução
1:2 1:1 2:1
1:5 5:1
1:10 10:1
Contudo, em geral, costuma-se utilizar as escalas 1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100; 1:125, uma vez que o escalímetro
comumente empregado na representação de peças e desenhos da engenharia utilizam tais escalas.
Exceção a essa regra deve ser feita para a Engenharia Cartográfica, uma vez que as escalas normalmente empregadas
são bem inferiores as apresentadas (1:500; 1:1000; dentre outras).
Escalas utilizadas na arquitetura
As escalas de redução recomendadas pela NBR 6492 para a representação de projetos de arquitetura são: 1:2; 1:5;
1:10; 1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100; 1:200; 1:250; 1:500.
Escala 1:100 As medidas entre as duas paredes
é de 10 metros
19
Argamassa
Definição
Denomina-se argamassa a mistura de areia, aditivo e água com um aglomerante, que é o cimento. O aglomerante é a
substância responsável pelo endurecimento da argamassa. A areia e o aditivo são agregados.
Uso
A argamassa é empregada no assentamento de tijolos e para revestimentos de paredes, pisos e forros.
Tipos
Os principais tipos de argamassa são:
Argamassa de cimento
Argamassa de cal e cimento, também chamada argamassa mista.
Argamassas especiais como por exemplo o Reboquit e o Quartzolit
Traço
Com o nome "traço de argamassa" denomina-se a relação em volume ou em peso entre o aglomerante e os aglo-
merados.
Os materiais para a mistura são normalmente medidos em volume.
Interpretação do traço
Exemplo 1: Argamassa de cimento e areia 1:4.
A argamassa tem como aglomerante o cimento
O primeiro algarismo, que é 1, representa as partes do cimento
O segundo algarismo que é 4, representa as partes de areia.
Conclusão: Na argamassa de cimento 1/4 deve-se misturar 1 parte de cimento com 4 partes de areia e aditivos.
20
Argamassa para alvenaria estrutural
Traço: 1 x 4
01 lata de cimento
04 latas de areia
100 ml de cicanol
Água deve ser dosada até termos uma argamassa homogênea.
Blocos de concreto
A fabricação dos blocos de concreto tem um traço determinado de conformidade ao trabalho a ser executado. Os
blocos de concreto usados em alvenaria estrutural, são fabricados em vários tamanhos: 14 x 19 x 34, 14 x 19 x 39,
14 x 19 x 19, 14 x 19 x 54.
Os tamanhos dos blocos são pedidos pela empresa, nos tamanhos da necessidade da obra. As empresas antes de
iniciarem as obras, fazem modulação para poder determinar os tamanhos dos blocos a serem usados na obra.
Observação
Todos os traços de argamassas usados nas alvenarias estruturais devem obdecer as especificações dos projetos
específicos.
21
Fixação de alvenaria com argamassa em estrutura de concreto
Iniciar a fixação da alvenaria quando a obra já tiver no mínimo 4 andares de alvenaria e com contrapiso do andar
superior concluído acima do pavimento a ser fixado. A fixação deverá ser iniciada do 4º andar e descer para o 3º, 2º,
em sequência fixando até o 1º pavimento, se houver paredes no mezanino. Caso contrário deixar o 1º pavimento para
fixar na etapa de execução da fachada. Obedecer o critério da sequência para a fixação dos demais pavimentos,
sempre de quatro em quatro andares, com pelo menos o contrapiso do andar superior executado.
Execução dos serviços
Aplicar água com auxílio de broxa no local a se iniciar a fixação da alvenaria, para limpar o local e umedecer a
alvenaria.
Iniciar a fixação com argamassa (de assentamento), conforme PE.ARG.01, aplicada com bisnaga, enfiando o bico
desta na junta entre a alvenaria e a estrutura, torcendo a bisnaga de tal forma que seja preenchida a junta até a
aproximadamente metade da alvenaria.
Executar a atividade anterior dos dois lados da parede;
Nas paredes externas o preenchimento da argamassa da face externa será realizado na execução da fachada,
conforme PE.REV.07.
Acabar a junta alisando com a colher de pedreiro;
No caso do espaço ter sido liberado mesmo tendo abertura maior que 35 mm, a argamassa de fixação deverá ser
colocada em duas camadas com intervalo de no mínimo 24 horas entre elas. Deixar para a colocação do cordão
final, um espaço aproximado de 20 mm.
22
Marcação de alvenaria com bloco de concreto
Objetivo
O objetivo deste procedimento é padronizar a execução da marcação de alvenaria em bloco de concreto.
Documentos de referência
Planta de primeira fiada preparada para locação de alvenaria;
Projeto de fundação;
Projeto ou especificação de grauteamento;
Projeto de instalações embutidas;
PE.ARG.01 – Produção Industrializada de Argamassa em Canteiro de Obra;
Fio traçante.
Ferramentas e equipamentos
Linha de nylon com esticador
Régua técnica de 2,0 m
Esquadro
Nível laser ou nível alemão
Escantilhão
Carro para transporte de massa
Caixote de massa
Argamassadeira de eixo horizontal
Carro para transporte de blocos
Espaleta ou bisnaga para assentamento
Colher de pedreiro
Trena de 5,0 m
Trena de 30,0 m
Prumo de face
Nível bolha
Serra mármore de bancada
Giz de cera ou lápis carpinteiro para marcação
Materiais
Blocos e blocos especiais conforme projeto de alvenaria
Tela Morlan - 15 x 15 mm - fio ∅1,5mm galvanizada
Arruela Hilti – 23 mm
Pino X-ZF 27 P8 ou Pino X-ZF 32 P8 da Hilti
Cartucho 6.8/11 - vermelho (Hilti)
Cimento
Cal CH1 da Cobrascal / Ical
Areia fina argilosa da Bernardes ou Aremilha
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Fio traçante Esticador de linha Régua técnica
Esquadro Nível laser Argamasseira
Nível alemão Escantilhão Carro para transporte de blocos
Bisnaga para assentamento Espaleta Caixote metálico e suporte
24
Materiais
Blocos conforme projeto de alvenaria
Areia, cimento e cal conforme PE.ARG.01
Condições para o início dos serviços
Fundações executadas
Instalações hidráulicas e elétricas embutidas em piso executadas
Laje de piso térreo concretada com as instalações (ver figura ao lado)
Método executivo
Transferir os eixos marcando-os com argamassa de cimento e areia sobre a laje;
Executar mapeamento da laje do pavimento, utilizando nível alemão ou nível laser;
Definir o nível de referência, procurando o ponto mais alto da laje;
Assentar nesse ponto mais alto da laje um bloco com a menor espessura possível de argamassa conforme
PE.ARG.01. Esse bloco será a referência de nível;
Traçar linhas para assentamento: marcar com o fio traçante a posição das paredes é importante indicar de
qual lado da linha devem ser assentados os blocos;
Conferido os esquadros e com as linhas marcadas, deve-se transportar para o pavimento a quantidade de blo-
cos necessária para marcar a alvenaria;
Inicia-se a marcação a partir dos eixos, colocando primeiro os blocos estratégicos (de encabeçamento e amar-
ração).
A seguir estica-se a linha utilizando o esticador e preenche-se os vãos entre blocos, ajustando a modulação.
Posicionar blocos com janelas previamente abertas nos pontos a serem grauteados.
Marcar nos blocos as posições dos pontos de instalações;
Fazer a aceitação do serviço conforme FOR10 – PE ALV 10;
Elevação de alvenaria com bloco de concreto
A elevação de alvenaria com bloco de concreto deve obedecer a modulação determinada pelo projeto, para podermos
dar início a elevação da alvenaria. É importante que obedecendo a modulação, façamos a amarração das fiadas para
termos uma parede aprumada e resistente. Toda vez que perdemos a amarração das fiadas comprometemos a
elevação da alvenaria.
Na elevação de alvenaria estrutural, os pilares seguem da fundação utilizando o vazamento (furo) do bloco para o
seguimento da ferragem do pilar, que é concretado sem usar forma de madeira.
Nos vãos de janelas usa-se canaletas com a ferragem determinada pelo projeto devendo ultrapassar 10 cm para cada
lado do vão da janela. Nos vãos de janelas as canaletas são usadas em cima e em baixo.
Posicionar os escantilhões e blocos para elevação das paredes em alguns cantos dos diversos cômodos da seguinte
maneira: assentar os escantilhões fazendo coincidir a primeira marca com o nível da primeira fiada dos blocos; apru-
mar o escantilhão usando a régua técnica. Uma vez que os escantilhões foram fixados com a sua primeira marca
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nivelada com a primeira fiada dos blocos consequentemente todas as suas outras marcas também estarão automa-
ticamente niveladas
Assentamento do bloco referencial de nível
Traçar linha para assentamento Assentamento de blocos estratégicos 1
Assentamento de blocos estratégicos 2 Assentamento de blocos estratégicos 3
26
Grautes
Os grautes são argamassas ou microconcretos de elevada fluidez e coesão, pré-dosados especificados para diversos
tipos de concretagem, de fácil aplicação, sem a necessidade de pessoal especializado e com desempenho garantido.
Para tal, os grautes possuem em sua composição aditivos superplastificantes, que além de conferir-lhe elevada flui-
dez permitem a redução de água, que proporciona ao material endurecido elevada resistência mecânica e durabi-
lidade. São também adicionados redutores ou compensadores de retração, eventualmente fibras sintéticas para o
aumento da tenacidade.
Algumas características dos grautes que torna vantajoso seu uso
Elevada fluidez e coesão que garantem que o material seja auto-adensável.
Retração compensada, eliminando a ocorrência de fissuras generalizadas.
Verificação de esquadro Esticar linha e assentar bloco da primeira fiada
Assentar e nivelar blocos da primeira fiada
Assentar e nivelar blocos da primeira fiada - Continuação
Assentar e nivelar blocos da primeira fiada - Continuação
Conclusão dos serviços
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Elevada resistência mecânica inicial e final, geralmente superior aos concretos convencionais.
Alta impermeabilidade, e proteção contra o Ingresso de agentes agressivos.
Alta aderência ao substrato e às bordas das cavidades.
Os grautes pré-dosados, produzidos industrialmente permitem atingir uma maior produtividade e qualidade das
obras, eliminando a possibilidade de erros de dosagem no canteiro.
Em alguns casos os traços pré-dosados admitem a adição de agregados graúdos (pedrisco e/ou brita 1), em deter-
minadas porcentagens recomendadas, sem que aconteçam alterações importantes em suas propriedades.
De uso geral;
Para preenchimentos de média profundidade;
Para preenchimentos de alta profundidade;
De liberação rápida;
Para bombeamento;
Para usos subaquáticos;
Altas resistências.
Ancoragens
Elevadas solicitações em elementos de ancoragem são cada vez mais frequentes em obras. Para este fim, são disponi-
bilizados produtos à base de resinas especiais e cargas minerais, como a resina epóxi com sua alta resistência e
diversidade de aplicações ou poliéster que permite ancoragem mesmo em condições de alta umidade.
Grauteamento de estrutura metálica
Chumbagem química com resina de base poliéster
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Execução de alvenaria estrutural com blocos de concreto para edifícios multipavimentos
Objetivo
Definir diretrizes para execução da alvenaria estrutural com blocos de concreto para edifícios multipavimen-
tos.
Documentos de referência
Projeto de alvenaria estrutural
Planta de eixos;
Planta de locação da primeira fiada;
Planta de furação de elétrica;
Planta de furação ou passante de hidráulica;
Ferramentas e equipamentos
Escantilhão com régua móvel e dois braços giratórios telescópicos
Régua técnica
Bisnaga
Esticadores de linha
Cavalete metálico
Andaime metálico
Caixote para massa
Carrinhos
Carrinho paleteiro
Argamassadeira
Nível alemão
Colher de Pedreiro
Esquadro de alumínio
Linha de nylon
Trena metálica de 15 e 30 metros
Funil metálico
Máquina de pressão (VAP)
EPI's
Materiais
Todos os materiais abaixo devem ser recebidos e controlados conforme especificações do PE.CONT.05. Controle
Tecnológico de Alvenaria Estrutural para Edifícios Multipavimentos
Blocos estruturais, conforme especificado no projeto de alvenaria estrutural (dimensões e resistência). Recomen-
da-se não utilizar blocos com idades inferiores a 21 dias (para evitar efeitos de retração hidráulica);
Argamassa industrializada, com as resistências conforme projeto de alvenaria estrutural;
Graute, com as resistências conforme projeto de alvenaria estrutural.
Água proveniente do abastecimento público (não é permitida a utilização de água proveniente do lençol freático
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para o amassamento de argamassas e grautes);
Aço, conforme especificado no projeto para produção de alvenaria estrutural.
Condições para o início dos serviços
Treinamento de todos os funcionários realizado;
Central de dosagem de argamassas implantada, conforme identificado no Projeto para produção de alvenaria
estrutural e/ou conforme identificado no projeto de canteiro. A central de dosagem deve seguir as orientações do
fabricante para produção da argamassa (adição de água).
Disposição dos paletes de blocos no pavimento, conforme a quantidade e disposição especificadas no projeto de
Alvenaria Estrutural;
Laje de concreto do andar imediatamente inferior conferida e liberada pela equipe da obra.
Conferência do posicionamento e esquadro dos eixos marcados na laje do andar imediatamente inferior conferida
e liberada.
Pavimento limpo e liberado para a execução dos serviços.
Cuidados a serem tomados
• O projeto para produção de alvenaria estrutural deverá estar disponível no pavimento durante todas as etapas de
execução da alvenaria estrutural;
• O assentamento dos blocos não poderá ser realizado sob chuva. Em caso de chuvas, a alvenaria recém executada
deverá ser protegida de forma que os blocos não fiquem cheios de água;
• Os blocos não poderão ser molhados durante a elevação;
• As paredes de alvenaria estrutural somente poderão ser executadas com blocos íntegros. Não se admite o corte ou
quebra dos blocos para “ajuste” na alvenaria;
• A amarração entre as paredes estruturais deverá ser realizada por interpenetração dos blocos. Caso haja outras
especificações no projeto para produção de alvenaria estrutural, seguir as especificações do projeto.
Locação
• A partir dos eixos previamente posicionados na laje, locar as alvenarias os
vãos de porta e os shafts, marcando suas posições na laje com o fio traçante.
Conferir a posição das instalações em relação às posições das alvenarias.
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Etapa de conferência da locação das alvenarias, shafts e vãos de porta
Mapeamento da laje e definição do ponto crítico
Com o auxílio do nível alemão, fazer o mapeamento da laje, nos locais indicados no projeto para produção de
alvenaria estrutural. Passar o mapeamento para a equipe de engenharia da obra que identificará o ponto crítico
(ponto mais alto).
• Neste ponto será assentado o bloco de referência (BR), que servirá de referência para o nivelamento dos blocos de
extremidade das primeiras fiadas.
• Assentar o primeiro bloco (BR) com auxílio do nível de mão neste ponto. A
espessura mínima da argamassa de assentamento neste ponto será de 0,5
cm. Fazer um X neste bloco de forma que ele possa ser identificado posteri-
ormente.
Etapa de conferência do posicionamento do bloco BR e da espessura mínima de argamassa neste ponto
Execução da fiada de marcação
• Nesta etapa, a planta de primeira fiada deve obrigatoriamente ficar disponível no pavimento de forma que todas
as informações necessárias para a execução da fiada de marcação estejam disponíveis para todos os funcionários.
• A argamassa utilizada para o assentamento dos blocos da primeira fiada é a mesma argamassa utilizada para a
elevação das alvenarias.
Lavar a laje previamente ao assentamento dos blocos de forma a remover
pó, graxa ou outras sujeiras que possam prejudicar a aderência da argamassa
de assentamento da primeira fiada. Esta limpeza pode ser feita com VAP, ou
esfregando com água e vassoura energicamente
• Assentar dos blocos de saída (blocos de extremidade e encontro de paredes), utilizando como referência o nível do
bloco BR e as marcações das alvenarias previamente executadas na laje.
Conferir o esquadro entre os blocos do encontro das paredes e nivelamento dos blocos de saída com o bloco BR
(Bloco de referência)
Posicionar os esticadores de linha nos blocos de extremidade para permitir o alinhamento e nivelamento dos
blocos da primeira fiada. Os fios devem estar esticados de forma que um observador situado numa das extremi-
dades da linha não visualize nenhuma curvatura proveniente de gravidade ou vento.
• Assentar os demais blocos da primeira fiada, utilizando como referência de nível a linha previamente posicionada
sobre os blocos de extremidade, conferindo o nivelamento do bloco no outro sentido com o nível de mão.
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• Assentar os escantilhões nos cantos dos cômodos e nas extremidades das alvenarias, aprumando-os nos dois
sentidos. Posicionar a régua móvel coincidindo o último traço com o nível superior da fiada de marcação, de forma
que todas as outras fiadas fiquem niveladas. Etapa de conferência da primeira fiada: Utilizar o FOR.PE.ALV.13 para verificação de todos as itens necessários Elevação das alvenarias
• Nesta etapa, o projeto para produção de alvenaria estrutural deve obrigatoriamente ficar disponível no pavimento
de forma que todas as informações necessárias para a execução da elevação estejam disponíveis para todos os
funcionários no pavimento.
• Deve-se iniciar a elevação pelas alvenarias externas, deixando-se espaço para o intertravamento com as alvenarias
internas por meio da formação em castelinho.
• Preparar a argamassa de assentamento, conforme PE.ARG.01, atentando-se para os ensaios de controle tecno-
lógico, que devem ser desenvolvidos conforme o PE.CONT.05
• Utilizar a bisnaga para efetuar a elevação das alvenarias.
• Assentar inicialmente os blocos de extremidade, utilizando a régua móvel previamente posicionada como refe-
rência.
• Posicionar os esticadores de linha no escantilhão, de modo que a linha coincida com as marcas da régua móvel
para assentar os demais blocos.
• Espalhar com a bisnaga dois cordões contínuos, um de cada lado do bloco. O cordão pode cobrir de 5 a 6 blocos de
uma única vez.
• Posicionar os blocos sobre os cordões e ajustar seu nível utilizando a linha previamente esticada como referência,
dando pequenas batidas a colher de pedreiro. Ajustar, também, o nível dos blocos com a ajuda do nível de mão.
• Observação; no momento da elevação os blocos não podem ser aliviados (ou seja, retirados da posição depois de
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assentados e posteriormente reposicionados), pois isso pode levar a um prejuízo da aderência entre o bloco e a
argamassa.
• A espessura da junta de assentamento deve ser de aproximadamente 1 cm, ou conforme especificado no projeto
para produção de alvenaria estrutural.
• Para o preenchimento da junta vertical e dos septos, verificar as orientações
do projeto para produção de alvenaria estrutural.
• Para o posicionamento de blocos elétricos, vergas e contra-vergas, gabaritos
de vãos de portas e janelas, fiadas ou blocos que deverão ser grauteados,
pré-moldados leves e etc., consultar o projeto para produção de alvenaria
estrutural.
• A última fiada das alvenarias externas deve ser constituída, de blocos J ou conforme o projeto para produção de
alvenaria estrutural.
• Durante o processo de elevação das alvenarias, o pedreiro deverá fazer a verificação do prumo, nível e planicidade
da alvenaria com o auxílio da régua metálica. Etapa de conferência da elevação: utilizar o FOR.PE.ALV.13 para verificação de todos as itens necessários
Grauteamento
• Para realização do grauteamento, deve-se, primeiramente executar um furo (janela de inspeção) no(s) bloco(s) da
primeira fiada da região que irá receber o grauteamento (aproximadamente 7,5 de largura por 10 de altura). • A seguir deve-se fazer uma inspeção para verificar se há obstruções nos blocos por onde passará o graute. Caso
existam obstruções de argamassa, as mesmas devem ser removidas com o auxílio de um vergalhão de aço e retiradas pela janela de inspeção.
• Posicionar a armadura vertical ou horizontal de modo a obedecer às orientações de projeto, utilizando dispositivos distanciadores a cada (no máximo) 1,5 m de modo a evitar que as armaduras saiam fora do posicionamento previsto em projeto.
• Molhar os vazios internamente de forma a evitar a excessiva absorção de água do graute, permitindo uma cura adequada do mesmo.
• Proceder o grauteamento, utilizando o funil para evitar o desperdício de material e otimizar o tempo de grau-teamento.
• Caso o graute não esteja saindo pela janela de inspeção, deve-se verificar novamente se há obstruções nos furos e tentar desobstruir os furos novamente.
• Adensar o graute, buscando a maior compacidade possível do material sem a desagregação dos materiais constituintes.
Adensamento manual: utilizar uma haste com diâmetro de 10 a 15 mm com altura suficiente para atingir a base do furo que será preenchido. Adensar em camadas de 40 cm, de forma que a haste penetre pelo menos 10 cm na camada inferior.
Adensamento mecanizado: utilizar o vibrador agulha em camadas não superiores à altura do vibrador, de forma a
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eliminar as bolhas, porém sem levar à segregação do material. • O tempo de lançamento entre duas camadas sucessivas não deve ser superior a 30 minutos. • Fazer o mapeamento do graute, identificando por caminhão os locais grauteados (FOR 196 – Mapeamento do
Graute). O controle da rastreabilidade do graute deve ser registrado no FOR 194 – Controle da Resistência do Graute – Rastreabilidade.
Etapa de conferência do grauteamento
Colocação de vergas (posicionadas nas quinas superiores dos vãos de janelas e portas) e contra-vergas (posicio-
nadas nas quinas inferiores dos vãos de janela)
• A verga/contra-verga poderá ser executada com o assentamento dos blocos canaletas preenchidos com graute ou
concreto ou com o posicionamento de elementos pré-moldados em canteiro, conforme orientações apresentadas
no projeto para produção de alvenaria estrutural.
• Os pré-moldados de concreto, vergas e contravergas, devem ser assentados juntamente com a elevação da
alvenaria, com as dimensões e no posicionamento indicado no projeto para produção de alvenaria estrutural.
• No caso do preenchimento dos blocos com graute, posicionar a barra de aço com diâmetro de 10 mm, ou confor-
me especificado em projeto, apoiado na canaleta com separadores e proceder ao grauteamento dos blocos.
• Dar prosseguimento à elevação das alvenarias
Embutimento das instalações
• Nota importante: são proibidos rasgos em paredes estruturais.
• Atentar para a posição dos blocos elétricos no projeto para produção de alvenaria estrutural. Os blocos devem ser
chumbados em central de caixinhas, de acordo com o PE.INS.30, e quando prontos, devem ser levados para o
andar, para posterior assentamento na fiada.
• Os eletrodutos devem ser cortados no comprimento adequado e previamente fixados nas caixinhas em central de
elétrica antes de serem transportados para os pavimentos tipo.
• À medida que a alvenaria vai sendo elevada, os eletrodutos devem ser passados pelos furos dos blocos, de forma
que, ao final da elevação da alvenaria eles já estejam corretamente posicionados.
• Na ocasião da execução da última fiada, furar os blocos na posição dos eletrodutos, de forma que estes possam ser
passados pelos furos antes da concretagem da laje.
• Tampar os vãos entre os furos dos blocos da última fiada e os eletrodutos com argamassa antes de dar prosse-
guimento ao grauteamento dos blocos da última fiada.
Execução da laje
• Preencher os blocos da última fiada com graute, conforme especificado no projeto para produção de alvenaria
estrutural.
• Montar o sistema de fôrmas, conforme especificado no projeto de fôrmas.
• Passar os eixos marcados na laje imediatamente inferior para o sistema de fôrmas já montado.
• Sobre a última fiada do último pavimento seguir as orientações do projeto de alvenaria estrutural.
• Realizar o posicionamento da armação, dos eletrodutos, dos passantes de laje, e das caixinhas de luz, conforme
especificado no projeto para produção de alvenaria estrutural.
• Posicionar os ganchos de transferência de eixos nos blocos da última fiada nos locais indicados para localização dos
eixos.
• Concretar a laje, utilizando o PE.CONT.05 para controle tecnológico do concreto.
• Ao adensar o concreto, utilizando o vibrador em regiões próximas aos blocos da última fiada, cuidar para que o
vibrador não prejudique a integridade dos blocos. O mesmo serve para as instalações embutidas nas lajes.
Etapa de conferência da execução da laje: utilizar o FOR.PE.ALV.13 para verificação de todos os itens necessários
Transferência de eixos
• Após a execução e aceitação da concretagem da laje, deve ser executada a transferência dos eixos, de forma que
se possa dar prosseguimento aos serviços de execução das alvenarias. Deve-se, com o auxílio de um fio de prumo,
transferir a marca executada no gancho deixado na laje imediatamente inferior para o gancho deixado na laje em
34
questão. Quando identificada a posição, fazer uma marca no gancho com disco de corte ou serra.
• Posicionar os fios, prendendo os aos ganchos nas marcas previamente deixadas, materializando os eixos.
• Marcar os eixos de locação na laje, utilizando argamassa fresca.
Chapisco
Chapisco é uma película rugosa, aderente, resistente e contínua, composta de cimento, areia, areia grossa e cola
própria diluída no traço 1:3:1 ou 1:4:1,5.
A cola deverá ser diluída na proporção de 1 (litro) de cola para 7 (litros) de água.
Processo de execução
Misturar a areia e cimento, até que a mistura adquira uma cor uniforme;
Misturar cola e água na proporção indicada;
Misturar todos os componentes acima citados até adquirir consistência adequada ao uso.
Chapiscar com colher
Chapiscar com colher é uma operação executada pelo pedreiro nos trabalhos de revestimentos. Consiste em aplicar
uma camada de argamassa grossa e encharcada nas superfícies que serão revestidas, obtendo uma superfície rugosa e
melhorando a aderência dos demais revestimentos que posteriormente serão aplicados.
Coloque o caixote cheio de argamassa à sua direita;
Pegue a argamassa do caixote;
Lançamento de argamassa.
É necessário pegar a argamassa com a colher e dirigi-la para a parede, inclinando a ferramenta de tal forma que não
caia argamassa.
Chapiscar com rolo texturizador
Imergir o rolo na argamassa do chapisco deixando-o embeber;
Aplicar o chapisco na parede com movimentos de vai-e-vem, cobrindo toda a superfície. A cura do chapisco dá-se
em 72 horas.
Não molhar as paredes antes de chapiscar, a não ser em casos especiais de intenso calor ou região seca.
Não aplicar chapisco em paredes descobertas, quando estiver chovendo.
Nota
Na alvenaria estrutural externa usa-se o chapisco no traço de 1 x 3.
No chapisco para correção de gesso, o traço é de 1 x 5, e para reboco interno o traço é de 1x4.
Obs: Nos traços de chapisco, deve ser adicionado na água bianco ou cola rodapax D12, na proporção de 1 litro de
bianco ou cola para 7 litros de água. Aplicar com rolo texturizador.
35
Taliscar parede
As taliscas servem para marcar a espessura do revestimento ou do reboco.
Este terá 1 cm em média. As taliscas de cima que são as "A", "B" e "C" serão assentadas usando-se a linha, conforme
indicam os desenhos.
A "planta" mostra a parede visto de cima e a "elevação" visto de frente. Assim sendo, podemos ver perfeitamente a
distância da linha na "planta" e a posição das taliscas, depois de assentadas.
É de observar que a distância entre as taliscas não devem ultrapassar 1,50 m. Devemos assentá-las também com uma
folga de tolerância, que é de 0,2 cm. Daí a exigência de se deixar a linha com 1,2 cm ou 2 cm distante da parede. As
taliscas ficarão livres da linha.
Planta
Elevação
Prego Prego Linha
Prego Prego Linha
A C B
A C B B
1,2
cm
15 c
m
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Taliscar parede é um processo executado pelo pedreiro nos trabalhos de emboço, realizado para o revestimento de
paredes, tetos, colunas, etc. Consiste em colocar, seguindo uma técnica, pontos (taliscas) de referência que estabe-
leçam o correto alinhamento e verticalidade (prumo) da superfície que será revestida.
Processo de execução
1º passo - Selecione as taliscas necessárias
Obs: O número de taliscas é determinado em função da área da superfície.
2º passo - Coloque a linha superior de referência.
Obs: Deve-se fazer um exame rápido, a fim de verificar se toda a parede está
aprumada e plana.
Pregue dois pregos, um em cada canto superior da parede chapiscada;
Estique uma linha, prendendo-a nos dois pregos colocados no subpasso an-
terior.
Obs: A linha deve ser bem esticada.
Deve-se afastar a linha, de 1,5 cm a 2 cm do chapisco (significa que teremos
de 1,5 cm a 2 cm de espessura para argamassa) (Fig. 46).
3º passo - Coloque a primeira talisca.
Coloque um pouco de argamassa em um dos cantos superiores da parede.
Obs: A quantidade de argamassa deve ser suficiente para que a talisca, depois de colocada, fique tangenciado a linha.
Posicione a talisca com as mãos, pressionando-a sobre a argamassa em movimentos de vaivém, até alinhá-la.
Obs: A aresta superior da talisca deve acompanhar a linha a 1 mm de distância.
A talisca deve ficar encostada no canto formado com a parede vizinha.
Superfícies planas
Ponto intermediário
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4º passo - Coloque a 2ª talisca no canto superior oposto da mesma parede da 1ª talisca.
Obs: Deve-se repetir o 3º passo.
5º passo - Coloque a talisca ou as taliscas intermediárias, conforme o caso, repetindo o 3º passo.
Obs: A distância entre duas taliscas consecutivas não deve ser superior a 1,50 m.
Nota: Consideramos linha superior ou canto superior, a linha que fica a 1,80 m acima do piso em que o operário está
pisando, a fim de que ele possa alcançá-la.
6º passo - Retire a linha superior.
7º passo - Coloque a linha inferior.
Coloque dois pregos, um em cada canto inferior, na parede chapiscada, de 10 cm a 20 cm acima do piso.
Coloque a linha bem esticada, de prego a prego.
Aprume a linha pelas taliscas extremas superiores.
8º passo - Coloque as taliscas inferiores.
Coloque a primeira talisca inferior em um dos cantos da parede (repetindo o 3º passo) e na mesma vertical da
superior correspondente.
Coloque a segunda talisca inferior no canto oposto ao da primeira (repetindo o 3º passo).
Coloque a talisca ou as taliscas intermediárias, conforme o caso (repetindo o 3º passo).
Obs: Deve-se colocar a talisca ou as taliscas intermediárias inferiores, na mesma vertical ou nas verticais das taliscas
intermediárias superiores.
9º passo - Retire a linha.
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Fazer mestras
Mestras são guias do reboco que compreendem a ação de chapar a argamassa e regularizar a mesma no espaço entre
as taliscas. A argamassa deve formar uma camada entre as taliscas até atingir a face das mesmas.
Nº Ordem de execução Materiais/ferramentas/utensílios
01 Encha com argamassa a faixa marcada pelas taliscas. Argamassa de cimento
Areia
Barro Água
Colher
Régua
Vasilha
Balde
02 Sarrafeie com a régua, apoiada nas taliscas num movimento de vai-e-vem verticalmente até a argamassa ficar na espessura marcada pelas taliscas (ver figura)
03 Execute as outras mostras, repetindo as fases 1,2 e 3.
04 Recolha a argamassa do piso e faça a limpeza.
30 c
m
15 c
m
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Reboco grosso ou emboço
O emboço consiste em aplicar argamassa de cimento, areia e barro com acabamento no traço de determinado pela
especificação, sendo utilizado para receber revestimento em azulejo cerâmico, pastilha, etc.
Nº Ordem de execução Materiais/ferragens/utensílios
01 Encha os panos entre as mostras com argamassa, até nivelar a mesma com as mestras.
Cimento
Areia Barro
Água
Colher de pedreiro
Caixote para massa
Régua de alumínio Brocha
Desempenadeira
Esponja e Balde
02 Encha mais de um pano para que haja tempo de secagem da argamassa (cu-ra) e posterior sarrafeamento ou, se necessário, completar com massas.
03
Antes de iniciar o sarrafeamento devemos conferir a secagem da argamas-sa, pressionando-a com o dedo. O tempo para sarrafeamento é de 1 hora após o lançamento da argamassa. Nota: O sarrafeamento feito antes do tempo, provoca trincas e desloca-mento da argamassa da parede.
04 Os panos devem ser sarrafeados de baixo para cima apoiando a régua nas mestras, imprimendo-lhe o movimento de vai-e-vem.
05 Preencha os locais dos panos onde a argamassa ficou rebaixada (não atingiu o plano da superfície das mestras), voltando a sarrafeá-la.
06 O reboco do pano estará pronto quando a régua apoiada nas mestras, ajustar-se a todos os pontos da superfície em qualquer posição que for colo-cada.
Reboco fino ou paulista
Reboco fino ou paulista é um revestimento que consiste em aplicar argamassa de cimento, areia e barro com
acabamento sarrafeado, desempenado com desempenadeira de madeira e esponjado, no traço determinado pela
especificação, aplicado sobre alvenarias ou lajes de forro. Seu acabamento final será com pintura.
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Nº Ordem de execução Material/ferram./utensílios
01 Repetir do 1º ao 6º passo do reboco grosso ou emboço.
02 Para desempenar o pano de reboco usa-se desempenadeira de madeira, umede-cendo a argamassa com água, usando a brocha. Deslizar a desempenadeira sobre o reboco com movimentos giratórios.
03 Nos cantos, utilizar desempenadeira de madeira estreita.
04 Após desempenamento do reboco,usar esponja seca em movimentos circulares, para retirar os grãos de areia que ficam na superfície, dando acabamento unifor-me.
05 Nos rebocos do teto (grosso ou fino) devem-se utilizar os mesmos passos.
Nota: Nos rebocos de teto, a régua trabalha da frente para trás do operador, em movimentos de vai-e-vem.
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Executar piso cimentado
Ordem de execução Materiais/ferramentas/equipamentos
Varra bem o chão e molhe o piso.
Argamassa de cimento
Taliscas de 20 X 1 X 3
Colher Linha
Nível
Régua
Desempenadeira Serrote
Balde
Vasilha
À distância aproximada de 20 cm de cada canto de parede, assente sobre argamassa com auxílio de régua e do nível talisca para mestras.
Conforme as dimensões do compartimento assente taliscas intermediá-rias e espaços que não excedam de dois metros, nivelando-as pelas ta-liscas-mestras com auxílio da linha.
Espalhe a argamassa grossa entre as taliscas e execute as mestras A, B e C, terminadas as mestras, retire as taliscas e encha os vazios deixados por estas.
Encha de argamassa a área compreendida entre as mestras e também os espaços entre estas e as paredes e sarrafeie os respectivos panos.
Passe a desempenadeira, sem deixar falhas.
Régua
A Mestra
B Mestra
C Mestra
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Marcação de alvenaria cerâmicas ou blocos
Objetivo
O objetivo deste procedimento é padronizar a execução da marcação de alvenaria com cerâmicas ou blocos.
Documentos de referência
Projeto para Produção de Vedações Verticais (para pavimento tipo)
Projeto de Arquitetura (para demais alvenarias);
PE.ALV.05 – Execução de tubulação seca em alvenaria I;
PE.ARG.01 - Produção Industrializada de Argamassa em Canteiro de Obra
FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
Colher de pedreiro
Caixote de massa (4)
Linha de pedreiro de Nylon
Régua técnica de 2 m (com nível bolha)
Nível laser padronizado ou nível alemão
Carro para transporte de paletes de blocos padronizado
Esquadro padronizado
Trena de 30 m metálica
Prumo de face
Trena individual de 5 m
Argamassadeira de eixo horizontal, conforme PE.ARG.01
Carro para transporte de massa
Nível alemão
Escantilhão com régua móvel (Ref. Escantilhão Telescópico da Equipaobra)
Sistema de abastecimento de água conforme PE.CAN.02
Materiais
Blocos conforme Projeto para produção de vedações verticais; Cimento, cal e
areia conforme PE.ARG.01.
Condições para o início dos serviços
O chapisco da estrutura deve ter sido executado conforme o PE.RVI.06;
A tubulação embutida deve estar liberada;
Os prazos mínimos de carregamento da estrutura deverão estar sendo seguidos, ou seja, o concreto deve estar
liberado e o reescoramento deve ter sido retirado
Preparar a argamassa de assentamento conforme o PE.ARG.01, no misturador ou no caixote, de preferência
no próprio andar;
43
Marcar os eixos de projeto na laje, aplicando uma pequena quantidade de argamassa de assentamento e mar-
cando os eixos na mesma;
Obter o nivelamento da 1ª fiada.
Avaliar visualmente um ponto fixo na estrutura com baixo potencial de de-
formação e que seja referência para modulação vertical (quina entre pilar e
viga
• Medir com a trena metálica a distância do fundo da viga até o topo do bloco extremidade da 1ª fiada. Esta
informação deve estar no Projeto para produção de vedações verticais. Riscar esta posição e assentar o bloco de
referência. Pintar um X neste bloco, para posterior identificação.
Argamassa
Linha
44
A partir do topo do bloco, medir 1 m e marcar o nível de referência (NR) do andar para alvenaria.
Zerar o nível alemão no NR definido e transferir esta cota do nível para os outros pilares do pavimento (nas faces
visíveis).
Assentar os demais blocos de extremidade a partir de uma distância de 1 m do nível de referência ao topo da
fiada de marcação.
Assentar os demais blocos (sempre com os furos na vertical, exceto para detalhes contemplados no Projeto para
produção de vedações verticais), utilizando a linha apoiada nos blocos de extremidade. Deixar entre eles juntas
com a espessura determinada no Projeto para produção de vedações verticais (geralmente 1 cm);
Fazer a conferência da estrutura, verificando com um fiode prumose há incompatibilidades entre a estrutura e a
alvenaria. Caso seja identificada uma diferença de prumo entre a estrutura e a alvenaria maior que 1,5 cm, deve-
se acionar a engenharia para definir o que deve ser feito;
Marcar as portas utilizando trena, conforme projeto;
Conferir o esquadro entre paredes com o esquadro padrão;
Todos os blocos das fiadas de marcação do pavimento deverão estar no mesmo nível.
45
Execução de tubulação seca
Objetivo
O objetivo desse procedimento é padronizar a execução de tubulação seca em alvenaria de blocos cerâmicos ou de
concreto sob responsabilidade do projeto.
Documentos de referência
Projeto de alvenaria;
PE.ALV.02 - Elevação de Alvenaria com Blocos Cerâmicos;
PE.ALV.09 - Elevação de Alvenaria com Blocos de Concreto;
Materiais
Bloco conforme projeto
Eletroduto flexível/rígido
Luva de conexão
Condições para o início dos serviços
As condições para início da elevação devem ter sido atendidas;
Os flexíveis deverão estar cortados e engatados nas dimensões de projeto pelo instalador;
Para ponto partindo do piso
Tomadas Baixas - no ponto onde o eletroduto estiver colocado, deve ser assentado o bloco especial (com corte para
caixa ou com caixa assentada) deixando a sobra do eletroduto para fora;
Tomadas Médias - na sequência da elevação da alvenaria, deve-se ir passando o eletroduto flexível pelos blocos até
atingir a fiada de assentamento do bloco especial e daí para frente executar como o anterior;
Para ponto partindo do teto
Quando a alvenaria encontrar o eletroduto pendurado no teto, o pedreiro deve desconectar o mesmo, deixando o
conector no teto, assentar o bloco especial (com corte para caixa) na posição, deixando a sobra do eletroduto no
corte para posterior colocação das caixinhas;
Na sequência da elevação da alvenaria, deve-se ir passando o eletroduto flexível pelos blocos até atingir a penúl-
tima fiada, tomando o devido cuidado para não obstruir o eletroduto, deixando um bloco sem colocar na última
fiada na posição do conduíte;
Após a conclusão pelo eletricista das conexões dos conduítes no teto, o pedreiro deverá completar o serviço as-
sentando os blocos ou enchendo com argamassa os vazios deixados para a conexão dos conduítes;
Eletroduto Rígido (Quadro de Força)
Nos locais onde houver passagem de eletrodutos rígidos, no caso de alvenaria de bloco cerâmico, esta deve ser
executada com os furos na posição vertical, para que se facilite o corte posterior;
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Recebimento do serviço
O serviço de tubulação seca em alvenaria deve ser recebido verificando se as caixinhas estão chumbadas conforme
projeto e se as mesmas possuem eletroduto embutido. Os registros são feitos nas tabelas de elevação de alvenaria.
Elevação de alvenaria para casas
Objetivo
O objetivo deste procedimento é padronizar a elevação de alvenaria com blocos de concreto para casas.
Documentos de referência
Projeto de Alvenaria;
Projeto ou croquis de abastecimento de blocos no andar;
Projeto de fundações;
Projeto ou especificação para grauteamento;
Projeto de instalações embutidas;
FOR 89 – Formulário de Recebimento, Armazenamento e Manuseio de Materiais;
PE.ALV.10 – Procedimento de Marcação de Alvenaria em Bloco de Concreto para Casas.
PE.ARG.01 – Produção Industrializada de Argamassa em Canteiro de Obra
Ferramentas e equipamentos
Linha de nylon com esticador
Colher de pedreiro
Espaleta ou bisnaga para assentamento de blocos
Régua Técnica de 2,0 m
Carrinho para transporte de blocos
Carrinho para transporte de massa
Caixote de massa com suporte
Andaimes metálicos
Escantilhão com régua móvel
Serra mármore de bancada
Trena de 5,0 m
Nível de bolha
Prumo de Face
Argamassadeira de eixo horizontal
Nível laser
Gabaritos de portas e janelas
Materiais
Blocos conforme projeto de alvenaria
Tela Morlan - 15 x 15 mm - fio ∅ 1,5 mm galvanizada
Graute/Componentes
Tampas de compensado ou chapa metálica
Cimento, cal e areia conforme PE.ARG.01
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Condições para o início dos serviços
A marcação deve ter sido executada;
Eletrodutos flexíveis colocados;
Tubulação liberada pelo instalador.
Elevação das paredes
Preparar a argamassa de assentamento conforme PE.ARG.01
Providenciar o abastecimento de blocos no andar com todas as bitolas necessárias incluindo os blocos elétricos e
blocos especiais (compensadores e blocos de amarração);
Fixar, com o auxílio de nível bolha, conferindo com o prumo de face, as linhas de nylon nos escantilhões (os escan-
tilhões devem ter sido fixados na fase de marcação da alvenaria), de modo a garantir que todas as paredes possam
ser executadas a partir das linhas;
Nos vãos de portas e janelas fixar os gabaritos de vão;
Aplicar os cordões de massa paralelos sobre a fiada anterior, em seguida, preencher os septos;(em caso de utiliza-
ção de espaletas os septos não serão preenchidos. O preenchimento ou não do septo deve ser definido pelo calcu-
lista estrutural);
Assentar os blocos usando a linha esticada entre escantilhões como guia;
Iniciar pelas paredes externas, deixando as saídas para as paredes internas numa forma conhecida como “castelo”;
Não deixar acontecer vazios ou “janelas” não previstas, em panos de alvenaria a serem preenchidos posteriormen-
te, pois poderão ocorrer patologias e falta de terminabilidade de serviços;
Os blocos elétricos deverão ser assentados durante a fase de elevação e deverão ter sido previamente providen-
ciados com as respectivas caixinhas chumbadas;
Fixar os eletrodutos nas caixinhas dos blocos elétricos. Os blocos das fiadas posteriores deverão envolver os eletro-
dutos dentro dos furos. A passagem dos eletrodutos não deve ser feita após a elevação da alvenaria;
Observar se o projeto prevê grauteamento horizontal na 6ª fiada. Caso isso aconteça, efetuar o grauteamento;
A partir da sétima fiada montar os andaimes. Esta segunda etapa da elevação é menos produtiva. Neste caso, os
andaimes fáceis de montar e desmontar são aconselháveis;
Para tornar mais produtivo o serviço de elevação da alvenaria, as juntas verticais devem ser preenchidas pelo
ajudante com a bisnaga;
Efetuar o grauteamento horizontal da última fiada (normalmente, bloco canaleta ou bloco J).
Este grauteamento deve estar completo antes da concretagem da laje.
O assentamento dos blocos deve obedecer às seguintes recomendações:
A – Posicionamento dos blocos
A amarração entre fiadas deverá ser feita no mínimo com 8 cm da dimensão horizontal dos blocos;
Alinhar os blocos pela face interna quando na fachada. Nas paredes internas com azulejos, alinhar pela face
interna a dos azulejos;
Nos vãos de janelas, os pré-moldados de contra-vergas, vergas, marcos envolventes, quadros e outros serão
assentados junto com blocos;
As fiadas posteriores à do peitoril deverão ser assentadas tendo como guia os gabaritos de vão;
Deixar espaço para fixação superior da alvenaria de vedação com 2.0 a 3.0cm;
Nas paredes com instalações elétricas, os eletrodutos devem passar nos furos dos blocos;
O assentamento dos blocos deve sempre iniciar pelos blocos de extremidade, atentando sempre para que estes
não sejam compensadores.
B – Preenchimento de juntas
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Na fiada, os blocos são assentados com a junta vertical não preenchida;
As juntas verticais devem ser preenchidas posteriormente, após o carregamento do pavimento superior e
utilizando a bisnaga;
As juntas verticais das paredes devem obedecer aos critérios estabelecidos em projeto. De maneira geral, pode
variar entre 0,3 a 1,3 cm.
C – Grauteamento
Proceder a limpeza do local a ser grauteado, eliminando as rebarbas de massa com ajuda de uma barra de ferro de
∅ 16 mm e retirando-as através das janelas abertas nos pontos de grauteamento verticais;
As janelas de inspeção são executadas nos blocos da primeira fiada e deverão ser feitas antes deles serem assen-
tados;
Posicionar a armação (quando houver) fixando-a com arame recozido na espera deixada no lance anterior;
Molhar bem o local a ser grauteado antes de fechar as janelas abertas para limpeza;
Fechar as janelas com auxílio de tampas de compensado ou chapas metálicas;
Lançar o graute em camadas adensando manualmente com a barra de ferro.
Aplicação de argamassa com bisnaga
Aplicação de argamassa com paleta
Conferência de planicidade e execução em "castelo"
Assentamento do bloco elétrico
Abastecimento de blocos elétricos Posicionamento bloco elétrico
Estoque de blocos elétricos
Blocos caso 1 "Fundo contra fundo"
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Projeto de elevação da alvenaria
Blocos caso 2 "Fundo contra fundo" Gabaritos de vão de janelas Pré-moldados leves (Vergas)
Grauteamento 6ª fiada Gabarito de vão de porta Pré-moldados leves (Quadro elétrico)
85
50
B 35
B 40
Família B 39 - Amarração em "L"
B 55
B 40
Família B 39 - Amarração em "L" (Dois blocos B30)
Família B 39 - Amarração em "T"
B 45
B 30
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Elevação de alvenaria com blocos
Objetivo
O objetivo deste procedimento é padronizar a elevação de alvenaria com blocos.
Documentos de referência
Projeto para Produção de Vedações Verticais (para pavimento tipo)
Projeto de Arquitetura para demais alvenarias;
PE.ALV.05 - Procedimento para execução de tubulação seca em alvenaria I;
PE.INS.01 - Procedimento para execução de embutimento de eletroduto em laje;
PE.ALV.04 - Procedimento para execução de pré-moldados para alvenaria;
PE.ARG.01 - Produção Industrializada de Argamassa em Canteiro de Obra.
Ferramentas e equipamentos
Linha de nylon
Colher de pedreiro
Bisnaga ou espaleta para assentamento de blocos
Régua Técnica de 2 m com nível bolha
Carrinho para transporte de blocos
Carrinho para transporte de massa
Caixote de massa com suporte
Andaimes metálicos
Escantilhões com régua móvel
Giz de cera para marcação
Trena
Pistola Hilti (Ref.: DX-A41)
Nível de bolha (20 a 30 cm)
Galga de marcação das telas
Prumo de Face
Argamassadeira de eixo horizontal
Nível alemão
Esticador de Linha
Material
Blocos conforme projeto para produção de vedações verticais;
Tela Soldada Galvanizada 15 x 15 mm, fio ∅1,5 mm, 50 cm de comprimento
Arruela 23 mm (Ref. Hilti)
Pino X-ZF 27 P8 ou Pino X-ZF 32 P8 (Ref. Hilti)
Cartucho correspondente ao pino 6.8/11 - vermelho (Ref. Hilti)
Cimento, cal e Areia conforme PE.ARG.01
Família B 29 - Amarração em "T"
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Condições para o início dos serviços
A marcação deve ter sido executada, conferida e liberada;
Os arames de janela já devem ter sido colocados e liberados;
Fixação das telas de amarração
Marcar com giz de cera, a partir da primeira fiada a posição das telas de amarração conforme indicado no projeto
para produção de vedações verticais, utilizando como referência o nível da fiada de marcação já executada;
Raspar o chapisco nas posições de fixação da tela galvanizada, uma faixa de 4 cm de espessura (2 cm acima e 2 cm
abaixo da posição da fixação da tela) ou retirar a fita marrom deixada previamente (caso a mesma tenha sido uti-
lizada);
Cortar as telas galvanizadas de amarração nas dimensões especificadas no projeto para produção de vedações ver-
ticais;
Fixar as telas metálicas nos locais indicados em projeto, por meio de tiros, sem dobrá-las (para alvenarias com 19
cm de espessura, utilizar dois pinos);
Deverão ser usadas telas galvanizadas de amarração a cada duas fiadas, a partir da segunda fiada, ou conforme
constar no projeto para produção de vedações verticais;
Elevação das paredes
Preparar a argamassa de assentamento conforme PE.ARG.01, com a argamassadeira de eixo horizontal;
Fixar, com o auxílio da régua de nível, conferindo com o prumo de face, os escantilhões telescópicos com régua
móvel nos encontros de pilares e intersecção de paredes, de modo a garantir que todas as paredes possam ser
executadas a partir dos escantilhões.
Para paredes internas com batentes de madeira, posicionar e fixar os escantilhões (ou gabaritos de vão na
posição das portas, de forma que o vão fique no prumo e alinhado;
Posicionar a régua móvel do escantilhão para atender a modulação vertical definida em projeto, utilizando como
referência o nível das fiadas de marcação;
Aplicar com a bisnaga ou com a espaleta dois cordões de massa paralelos sobre a fiada anterior;
Assentar os blocos, usando a linha de nylon esticada entre escantilhões como guia (posicionada sobre as marcas
de nível das fiadas, na régua móvel do escantilhão), conferindo o nível, prumo e alinhamento com a régua
técnica. Nas paredes com batentes metálicos, utilizar o esticador;
O assentamento dos blocos deve obedecer às seguintes recomendações:
Posicionamento dos blocos
• Nos vãos de janelas, os pré-moldados de contra-vergas serão assentados junto com os blocos na respectiva fiada
com as dimensões e na posição especificada no Projeto para produção de vedações verticais. Os detalhes de
execução dos vãos deverão ser consultados na folha de detalhes deste projeto.
• As fiadas posteriores a do peitoril (vãos de janela) deverão ser assentadas tendo como guia os arames de fachada
de vão.
• Deixar espaço para fixação superior da alvenaria com 2 a 3 cm.
• Na existência de flecha nas vigas e lajes, as duas últimas fiadas deverão ser assentadas compensando as
diferenças com a variação da espessura das juntas de argamassa, ou seja, a junta de assentamento pode ser
ligeiramente superior ou inferior à 1 cm;
• Nas paredes com instalações elétricas, os eletrodutos devem passar veticalmente nos furos dos blocos;
• No caso de blocos de concreto, os blocos da última fiada deverão receber “capa“ de 5 cm de espessura executa-
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da com argamassa conforme PE.ARG.01, para possibilitar a aplicação da argamassa de fixação.
• No caso de blocos cerâmicos, utilizar os blocos arremate e/ou bloco especial na última fiada, conforme indicado
no projeto de vedações.
Preenchimento de juntas
As telas de amarração de alvenaria com os pilares deverão ser dobradas até a posição horizontal sobre a fiada
inferior antes da colocação da argamassa. Nesta posição, a argamassa deve ser colocada com a colher de pedreiro
enchendo-se assim totalmente a junta horizontal na posição da tela;
No assentamento do bloco junto ao pilar, colocar a argamassa em toda superfície lateral do bloco, com o furo na
vertical, e comprimi-lo contra o pilar. As outras juntas verticais cheias, devem ser preenchidas com o auxílio de
colher de pedreiro, formando dois cordões na lateral do bloco já assentado e colocando em seguida o próximo
bloco;
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Anotações técnicas