1. Territrio do Estado Domnio Terrestre Domnio Aqutico Domnio
Areo
2. Domnio Aqutico dos Estados Domnio Fluvial Domnio
Martimo
3. Domnio Fluvial Constitudo pelos rios e demais cursos dgua
que, dentro de seus limites cortam o seu territrio. Rios nacionais:
correm inteiramente dentro dos limites do Estado Rios
internacionais: atravessam ou separam os territrios de dois ou mais
Estados.
4. Rios Nacionais Sujeitos soberania do Estado em que se
situam. Importam ao direito internacional no tocante navegao, uso
de suas guas, pesca e defesa do ambiente. Navegao: a tendncia dos
Estados abri-los at determinado ponto, visando os interesses
nacionais. Ex: Tocantins e So Francisco (decreto de 1866). Pesca:
mesmo reservada aos nacionais, encontra limitaes nos artigos 66 e
67 da Conveno sobre direito do mar (1982), que versam sobre peixes
que ora vivem no mar, ora nos rios. Ex: salmo Poluio: principal
razo para interveno do Direito Internacional nos rios nacionais
(art. 207 da Conveno de 1982).
5. Rios Internacionais Sujeitos soberania de dois ou mais
Estados. Contguos Correm entre os territrios de dois Estados. A
soberania dos Estados se estende at a linha divisria. Sucessivos
Atravessam os territrios de dois ou mais estados. Cada Estado
exerce soberania sobre a parte do curso compreendida dentro do seu
territrio.
6. Rios Internacionais Navegao: a livre navegao nos rios
internacionais ainda no constitui princpio geral do Direito
Internacional positivo. Mas, na doutrina e prtica internacional,
tende-se concesso dessa liberdade, sempre subordinada precaues em
favor dos Estados ribeirinhos. Reserva da navegao de cabotagem aos
nacionais Excluso da navegao livre nos rios abertos aos navios de
guerra, salvo consentimento prvio. As restries liberdade de navegao
no devem ser impostas por via indireta Ex: taxas que no se destinem
cobrir as necessidades da navegao, conservao ou execuo de
melhoramentos.
7. Rios Internacionais Aproveitamento industrial e agrcola das
guas (em mbito americano, 1933): Os Estados tm o direito exclusivo
de aproveitamento para fins industriais e agrcolas das guas dos
rios internacionais que se encontrem dentro de sua jurisdio, mas
este direito no pode prejudicar direito igual de Estado vizinho, na
parte que lhe pertena. As obras de aproveitamento de rios
sucessivos ou contguos no devero causar prejuzos livre navegao de
tais rios. As obras que um Estado pretende realizar em guas
fluviais internacionais devero ser previamente comunicadas aos
demais ribeirinhos (barragens e hidreltricas, art. 15 da Declarao
do Rio de 1992).
8. Rios Internacionais Pesca: este direito pertence aos Estados
ribeirinhos, mas se encontra subordinado a normas que evitem o
prejuzo dos demais (mtodos de pesca permitidos e proibidos, etc).
Proteo ao ambiente: nenhum Estado tem o direito de permitir o uso
de seu territrio de modo a causar dano com conseqncias srias ao
territrio de outro (Trail smelter case EUA X Canad; Declarao do
Rio/1992, Princpio 2).
9. Direito do Mar Histrico normativo internacional Tutela
consuetudinria (law of the sea) 1 Conferncia Internacional das Naes
Unidas sobre Direito do Mar (1958) Conveno sobre o mar territorial
e a zona contgua Conveno sobre a plataforma continental Conveno
sobre o alto-mar Conveno sobre pesca e conservao dos recursos vivos
no alto-mar 2 Conferncia Internacional das Naes Unidas sobre
Direito do Mar (1960) Visava fixao da extenso do mar territorial, o
que no havia sido feito na conferncia anterior.
10. Direito do Mar Histrico normativo internacional 3
Conferncia Internacional das Naes Unidas sobre o Direito do Mar
(1973) Presena de 164 Estados (membros e no-membros da ONU) Votao:
130 Estados a favor, 4 contra (EUA, Venezuela, Israel e Turquia) e
17 abstenes. Como seu resultado, foi assinada em Montego Bay (1982)
a Conveno das Naes Unidas sobre o Direito do Mar (Conveno de
Montego Bay), composta por: Prembulo 17 Partes (320 artigos) 9
anexos
11. Direito do Mar Tutela brasileira Lei Federal 8.617/1993
Adotou algumas disposies da Conveno de Montego Bay de 1982. Conveno
das Naes Unidas sobre o Direito do Mar (Montego Bay, Jamaica, 1982)
Recepcionada pelo Brasil por meio do Decreto 1.530/1995.
12. Domnio Martimo dos Estados guas interiores Mar territorial
Zona contgua Zona econmica exclusiva Plataforma continental
13. Linha de Base a linha litornea de mar baixa, alternada com
a linha de reserva das guas interiores quando ocorrerem baas
(abertura at 24 milhas martimas) ou portos (art. 5 da Conveno de
1982). Milha Martima = 1852 metros Milha Terrestre = 1690,34
metros
14. guas Interiores So as guas aqum da linha de base a partir
da qual o mar territorial determinado de acordo com o direito
internacional (arts. 8 a 11 da Conveno de 1982). Consideradas em
virtude da existncia de baas, portos e ancoradouros (arts. 10, 11 e
12 da Conveno de 1982). Distinguem-se do Mar Territorial dos
Estados por no haver nelas o direito de passagem inocente em favor
dos navios estrangeiros. S se justifica o deslocamento da linha de
base, e a existncia de guas internas, quando sua concavidade for
pelo menos igual de um semicrculo, tendo por dimetro a linha de
entrada, e no excedendo, esta ltima, o comprimento de 24 milhas
martimas. Excees: Baas histricas (Hudson/CAN, Granville/FRA e La
Plata/ARG e URU), pois sua dimenso no importa.
15. guas Interiores As instalaes porturias permanentes
consideram-se parte da costa, sendo assim contornadas pela linha de
base. As ilhas costeiras, no deslocam a linha de base relativa ao
litoral do continente, mas geram direito, por si mesmas, a uma
faixa de mar territorial que as circunde. Quando situadas numa baa,
autorizam a considerao de sua rea como parte do semicrculo, devendo
tomar-se por dimetro (nunca excedente de vinte e quatro milhas
martimas) a soma dos comprimentos das linhas que fechem as
diferentes entradas. Sobre as guas interiores o Estado costeiro
exerce sua soberania. O direito de acesso aos portos no livre,
devendo os navios mercantes e de guerra estrangeiros pedir
autorizao Capitania dos Portos.
16. Linha de Base e guas Interiores
17. Mar Territorial Faixa de mar desde a linha de base at 12
milhas martimas da costa e sobre a qual o Estado exerce a sua
soberania, com a limitao da passagem inocente ou inofensiva.
Passagem inocente: no prejudica a paz, a boa ordem e a segurana do
Estado costeiro. reconhecida aos navios mercantes e de guerra
estrangeiros, flanqueando a costa ou tomando o rumo da mesma. Deve
ser contnua e rpida. Os submarinos deve navegar na superfcie (art.
17 da Conveno de 1982). Amplitude do exerccio da soberania do
Estado Costeiro: guas Espao atmosfrico (no sujeito ao direito de
passagem inocente) Solo e subsolo recoberto por estas guas.
18. Mar Territorial Extenso: historicamente passou por diversos
critrios (visual, alcance dos canhes 3 milhas martimas) A conveno
de 1982 manda que seja de 12 milhas martimas sua largura mxima
(art. 3). Delimitao: mede-se a partir da linha de base. As ilhas
devem dispor de faixa prpria, em igual extenso, propiciando at sua
conjugao com o mar territorial do continente. Ilhas artificiais e
plataformas no tm mar territorial prprio. Os baixios a descoberto
(ilhas que submergem na mar alta) no possuem mar territorial
prprio.
19. Limites do Mar Territorial
20. Mar Territorial Direitos do Estado costeiro: de polcia
(regulamentao aduaneira, da navegao e sanitria). Direito de
Perseguio ou hot pursuit (art. 111 da Conveno de 1982) Se um navio
estrangeiro viola as leis ou regulamentos do Estado ribeirinho,
qualquer navio de guerra pode persegui-lo. Tal direito s poder ter
incio de execuo quando o navio culpado se encontre em guas
internas, no mar territorial ou na zona contgua, podendo se
estender pelo alto-mar (contanto que no tenha se interrompido). Sua
cessao dever se dar quando o navio perseguido entre no mar
territorial de outro Estado. A soberania do Estado costeiro
estende-se tambm ao espao atmosfrico (no sujeito ao direito de
passagem inocente) e ao solo e subsolo recoberto por estas
guas.
21. Mar Territorial Delimitao do mar territorial de Estados
adjacentes ou confrontantes Utiliza-se o critrio da eqidistncia, a
menos que tenham decidido adotar outra regra.
22. Partilha do Mar Territorial entre Estados Adjacentes ou
Confrontantes
23. Mar Territorial Jurisdio penal do Estado costeiro sobre
navios estrangeiros (art. 27 da Conveno de 1982): De guerra:
encontram-se isentos da jurisdio local; Mercantes: Se o ato produz
conseqncias sobre a ordem territorial; Se foi requerida pelo capito
ou cnsul do Estado de bandeira do navio; Para represso ao trfico de
drogas.
24. Zona Contgua Faixa de alto-mar, adjacente ao mar
territorial e, em princpio de igual extenso, na qual o Estado
costeiro tem trs competncias: a) Aduaneira e fiscal; b) Segurana;
c) Conservao e explorao das riquezas animais e minerais. No poder
ir alm das 24 milhas martimas contadas da linha de base do mar
territorial (art. 33 da Conveno de 1982).
25. Zona Econmica Exclusiva (ZEE) uma faixa adjacente ao mar
territorial, que se sobrepe a zona contgua, cuja largura mxima de
188 milhas martimas contadas do limite exterior daquele (art. 55 e
57 da Conveno de 1982) Histrico Proclamao feita pelo Presidente dos
EUA de extenso unilateral da jurisdio do seu pas alm do mar
territorial, visando proteo da pesca (1945); Seguida por Argentina,
Peru, Chile e Equador
26. Zona Econmica Exclusiva (ZEE) Direitos do Estado costeiro
(art. 56 da Conveno de 1982) Soberania para fins de explorao e
aproveitamento, conservao e gesto dos recursos naturais existentes
na gua, no leito e no subsolo; Jurisdio sobre a ZEE para preservao
do meio marinho, investigao cientfica e instalao de ilhas
artificiais. Direitos dos demais Estados (art. 58 da Conveno de
1982) Navegao: mais extensa do que a simples passagem inocente
Sobrevo: que no permitido o mar territorial Colocao de cabos ou
dutos submarinos.
27. Plataforma Continental Leito e subsolo do mar adjacente
costa. Nela o Estado costeiro exerce direitos soberanos de explorao
dos recursos naturais (art. 76 da Conveno de Montego Bay). Histrico
Proclamao do Presidente Truman dos EUA (1945) sobre zonas de
conservao de pescarias e outra sobre recursos naturais da
plataforma submarina. Advogava a necessidade de utilizao exclusiva
dos recursos naturais das reas submarinas adjacentes.
Justificativa: a plataforma era uma extenso da massa terrestre do
pas, o que justificava a vigilncia exercida sobre as atividades
nela desenvolvida. Ao mesmo tempo, reconheceu o carter de alto-mar
das guas em cima da plataforma continental e o direito sua navegao,
livre e sem impedimentos.
28. Plataforma Continental Limite exterior (art. 76 da Conveno
de 1982). 200 milhas nuticas a partir da linha de base. Se
geograficamente prolongar-se alm desse limite, poder ser consagrada
at 350 milhas nuticas Os direitos econmicos do Estado costeiro
sobre sua plataforma so exclusivos (art. 77 da Conveno de Montego
Bay). Os demais pases podem colocar sobre ela cabos ou dutos
submarinos.
29. Guerra da Lagosta
30. Plataforma Continental Guerra da Lagosta (BRA X FRA)
Conjunto de atos entre 1961-1963, consistindo em uma presena
constante de barcos de pesca franceses em guas prximas do mar
territorial brasileiro para o recolhimento intensivo de lagostas. A
Frana afirmava que, como os barcos pesqueiros estavam em alto-mar,
a pesca era livre. O Brasil sustentou que como a lagosta era uma
espcie rasteira (e no nadadora), no tinha como habitat o meio
hdrico, mas a plataforma continental brasileira. O argumento foi
aceito e conduziu necessidade de prvio entendimento entre as partes
para o prosseguimento da pesca da lagosta. Atualmente, a questo
resolvida de acordo com o art. 78 da Conveno de Montego Bay.
31. Estreitos internacionais Conceito (art. 38 da Conveno de
1982) Corredor cujas guas integram o mar territorial de um ou mais
Estados, e que assegura a comunicao entre espaos de alto mar ou
zona econmica exclusiva, interessando navegao internacional. S tm
relevncia aqueles utilizados na navegao internacional. Ex: Magalhes
(liga o Atlntico ao Pacfico, no extremo sul das Amricas); Bsforo e
Dardanelos (do acesso do Mar Negro ao Mediterrneo) Neles garantido
o direito de passagem em trnsito a navios e aeronaves, civis ou
militares, de qualquer bandeira (arts. 38 e 39 da Conveno de 1982).
Passagem em trnsito: deve ser breve e contnua, nunca se autorizando
qualquer outra atividade ao passante que no esteja associada ao
simples deslocamento. Gera o direito aos Estados costeiros de
editar regulamentos, estabelecer rotas e orientar o trfego. Difere
da passagem inocente por abranger tanto o trnsito de navios na
superfcie hdrica como o de aeronaves no espao areo sobrejacente ao
estreito.
32. Canais Internacionais Canais: estreitos construdos pelo
homem no territrio de um ou mais Estados para permitir ou facilitar
a navegao entre dois mares. Acham-se sujeitos soberania do Estado
cujo territrio atravessado. Tal como os estreitos, s interessam ao
Direito Internacional aqueles utilizados na navegao internacional.
Kiel, entre o Bltico e o Mar do Norte, aberto navegao nos Termos do
Tratado de Versalhes; Suez, ligando o Mediterrneo ao Mar Vermelho
via Rio Nilo, cuja navegao foi aberta pela Conveno de
Constantinopla de 1888. Panam, ligando as costas do Pacfico ao
Atlntico, aberto navegao em 1914. Construdo pelos EUA e hoje sob a
tutela dos panamenhos.
33. O alto-mar Apresenta uma definio negativa (art. 86): todas
as partes do mar no includas na zona econmica exclusiva, no mar
territorial nas guas interiores de um Estado, nem nas guas
arquipelgicas de um Estado arquiplago. Ou seja, todas as guas
situadas alm do limite das faixas de mar em que h, por parte de um
Estado costeiro, algum tipo de direito sobre a rea.
34. O alto-mar Durante muito tempo, falou-se em liberdade dos
mares, que dizia respeito navegao e a todas as formas possveis de
aproveitamento, sem nenhuma forma de emanao de autoridade de
qualquer Estado. Este princpio tem origem nos sculos XVI e XVII, em
contrapartida tese romana do dominium maris, sob a tutela das obras
de Francisco de Vitria e Francisco Surez, e posteriormente, na
controvrsia entre Hugo Grotius (Mare liberum, 1609) e John Selden
(Mare Clausum, 1635).
35. O alto-mar Segundo a Conveno de 1982, as liberdades a serem
exercidas em alto-mar so (art. 87): Navegao e sobrevo por navios e
avies de qualquer natureza Colocao de cabos e dutos submarinos
Construo de ilhas artificiais e instalaes congneres Pesca
(inclusive aos Estados sem litoral) Investigao cientfica
36. O alto-mar Restries liberdade (arts. 88, 89, 99, 100, 109)
Deve ser o alto-mar utilizado para fins pacficos; Nenhum Estado
pode pretender apoderar-se de qualquer parte do alto-mar; Represso
do trfico de escravos, do trnsito e comrcio ilcito de drogas;
Represso da pirataria (saque, depredao ou apresamento de navio ou
aeronave, em geral mediante violncia, e para fins privados): podem
ser apresados por navio de guerra de qualquer nacionalidade.
Represso das transmisses no autorizadas a partir do alto- mar
(devem ser coibidas pelo Estado de vnculo patrial com o navio
infrator ou o Estado cujo territrio recebe as transmisses).
37. O alto-mar Direito de Visita (art. 110 da Conveno de 1982)
Salvo nos casos em que tratados permitem atos de ingerncia, um
navio de guerra que encontre no alto mar um navio estrangeiro que
no goze de completa imunidade (navios de guerra e navios utilizados
unicamente em servio oficial no comercial) no ter o direito de
visita, a menos que exista motivo razovel para suspeitar que: o
navio se dedica pirataria ou trfico de escravos; o navio utilizado
para efetuar transmisses no autorizadas e o Estado de bandeira do
navio de guerra tem jurisdio nos termos do artigo 109; o navio no
tem nacionalidade; ou o navio tem a mesma nacionalidade que o navio
de guerra, embora arvore uma bandeira estrangeira ou se recuse a
iar a sua bandeira. Nesses casos, o navio de guerra pode proceder
verificao dos documentos que autorizem o uso da bandeira. Para
isso, pode enviar uma embarcao ao navio suspeito, sob o comando de
um oficial. Se, aps a verificao dos documentos, as suspeitas
persistem, pode preceder a bordo do navio a um exame ulterior, que
dever ser efetuado com toda a considerao possvel. Se as suspeitas
se revelarem infundadas e o navio visitado no tiver cometido
qualquer ato que as justifique, esse navio deve ser indenizado por
qualquer perda ou dano que possa ter sofrido.
38. Direito de Visita
39. Os fundos marinhos Regulados pela Conveno sobre o Direito
do Mar de 1982, em sua Parte XI, relativa rea e Autoridade (arts.
133 a 183 da Conveno de 1982). A rea significa o leito do mar, os
fundos marinhos e o subsolo alm dos limites da jurisdio nacional.
Na rea esto encravados diversos minerais de natureza variada,
especialmente os ndulos polimetlicos. A rea e seus recursos
constituem, de acordo com a Conveno de 1982, patrimnio comum da
humanidade (art.136 da Conveno de 1982).
40. OAB 2012.1 Questo 23: Aps assaltar uma embarcao turstica a
5 milhas nuticas da costa do Maranho, um bando de piratas consegue
fugir com joias e dinheiro em duas embarcaes leves motorizadas.
Comunicadas rapidamente do ocorrido, duas lanchas da Marinha que
patrulhavam a rea perseguiram e alcanaram uma das embarcaes a 10
milhas nuticas das linhas de base a partir das quais se mede o mar
territorial. A segunda embarcao, no entanto, s foi alcanada a 14
milhas nuticas das linhas de base. Ao final, todos os assaltantes
foram presos e, j em terra, entregues Polcia Federal. Com base no
caso hipottico acima, correto afirmar que: A) a priso da primeira
embarcao legal, mas no a da segunda, pois a jurisdio brasileira se
esgota nos limites de seu mar territorial, que de 12 milhas nuticas
contadas das linhas de base. B) as duas prises so ilegais, pois a
competncia para reprimir crimes em guas jurisdicionais brasileiras
pertence exclusivamente Diviso de Polcia Area, Martima e de
Fronteira do Departamento de Polcia Federal. C) as duas prises so
legais, pois a primeira embarcao foi interceptada dentro dos
limites do mar territorial e a segunda dentro dos limites da zona
contgua, onde os Estados podem tomar medidas para reprimir as
infraes s leis de seu territrio. D) a primeira priso ilegal, pois
ocorreu em mar territorial, rea de competncia exclusiva da Polcia
Federal, e a segunda priso legal, pois ocorreu em zona contgua,
onde a competncia para reprimir qualquer ato que afete a segurana
nacional passa a ser da Marinha.
41. Lei 8.617/1993 (inspirada na Conveno de Montego Bay de
1982) Art. 5 Na zona contgua, o Brasil poder tomar as medidas de
fiscalizao necessrias para: I - evitar as infraes s leis e aos
regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigrao ou sanitrios, no seu
territrios, ou no seu mar territorial; II - reprimir as infraes s
leis e aos regulamentos, no seu territrio ou no seu mar
territorial.
42. LC 97/1999 Art. 16-A. Cabe s Foras Armadas, alm de outras
aes pertinentes, tambm como atribuies subsidirias, preservadas as
competncias exclusivas das polcias judicirias, atuar, por meio de
aes preventivas e repressivas, na faixa de fronteira terrestre, no
mar e nas guas interiores, independentemente da posse, da
propriedade, da finalidade ou de qualquer gravame que sobre ela
recaia, contra delitos transfronteirios e ambientais, isoladamente
ou em coordenao com outros rgos do Poder Executivo, executando,
dentre outras, as aes de: (...) III - prises em flagrante delito.
Art. 17. Cabe Marinha, como atribuies subsidirias particulares: V
cooperar com os rgos federais, quando se fizer necessrio, na
represso aos delitos de repercusso nacional ou internacional,
quanto ao uso do mar, guas interiores e de reas porturias, na forma
de apoio logstico, de inteligncia, de comunicaes e de instruo.
43. Conveno das Naes Unidas sobre Direito do Mar (1982) Artigo
105 (Apresamento de um navio ou aeronave pirata) Todo Estado pode
apresar, no alto mar ou em qualquer outro lugar no submetido
jurisdio de qualquer Estado, um navio ou aeronave pirata, ou um
navio ou aeronave capturados por atos de pirataria e em poder dos
piratas e prender as pessoas e apreender os bens que se encontrem a
bordo desse navio ou dessa aeronave. Os tribunais do Estado que
efetuou o apresamento podem decidir as penas a aplicar e as medidas
a tomar no que se refere aos navios, s aeronaves ou aos bens sem
prejuzo dos direitos de terceiros de boa f.