– 1
FRENTE 1
n Módulo 37 – Revolução Mexicana
1) Sob o aspecto simbólico, a presença de Zapata e Villa no
palá cio presidencial da Cidade do México, pode ser conside -
rado o clímax da revolução de camponeses expropriados do
Sul (liderados por Zapata) e de lavradores do Norte
(liderados por Villa). Não tendo conseguido entender-se com
relação ao exercício do poder, os dois caudilhos retiraram-se
da capital e continuaram sua luta contra o governo federal,
vindo ambos a morrer assassinados.
Resposta: A
2) a) Embora contasse com a participação significativa de
setores urbanos (burguesia liberal, militares e operários),
a Revolução Mexicana notabilizou-se pela grande
mobilização do campesinato. Essa mobilização foi mais
expressiva no sul do país, onde a questão fundiária era
mais aguda, devido à absoluta predominância do
latifúndio. Nesse contexto destacou-se a liderança de
Emiliano Zapata, que em seu Plano de Ayala propôs uma
reforma agrária radical que, aliás não foi efetivada pela
Constituição de 1917.
b) Embora a Revolução Cubana apresentasse inicialmente
um viés liberal, o governo de Fidel Castro inclinou-se
rapidamente para o socialismo, fosse pela coletivização
das grandes propriedades rurais, fosse pela
nacionalização (estatizações) das empresas estrangeiras.
Como resultado, Cuba tornou-se o primeiro Estado
socialista no mundo ocidental — o que iria alterar
dramaticamente a situação estratégica da Guerra Fria.
3) Porfirio Díaz, no México, e Fulgencio Batista, em Cuba, foram
ditadores derrubados respectivamente em 1911 e 1959, por
força das Revoluções Mexicana e Cubana.
Resposta: D
4) Os textos referem-se, respectivamente: ao início da
Revolução Mexicana; à China na década de 1930, duas vezes
atacada pelo Japão e marcada pela guerra civil entre Mao
Tse-tung (Partido Comu nista) e Chiang Kai-shek (Kuomintang
/ Partido Naciona lis ta), interrompida quando do segundo
ataque japonês; à Revolução Cubana, liderada por Fidel
Castro contra Fulgencio Batista; à batalha final da Guerra da
Indochina, que resultou na indepen dência do Vietnã (dividido
em Vietnã do Norte / socialista e Vietnã do Sul / capitalista),
Laos e Camboja; e à independência da Argélia, após uma
longa guerra de liberta ção contra a França (1954-62).
Resposta: D
5) a) Destruição do sistema capitalista por meio de uma revolu -
ção armada, substituindo-o por um sistema socialista que
enfatizaria os valores culturais mexi ca nos.
b) Diego Rivera e David Siqueiros, juntamente com Antonio
Orozco, são os expoentes do muralismo mexicano — uma
forma de expressão artística com forte cunho político-
ideológico e social e uma temática popular, nacionalista e
revolucionária.
6) Resposta: E
7) Resposta: A
8) Resposta: E
9) Resposta: A
10) Revolução Mexicana, iniciada em 1910, possuía em seu início
um forte caráter reformista de conteúdo liberal-democrático-
burguês; adquiriu uma vertente anarcossindicalista quando
promoveu a participação do operariado urbano; e culminou
com a eclosão das rebeliões campesinas lideradas por
Emiliano Zapata e Pancho Villa. A Revolução Mexicana é
considerada a primeira revolução social do século XX, sendo
anterior à Revolução Russa, de 1917; resultou na
promulgação de uma moderna Constituição que, pela
primeira vez, atribuiu aos direitos trabalhistas o estatuto de
direitos fundamentais; e criou uma moderna legislação
agrária, com redistribuição de parte dos latifúndios e
imposição de limites às grandes propriedades restantes.
11) A Revolução Mexicana distingue-se dos demais movimentos
revolu cionários da América Latina pela grande participação
dos camponeses (na maioria de ascendência indígena), com
reivindicações objetivamente direcio nadas para o acesso à
terra.
Resposta: A
12) Emiliano Zapata foi o principal líder camponês da Revolução
Mexicana, tendo sido assassinado em 1919. O mural de Ri ve ra
(artista identificado com a ideologia comunista), tanto no título
como em sua execução, exalta a figura de Zapata e a
permanência de seus ideais, ligados à reali za ção de uma
reforma agrária no país.
Resposta: C
13) A Revolução Mexicana contou com a participação de militares,
operá rios, intelectuais e setores médios urbanos; mas sua
característica marcan te foi o engajamento das massas
camponesas, lideradas no sul por Emiliano Zapata e no norte
por Pancho Villa.
Resposta: C
14) As Revoluções Mexicana e Russa, ambas no início do
século XX, distinguiram-se pela grande participação popular,
havendo na primeira um nítido predomínio numérico dos
camponeses. As duas comba teram governos elitistas,
defendendo alterações socioeconômicas que, entre outros
aspectos, envolviam a mudança da estrutura fundiária vigente.
Resposta: B
CADERNO 5
História
n Módulo 38 – República da Espada: Governo Provisório
1) A alternativa C, além de corroborar o texto de José Murilo de
Carvalho, se justifica pelo fato de a Monarquia haver caído
por obra de um mero golpe militar, sem participação mais
expressiva da população (“O povo assistiu bestializado à
proclamação da República”, segundo Aristides Lobo).
Obs.: A alternativa A só não pode ser considerada correta
porque o termo “nacionalista” extrapola o âmbito da Incon -
fidência Mineira. E a alternativa E, embora historicamente
correta, não se aplica ao contexto da questão, pois não
focaliza a figura de Tiradentes.
Resposta: C
2) A alternativa endossa a capoeira, desenvolvida pelos afrodes -
cendentes, como manifestação cultural, embora também
visasse à autodefesa de seus praticantes. Nessa linha de
interpretação, as punições impostas pelo Código Penal
Republicano tinham não apenas caráter repressivo, mas
também objetivavam a exclusão social de uma expressiva
parcela da população.
Resposta: D
3) A alternativa contempla uma das causas da crise financeira
provocada por Rui Barbosa, ministro da Fazenda do Governo
Provisório de Deodoro da Fonseca: o emissionismo de papel-
moeda, sem elevar o correspondente lastro-ouro. Cumpre
porém observar que essa emissão descontrolada foi feita
para suprir os bancos, cujos recursos financeiros se
exauriram em consequência da grande quantidade de
empréstimos concedidos. Tais empréstimos, por sua vez,
destinavam-se a financiar empresas (em sua maioria
instituições fantasmas) autorizadas pelo Ministério da
Fazenda a lançar ações no mercado. Ora, foi a especulação
com esses papéis, que os levou a picos irreais e depois à
depreciação abrupta, que caracterizou o fenômeno do
"Encilhamento".
Resposta: D
4) Como o comando da questão se refere ao “gênero dos
eleitores” a única alternativa possível é a e, pois a
Constituição de 1891 excluía as mulheres do direito de voto.
Entretanto, deve-se observar que a alternativa a também é
historicamente correta, visto que a dimi nuição da idade
eleitoral constituiu um indiscutível avanço democrático.
Resposta: E
5) a) A substituição da bandeira imperial por outra simbolizaria
a im plan tação de uma nova ordem política no Brasil. No
entanto, a mudança da bandeira nacional manteve de
certa forma uma continuidade histórica, ao preservar as
cores verde e amarela e o desenho losangular da bandeira
imperial.
b) O lema “Ordem e Progresso”, de inspiração positivista,
reflete duas preocupações fundamentais do governo
republicano. As sim, a ordem pública, estabelecida pelas
leis, deveria ser man tida com rigor, a fim de propiciar
condições favoráveis ao pro gres so, identificado com a
industrialização e o desenvolvi mento econômico do País.
6) O movimento operário brasileiro na Repú blica Velha, apesar
de duramente reprimido pelas autoridades, teve atuação
significativa, na qual se destacaram os três congressos
citados. Neles, a par do esforço para alcançar a unidade
proletária, formulavam-se reivindi ca ções trabalhistas especí -
fi cas, tendo como pano de fundo ideológico o projeto
libertário e igualitário do anarcossindicalismo.
Obs.: Os “sindicatos” mencionados no texto, embora se
autodeno minassem como tais, não eram reco nhe ci dos pelo
Estado durante a Primeira República Brasi leira.
Resposta: A
7) Resposta: B
8) Resposta: A
n Módulo 39 – República da Espada:Governo de Deodoro e deFloriano
1) O desenvolvimento industrial do Brasil, cuja origem se
encontra na expansão cafeeira, teve na imigração o elemento
básico formador do mercado nacional do trabalho
assalariado. A mão de obra as sala riada de origem estrangeira
representava mais de 90% do operariado das indústrias
paulistas na República Velha. Esse contin gente, além de
contribuir para o desenvolvimento da industria liza ção como
força de trabalho, constituía-se, também, em mercado con -
sumidor de bens de consumo não duráveis (alimentos,
vestuá rio e outros).
2) a) Segundo o texto, a propaganda republicana associou Tira -
den tes ao ideal de República, à imagem do Cristo
Redentor e Salvador e, ainda, à de representante das
camadas po pulares opri midas e marginalizadas.
b) Forte influência dos militares (Exército) e autori tarismo de
ambos os chefes de governo, embora mais acentuado em
Floriano Peixoto (“Marechal de Ferro”).
3) Resposta: C
4) a) A “República da Espada” corresponde à fase inicial (1889-
94) da Primeira República, que se esten deria até 1930;
caracterizou-se pelos governos suces sivos dos marechais
Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. As principais for -
ças políticas que a susten taram foram o Exército e os
setores civis interessados na consolidação do regime
republicano.
b) A chamada “República das Oligarquias” (1894 -1930) apre -
sen tava as seguintes características políti cas: no âmbito
federal, a “Política do Café com Leite”, resultante da
aliança entre São Paulo e Minas Gerais; no estadual, o
predomínio das oligarquias, beneficiado pela “Política dos
Governadores”; e no plano municipal, o coronelismo,
definido pela for mação de “currais eleitorais” controlados
pelos gran des proprietários rurais por meio do
clientelismo e do “voto de cabresto”.
c) A Política de Valorização do Café, praticada na República
das Oligarquias desde 1906, foi consequên cia tanto da
importância econômica desse produto como do peso
político dos cafeicultores, por força da “Política do Café
com Leite”. A defesa do café e dos interesses de seus
produtores foi feita de duas formas: a principal, adotada a
partir do Convênio de Taubaté, consistia na compra dos
excedentes pelos governos estaduais (e também depois
pelo federal), para evitar quedas no preço internacional do
café; mas, quando essa queda ocorria, desvalorizava-se a
taxa de câmbio, para que os cafeicultores não sofressem
prejuízos em moeda nacional.
2 –
5) A Primeira República não apresentou essa formação; a
estrutura imperial foi extinta, eliminando-se todas as suas
formas de organização política.
Resposta: C
6) a) O Partido Republicano, na época imperial, com suas rami -
fi cações nas diversas províncias, foi importante para coor -
de nar e disseminar a propa ganda republicana, rotulando a
monarquia como retrógrada e anacrônica, e para aglu ti nar
os variados tipos de descontentes com o regime im perial.
b) Os militares positivistas, cujo líder mais expressivo era
Benjamin Constant, constituíam o núcleo do golpe
comandado pelo Marechal Deodoro – aliás, de tendência
monarquista. Ademais o republicanismo inerente à
doutri na positivista fez, dos oficiais do Exército a ela
ligados, guardiães e mantenedores do regime recém-
instaurado.
n Módulo 40 – Bases Sociopolíticas daRepública Oligárquica
1) A charge e a questão a ela associada fazem referência ao do -
mínio político exercido pelas oligarquias na Primeira
República Brasileira (1889-1930). Enquanto a charge repre -
senta o “voto de cabresto”, por meio do qual o chefe político
local controla va diretamente o eleitor, a alternativa menciona
a “lealdade” do eleitor ao “coronel” como decor rência do
clientelismo político. Quanto à “fragilidade” das instituições
republicanas citada na alternativa, melhor seria chamá-la de
“distorção”, pois o “voto de cabresto” e o clientelismo na
verdade fortaleciam o poder oligárquico sobre a República.
Resposta: B
2) Alternativa escolhida por eliminação, pois comete algumas
imprecisões em sua análise da “Política dos Governado -
res”que sustentava a Repúlica Oligár quica: 1) as oligarquias
estaduais não “se aliavam aos coronéis”, pois elas próprias
nada mais eram que o conjunto dos “coronéis” do estado,
cada um contro lando seu curral eleitoral; 2) o acordo
implícito entre os governadores estaduais e o governo
federal, na Re pública Oligárquica, foi definido por seu
idealizador, Campos Sales, mais como uma não interferência
do segundo na jurisdição dos primeiros do que uma
concessão de favores econômicos, já que a “Política dos
Governadores” era um pacto essencialmente político.
Resposta: C
3) O avanço da cafeicultura pelo interior paulista foi concomi -
tante com a expansão da malha ferroviária e o surgimento de
cidades às margens das ferrovias. Ao mesmo tempo, regis -
trou-se uma acumulação capita lista cujos excedentes foram
parcialmente investidos na indústria e em bancos, modifican -
do o panorama econômico de São Paulo.
Resposta: C
4) Embora a questão cite “permanências e mudan ças históricas”
na Primeira República Brasileira, a única alternativa viável (c)
menciona apenas perma nências: o “poder político da oligar -
quia rural” (já embrionário nas câmaras municipais coloniais
e plenamente perceptível no Império) e a “economia de
exportação de produtos primários” (que remonta à produção
açucareira do Brasil Colônia).
Resposa: C
5) Pela “Política dos Governadores” (acordo não escrito entre o
governo federal e as oligarquias estaduais, concebido por
Campos Sales), o presidente não inter viria nos estados, o
que ampliava o pacto federativo em benefício das oligarquias
locais. Estas, em contrapartida, por intermédio de seus
senadores e deputados, apoiariam o governo federal (vale
dizer, a “Política do Café-com-Leite”).
Resposta: D
6) O coronelismo (ou “mandonismo”), embora ainda tenha
resquícios no Brasil de hoje, predominou na Primeira Repú -
blica, quando o perfil das camadas populares era essen -
cialmente rural. Suas raízes remontam ao latifúndio
patriarcal da Época Colonial e traduzem a submissão do
campesinato da época ao poder econô mico, social e político
dos grandes proprietários.
Resposta: E
7) A questão se baseia em textos que revelam as disputas
políticas entre a oligarquia paulista e a mineira, quando
afirmam: “com o tempo, surgiram as discus sões e um grande
desacerto final” e “profundas divergências políticas coloca -
vam-nas em confron to por causa de diferentes graus de
envolvimento no comércio exterior”.
Resposta: C
8) Campos Sales (1898-1902) deu consistência política à
Primeira República Brasileira (1889-1930) ao lançar as bases
de duas práticas: a “Política do Café-com-Leite” que unia São
Paulo e Minas Gerais no controle do governo federal; e a
“Política dos Governadores” que estabelecia um pacto de
não interferência e apoio recíproco entre o governo federal e
os governos esta duais, na condição de representantes das
oligarquias regio nais. Esta última política foi a contemplada
pelo examinador.
Resposta: B
9) A questão se refere a um importante mecanismo utili zado
durante a Primeira República para assegurar o
funcionamento regular da “Política dos Governa do res”,
implementada por Campos Sales. Segundo essa política, as
oligarquias esta duais, em troca da não intervenção federal
em seus respec tivos estados, dariam ao presi den te da
República todo o apoio do Congresso Nacio nal. Dentro dessa
perspectiva, seria incon venien te a eleição de deputados que
pudessem perturbar as boas relações entre o Legislativo e o
Executivo fede rais. Daí a “degola” (não diplomação) de
candidatos dissidentes ou oposicionistas que eventualmente
fossem eleitos para a Câmara Federal.
Resposta: B
10) A charge critica as fraudes e manipulações eleitorais típicas
da República Velha, nas quais se impedia a “exposição” da
verdade.
11) a) Fraude eleitoral (as apurações eram realizadas pelo grupo
político dominante) e “voto de cabres to” (controle dos
eleitores por meio de relações clientelistas ou coercitivas,
decorrentes da exis tência do coronelismo).
b) Instituição do voto feminino e redução da idade eleitoral
mínima para 18 anos, pela Constituição de 1934;
concessão do direito de voto aos anal fabetos e redução da
idade eleitoral mínima para 16 anos, pela Constituição de
1988.
– 3
n Módulo 41 – Movimentos Sociais Ruraisna Primeira República
1) a) De acordo com o texto, três fatores contribuíram para o
ataque das forças do governo contra Canudos:
1) O arraial constituía um polo de atração para os
camponeses da região, prejudicando a obtenção de mão
de obra pelos fazendeiros locais.
2) A liderança mística do “beato” Antônio Conselheiro,
dispensando a intermediação do clero católico, diminuía a
influência da Igreja sobre o campesinato.
3) A oposição do Conselheiro ao casamento civil e aos
impostos cobrados pelo recém-instalado governo da
República, somada a um vago sebastianismo, fizeram
com que as autoridades, distantes dos acontecimentos e
pouco conhece doras das peculiaridades do mundo
sertanejo, acusassem Canudos de ser um perigoso foco
de restauração monárquica.
b) No plano político, o episódio de Canudos está relacionado
com o “progressismo” do regime republicano, que tendia
a encarar como retrógra dos quaisquer aspectos do Brasil
que não se coadunassem com a visão urbana e eurocên -
trica dos grandes núcleos litorâneos. No plano social, a
existência de Canudos ameaçava a tradicional submissão
dos camponeses à opressão e à explora ção praticadas
pelos “coronéis”.
2) O crescimento do Cangaço deve ser visto como uma manifes -
tação de resistência (“banditismo social”), praticada por
segmentos do campesinato contra a opressão dos grandes
proprietários. No período citado, essa opressão se fez sentir
de forma mais intensa, tendo em vista o poder conferido ao
coronelismo pela República das Oligarquias.
3) A Coluna Prestes (da qual Luis Carlos Prestes foi sub coman -
dante) constituiu o ponto alto do movimento tenen tista
iniciado com o episódio dos 18 do Forte. Embora o objetivo
imediato da Coluna fosse a der ruba da do presidente Artur
Bernardes (1922-26), o movimento tinha uma dimensão mais
ampla, contrá ria à Repú blica Oligárquica e favorável a
reformas políticas e a uma maior inserção dos cidadãos na
vida nacional.
Resposta: C
4) A ordem do dia do general que comandou a destruição do
Arraial de Canudos procura reduzir o conflito às dimensões
de um confronto político-ideológico, sem considerar as
implicações sociais e econômicas subja centes – posição aliás
perfilhada pelas autorida des republicanas e pelas camadas
urbanas do País.
Resposta: A
5) a) A população de Canudos era formada por trabalhadores
rurais que tentavam fugir das condições de miséria e
exclusão provocadas pela estrutura socioeconômica
imposta pelo latifúndio. Com isso, o arraial tornou-se uma
ameaça aos interesses dos grandes proprietários rurais da
região.
b) No plano religioso, a crença dos sertanejos era essencial -
mente católica, influenciada pelo fanatismo resultante do
misticismo, do messianismo e do sebastianismo. No
plano político, o movimento, dados seus aspectos anti-
republi canos, foi tachado pelas autoridades como sendo
monar quista.
6) A alternativa apresenta características do movimento do
Contestado.
Resposta: A
7) O Contestado ocorreu no Sul; além disso, nenhum desses
movimentos obteve êxito.
Resposta: A
8) Análise do texto.
Resposta: B
9) O Contestado apresenta um componente religioso e místico,
agregando os oprimidos e miseráveis da região, que agiam
como fanáticos.
Resposta: A
10) O cangaço e a influência do Padre Cícero constituem
fenômenos típicos das condições sociais, econômicas e
culturais do sertão nordestino: o primeiro, como
manifestação do “banditismo social” produzido pelas
condições de miséria em que viviam os camponeses; a
segunda, como resultante do misticismo popular – o mesmo
que celebrizou outros “beatos”, entre os quais Antônio
Conselheiro, líder do Arraial de Canudos. Já a Coluna Prestes
foi a mais importante manifestação do movimento
tenentista, que tinha caráter essencialmente político e
âmbito nacional.
Resposta: D
n Módulo 42 – Economia, Finanças e Urbanização na PrimeiraRepública
1) a) Em sua região de origem (sertão), os nordestinos viviam
em situação de miséria, devido à concen tração fundiária e
à exploração da mão de obra camponesa pelos
fazendeiros locais. Os fatores que levaram parte daqueles
trabalha dores a migrar para a Amazônia foram, de um
lado, a crescente importância da borracha na atividade
industrial e, de outro, as condições de opressão e
exclusão a que eles eram submetidos no Nordeste –
condições agravadas pelas secas que passaram a flagelar
a região, a partir de 1877, e a falta de perspectivas de
contratação em outras áreas do País.
b) Durante o Ciclo da Borracha, no final do século XIX e início
do século XX, desenvolveu-se na Amazônia um processo
de produção que ficou conhecido como “aviamento” ou
“barracão”. Nesse processo, o seringueiro instalava-se
em terras do seringalista (o proprietário do seringal) e
destinava a este, exclusivamente, a produção da
borracha. A produção era trocada por gêneros e insumos
de que o seringueiro necessitava para produzir e
sobreviver, estocados pelo seringalista num barracão. Os
gêneros e insumos eram sempre sobrevalorizados, em
relação à borracha entregue pelo seringueiro, o que, com
o tempo, gerava uma dívida deste para com o seringalista.
Dessa forma, criava-se uma espécie de “escravidão
branca” na qual o seringueiro trabalhava gratui ta mente
para repor a dívida.
Sendo assim, observa-se que as condições de vida do
seringueiro eram extremamente precárias, preso ao
seringal, sem liberdade de circulação, com escassos
recursos de vida e sob a ameaça de morte, por parte do
seringalista, caso empreen desse um desvio de parte da
produção ou uma provável fuga.
4 –
2) a) A eclosão da Primeira Guerra Mundial provocou a diminui -
ção das importações brasileiras, visto que os países expor -
tadores direcionaram suas econo mias para fins militares.
Tentando compensar a carência de importados, a indústria
brasileira intensificou a produção de bens de consumo não
duráveis, resultando em um surto que se prolongou até o
imediato pós-guerra.
b) A defasagem entre a alta do custo de vida e a elevação
dos salários somente começou a diminuir na greve geral
de São Paulo (1917), que de monstrou a capacidade de
organização do movimento ope rário brasileiro, na época
da orientação anarcossindicalista.
3) No Período Colonial, a extração das “drogas do ser tão”, a
atividade missionária e a instalação de guar ni ções portugue -
sas teve pouco impacto no povoa men to da Região Amazô -
nica. Esse processo de ocupação somente ganhou impulso
com boom da bor racha, es ti mulado externamente pelas
transfor ma ções da Se gunda Revolução Industrial e, no plano
interno, pela ampla utilização de mão-de-obra nordestina
deslo ca da pelas secas.
Resposta: A
4) A escolha da alternativa é favorecida pela charge reproduzida
na questão, podendo ser considerada quase uma leitura de
imagem. Devem-se observar dois aspectos: 1) na época, o
meio de comunicação que se esperava pudesse ligar locais
situados a grandes distantes era o telégrafo — tarefa que, na
época, estava sendo empreendida, em Mato Grosso, pelo
major Rondon; 2) o uso do futuro do pretérito na alternativa
(“possibilitaria”) expressa muito mais uma expecta tiva do
que uma certeza, a qual atualmente vem se tornando uma
realidade graças às modernas tecnolo gias da informação.
Resposta: E
5) “Tanto as seções, como as máquinas, têm as necessárias
separações”: Referência à distribuição do trabalho fabril de
acordo com os diversos grupos de empregados (homens
adultos, mulheres adultas, menores, brasileiros e
imigrantes).
Características das condições de trabalho: longa jornada de
trabalho, falta de asseio em certas seções e periculosidade
do manejo de máquinas e equipamentos.
Características do grupo de trabalhadores: homens e
mulheres adultos, menores e brasileiros e estrangeiros.
6) A política do café, durante a Primeira República (1889-1930),
utili zou vários mecanismos de valorização do produto. O mais
notório foi a compra e estocagem dos excedentes de
produção, definidas no Convênio de Taubaté (1906); mas
houve também o recurso às desvalorizações cambiais. Essas
práticas foram responsáveis pela “privatização dos lucros e
socialização das perdas” que caracte ri zaram a política cafeeira
da República Velha, conforme a frase de Celso Furtado.
Resposta: B
7) O desenvolvimento industrial do Brasil, cuja origem se
encontra na expansão cafeeira, teve na imigração o elemento
básico formador do mercado nacional do trabalho
assalariado. A mão de obra as sala riada de origem estrangeira
representava mais de 90% do operariado das indústrias
paulistas na República Velha. Esse contin gente, além de
contribuir para o desenvolvimento da industria liza ção como
força de trabalho, constituía-se, também, em mercado con -
sumidor de bens de consumo não duráveis (alimentos,
vestuá rio e outros).
8) Resposta: B
9) a) A eclosão da Primeira Guerra Mundial provocou a dimi -
nuição das importações brasileiras, visto que os países
exportadores direcionaram suas econo mias para fins
militares. Tentando compensar a carência de importados,
a indústria brasileira intensificou a produção de bens de
consumo não duráveis, resultando em um surto que se
prolongou até o imediato pós-guerra.
b) A defasagem entre a alta do custo de vida e a elevação
dos salários somente começou a diminuir na greve geral
de São Paulo (1917), que de monstrou a capacidade de
organização do movimento ope rário brasileiro, na época
de orientação anarcos sin dicalista.
10) A concorrência com a produção asiática abalou a economia
da borracha do Brasil.
n Módulo 43 – Ideias e Movimentos Urbanosna Primeira República
1) Início do Movimento Modernista, tendo como ponto alto a
Semana de Arte Moderna de 1922, e a busca de uma arte (o
que inclui a literatura e a música) genuinamente brasileira
desvinculada dos padrões acadêmicos e das influências
europeias.
2) A revolta de marinheiros, ocorrida em 1910 contra os
castigos corporais, as jornadas excessivas e os soldos muito
baixos vigentes na Marinha de Guerra, teve como destaque a
liderança do cabo-marinheiro João Cândido, cognominado
“Almirante Negro” por seus admiradores. Embora as exigên -
cias dos revoltosos tivessem sido atendidas, o governo puniu
duramente os envolvidos, executando vários deles e
expulsando muitos outros. Preso e expulso da Marinha, João
Cândido foi absolvido e libertado em 1912.
Resposta: D
3) No início do século XX, o capitalismo tardio brasileiro ainda
apresentava as características do “capitalismo selvagem”,
que os países mais avançadas já haviam de certa forma
superado. Por essa razão, o movimento operário no Brasil, de
orientação anarcossindicalista impri mida por líderes de
origem sobretudo italiana, era ainda fraco e duramente
reprimido pelas autoridades. Nessas condições, as exigências
formu ladas em 1917 apresentavam apenas reivindicações
básicas – que no entanto somente seriam atendidas após a
ascensão de Getúlio Vargas ao poder.
Resposta: B
4) A Revolta da Vacina, embora tenha sido deflagrada como
uma reação popular à obrigatoriedade da vacinação
antivariólica, foi igualmente motivada por fatores anteriores
a esse; entre eles, a urbanização do centro do Rio de Janeiro,
com a consequente demo lição de cortiços e o deslocamento
da população de baixa renda para os morros e subúrbios.
Resposta: A
– 5
5) A importância do movimento operário no Brasil já era
expressiva, antes que ele participasse legalmente da vida
política nas citadas eleições municipais de Santos, em 1925.
Haja vista as inúmeras greves realizadas, com destaque para
a ocorrida em São Paulo no ano de 1917. De qualquer forma,
é inegável que o surgimento do PCB (então “Partido
Comunista do Brasil”) deu àquele movi mento um
direcionamento mais preciso e consistente.
Resposta: E
6) a) A insalubridade do Rio de Janeiro, presente na endemia
da febre amarela e da peste bubô nica, além das
frequentes epidemias de varíola; e a existência, no centro
da cidade, de um grande número de edificações
decadentes constituídas principalmente por casarões
coloniais transfor mados em cortiços (magistralmente
descritos na obra homônima de Aluísio de Azevedo).
b) Mudanças econômicas: desenvolvimento das ati vi dades
financeiras e industriais, fazendo da capital federal o
principal centro econômico do País, ainda não suplantada
por São Paulo.
Mudanças sociais: demolição das construções (principal -
mente cortiços) do centro do Rio de Janeiro, substituídas
por um projeto urbanístico moderno, sob a direção do
prefeito Pereira Passos e obedecendo ao projeto progres -
sista do pre si den te Rodrigues Alves. Consequência: deslo -
ca mento da população de baixa renda, até então
residindo no centro do Rio, para os morros e subúrbios.
Pode-se acrescentar o afluxo de imigrantes europeus para
trabalhar nas indústrias cariocas.
7) A questão aborda algumas características do “Movimento
Pau-Brasil”, ao qual pertenceram os artistas brasileiros men -
cionados e cujo manifesto propunha um redireciona mento
do modernismo, de acordo com as propostas elenca das na
alternativa E.
Resposta: E
8) O sociólogo pernambucano Gilberto Freire, em seu
Manifesto Regionalista de 1926, defende os valores culturais
e as práticas populares regionais, posicio nando-se de acordo
com a tendên cia nacionalista deflagrada pela manifestação
mode rnista de 1922.
Resposta: E
9) Monteiro Lobato, expressando uma visão “acadêmica” e
conser vadora da pintura, ataca as chamadas “vanguar das”
modernistas, nomeadamente o Cubismo (Picasso & cia.). A
única obra, entre as reproduzidas na prova, que rompe o
padrão acadêmico é o quadro A Boba, de Anita Malfatti, que,
pela deformação expressionista dos traços e intensificação
da cor, configura para Lobato a atitude “dos que veem
anormalmente a natureza…”.
Resposta: E
10) O “Quadriênio Progressista” de Rodrigues Alves (1902-06)
desta cou-se no esforço para moder nizar o Rio de Janeiro.
Com esse objetivo, o governo empe nhou-se em remodelar o
centro urbano (obra do pre feito Pereira Passos) e em
promover o saneamento da cidade, erradicando a febre
amarela e impon do a vacinação contra a varíola (obra de
Oswaldo Cruz).
Resposta: D
11) O Movimento Antropofágico (e não “antropófago”) foi uma
das correntes que, a partir de 1922, constituíram o Moder nis -
mo Brasi leiro. Caracterizadas pelo estar dalhaço e pelo desejo
de causar impacto, tinham como traço comum a valorização
da cultura bra sileira e de suas raízes antropológicas. Esse
viés nacionalista explica a crítica feita no texto à Declaração
dos Direitos do Homem da Revolução Francesa – o que pode
ter induzido alguns candidatos a optar pela alternativa b.
Resposta: C
12) As afirmações são condizentes com o período citado.
Todas as assertivas estão corretas.
13) Revolta da Vacina se insere no “Quadriênio Progres sista” de
Rodrigues Alves (1902-06). Esse presidente, antigo monar -
quista que aderiu à ideia de associação entre “República” e
“progresso”, procu rou modernizar o Rio de Janeiro, aproxi -
man do-o do pa drão exibido pelas metrópoles europeias.
Entretan to, a urbanização do centro da cidade, com a conse -
quente demolição dos cortiços ali existentes, deslocou a
população de baixa renda para os morros e subúrbios, ge -
rando descontentamentos. Estes se agra varam com a repulsa
da população contra a imposição da vacina antivariólica. Daí a
eclosão da Revolta da Vacina, insuflada, aliás, por setores
políti cos e militares contrários a Rodrigues Alves.
Resposta: C
n Módulo 44 – A Crise de 1929 e o New Deal
1) a) Desequilíbrio entre produção e consumo, gerando
superprodução, sobretudo na indústria; especu lação com
ações, em descompasso com a real situação das
empresas; inúmeras falências, incluindo centenas de
bancos; desem prego em massa, com graves
consequências sociais; e alastramento da depressão a
todo o mundo capitalista.
b) Comparando a Crise de 1929 com a de 2008, é possível esta -
belecer, entre elas, as seguintes semelhanças e diferenças:
Semelhanças: ambas ocorreram em um contexto de práti -
ca do liberalismo econômico e tiveram dimensão mundial.
Diferenças: a Crise de 1929 decorreu principalmente de
um desequilíbrio entre produção e consumo, ao passo
que a Crise de 2008 surgiu da especulação imobiliária;
além disso, a Crise de 1929 foi combatida pelo governo
Roosevelt por medidas econômicas e sociais abrangentes
(New Deal), ao passo que os governos Bush e Obama
priorizaram os aportes financeiros às empresas com risco
de quebrar.
2) a) Dentro da política econômica conhecida como New Deal,
Franklin Roosevelt adotou, entre outras, as seguintes
medidas: execução de um programa de grandes obras
públicas, concessão de financia mentos aos fazendeiros,
fixação de preços mínimos para os produtos primários,
criação do salário mínimo e supervisão do governo federal
sobre o sistema financeiro.
b) Fatores da crise de 2008-09: predomínio das prá ti cas
neoliberais, favorecendo a especulação finan ceira e a ges -
tão arriscada de grandes corpora- ções. A crise manifestou-
se inicialmente no setor imobiliário norte-americano e
contaminou bancos, indústrias e bolsas de valores em todo
o mundo, gerando recessão econômica e altos índices de
desemprego. No esforço para reverter esse pro ces so,
inúmeros governos intervieram rapidamente, seja com
grandes aportes finan ceiros, seja com isenções fiscais.
6 –
3) A ênfase de Tempos Modernos recai sobre a situação do
trabalhador na era industrial caracterizada pela mecanização
da atividade produtiva (submissão do homem à máquina,
dentro do modelo fordista da li nha de montagem). Comple -
mentarmente, há referên cias à situação de desemprego e
miséria que carac te ri za ram o início da década de 1930,
marcada pela Grande Depressão.
Resposta: D
4) A questão faz uma abordagem macroeconômica do período
iniciado com a depressão de 1873 e que se estendeu até a
Grande Depressão pós-1929, quando o intervencionismo
passou a predominar na economia. Esse predomínio prolon gar-
se-ia até a década de 1980, quando o neoliberalismo se tornou
um consenso quase unânime entre os economistas da época.
Resposta: D
5) Embora a Crise de 1929 tenha explodido com o crash da
bolsa de Nova York – o que aparentaria um colapso
puramente financeiro –, suas origens estão no descompasso
entre os altos níveis de produção agríco la, e sobretudo
industrial, alcançados pelos Estados Unidos durante a
Primeira Guerra Mundial, e a contração do consumo na
década seguinte. Já a crise atual teve sua origem no próprio
sistema financeiro, devido à gestão temerária dos créditos
concedidos ao setor imobiliário norte-americano.
Resposta: B
6) a) As duas linhas do gráfico mostram que produção
industrial e emprego estão em proporção direta. Ou seja:
o cresci mento da produção industrial influencia
positivamente no nível de emprego; consequentemente, a
queda da produ ção indus trial aumenta o índice de
desemprego.
b) Crise na produção agrícola e industrial, devido ao excesso
de oferta sobre a demanda, manutenção da cotação das
ações em patamares irreais (especulação) e lançamento
de novos papéis que, na falta de compradores,
derrubaram o valor dos títulos já existentes no mercado,
provocando o crack da Bolsa de Valores de Nova York.
7) a) Política econômica intervencionista adotada pelo
presiden te Franklin Roosevelt, com o objetivo de superar
os efeitos da Crise de 1929 e da Grande Depressão que se
lhe seguiu.
b) Década de 1930
Movimento operário: fortalecimento dos sindicatos.
Década de 1960
Movimento negro: igualdade de direitos civis para os afro-
descendentes.
Movimento estudantil: críticas ao establishment
capitalista burguês.
Movimento hippie: pacifismo e oposição à Guerra do
Vietnã (esta última bandeira, presente também nos
movimentos anteriores).
Movimento feminista (Woman’s Lib): exigência de uma
legislação que assegurasse direitos específicos para as
mulheres, como o direito ao aborto.
Obs. 1: A pergunta foi mal formulada, pois a expressão “desse
período” tanto pode referir-se ao período da primeira
pergunta (década de 1930) como ao do enunciado (década de
1960).
Obs. 2: Nos Estados Unidos, as eleições presidenciais
realizam-se em novembro dos anos com final par múltiplo de
4 e a posse do eleito ocorre em janeiro seguinte (ano com
final ímpar). Portanto, os períodos de governo de Kennedy e
Johnson foram, respectivamente, 1961-63 e 1963-69.
n Módulo 45 – Crise do Estado Oligárquicoe Revolução de 1930
1) Júlio de Mesquita Filho, diretor do jornal O Estado de
S.Paulo, ataca a estrutura do poder político vigente na
República das Oligarquias, baseada na existência de partidos
estaduais únicos que controlavam as eleições, por meio do
coronelismo e do clientelismo. Aliás, em 1926, Júlio de
Mesquita Filho participaria da fun dação do Partido
Democrático (PD), em oposi ção ao então todo-poderoso
Partido Republicano Pau lista (PRP).
Resposta: D
2) a) A “política do café com leite”, criada pelo presidente
Campos Sales, constituiu na aliança entre as oligarquias
paulista e mineira (repre sentadas respectivamente pelo
PRP e pelo PRM), com vistas a controlar o poder político
em nível federal. Como resultado prático os presidentes
da República seriam indicados alternadamente por
aquelas oligarquias. A fim de proporcionar suporte ao
“café com leite”, Campos Sales criou também a Política
dos Governadores.
b) O colapso da “política do café com leite” ocorreu no final
da década de 1920, quando da sucessão de Washington
Luís. Este presidente, ligado à oligarquia de São Paulo,
indicou para sucedê-lo o paulista Júlio Prestes, preterindo
o mineiro Antônio Carlos de Andrada. Essa decisão levou
Minas a criar, com a Paraíba e o Rio Grande do Sul a
“Aliança Liberal” — dissidência oligárquica que lan çaria
Getúlio Vargas como candidato à pre sidência, quebrando
a “política do café com leite”.
3) A Revolução de 1930, apesar de promovida por gru pos oligár -
quicos opositores do governo de Washington Luís, afirmava
defender as propostas da Aliança Liberal, recém-derrotada
nas urnas; ou seja, dizia atender as aspirações populares e de
setores médios (nos quais se incluíam os “tenentes”), defen -
dendo um Brasil modernizado que acabasse com os vícios da
“República dos Coronéis”.
Resposta: D
4) a) Modernismo. Característica: contestação aos valo res esté -
ticos acadêmicos, apresentando uma pro posta artística
com raízes brasileiras e temáticas sociais.
b) Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo no mês
de fevereiro de 1922. Nesse evento, artistas de vanguarda
ligados à literatura, às artes plás ti cas e à música (Oswald
de Andrade, Mario de Andrade, Menotti del Picchia, Di
Cavalcanti, Tar si la do Amaral, Heitor Villa-Lobos e outros)
expu se ram suas ideias e propostas para uma nova pro -
dução cultural, contrariando os valores vi gentes.
5) O Partido Democrático (PD) foi criado em 1926, como uma
dissidência do hegemônico Partido Republicano Paulista
(PRP). Nessa condição, integrou a Aliança Liberal formada
por Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba, que na eleição
presidencial de 1930 lançou a candidatura de Getúlio Vargas.
A seguir, o PD apoiou a Revolução de 1930 e chegou a ter um
de seus integrantes nomeado ministro da Fazenda. Entre -
tanto, quando Vargas voltou-se contra a influência política
dos paulistas, o PD adotou uma postura oposicionista, como
demonstra a declaração transcrita, na qual o partido exigia a
realização de eleições. Na sequência, o PD aliar-se-ia ao PRP,
formando a Frente Única Paulista – embrião da Revolução
Constitucionalista de 32.
Resposta: C
– 7
6) No texto transcrito, Oswald de Andrade enfatiza os efeitos da
Crise de 29 tanto no plano econômico como no intelectual; e,
por essa razão, propõe a reformu lação e politização do
pensamento modernista.
Resposta: E
7) As afirmações são consistentes com a análise e o contexto da
obra. Todas as afirmativas estão corretas.
Resposta: E
n Módulo 46 – Era Vargas: Governos Provisório e Constitucional
1) A questão está mal formulada, visto que as “negocia ções” e
“concessões” à oligarquia paulista mencio nadas na alterna -
tiva são antecedentes da Revolução Constitucionalista de
1932, referindo-se à nomeação de Pedro de Toledo para o
cargo de interventor em São Paulo (um interventor “civil e
paulista”, como reclamavam os líderes do estado). Essa
concessão de Vargas, contudo, não impediria a deflagração
do movimento revolucionário em 9 de julho de 1932. A
promul gação da Constituição de 1934, que muitos afirmam
ter sido fruto da rebelião paulista, já estava prevista no
projeto de convocação de uma Assembleia Constituinte
anunciado por Vargas.
Resposta: D
2) As palavras de Lindolfo Collor, Ministro do Trabalho no início
da Era Vargas, refletem a posição do governo varguista a
respeito das relações trabalhistas: o Estado atuaria como
árbitro, exercendo sua autoridade sobre as entidades
patronais e de trabalhadores por meio da criação do
Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. A influência do
governo levaria o empresa riado a aceitar concessões aos
trabalhadores em troca da paz social e da normalidade das
atividades produ tivas – elementos fundamentais para o
sucesso da política de substituição das importações
empreen dida por Getúlio Vargas.
Resposta: A
3) A “radicalização política” registrada no Brasil nos anos 30
constitui um reflexo da polarização ideológica entre
esquerda (comunismo) e direita (fascismo), surgida na
Europa na década anterior e estendida depois a países extra-
europeus.
Agrupamentos políticos radicais atuantes no Brasil dos anos
30: ANL/Aliança Nacional Libertadora, frente progressista e
antifascista, nucleada pelo PCB e presidida por Luís Carlos
Prestes, com propostas antiimperialistas e de mudanças na
estrutura socioeco nômica, sintetizadas no lema “Pão, Terra e
Liberdade”; e a AIB/Ação Integralista Brasileira, de
orientação fascista e anticomunista, liderada por Plínio
Salgado e com propostas conservadoras, nacionalistas e
totalitárias, sintetizadas no lema “Deus, Pátria e Família”.
4) Alternativa escolhida por eliminação, já que o “corporati -
vismo” é uma característica político-social do fascismo
italiano (representação das categorias socioeconômicas por
deputa dos, com o Estado atuando como mediador), que no
Brasil somente se manifestou na criação dos “deputados
classistas” pela Constituição de 1934. O controle dos
trabalhadores por meio de sindicatos atrelados ao Ministério
do Trabalho constitui efetivamente uma característica da Era
Vargas; mas seria preferível defini-la como “tra ba lhismo”,
aliás uma expressão cara ao próprio Getúlio.
Resposta: C
5) A criação da Justiça Eleitoral fez parte do Código Eleitoral
promulgado pelo Governo Provisório de Getúlio Vargas em
fevereiro de 1932 (antes portanto da eclosão da Revolução
Constitucionalista). A implan tação de um órgão controlador
do processo eleitoral e vinculado ao Poder Judiciário tinha,
como objetivo precípuo, estabelecer a “verdade eleitoral” e
eliminar as fraudes tão frequentes nas eleições durante a
República das Oligarquias.
Resposta: B
6) Lindolfo Collor, ministro do Trabalho durante o Governo Provi -
sório de Getúlio Vargas instaurado após a vitória da Revolução
de 1930, foi o inspirador da política sindical implantada pelo
regime varguista. Os sindicatos foram legalizados, sendo no
entanto vedada a existência de entidades concorrentes na
mesma área. Essas organizações de trabalhadores, porém,
seriam sujeitas ao recém-criado Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio, o que as subordinava à orientação do
regime. Essa estrutura intervencio nista e autoritária, imposta
sob a alegação de preservar a paz social e evitar os conflitos de
classe, inspirava-se no modelo fascista italiano, conhecido
como “corpora tivismo”.
Resposta: B
7) a) O governo Vargas, implantado em decorrência do movi -
mento de 1930, estabeleceu novas diretrizes para a econo -
mia brasileira, a saber: incentivo à diversificação das
atividades produtivas, para atenuar os efeitos da hegemo -
nia da cafeicultura, e estímulo à industrialização, dentro
do projeto de substituição das importações.
b) No plano social, Vargas concedeu os primeiros direitos
trabalhistas e legalizou os sindicatos, man tendo-os sob
controle governamental por meio do Ministério do
Trabalho, Indústria e Comércio e de práticas conhecidas
como “peleguismo”.
8) A Revolução Constitucionalista de 32 representou um
esforço da oligarquia paulista para recuperar o poder político,
do qual fora alijada em 1930. Visando cooptar toda a
população do estado (o que incluía brasileiros não-paulistas
e numerosos imigrantes), a propaganda revolucionária
enfatizou o fato de o Governo Provisório de Vargas não ser
regido por uma Constituição. Os líderes do movimento
espera vam também que o tema da reconstitucio nalização
sensibilizasse outros estados – o que não ocorreu, pois
somente Mato Grosso apoiou São Paulo.
Resposta: B
9) A partir do governo de Campos Sales (1898-1902), a Primeira
República Brasileira (1889-1930) caracte rizou-se pelo predo -
mínio de São Paulo e Minas Gerais, estabelecido pela
“Política do Café com Leite”e res paldada na “Política dos
Gover na dores”. Esse ar ran jo passou a dar sinais de
esgotamento na década de 1920 e veio a ruir em 1930, com a
ascensão de Getúlio Vargas. O reordenamento político
resultante, tendo como núcleo o Rio Grande do Sul e Minas
Gerais, afastou do poder a oligarquia paulista – fator prepon -
derante para a eclosão da Revolução de 1932.
Resposta: B
10) Interpretação de texto, pois tanto este como a alternativa c
desta cam o intervencionismo varguista no desenvolvimento
econômico do País. É curioso observar que o “Estado de
compromisso” (conjunto das relações de reciprocidade entre
o Estado e os diversos setores da sociedade) da Era Vargas
não é explicitado, servindo apenas como entrada para
caracterizar a política econômica do período.
Resposta: C
8 –
11) Considerando que o bandeirismo foi um fenômeno exclusi -
vamente paulista e exigiu de seus participantes uma grande
demonstração de coragem e persistência, a figura do bandei -
rante foi largamente utilizada pela Revolução Consti tucio -
nalista de 1932 como um símbolo da altivez e heroísmo do
povo de São Paulo.
Resposta: D
FRENTE 2
n Módulo 19 – Neocolonialismo
1) A alternativa contemplou duas motivações fundamen tais
para a ocorrência do neocolonialismo afro-asiático de fins do
século XIX e início do XX: a busca de uma matriz energética
(no caso, o petróleo) e de matérias-primas estratégicas (ferro,
estanho, cobre, borracha e outras) para alimentar o indus -
trialismo das grandes potências; nesse contexto, as
expedições de reconhe cimento científico tinham, como
finalidade precípua, a avaliação do potencial econômico das
regiões a serem colonizadas. Outro fator, não mencionado na
questão mas igualmente importante, foi a procura de novos
mercados, sobretudo a partir da Crise de 1873.
Resposta: A
2) A partilha da África entre as potências colonialistas obedeceu
a critérios fixados por elas próprias, fossem de caráter
econômico, político ou estratégico. Por isso, não levaram em
consideração as peculiaridades das populações africanas,
criando uma divisão territorial ainda hoje causadora de
conflitos diversos, sobretudo de caráter étnico.
Resposta: C
3) Os Estados africanos que resultaram da colonização
portugue sa e que por isso permanecem lusófonos, apesar da
ocorrência paralela de línguas nativas, são cinco: os três
citados, mais Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.
Resposta: C
4) O engenheiro Cecil Rhodes foi o mais notório defensor do
colonialismo britânico, tendo seu nome ligado à designação
de duas colônias na África Meridional: as Rodésias do Norte
e do Sul (atualmente Zâmbia e Zimbábue). Foi ele também o
idealizador da linha “Cabo—Cairo”, isto é, uma faixa
territorial dominada pela Grã-Bretanha, cortando o
continente africano do Sul ao Norte (a existência da Etiópia,
conquistada pelos italianos em 1935-36, impediu a
concretização daquele projeto). O texto transcrito justifica o
neocolonialismo, praticado pelas potências industriais, pelo
viés ideológico da superioridade da raça branca.
Resposta: D
5) O imperialismo neocolonialista foi impulsionado por motivos
sobretudo econômicos; não obstante, contou com outros
componentes, entre eles a ideologia nacionalista de
potências europeias que procuravam ampliar sua projeção
no cenário mundial – princi palmente Grã-Bretanha, França e
Alemanha. A demarcação das colônias pertencentes a esses
Estados (e também das colônias portuguesas, italianas e
espanholas) deu origem a espaços linguísticos nos quais o
idioma da potência colonizadora serviu para aglutinar
diferentes etnias nativas.
Resposta: E
9) a) O texto considera como “incoerências”: 1) o fato de uma
população ariana (os ingleses) impor sua dominação sobre
outra (os indianos) com a mesma origem; 2) a crença de
que a miscigenação provo ca ria necessariamente a deca -
dência da raça “su pe rior”, sem considerar a possibilidade
inversa (isto é, o “aperfeiçoamento” da raça considerada
inferior).
b) Processo de conquista de colônias na África e na Ásia, em -
preendido pelas potências industriais no final do século
XIX e início do XX, com vistas prin cipalmente à abertura
de mercados e a obten ção de matérias-primas estratégi -
cas.
7) a) O texto I pode ser considerado um exemplo clássi co da
ideologia predominante entre as potências europeias da
época: aceitação do “darwinismo social”, segundo o qual
a raça branca e a civili za ção por ela criada são superiores
a todas as outras. Tais concepções implicariam, pela
óptica do período em questão, o direito de os países
impe ria lis tas dominarem os povos considerados “infe -
riores”, mas também o dever moral de levar a esses
mesmos povos os benefícios da civilização (“Fardo do
Homem Branco”).
b) O texto II rejeita o “direito”, defendido no texto I, de os
europeus dominarem as populações do Oriente, com base
na pretensa superioridade dos primeiros. Essa
contestação baseia-se no fato de que as populações
orientais também deram importantes contribuições,
muitas das quais foram apro priadas pelos imperialistas
europeus.
8) O texto relativiza a ideia de que os atuais males da África têm
origem no neocolonialismo promovido pelos europeus a
partir da Conferência de Berlim.
As tribos africanas já vivenciavam as disputas pelo poder e as
relações de dominação e esse fato anula a velha concepção
de que os homens selvagens eram bons e viviam num
suposto estado de natureza, como pensava Rousseau.
Resposta: E
9) O enunciado esclarece que os Estados atualmente existentes
na América, Ásia e África baseiam-se em modelos europeus,
ainda que adaptados às condições de cada continente. Essa
influência europeia deriva dos dois grandes momentos do
colonialismo empre endido pelas potências do Velho Mundo:
o primeiro durante a Idade Moderna e o segundo já na Época
Contemporânea.
Resposta: B
10) a) Dar respaldo pseudocientífico às teorias de superioridade
da raça branca correntes na segunda metade do século
XIX. No plano político, o resultado foi a ascensão de
movimentos embasados em conceitos racistas, sendo o
nazismo o exemplo mais cabal.
b) As teorias pseudocientíficas do final do século XIX, que
enfatizavam a superioridade da raça branca e das socieda -
des por elas constituídas (“darwinismo social”), deram
sustentação ideológica ao neocolonialismo do período.
Nesse contexto, a conquista de colônias foi justificada
como uma atividade proveitosa para os colonizados, que
receberiam os benefícios da civilização (méritos
atribuídos ao “Fardo do Homem Branco”).
– 9
n Módulo 20 – Primeira Guerra Mundial – I
1) a) França, Rússia e Inglaterra constituíram a Trí plice Entente,
que no decorrer da guerra passou a ser conhecida pela
designação de “Aliados” (o que incluía todos os demais
beligerantes ligados à Entente). Em 1914, os oponentes da
Tríplice Entente eram a Ale manha, Áustria-Hungria e
Itália, reunidas na Tríplice Aliança; entretanto, como a
Itália veio a se juntar aos Aliados, Alemanha e Áustria-
Hungria (e os Estados que a elas se aliaram) ficaram
conhecidas, durante o conflito, como os “Impérios
Centrais”. A Primeira Guerra Mundial concluiu-se em 1918
com a vitória dos Aliados sobre os Impérios Centrais.
b) Inglaterra e França, no começo do século XX, con -
sideravam a Alemanha uma inimiga comum: a Inglaterra,
devido à forte concorrência industrial e comercial que lhe
era movida pela Alemanha; a França, por força do
revanchismo alimentado desde o final da Guerra Franco-
Prussiana (1870-71); esta, além de impor aos franceses
uma esmagadora derrota militar, resultou na perda da
Alsácia-Lorena e na humilhação adicional de o Império
Alemão ter sido proclamado no Palácio de Versalhes. Daí
a formação, em 1904, da “Entente”entre os dois países,
aos quais logo se juntaria o Império Russo.
c) O exército russo, embora fosse o maior do mundo,
apresentava graves deficiências de comando, organi zação
e equipamento – o que explica as gravíssimas derrotas
sofridas desde 1914. Todavia, a imensidão do território
russo dificultou sua ocupação pelos alemães e manteve o
Império Czarista na guerra por um longo período. Por
outro lado, as derrotas russas abriram caminho para a
Revolução de 1917 e a posterior saída da Rússia do
conflito, em março de 1918. Ao final da Primeira Guerra
Mundial, o território russo sofreria duas transformações:
implantação do sistema socia lista e perda de Finlândia,
Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia.
2) A exacerbação dos nacionalismos europeus, manipulada
pelos governos para obter o apoio da população a sua
política belicista; a formação de blocos militares antagônicos
(Tríplice Aliança e Tríplice Entente); e a disputa de mercados
consumidores pelas potências mais industrializadas.
3) No decorrer do século XIX, a Europa passou por um
vertiginoso crescimento econômico, decorrente dos avanços
tecnológicos ocorridos na Segunda Revolução Industrial. O
aumento da produ ção fez com que os países europeus
procurassem novos mercados e fontes de matérias-primas, o
que ocasionou a divisão dos territórios africanos e asiáticos
(neocolonialismo), nem sempre com a concordância de todas
as potências. Por outro lado, a Unificação da Alemanha
transformou esta em uma temível força militar e industrial,
quebrando o tradicional “equilíbrio europeu” perseguido
pelas potências desde o Congresso de Viena.
Resposta: E
4) O primeiro excerto é sobre os nacionalismos da Europa
Oriental e as disputas pelos domínios de tais regiões, por
parte do Império Turco-Otomano, do Império Austro-
Húngaro, do Império Alemão e do Império Russo. § O
segundo trata do capitalismo monopolista e da consequente
disputa neocolonial e imperialista por mercados
consumidores, por oferta de recursos naturais e de mão de
obra barata. § Ambas as questões constituíram causa da
Primeira Guerra Mundial, entre a Tríplice Entente (França,
Inglaterra, Rússia) e a Tríplice Aliança (Alemanha, Império
Austro-Húngaro e Itália).
Resposta: B
5) (2) F: pangermanismo e pan-eslavismo não eram
movimentos nacionalistas, mas de apelo racial para
anexações de povos e regiões.
(3) F: os blocos se organizam para proteção mútua de
domínios coloniais reconhecidos pelos países membros.
(6) F: as manufaturas brasileiras recebem impulso na
Primeira Guerra Mundial, já que não podiam importar das
potências beligerantes, necessitando, portanto, aderir à
política de substituição de importações.
6) Uma das causas da Primeira Guerra Mundial foi justamente a
“paz armada”. Os países se aliaram para garantir proteção e
manutenção de suas colônias, em preparo para possíveis
guerras de disputas neocolonialistas.
Resposta: E
7) Os EUA entram para a guerra com a saída da Rússia (por
conta da Revolução bolchevista), sob pretexto de “guerra
justa” (argumento frequentemente utilizado pelos EUA para
declaração de guerra), já que teriam tido navios atingidos por
alemães, quando do transporte norte-americano de
suprimentos para a Trípice Entente.
Resposta: D
8) Observando a Primeira Guerra Mundial em termos de longa
duração, percebemos um processo que se iniciou no século
XIX e que perdura até a Segunda Guerra: o nacionalismo, que
buscava fortalecimento interno por meio de rivalidades
externas de dominação política e econômica.
Resposta: D
9) A guerra franco-prussiana (manobra de Bismarck para a
unificação alemã) fez com que a França perdesse suas
principais jazidas de ferro e carvão (Alsásia e Lorena), o que
atravancou seu desenvolvimento industrial e motivou
revanchismo francês contra a Alemanha – uma das causas da
Primeira Guerra Mundial.
Resposta: C
10) Na Primeira Guerra Mundial, estão em conflito as potências
liberais e os remanescentes impérios, disputando por mais do
que colônias, territórios e poderio; ou seja, disputando
também pelo modelo de ordem mundial que se estabeleceria.
Resposta: B
n Módulo 21 – Primeira Guerra Mundial – II
1) Alternativa escolhida por eliminação porque esta be le ce um
nexo demasiado próximo entre o raciona lis mo iluminista do
século XVIII e o cientificismo da Belle Époque – esquecendo
o Romantismo que se interpõe entre essas duas fases e
atribuindo ao Iluminismo um “fascínio pela tecnologia” que
só podemos encontrar em Adam Smith.
Resposta: D
2) Referência aos Tratados de Saint Germain, Newilly, Trianon e
Sèvres.
Resposta: A
10 –
3) O liberalismo idealizado no iluminismo, principalmente por
John Locke e Adam Smith, inicia suas manifestações nas
Revoluções Burguesas e se arraiga na Primeira Guerra
Mundial, com o desfacelamento dos impérios.
Resposta: B
4) a) Divisão do território alemão em duas partes, separadas
pelo Corredor Polonês.
b) Redução do poder militar alemão e a obrigação, pela
Alemanha, de pagar pesadas indenizações / repa rações de
guerra.
5) O texto refere-se especificamente a um natural da Lorena –
região que, juntamente com a Alsácia, perten ceu à Alemanha
em 1871-1918 e 1940-1944, sendo francesa fora desses perío -
dos. Mas a alternativa pode se aplicar a muitas outras
regiões europeias, notadamente na Europa Oriental.
Resposta: D
6) Resposta: C
7) a) Período da história alemã entre o término da Primeira
Guerra Mundial e a ascensão do nazismo (1919-1933).
Esta última re sultou dos graves problemas políticos e
econô micos sofridos pela Alemanha naquele período.
b) Tratado assinado entre a Alemanha e os vencedores da
Primeira Guerra Mundial. Foi considerado uma “paz im -
pos ta” porque apresentou condições extre ma mente
pesadas que os alemães não puderam negociar.
8) Em 1918, o presidente dos EUA fez uma proposta de paz,
conhecida como os “14 pontos”, que previa a suspensão do
conflito, sem vencidos e vencedores, e admitia a formação de
novas nações soberanas, no Leste Europeu.
Resposta: D
9) Em 1917, a Rússia entra em plena revolução quando um grupo
radical socialista (bolcheviques) articula manifestações para
sua saída da guerra. Em um primeiro momento (sob a
Revolução de Fevereiro), a guerra significava perda de
recursos em um país já bastante decadente (devido a seu
histórico de passagem brusca do feudalismo à industrialização
– século XIX – e à guerra fracassada pela Manchúria – 1905).
Com a ascensão bolchevista, a guerra significou um
contrassenso: um país socialista em uma guerra de ideais
capitalistas.
Resposta: D
n Módulo 22 – Revolução Russa – I
1) Houve “duas revoluções russas” em 1917: a de Fevereiro e a
de Outubro. Em fevereiro, agiam as forças burguesas; em
outubro, atuava a classe operária bolchevista.
Resposta: C
2) Os jacobinos ou montanheses eram o agrupamento político
que assumiu o poder durante a fase popular da Revolução
Francesa (1793-94), tendo como base de sustentação os sans-
culottes – designação genérica dada aos trabalhadores
urbanos; deve-se porém observar que a maioria dos líderes
jacobinos, a começar de Robespierre, pertenciam a pequena
burguesia.
É portanto possível estabelecer um paralelo entre os
Jacobinos e os Bolcheviques – agrupamento político radical
que durante a revolução russa, dirigiu os soviétes de
operários, soldados e camponeses (comparáveis socialmente
aos sans-culottes da revolução francesa.
Resposta: B
3) Resposta: A
4) a) À Comuna de Paris.
b) Grande insurreição socialista ocorrida em Paris, após a
derrota da França na Guerra Franco-Prussiana, e sangren -
tamente repri mida pelo governo da III República Francesa.
c) Constituiu o símbolo da possibilidade de vitória da revo -
lução proletária, que conduziria à formação do Estado
Socialista.
5) a) Nas Revoluções de 1848 (Primavera dos Povos) e na
Comu na de Paris em 1871.
b) A industrialização na Rússia ocorreu graças ao capital
estrangeiro, desencadeando a exploração do operariado e
gerando as condições para a revolução socialista,
idealizada pelos bolchevistas. O czarismo (absolutismo)
contribuia para o agravamento das contradições sociopo -
líticas, com o seu autoritarismo, repressão, centralismo e
inadequação às transformações socioeconômicas na
Rússia. Já a Pri meira Guerra foi um conflito imperialista,
que envolveu a classe operária mundial e, particularmente
na Rússia, gerou miséria e desgoverno, contribuindo para
a vitória das forças revolucionárias de outubro de 1917.
6) Principais diferenças políticas e sociais entre o Gover no
Provisório (chefes: príncipe Lvov, e depois Kerensky) e o
Governo dos Sovietes (chefe: Lênin)
– O Governo Provisório era controlado pela bur guesia com
apoio da aristocracia; o Governo dos Sovietes era contro -
lado por intelectuais marxistas, em nome das camadas
populares (operários, soldados e camponeses).
– O Governo Provisório foi legitimado pela Duma (Assem -
bleia Legislativa); o Governo dos Sovietes foi instaurado
por um golpe de Estado.
– O Governo Provisório tinha caráter liberal; o Governo dos
Sovietes, de tendência socialista, pretendia implantar a
ditadura do proletariado
– O Governo Provisório reunia os partidos Cons ti tu cional
Democrata (“Kadete”) e Social Revolu cionário; o Governo
dos Sovietes era do mi nado pelos bolcheviques,
momenta neamente apoiados pelos mencheviques.
– O Governo Provisório insistia em manter a Rússia na
Primeira Guerra Mundial; o Governo dos Sovietes retirou
o país do conflito.
Realizações do novo governo:
– Assinatura de uma paz em separado com a Alemanha
(Tratado de Brest-Litovsk), retirando a Rússia da Primeira
Guerra Mundial. Contexto: situação militar insustentável
e necessidade, para o Governo dos Sovietes, de
concentrar esforços na implantação do socialismo.
– Socialização das terras em benefício do cam pesinato.
Contexto: situação de miséria e de fome dos camponeses
e esforço para viabilizar as “Teses de Abril” de Lênin,
sintetizadas no lema “Paz, Pão e Terra”.
– Gestão das fábricas pelos operários. Contexto: também
um esforço para viabilizar as “Teses de Abril” de Lênin,
dentro do projeto socialista de eliminar a propriedade
privada dos meios de produção.
7) Os sovietes (conselhos de operários, soldados e camponeses)
surgiram na Revolução de 1905 e tiveram uma importância
decisiva na ascensão dos bolcheviques ao poder na Rússia,
em outu bro/novembro de 1917. Entretanto, a ideia de “Todo
poder aos sovietes”, proclamada por Lênin em suas Teses de
– 11
Abril, foi rapidamente substituída por um mecanismo que
apenas referendava a ação dos comitês do Partido
[Bolchevique] – estes últimos, aliás, meros executores das
decisões do Comitê Central, dirigido por Lênin. Com isso, o
caráter popular do início da Revolução foi substituído por uma
estrutura burocrática centralizada e imposta à população.
Resposta: B
8) a) Em 1914, a Rússia – embora potência europeia – era extre -
mamente atrasada, fosse no plano econô mico
(predomínio da agricultura, praticada de forma arcaica),
fosse no social (existência de uma massa de camponeses
e operários miseráveis e forte influência da aristocracia
fundiária e da Igreja Ortodoxa) ou no político (existência
de uma monar quia autocrática). As derrotas sofridas pelo
Império Russo no decorrer da guerra agravaram as
contradições do regi me czarista, abrindo caminho para a
Revolução de 1917.
b) Em sua segunda fase (ascensão dos bolcheviques ao
poder), a Revolução Russa propunha que o país saísse da
guerra, para que nele fosse implantada a socialização de
todos os meios de produção, su primindo-se a propriedade
privada e o sistema capitalista. Tais princípios estavam
sintetizados no lema “Paz, Pão e Terra”.
n Módulo 23 – Revolução Russa – II
1) a) No sentido de que o projeto bolchevique prometia acabar
com as desigualdades sociais e econômicas; mas a
denúncia indicava que os comissários (dirigentes
bolcheviques) estavam se apro vei tan do da Revolução em
benefício próprio e em prejuízo dos ope rários, soldados e
camponeses representados nos sovietes.
b) Stalin promoveu a coletivização forçada no campo,
quebrando a resistência dos camponeses.
2) a) "Para Trotsky, tratava-se de defender a revolução perma -
nente; para Stalin, de defender o socialismo em um só país."
b) Para dar a impressão de que a liderança de Stalin jamais
fora con testada.
3) A Nova Política Econômica (NEP) foi implantada em 1921
pelo governo soviético (e não pelo Estado Sovié tico, já que a
URSS foi fundada em 1922) para tentar melhorar os níveis da
produção agrícola e industrial, que haviam caído em
consequência da imposição do Comunis mo de Guerra
(socialização radical) em 1918. Para au men tar a produção
agrícola, restabeleceu-se a venda dos excedentes em regime
de mercado. No tocante à indústria, a administração das
fábricas pas sou das comissões de operários para um geren -
cia mento dedicado à otimização da produção.
Resposta: A
4) Mera interpretação de texto. Na década de 1920, o poder da
Rússia derivava de um fator político (o “dina mis mo
revolucionário” da ideologia comunista); na década de 1960,
de um fator militar (o poderio do Exército Vermelho –
devendo-se acrescentar-lhe a Marinha e a Força Aérea); na
atualidade, de um fator econômico (a produção russa de gás
e petróleo).
Resposta: D
5) Os “bolcheviques” eram a maioria e defendiam a revolução
para a implantação do socialismo, diferentemente dos
“menche viques”, que constituíam a minoria, favorável a uma
implan tação gradual do socialismo.
Resposta: E
6) Ordem de governantes na Rússia:
1) Nicolau II
2) Lvov + Dumas
3) Kerensky (sofre ataque de Kornilov)
4) Revolução de Outubro (Lênin, com apoio de Trotsky)
5) Stalin governa após morte de Lenin
Resposta: B
7) Resposta: E
8) Resposta: B
9) Resposta: C
10) Resposta: B
11) A queda do Antigo Regime se dá logo na I Revolução Russa
(a Revolução de Fevereiro), quando ocorre a instauração de
uma República Parlamentar Liberal.
Resposta: C
12) A NEP fazia com que o governo russo reabrisse espaço para:
a diplomacia internacional, a existência de pequenos e
médios proprietários e a venda de excedentes por parte dos
camponeses. Isso fez com que a produtividade aumentasse,
retirando a Rússia da crise causada pela queda de
produtividade, por conta dos confiscos de cereais e do
controle absoluto de produção fabril, implantados quando da
instauração do socialismo na Revolução de Outubro de 1917.
Resposta: B
13) A partir da Revolução Russa de 1917 e da guerra civil travada
entre Vermelhos e Brancos, foi implantado na Rússia
(redenominada União das Repúblicas Socia listas Soviéticas
em 1922) o primeiro Estado socialista da História. Após a
tentativa malsucedida do “co munismo de guerra” e o recuo
temporário repre sentado pela NEP (Nova Política
Econômica), ambos postos em prática por Lenin, o sistema
socialista foi consolidado por Stalin, que realizou a
coletivização forçada da agricultura e pôs em prática a
planificação estatal, traduzida nos Planos Quinquenais.
14) Resposta: D
15) O enunciado refere-se às primeiras medidas adotadas pelo
recém-instaurado governo bolchevique, com vis tas a implan -
tar um sistema socialista na Rússia.
Resposta: B
16) a) Justificação da violência praticada pelo Estado como
neces sária às transformações revolucionárias, visando ao
aper feiçoamento da sociedade.
b) Totalitarismo, monopartidarismo, repressão a quaisquer
manifestações oposicionistas e supremacia dos interesses
coletivos sobre os direitos individuais.
12 –
17) As três afirmações são verdadeiras porque se referem a
aspectos factuais da crise do socialismo real e de seu Estado -
líder, a União Soviética.
Resposta: A
18) Alternativa escolhida por eliminação, pois a estratégia sovié -
tica adotada contra o ataque alemão diferia, de certa
maneira, da utilizada pelo marechal Kutozov contra o Grande
Exército de Napoleão. Stalin insistia em que todos os artigos
aproveitá veis pelos alemães “que não pudessem ser
evacuados” de veriam ser destruídos, mas somente “em caso
de retirada for çada”. Essas palavras denotam que a
estratégia fun da mental do Exército Vermelho seria a
resistência a todo custo, a fim de retardar a progressão dos
nazistas até que o inverno a detivesse por completo. A
estratégia de Kutozov, ao con trário, consistia em evitar
combate e atrair Napoleão para o interior da Rússia, até que
a chegada do inverno fizesse da retirada francesa um
desastre inevitável.
Resposta: D
– 13