A APARNCIA DE
PIEDADE SEM PODER
C. H. SPURGEON
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Traduzido do original em Ingls
The Form Of Godliness Without The Power Sermon N 2088
The Metropolitan Tabernacle Pulpit Volume 35
By C. H. Spurgeon
Via SpurgeonGems.org
Adaptado a partir de The C. H. Spurgeon Collection, Version 1.0, Ages Software.
Traduo por Camila Almeida
Reviso e Capa por Camila Almeida
1 Edio: Maro de 2015
Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida
Corrigida Fiel | ACF Copyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Portugus pelo website oEstandarteDeCristo.com, com permisso de
Emmett ODonnell em nome de SpurgeonGems.org, sob a licena Creative Commons Attribution-
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A Aparncia De Piedade Sem Poder (Sermo N 2088)
Pregado na manh do Dia do Senhor, 2 de junho de 1889.
Por C.H. Spurgeon, no Tabernculo Metropolitano, Newington.
Tendo aparncia de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te tambm desses.
(2 Timteo 3:5 traduo literal do ingls)
Paulo nos adverte sobre alguns personagens que aparecero nos ltimos tempos. uma
lista mui terrvel. Semelhantes tm aparecido em outros momentos, mas somos guiados
por sua advertncia a apreender que eles aparecero em maior nmero nos ltimos dias
do que em qualquer poca anterior. Porque haver homens amantes de si mesmos, ava-
rentos, presunosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mes, ingratos, profa-
nos, sem afeto natural, irreconciliveis, caluniadores, incontinentes, cruis, sem amor para
com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos
de Deus [2 Timteo 3:2-4].
Estes abundaro como moscas na decadncia do ano e tornaro os tempos excessivamen-
te perigosos. Estamos nos aproximando desse perodo, neste exato momento. Que essas
pessoas, algumas delas, esto dentro da Igreja a parte mais dolorosa disso. Mas eles es-
taro assim, porque eles so compreendidos nesta ltima clusula do catlogo sombrio, o
qual temos considerado como o nosso texto: Tendo aparncia de piedade, mas negando
a eficcia dela.
Paulo no pinta o futuro com culos cor de rosa; ele no um profeta de lngua suave de
uma idade de ouro na qual esta terra maante seja imaginada como sendo brilhante. H ir-
mos e irms sanguneos que esto ansiosos para que tudo progrida cada vez melhor e
melhor, at que, finalmente, esta presente era amadurea em um milnio. Eles no sero
capazes de sustentar as suas esperanas, pois a Escritura no lhes d nenhuma base sli-
da de apoio. Ns, que acreditamos que no haver reino milenar sem o Rei e que no espe-
ramos nenhuma regra de justia, exceto a partir do advento do Senhor justo, estamos mais
perto do alvo.
parte do segundo advento de nosso Senhor, o mundo mais propenso a afundar em um
pandemnio a elevar-se em um milnio. A interposio Divina parece-me a esperana esta-
belecida diante de ns na Escritura e, de fato, a nica esperana adequada para a oca-
sio. Ns observamos o escurecimento decadente das coisas. O estado da humanidade,
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embora melhore politicamente, ainda assim torna-se cada vez pior espiritualmente. Certa-
mente, somos assegurados no versculo 13 que os homens maus e enganadores iro de
mal para pior, enganando e sendo enganados. Isso brotar na Igreja Crist e ao redor dela,
um grupo de homens sem f que professam ter f, homens mpios, que se uniro com os
santos, homens que tm a aparncia de piedade, mas negam a eficcia dela.
Podemos chamar estes tempos de trabalhosos, se quisermos, mas ns malmente chega-
mos ao limiar daqueles verdadeiros tempos difceis que sero trabalhosos para a Igreja, no
qual ela precisar, ainda mais do que atualmente, clamar fortemente para que o Senhor a
mantenha viva. Com esta nuvem sobre o nosso esprito, ns chegamos ao texto em si.
Vamos consider-lo cuidadosamente e que o Esprito Santo nos ajude! A verdadeira Reli-
gio uma coisa espiritual, mas necessariamente incorpora-se em uma forma. O homem
uma criatura espiritual, mas o esprito humano precisa de um corpo para consagrar-se. E
assim, por essa necessidade, ns nos tornamos unidos ao materialismo. E se no metade
p, metade divindade, como algum disse, somos certamente tanto matria e alma. Em
cada um de ns existe a forma ou corpo e a alma ou poder. assim com a Religio: es-
sencialmente uma coisa espiritual, mas requer uma forma na qual incorpora e manifesta-se.
O povo Cristo pende a um determinado mtodo exterior de procedimento, um modo exte-
rior peculiar de profisso de sua f, que se torna para a verdadeira piedade o que o corpo
para a alma. A forma til, a forma necessria, a aparncia deve ser vitalizada; assim
como o corpo til, necessrio e vitalizado pela alma. Se vocs obtiverem tanto a forma,
como modelada na Palavra de Deus e o poder, como concedido pelo Esprito de Deus,
vocs fazem bem e so Cristos vivificados. Se vocs obtm o poder somente, sem a forma
ordenada, vocs mutilam um pouco a si mesmos. Mas, se vocs obtm a forma sem o
poder, ento, habitam em morte espiritual.
O corpo sem o esprito est morto. E o que se segue aps a morte com a carne? Ora, cor-
rupo; corrupo to horrvel que at mesmo o prprio amor tem que clamar: sepulte a
minha morta de diante de minha face. De modo que, se houver em algum o corpo de reli-
gio sem a vida da religio, isso conduz decadncia e assim, corrupo; e isso tem a
tendncia de decompor o carter. A matria-prima de um diabo um anjo desprovido de
santidade. Vocs no podem fazer um Judas, exceto a partir de um apstolo. O eminente-
mente bom em forma exterior, quando, sem vida interior, decompe-se na coisa mais suja
debaixo do cu. No se maravilhem que estes so chamados tempos trabalhosos, em
que tais personagens abundam.
Um Judas um peso terrvel para que este pobre mundo suporte, mas uma tribo deles deve
ser um perigo, de fato. No entanto, se no da pior forma, so suficientes para serem temidos
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os que tm a sombra da religio sem a sua substncia. Dos tais eu tenho que falar neste
momento, dos tais que Deus lhes d a graa Divina para que se convertam! Que nenhum
dentre ns jamais seja manchas em nossas festas de amor, ou nuvens sem gua levadas
pelos ventos. Mas, isso seremos se tivermos a aparncia de piedade sem o poder dela.
Com grande solenidade de alma eu abordo este assunto, buscando do Senhor a ajuda de
Seu Esprito, que faz com que a Palavra seja apta para discernir os pensamentos e inten-
es do corao. Primeiro, falarei sobre os homens, e em segundo lugar, de sua tolice. E
quando eu terminar isso, terei algumas palavras de instruo para oferecer como forma de
concluso.
I. Em primeiro lugar, vamos falar um pouco sobre os HOMENS. Eles tinham a aparncia de
piedade, mas negavam a eficcia dela. Observem o que eles tinham e, em seguida, obser-
vem o que eles no tinham. Eles tinham uma aparncia de piedade. O que uma aparncia
de piedade? , antes de tudo, a ateno para as ordenanas da religio. Estas, na medida
em que so bblicas, so poucas e simples. H o batismo, no qual, figurativamente, o crente
sepultado com Cristo, para que ele possa elevar-se em novidade de vida. E h a Ceia do
Senhor, na qual, em tipo e emblema, ele se alimenta de Cristo e sustenta a vida, que veio
a ele pela comunho com a morte de Cristo. Aqueles que tm obedecido ao Senhor nestes
dois preceitos tm demonstrado em suas prprias pessoas a aparncia de piedade. Essa
forma de toda maneira instrutiva para os outros e importante para o prprio homem.
Todo batizado e cada comungante mesa do Senhor, deve ser piedoso e gracioso. Mas
nem o batismo nem a Ceia do Senhor garantiro isso. Onde no h a vida de Deus na alma,
nem a santidade ou piedade seguem as ordenanas. E, assim, ns podemos ter em torno
de ns mundanos batizados e homens que vo da mesa do Senhor para beber o clice dos
demnios. triste que seja assim. Tais pessoas so culpadas de presuno, falsidade, sa-
crilgio e blasfmia. Ai de mim, ns nos sentamos ao lado dos tais a cada Sabath!
A aparncia de piedade inclui a frequncia nas assembleias do povo de Deus. Aqueles que
professam a Cristo esto acostumados a reunirem-se em determinados momentos de ado-
rao e, em suas assembleias, eles se juntam em orao e louvor comum. Eles ouvem o
testemunho de Deus por Seus servos, a quem Ele chama para pregar a Sua Palavra com
poder. Eles tambm se associam em comunho da Igreja para fins de ajuda mtua e disci-
plina. Esta uma forma muito apropriada, plena de bno, tanto para a Igreja e para o
mundo, quando isso no desfalece em mera forma. Um homem pode ir para o Cu sozinho,
mas ele far melhor se ele viaja para l com o Sr. Grande Corao e Pai Honesto e Crist
e as crianas. O povo de Cristo chamado de ovelhas por uma razo: eles gostam de an-
dar unidos. Os ces ficam muito bem separadamente, mas as ovelhas esto melhores em
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companhia. As ovelhas de Cristo gostam de estar juntas no mesmo pasto e prosseguir em
um rebanho os passos do Bom Pastor. Aqueles que constantemente se associam em culto,
unem-se em comunho da Igreja e trabalham juntos para fins sagrados tm a aparncia de
piedade e isso de uma forma muito til e adequada. Mas ai, isso no tem valor sem o
poder do Esprito Santo.
Alguns vo mais longe do que a adorao pblica. Eles usam uma grande quantidade de
falar religioso. Eles livremente falam das coisas de Deus, em companhia Crist. Eles podem
defender as doutrinas da Escritura, eles podem pleitear seus preceitos e podem narrar a
experincia de um crente. Eles so mais afeioados a falar sobre o que est ocorrendo na
Igreja, o bisbilhotar das ruas de Jerusalm muito agradvel para eles. Eles temperam seu
discurso com frases piedosas, quando eles esto em companhia que aprovar isso. Eu no
os censuro, pelo contrrio, eu gostaria que houvesse mais de santa conversao entre os
professos. Eu gostaria que pudssemos reviver o velho hbito: Os que temem ao Senhor
falam frequentemente um com o outro [Malaquias 3:16].
A santa conversao faz com que o corao brilhe e nos d um antegozo da comunho do
glorificado. Mas pode haver um cheiro de religio na conversa de um homem e, no entanto,
pode ser um sabor emprestado, como molhos quentes usados para disfarar o rano de
carne antiga. Aquela religio que vem de lbios exteriores, mas no surgem das fontes pro-
fundas do corao no aquela gua viva que brotar para a vida eterna. A lngua piedosa
uma abominao, se o corao est destitudo da graa Divina.
Mais do que isso, alguns tm uma aparncia de piedade, mantida e anunciada pela ativida-
de religiosa. possvel ser intensamente ativo no trabalho exterior da Igreja e ainda no
saber nada sobre o poder espiritual. Algum pode ser aparentemente um excelente profes-
sor de Escola Dominical e ainda ter a necessidade de ser ensinado o que nascer de novo.
Algum pode ser um pregador eloquente, ou um diligente oficial na Igreja de Deus, e, no
entanto, no saber nada sobre o misterioso poder do Esprito da verdade no corao.
bom ser como Marta em servio. Mas uma nica coisa necessria: sentar-se aos ps do
Mestre e aprender, como fez Maria.
Quando tivermos feito todo o trabalho que nossa posio nos exige, podemos apenas ter
exibido a aparncia de piedade. A no ser que ouamos ao nosso Senhor e de Sua presen-
a derivemos poder, seremos como o bronze que soa e como o sino que retine. Irmos,
falo para mim e para cada um de vocs em solene seriedade. Se muito falar, doao gene-
rosa e ocupao constante pudessem ganhar o Cu, poderamos facilmente nos assegurar
disso, porm, mais do que estes so necessrios. Eu falo a cada um de vocs. E se eu
destacasse qualquer um mais do que a outros, como sendo alvo de meu discurso, este se-
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ria o melhor dentre ns, algum que est fazendo mais por seu Mestre e que, no interior da
alma est pensando: Essa advertncia no se aplica a mim.
, meu irmo ativo e enrgico, lembre-se a palavra: Aquele, pois, que cuida estar em p,
olhe no caia [1 Corntios 10:12]. Se algum de vocs no gosta deste sermo de examina-
o, seu desagrado prova o quanto voc precisa dele. Aquele que no est disposto a in-
vestigar a si mesmo deve estar incriminando-se por essa falta de vontade de olhar para as
suas questes. Se voc est certo, no se opor a ser pesado na balana. Se voc , de
fato, de ouro puro, ainda pode sentir ansiedade com a viso da fornalha, mas voc no ser
levado ira com a perspectiva do fogo. Sua orao ser sempre: Sonda-me, Deus, e
conhece o meu corao; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E v se h em mim
algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno [Salmos 139:23-24].
No preciso ampliar alm, pois vocs todos conhecem o que uma aparncia de piedade
e a maioria de ns que est aqui presente agarra-se a esta forma, que nunca possamos
desonr-la! Confio que estamos ansiosos para fazer essa aparncia conforme as Escrituras
para que a nossa forma de piedade seja aquela que os primeiros santos tinham. Sejamos
Cristos de um tipo elevado, formados no prprio molde de nosso Senhor. Mas no se tor-
nem rigorosos pela forma e negligenciem a vida interior, isto nunca funcionar. Lutaremos
com a roupa de um homem e permitiremos que o homem, ele mesmo, morra?
Mas agora, como essas pessoas no tinham o poder da piedade, como que eles vieram
a ter a aparncia dela? Isso requer vrias respostas. Alguns tm a aparncia de piedade,
pela via hereditria. Seus antepassados sempre foram pessoas piedosas e eles quase que
naturalmente assumem a confisso de seus pais. Isso comum e onde isso honesto,
mui louvvel. uma grande misericrdia quando, no lugar dos pais, estaro os filhos. E es-
pero que possamos antecipar que os nossos filhos nos seguiro nas coisas de Deus, se,
pelo exemplo, instruo e orao, temos buscado isso diante do Senhor.
Somos infelizes se no vemos nossos filhos andando na verdade de Deus. Ainda assim, a
ideia de membresia por direito de nascimento um mal e to perigoso quanto antibblico.
Se as crianas so inseridas na Igreja simplesmente por causa de sua filiao terrena, com
certeza isso no consistente com a descrio dos filhos de Deus, que encontrada na
Escritura inspirada: Os quais no nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da
vontade do homem, mas de Deus [Joo 1:13]. No gerao, mas REGENERAO faz o
Cristo. Vocs no so Cristos porque podem traar uma linha de descendncia carnal
ao longo de vinte geraes de filhos de Deus.
Vocs devem, vocs mesmos, nascer de novo. Pois, exceto que um homem nasa do alto,
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no pode ver o reino de Deus. Muitos, sem dvida, tomam posse naturalmente da aparncia
de piedade por causa de laos familiares, isto uma obra miservel. Ismael filho pesaroso
de Abrao, Esa de Isaque e Absalo de Davi. A graa no corre no sangue. Se vocs no
tm base melhor para a sua religio do que a sua paternidade terrena, vocs esto em uma
situao infeliz.
Outros aceitaram a aparncia de piedade pela fora da autoridade e influncia. Eles eram
como rapazes, colocados como aprendizes de homens piedosos. Como moas, que esta-
vam sob a orientao de mestres piedosos. E enquanto cresciam, ficaram sob a influncia
de pessoas de inteligncia e carter superior que estavam do lado do Senhor. Isso explica
a sua aparncia de piedade. Muitas pessoas so produtos dos seus ambientes, religio ou
irreligio para eles o resultado das circunstncias. Essas pessoas foram levadas a fazer
uma profisso de f em Cristo porque os outros o fizeram e amigos os encorajaram a faz-
lo.
O profundo exame do corao, que eles deveriam ter exibido, foi suprimido e eles foram
encontrados entre o povo de Deus, sem ter que bater no postigo para a entrada. Eu no
quero que ningum condene a si mesmo, porque ele foi guiado ao Salvador por amigos pie-
dosos, longe disso; mas, no entanto, h o perigo de que falhemos em ter arrependimento
pessoal e f pessoal e estejamos contentes em nos apoiar sobre as opinies dos outros.
Eu tenho visto a aparncia de piedade assumida por conta de relacionamentos. Muitas ve-
zes uma corte e casamento conduziram a uma religiosidade formal, mas a um corao falto-
so. O futuro marido induzido a fazer uma profisso de f por causa de algum que era
uma Crist sincera e no quebraria o mandamento do Senhor ao entrar em jugo desigual
com um incrdulo. A piedade nunca deve ser fingida para que possamos colocar um anel
de casamento no dedo, este um triste abuso da confisso religiosa.
Outros tipos de amizade tambm tm levado homens e mulheres a professarem uma f
que nunca tiveram e para unirem-se visivelmente Igreja, enquanto que em esprito e em
verdade eles nunca foram realmente uma parte dela. Eu expus essas coisas para vocs
para que possa haver um grande exame de corao entre todos ns e para que possamos
candidamente considerar como obtivemos a nossa aparncia de piedade. Certas pessoas
assumem a forma de piedade, a partir de uma disposio religiosa natural. No suponham
que todas as pessoas no-convertidas no tenham religio. Muita religiosidade encon-
trada nos pagos e h povos que tm, naturalmente, mais reverncia do que outros.
O alemo, com sua profunda filosofia, muitas vezes livre, no apenas da superstio, mas
da reverncia. O russo de raa naturalmente religiosa, para no dizer supersticiosa. Estou
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falando maneira dos homens, o russo sempre tira o chapu para santos lugares, fotos e
pessoas e ele pouco inclinado a descrer ou a zombar. Percebemos tais diferenas entre
os nossos prprios conhecidos: um homem facilmente enganado pelos cticos, enquanto
outro est disposto, com a boca aberta, a acreditar em cada palavra. Algum naturalmente
um infiel, outro to naturalmente crdulo.
Eu quero dizer, ento, que, para alguns, a aparncia de piedade recomenda a si mesma,
porque eles tm uma inclinao natural esta forma. Eles no poderiam ser felizes a menos
que estejam frequentando um local onde Deus cultuado, ou sem que sejam contados
entre os crentes em Cristo. Eles lidam com a religio, como eles fazem em sua vida de ne-
gcios. Permitam-me lembr-los do valor questionvel daquilo que brota da natureza huma-
na cada. Seguramente isso no traz ningum para o reino espiritual, pois o que nascido
da carne carne. Apenas o que nascido do Esprito esprito. Vocs precisam nascer
de novo. Cuidado com tudo o que surge no campo sem a semeadura do lavrador, pois
passar a ser uma erva daninha. , senhores, chegar o dia em que Deus nos provar com
fogo e o que veio da natureza no regenerada no resistir ao teste, mas ser totalmente
consumido!
No duvido que, nestes dias lustrosos, muitos tm uma aparncia de piedade por causa do
respeito que isso lhes traz. Houve um tempo em que ser Cristo era ser insultado, se no
fosse preso e, talvez, queimado na fogueira. Os hipcritas eram em menor nmero naque-
les dias, pois uma confisso custava muito. No entanto, por estranho que parea, houve al-
guns que eram como Judas mesmo naqueles tempos. Hoje, a religio segue seu caminho
em chinelos de veludo; e em certas classes e nveis, se os homens no fizessem alguma
confisso religiosa, seriam vistos com suspeita e, portanto, os homens tomaro o nome de
Cristo sobre si e usaro a religio como uma parte da vestimenta.
Atualmente a cruz usada como um colar. A cruz como o instrumento de vergonha e morte
de nosso Salvador esquecida, e em seu lugar, feita o distintivo de honra, uma joia com
que homens mpios podem adornar-se. este o indicativo da falsidade dos tempos? Acau-
telem-se da busca por respeito atravs de uma piedade hipcrita. A honra obtida por uma
profisso sem corao , aos olhos de Deus, a maior desgraa. O ator pode pavonear-se
em sua imitao de realeza, mas ele deve tirar a coroa e as vestes quando a cena findar.
E o que ele, ento, ser?
Desde os dias de Iscariotes at agora, alguns assumiram a forma de piedade para lucrar
com isso. Obter lucro da piedade imitar o filho da perdio. Esta uma estrada perigosa
e ainda assim, muitos arriscam suas almas pelo lucro que encontram nela. Aparente zelo
por Deus pode realmente ser zelo pelo ouro. O imperador Maximiliano mostrou grande zelo
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contra a idolatria e publicou um decreto para que as imagens de ouro e prata fossem derre-
tidas. Ele era extremamente zeloso sobre isso. As imagens deviam todas ser derretidas e
o metal confiscado para o imperador.
Foi astutamente suspeitado que este grande iconoclasta no foi totalmente estimulado por
motivos altrustas. Quando um empreendimento traz a gua ao moinho, no difcil mant-
lo. Alguns amam a Cristo porque eles carregam a Sua bolsa de dinheiro para Ele. Acaute-
lem-se desse tipo de piedade que faz um homem hesitante at que ele veja se um dever
recompensar ou no e, em seguida, faz ele ficar ansioso porque espera que isso atender
ao seu propsito.
Mais uma vez, eu no duvido que uma forma de piedade venha a muitos porque traz a leve-
za de conscincia e eles so capazes, como o Fariseu, de agradecer a Deus que eles no
so como os demais homens. Eles no foram Igreja? Ser que eles no pagaram por se-
us bancos? Eles agora podem ir para o seu negcio dirio sem essas fisgadas de conscin-
cia que viriam por negligenciar as exigncias da religio. Essas pessoas professam que fo-
ram convertidas e elas so contadas com os crentes. Mas, infelizmente, no pertencem a
eles.
De todas as pessoas estas so mais difceis de alcanar e menos susceptveis de serem
salvas. Elas se escondem por trs da fortificao de uma religio nominal. Elas esto fora
do alcance do tiro e projtil da repreenso do Evangelho. Eles pairam entre os pecadores
e assumem seus alojamentos entre os santos. Triste que situao do homem que usa o
nome da vida, mas nunca foi vivificado pelo Esprito Santo. Assim, tenho mui debilmente
buscado mostrar o que estes homens tinham e por que eles tinham.
Vamos agora lembrar o que eles no tinham. Eles tinham aparncia de piedade. Mas eles
negaram o poder. O que esse poder? O prprio Deus o poder da piedade; O Esprito
Santo a vida e a fora dela. A piedade o poder que traz um homem a Deus e vincula-o
a Ele. A piedade o que cria o arrependimento em direo a Deus e a f nEle. A piedade
o resultado de uma grande mudana do corao com referncia a Deus e Seu carter. A
piedade olha para Deus e lamenta sua distncia dEle. A piedade apressa-se a aproximar-
se e no descansa at que ela esteja em casa com Deus. A piedade faz um homem seme-
lhante a Deus. A piedade conduz um homem a amar a Deus e servi-lO. Ela traz o temor de
Deus diante de seus olhos e o amor de Deus em seu corao. A piedade conduz consa-
grao, santificao, concentrao. O homem piedoso procura primeiro o reino de Deus
e a Sua justia e espera que as outras coisas sejam acrescentadas a ele. A piedade faz
com que um homem tenha comunho com Deus e d-lhe uma participao com Deus em
Seus desgnios gloriosos. E por isso o prepara para morar com Deus para sempre.
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Muitos que tm a aparncia de piedade so estranhos a este poder e por isso esto em
religio mundana, em orao mecnica; em pblico uma coisa e em privado outra. A
verdadeira piedade repousa em poder espiritual e os que esto fora disso esto mortos
enquanto vivem.
Qual a histria comum daqueles que no tm esse poder? Bem, queridos amigos, o seu
curso geralmente transcorre assim, eles no comeam negando o poder, mas eles come-
am a tentar agir sem ele. Eles gostariam de tornarem-se membros da Igreja e como eles
temem que eles no estejam aptos para isso, eles olham sobre algo que se parea com a
converso e novo nascimento. Eles tentam convencer a si mesmos de que eles foram trans-
formados, eles aceitam emoo como a regenerao, e a crena na doutrina pela crena
em Cristo.
mais difcil no comeo contar bronze como o ouro, mas ele progride mais fcil, enquanto
se persiste nisso. Remendando uma converso e fabricando uma regenerao, eles se
aventuram adiante. No incio, eles tm uma boa quantidade de suspeita de si mesmos, mas
eles diligentemente matam cada questionamento, tratando-o como uma dvida desneces-
sria. Assim, aos poucos, eles acreditam em uma mentira.
O prximo passo fcil, eles enganam a si mesmos e passam a acreditar que eles so cer-
tamente salvos. Tudo agora certo para a eternidade, assim eles imaginam. E eles cruzam
os braos em calma segurana, reunindo-se com o povo de Deus, eles erguem uma ousada
fachada e falam to bravamente como se fossem os verdadeiros soldados do Rei Jesus.
As boas pessoas ficam encantadas ao reunirem-se com os irmos revigorados e ao mesmo
tempo conduzem-nos em sua confiana. Assim, eles enganam os outros e ajudam a forta-
lecerem-se em sua falsa esperana.
Eles usam as frases preciosas dos Cristos sinceros. Misturando-se com eles, tomam as
suas expresses particulares e pronunciam Xibolete da forma mais aprovada. Por fim, eles
do o passo ousado de negar o poder. Eles mesmos estando sem ele, concebem que os
outros esto sem ele, tambm. A julgar pelo seu prprio caso, eles concluem que tudo
uma questo de palavras. Eles prosseguem muito bem, sem qualquer poder sobrenatural
e outros, sem dvida, fazem o mesmo, eles apenas adicionam um pouco de hipocrisia a is-
so para agradar o prprio povo piedoso.
Eles praticamente negam o poder em suas vidas, para que aqueles que os veem os consi-
deram Cristos e digam: No h realmente nada nisso; pois, essas pessoas so como ns
somos. Eles tm um toque de pintura aqui e um pouco de verniz ali, mas tudo a mesma
madeira. Praticamente, suas aes asseguram ao mundo que no h poder no Cristia-
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nismo. s um nome. Muito em breve, privadamente, em seus coraes, eles pensam que
assim e eles inventam doutrinas que correspondam a isso. Olhando para eles, veem
Cristos inconsistentes e crentes em falta e eles dizem para si mesmos: No h muito na
f, afinal. Eu sou to bom quanto qualquer um desses crentes e talvez melhor, embora eu
tenha certeza que no h nenhuma obra do Esprito em mim.
Assim, dentro de seus prprios coraes eles creem, o que, a princpio, eles no ousam fa-
lar: eles consideram a piedade uma coisa vazia. Aos poucos, em alguns casos, essas pes-
soas profanamente negam o poder Divino da nossa santa f e, em seguida, eles se tornam
os maiores inimigos da cruz de Cristo. Estes traidores, nutridos na prpria Casa de Deus,
so os piores inimigos da verdade de Deus e da justia. Eles ridicularizam o que uma vez
eles professavam reverenciar. Eles mediram o milho de Cristo com o seu prprio alqueire.
E porque nunca sentiram os poderes do mundo vindouro, eles imaginam que ningum mais
o tem sentido tambm.
Olhem para a Igreja dos dias atuais. A escola moderna, eu digo. Em seu meio, vemos pre-
gadores que tm uma aparncia de piedade, mas negam a eficcia dela. Eles falam do Se-
nhor Jesus, mas negam sua Divindade, que o Seu poder. Eles falam do Esprito Santo,
mas negam sua Personalidade, onde reside Sua prpria existncia. Eles retiram a substn-
cia e o poder de todas as doutrinas da Revelao, embora eles ainda finjam acreditar nelas.
Eles falam de redeno, mas eles negam a substituio, que a essncia dela.
Eles exaltam as Escrituras, mas negam sua infalibilidade, onde reside o seu valor. Eles
usam as frases da ortodoxia e no acreditam em nada em comum com os ortodoxos. Eu
no sei qual abominar mais: seus ensinamentos ou o seu esprito, certamente estes so
dignos um do outro. Eles queimam a essncia e preservam a casca. Eles matam a verdade
e depois fingem reverenciar o seu sepulcro, se dizem judeus, e no o so [Apocalipse 2:9].
Isso horrvel, mas o mal est amplamente difundido e na presena dele os filhos de Deus
esto concebendo compromissos, vendendo o seu Senhor e tornando-se participantes com
os desprezadores de Sua verdade. Tendo aparncia de piedade, mas negando a eficcia
dela. o pecado da poca, o pecado que est arruinando as Igrejas de nossa terra.
II. Em segundo lugar, devemos observar a TOLICE MPIA desta conduta hipcrita. Aqueles
que descansam na mera demonstrao de piedade esto agindo de uma forma impudente
e vou tentar exp-la.
Primeiro, eles degradam o prprio nome de Cristo. Irmos, se no h poder espiritual na
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piedade, ela no vale nada. Queremos ausncia de nuvens sem chuva. De fingidos e meros
pretensos temos mais do que suficiente. Aqueles que no tm o poder da piedade mostram-
nos uma imagem muito prejudicial da religio. Eles fazem a religio de nosso Senhor ser
comparvel a um espetculo em uma feira, com figuras refinadas e alta percusso do lado
de fora e interiormente nada digno de considerao por um momento. O melhor do espet-
culo est do lado de fora.
Ou se h algo dentro, um baile de mscaras, onde todos atuam com peas emprestadas,
mas ningum o que parece ser. Gracioso Senhor, nunca permita que ns possamos agir
de modo a fazer com que o mundo pense que o nosso Redentor no nada mais do que
um hbil diretor de teatro, onde nada real, mas tudo pantomima1. Irmos e irms, se vo-
cs oram em absoluto, orem a Deus para torn-los completamente verdadeiros. Que vocs
sejam feitos de metal verdadeiro! Seria melhor para vocs que nunca tivessem nascido do
que vocs desonrarem a Cristo entre os filhos dos homens, levando-os a conclurem que a
religio toda uma pea de atuao.
A tolice disto ilustrada pelo fato de que no existe um valor de tal forma morta. A aparncia
de piedade sem o poder no digna da dificuldade que esta toma apresenta para ser elabo-
rada e mantida. Joias de imitao so bonitas e brilhantes. Mas se voc as leva ao joalheiro,
ele no dar nada por elas. H uma religio que toda colar de joias, uma piedade que
brilha, mas no ouro. E no dia em que vocs desejarem realizar algo a partir dela, sero
miseravelmente desapontados.
Uma aparncia de piedade unida a um corao profano no tem valor para Deus. Eu li que
o cisne no era autorizado a ser oferecido sobre o altar de Deus, porque, apesar de suas
penas serem brancas como a neve, mas sua pele escura. Deus no aceitar aquela mora-
lidade externa que esconde impureza interior. Deve haver um corao puro, bem como uma
vida limpa. O poder da piedade deve trabalhar interiormente, ou ento Deus no aceitar a
nossa oferta. No h nenhum valor para o homem ou para Deus em uma religio que
uma aparncia morta.
Consequentemente, no h utilidade em mera formalidade. Se a sua religio no tem vida
espiritual, qual a utilidade dela? Voc poderia ir para casa em um cavalo morto? Ser que
voc caa com cachorros mortos? Algum gostaria de ir para a batalha com um capacete
de papelo? Quando a espada cair sobre ele, qual seria o uso de um capacete assim? Que
clamor foi levantado por espadas ruins! A falsa religio em algo melhor? No profundo
__________
[1] Pantomima: um teatro gestual que faz o menor uso possvel de palavras e o maior uso de gestos atravs
da mmica (Wikipdia).
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inverno, vocs podem se aquecer diante de um fogo pintado? Poderiam jantar a imagem
de uma festa quando vocs esto com fome? Deve haver vitalidade e substancialidade ou
ento a aparncia totalmente intil. E pior do que intil, pois ela pode lisonje-los em mor-
tal presuno. Alm disso, no h nenhum conforto nela. A aparncia sem o poder no tem
nada nela para aquecer o corao, para elevar os espritos, ou para fortalecer a mente no
dia da doena, ou na hora da morte. Deus, se a minha religio tem sido uma mera aparn-
cia, o que farei na enchente do Jordo? Minha confisso refinada desparecer em absoluto
e nada vir dela com o que eu possa enfrentar o ltimo inimigo. Pedro chamou os hipcritas
de fontes sem gua [2 Pedro 2:17]. Vocs esto com sede e alegremente espionam um
poo, ele bem cercado com um meio-fio e equipado com um guincho e um balde. Vocs
se apressam para retirar gua. O que foi? Ser que o balde veio vazio? Vocs tentam de
novo. Como amargo o seu desapontamento! Um poo sem gua um escrnio. um
mero poo de destruio, uma iluso mortal. So alguns de vocs possuidores de uma reli-
gio que nunca lhes rende uma gota de consolo? Ela uma escravido para vocs? Vocs
seguem a Cristo como um escravo segue o seu mestre? Fora com essa religio!
A piedade que digna de se ter uma alegria para um homem, a sua escolha, o seu te-
souro, seu tudo. Quando ela no lhe rende regozijo deliberado, ainda assim ele a valoriza
como a nica fonte de onde a alegria dele esperada. Ele segue a Cristo com amor, a partir
do desejo de seu corao por Ele e no a partir da fora do hbito, ou pelo poder do medo.
Ter a aparncia de piedade sem o poder dela falta de constncia em sua religio. Vocs
nunca viram uma miragem, talvez. Mas aqueles que tm viajado no Oriente, quando voltam
para casa, certamente falam sobre elas. um dia muito quente e sedento e vocs esto
andando em um camelo. De repente, levantam-se diante de uma cena bonita. Bem perto
de vocs esto ribeiros de guas, fluindo entre camas de vimes e bancos de canas e juncos.
Acol esto palmeiras e laranjeiras. Sim, e uma cidade ergue-se em uma colina, coroada
com minaretes e torres. Vocs esto alegres e pedem ao seu guia para lev-los mais perto
da gua, que brilha no sol. Ele severamente responde: No faa caso, uma miragem.
No h nada ali, seno areia ardente. Vocs mal podem acreditar nele. Parece to real!
Mas eis que tudo se foi, como um sonho noturno. E assim a esperana que construda
sobre a aparncia de piedade sem o poder. As formigas brancas comero toda a substncia
de uma caixa e ainda a deixam de p at que um toque faz com que toda a estrutura caia
em p, cuidado com uma confisso da qual a substncia tenha sido devorada. No acredi-
tem em nada que no tenha o selo da eternidade sobre ele.
Tenha cuidado, pobre criana, voc pode soprar a sua bolha e a luz do sol pode pint-la
com o arco-ris. Mas em um instante ela se vai, e nem um trao dela permanece. Seu mundo
transitrio de beleza para voc e suas crianas companheiros e no para os homens. Na
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realidade, este tipo de religio est em oposio a Cristo. Janes e Jambres mais uma
vez, o mago da hipocrisia est tentando fazer milagres que pertencem apenas a Deus. Na
aparncia, ele produziria as mesmas maravilhas como o dedo de Deus. Mas ele falha. Quei-
ra Deus que ns nunca sejamos culpados de resistir verdade de Deus por meio de uma
profisso [de f] mentirosa. Os homens falsos produzem graves prejuzos verdadeira pie-
dade. Pois, como Ede, eles vm com uma pretensa mensagem de Deus e com sua espada
afiada em ambos os lados, eles atacam a piedade vital em seu prprio corao. Ningum
pode fazer tanto dano Igreja de Deus, quanto o homem que est dentro de seus muros,
mas no dentro de sua vida.
Esta piedade nominal, que desprovida de poder, uma coisa vergonhosa. Eu concluo
com isso. uma coisa vergonhosa para esta vida, pois o Senhor Jesus a abomina. Quando
passou pela figueira, que era to precoce com suas folhas, mas to vazia de frutos, Ele ali
viu a semelhana do professo vanglorioso que no tem santidade real e Ele disse: Nunca
mais nasa fruto de ti! [Mateus 21:19]. Sua Palavra a murchou de uma vez, isso permane-
ceu como um terrvel emblema do fim de uma falsa confisso. Quanta vergonha estar so-
bre um infrutfero professo sem vida na eternidade, quando os segredos de todos os cora-
es sero revelados! Que vergonha e desprezo eterno o aguardaro quando sua falsidade
for detectada e sua baixeza dever preencher todas as santas mentes com horror! Oh,
acautelai-vos do inferno do falso professo!
Eu terei acabado quando eu adicionar algumas palavras de instruo. A aparncia de pie-
dade mui preciosa. Que aqueles que sentem o poder da piedade o honrem e o usem.
No desprezem isso, porque os outros o tm danificado. Venham adiante e faam uma con-
fisso aberta da religio. Mas assegurem que vocs tm o poder dela. Clamem a Deus para
que vocs nunca usem uma luva que seja maior do que o seu brao, quero dizer, que nunca
possam ir alm do que real e verdadeiramente seu prprio. Ser melhor para vocs irem
a Deus como uma alma perdida e clamarem por misericrdia, do que professarem a si mes-
mos salvos quando vocs no o so.
No entanto, confessem a Cristo, sem falta ou medo. No tenham vergonha de Jesus por
causa dos maus modos dos Seus discpulos. Consideram o mau cheiro dos falsos profes-
sos como parte da cruz que vocs devem suportar por seu Senhor. Pois, estar associado
a alguns que no so verdadeiros parece inevitvel nesta vida, no entanto, escolhamos cui-
dadosamente nossa companhia.
Agora, uma palavra de discriminao. Aqueles a quem o meu texto no tem nada a dizer
sero os primeiros a lev-lo para casa para si. Quando eu anuncio com meu corao um
sermo fiel, certas almas trmulas, a quem eu de bom grado consolo, esto seguras em
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pensar que eu quero me destinar a elas. A pobre mulher, em profunda aflio, vem a mim,
clamando: Senhor, eu no tenho nenhum sentimento. Caro corao, ela tem dez vezes
mais sentimento. Outro suspira: Eu tenho certeza que eu sou um hipcrita. Eu nunca en-
contrei com um hipcrita que se achava assim. E eu nunca encontrarei.
Oh, disse outro, eu me sinto condenado. Aquele que se sente condenado pode esperar
por perdo. Se vocs tm medo de si mesmos eu no tenho receio de vocs. Se vocs ter-
mem diante da Palavra de Deus, vocs tm uma das mais seguras marcas de eleitos de
Deus. Aqueles que temem estar enganados raramente esto enganados. Se vocs se exa-
minarem e permitirem que a Palavra de Deus vos examine, est tudo bem convosco. O co-
merciante falido teme ter seus livros examinados. O homem sensato ainda paga um conta-
dor para revisar seus negcios. Use a discriminao e nem se absolvam e nem se conde-
nem sem razo.
Se o Esprito de Deus o leva a chorar em segredo pelo pecado e a orar em segredo por
graa Divina; se Ele o leva a buscar santidade; se Ele o leva a confiar somente em Jesus,
ento voc conhece o poder da piedade e nunca a negou. Voc que clama: Oh, que eu
sentisse mais do poder do Esprito Santo, pois sei que Ele pode me consolar, santificar e
fazer-me viver a vida do Cu na terra!, voc no atingido pelo texto ou sermo. Pois, vo-
c no tem negado o poder. No, no, este texto no pertence a voc, mas para outra clas-
se completamente diferente de pessoas.
Deixe-me dar-lhes uma palavra de admoestao. Aprendam com o texto que h algo na
piedade que vale a pena aspirar. A aparncia da piedade no tudo, h um poder
bendito. O Esprito Santo o poder e Ele pode operar em vocs para que queiram e efetuem
a boa vontade de Deus. Venham a Jesus Cristo, queridas almas. No venham ao ministro,
nem Igreja, em primeiro lugar. Mas venham a Jesus. Venham e prostrem-se aos Seus
ps e digam: Senhor, eu no serei consolado, sem que Tu me consoles. Venham e levem
tudo em primeira mo de Seu Senhor crucificado. Em seguida, vocs conhecero o poder
da piedade. Acautelai-vos da religio de segunda mo, ela nunca digna de ser carregada
para casa. Obtenham a sua piedade direto do Cu, pelo lidar pessoal de sua prpria alma
com o seu Salvador. Professem apenas o que vocs possuem e descansem apenas no
que vos foi dado do alto. Sua vida celeste ainda pode ser muito dbil, mas o gro de mos-
tarda crescer. Voc pode ser o menor em Israel, mas melhor do que ser o maior na Ba-
bilnia.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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10 Sermes R. M. MCheyne
Adorao A. W. Pink
Agonia de Cristo J. Edwards
Batismo, O John Gill
Batismo de Crentes por Imerso, Um Distintivo
Neotestamentrio e Batista William R. Downing
Bnos do Pacto C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleio
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos
Cessaram Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da
Eleio A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida
pelos Arminianos J. Owen
Confisso de F Batista de 1689
Converso John Gill
Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins
Doutrina da Eleio, A A. W. Pink
Eleio & Vocao R. M. MCheyne
Eleio Particular C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A
J. Owen
Evangelismo Moderno A. W. Pink
Excelncia de Cristo, A J. Edwards
Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon
Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink
In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah
Spurgeon
Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao
dos Pecadores, A A. W. Pink
Jesus! C. H. Spurgeon
Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon
Livre Graa, A C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield
Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill
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2 Corntios 4
1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;
2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,
na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho est
encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4 Nos quais o deus deste sculo cegou os
entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria
de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo
Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,
para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. 8 Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados.
9 Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos;
10 Trazendo sempre
por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste tambm nos nossos corpos; 11
E assim ns, que vivemos, estamos sempre
entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na
nossa carne mortal. 12
De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13
E temos
portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,
por isso tambm falamos. 14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar
tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15
Porque tudo isto por amor de vs, para
que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de
Deus. 16
Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e momentnea tribulao
produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18
No atentando ns nas coisas
que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se
no veem so eternas.
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