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CORREÇÃO DA FICHA DE EXERCÍCIOS SOBRE FALÁCIAS 1 a) Falácia da petição de princípio (petitio principii) porque recorre-se ao que se quer provar para provar o que está em questão. A conclusão “nudez pública é imoral” e a premissa “a nudez pública é uma ofensa evidente” expressam a mesma proposição, embora por intermédio de frases diferentes.. b) Falácia da Derrapagem ou Bola de Neve porque a conclusão resulta de uma série de consequências cujo encadeamento é muito improvável, pois põe quem começa a jogar bingo a roubar. c) Falácia da Falsa Dicotomia porque é dado um número muito limitado de opções, ou seja, põem-se as coisas em termos de fumar ou engordar, quando há outras alternativas, nomeadamente a de “fazer exercício físico”. d) Argumento contra o homem (ad hominem) porque ataca-se a pessoa que apresentou o argumento, neste caso a sua condição social ou as suas motivações para defender uma determinada ideia (as touradas devem acabar ) , em vez de atacar o argumento. e) Generalização precipitada porque baseada num número muito limitado de casos (netos de uma pessoa). Que os netos de uma pessoa (particular) não gostem de matemática não implica que a geração a que pertencem não se interesse pela matemática e pelas ciências (universal). f) Petição de princípio (petitio principii) porque se considerada provado o que se quer provar, ou seja, Agrupamento de Escolas Professor Reynaldo dos Santos Rua 28 de Março Bom Retiro 2600-053 Vila Franca de Xira Tel.: 263 276 149 - Fax: 1

Correção dos exercícios sobre falácias

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CORREÇÃO DA FICHA DE EXERCÍCIOS SOBRE FALÁCIAS

1a) Falácia da petição de princípio (petitio principii) porque recorre-se ao que se quer provar para provar o que está em questão. A conclusão “nudez pública é imoral” e a premissa “a nudez pública é uma ofensa evidente” expressam a mesma proposição, embora por intermédio de frases diferentes..

b) Falácia da Derrapagem ou Bola de Neve porque a conclusão resulta de uma série de consequências cujo encadeamento é muito improvável, pois põe quem começa a jogar bingo a roubar.

c) Falácia da Falsa Dicotomia porque é dado um número muito limitado de opções, ou seja, põem-se as coisas em termos de fumar ou engordar, quando há outras alternativas, nomeadamente a de “fazer exercício físico”.

d) Argumento contra o homem (ad hominem) porque ataca-se a pessoa que apresentou o argumento, neste caso a sua condição social ou as suas motivações para defender uma determinada ideia (as touradas devem acabar ) , em vez de atacar o argumento.

e) Generalização precipitada porque baseada num número muito limitado de casos (netos de uma pessoa). Que os netos de uma pessoa (particular) não gostem de matemática não implica que a geração a que pertencem não se interesse pela matemática e pelas ciências (universal).

f) Petição de princípio (petitio principii) porque se considerada provado o que se quer provar, ou seja, estabelecer a pena de morte significa que se reconhece o direito legal de tirar a vida a alguém. Portanto, argumentar "Não há direito de tirar a vida a ninguém" é provar a conclusão tendo como premissa essa mesma conclusão

g) A premissa e a conclusão dizem o mesmo por palavras diferentes. Com efeito, dizer que a pena de morte é "justificável" tem o mesmo sentido que dizer que é "legítimo e apropriado" aplicá-la. Trata-se de uma "petição de princípio". Aqui, assume-se a conclusão que se pretende demonstrar, enunciando-a sob forma subtilmente diferente na premissa.

h) Falácia da derrapagem porque a conclusão resulta de uma série de consequências cujo encadeamento é muito improvável, isto é, para se mostrar

Agrupamento de Escolas Professor Reynaldo dos SantosEscola Básica e Secundária Professor Reynaldo dos Santos

Rua 28 de MarçoBom Retiro2600-053 Vila Franca de XiraTel.: 263 276 149 - Fax: 263 275 379E-Mail: [email protected]

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que uma proposição é inaceitável, extrai-se uma série de consequências inaceitáveis da proposição em questão..É evidente que as leis sobre o controlo de armas não visam acabar com a caça nem instaurar um Estado policial que atrofie a liberdade dos cidadãos. Há uma grande diferença entre controlar a proliferação de armas e oprimir os cidadãos. Quem argumenta que a situação deslizará inevitavelmente para esse extremo está a ser falacioso, como se não houvesse meio-termo. Se seguíssemos a lógica deste pseudoargumento, quem bebe um copo não parará no segundo e embebedar-se-á; quem come uma batata frita comerá todo o pacote; quem comece a fumar será sempre um fumador. Ora, na maior parte dos casos, paramos a meio do "declive ardiloso", não descemos a encosta na sua totalidade.

i) Apelo à ignorância (argumentum ad ignorantiam) porque argumenta-se que uma proposição é falsa (Deus não existe) porque não foi provado que é verdadeira (Deus existe).

j) Falácia do Apelo ao povo (argumentum ad populum). Com esta falácia sustenta-se que uma proposição é verdadeira (a Terra é plana) por ser aceite como verdadeira por algum sector representativo da população (toda a gente).

k) Apelo à Piedade (argumentum ad misercordiam) porque apela-se à compaixão e não à razão, isto é, pede-se a aprovação do auditório na base do estado lastimoso do autor (um animal indefeso), neste caso “Help”.

l) Apelo ao povo (argumentum ad populum). Com esta falácia sustenta-se que uma proposição é verdadeira (liberais vão vencer) por ser aceite como verdadeira por algum sector representativo da população (a maioria da população).

m) Apelo à piedade (argumentum ad misercordiam) porque pede-se a aprovação do auditório na base do estado lastimoso dos autores que passaram os últimos três meses a trabalhar desalmadamente nesse relatório, ou seja, em vez de se apelar à razão, apela-se aos sentimentos de piedade e de compaixão.

n) Generalização Precipitada porque a amostra (quatro amigos) é demasiado limitada e é usada apenas para apoiar uma conclusão tendenciosa.

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