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– 1 GRAMÁTICA FRENTE 1 1. (UNISAL) – O texto a seguir encontra-se fora de ordem. Leia-o atentamente e indique que alternativa apresenta a correta organização para ele. I. Dessa forma, os colonizados de ontem e de hoje são obrigados a assumir formas políticas, hábitos culturais, estilos de comunicação, gêneros de música e modos de produção e consumo dos coloni- zadores. II. Atualmente se verifica uma poderosa “hamburguerização” da cul- tura culinária e uma “rockiquização” dos estilos musicais. Os que detêm o monopólio do ter, do poder e do saber controlam os mercados e decidem sobre o que se deve produzir, consumir e exportar. III. Toda colonização – seja a antiga, pela invasão dos territórios, seja a moderna, pela integração forçada no mercado mundial – significa sempre um ato de grandíssima violência. IV. Numa palavra, portanto, os colonizados são impedidos de fazer suas escolhas, de tomar as decisões que constroem a sua própria história. V. Isso ocorre porque a colonização implica o bloqueio do desenvolvimento autônomo de um povo. Representa a submissão de parcelas importantes da cultura, com sua memória, seus valores, suas instituições, sua religião, à outra cultura invasora. (Adaptado de BOFF, Leonardo. A águia e a galinha. 24. a ed., Petrópolis: Vozes, 1998. pp. 21-22.) a) III – V – I – II – IV. b) I – II – IV – V – III. c) III –V – I – IV – II. d) III – II – I – V – IV. e) IV – I – III – V – II. Ele: — Pois é. Ela: — Pois é o quê? Ele: — Eu só disse pois é! Ela: — Mas “pois é” o quê? Ele: Melhor mudar de conversa porque você não me entende. Ela: — Entender o quê? Ele: — Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já! Ela: — Falar então de quê? Ele: Por exemplo, de você. Ela: — Eu?! (Clarice Lispector, A Hora da Estrela) 1. No texto transcrito, que se volta para o contato entre o interlocutores, prevalece a função fática. Essa função só não está presente a) nas frases feitas. b) nas repetições. c) nas interjeições. d) nas expressões destituídas de conteúdo informativo. e) na ênfase à elaboração da linguagem. 2. Identifique a função de linguagem predominante nos trechos abaixo: a) b) Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. (Carlos D. de Andrade) c) “Há opiniões discrepantes em relação às pessoas que são muito cuidadosas e delicadas, quando expressem seu ponto de vista, espe- cialmente sobre temas polêmicos. Alguns as julgam falsas e hipó- critas.” (Clarice Lispector, A Hora da Estrela) d) “Descomplique. De qualquer lugar para qualquer lugar, disque 23.” e) Oh! nos meus sonhos, pelas noites minhas Passam tantas visões sobre o meu peito! Palor de febre meu semblante cobre, Bate meu coração com tanto fogo! (Álvares de Azevedo) MÓDULO 1 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO E CRITÉRIOS DE CORREÇÃO MÓDULO 2 FUNÇÕES DA LINGUAGEM C1_BBRANCO_SANTOS_PORT_EX_TAR_2011_GK 31/05/11 16:24 Page 1

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GRAMÁTICAFRENTE 1

1. (UNISAL) – O texto a seguir encontra-se fora de ordem. Leia-oatentamente e indique que alternativa apresenta a correta organizaçãopara ele.I. Dessa forma, os colonizados de ontem e de hoje são obrigados aas sumir formas políticas, hábitos culturais, estilos de comunicação,gêne ros de música e modos de produção e consumo dos coloni -zadores.II. Atualmente se verifica uma poderosa “hamburguerização” da cul -tura culinária e uma “rockiquização” dos estilos musicais. Os quedetêm o monopólio do ter, do poder e do saber controlam os mercadose decidem sobre o que se deve produzir, consumir e exportar.III. Toda colonização – seja a antiga, pela invasão dos territórios, sejaa moderna, pela integração forçada no mercado mundial – significasempre um ato de grandíssima violência.IV. Numa palavra, portanto, os colonizados são impedidos de fazer suasescolhas, de tomar as decisões que constroem a sua própria história.V. Isso ocorre porque a colonização implica o bloqueio dodesenvolvimento autônomo de um povo. Representa a submissão deparcelas importantes da cultura, com sua memória, seus valores, suasinstituições, sua religião, à outra cultura invasora.

(Adaptado de BOFF, Leonardo. A águia e a galinha.24.a ed., Petrópolis: Vozes, 1998. pp. 21-22.)

a) III – V – I – II – IV.b) I – II – IV – V – III.c) III –V – I – IV – II.d) III – II – I – V – IV.e) IV – I – III – V – II.

Ele: — Pois é.Ela: — Pois é o quê?Ele: — Eu só disse pois é!Ela: — Mas “pois é” o quê?Ele: — Melhor mudar de conversa porque você não me entende.Ela: — Entender o quê?Ele: — Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já!Ela: — Falar então de quê?Ele: — Por exemplo, de você.Ela: — Eu?!

(Clarice Lispector, A Hora da Estrela)

1. No texto transcrito, que se volta para o contato entre ointerlocutores, prevalece a função fática. Essa função só não estápresentea) nas frases feitas.b) nas repetições.c) nas interjeições.d) nas expressões destituídas de conteúdo informa tivo.e) na ênfase à elaboração da linguagem.

2. Identifique a função de linguagem predominante nos trechosabaixo:a)

b) Gastei uma hora pensando um versoque a pena não quer escrever.No entanto ele está cá dentroinquieto, vivo.Ele está cá dentroe não quer sair.

Mas a poesia deste momentoinunda minha vida inteira.

(Carlos D. de Andrade)

c) “Há opiniões discrepantes em relação às pessoas que são muitocui dadosas e delicadas, quando ex pres sem seu ponto de vista, espe -cial mente sobre temas polêmicos. Alguns as julgam falsas e hipó -critas.”

(Clarice Lispector, A Hora da Estrela)

d) “Descomplique. De qualquer lugar para qualquer lugar, disque23.”

e) Oh! nos meus sonhos, pelas noites minhasPassam tantas visões sobre o meu peito!Palor de febre meu semblante cobre,Bate meu coração com tanto fogo!

(Álvares de Azevedo)

MÓDULO 1

ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃOE CRITÉRIOS DE CORREÇÃO

MÓDULO 2

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

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1. (IBMEC) – Dados os seguintes adjetivos: pluvial, occipital,lupino e lacustre, assinale a alternativa que apresenta as locuçõesadjetivas correspondentes. a) de chuva, de olho, de lobo e de rio, respectivamente.b) de chuva, de nuca, de lupa e de lago, respectivamente.c) de rio, de nuca, de lobo e de lago, respectivamente.d) de chuva, de nuca, de lobo e de lago, respectivamente.e) de rio, de olho, de lupa e de lago, respectivamente.

2. (MACKENZIE) – De acordo com a norma culta, assinale a alter -nativa que apresenta inadequação no processo de nominalização.a) As passistas da escola de samba estavam dis persas.Dispersão das passistas da escola de samba.b) Os jovens perseveram em busca de soluções para os problemas dopaís.Perseverança dos jovens em busca de soluções para os problemas dopaís.c) A herança foi dissipada pelos herdeiros.Dissipação da herança pelos herdeiros.d) O movimento de protesto foi reprimido pelas autoridades.Repressão do movimento de protesto pelas autori dades.e) A França asilou muitos brasileiros durante a dita dura militar.Asilamento de muitos brasileiros pela França durante a ditadura militar.

1. (FUVEST-Transferência) – Considere a mensagem publicitáriade um hospital:

HÁ MOMENTOS EM QUE ATÉOS ADULTOS PRECISAM

DE UM COLO. NÓS ESTAMOS AQUIPARA ISSO E MUITO MAIS.

A referência do pronome isso, no texto, permite deduzir que o hospitaloferecea) recursos da mais alta tecnologia.b) momentos de descontração, lazer.c) assistência médica ininterrupta.d) atendimento diferenciado, atencioso.e) ambiente higienizado, agradável.

2. (PUC-SP) – Nos versos: Amo-te, ó rude e doloroso idioma,Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”E em que Camões chorou no exílio amargo.

A expressão em que, neles destacada, refere-se, respectivamente, aa) idioma, voz. b) idioma, idioma.c) rude e doloroso, Camões. d) eu, eu.

3. (ESPM) – Assinale o item em que o pronome grifado tenha valorsemântico de possessivo:a) “A borboleta, depois de esvoaçar muito em torno de mim, pousou-me na testa.” (Machado de Assis)b) “Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eunão tenho que fazer.” (Machado de Assis)c) “Perdi-me dentro de mim / Porque eu era labirinto.” (Mário de SáCarneiro)d) “Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei!” (ManuelBandeira)e) “Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais.”(Clarice Lispector)

Texto para a questão 4.

Severino de Maria;como há muitos Severinoscom mães chamadas Maria,fiquei sendo o da Mariado finado Zacarias.

4. (MACKENZIE) – Em relação ao termo destacado no fragmentoacima, de Morte e Vida Severina, é correto afirmar que se trate dea) um artigo definido. b) um pronome demonstrativo.c) um pronome pessoal. d) uma conjunção.e) um substantivo.

5. (FAAP-SP) Ouvindo-te dizer: Eu te amo,creio, no momento, que sou amado.No momento anteriore no seguinte como sabê-lo?

O pronome o está no lugar da oração:a) “ouvindo-te”. b) “dizer”. c) “eu te amo”.d) “que sou amado”. e) “como sabê-lo”.

6. (UFRN) – Fazendo uso do registro culto da língua, reescreva, naterceira pessoa do singular, o depoimento repro duzido abaixo. Altereapenas o necessário, não acrescentando nem omitindo informações.

Lembrar a infância deixa-me triste. Jamais entendi por que me batiam tanto. Às vezes, chegava até ame revoltar com os castigos a que me submetiam.

Texto para a questão 7.

Há muito tempo, sim, que não te escrevo.Ficaram velhas todas as notícias.Eu mesmo envelheci: olha, em relevo, estes sinais em mim, não das carícias (tão leves) que fazias no meu rosto:são golpes, são espinhos, são lembrançasda vida a teu menino, que ao sol-postoperde a sabedoria das crianças.

(Carlos Drummond de Andrade)

7. Classifique os pronomes destacados no poema de CarlosDrummond de Andrade.

MÓDULO 4

CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS (II) –PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS

MÓDULO 3

CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS (I) –PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS

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8. (MACKENZIE) – Indique a única alternativa em que há umadvérbio modificando um adjetivo.a) Ele falava bastante rapidamente.b) Um pão bem quente com manteiga.c) Os homens trabalhavam muito bem.d) Ele agiu calma e decididamente.e) Você esteve bem mal hoje.

9. (ITA) – Considere o excerto abaixo:“No Brasil, [o trote] é um meio de reafirmar, na passagem para a

vida adulta, que o jovem estudante pertence mes mo a uma sociedadeautoritária, violenta e de privi légio.”Preserva-se o sentido da frase acima, caso a palavra em destaque sejasubstituída pora) ainda. b) também. c) realmente. d) porém. e) portanto.

Texto para a questão 10.A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada, com uma

portinha pequena. Logo à entrada um cheiro mole e salobro enojou-a. A escada, de degraus gastos, subia ingrememente, apertada entreparedes onde a cal caía, e a umidade fizera nódoas. No patamar dasobreloja, uma janela com um gradeadozinho de arame, parda do póacumulado, coberta de teias de aranha, coava a luz suja do saguão.E por trás de uma portinha, ao lado, sentia-se o ranger de um berço,o chorar doloroso de uma criança.

(Eça de Queirós, O Primo Basílio)

10.(FUVEST) – O segmento do texto em que a preposição deestabelece uma relação de causa é:a) “ao pé de uma casa amarelada”. b) “escada, de degraus gastos”.c) “gradeadozinho de arame”. d) “parda do pó acumulado”.e) “luz suja do saguão”.

1. Sublinhe e classifique o sujeito dos verbos destacados.a) "A curiosidade é o pavio do aprendizado." (William Arthur Ward)b) "Educar é ensinar a pensar." (Paulo Francis)c) "Entraram dois deputados e um chefe político da paróquia."(Machado de Assis)

2. Classifique o sujeito dos verbos grifados."Mas essas criaturas de aparência frágil, os escritores, tornam a vidamuito mais intensa, fazem das palavras um instrumento de magia,distribuem sonhos e emoções." (Rodolfo Konder)

3. (FESP) – Em "Retira-te, criatura ávida de vin gan ça.", o sujeito éa) te. b) inexistente. c) oculto. d) criatura. e) n.d.a.

1. (CÁSPER LÍBERO)I. Devem haver soluções mais viáveis para os problemas apresen tados.II. O relator afirmou que já fazem dois meses que o processo estátramitando...III. Para que não haja dúvidas, é preciso ler as instruções.V. No verão faz dias quentes, mas os turistas adoram.

Sobre as frases transcritas, pode-se afirmar quea) I e III estão corretas. b) II e IV estão incorretas.c) III e IV estão incorretas. d) III e IV estão corretas. e) Todas estão incorretas.

2. Nem toda oração apresenta sujeito. Muitas vezes o su jeito é inexis -tente. Examine atentamente o período a seguir. Formule perguntasusando quem ou que antes dos verbos sublinhados para encontrar osujeito. Se houver sujeito determinado, circule-o e classifique-o."Não sei se existem farmácias de homeopatia. No meu tempo decriança havia muitas, e elas me deslumbravam, apesar de eu nuncater-me tratado pelas suas pastilhas e gotas." (Carlos Heitor Cony)

3. (ESPM) – Em uma das opções abaixo, o verbo haver é impessoale, por isso, não deveria estar no plural. Assinale-a:a) Os sonegadores de imposto de renda se haverão com a Receita Federal.b) No mês de abril, conhecido como "abril verme lho", houverammuitas invasões de terra em preen didas pelo MST, em todo o país.c) Por haverem muitas propriedades rurais, vários depu tados esenadores sempre se colocaram contra a reforma agrária.d) Traficantes da Favela da Rocinha haviam orde nado o fechamentodo comércio local, como repre sália à morte de um deles.e) Times paulistas não se houveram bem nos jogos da última rodada.

4. (UNIMONTES) – Observe o uso do verbo haver na frase:Hoje não há razões para otimismo."Das construções abaixo, assinale aquela em que o verbo haver foi empregadona mesma acepção (= sentido) em que foi usado no exemplo acima.a) Havia fontes a borbulhar no coração.b) Haveria de descobrir a beleza das pequenas coisas.c) Houve-se muito bem o rapaz na singular situação em que se meteu. d) O autor houve por bem suprimir um trecho de sua crônica.

1. Examine os verbos destacados no seguinte trecho, extraído deIracema, de José de Alencar.

Além, muito além daquela serra, que ainda aula no horizonte,nasceu Iracema .

Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos maisnegros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.

O favo do jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilharecendia no bosque como seu hálito perfumado.

a) No poema, há verbos que indicam uma ação do sujeito, são chama -dos verbos nocionais, ou seja, verbos significativos. Transcreva-os.b) Quando o predicado indica ação, seu núcleo é um verbo nocional,como os verbos da resposta anterior. Como se chama o predicado quecontém esses verbos?c) No poema, verifique se há um ou mais verbos que apenas indi -quem estado, isto é, que apenas unam ao sujeito uma qualidade,situação ou propriedade. Se houver, transcreva-o(s).d) Quando o predicado indica uma propriedade (qualidade, estado)do sujeito, seu núcleo é um nome (substantivo ou adjetivo) e nessecaso os verbos são de ligação, como o verbo ser. Como se chama opredicado que contém esses verbos?

MÓDULO 6ORAÇÃO SEM SUJEITO

MÓDULO 7

PREDICADO NOMINAL

MÓDULO 5SUJEITO E PREDICADO

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2. (FUVEST) – No texto: “Acho-me tranqüilo – sem desejos, semesperanças. Não me preocupa o futuro”, os termos destacados são,respectivamente: a) predicativo – objeto direto – sujeito.b) predicativo – sujeito – objeto direto.c) adjunto adnominal – objeto direto – objeto indireto.d) predicativo – objeto direto – objeto indireto.e) adjunto adnominal – objeto indireto – objeto direto.

3. (Esc. Sup. Agr. Lavras-MG) – Em “O tempo estava de morte, decarnificina”, o verbo é:a) de ligação. b) transitivo indireto.c) intransitivo. d) transitivo direto.e) transitivo direto e indireto.

4. (EFEI-MG) – Em “Sonhosque parecem os dias que acabam nestamadrugada”, classifique os dois predicados e explique a diferençaentre eles.

1. Associe:a) oração com verbo nocional cujo sentido pode ser completado porum complemento que especifique alguma coisa ou alguém.b) oração com verbo nocional que rege preposição e cujo sentidopode ser completado por um complemento que especifique prepo -sição + alguma coisa ou preposição + alguém.I. ( ) “A paixão pertence aos deuses e às deusas...” (Robert A.Johnson)II. ( ) “Publiquei o jornal.” (Machado de Assis) III. ( ) “Tinha dado a Dona Plácida cinco contos de réis...”(Machado de Assis)

2. Sublinhe com um traço o predicativo do sujeito e com dois traçoso predicativo do objeto.a) "Os outros são o inferno." (Jean Paul Sartre)b) "... separamo-nos contentes..." (Machado de Assis)c) "De certo tempo em diante, não ouvi coisa ne nhu ma, porque meupensamento, ardiloso e tra quinas, saltou pela janela fora..." (Machadode Assis)

3. As frases abaixo têm verbo transitivo direto e pre dica tivo. Paralocalizar o predicativo, substitua o objeto di reto por um pronomeoblíquo e observe que o adje ti vo que sobra funciona sintaticamentecomo predi cativo do sujeito ou do objeto.a) Consideraram severa a punição do juiz.b) A herança deixou rica a família.c) Ele pronunciou tais palavras revoltadíssimo.d) Julgaram a lei inconstitucional.

4. As frases abaixo foram extraídas da crônica "Amada Neve", de Cecí liaMeireles. Assinale a alternativa em que há predicado verbo-nominal:a) "...as criaturas pareciam mais amigas, próximas, cordiais."b) "...os telhados e as árvores foram ficando brancos..."c) "...a paisagem era uma enorme folha de papel com breves linhas epontinhos negros..."d) " O mundo parecia desabitado e morto."e) "...os lavradores enfiavam, apressados, suas capas de palha."

5. (UEPG-PR) – Assinale a opção cuja frase possui predicado verbo-nominal.a) O professor entrou na sala pensativo.b) Ele andava a passos largos. c) Ninguém lhe era agradável.d) Em qualquer situação, continuava sorrindo.e) Foi sofrível tua participação.

6. Substitua os termos sublinhas por um pronome pessoal.a) O engenheiro refez os cálculos.b) Entregaram as provas ao professor.c) Entregaram as provas ao professor.d) O ministro discutiu o assunto com seus assessores.e) O promotor analisou as provas do crime.

1. (FEI-SP) – Substitua a expressão destacada por um advérbio designificação equivalente.a) Recebeu a repreensão sem dizer palavras.b) Falava sempre no mesmo tom.c) Aceitou tudo sem se revoltar.d) Trataram-me como irmão.

2. (FUVEST-SP) – Reescreva a passagem: “Humil demente pen -sando na vida...”, substituindo o advér bio por uma locução adverbialequivalente.

3. (VUNESP-SP) – “Não foi ausência por uma semana: o batom aindano lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.”Os termos em destaque analisam-se, respectivamente, como:a) agente da passiva e objeto indireto.b) adjunto adverbial de tempo e adjunto adnominal.c) adjunto adverbial de tempo e adjunto adverbial de causa.d) predicativo do sujeito e predicativo do objeto.e) complemento nominal e agente da passiva.

4. (UNIFIL) – Mesmo pessoas que aparentemente superaram ainibição apresentaram hiperatividade na amígdala, o “centro domedo”, … O termo isolado por vírgulas na oração destacadaa) explica o que já foi dito e sintaticamente funciona como vocativo.b) explica o que já foi dito e sintaticamente funciona como aposto.c) explica o que já foi dito e sintaticamente funciona como sujeito.d) explica o que já foi dito e sintaticamente funciona como objeto direto.e) explica o que já foi dito e sintaticamente funciona como vocativoe aposto.

5. (UNITAU) – Os termos em negrito no poema exercem, respecti -vamente, a função sintática de

Ó pedaço de mimÓ metade de afastada de mimLeva o teu olharQue a saudade é o pior tormentoÉ pior do que esquecimentoÉ pior do que se entrevar.

(Chico Buarque de Holanda)

MÓDULO 10

ADJUNTO ADVERBIAL, APOSTO E VOCATIVOMÓDULOS 8 e 9

PREDICADO VERBAL E VERBO-NOMINAL

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a) sujeito; objeto direto.b) sujeito; sujeito.c) aposto; objeto direto.d) aposto; sujeito.e) vocativo; objeto direto.

1. (PUC-PR-modificada) – Preencha correta mente os pontilhados:1. Querer, eles querem.

2. Ler, eles _____________________________________________

3. Ter, eles _____________________________________________

4. Crer, eles ____________________________________________

5. Vir, eles _____________________________________________

6. Ver, eles _____________________________________________

2. (ENEM) – Diante da visão de um prédio com uma placaindicando SAPATARIA PAPALIA, um jovem deparou com a dúvida:como pronunciar a palavra PAPALIA?

Levado o problema à sala de aula, a discussão girou em torno da utilidade de conhecer as regras de acentuação e, especialmente, doauxílio que elas podem dar à correta pronúncia de palavras.Após discutirem pronúncia, regras de acentuação e escrita, três alunosapresentaram as seguintes conclusões a respeito da palavra PAPALIA:I. Se a sílaba tônica for o segundo PA, a escrita deveria serPAPÁLIA, pois a palavra seria paroxítona terminada em ditongocrescente.II. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALÍA, pois "i"e "a" estariam formando hiato.III. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALIA, pois nãohaveria razão para o uso de acento gráfico.

A conclusão está correta apenas em:a) I b) II c) III d) I e II e) I e III

Leia o texto a seguir e responda às questões de 3 a 5.

(Nova Escola. São Paulo: 8/4/2008, 4.a capa)

3. (UEL) – O texto faz parte da propaganda de um dicionário delíngua por tuguesa.

Sobre as marcas de correção presentes no texto, assinale a alternativacorreta.a) Trata-se de retificações, no plano semântico, das palavras doléxico brasileiro.b) Referem-se às alterações ortográficas a serem feitas na línguaportuguesa.c) São correções necessárias para a modificação da pronúncia dessaspalavras.d) São parte das mudanças sintáticas que deverão ocorrer em breveno Português.e) Configuram sugestões de correção para que o texto se torne maiscoeso.

4. (UEL) – Sobre cada uma das marcações feitas no texto, considereas afirmativas a seguir.I. A palavra "ideia" perderá o acento, visto que haverá alteração notimbre dessa palavra cujo ditongo aberto passará a ser fechado.II. Em "tranquilo", a eliminação do trema implicará alteração napronúncia, aproximando-a da palavra "aquilo".III. "Para" perderá o acento que o diferencia de "para", o que exigirá doleitor a observação do contexto para a correta distinção dessesvocábulos.IV. Quanto a "autossuficiente", o acréscimo do "s" visa manter apronúncia original de "suficiente" quando este se juntar ao prefixo"auto" sem a presença do hífen.

Assinale a alternativa correta.a) Somente as afirmativas I e II são corretas.b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

MÓDULO 11

ACENTUAÇÃO E REGRAS ESPECIAIS

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5. (UEL) – Levando-se em conta que o texto é dirigido a umpotencial comprador do dicionário anunciado, assinale a alternativacorreta quanto à sua construção.I. O anúncio, ao dirigir-se ao leitor, reforça a finalidade persuasivaprópria do gênero anúncio publicitário.II. A segunda frase pressupõe desconhecimento, por parte do leitor, doconteúdo das mudanças referidas na pergunta lançada anterior mente.III. O uso do modo imperativo, comum em anúncios publicitários,está contrariando a norma padrão do Português, por misturar pessoasverbais.IV. Os adjetivos presentes no anúncio publicitário conferem ao textomaior cientificidade.

Assinale a alternativa correta.a) Somente as afirmativas I e II são corretas.b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

6. (FGV – ECON.) – Leia o texto.

Como bem mostra João Adolfo Hansen, no prefácio, SamuelBeckett atinge a história nessas eliminações da voz. Como matériamanuseada, __________ que está no meio, entre o dentro e o fora,entre o crânio e o mundo, só resta falar, “continuar a tagareliceaterrorizada dos condenados ao silêncio”. Recusando, contudo, todasas determi nações, conceitos e os pretensos sentidos, impedindo que avoz se torne universal; esvaziá-la, até torná-la estéril, entulho dofracasso histórico do sensus communis e do linguistic turn: paraBeckett, verso e reverso de uma vida historicamente danificada.

(Jornal de Resenhas, número 4, agosto de 2009)

a) A lacuna do texto deve ser preenchida com a voz ou à voz?Justifique a sua resposta.b) Considerando as palavras recondito, femur, hifens, paul, bacharele aljofar, transcreva e acentue aquelas que, a exemplo de estéril,devem receber acento gráfico por serem paroxítonas.

1. (FGV) – Leia o poema de Alberto Caeiro.

(...)Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...Se falo na Natureza não é ________________ saiba o que ela é,Mas porque a amo, e amo-a por isso,________________ quem ama nunca sabe o que amaNem sabe ________________ ama, nem o que é amar...Amar é a eterna inocênciaE a eterna inocência não pensar...

Empregue, correta e respectivamente, nas lacunas do poema, aspalavras: porque, por que, porquê ou por quê.

Para responder à questão 2, observe o cartum.

(Ziraldo, em Antologia do Pasquim, v. 2: 1972-1973. Rio de Janeiro: Desiderata, 2007.)

2. (UFABC) – Assinale a alternativa em que a fala da perso nagemtem a expressão adequada tanto à norma padrão escrita quanto aosdados de realidade a que o cartum remete.a) Por que tantas notícias? Por que tanta cobertura dos jornais, daTV? O que é que nós temos a ver com as eleições norte-americanas?b) Porque tantas notícias? Porque tanta cobertura dos jornais, da TV?O que é que as pessoas tem à ver com as eleições norte-americanas?c) Porquê tantas notícias? Porquê tanta cobertura dos jornais, da TV?O que é que a gente tem haver com as eleições americanas?d) Por quê tantas notícias? Por quê tanta cobertura dos jornais, daTV? O que é que se tem à ver com as eleições norte-americanas?e) Por quê tantas notícias? Por quê tanta cobertura dos jornais, daTV? O que é que a gente temos que ver com as eleições americanas?

3. (UFABC) – Observe a frase – “Onde chega o bonde, chega oprogresso.” – e assinale a alternativa em que o emprego da palavradestacada está de acordo com a norma padrão.a) Aonde para o bonde, para o progresso.b) Aonde se perde o bonde, perde-se o progresso.c) Aonde há bonde, há progresso.d) Aonde circula o bonde, circula o progresso.e) Aonde vai o bonde, vai o progresso.

4. (FUVEST-transferência) – Das palavras ou expressões subli -nhadas nas seguintes frases, a única corretamente grafada é:a) Se por ventura for convidado para a festa de formatura, você irá?b) Não gostava de falar em público tão pouco de dar entrevistas.c) Não aceitou o convite, porquanto antipatizava com o dono da casa.d) Distribuiu muitos convites, afim de que seu casamento fossebastante concorrido.e) Dormiu demais, porisso acabou não podendo fazer a prova.

MÓDULO 12

ORTOGRAFIA – EMPREGO DO PORQUÊ, MAL E OUTROS

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5. (UFSCar) – Considere a tirinha.

(www.custodio.net)

Na situação comunicativa em que se encontram, os personagensvalem-se de uma variedade linguística marcada pela informalidade.Reescreva as frases a seguir, adequando-as à norma padrão, ejustifique as alterações realizadas.

a) – Onde ele foi? – e – Vai onde for preciso!

b) – Você conhece ele... – e – A gente tem camisa pro frio?

6. (IBMEC) – Assinale a alternativa que preenche corretamen te aslacunas dos enunciados a seguir.

• Respondeu, num tom seco e ..........., que era atualmente umespecialista em crueldades da existência.

• Após quase oito anos de guerra no Afeganistão, nota-se o......................... do grupo radical islâmico Taleban.

• Merecimento e tempo de serviço determinam a ................de quematua em órgãos públicos da administração direta.

• A ..............é que o presidente sancione hoje o projeto da reformaeleitoral.

a) pretensioso, recrudecimento, ascensão, expectativa.b) pretencioso, recrudecimento, ascensão, espectativa.c) pretencioso, recrudescimento, ascenção, espectativa.d) pretensioso, recrudescimento, ascensão, expectativa.e) pretencioso, recrudescimento, ascenção, expectativa.

1. No terceiro quadrinho da tira, qual é o sujeito de “...comoresolveria essa questão?” Esse sujeito pratica a ação da forma verbalresolveria ou sofre essa ação?

2. No primeiro quadrinho, qual é o agente e o paciente do processoverbal “fosse invadida”?

3. Transforme a oração: “... se a sua fazenda fosse invadida por umacorja de famintos” de forma que “uma corja de famintos” passe a sero sujeito que pratica a ação. Analise a oração transformada.

4. (MACKENZIE) – Depois de um ano, você é considerado um expor muitos pneumologistas.Transpondo o trecho acima para a voz ativa, o segmento destacadocorresponde a:a) pode considerá-lo. b) lhe considerarão.c) consideram-no. d) vão estar considerando-o.e) devem considerar-lhes.

5. (VUNESP) – Assinale a alternativa em que ocorrem frases comverbos na voz ativa e passiva, respectivamente.a) Quase metade de todo o metano e do óxido nitroso produzidos nopaís é emitida por esses animais./É emitida por esses animais quasemetade de todo o metano e do óxido nitroso produzidos no país.b) No Brasil, é preciso dar muito estímulo a pesquisas como as daEmbrapa.../Muito estímulo a pesquisas como as da Embrapa é precisodar, no Brasil.c) Os cientistas fazem previsões complicadas para as próximasdécadas./Para as próximas décadas fazem os cientistas previsõescomplicadas.d) As nações vão reduzir a produção de alimentos no mundo./Vãoreduzir as nações a produção de alimentos no mundo.e) A bióloga e cientista ambiental holandesa Elke Stehfest enumera aredução no consumo de carne por semana a 400 gramas por pessoa./Aredução no consumo de carne por semana a 400 gramas por pessoa éenumerada pela bióloga e cientista ambiental holandesa Elke Stehfest.

MÓDULO 13

VOZES VERBAIS

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6. (FATEC) – Observe que o verbo da oração em destaque está navoz passiva.

Assinale a alternativa cuja expressão verbal destacada se encontra navoz passiva.a) A forma mais difundida de paquera entre os sauditas são os cafés...b) ... o governo da Arábia Saudita restringiu alguns hábitosconsiderados “ocidentalizados” da população...c) Na esteira do fechamento dessas casas, perde-se uma formacentenária de encontrar um namorado...d) A alternativa para quem não costuma usar os sites de namoro éescrever nome e telefone...e) ... deixá-los nos vidros dos carros para achar, com a ajuda dodestino, um candidato a cara-metade...

1. Você deve ter observado que, na voz passiva sintética, o pronomeapassivador se acompanha o verbo, o qual concorda com o sujeitopaciente. Com base no que foi explicado, transcreva da tira a oraçãoque está na voz passiva sintética.

2. Passe a oração da resposta anterior para a voz passiva analítica,para ter certeza de que ela está na passiva sintética.

3. (FGV) – Atente para as formas verbais dos segmentos:a) Uma vez ali dentro, ouvirei as moças falando mal do chefe na fila doSubway, descobrirei o que planejam os jovens de terno na mesa doSúbito, verei a felicidade do garoto do interior… . Os verbos ouvirei,descobrirei e verei, no contexto, indicam uma ação concluída? Expli que.b) … fofocas são discretamente difundidas… . Articule outrapossibilidade de voz passiva da frase, sem alterar o tempo do verbo.

4. (FGV) – Leia a frase: “A lei de lucros extraor dinários foi detida noCongresso”. Assinale a alter nativa que corresponde exatamente a essafrase.a) O Congresso deteve a lei de lucros extraor diná rios.b) Deteu-se no Congresso a lei de lucros extraor dinários.c) O Congresso deteu a lei de lucros extraordinários.d) Deteve-se no Congresso a lei de lucros extraor di nários.e) A lei de lucros extraordinários era detida no Con gresso.

5. (MACKENZIE) – Assinale a alternativa em que não ocorre a vozpassiva.a) Enraizaram o Mebol de tal forma, nestas terras, que o povo acaboupor revesti-lo com o que tem de mais particular e íntimo, que é o idioma.b) Bentinho era casmurro. O “Dom” fora acrescentado por umvizinho que lhe atribuía ares de fidalgo.c) É verdade que o Edílson foi expulso da Seleção por fazer umasembaixadas lindas, mas fora de hora? d) Poucos ganharão muito com a construção da torre de 500 metrosde altura a ser levantada no Pari.e) De agora em diante, conhecer-se-á Surdulica, na Iugoslávia, comoa cidade que perdeu suas crianças, vítimas de uma bomba da OTAN.

6. (METODISTA) – Foi anunciada na semana passada umadescoberta que pode lançar novas luzes sobre as origens da línguaescrita. Arqueólogos chineses encontraram nas escavações de umantigo altar usado para sacrifícios, na província de Shandong, lesteda China, dois pedaços de ossos de cordeiro onde foram esculpidosoito caracteres, considerados uma forma primitiva de chinês. Juntocom os ossos, desenterraram-se 360 peças de cerâmica pertencentesà cultura yueshi, que viveu em Shandong 3.500 anos atrás.

(Ricardo Villela. Veja, ed. 1640)

Assinale a alternativa correta sobre os trechos destacados.a) Nas três frases, grifadas no trecho, observa-se o uso de voz passiva.b) Nas duas primeiras frases grifadas, observa-se o uso de vozpassiva; na última, o sujeito está indeterminado.c) Nas três frases grifadas no trecho, observa-se o uso de sujeitoposposto e não o uso de voz passiva.d) Nas três frases grifadas no trecho, não se observa o uso de vozpassiva, porque não há a presença de complemento agente da passiva.e) Nas três frases grifadas no trecho, observa-se uso de oração sem sujeito.

Texto para a questão 7.CXXXVOTELO

Jantei fora. De noite fui ao teatro. Representava-se justamente Otelo,que eu não vira nem lera nunca; sabia apenas o assunto, e estimei acoincidência. Vi as grandes raivas do mouro, por causa de um lenço, –um simples lenço! – e aqui dou matéria à meditação dos psicólogosdeste e de outros continentes, pois não me pude furtar à observação deque um lenço bastou a acender os ciúmes de Otelo e compor a maissublime tragédia deste mundo. Os lenços perderam-se, hoje são precisosos próprios lençóis; alguma vez nem lençóis há, e valem só as camisas.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

7. (FUVEST) – No texto do capítulo CXXXV, o se ocorre duasvezes como partícula apassivadora.a) Transcreva as orações que estão na voz passiva sintética.b) Transponha as frases para a voz passiva analítica.

MÓDULO 14

VOZ PASSIVA SINTÉTICA, ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO,

VOZ REFLEXIVA E RECÍPROCA

Teatros, cinemas e boates foram proibidos de funcionar (...)

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Texto para as questões de 8 a 11.

Nada é menos conveniente que revelar os erros do maridoquando a mulher ouve, os do pai sob os olhos de seus filhos, osdo amante diante do ser amado. Fica-se profundamentepenalizado e indignado, quando se é submetido a humilhaçãodiante das pessoas aos olhos das quais se pretende brilhar.

A delicadeza e a doçura com as quais se busca persuadir umculpado corroem e destroem seu vício, que se enche de embaraçodiante da discrição de que se dá prova. É por isto que este versoé excelente:“Ele aproxima sua cabeça, a fim de que ninguém perceba.”

(Adaptado de Plutarco, Como Tirar Proveito de seus Inimigos.Trad. Isis B. B. da Fonseca.)

8. (FUVEST-transferência) – Considerando-se o contexto, o gestoindicado na frase “Ele aproxima sua cabeça, a fim de que ninguémperceba” (linha 10) expressaa) a humilhação a que um indiscreto é exposto.b) a resignação diante de uma inconveniência.c) a reação discreta de quem é recriminado.d) o embaraço de quem busca persuadir alguém.e) a delicadeza de uma discreta recriminação.

9. (FUVEST-transferência) – No segmento “A delicadeza e adoçura com as quais se busca persuadir um culpado” (linhas 6 e 7), oelemento sublinhado pode ser corretamente substituído, sem prejuízopara o sentido, por:a) com cujas busca-se o convencimento.b) por cujas intenta-se orientar.c) em que se busca ao consenso.d) às quais dispõe-se a dissuadir.e) com que se busca convencer.

10.(FUVEST-transferência) – No trecho “Fica-se profunda mentepenalizado e indignado...” (linhas 3 e 4), a partícula se é empregadacom a mesma função que exerce na frase:a) Se você for, não volte nunca mais.b) Aqui se come esplendidamente.c) Vão-se os anéis, fiquem os dedos.d) Quero saber se posso ou não contar com você.e) Perderam-se os livros na mudança.

11. (FUVEST-transferência) – O verbo indicado entre parên tesesdeverá adotar uma forma do plural para integrar de modo correto a frase:a) É preciso observar que se (propagar), na classe dos bem postos navida, muitos preconceitos contra a cultura hip-hop.b) Não (caber) aos jovens que abraçam a cultura hip-hop a soluçãode conflitos que eles não criaram.c) Por que algum desses jovens (deixar) de se identificar com uma

cultura que lhes abre tantos caminhos?d) (Assistir) aos jovens da periferia o pleno direito de produzirlinguagens que encarnam valores de sua cultura.e) A cada uma das quatro formas de expressão desses jovens(corresponder) um específico anseio de reconhecimento social.

12.Assinale a alternativa em que o se não seja pronome apassivador.a) “Comia-se uma bolacha ao café (…)” (José Lins do Rego)b) “Travou-se então uma luta renhida e surda entre o portuguêsnegociante de fazendas por atacado e o português negociante de secose molhados.” (Aluísio Azevedo)c) “Amor é fogo que arde sem se ver / É ferida que dói e não se sente(…)” (Camões)d) “Nossos lábios se procuram, se acham, se esmagam.” (ÉricoVeríssimo)e) “Fez-se novo silêncio.” (Coelho Neto)

13.(UFAM) – Assinale a alternativa em que o verbo não se apresentaem uma das formas da voz passiva:a) Realizar-se-ão as promessas veementemente feitas?b) Computados os votos, divulgou-se, em meio a grande alarido, avontade das urnas.c) Foram registradas poucas abstenções, ao contrário do previsto.d) Têm-se descoberto ultimamente muitos sítios arqueológicos.e) Procedeu-se em seguida à leitura do manifesto.

14.(FGV) – A palavra se presente no verso — a lagoa se pinta —também é encontrada com mesmo valor semântico e mesma funçãosintática em:a) ... o rapaz e a moça se atribuíram a mesma culpa no acidente.b) ... disparava lépida como se a casa estivesse pegando fogo.c) ... embora a moça compreendesse tratar-se de um rito inofensivo.d) ... ela se penteava. Nunca fora mulher de ir passear sem antespentear bem os cabelos.e) Se soubesse que a filha morreria de parto, é claro que nãoprecisaria gritar.

15.Reconheça a voz dos verbos das frases abaixo, indicando com1 – voz ativa 2 – voz passiva analítica3 – voz passiva sintética 4 – voz reflexiva5 – voz reflexiva recíproca

a) ( ) “Os manifestantes deram-se as mãos em sinal de soli darie -dade.”b) ( ) “Mirava-se naquela covardia, via-se mais lastimoso e mise -rável que o outro.” (Graciliano Ramos)c) ( ) “... o soldado ganhou coragem, avançou, pisou firme,perguntou o caminho.” (Graciliano Ramos)d) ( ) “Observou-se a ocorrência de ventos fortes na região.”e) ( ) “Estratégias de prevenção à febre aftosa devem ser orga -nizadas pelo Estado.”

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1) A

1) E2) – fática – poética e metalinguística – referencial – conatina –

poética e emotiva

1) D2) E – "Asilamento" é palavra não registrada (ou seja, "inexis -

ten te"). O substantivo adequado para corresponder a"asilar" é "asilo", cujo emprego, no entanto, implicaria atransformação do adjunto adverbial ("pela França" seriasubstituído por "na França").

1) D 2) B 3) A 4) B 5) D6) Lembrar a infância o/a deixa triste. Jamais entendeu por que

lhe batiam tanto. Às vezes, chegava até a revoltar-se com oscastigos a que o/a submetiam (a que era submetido(a)).

7) Os pronomes são: muito: indefinido; te: pessoal oblíquo;todas: indefinido; eu: pessoal reto; mesmo: demonstrativo;estes: demons trativo; mim: pessoal oblíquo; que: relativo;meu: possessivo; teu: possessivo.

8) B – O advérbio bem indica circunstância de intensidade do ad -je tivo quente. Também são advérbios: em a, bastante, rapida -me nte; em c, muito, bem; em d, calma, decididamente; em e,bem, mal, hoje.

9) C – O termo mesmo funciona sintaticamente como adjuntoadverbial de afirmação e modifica o verbo pertencer, assimcomo o advérbio realmente da alternativa correta. Em ambos,o sentido é de enfatizar a afirmação.

10) D – A preposição de introduz expressão que indica o motivo, ofator determinante de estar parda a janela da casa amarelada.

1) a) "A curiosidade" é sujeito simples.b) "Educar" é sujeito simples.c) "Dois deputados e um chefe político da paró quia" é

sujeito composto.2) "Essas criaturas de aparência frágil" é sujeito simples de

"tornam"; "fazem" e "distribuem" têm sujeito oculto (elas –essas criaturas de aparência frágil).

3) C – O sujeito é oculto (tu); "criatura ávida de vingança" évocativo.

1) D2) sei: sujeito oculto "eu".

existem: sujeito simples "farmácias de homeopatia".havia: sujeito inexistente.deslumbravam: sujeito simples "elas".ter-me tratado: sujeito simples "eu".

3) B – a) “prestar contas”; c) sentido de “possuir”; d) au xi liar doverbo “ordenar”, concordando com o sujeito “tra fi can tes”; e)sen tido de “ser bem-sucedido na consecução de”, “sair-se”.

4) A – Tanto no enunciado como na alternativa a, o verbo“haver” está com sentido de “existir”. Em b, “haver” éauxiliar de “descobrir”; em c, o sentido é de “portar-se”,“sair-se”; em d, o sentido é de “considerar”.

1) a) Nasceu, tinha, recendia.b) Chama-se predicado verbal.c) Era.d) Chama-se predicado nominal.

2) A 3) A4) “parecem os dias” é predicado nominal (verbo de ligação +

predicativo); “acabam nesta madrugada” é predicado verbal,cujo núcleo é o verbo “acabam”.

1) I. b; II. a; III. a/b2) a) "Os outros são o inferno." (Jean Paul Sartre)

b) "... separamo-nos contentes..." (Machado de Assis)c) "De certo tempo em diante, não ouvi coisa ne nhu ma,

porque meu pensamento, ardiloso e tra quinas, saltou pelajanela fora..." (Machado de Assis)

3) a) Consideraram-na severa. (predicativo do objeto)b) A herança deixou-a rica. (predicativo do objeto)c) Ele pronunciou-as revoltadíssimo. (predicativo do sujeito)d) Julgaram-na inconstitucional. (predicativo do objeto)

4) E (VTD + PS)5) A (VI + PS)6) Substituindo os termos destacados, tem-se:

a) O engenheiro refê-los.b) Entregaram-nas ao professor.c) Entregaram-lhe as provas.d) O ministro discutiu-o com seus assessores.e) O promotor analisou-as.

MÓDULO 3

MÓDULO 4

MÓDULO 6

MÓDULO 5

MÓDULO 7

MÓDULOS 8 e 9

MÓDULO 1

MÓDULO 2

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1) a) caladamente, silenciosamente;b) monotonamente;c) resignadamente;d) irmanamente, fraternalmente.

2) “com humildade”3) C 4) B 5) E

1) 2) leem; 3) têm; 4) creem; 5) vêm; 6) veem.2) E – A afirmação II está errada, porque, no caso, se aplicaria a

regra das paroxítonas, que não levam acento gráfico quandoterminadas em a. A regra referente aos hiatos é de teortotalmente diverso e diz respeito apenas a hiatos em que osegundo elemento, não o primeiro, seja i ou u.

3) B – As alterações assinaladas referem-se apenas a um aspectoda ortografia, a acentuação, e não afetam nenhum outrosistema da língua (morfologia, sintaxe, semântica). Sãoalterações determinadas pelo Acordo Ortográfico celebradoentre os países de língua portuguesa.

4) C – I e II estão erradas porque as alterações só afetam agrafia, não a pronúncia das palavras.

5) D – Quanto à afirmação III, note-se que, para manter-se aconcor dância na terceira pessoa, as formas do imperativodeveriam ser fique e pare, em vez de fica e para. A IV estáerrada: não há nenhum adjetivo no texto, mas, se houvesse,não seria o emprego de qualquer adjetivo que poderiaconferir cientificidade ao texto.

6) a) O sintagma que preenche adequadamente a lacuna é àvoz, em que se encontram craseados o artigo a, que defineo substantivo voz, e a preposição a, regime do verbo restar,de que à voz é objeto indireto: “à voz que está no meio(...)só resta falar”.

b) São paroxítonas e se acentuam apenas fêmur e aljôfar,como todas as paroxítonas terminadas em -r. Das demais,só recôndito é acentuada, por ser pro paro xítona; hifens,oxítona em -ens, e paul e ba charel, oxítonas em -l, nãorecebem acento gráfico.

1) “Se falo na Natureza não é PORQUE saiba o que ela é,Mas porque a amo, e amo-a por isso,PORQUE quem ama nunca sabe o que amaNem sabe POR QUE ama, nem o que é amar...”

2) A – As orações interrogativas devem ser introduzidas pelalocução interrogativa por que, formada pelo pronomeinterrogativo que precedido da preposição por, com o sentido de“por qual razão?” A expressão “a ver” é formada da preposiçãoa e do verbo ver (não haver), não se justificando, portanto, acrase assinalada nas alternativas b e d.

3) E – A rigor, todas as alternativas estão de acordo com anorma-padrão, se se considerar que esta é determinada pelouso da tradição culta, ou seja, das grandes “autoridades” da

língua, que são os escritores consagrados como “mestres dalíngua”. Ora, como observa Aurélio Buarque de Holanda, “ouso dos melhores autores, (...) desde um Azurara, da fasearcaica da língua, até um José Régio ou um Miguel Torga, dosnossos dias, não distingue onde de aonde. Clássico dos maisreputados, Rebelo da Silva usa aonde por onde cerca de 40vezes nos seus Contos e Lendas; uma delas (só para exem -plificar), na pág. 20: “o cemitério aonde dormem os que nosamaram.” Por vezes, ocorre o emprego simultâneo de um eoutro advérbio com a mesma significação: “Nise? Nise? ondeestás? aonde? aonde?” (Cláudio Manuel da Costa, ObrasPoéticas, I, p. 109); “Mas aonde te vais agora, / Onde vais,esposo meu?” (Machado de Assis, Poesias Completas, p. 207).Note-se, na abonação machadiana, que a métrica não seoporia à repetição do aonde. Não obstante, os gramáticosnormativos de visão limitada, tomados como legisladores dalíngua pela Banca Examinadora, defendem o uso de aondeapenas quando complementa verbos (ou substantivos) demovimento, que regem a preposição a, como ocorre na fraseda alternativa e.

4) C5) a) O Examinador considerou que a forma “correta”, ou seja,

conforme à norma culta, devesse ser, nos dois casos, aonde,pois o verbo de movimento ir rege a preposição a: Aonde elefoi e Vai aonde for preciso. Ocorre, porém, que a melhortradição da língua portuguesa não justifica a distinção, tãocara à arbitrariedade e ao autoritarismo de gramáticosnormativos, entre onde e aonde. Uma simples consulta aoDicionário Aurélio, s. v. aonde, esclarece a questão: “O usodos melhores autores (...) desde um Azurara, da fase arcaicada língua, até um José Régio ou um Miguel Torga, dosnossos dias, não distingue onde de aonde. Clássico dos maisreputados, Rebelo da Silva usa aonde por onde cerca de 40vezes nos seus Contos e Lendas; uma delas (só paraexemplificar), na pág. 20: ‘o cemitério aonde dormem osque nos amaram’. Por vezes ocorre o emprego simultâneode um e outro advérbio com a mesma significação: ‘Nise?Nise? onde estás? aonde? aonde?’ (Cláudio Manuel daCosta, Obras Poéticas, I, p. 109); ‘Mas aonde te vais agora,/ Onde vais, esposo meu?’ (Machado de Assis, PoesiasCompletas, p. 207). Note-se, na abonação machadiana, quea métrica não se oporia à repetição do aonde.”

b) Você o conhece? – Em vez do caso reto do pronome ele,deve-se usar o caso oblíquo o como comple mento verbalde objeto direto. Nós temos camisa para o frio? – São tipicamentecoloquiais os empregos de a gente em lugar do pronomenós e de pro como fusão da preposição para com o artigodefinido o.

6) D

1) O sujeito é oculto, você, agente da ação expressa pelo verboresolver. Como o sujeito pratica a ação, a frase está na vozativa.

2) O agente verbal, chamado agente da passiva, é “uma corja defamintos”. O paciente da ação é o sujeito “a sua fazenda”.

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Como o sujeito sofre a ação verbal, a frase está na voz passivaanalítica.

3) Se uma corja de famintos invadisse a sua fazenda.Uma corja de famintos = sujeitoinvadisse = VTDa sua fazenda = OD

4) C – O sujeito da oração na voz ativa é a expressão “muitospneumologistas”, portanto o verbo deve ir para a terceirapessoa do plural (consideram) e o pronome oblíquo, comfunção de objeto direto, deve ser de terceira pessoa: o.

5) E6) C – Na frase do caput, a construção é de voz passiva analítica,

ou seja, formada com verbo auxiliar (“foram proibidos”); naalternativa c, a construção é de voz passiva sintética oupronominal (“perde-se”). No primeiro caso, o sujeito é“teatros, cinemas e boates”; no segundo, “uma formacentenária de encontrar namorado”.

1) “...não se matam as ideias...”2) As ideias não são mortas.3) a) Os verbos estão no futuro do presente; pertencem,

portanto, ao sistema do infectum ou dos temposimperfeitos, isto é, não concluídos.

b) ...fofocas difundem-se discretamente... seria a forma dafrase na voz passiva sintética ou pronominal, mantendo-se o verbo no presente do indicativo.

4) D – A oração apresentada está na voz passiva analítica e suapassagem para a passiva sintética está correta na alternativa

apontada, observando-se a flexão do verbo deter, derivado deter (deteve), o emprego do pro nome apas sivador se e aconcordância do verbo com o sujeito “a lei de lucrosextraordinários”.

5) A – Em b, a construção passiva ocorre em fora acrescentado;em c, em foi expulso; em d, em ser levantada; em e, emconhecer-se-á. Neste último caso, trata-se de voz passivasintética ou pronominal, ou seja, formada com o concurso dopronome apassivador ou partícula apassivadora se; nosdemais, ocorre a voz passiva analítica, ou seja, formada como emprego de verbo auxiliar (ser, em todos os casos).

6) A – As duas primeiras orações estão na voz passiva analítica,sem agente da passiva; a última oração está na voz passivasintética.

7) a) "Representava-se justamente Otelo..." e "Os lenços per -deram-se...".

b) 1. Justamente Otelo era representado. (Observar que oadvérbio só pode ocupar esta posição para manter osentido que tem no texto de Machado).2. Os lenços foram perdidos.

8) E 9) E 10) B 11) A12) D – Trata-se de pronome reflexivo recíproco.13) E – Trata-se de índice de indeterminação do sujeito, pois o

verbo é transitivo indireto.14) D – No trecho em questão, o pronome se é reflexivo: A lagoa se

pin ta a si mesma. O mesmo ocorre em “... ela se pen teava”. Ema, o pronome se é reflexivo recíproco; em b, é parte da locuçãocomo se, que indica comparação hipotética; em c, trata-se deín dice de inde terminação do sujeito e, em e, de con junçãosubordinativa condicional.

15) a) 5 – b) 4 – c) 1 – d) 3 – e) 2

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1. Todas as alternativas a seguir apresentam versos na medida nova,exceto:a) “O meu pensamento altivo.”b) “Vós outros, que buscais repouso certo.”c) “Oh! como se me alonga, de ano em ano.”d) “Se a ninguém tratais com desamor.”e) “Debaixo desta pedra sepultada.”

Texto para as questões de 2 a 5.

Se tanta pena tenho merecidaEm pago de sofrer tantas durezas,Provai, Senhora, em mim vossas cruezas,Que aqui tendes uma alma oferecida.

Nela experimentai, se sois servida, Desprezos, desfavores e asperezas;Que mores sofrimentos e firmezas maiores – resistências

Sustentarei na guerra desta vida.

Mas contra vossos olhos quais serão?Forçado é que tudo se lhe renda;Mas porei por escudo o coração.

Porque, em tão dura e áspera contenda, luta

É bem que, pois não acho defensão, defesa

Com me meter nas lanças me defenda.(Camões)

2. Como se denomina a forma em que o poema foi com pos to?

3. Qual é o esquema de rimas?

4. Qual é o esquema métrico? (Escanda o primeiro ver so.)

5. O poema é exemplo de medida nova ou de medida velha?

Textos para os testes de 6 a 8.

Texto I

Cessem do sábio Grego e do TroianoAs navegações grandes que fizeram,(...)Cesse tudo o que a Musa antiga canta,Que outro valor mais alto se alevanta.

(Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas)

Texto II

Cesse de uma vez meu vão desejode que o poema sirva a todas as fomes.(...)letras eu quero é pra pedir emprego,agradecer favores,escrever meu nome completo.O mais são as mal traçadas linhas.

(Adélia Prado, “O que a musa eterna canta”)

6. (MACKENZIE-SP) – Considerado o contexto da obra Os Lusía -das, é correto dizer que, no texto I, o poetaa) expressa, com seu canto, o desejo de negar a tradição épica, já queconsidera ultrapassado “o que a Musa antiga canta” (v. 3).b) faz alusão à grandeza heroica do povo português, quando se refereao “valor mais alto” (v. 4).c) opõe-se às representações mitológicas greco-romanas (v. 3), dei -xan do implícita sua adesão ao cristianismo.d) incita os portugueses a rejeitarem todo o conhecimento universal(v. 1), para inscreverem seu nome na história.e) explicita sua crítica aos antigos navegadores, ao utilizar ironica -mente o adjetivo “grandes” (verso 2).

7. (MACKENZIE-SP) – Considere as seguintes afirmações sobreOs Lusíadas:I. É um poema épico que tem como núcleo narrativo as origenshistóricas de Portugal, relatadas pela voz do próprio poeta.II. Embora pertença à Épica, incorpora à sua linguagem traços esti -lísticos do gênero lírico, em episódios antológicos como o de “Inês deCastro” e o da “Ilha dos Amores”, por exemplo.III. Obedece a uma regularidade formal, valendo-se de versos decas -sílabos, traço valorizado no Renascimento.

Assinale:a) se apenas as afirmações I e II estiverem corretas.b) se apenas as afirmações II e III estiverem corretas.c) se apenas as afirmações I e III estiverem corretas.d) se apenas a afirmação III estiver correta.e) se todas as afirmações estiverem corretas.

8. (MACKENZIE-SP) – No texto II, o eu líricoa) reaproveita ironicamente a linguagem camoniana, para relativizara necessidade e a importância do canto poético.b) retoma o discurso grandiloquente de Os Lusíadas, adequado paraexpressar o heroísmo presente no cotidiano das pessoas humildes.c) incorpora ao poema a dicção clássica, não só parafraseando o ver -so camoniano, mas também imitando o padrão formal do século XVI.d) recusa a forte influência que a tradição lírica quinhentista exerceusobre a literatura brasileira.e) manifesta, sarcasticamente, sua compreensão de que os poetas, des -de a Antiguidade, sempre consideraram o poema como algo supér fluo.

MÓDULO 1

CLASSICISMO: LUÍS DE CAMÕES

FRENTE 2

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Texto para os testes de 9 a 11.

(...)Por isso, ó vós que as famas estimaisSe quiserdes no mundo ser tamanhos,Despertai já do sono do ócio ignavo,Que o ânimo, de livre, faz escravo,

E ponde na cobiça um freio duro,E na ambição também, que indignamenteTomais mil vezes, e no torpe e escuroVício da tirania infame e urgente;Porque essas honras vãs, esse ouro puro,Verdadeiro valor não dão à gente.Melhor é merecê-los sem os ter,Que possuí-los sem os merecer.

(Camões)

9. (FUVEST-SP) – Caracteriza o texto um toma) descritivo. b) narrativo. c) filosófico. d) patriótico. e) satírico.

10. (FUVEST-SP) – O sentido de “ponde (...) um freio duro (...)” écom pletado pelos termosa) “cobiça”, “ambição” e “ócio”.b) “ambição”, “vício da tirania” e “honras vãs”.c) “escravidão” e “cobiça”.d) “cobiça”, “ambição” e “vício da tirania”.e) “cobiça” e “honras vãs”.

11. (FUVEST-SP) – O autor inclui nas “honras vãs”:a) a ambição de glória. b) a ociosidade.c) a liberdade de ânimo. d) o refreamento da cobiça.e) os vícios em geral.

Texto para as questões de 1 a 3.

Querendo ter Amor ardente ensaio,Quando em teus olhos seu poder inflama,Teus sóis me acendem logo chama a chama,Teus sóis me cegam logo raio a raio.

Mas quando de teu rosto o belo maioDesdenha amores no rigor que aclama,De meus olhos o pranto se derramaCom viva queixa, com mortal desmaio.

(Manuel Botelho de Oliveira)

1. Reescreva a primeira estrofe, colocando os termos na ordemdireta.

2. Extraia dos versos duas metáforas relacionadas a calor e luz.

3. A segunda estrofe expressa os mesmos sentimentos que a primei -ra? Justifique.

4. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadoresfazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte está branco,de outra há de estar negro; se de uma parte está dia, da outra partehá de estar noite; de uma parte dizem luz, de outra parte hão de dizersombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão de dizer subiu.Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras.

No excerto anterior, o Padre Vieira, con denando o abuso de______________, critica alguns ex cessos do estilo ______________ .

a) antíteses – barrocob) metáforas – arcádicoc) metonímias – românticod) antíteses – arcádicoe) metonímias – barroco

5. (FUVEST-SP) – Dê argumentos que permitam con si derar oPadre Vieira como um expoente tanto da Lite ratura Portuguesa quantoda Literatura Brasileira.

Texto para as questões 6 e 7.

Ó tu do meu amor fiel traslado, Mariposa entre as chamas consumida,Pois, se à força do ardor perdes a vida, A violência do fogo me há prostrado;

Tu de amante o teu fim hás encontrado,Essa flama girando apetecida;Eu girando uma penha endurecida,No fogo que exalou morro abrasado.

Ambos de firmes anelando chamas,Tu a vida deixas, eu a morte imploro,Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.

Mas ai! que a diferença entre nós choro,Pois acabando tu ao fogo que amas,Eu morro sem chegar à luz que adoro.

(MATOS, Gregório de. Obra Poética. Ed. de James Amado, Rio de Janeiro, Record, 1990. V. 1, p. 425.)

6. A quem se dirige o eu lírico? Quem é seu(sua) interlocutor(a)?

7. De acordo com a última estrofe, o eu lírico se encontra em situa -ção desfavorável em relação a seu(sua) interlocutor(a). Por quê?

MÓDULO 2

BARROCO

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Texto para o teste 8.

Goza, goza da flor da mocidade,Que o tempo trota a toda a ligeirezaE imprime em toda flor sua pisada.

Ó não aguardes que a madura idadeTe converta essa flor, essa beleza,Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.

8. (UFV-MG – adaptado) – Com relação aos dois ter ce tos acima,pode-se afirmar que eles ilustrama) o caráter de jogo verbal próprio da poesia lírica do século XVI,sustentando uma crítica à preo cu pação feminina com a beleza.b) o jogo metafórico próprio do Barroco, a respeito da fugacidade davida, exaltando o gozo do momento.c) o estilo pedagógico da poesia neoclássica, rati ficando as reflexõesdo poeta sobre as mulheres maduras.d) as características de um texto romântico, porque fala de flores,terra, sombras.e) uma poesia que fala de uma existência mais ma terialista do queespiritual, própria da visão de mundo nostálgica cultista.

Texto para o teste 1.

Alguém há de cuidar que é frase inchada,Daquela que lá se usa entre essa gente,Que julga que diz muito, e não diz nada.

O nosso humilde gênio não consenteQue outra coisa se diga, mais que aquiloQue só convém ao espírito inocente.

1. Os versos de Cláudio Manuel da Costa lembram o fato de quea) a expressão exata, contida, que busca os limites do essencial, étraço da literatura colonial brasi leira e dos primeiros movimentosestéticos pós-in dependência.b) o Arcadismo defendia o estilo cultista ou gon górico.c) o Arcadismo, buscando simplicidade, se opôs à ex pressão intri ca -da e aos excessos do cultismo barroco.d) o Romantismo, embora tenha refugado os ri go res do formalismoneoclássico, tomou por base o sen timentalismo originário desse movi -mento estético.e) o Barroco se esforçou por alcançar uma expres são rigorosa ecome dida, a fim de espelhar os grandes conflitos da alma do homem daépoca.

2. (UFSM-RS) – Sobre o Arcadismo, é correto afirmar quea) a preocupação com a simplicidade leva o escritor a escolher temasde caráter religioso.b) o pastoralismo, uma das principais manifestações da naturalidade,reproduz fielmente a vida no campo.c) entre as convenções do pastoralismo, está a utilização de umalinguagem simples que reproduz a linguagem rude dos pastores.

d) propõe um retorno à ordem e à naturalidade, tendo por modelo aliteratura clássica, em oposição ao artificialismo barroco.e) a linguagem, adequada e quase sem ornamentos, retrata realistica -mente intensas emoções de dor e alegria.

Texto para as questões 3 e 4.

Verás em cima da espaçosa mesa altos volumes de enredados feitos:ver-me-ás folhear os grandes livros

e decidir os pleitos.Enquanto revolver os meus consultos,tu me farás gostosa companhia,lendo os fastos da sábia, mestra História

e os cantos da poesia.

3. No texto, extraído de Marília de Dirceu, o poeta deseja tera) uma vida agitada nos tribunais. b) uma vida de participação na sociedade. c) uma existência calma, altamente intelectualizada, burguesa, emum ambiente poético. d) um envolvimento nos pleitos da capital mineira.e) apenas o estudo da História.

4. A quem se dirige o eu lírico?

5. (MACKENZIE-SP) – Sobre o Arcadismo no Brasil, as sina le aalternativa incorreta.a) Cláudio Manuel da Costa, um de seus autores mais importantes,embora tenha assumido uma atitude pastoril, traz, em parte de suaobra poética, aspec tos ligados à lírica camoniana.b) Em Liras de Marília de Dirceu, Tomás Antônio Gon zaga nãosegue aspectos formais rígidos, como o soneto e a redondilha, emtodas as partes da obra.c) Nas Cartas Chilenas, seu autor satiriza Luís da Cunha Menezespor suas arbitrariedades como governa dor da capitania de Minas.d) Basílio da Gama, em O Uraguai, seguiu a rígida estrutura camo -niana de Os Lusíadas, usando ver sos decassílabos em oitava-rima.e) Caramuru tem, como tema principal, o descobri men to da Bahiapor Diogo Álvares Correia, apre sen tando, também, os rituais e astradições indí ge nas.

Texto para o teste 6.

Descobrem que se enrola no seu corpoVerde serpente, e lhe passeia, e cingePescoço e braços, e lhe lambe o seio.(...)

Inda conserva o pálido semblanteUm não sei quê de magoado e triste,Que os corações mais duros enternece.Tanto era bela no seu rosto a morte!

(Basílio da Gama)

6. (UFV-MG – adaptado) – Assinale a alternativa verdadeira emrelação ao texto.a) Os fragmentos narram a história de Moema, heroína da epopeiaCaramuru.b) Reflete a ideologia nacionalista de valorização do lirismo popular,procurando libertar-se da influên cia europeia.

MÓDULO 3

ARCADISMO

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c) É a manifestação de uma tendência poética do século XIX, o“mal-do-século”, que cultua a morte.d) Trata-se do episódio da morte de Lindoia, extraído de O Uraguai,poema épico do Arcadismo.e) Descreve a morte de Inês de Castro no episódio lírico do poemaépico português Os Lusíadas.

1. No Brasil, o Romantismo inicia-se no ano de ________________ ________________ com a publicação de ______________________ _______________________, de Gonçalves de Magalhães.

2. O Romantismo no Brasil elegeu o ___________ como símbolo doheroísmo brasileiro. Os textos poé ti cos produzidos com temática indígena recebem a de nominação de ____________________.Esse gênero de poesia tem como um de seus prin ci pais representantes o poeta _________________________________ .

3. A Segunda Geração Romântica foi influenciada diretamente pelopoeta inglês _________________ , cujo nome passa a designar umacorrente, deno mi nada _______________________.

4. Sobre Álvares de Azevedo, assinale as proposições verdadeiras(V) e as falsas (F).I. ( ) A morbidez, o tédio, a dúvida, o satanismo e o amoridealizado são temas constantes em sua obra.II. ( ) Sua poesia é dominada por antinomias (duali da des),oscilando entre depressão e ironia, medo e desejo, sonho e realidade.III. ( ) Lira dos Vinte Anos, livro de poemas dividido em trêspartes, é considerado obra prematura e a menos interessante do autor.IV. ( ) O livro de contos Noite na Taverna apresenta ele -mentos do gênero fantástico e demonstra influência do escritoralemão E.T.A. Hoffmann.V. ( ) Conde Lopo e Poema do Frade pertencem ao gênerodramá ti co, apresentando personagens que emblematizam oUltrarroman tismo.VI. ( ) Na primeira parte de Lira dos Vinte Anos, predo mi -nam poemas que retratam o amor romântico idealizado e inacessível,enquanto na segunda parte o humor, a ironia e a metalin guagem estãopresentes até mesmo nos poemas de amor.

Texto para o teste 5.

Auriverde pendão da minha terraQue a brisa do Brasil beija e balança,Estandarte que a luz do sol encerra,E as promessas divinas da esperança…Tu, que da liberdade após a guerra,Foste hasteado dos heróis na lança,Antes te houvessem roto na batalha,Que servires a um povo de mortalha!…

5. (ITA-SP) – Esta é uma das estrofes de um famoso poema de linhasocial, cujo autor revela em grande parte de sua obra uma libertaçãodaquele ego cen trismo exage rado que marcou a geração ultrarromân -tica. Trata-se de:a) Fagundes Varela. b) Olavo Bilac.c) Castro Alves.d) Casimiro de Abreu.e) Gonçalves Dias.

6. Assinale, entre as afirmações que se seguem, aque la que faz men -ção à vertente subjetiva e confes sional da produção de Castro Alves.a) “Ele realiza o tipo completo do poeta brasileiro: um gigante,despe gador de rochedos, saltador de abismos, cantor da rudeza ameri -cana, mas cujas mãos, enormes, calejadas, cultivam lírios e mimamcrianças.” (José Oiticica)b) “Há aí [nas Vozes d’África] eloquência da melhor espécie, senti -mento, emoção e, sobretudo, uma elevada idealização da situação doContinente maldito e das reivindicações que o nosso ideal humano lheatribui.” (José Veríssimo)c) “Em 1946 ainda ouvimos os hinos ao 2 de julho declamados empraça pública no seu forte estilo condoreiro. Fez a linguagem daepopeia a ponto de não a separarmos de seu cantor.” (Pedro Calmon)

Texto para a questão 7.

Senhor Deus dos desgraçados!Dizei-me vós, Senhor Deus!Se é loucura... se é verdadeTanto horror perante os céus...Ó mar! por que não apagasCoa esponja de tuas vagasDe teu manto este borrão?...Astros! noite! tempestades!Rolai das imensidades!Varrei os mares, tufão!

(Castro Alves)

7. (PUC-SP – modificada) – No Romantismo brasileiro, podemosreconhecer três gerações poé ti cas, com traços peculiares a cada uma,distintos entre si. Assim sendo,a) o que torna a obra de Castro Alves diferente da obra de poetascomo Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo,nesse contexto romântico?b) mostre, no trecho acima, recursos estilísticos empregados pelopoeta.

1. Levando em conta a afirmação de que os primeiros romances edi -tados no Brasil marcam-se pelo pre do mínio do aspecto folhetinesco,responda:Quais as características de um enredo folhetines co?

MÓDULO 5

ROMANTISMO NO BRASIL: PROSA

MÓDULO 4

ROMANTISMO NO BRASIL: POESIA

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2. Assinale a alternativa incorreta.a) Folhetim é o romance publicado em capítulos, diariamente, nosjornais – prática frequente no início do Romantismo brasileiro.b) Desde o início, a atividade jornalística irmana-se com a literária,atraindo um grande número de escritores, que encontram no jornal umveículo privilegiado para a publicação, alcançando um grande númerode leitores.c) A publicação do romance em partes contribui para a criação deum enredo que se apoia na complicação sentimental, na aventura, nomistério e no suspense, de forma a atiçar a curiosidade do leitor parao que virá no dia seguinte.d) Nos primeiros folhetins brasileiros predomina a narrativa centra -da na tensão bem x mal, com personagens lineares (herói x vilão) eintenção moralizante.e) Teixeira e Sousa e Joaquim Manuel de Macedo foram os inicia -dores do romance folhetinesco, abandonado por José de Alencar.

3. (MACKENZIE-SP – modificado) – …com a morte do avô,Aurélia recebe inesperadamente uma grande he rança e torna-semuito rica da noite para o dia. Movida pelo des pei to, resolve tentarcomprar seu ex-noivo; está dis posta, no entanto, a confessar-lhe queainda o ama e o quer, se ele mostrar dignidade, recusando a propos -ta degradante. Ela incumbe seu tutor, Lemos, de propor a Fernando,através de negociações secretas, o casa mento com uma rica jovem,que poderia oferecer-lhe um dote; em troca, exige que ele assine umcontrato aceitando a condição de vir a conhecer a noiva apenasalguns dias antes do casamento.

As informações anteriores referem-se a importante obra da prosaromântica brasileira. Assinale a alternativa em que aparece o nome detal obra.a) A Moreninha. b) Inocência. c) Lucíola.d) Senhora. e) Cinco Minutos.

4. (UFSM-RS) – Com relação à Iracema, de José de Alencar, pode-se afirmar queI. a figura do índio é idealizada, uma vez que o autor a constrói apartir dos valores do homem branco;II. a história de amor entre a virgem índia e o guerreiro branco sim -boliza a conquista da terra americana pelo europeu;III. o narrador, na estruturação do romance, atribui a mesma impor -tân cia à fundação mítica da nacio nalidade e ao registro de fatoshistóricos.

Está correto o que se afirma apenas ema) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III.

5. (FAC. TABAJARA-SP) – Associe autor e obra do Romantismo:(1) José de Alencar ( ) Inocência(2) Bernardo Guimarães ( ) Iracema(3) Taunay ( ) A Moreninha(4) Joaquim M. de Macedo ( ) O Seminarista

a) 1, 4, 3 e 2 b) 2, 1, 4 e 3 c) 3, 1, 4 e 2d) 2, 4, 1 e 3 e) 3, 1, 2 e 4

Leia o texto abaixo e responda à questão de número 6.

O crítico Alfredo Bosi, em sua História Concisa da LiteraturaBrasileira, tece algumas considerações sobre o romance Senhora, deJosé de Alencar.

Se admitimos que [a mola do enredo] é o fato de o jovem Seixascasar-se pelo dote, em virtude da educação que recebera, damos aAlencar o crédito de narrador realista, capaz de pôr no centro doromance não mais heróis (...) mas um ser venal, inferior. O que seriafalso, pois o fato não passava de um recurso.

6. (UNICAMP-SP) – “O fato não passava de um recurso.” Con -sideran do esta afirmação de A. Bosi, explicite as caracte rísticas doromance Senhora que permitem conside rá-lo uma obra romântica.

Texto para o teste 7.

Leonardo não é um pícaro saído da tradição espa nhola, mas simo primeiro grande malandro que entra na novelística brasileira,vindo de uma tradi ção folclórica e correspondendo, mais do que secos tu ma dizer, a certa atmosfera cômica e popularesca de seu tempono Brasil.

(Antonio Candido)

7. (UFV-MG) – Podemos afirmar também que Leonardoa) caracteriza sarcasticamente o malandro, típico do subúrbio do Riode Janeiro, que deseja levar vantagens em tudo.b) passa por inúmeras peripécias, superando sempre as dificuldades,sendo que, através dele, triunfa o Bem e o primeiro amor.c) vive inúmeras aventuras amorosas, como é próprio dos heróis doséculo XIX.d) retrata o tipo alegre e extrovertido, mas a hosti lidade de todostorna-o um revoltado.e) inverte a trajetória do “herói” do mundo burguês, uma vez que éironizado e não consegue ascender socialmente.

8. (UEL-PR – adaptado) – A prosa literária adquiriu consistênciacom as obras desses dois grandes romancistas: o primeiro com estiloágil e preciso de seu único romance, que descreve pitorescamente ostipos, os ambientes e os costumes do Rio da primeira metade doséculo XIX; o segundo, pelo leque de romances que abriu, inspiradostanto na vida citadina do Brasil Imperial quanto nas personagensmíticas e tipos regionais de nossa terra.

O texto acima está se referindo, respectivamente, aos escritoresa) José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo.b) Basílio da Gama e José de Alencar.c) Joaquim Manuel de Macedo e Álvares de Azevedo.d) Manuel Antônio de Almeida e José de Alencar.e) Bernardo Guimarães e Castro Alves.

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1. (MACKENZIE-SP) – Assinale a alternativa incor reta a respeitode Eça de Queirós.a) Costuma-se dividir sua obra em três fases, sendo a segunda aquelaem que desenvolveu um estilo realista implacável.b) Sua obra é considerada o ponto mais alto da prosa realista portu -guesa.c) Em O Crime do Padre Amaro, critica a sociedade burguesa dePortugal e mostra a influência do clero na sociedade provinciana.d) Em O Primo Basílio, temos um romance no qual se denuncia arede de vícios e de adultérios que infestava a Lisboa de então.e) Embora tenha militado intensamente na implan tação do Realismoem Portugal, não participou das Conferências do Cassino Lisbo nen se.

Texto para a questão 2.

Que noite para Luísa! A cada momento acordava num sobressal -to, abria os olhos na penumbra do quarto, e caía-lhe logo na alma,como uma punhalada, aquele cuidado pungente: Que havia de fazer?Como havia de arranjar dinheiro? Seiscentos mil-réis! As suas joiasvaliam talvez duzentos mil-réis. Mas depois, que diria Jorge? Tinhaas pratas… Mas era o mes mo!

(…) Quem lhe po de ria valer? — Sebastião! Sebastião era rico,era bom. Mas mandá-lo chamar e dizer-lhe ela, ela Luísa, mulher deJorge: — Empreste-me seiscentos mil-réis. — Para quê, minha senho -ra? E podia lá responder: para resgatar umas cartas que escrevi aomeu amante. Era lá possível! Não, estava perdida. Restava-lhe irpara um convento.

(Eça de Queirós, O Primo Basílio, cap. VIII)

2. Que elementos aí presentes demonstram que o texto pertence àsegunda fase da produção de Eça de Queirós?

3. (FUVEST-SP) – O Primo Basílio pertence à fase dita realista deseu autor, Eça de Queirós. É reconhecido, também, como um romancede tese — tipo de narrativa em que se demonstra uma ideia, em geralcom intenção crítica e reformadora. Tendo em vista essas determi -nações gerais, é correto afirmar que, nesse romance,a) o foco expressivo se concentra na interioridade subjetiva daspersonagens, que se dão a conhecer por suas ideias e sentimentos, enão por suas falas ou ações.b) as personagens se afastam de caracterizações típicas, tornando-sepsicologicamente mais complexas e individualizadas.c) a preferência é dada à narração direta, evitando-se recursos comoa ironia, o suspense, o refinamento estilístico de períodos e frases.d) o interesse pelas relações entre o homem e o meio amplia o espa çoe as funções das descrições, tornadas mais minuciosas e significa tivas.e) a narração de ações, a criação de enredos e as reflexões do nar -rador são amplamente substituídas pelo debate ideológico-moral entreJorge e o Conselheiro Acácio.

4. (FUVEST-SP) – Personagem do romance O Primo Basílio, deEça de Queirós, tornou-se tão conhecida por suas intervenções, queseu nome deu origem a palavras dele derivadas, como acaciano,acacia nismo, acacianamente.

Assinalar a alternativa que explica o significado atribuído a estaspala vras em função do Conselheiro Acácio:a) trivialidade com feição sentenciosa ou gravemente ridículas.b) inesperadas declarações ou informações que dão novo rumo àconversa.c) afirmações irrefutáveis ou solidamente argumentadas.d) ironias profundas ou sutis ridicularizações imprevisíveis.e) argumentação cerrada ou raciocínios cerebrinamente elaborados.

5. Qual a obra, da terceira fase de Eça de Queirós, em que o prota -gonista, representante da nobreza e dos ve lhos valores portugueses,busca redenção moral através de uma viagem ao mundo colonialportu guês na África?

6. Qual o romance em que Eça de Queirós retrata o contraste entre oartificialismo da civilização mo derna e a naturalidade saudável davida rural portu guesa? A que fase ele pertence?

7. Em relação à obra A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, expli -que por que se diz que seu enredo tem a forma dialética.

1. (UEL-PR) – Considere os seguintes fragmentos de um romancede Machado de Assis.I. José Dias amava os superlativos. Era um modo de dar feiçãomonumental às ideias; não as havendo, servia a prolongar as frases.II. Minha mãe era boa criatura. Quando lhe morreu o marido (...)vendeu a fazendola e os escravos, comprou alguns que pôs ao ganhoou alugou, uma dúzia de prédios, certo número de apólices e deixou-seestar na casa de Matacavalos, onde vivera os dois últimos anos decasada.III. Tio Cosme vivia com minha mãe, desde que ela enviuvou. Jáentão era viúvo, como prima Justina; era a casa de três viúvos.

As personagens mencionadas nestes fragmentos convivem numa his -tó ria cujos protagonistas sãoa) Brás Cubas e Virgília. b) os gêmeos Pedro e Paulo.c) Rubião e Brás Cubas. d) Bento Santiago e Capitu.e) Aires e Fidélia.

2. (PUCCamp-SP) – O modo como é tratado o adul tério nosroman ces de Machado de Assis permite afirmar quea) o escritor defende a tese de que o homem é deter mi nado pelasforças do meio, da hereditariedade e do momento.b) o tema permitiu ao autor desvendar os interesses da sociedade bur -guesa da época (posição, prestí gio, dinheiro) e as forças do incons -ciente.c) o triângulo amoroso é abordado de maneira a deixar transparecero sentimentalismo que carac terizou a produção romântica do autor.d) o interesse maior do escritor se fixa no fato em si, orientandotodos os elementos da narrativa no senti do de comprovar a traição daspersonagens.e) o pessimismo do escritor o impede de perceber a relatividade dosfatos, fazendo-o apegar-se às carac terísticas mais negativas danatureza humana.

MÓDULO 6

REALISMO EM PORTUGAL: EÇA DE QUEIRÓS

MÓDULO 7

REALISMO NO BRASIL: MACHADO DE ASSIS

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– 19

3. Considere as seguintes afirmações, referentes a Dom Casmurro:I. O título do romance indica o temperamento que o prota gonista

conserva ao longo de sua vida.II. O narrador vale-se de sua velhice e experiência para relativizar as

certezas de seu ciúme juvenil.III. O ciúme do protagonista é indiscutível; discute-se a impar cia -

lidade do narrador na avaliação do que o gerou.

Das afirmações acima, apenasa) II está correta.b) III está correta.c) I e II estão corretas.d) I e III estão corretas.e) II e III estão corretas.

Texto para o teste 4.

Ora, aí está justamente a epígrafe do livro, se eu lhe quisesse pôralguma e não me ocorresse outra. Não é somente um meio decompletar as pessoas da narração com as ideias que deixarem, masainda um par de lune tas para que o leitor do livro penetre o que formenos claro ou totalmente escuro.

Por outro lado, há proveito em irem as pessoas da minha históriacolaborando nela, ajudando o autor, por uma lei de solidariedade,espécie de troca de serviços, entre o enxadrista e os seus trebelhos*.

Se aceitas a comparação, distinguirás o rei e a da ma, o bispo e ocavalo, sem que o cavalo possa fazer de torre, nem a torre de peão.Há ainda a diferença da cor, branca e preta, mas esta não tira o poderda marcha de cada peça, e afinal umas e outras podem ganhar a par -tida, e assim vai o mundo.

(Machado de Assis, Esaú e Jacó)

*trebelhos: peças do jogo de xadrez.

4. (FUVEST-SP – modificado) – A intervenção direta do narradorno texto cumpre a função dea) distanciar o leitor da articulação da história, evi tando iden tifi ca -ção emocional com as persona gens.b) despertar a atenção do leitor para a estrutura da obra, convidando-o a compreender a organização da narrativa.c) levar o leitor a refletir sobre as narrativas tradicio nais, cuja se -quência lógico-temporal é complexa.d) sintetizar a sequência dos episódios, para expli car a trama danarração.e) confundir o leitor, provocando incompreensão da sequência nar -rati va.

5. Nos itens de I a V, assinale:

A) Memórias Póstumas de Brás Cubas.B) Quincas BorbaC) Dom CasmurroD) Esaú e JacóE) Memorial de Aires

I. ( ) Narrado em primeira pessoa, sob a forma de um diário.Tematiza a solidão e o desencanto da velhice. Não háhumor ou ironia. Personagens: Dona Carmo, Aguiar,Tristão, Fidélia e o Conselheiro Aires.

II. ( ) Narrado em terceira pessoa, por personagem-obser vador,o Conselheiro Aires, frequentemente interrompido pelopróprio Machado. Personagens: Pedro, Paulo, Natividadee Flora.

III. ( ) Narrado em primeira pessoa, por Bento Santiago, que, navelhice, procura “atar as duas pontas da vida”. Perso -nagens: Escobar, Sancha, Ezequiel, Dona Glória, JoséDias e Capitu.

IV. ( ) Narrado em terceira pessoa. Rubião, herdeiro de QuincasBorba, é envolvido por Sofia e seu marido, CristianoPalha, e é levado à miséria e à loucura.

V. ( ) Narrado por um “defunto autor”, em posição trans tem - poral, que, “do outro lado do mistério”, revê a sua exis -tência de “homem que tudo tentou e nada conseguiu”.Personagens: Marcela, Virgília, Lobo Neves, Conse lheiroDutra, Dona Plácida, Nhã Loló, Sabrina Cotrim e QuincasBorba.

6. Examine os três textos transcritos a seguir e identifique a carac -terística que é comum a todos eles.

Texto I

Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eunão tenho que fazer e, realmente, expedir alguns magros capítulospara este mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade.Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração ca-davérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito destelivro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer e o livro anda devagar;tu amas a narração direta e nutrida, o estilo regular e fluente, e estelivro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda,an-dam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu,escorregam e caem...

(Memórias Póstumas de Brás Cubas)

Texto II

Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, BrásCubas, se adotei a forma livre de um Sterne ou de um Xavier deMaistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de pessimismo. Podeser obra de finado. Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta damelancolia, e não é difícil antever o que poderá sair desse conúbio.

(Memórias Póstumas de Brás Cubas)

Texto III

E vejam agora com que destreza, com que arte faço eu a maiortransição deste livro. Vejam: o meu delírio começou em presença deVirgília, que foi o meu grão pecado da juventude; não há juventudesem meninice; meninice supõe nascimento; e eis aqui como chegamosnós, sem esforço, ao dia 20 de outubro de 1805, em que nasci. Viram?Numa juntura aparente, nada que divirta a atenção pausada doleitor: nada.

(Memórias Póstumas de Brás Cubas)

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1. (ITA-SP) – Assinale a alternativa em que se completa errada men - te a seguinte proposição: Do romance O Cortiço pode-se dizer quea) é um romance urbano.b) o autor admite a influência do meio no comportamento do indi -víduo.c) alcança a época da escravidão.d) Romão é tudo, menos um ingrato.e) o protagonista não se contenta com a ascensão econômica, quer asocial também.

2. A primeira que se pôs a lavar foi a Leandra, por alcunha a“Machona”, portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos egrossos, anca de animal do campo.

O texto permite afirmar quea) o Naturalismo e o Realismo, a fim de evidenciar as mazelas dotempo, deram ênfase à análise do comportamento psicológico.b) a prosa romântica se pautou por uma visão mecanicista do homeme das relações humanas.c) o Realismo caracterizou a realidade por meio da metáfora elegan -te, da ironia, de um cinismo penetrante e refinado.d) o Romantismo, incorporando elementos populares e prosaicos,idealizou a força física e a pujança moral do povo.e) a estética naturalista realça certos pormenores do quadro, modi fi -cando o equilíbrio entre as partes que o compõem.

3. O Naturalismo tem como princípio fundamental o __________________________________________.

4. O escritor naturalista tem por objetivo produzir uma arte ______________________________.

5. Associe:

A) O Mulato B) O Cortiço

I. ( ) Crítica à exploração econômica.II. ( ) Crítica ao preconceito racial e ao clero.

1. Sobre O Ateneu, é incorreto afirmar:a) Entre os aspectos fundamentais da obra, in cluem-se psicologismoe intelectualismo.b) Mesmo valorizando aspectos autobiográficos, o autor dá ànarrativa um tratamento próprio de ficção.c) Percebem-se algumas influências do Naturalis mo, no entanto nãose trata de um romance de tese.d) A memória possibilita a substituição do tempo objetivo pela no -ção da duração interior.

e) O uso das técnicas impressionista e expressionis ta, aliado àlinguagem romântica, vivifica as ima gens do sofrimento do passado.

2. (FUVEST-SP) – Assinalar a afirmação correta a respeito de OAteneu, romance de Raul Pompeia.a) Romance de formação que avalia a experiência colegial, por meiode Sérgio, alter ego do autor.b) Romance romântico que explora as relações pes soais de adoles -centes no colégio, acenando para o homossexualismo latente.c) Romance naturalista que retrata a tirania do diretor do colégio e omaternalismo de sua mulher para com os alunos.d) Romance realista que apresenta um padrão de excelência daescola brasileira do final do Império.e) Romance da escola do Brasil no final do Império, cuja falênciavem assinalada pelo incêndio do prédio, no final da narrativa.

Nos testes de 1 a 4, assinale, em cada série, a afir ma ção incorreta.

1. Enfocando as atitudes e os temas parnasianos,a) a poesia parnasiana é alienada, visto que ignora as questões quenão sejam essen cial men te esté ticas.b) há um acentuado desprezo pela plebe e pelas aspirações popu lares.c) o artesanato poético é sua principal preocu pação.d) os parnasianos diferem da atitude impassível e antissentimentaldos realistas.e) é uma poesia de elaboração, fruto do “esforço intelectual”.

2. Ainda quanto a essas atitudes e temas,a) existe uma preferência pelos temas universais, objetivos.b) ao fazer a fixação de cenas históricas, o poeta coloca-se ao ladodos anseios de sua época.c) a mitologia é revalorizada.d) filosoficamente, os parnasianos são pessimistas.e) a descrição de fenômenos naturais é frequente em seus versos.

3. Em relação à poesia parnasiana,a) a linguagem é redundante, repleta de repetições dispensáveis.b) emprega-se uma linguagem pura, sem incorre ções e sem vulgaris -mos.c) procura-se a sobriedade, a expressão comedida.d) o soneto e os versos alexandrinos constituem a preferência métri -ca do Parnasianismo.e) como no Naturalismo, a descrição é um recurso de largo uso.

4. Tendo como ponto de partida a obra de Olavo Bilac, a) em termos épicos, realizou um autêntico retorno ao Romantismo.b) esse retorno se caracteriza pela exaltação da Pátria e dos heróisnacionais.c) a concepção de amor desse poeta é invariavel mente sensual, comoa que se manifesta nos poemas de Castro Alves.d) formou com Raimundo Correia e Alberto de Oliveira a “TrindadeParnasiana”.e) foi implacavelmente atacado pelos modernistas, que o viam comoformal e acadêmico.

MÓDULO 8

NATURALISMO: ALUÍSIO AZEVEDO

MÓDULO 9

RAUL POMPEIA

MÓDULO 10

PARNASIANISMO

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1. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) a respeito das característicasou atitudes simbolistas.I. ( ) Retoma o misticismo medieval, o espí rito con fli tuoso

do Bar roco e o subjetivismo ro mân tico, renovando-os, por vezes radi ca li zan do-os; busca a expressão doincons ciente, da sugestão, da intuição, do trans - cendente, do indefinível, do im preciso, do nebuloso,do “eu-profundo”.

II. ( ) A teoria das correspondências, a musica li da de, aalqui mia do verbo, a alucinação senso rial, a instru -mentação verbal são al gu mas das propostas de seusteoriza dores: Baudelaire, Verlaine e Rimbaud.

III. ( ) É antimaterialista, antipositivista e pro põe o primadodo espiritual, do suprarracio nal, da metafísica.

IV. ( ) Retoma a metáfora como célula germinal da poesia,apoian do-se em uma ima gé tica rica, origi nal e, porvezes, insólita.

V. ( ) Vale-se de sinestesias, aliterações, as sonân cias emaiús culas alegorizantes, reali zan do uma poesia quetende ao herme tismo.

VI. ( ) A preocupação com a musicalidade con di ciona aseleção de vocábulos raros, de ter mos litúrgicos, dearcaísmos e neolo gismos.

VII. ( ) Introspecção, religião do “eu”, o homem vol tado parasi mesmo, levado à dúvida, à an gústia e à ânsia deascensão, de fuga desse mundo terreno, intentandouma comu nhão com o Alto, com os As tros, com oEspírito.

VIII. ( ) A Arte não é comunicação ou infor ma ção, mas a fontede fortes experiências emo cio nais e a revelação domistério do mundo.

IX. ( ) Tem, às vezes, pontos de contato com o Par nasia nis -mo (afastamento das ques tões mun danas, preocu pa -ções com a for ma exte rior, com a perfeição expres sio -nal) e, outras ve zes, antecipa a moder ni da de (rup turacom a li nea ridade, desar ti cu la ção sin tática e se mân -tica, linguagem da inte rioridade, sondagem infini -tesimal da me mória).

X. ( ) Seu reconhecimento foi tardio, por se tratar de umapoesia “difícil”, em dis so nân cia com o gosto afeito àpoesia decla ma tó ria e des critiva.

XI. ( ) Teve desdobramentos que extrapolaram seus limitescronológicos: a fase inicial da obra de vários moder -nis tas da fase he roi ca e a rea ção espiritualista do se -gundo tem po moder nis ta (Cecília Meireles, Au gustoFrederico Schmidt, Vinicius de Moraes).

2. Cruz e Sousa, com duas obras publicadas em 1893, é consideradoo iniciador do Simbolismo no Brasil. Qual o título dessas obras e quediferenças apre sen tam entre si?

3. No vocabulário e nas imagens que Cruz e Sousa emprega há umelemento muito recorrente, obses si vo até. Que elemento é esse?Transcreva exemplos extraídos de poemas desse autor.

Texto para a questão 4.

SUPREMO DESEJO

1 Eternas, imortais origens vivas2 Da Luz, do Aroma, segredantes vozes3 Do mar e luares de contemplativas,4 Vagas visões volúpicas, velozes...

5 Aladas alegrias sugestivas6 De asa radiante e branca de albornozes,7 Tribos gloriosas, fúlgidas, altivas,8 De condores e de águias e albatrozes...

9 Espiritualizai nos Astros louros,10 Do sol entre os clarões imorredouros11 Toda esta dor que na minh’alma clama...

12 Quero vê-la subir, ficar cantando13 Na chama das Estrelas, dardejando14 Nas luminosas sensações da chama. (Cruz e Sousa)

4. O soneto de Cruz e Sousa constrói-se todo através de sensações.Qual a sensação predominante? Relacione as palavras do texto que seinscrevem na área semântica dessa sensação.

5. Qual o tema dominante na poesia de Alphonsus de Guimaraens eque relação tem esse tema com fatos de sua vida?

6. Qual é a figura da liturgia católica que Alphonsus de Guimaraensexalta com frequência?

Texto para os testes 7 e 8.

ERAS A SOMBRA DO POENTE

Eras a sombra do poenteEm calmarias bem calmas;E no ermo agreste, silente,Palmeira cheia de palmas.

Eras a canção de outrora,Por entre nuvens de prece;Palidez que ao longe coraE beijo que aos lábios desce.

Eras a harmonia esparsaEm violas e violoncelos:E como um voo de garçaEm solitários castelos.

Eras tudo, tudo quantoDe suave esperança existe;Manto dos pobres e mantoCom que as chagas me cobriste.

Eras o Cordeiro, a Pomba,A crença que o amor renova...És agora a cruz que tombaÀ beira da tua cova.

(Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte, 1923, In Alphonsus de Guimaraens. Poesias – I.

Rio de Janeiro, Org. Simões, 1955, p. 284.)

MÓDULO 11

SIMBOLISMO

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7. (VUNESP-SP – adaptado) – O texto em pauta, de Alphonsus deGuimaraens (1870-1921), apresenta nítidas características doSimbolismo literário brasileiro. As alter na tivas seguintes apontamalguns desses elementos simbolistas, menos uma. Assinale-a.a) Espiritualismo.b) Maiúscula alegorizante.c) Musicalidade.d) Mitologia clássica.e) Imagens sinestésicas.

8. (VUNESP-SP – adaptado) – O poema é rico no emprego de figu -ras de linguagem, como se comprova em todas as alternativas a se -guir, exceto em:a) aliteração (fonema /s/, por exemplo).b) antítese (“palidez” x “cora”).c) prosopopeia (“nuvens de prece”).d) anáfora (repetição de eras no início de cada estrofe).e) metáfora (“Cordeiro”, “Pomba”).

1. Aponte algumas características que indiquem o as pec to conser -vador do Pré-Modernismo e algu mas que antecipam o Modernismo,levando em con ta a produção em prosa pré-modernista.

Sobre Os Sertões, de Euclides da Cunha, responda:

2. Quando a obra foi publicada em livro?

3. De que partes é constituída essa obra?

4. Por que se pode dizer que Os Sertões apresentam influência deter -minista?

5. Quais foram os livros que deram consagração e popularidade aMonteiro Lobato?

6. O que Monteiro Lobato denuncia nessas obras?

7. Assinale A quando se tratar de Monteiro Lobato e B quando setratar de Augusto dos Anjos.

I. ( ) Em Cidades Mortas, retrata a decadente região do Vale doParaíba, exaurida pela monocultura do café. Consagra-se então comocaracterizador de tipos e ambientes, num processo narrativo que beiramuitas vezes o anedótico, num talentoso jeito de contador de“estórias”.

II. ( ) A originalidade de sua obra está justamente em sua visãode mundo, que, ajustada em palavras, proporcionará uma novaexpressão na poesia brasileira. A imagem em sua poesia é inten cio nal -mente deformada, desconcer tante, transfi gu ra dora da realidade.

III. ( ) Publicou em vida um único livro, Eu, em 1912, ree ditadoem 1919 com o título Eu e Outras Poesias.

IV. ( ) É autor de Urupês, Ideias de Jeca Tatu e Negrinha.

1. Cite algumas características da poesia modernista.

2. Quando surge o Modernismo em Portugal?

3. Que são os chamados heterônimos de Fernando Pessoa?

4. Mensagem, de Fernando Pessoa, apresenta relação de intertex -tualidade com outra obra da Literatura Portuguesa. Que obra é essa?

5. Quais são as características básicas do heterônimo Alberto Caeiro?

Texto para a questão 6.

O luar através dos altos ramos,Dizem os poetas todos que ele é maisQue o luar através dos altos ramos.

Mas para mim, que não sei o que penso,O que o luar através dos altos ramosÉ, além de serO luar através dos altos ramos,É não ser maisQue o luar através dos altos ramos.

(Fernando Pessoa, Obra Poética)

As bolas de sabão que esta criançaSe entretém a largar de uma palhinha canudo

São translucidamente uma filosofia toda.

Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,Amigas dos olhos como as coisas,São aquilo que sãoCom uma precisão redondinha e aérea,E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,Pretende que elas são mais do que parecem ser.

(…)(Fernando Pessoa, Obra Poética)

6. (UFSCar-SP) – O que há de comum nesses dois poemas emtermos de estilo? Justifique a sua resposta.

7. Quais são as características básicas do heterônimo Ricardo Reis?

8. Assinale A para Alberto Caeiro e B para Ricardo Reis.

I. ( ) Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.

(Enlacemos as mãos.)

MÓDULO 12

PRÉ-MODERNISMO

MÓDULO 13

MODERNISMO EM PORTUGAL: FERNANDO PESSOA

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II. ( ) Pensar em Deus é desobedecer a Deus,Porque Deus quis que o não conhecêssemos,Por isso se nos não mostrou...

III. ( ) E há poetas que são artistas E trabalham nos seus versosComo um carpinteiro nas tábuas!...

IV. ( ) Para ser grande, sê inteiro: nadaTeu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto ésNo mínimo que fazes.

Assim em cada lago a Lua todaBrilha, porque alta vive.

9. Aponte sucintamente os aspectos dominantes da poesia do heterô -nimo Álvaro de Campos.

A Semana de Arte Moderna de 22 agregou artistas que mais tardeseguiriam caminhos divergentes, formando grupos ou correntes.

1. Indique as correntes modernistas mais importantes e seus prin -cipais representantes.

2. Aponte as principais revistas que veiculavam as i de ias do movi -mento e, mais tarde, dos grupos que se formaram.

3. Pretendendo “reintegrar o homem na livre expansão dos seus ins -tintos vitais”, essa corrente propunha não uma aceitação passiva dolegado europeu pela cultura brasileira, mas a devoração crítica desselegado e sua transformação em algo novo, com iden tidade própria ealcance universal. Essa é a pro posta do grupo _________________________________________ .

MÓDULO 14

A SEMANA DE ARTE MODERNA

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1) O verso apresentado na alternativa a contém sete sílabas mé -tricas, correspondendo, pois, à medida velha, e não à me didanova.Resposta: A

2) Trata-se de um soneto, forma fixa composta de quatro estro -fes: dois quartetos e dois tercetos.

3) A rima é oposta ou interpolada nos quartetos (ABBA-ABBA)e cruzada ou alternada nos tercetos (CDC-DCD).

4) O poema foi composto em versos decassílabos:Se / tan / ta / pe / na / te / nho / me / re / ci(da).

5) É exemplo de medida nova.6) O fragmento da terceira estrofe da Proposição de Os Lusíadas

exalta o “valor mais alto”, o povo português, enfatizando queas navegações lusitanas foram maiores e mais importantesque as dos heróis da Antiguidade, Ulisses (“o sábio grego”) eEneias (“Troiano”).Resposta: B

7) Em I, não procedem as informações de que o núcleo narrativode Os Lusíadas sejam as origens históricas de Portugal, rela -ta das pela voz do próprio poeta. O episódio nuclear da epo -peia camoniana é a viagem de Vasco da Gama que resultou nodescobrimento do caminho marítimo para as “Índias”. Aindaque o poema também relate as origens de Portugal, o narra -dor desse relato não é o eu poemático. O passado de Portugaltem como narrador principal Vasco da Gama, secundado poroutros narradores a quem o poeta concede a palavra. As afir -ma ções II e III consignam adequadamente a presença deepisódios líricos na epopeia lusitana e o formalismo clássico,que em Portugal assumiu a denominação de medida nova.Resposta: B

8) A natureza paródica do texto de Adélia Prado retoma, peloavesso, o caráter épico da Proposição de Os Lusíadas e suaenfática exaltação da superioridade portuguesa, colocando-aem chave irônica, para relativizar o “desejo de que o poemasirva a todas as fomes”, atribuindo à linguagem funçõespragmáticas: “pedir em prego”, “agradecer favores”, “escre -ver meu nome completo” etc.Resposta: A

9) O texto encerra o episódio da Ilha dos Amo res, quando opoeta tece conside ra ções sobre as glórias terrenas, a cobiça, aam bição e o poder (a tirania).Resposta: C

10) O sentido de “ponde (...) um freio duro (...)” é completadopelos termos “cobiça”, “ambição” e “vício da tirania”: “Eponde na cobiça um freio duro, / E na ambição também... / ...eno torpe e escuro / Vício da tirania...”.Resposta: D

11) Nos versos, afirma-se “Ó ponde na cobiça um freio duro, / Ena ambição também... / (...) / Porque essas honras vãs... /Verdadeiro valor não dão à gente”.Resposta: A

1) Teus sóis me acendem logo chama a chama, teus sóis mecegam logo raio a raio, quando Amor, querendo ter ardenteensaio (ou ensaio ardente), inflama seu poder em teus olhos.

2) “Sóis”, “acendem”, “chama” e “raio” são metáforas relacio -nadas a calor e luz.

3) Não, pois a segunda estrofe fala da tristeza e falta de ânimo doeu lírico, ao passo que a primeira fala de seu arrebatamento eexcitação. A conjunção mas, no verso 5, já indica que haveráuma relação de oposição entre as estrofes.

MÓDULO 1

MÓDULO 2

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4) A5) Vieira escreveu na língua culta e literária e fez de sua prosa a

representante do con ceptismo na Literatura Portuguesa. Fer -nando Pessoa o chamou o “imperador da Língua Portu -guesa”, o que mostra que em sua palavra e em seu estilo vibrao es pí rito de Portugal. Vieira também per tence à LiteraturaBrasileira, pois vários de seus sermões e cartas traduzem ointeresse pe la realidade do Brasil colonial. É o que se nota, porexem plo, na defesa de índios e de negros escra vizados, comose lê no Ser mão pelo Bom Sucesso das Armas de Por tugalcontra as de Holanda, Sermão de Santo Antônio aos Peixes etc.

6) À mariposa, como se verifica no segundo verso.7) Segundo o eu lírico, a mariposa, ainda que acabe morrendo,

con se gue chegar ao objeto amado (a chama de um candeeiro),ao passo que ele “morre” sem chegar à luz que ama (a mulheramada).

8) B

1) C 2) D 3) C4) À Marília, sua musa. 5) D 6) D

1) 1836; Suspiros Poéticos e Saudades.

2) índio; indianistas; Gonçalves Dias.

3) Lord Byron; byronismo.4) I. V II. V III. F IV. V V. F VI. V5) C 6) A7) a) A obra de Castro Alves é marcada pela preo cu pação com

os acontecimentos de seu tempo, como a campanha aboli -cio nista e o movimento repu blicano. Gon çalves Dias, dife -ren temente, volta-se para uma realidade passada, bus can -do a imagem do herói medieval na figura do índio, idea -lizado em seus poemas. Álva res de Azevedo e Casimiro deAbreu, por outro lado, voltam-se para seus univer sospessoais, íntimos, e projetam em sua poesia o desejo deescapar das limi tações do pre sente. Outro ponto de dife -rença está no lirismo amoroso de Castro Alves, que écarac terizado por uma sen suali dade realista, ao con tráriodas idea lizações amo rosas que se encontram nas obras dosdemais poe tas mencio nados.

b) Castro Alves, em sua retórica inflamada, utiliza frequen -temente a figura chamada apóstrofe, que consiste na inter -pelação súbita de uma figu ra ausente. No trecho trans -crito, há apóstrofe nos vocativos “Senhor Deus dos des gra -çados!”, “Ó mar!”, “Astros! noite! tempes tades!”, “tufão!”.Outro recurso frequente em Castro Alves, pre sen te no tre -cho em questão, é a anáfora, que corresponde à retomadada(s) mesma(s) pala vra(s) no início de várias sequên ciascontíguas: “Se é loucura... se é ver dade”. Imagens gran -dio sas, como as pre sentes nos três últimos ver sos, tambémsão comuns na poesia social deste poeta. Há ainda ou trosrecursos estilísticos pre sentes no trecho, como, por exem -plo, a métrica, as rimas, as metáforas etc.

1) A publicação do romance em partes favorece a cria ção de umenredo que se apoia na com plica ção sentimental, na aventura,no mistério e no sus pense, de forma a atiçar a curiosidade doleitor para o que virá no dia seguinte. Nos pri meiros fo lhetinsbrasileiros predo mi na a nar rativa centra da na tensão bemversus mal, com personagens linea res (herói versus vilão) einten ção mora li zan te.

2) José de Alencar também escreveu romances em forma defolhetim.Resposta: E

3) O enunciado resume o enredo do romance Senhora, de José deAlencar, obra que se inclui na sua ficção urbana como um“perfil de mulher”. As referências ao regi me dotal de casa -mento e às personagens Au rélia, Lemos e Fernando fazeminequí voca a identificação.Resposta: D

4) C 5) C6) Alfredo Bosi entende que o fato (a submis são do protagonista

a um determinante so cioeconômico), que aproximaria Senho -ra da óptica realista-naturalista, não passa de recurso,expediente ficcional, artifício narrativo da obra, cujo caráterromântico é eviden ciado, entre outras razões:– pelo triunfo do amor sobre o dinheiro, do altruísmo sobre

o egoísmo, do indivíduo sobre os determinantes sociais;– pelo ilogismo do comportamento de Au ré lia, entre gue a

sentimentos anta gôni cos;– pela adjetivação intensiva, pela lingua gem pictórica, colo -

rida;– pela articulação folhetinesca, assentada na peripécia e

omissão de dado essen cial. 7) As Memórias de um Sargento de Milícias revelam uma malan -

dra gem ainda meio idílica, distante da via-crúcis dosexcluídos sociais que o subsequente Realismo irá retratar demaneira contundente.Resposta: B

8) D

1) E2) Abordagem de uma questão moral (o adul tério), vista como

consequência da forma ção da per sonagem e dos valores dasocie dade em que vive.

3) O romance O Primo Basílio tem como objetivo criticar a bur -gue sia de Lisboa, analisando o cotidiano morno e fútil dostipos que a compõem. As descrições minuciosas são bastantesignifi cativas no conjunto da obra, pois funcionam comoexplicitação da submissão do homem ao meio.Resposta: D

4) A personagem Conselheiro Acácio tem como traço principal ocaráter sentencioso e afetado de suas intervenções, na maioriadas vezes revestidas de artificialismo e pseudointelec tuali -dade.Resposta: A

5) A Ilustre Casa de Ramires.

MÓDULO 5

MÓDULO 3

MÓDULO 4

MÓDULO 6

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6) A Cidade e as Serras; pertence à terceira fase.7) A trama de A Cidade e as Serras segue a forma dialética tese

versus antítese = síntese. No primeiro momento, que corres -pon de à exposição da tese, o protagonista Jacinto vive emParis e defende os benefícios e vantagens da civilização urba -na; no segundo momento, que corresponde à antítese, o prota -gonista vai para o campo e passa a contestar o artificialismoda vida na cidade; no terceiro e último momento, o da síntese,cidade e campo se conciliam, já que a personagem usa oconhecimento técnico da civilização para melhorar ascondições da vida rural.

1) D 2) B 3) B4) Um dos recursos mais característicos do estilo ma cha diano,

marca de sua reconhecida atualidade, é a posição metalin -guística que assume diante da produção de seu texto e de suanarrativa, como quem escreve e, ao mesmo tempo, vê-se escre -vendo.Através de digressões, Machado dialoga constante mente como leitor, com o seu próprio texto e com textos de grandesautores de todos os tempos. Essas digressões vei culam asmensagens artís ticas e filosóficas do autor e/ou de seusnarradores. Des nudam para o leitor os procedimentos nar -rativos e estilís ticos que estruturam suas narrativas.Resposta: B

5) I: E II: D III: C IV: B V: A6) Os textos I, II e III têm em comum o fato de serem meta -

linguísticos. Observa-se, nos três, que o narrador está comen -tando a própria narrativa, fazendo com que o leitor tomeconhecimento da “montagem” do romance.

1) João Romão é o estereótipo do capitalista selvagem, queenriqueceu, a qualquer custo, explorando a massaanimalizada do cortiço e seres mais próximos, comoBertoleza, sua amante, iludida por ele, que vende a ela umafalsa carta de alforria e, posteriormente, a entrega comoescrava fugida.Resposta: D

2) E 3) determinismo cientificista4) documental 5) I: B; II: A.

1) E2) Sérgio, personagem-narrador, é geral men te tomado como

representante do au tor, que, no livro, se “vingaria” do internatoem que estudou, assim como da sociedade que criticava.Resposta: A

1) D 2) B 3) A 4) C

1) Todas as afirmações são verdadeiras.2) Os títulos das obras são Missal e Broquéis. Missal reúne poe -

mas em prosa e Broquéis reúne poemas em verso.3) A presença direta ou indireta da cor bran ca. “Brancuras

imortais da Lua Nova...”; “Ó for mas alvas, brancas, cla ras...”.4) O poeta, através de sensações diáfanas e sugestivas, meta fo ri -

za a sua dor (verso 11), transcendendo-a e transformando-aem luz, claridade, brilho. Assim, relacionam-se à área se mân -tica da palavra “brilho”: “luz”; “luares”; “radiante”; “bran -ca”; “fúlgidas”; “astros louros”; “sol”; “clarões”; “chama dasestrelas”; “dardejando”; “luminosas sensações de chama”.Observe que, através do jogo de sinestesias, o poetametaforiza sua dor em brilho, luz (entendimento, aceitação),que ascende ao sol, à chama das estrelas.Há também a presença das sensações olfativa (“aroma“) esonora (“vozes“).

5) Praticamente toda a poesia de Alphonsus de Gui maraens temcomo tema o amor li ga do à morte, à morte da amada. Isso sere la ciona à morte preco ce da prima Cons tan ça, a quem opoeta amava.

6) Alphonsus de Guimaraens exalta a Virgem, que identificacom a amada, morta precocemente.

7) Não há nenhum elemento ligado à mito logia clássica; aliás, amitologia clássica é frequente na poesia parnasiana, e não nasimbolista. Resposta: D

8) Na expressão “nuvens de prece” não há prosopopeia (per -sonificação), mas sim uma metáfora sinestésica. Resposta: C

1) No Pré-Modernismo vigora ainda a men ta li dade po sitivista edeterminista do Realismo-Naturalismo. O uso das formas e dovocabulário revela os mesmos há bi tos dos autores do fim doséculo XIX. Mas o Pré -Modernismo, fazendo jus à sua deno -mi nação, antecipa o Modernismo, por problematizar arealidade brasileira, por criticar institu i ções envelhecidas epelo espírito inconfor mis ta.

2) Os Sertões foram publicados em 1902.3) Os Sertões constituem-se de três par tes: “A Terra”, “O

Homem”, “A Luta”.4) Os Sertões apresentam influência deter mi nis ta, pois porque a

divisão “A Terra”, “O Homem”, “A Luta” se apoia noconceito de que o homem é produto do meio, da raça e domomento.

5) Urupês e Cidades Mortas.

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6) Em Urupês e Cidades Mortas, Monteiro Lo ba to denuncia omarasmo, a indolência do ho mem do interior paulista.

7) I: A II: B III: B IV: A

1) A poesia modernista, entre outras carac te rís ti cas, apre sentaliberdade for mal, ma ni fes tada no em prego do verso livre e noa ban dono de formas tra dicio nais; am pli a ção temática, com ainclusão de temas do cotidiano e da civilização moderna (amá quina, a velocidade etc.). Apresenta ain da cos mopolitismodo processo lite rá rio, des sa crali za ção da obra de arte, humor,an tia ca demicismo, lin gua gem colo quial, in te res se peloimediato, pelo homem comum.

2) O Modernismo em Portugal surge em 1915, com a publicaçãoda revista Orpheu.

3) É característica da obra poética de Fer nan do Pessoa afragmen tação do sujeito lí ri co em várias perso nalidadespoéticas, os chamados heterô ni mos. Os heterônimos de Pessoafun cio nam como “másca ras” de posturas poéticas dis tintas,que chegam a contradizer-se, mas dia logam entre si.

4) Os Lusíadas, de Luís de Camões.5) Alberto Caeiro é o menos culto dos hete rô ni mos, é o mais sim -

ples. Alheio à sofis tica ção cultural dos outros heterô ni mos, émes tre de paganismo, de uma visão não espiritualizada davida. Os ver sos de Caeiro são livres, parecendo prosa. O voca -bu lário é sim ples. Não há esforços de e vi tar repeti ções depalavras ou frases intei ras.

6) Em Caeiro, a simplicidade da “forma” é também “conteúdo”,intenção, programa. Por isso realiza uma poesia intencional -mente pro saica, com o livre andamento da prosa, enfática,redundante, com os recursos retóricos de quem visa a con ven -cer e não a encantar ou a comover, embora muitas vezesencan te e comova exatamente pela simplicidade. O voca bu -lário afasta qualquer pre ciosismo, qualquer citação erudita. Éa linguagem de um camponês simples, direto e inculto.

7) Ricardo Reis é cultor dos clássicos gregos e latinos. Sua poesiaé muito culta e o paganismo que apre senta deriva da lição dosescritores da Anti gui dade, sobretudo Horácio, bem como os

temas da brevidade da vida e da necessidade de aproveitar omo mento presente. Estilisticamente, a poesia de Ricardo Reisé caracte rizada por sintaxe latini zante, com grandes inversõesna ordem das pala vras, re gên ci as desu sadas, vocabulárioinco mum. Apre senta es que ma métrico fixo, al ter nância dever sos longos e breves, sem ri mas.

8) I: B II: A III: A IV: B9) A poesia de Álvaro de Campos apresenta referên cias

frequentes à civilização e ao progresso: é notável a presençade ele men tos da paisagem urba na, como fá bri cas, lâmpadaselétricas, máquinas de es cre ver. Na poesia desse heterô ni mo,que é en genheiro, é mais perceptível o caráter de moder -nidade, que tem ligações com Ce sá rio Verde, o ame ricanoWalt Whitman e o Futurismo. Esses aspec tos manisfes tam-sena predominância (mas não exclu si vi da de) de versos de tomcolo quial, livres, de gran de força rítmica em seus mo mentosmais intensos.

1) Após a Semana de 22, formou-se a corrente nacio na lista, reu -nida nos grupos “Verde-Ama relo” (1924), “Anta” (1929), emtorno de Menotti del Picchia, Plínio Salgado e Cassiano Ri -cardo. Esses intelectuais eram de Direita, próximos do Inte -gra lismo. For mou-se a corrente primitivista, reunida nosgrupos “Pau-Brasil” (1924) e “Antro po fa gia” (1929), sob aliderança de Oswald de Andrade.

2) Veiculavam as ideias modernistas: a re vis ta Klaxon, quedurou de maio de 1922 a feve rei ro de 1923 e reunia osmodernistas da pri mei ra fase do movimento, cha mada “faseheroica”; a revista Estética, que teve três números em 1924 ededi cava-se espe ci al men te à crí tica e análise literária; a Revis -ta de Antropofagia, que durou de maio de 1928 a janeiro de1929, em edição men sal, e de março a agosto de 1929, emedição se ma nal. Em seu pri meiro número, a Revista deAntropofagia di vul gou o “Mani fes to Antropó fago”, de Oswaldde Andrade, em que se dão a conhe cer as i de i as da corrente.

3) Antropofagia.

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MÓDULO 1 – ANÁLISE DE TEXTO

Texto para os testes de 1 a 3.

Um mover de olhos, brando e piedoso,Sem ver de quê; um riso brando e honesto,Quase forçado; um doce e humilde gesto,De qualquer alegria duvidoso;

Um despejo quieto e vergonhoso; desembaraço, desenvoltura

Um repouso gravíssimo e modesto;Uma pura bondade, manifestoIndício da alma, limpo e gracioso;

Um encolhido ousar; uma brandura;Um medo sem ter culpa; um ar sereno;Um longo e obediente sofrimento:

Esta foi a celeste fermosura formosura

Da minha Circe,1 e o mágico venenoQue pôde transformar meu pensamento.

(Camões)

1 – Circe: feiticeira que aparece na Odisseia, de Homero.

1. “Quando das belezas inferiores nos elevamos, através de umabem entendida pedagogia amorosa, até a beleza suprema e perfeitaque começamos então a vislumbrar, chegamos quase no fim, pois naestrada reta do amor, quer o sigamos sozinhos, quer nela sejamosguiados por outrem, cumpre sempre subir usando desses belos objetosvisíveis como dos degraus de uma escada.” (Platão, O Banquete)

Considerando o texto de Platão acima transcrito, indique o verso quesugere a ascensão do eu lírico, no soneto de Camões, rumo à “belezasuprema e perfeita”.a) “Sem ver de quê; um riso brando e honesto”b) “Quase forçado; um doce e humilde gesto”c) “Que pôde transformar meu pensamento”d) “Um despejo quieto e vergonhoso” e) “Um longo e obediente sofrimento”

2. A descrição da figura feminina contida na terceira estrofe apoia-se em característicasa) intelectuais. b) religiosas. c) físicas.d) morais. e) sociais.

3. Assinale a alternativa em que se expressa influência do neopla -tonismo.a) “...um riso brando e honesto, / Quase forçado...”b) “Uma pura bondade, manifesto / Indício da alma...” c) “Um medo sem ter culpa; um ar sereno”d) “Um longo e obediente sofrimento” e) “Esta foi a celeste fermosura / Da minha Circe...”

4. Identifique, pelo fragmento transcrito, a parte estrutural de OsLusíadas, sendo:A – se for a Proposição do poema;B – se for a Invocação às Tágides;

C – se for a Dedicatória a D. Sebastião;D – se for o início da Narração do poema eE – se for o Epílogo.

I. ( ) Vós, tenro e novo ramo florescente,De uma árvore, de Cristo mais amadaQue nenhuma nascida no Ocidente,Cesárea ou Cristianíssima chamada,Vede-o no vosso escudo, que presenteVos amostra a vitória já passada.

II. ( ) E também as memórias gloriosasDaqueles reis que foram dilatandoA Fé, o Império, e as terras viciosasDe África e de Ásia andaram devastando,E aqueles que por obras valorosasSe vão da lei da Morte libertando:Cantando espalharei por toda parte,Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

III. ( ) Já no largo Oceano navegavam,As inquietas ondas apartando;Os ventos brandamente respiravam,Das naus as velas côncavas inchando.

IV. ( ) Dai-me uma fúria grande e sonorosa,E não de agreste avena ou frauta ruda,Mas de tuba canora e belicosa,Que o peito acende e a cor ao gesto muda.

V. ( ) Não mais, Musa, não mais, que a Lira tenhoDestemperada e a voz enrouquecida,E não do canto, mas de ver que venhoCantar a gente surda e endurecida.

MÓDULO 2 – ANÁLISE DE TEXTO

Texto para a questão 1.

Não vira em minha vida a formosura,Ouvia falar nela cada dia,E ouvida me incitava, e me moviaA querer ver tão bela arquitetura:

Ontem a vi por minha desventuraNa cara, no bom ar, na galhardiaDe uma mulher, que em anjo se mentia;De um sol, que se trajava em criatura:

Matem-se, disse eu, vendo abrasar-me,Se esta cousa não é, que encarecer-meSabia o mundo, e tanto exagerar-me!

Olhos meus, disse então por defender-me,Se a beleza heis de ver para matar-me,Antes olhos cegueis, do que eu perder-me.

1. O soneto transcrito pode servir de exemplo para qual vertentebarroca?

FRENTE 3

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Texto para as questões de 2 a 7.

Discreta, e formosíssima Maria,Enquanto estamos vendo, a qualquer hora,Em tuas faces a rosada Aurora,Em teus olhos e boca o Sol e o dia;

Enquanto, com gentil descortesia,O ar, que fresco Adônis1 te namora,Te espalha a rica trança voadora,Quando vem passear-te pela fria:

Goza, goza da flor da mocidade,Que o tempo trota a toda ligeirezaE imprime em toda flor sua pisada.

Oh, não aguardes, que a madura idadeTe converta essa flor, essa beleza,Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.

1 – Adônis: jovem da mitologia grega conhecido por sua extrema beleza.

2. O poema apresentado é, na verdade, uma tradução-adaptação dedois sonetos do grande poeta barroco espanhol Gôngora. Trata-se deum excelente exemplo do estilo metafórico do Barroco. Na primeiraestrofe, a beleza do rosto da mulher é descrita por meio de trêsmetáforas. Quais são elas e a que correspondem?

3. Na segunda estrofe, a quem é comparado o vento (“ar”)? Por quê?

4. Por que, ainda na segunda estrofe, a trança do cabelo da mulher édescrita como “rica” e “brilhadora”?

5. Qual é a metáfora associada ao tempo, na terceira estrofe? Qual oaspecto, ou quais os aspectos, do tempo ressaltado(s) por essa metá -fora?

6. Ainda na terceira estrofe, qual a metáfora que representa a belezae a juventude?

7. Qual a ideia básica do poema? Trata-se de um poema cultista ouconceptista? Por quê?

MÓDULO 3 – ANÁLISE DE TEXTO

As questões de números 1 a 3 baseiam-se no poema de Filinto Elísio:

Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados,Um garbo senhoril, nevada alvura,Metal de voz que enleva de doçura,Dentes de aljôfar, em rubi cravados.

Fios de ouro, que enredam meus cuidados,Alvo peito, que cega de candura,Mil prendas; e (o que é mais que formosura)Uma graça, que rouba mil agrados.

Mil extremos de preço mais subidoEncerra a linda Márcia, a quem of’reçoUm culto, que nem dela inda é sabido.

Tão pouco de mim julgo que a mereço,Que enojá-la não quero de atrevidoCoas penas que por ela em vão padeço.

1. (UNIFESP-SP) – Considere as informações:I. O poeta mantém certo distanciamento amoroso, pois a mulher évista como um ser superior e inalcançável.II. O jogo amoroso descrito no soneto distancia-se do conven cio -nalismo, sendo exposto o amor de forma intensa.III. A forma do poema — um soneto — e a sua metrificação permitemconsiderá-lo uma produção literária do período neoclássico.IV. Estão explícitos no soneto a sensualidade e o tema do carpe diem.

Está correto o que se afirma apenas ema) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV.

2. (UNIFESP-SP) – Pelas informações do poema, é correto afirmarque o poeta a) sofre calado, porque não quer que a amada padeça como ele. b) não se julga merecedor do amor da amada, que o vê como umatrevido.c) pretende revelar seus sentimentos à amada para deixar de padecer.d) acredita que a amada o considerará merecedor de seu amor.e) não se julga digno de receber o amor da amada e, por isso, sofre.

3. (UNIFESP-SP) – No verso “Metal de voz que enleva de doçura”,a preposição de ocorre duas vezes, formando expressões que indicam,respectivamente, relação dea) posse e de consequência.b) causa e de posse.c) qualificação e de causa.d) modo e de qualificação.e) posse e de modo.

MÓDULO 4 – ANÁLISE DE TEXTO

O poema seguinte é um “sirventês moral”: composição satírica cujotema é moral, isto é, relativo ao comportamento das pes soas. Naclassificação convencional, é uma cantiga de escárnio. O texto é umaversão em português moderno realizada por Natália Correia:

Texto 1

Porque neste mundo minguou a verdade, diminuiu

tratei eu um dia de a procurar.Disseram-me todos: “Buscai noutra parte,pois de tal maneira daqui desertouque não mais notícias sequer enviou,tanto se arredou da nossa irmandade.” comunidade

Fui aos mosteiros dos frades regrantes, que seguem regras

perguntei por ela e eis o que ouvi: [severas

“Em vão buscareis a verdade aqui;volveram-se os anos e ignorantes passaram-se

somos da verdade que aqui já não mora,tampouco sabemos onde está agora;outras coisas temos por mais importantes.”

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Também em Cister, onde se dizia célebre convento

que sempre a verdade ali habitara,disseram que há muito ela se afastara;já nenhum dos frades a conheceriae nem lhe daria abade hospedagem,se acaso a soubera ali de passagem;tão longe ela estava daquela abadia.

Estando em Santiago* na minha pousadaum dia albergado, romeiros chegaram. instalado

Por ela indaguei e me contestaram: responderam

“Ai de vós, tomastes enganosa estrada.Se a verdade, um dia, quiserdes achar,por outro caminho tereis de a buscar.Aqui, da verdade não sabereis nada.”

(Airas Nunes, séc. XIII)

(*) Santiago de Compostela, na Galícia, foi um dos mais importantes centros

de peregrinação religiosa na Idade Média. Para lá acorriam romeiros

(peregrinos) vindos de toda a Península Ibérica. Esse local, em nossos dias, é

visitado por fiéis de todo o mundo.

1. Este poema representa um caso raro de sátira medieval por tu -guesa que se eleva além da maledicência e dos ataques pes soais, poisversa sobre um tema geral. Qual é esse tema geral?

2. Por que podemos afirmar que o poema critica os religiosos daépoca?

Texto 2

DIFICULDADES PARA A BUSCA DA VERDADE

Em nossa sociedade, é muito difícil despertar nas pessoas o desejode buscar a verdade. (…) A enorme quantidade de veí culos e formasde informação acaba tornando difícil a busca da verdade, pois todomundo acredita que está recebendo, de mo dos variados e diferentes,informações científicas, filosó ficas, políticas, artísticas e que taisinformações são verda deiras. (…)

Bastaria, no entanto, que uma mesma pessoa, durante umasemana, lesse (...) jornais diferentes, ouvisse (...) noticiários de rádiodiferentes; (...) visse noticiários de (...) canais diferentes de televisão,para que, comparando (...) as informações recebidas, descobrisse queelas “não batem” umas com as outras (...).

Uma outra dificuldade para fazer surgir o desejo da busca daverdade, em nossa sociedade, vem da propa ganda.

A propaganda trata todas as pessoas — crianças, jovens, adultos,idosos — como crianças extremamente ingênuas e crédulas. O mundoé sempre um mundo de “faz de conta”: nele a margarina fresca faz afamília bonita, alegre, unida e feliz; o automóvel faz o homemconfiante, inteligente, belo, sedutor, bem-sucedido nos negócios,cheio de namoradas lindas; o desodorante faz a moça bonita,atraente, bem empregada, bem vestida, com um belo apartamento elindos namorados. (...)

(...)Uma outra dificuldade para o desejo da busca da verdade vem da

atitude dos políticos nos quais as pessoas confiam, dando-lhes o votoe vendo-se, depois, ludibriadas, não só por que não são cumpridas as

promessas, mas também porque há corrupção, mau uso do dinheiropúblico, cresci mento das desigualdades e das injustiças, da miséria eda violência.

Em vista disso, a tendência das pessoas é julgar que é im possívela verdade (...), ou cair na descrença e no ceticismo.

No entanto, essas dificuldades podem ter o efeito oposto, isto é,suscitar em muitas pessoas dúvidas, incer tezas, desconfianças edesilusões que as façam desejar conhecer a realidade, a sociedade, aciência, as artes, a política.

(...) Podemos, dessa maneira, distinguir dois tipos de busca da

verdade. O primeiro é o que nasce da decepção, e, por si mesmo,exige que saiamos de tal situação readquirindo certezas. O segundoé o que nasce da deliberação ou decisão de não aceitar as certezas ecrenças estabelecidas, de ir além delas e de encontrar explicações,interpretações e significados para a realidade que nos cerca. Essesegundo tipo é a busca da verdade na atitude filosófica.

(Marilena Chauí, texto adaptado)

3. Segundo o texto, como poderíamos perceber que infor ma çõessobre um mesmo assunto podem ter interpretações diferentes?

4. Por que, conforme o texto, a propaganda dificulta a nossa “buscada verdade”?

5. No texto, o que se considera como “atitude filosófica”?

6. Conheça as acepções da palavra verdade, conforme o DicionárioHouaiss:

– substantivo feminino 1 propriedade de estar conforme com os fatos ou a reali dade;

exatidão, autenticidade, veracidadeEx.: <a v. de uma afirmação, de uma interpretação> <v. histórica>

1.1 a fidelidade de uma representação em relação ao modelo ouoriginal; exatidão, rigor, precisãoEx.: a v. de um quadro, de uma foto

2 Derivação: por extensão de sentido.coisa, fato ou evento real, verdadeiro, certoEx.: o que eu contei corresponde à v.

3 Derivação: por extensão de sentido.qualquer ideia, proposição, princípio ou julgamento que se aceitacomo autêntico, digno de fé; axioma, máximaEx.: as v. de uma religião, de uma filosofia

4 Derivação: por extensão de sentido.procedimento sincero, retidão ou pureza de intenções; boa-féEx.: agir com v.

5 Derivação: sentido figurado.o que caracteriza algo ou alguém; caráter, feitioEx.: demonstrar a sua própria v.

No último parágrafo do texto 2, a palavra verdade é empregada emduas diferentes acepções, explicadas pela autora. Indique quais sãoessas acepções segundo o Dicionário Houaiss.a) Acepções 1 e 1.1.b) Acepções 4 e 5.c) Acepções 1 (inclusive 1.1) e 2.d) Acepções 3 e 1 (inclusive 1.1).e) Acepções 2 e 4.

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MÓDULO 5 – ANÁLISE DE TEXTO

Texto para as questões 1 e 2.

O Pajé vibrou o maracá e saiu da cabana, porém o estrangeironão ficou só.

Iracema voltara com as mulheres chamadas para servir o hóspe -de de Araquém e os guerreiros vindos para obedecer-lhe.

— Guerreiro branco, disse a virgem, o prazer embale tua rededurante a noite; e o sol traga luz a teus olhos, alegria à tua alma.

E assim dizendo, Iracema tinha o lábio trêmulo e úmida a pálpe -bra.

— Tu me deixas? perguntou Martim.— As mais belas mulheres da grande taba contigo ficam.— Para elas a filha de Araquém não devia ter conduzido o hóspe -

de à cabana do Pajé.— Estrangeiro, Iracema não pode ser tua serva. É ela que guarda

o segredo da jurema e o mistério do sonho. Sua mão fabrica para oPajé a bebida de Tupã.

O guerreiro cristão atravessou a cabana e sumiu-se na treva.(José de Alencar, Iracema)

1. — Estrangeiro, Iracema não pode ser tua serva. É ela que guardao segredo da jurema e o mistério do sonho. Sua mão fabrica para oPajé a bebida de Tupã.

a) No trecho acima, quem se dirige ao “estrangeiro”?b) Reescreva essa passagem, valendo-se das marcas linguísticascorrespondentes à primeira pessoa do discurso.

2. A antonomásia é uma figura de linguagem que “consiste em subs -ti tuir um nome de objeto, entidade, pessoa etc. por outra deno mi -nação, que pode ser um nome comum (ou uma perífrase), um gen -tílico, um adjetivo etc., que seja sugestivo, explicativo, laudatório,eufêmico, irônico ou pejorativo e que caracterize uma qualidadeuniversal ou conhecida do possuidor” (Dicionário Houaiss). Dê doisexemplos de antonomásia presentes no trecho de Alencar.

Texto para o teste 3.

Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaianas frondes da carnaúba;

Verdes mares que brilhais como líquida esmeralda aos raios dosol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coquei -ros;

Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa paraque o barco aventureiro manso resvale à flor das águas.

(José de Alencar, Iracema)

3. (PUC-SP) – No texto apresentado, o uso repetitivo da expressãoverdes mares e os verbos serenai e alisai, indicadores de ação doagente natural, imprimem ao trecho um tom poético apoiado em duasfiguras de linguagem:a) anáfora e prosopopeia. b) pleonasmo e metáfora.c) antítese e inversão. d) apóstrofe e metonímia.e) metáfora e hipérbole.

4. Tomando como base um estudo do crítico E. M. Forster, AntonioCandido, ao se referir às Memórias, fala de personagens planas (flatcharacters), que são os tipos, dotados sempre das mesmas caracte rís -

ticas de compor tamento e que, portanto, não se alteram psicologi -camen te (isto é, em seu comportamento) no decorrer da história. Exis -tem, por outro lado, as personagens “esféricas” (round characters, naexpressão do mesmo crítico). Estas últimas mudam de compor ta mentono curso dos acontecimentos e, portanto, não são inteiramenteprevisíveis.

Considerando essas informações, é correto concluir que as perso na -gens “esféricas” estão para os tipos (personagens planas), assim comoa) as personagens sociais estão para as personagens típicas.b) o nome da personagem está para a sua profissão.c) o acontecimento está para o protagonista.d) a norma está para a singularidade.e) o convencionalismo está para o anticonvencionalismo.

MÓDULO 6 – ANÁLISE DE TEXTO

Texto para as questões de 1 a 3.

No largo, por trás da estação, debaixo dos eucaliptos, que revicom gosto, esperavam os três cavalos e dois belos burros brancos, umcom cadeirinha para a Teresa, outro com um cesto de verga, parameter dentro o heroico Jacintinho, um e outro servidos à estribeira,por um criado. Eu ajudara a prima Joaninha a montar, quando ocarregador apareceu com um maço de jornais e papéis, que euesquecera na carruagem. Era uma papelada, de que sortira naEstação de Orleães, toda recheada de mulheres nuas, de historietassujas, de parisianismo, de erotismo. Jacinto, que as reconhecera,gritou rindo.

— Deita isso fora!E eu atirei, para um montão de lixo, ao canto do pátio, aquele

pútrido rebotalho de civilização.(Eça de Queirós, A Cidade e as Serras)

1. Em que lugar se passa a ação desse fragmento? Cite seu nome,caracterize-o e apresente duas palavras ou frases que comprovem suaresposta.

2. Neste fragmento, aparece a antítese central do livro. De que setrata?

3. Observe os adjetivos empregados e responda: qual espaço — ocampo ou a cidade — é “moralmente” superior, segundo o trecho?

MÓDULO 7 – ANÁLISE DE TEXTO

Texto para os testes de 1 a 3.

FILOSOFIA DOS EPITÁFIOS

Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler os epitáfios. E, aliás,gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressãodaquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morteum farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, atristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum;parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos.

(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)

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1. (FUVEST-SP) – Do ponto de vista da composição, é corretoafirmar que o capítulo “Filosofia dos Epitáfios”a) é predominantemente dissertativo, servindo os dados do enredo edo ambiente como fundo para a digressão.b) é predominantemente descritivo, com a suspensão do curso dahistória dando lugar à construção do cenário. c) equilibra em harmonia narração e descrição, à medida que fazavançar a história e cria o cenário de sua ambientação.d) é predominantemente narrativo, visto que o narrador evoca osacontecimentos que marcaram sua saída.e) equilibra narração e dissertação, com o uso do discurso indiretopara registrar as impressões que o ambiente provoca no narrador.

2. (FUVEST-SP) – “Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler osepitáfios.” – Dando nova redação a essa frase, sem alterar as relaçõessintáticas e semânticas nela presentes, obtém-se:a) Quando me afastei dos grupos, fingi ler os epitáfios e então saí.b) Enquanto me afastava dos grupos e fingia ler os epitáfios, fuisaindo.c) Fingi ler os epitáfios, afastei-me dos grupos e saí.d) Ao afastar-me dos grupos, fingi ler os epitáfios, antes de sair.e) Ao sair, fingia ler os epitáfios e afastei-me dos grupos.

3. (FUVEST-SP) – O processo de transposição de uma palavra deuma classe gramatical para outra é conhecido pelo nome de derivaçãoimprópria. É correto afirmar que, no texto, esse processo ocorre noemprego do vocábuloa) epitáfios. b) tristeza.c) inconsolável. d) mortos.e) podridão.

Texto para os testes de 4 a 7.

AS PAZES

As pazes fizeram-se como a guerra, depressa. Buscasse eu nestelivro a minha glória, e diria que as negociações partiram de mim;mas não, foi ela que as iniciou. Alguns instantes depois, como euestivesse cabisbaixo, ela abaixou também a cabeça, mas voltando osolhos para cima a fim de ver os meus. Fiz-me de rogado; depois quislevantar-me para ir embora, mas nem me levantei, nem sei se iria.Capitu fitou-me uns olhos tão ternos, e a posição os fazia tãosúplices, que me deixei ficar, passei-lhe o braço pela cintura, elapegou-me na ponta dos dedos, e...

Outra vez Dona Fortunata apareceu à porta da casa; não seipara quê, se nem me deixou tempo de puxar o braço; desapareceulogo. Podia ser um simples descargo de consciência, uma cerimônia,como as rezas de obrigação, sem devoção, que se dizem de tropel; anão ser que fosse para certificar aos próprios olhos a realidade queo coração lhe dizia...

Fosse o que fosse, o meu braço continuou a apertar a cintura dafilha, e foi assim que nos pacificamos. O bonito é que cada um de nósqueria agora as culpas para si, e pedíamos reciprocamente perdão.Capitu alegava a insônia, a dor de cabeça, o abatimento do espírito,e finalmente “os seus calundus”. Eu, que era muito chorão por essetempo, sentia os olhos molhados... Era amor puro, era efeito dospadecimentos da amiguinha, era a ternura da reconciliação.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

4. (UNIP-SP) – De acordo com o texto, pode-se afirmar que onarradora) atingiria a glória se vencesse a guerra contra Capitu.b) provocou a guerra contra Capitu para atingir a glória.c) arroga a si a iniciativa de fazer as pazes com Capitu.d) atribui a Capitu a iniciativa da reconciliação.e) considera gloriosa sua posição para conseguir a reconciliação.

5. (UNIP-SP) – Com relação à aparição de Dona Fortunata à janela,o narradora) afirma que ela fiscalizava o namoro entre ele e Capitu.b) crê que ela desconfia que há namoro entre ele e Capitu.c) tem certeza de que ela está fiscalizando os dois.d) afirma que foi obrigado a disfarçar seus movimentos.e) tem certeza de que ela sabe o que acontece entre ele e Capitu.

6. (UNIP-SP) – No momento da reconciliação,a) tanto o narrador quanto Capitu querem assumir a culpa pelodesen ten dimento.b) ambos concluem que a culpa fora de Capitu.c) ambos concluem que a culpa fora do narrador.d) atribuem a culpa ao mau humor do narrador.e) atribuem a culpa ao mau humor de Capitu.

7. (UNIP-SP) – A indecisão do narrador aparece em:a) “Buscasse eu neste livro a minha glória...”.b) “...como eu estivesse cabisbaixo...”.c) “Fiz-me de rogado...”.d) “...nem me levantei, nem sei se iria...”.e) “se nem me deixou tempo de puxar o braço...”.

MÓDULO 8 – ANÁLISE DE TEXTO

Texto para as questões 1 e 2.

Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, nãoos olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.

Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada setehoras de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolência1 deneblina as derradeiras notas da última guitarra da noite antecedente,dissolvendo-se à luz loura e tenra2 da aurora, que nem um suspiro desaudade perdido em terra alheia.

(...)Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono;

ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar3 das ondas;pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras atilintar; o cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros;trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias; reatavam-se conversas interrompidas à noite; a pequenada cáfora traquinava já, e lá dentro das casas vinham choros abafados decrianças que ainda não andam. No confuso rumor que se formava,destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam4, sem se saberonde, grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. Dealguns quartos saíam mulheres que vinham pendurar cá fora, naparede, a gaiola do papagaio, e os louros, à semelhança dos donos,cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia.

Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; umaaglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros,lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria

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da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheresprecisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar;via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elasdespiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco5; oshomens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, aocontrário metiam a cabeça debaixo da água e esfregavam com forçaas ventas e as barbas, fossando6 e fungando contra as palmas damão. As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fecharde cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam ládentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as criançasnão se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, nocapinzal dos fundos, por detrás da estalagem ou no recanto dashortas.

(Aluísio Azevedo, O Cortiço, cap. III)

1. Sinestesia é um tipo de metáfora em que se misturam sensaçõesde diferentes órgãos dos sentidos. Exemplo: em “Avistava-se o gritodas araras” (Guimarães Rosa), estabeleceu-se relação entre apercepção auditiva (“grito”) e a visual (“avistava-se”). É um tipo demetáfora por que, no caso, há comparação implícita entre um grito e umobjeto visível.

Há sinestesia em:a) “um acordar alegre e farto”.b) “sete horas de chumbo”.c) “a roupa lavada (...) umedecia o ar”.d) “o cheiro quente do café”.e) “os louros (...) cumprimentavam-se ruidosamente”.

2. No início do terceiro parágrafo, o que indica o vocábulo entretanto?

MÓDULO 9 – ANÁLISE DE TEXTO

Texto para o teste 1.

Os homens temem o pensamento mais do que qualquer outracoisa sobre a Terra — mais do que a ruína, mais do que a própriamorte. O pensamento é subversivo e revolucionário, destrutivo eterrível; o pensamento é impiedoso com o privilégio, com asinstituições estabelecidas e os hábitos cômodos; o pensamento éanárquico e sem lei, indiferente à autoridade, displicente com acomprovada sabedoria dos séculos. O pensamento olha para asprofundezas do inferno e não se amedronta. Vê o homem, frágil pontocercado de insondáveis abismos de silêncio, e ainda assim sustenta-se orgulhosamente, tão impassível como se fosse senhor do universo.O pensamento é grandioso, ágil e livre, a luz do mundo e a principalglória do homem.

(Bertrand Russell)

I. Pensar é destruir todas as instituições estabelecidas, que são abase da felicidade e segurança do homem, e, por essa razão, é umaatividade temida.II. Porque o pensamento se caracteriza pela indisciplina, pelo desres -peito à ordem e pela tendência à anarquia, o homem sensato devetemê-lo.III. O pensamento pode ser um agente catalisador de mudanças.

1. (MACKENZIE-SP) – A partir da relação das afirmações com otexto, assinale:a) se apenas III está correta.b) se todas estão corretas.c) se apenas II está correta.d) se todas estão incorretas.e) se apenas I está correta.

Texto para o teste 2.

É muito melhor ter um sistema escolar que treine para adocilidade, passividade, obediência e estupidez, basicamente. Isto ébastante funcional. É muito bom para esta sociedade. É precisomanter sua estabilidade, é preciso garantir que o sistema escolarseja, a esse respeito, um pouco como a televisão.

(Noam Chomsky)

2. (MACKENZIE-SP) – O texto,a) numa linguagem dissertativa, recria a realidade, apresentandoalguns modelos participativos como o ideal para toda a humanidade.b) numa prosa de ficção, projeta personagens que superam a estupidezde uma dada sociedade ideal.c) numa prosa poética, em que as aliterações recriam os significados,mais sugere do que informa conceitos.d) num período cuja sintaxe é subordinativa, começa a exposição deideias, especificando, em gradação, a finalidade de um determinadosistema.e) numa sintaxe de predominante relação coordenativa, o enunciadorrelata a própria experiência com um dado sistema escolar.

Texto para o teste 3.

Habermas, filósofo da Escola de Frankfurt, denuncia que, nessemundo de alta tecnologia, orientado basicamente pelas preocupaçõesrelativas ao desenvolvimento acelerado da economia, uma dasdimen sões genuínas da espécie humana — a linguagem e apossibilidade de com ela nos comunicarmos — termina por sesubmeter também às regras de natureza técnica e por perder, dessaforma, a sua autonomia.

(Eduardo Jardim de Moraes e Kátia Muricy)

I. Habermas denuncia que no mundo atual só há preocupação com odesenvolvimento tecnológico, em detrimento do progresso econômico.II. A linguagem, que permite a comunicação entre os homens, é aúnica característica que diferencia a espécie humana das demais.III. Como a linguagem não é a única dimensão genuína da espéciehumana, ela jamais desfrutou de autonomia.

3. (MACKENZIE-SP) – A partir da relação das afirmações com otexto, assinale:a) se todas estão corretas.b) se todas estão incorretas.c) se apenas III está correta.d) se apenas II está correta.e) se I e III estão corretas.

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MÓDULO 10 – ANÁLISE DE TEXTO

Texto para as questões de 1 a 5.

INANIA VERBA1

Ah! Quem há de exprimir, alma impotente e escrava,O que a boca não diz, o que a mão não escreve?— Ardes, sangras, pregada à tua cruz e, em breve,Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava...

O Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava:A Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve...E a Palavra pesada abafa a Ideia leve,Que, perfume e clarão, refulgia e voava.

Quem o molde achará para a expressão de tudo?Ai! Quem há de dizer as ânsias infinitasDo sonho? E o céu que foge à mão que se levanta?

E a ira muda? E o asco mudo? E o desespero mudo?E as palavras de fé que nunca foram ditas?E as confissões de amor que morrem na garganta?!

(Olavo Bilac)

1 – Inania Verba (latim): palavras vãs.

1. O Parnasianismo privilegiava a métrica rigorosa e os modelospoéticos fixos. O poema de Bilac reflete essas características doParnasianismo? Justifique.

2. Em linhas gerais, do que trata o poema?

3. Aponte as antíteses das duas primeiras estrofes.

4. Segundo a crítica dos modernistas, a poesia dos parnasianos,devido aos excessos formalistas, era vazia de conteúdo. Este poemade Olavo Bilac comportaria essa crítica? Justifique.

5. Os autores parnasianos pregavam contra os excessos da lingua -gem romântica e preconizavam uma atitude impassível e objetiva porparte do poeta. Este poema reflete essas características?

MÓDULO 11 – ANÁLISE DE TEXTO

Texto para o teste 1.

Relembrando turíbulos de prataIncensos aromáticos desataTeu corpo ebúrneo, de sedosos flancos.

Claros incensos imortais que exalam,Que lânguidas e límpidas trescalamAs luas virgens dos teus seios brancos.

(Cruz e Sousa)

1. (UNICID-SP) – Os dois tercetos acima fazem parte do soneto“Incensos”, de Cruz e Sousa. Ne les observamos:a) associação do incenso, e de tudo o mais que ele nos sugere, aoperfume exalado pelo corpo de uma mulher.b) musicalidade, valorização do inconsciente e do diáfano.c) afastamento do fato objetivo, sublimação alcançada pela morte.d) linguagem carregada de símbolos, sentimentalismo piegas.e) amor espiritualizado, que atesta o misticismo do poeta.

Leia o fragmento do poema “Antífona”, de Cruz e Sousa, e respondaao teste 2.

Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras...

Formas do Amor, constelarmente puras,De Virgens e de Santas vaporosas...Brilhos errantes, mádidas frescurasE dolências de lírios e de rosas...

Indefiníveis músicas supremas,Harmonias da Cor e do Perfume...Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...

2. (PUC-SP – modificado) – Este tre cho do poema, que abre o livroBroquéis, é considerado uma es pécie de profissão de fé sim bolista.Re flita sobre as afir ma ções abaixo.I. O fragmento revela o culto das formas caracterizadas pela cor bran -ca, pelas cinti la ções, pela vaguidade, pelo diáfano e pelo trans parente.II. O fragmento constrói-se apoiado na justa posição de frases nomi -nais, com o intuito de descrever os objetos com cla reza e precisão.III. O fragmento mostra alguns procedimentos estilísticos doSimbolismo, como, por exemplo, a musicalidade das pa lavras, o usode reticências, o emprego de iniciais maiús cu las e a indefinição doreferente.

Conforme se verifica, está correto o que se afirmaa) apenas em I e II. b) apenas em I e III. c) apenas em II e III.d) apenas em I.e) em I, II e III.

As questões de 3 a 5 referem-se ao texto abaixo:

CARNAL E MÍSTICO

Pelas regiões tenuíssimas da brumaVagam as Virgens e as Estrelas raras...Como que o leve aroma das searasTodo o horizonte em derredor perfuma.

Numa evaporação de branca espuma Vão diluindo as perspectivas claras... Com brilhos crus e fúlgidos de tiaras As Estrelas apagam-se uma a uma.

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E então, na treva, em místicas dormências,Desfila, com sidéreas latescências,Das Virgens o sonâmbulo cortejo...

Ó formas vagas, nebulosidades! Essência das eternas virgindades! Ó intensas quimeras do Desejo...

(Cruz e Sousa)

3. Observa-se, a partir do título, que o poema apresenta doisaspectos: carnalidade e misticismo. No corpo do soneto, o quesimboliza a carnalidade? E o misticismo?

4. Obedecendo à “teoria das correspondências”, o simbolista vale-sefrequentemente das cores para expressar seus sen ti men tos. Qual a cormais explorada pelo poeta e o que ela suge re?

5. Há “maiúsculas alegorizantes”? Para que servem?

Leia com atenção as duas estrofes abaixo e com pare-as quanto aoconteúdo e à forma.

I

Mas que na forma se disfarce o empregoDo esforço; e a trama viva se construaDe tal modo que a ninguém fique nua.Rica mas sóbria, como um templo grego.

II

Do Sonho as mais azuis diafaneidades Que fuljam, que na Estrofe se levantem,E as emoções, todas as castidades Da alma do Verso, pelos versos cantem.

6. (ITA-SP) – Comparando as duas es trofes, conclui-se quea) I é parnasiana e II, simbolista.b) I é simbolista e II, romântica.c) I é árcade e II, parnasiana.d) I e II são parnasianas.e) I e II são simbolistas.

Textos para o teste 7.

Texto 1

Grande amor, grande amor, grande mistério,Que as nossas almas trêmulas enlaça... Céu que nos beija, céu que nos abraça Num abismo de luz profundo e céreo.

Eterno espasmo de um desejo etéreo E bálsamo dos bálsamos da graça,Chama secreta que nas almas passaE deixa nelas um clarão sidéreo.

(Cruz e Sousa)

Texto 2

Ah, quem me dera ver-te Sempre ao meu lado Sem precisar dizer-te

Jamais: cuidado... Ah, quem me dera ver-te!

Ah, quem me dera ter-te Como um lugar Plantado num chão verde

Para eu morar-te Morar-te até morrer-te...

(Vinicius de Moraes)

7. (ECMAL-AL – MODELO ENEM) – Comparando-se os doistextos, pode-se afirmar:a) O sujeito poético, em ambos os textos, vê a amada como objeto

de desejo reprimido e sublimado.b) O texto 1 sugere ser o grande amor experiência transcen dental; no

texto 2, o eu lírico deseja viver o amor por meio da posse plenada amada.

c) A linguagem predominante no texto 1 é a conotativa e, no texto 2,é a denotativa.

d) Os dois textos aproximam-se pela forma, uma vez que apresentamrima e métrica semelhantes.

e) A Natureza, nos dois textos, reflete os sentimentos do sujeitopoético, redefinindo-os.

MÓDULO 12 – ANÁLISE DE TEXTO

Texto para os testes de 1 a 3.

Iria morrer, quem sabe se naquela noite mesmo? E que tinha elefeito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudara pátria, por amá-la e querê-la muito, no intuito de contribuir para asua felicidade e prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a suavirilidade também; e, agora que estava na velhice, como ela orecompensava, como ela o premiava, como ela o condecorava?Matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na suavida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara — todo esselado da existência que parece fugir um pouco à sua tristezanecessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara.

Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por elefizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios?Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria para afelicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... Oimportante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suascousas de tupi, do folklore, das suas tentativas agrícolas... Restavadisso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!

(Triste Fim de Policarpo Quaresma)

1. (MODELO ENEM) – O autor do trecho anterior é Lima Barreto.Suas obras integram o período literário chamado Pré-Modernismo.Tal designação para esse período se justifica, porque elea) desenvolve temas do nacionalismo e se liga às vanguardaseuropeias.b) engloba toda a produção literária que se fez antes do Mo der nismo.c) antecipa temática e formalmente as manifestações moder nis tas.

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d) se preocupa com o estudo das raças e das culturas forma-doras donordestino brasileiro.e) prepara, pela irreverência de sua linguagem, as conquistasestilísticas do Modernismo.

2. (PUC-SP) – Da personagem que dá títu lo ao roman ce, podemosafirmar quea) foi um nacionalista extremado, mas nunca estudou com afinco ascoisas brasileiras.b) perpetrou seu suicídio, porque se sentia decepcionado com arealidade brasileira.c) defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e foicondenado à morte justamente pelos valores que defen dia.d) foi considerado traidor da pátria, pois participou da conspi raçãocontra Floriano Peixoto.e) era um louco e, por isso, não foi levado a sério pelas pessoas queo cercavam.

3. (FUVEST-SP) – No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma,o nacionalismo exaltado e deli ran te da personagem principal motivaseu engajamento em três diferentes projetos, que objetivam “refor -mar” o país. Esses pro je tos visam, suces sivamente, aos seguintessetores da vida nacional:a) escolar, agrícola e militar.b) linguístico, industrial e militar.c) cultural, agrícola e político.d) linguístico, político e militar.e) cultural, industrial e político.

Textos para os testes de 4 a 6.

Texto 1

O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raqui tis moexaus tivo dos mestiços neurastênicos do litoral.

A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela ocontrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desem peno, a estruturacorretíssima das organizações atléticas.

(...)É o homem permanentemente fatigado.(...)Entretanto, toda esta aparência de cansaço ilude.Nada é mais surpreendedor do que vê-la desaparecer de

improviso. Naquela organização combalida operam-se, em segundos,transmutações completas. Basta o aparecimento de qualquer inciden -te exigindo-lhe o desencadear das energias adormidas. O homemtransfigura-se. Empertiga-se, estadeando novos relevos, novas linhasna estatura e no gesto; e a cabeça firma-se-lhe, alta, sobre os ombrospossantes, aclarada pelo olhar desassombrado e forte.

(Euclides da Cunha, Os Sertões)

Texto 2

Este funesto parasita da terra é o caboclo, espécie de homembaldio, seminômade, inadaptável à civilização, mas que vive à beiradela na penumbra das zonas fronteiriças. À medida que o progressovem chegando com a via férrea, o italiano, o arado, a valorização dasterras, vai ele refugindo em silêncio com o seu cachorro, o seu pilão,

o pica-pau e o isqueiro, de modo a sempre conservar-se mudo esorna1. Encoscorado em uma rotina de pedra, recua mas não seadapta.

(Monteiro Lobato, Urupês)

1 – Sorna: manhoso, dissimulado.

4. Um aspecto comum aos dois textos é a(o)a) visão crítica da realidade nacional.b) nacionalismo exagerado.c) engrandecimento da natureza.d) apego ao ambiente rural.e) recusa ao mundo urbano.

5. (MODELO ENEM) – Para Monteiro Lobato, no texto dado, ocaboclo representaa) a autenticidade de um caráter que não segue modismos.b) o atraso e a indolência de um tipo brasileiro.c) a revolta diante das mudanças tecnológicas.d) o medo em relação às influências estrangeiras.e) o poder de resistência em face da chegada de imigrantes.

6. Para Euclides da Cunha, o sertanejoa) tem um caráter neurastênico.b) é dono de feiura semelhante à do mestiço litorâneo.c) possui fraqueza apenas na aparência.d) aliena-se porque é um fraco.e) envergonha seus próprios semelhantes.

MÓDULO 13 – ANÁLISE DE TEXTO

Texto para o teste 1.

Contemplo o lago mudoQue uma brisa estremece.Não sei se penso em tudoOu se tudo me esquece.

O lago nada me diz,Não sinto a brisa mexê-lo.Não sei se sou felizNem se desejo sê-lo.

Trêmulos vincos risonhosNa água adormecida.Por que fiz eu dos sonhosA minha única vida?

1. (VUNESP-SP) – O poema transcrito é de Fernando Pessoa epode ser considerado um dos melhores exemplos do processo poéticode seu autor. Qual das alternativas seguintes corresponde a esseprocesso?a) A descrição perfeita dos vincos na água adormecida do lago.b) A relação entre o ver, o sentir e o pensar.c) A certeza de que a vida é feita de sonhos.d) O colorido das imagens e a riqueza das metáforas.e) A animização do lago como motivação poética.

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Texto para o teste 2.

O que nós vemos das coisas são as coisasPor que veríamos nós uma coisa se houvesse outra?Por que é que ver e ouvir seria iludir-nosSe ver e ouvir são ver e ouvir?

O essencial é saber ver.Saber ver sem estar a pensar,Saber ver quando se vê,E nem pensar quando se vêNem ver quando se pensa.

Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),Isso exige um estudo profundo,Uma aprendizagem de desaprenderE uma sequestração na liberdade daquele conventoDe que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternasE as flores as penitentes convictas de um só dia,Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelasNem as flores senão flores,Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.

2. (PUC-SP) – O poema transcrito, de Alberto Caeiro, propõea) desvalorizar o ver e o ouvir.b) minimizar o valor do ver e do ouvir.c) conciliar o pensar e o ver.d) abolir o pensar para apenas ver e ouvir.e) fugir da linguagem real/denotativa dos poetas.

Texto para as questões 3 e 4.

Aquela senhora tem um pianoQue é agradável mas não é o correr dos riosNem o murmúrio que as árvores fazem...

Para que é preciso ter um piano?O melhor é ter ouvidosE amar a Natureza.

(Alberto Caeiro)

3. (FUVEST-SP) – Qual é a opinião do eu lírico em relação ao piano?

4. (FUVEST-SP) – Que simboliza o piano no poema?

MÓDULO 14 – ANÁLISE DE TEXTO

Texto para as questões de 1 a 3.

Olhar para o céu noturno é quase um privilégio em nossaatribulada e iluminada vida moderna. (...) Companhias de turismodeveriam criar “excursões noturnas”, em que grupos de pessoas sãotransportados até pontos estratégicos para serem instruídos por um

astrônomo sobre as maravilhas do céu noturno. Seria o nascimentodo “turismo astronômico”, que complementaria perfeitamente o novoturismo ecológico. E por que não?

Turismo astronômico ou não, talvez a primeira impressão aoobservarmos o céu noturno seja uma enorme sensação de paz, depermanência, de profunda ausência de movimento, fora um eventualavião ou mesmo um satélite distante (uma estrela que se move!).Vemos incontáveis estrelas, emitindo sua radiação eletromagnética,perfeitamente indiferentes às atribulações humanas.

Essa visão pacata dos céus é completamente diferente da visão deum astrofísico moderno. As inocentes estrelas são verdadeirasfornalhas nucleares, produzindo uma quantidade enorme de energiaa cada segundo. A morte de uma estrela modesta como o Sol, porexemplo, virá acompanhada de uma explosão que chegará até anossa vizinhança, transformando tudo o que encontrar pela frente empoeira cósmica. (O leitor não precisa se preocupar muito. O Solainda produzirá energia “docilmente” por mais uns 5 bilhões deanos.)

(Marcelo Gleiser, Retalhos Cósmicos)

1. (FUVEST-SP) – O autor considera a possibilidade de se olharpara o céu noturno a partir de duas distintas perspectivas, que seevidenciam no confronto das expressões:a) “maravilhas do céu noturno” / “sensação de paz”.b) “instruídos por um astrônomo” / “visão de um astrofísico”.c) “radiação eletromagnética” / “quantidade enorme de energia”.d) “poeira cósmica” / “visão de um astrofísico”.e) “ausência de movimento” / “fornalhas nucleares”.

2. (FUVEST-SP) – Considere as seguintes afirmações:I. Na primeira frase do texto, os termos “atribulada” e “iluminada”caracterizam dois aspectos contraditórios e inconciliáveis do que oautor chama de “vida moderna”.II. No segundo parágrafo, o sentido da expressão “perfeitamenteindiferentes às atribulações humanas” indica que já se desfez aquela“primeira impressão” e desapareceu a “sensação de paz”.III. No terceiro parágrafo, a expressão “estrela modesta”, referente aoSol, implica uma avaliação que vai além das impressões ou sensaçõesde um observador comum.

Está correto apenas o que se afirma ema) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.

3. (FUVEST-SP) – De acordo com o texto, as estrelasa) são consideradas “maravilhas do céu noturno” pelos observadoresleigos, mas não pelos astrônomos.b) possibilitam uma “visão pacata dos céus”, impressão que pode serdesfeita pelas instruções de um astrônomo.c) produzem, no observador leigo, um efeito encantatório, em razãode serem “verdadeiras fornalhas nucleares”.d) promovem um espetáculo noturno tão grandioso, que os mora -dores das cidades modernas se sentem privilegiados.e) confundem-se, por vezes, com um avião ou um satélite, por semovimentarem do mesmo modo que estes.

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1) C 2) D 3) B

4) I: C; II: A; III: D; IV: B e V: E.

1) O soneto exemplifica a vertente cultista ou gongórica. A con -

tra posição sensualidade x refreamento, na imagem da “mu -

lher que em anjo se mentia”, as metáforas, o jogo antitético, a

sintaxe sofisticada e as hipérboles líricas são recursos carac -

terísticos da vertente cultista ou gongórica do estilo barroco.

2) As metáforas da primeira estrofe são: “aurora”, para as faces

rosadas; “Sol”, para o brilho dos olhos; “dia”, no sentido de

manhã, para o frescor da boca.

3) O vento é comparado a Adônis, porque, ao espalhar o cabelo

de Maria, parece um belo jovem que quisesse namorar a

moça.

4) Os cabelos de Maria são louros, daí a associação metafórica

com “ouro” e os adjetivos “rica” e “brilhadora” aplicados à

sua trança.

5) É a metáfora de um cavalo que passa rápido em seu trote e

que vai pisando as flores que há pelo caminho. Essa imagem

insiste na passagem veloz do tempo e na brutalidade dos

estra gos que acarreta, destruindo toda juventude e toda

beleza.

6) É a metáfora da flor.

7) A ideia básica do poema é que a beleza e a juventude devem

ser aproveitadas antes que o tempo as destrua. Trata-se de um

poema cultista, porque, em torno dessa ideia simples, são

organizadas diversas metáforas visuais, realçadas por ritmos

sugestivos, tudo compondo um espetáculo sensorial típico do

cultismo.

1) A afirmação I é correta, pois a figura feminina, superlativa -

mente descrita no soneto, é objeto de um “culto” (verso 11). A

afirmação II é errada porque o poema é bastante conven -

cional nos seus traços barroquistas (apesar de o seu autor ser

um árcade) presentes na descrição da mulher e na expressão

do sentimento. A afirmação III é correta, pois o poema é um

soneto e o poeta é um neoclássico. A afirmação IV é errada por

não haver no poema nem sensualidade nem a exortação ao

carpe diem.

Resposta: B

2) A alternativa e corresponde ao que o poeta exprime no último

terceto do poema.

Resposta: E

3) Na expressão “metal de voz”, a preposição qualifica o timbre

da voz (voz de metal, metálica). Em “que enleva de doçura”,

a preposição indica relação de causa: enleva por causa da

doçura.

Resposta: C

1) O tema do poema é a ausência da verdade no mundo.

2) Porque o poeta afirma que não encontrou a verdade nos

ambientes religiosos em que a procurou.

3) Comparando as informações recebidas.

4) Porque ela cria um mundo de “faz de conta”.

5) A decisão de “não aceitar as certezas e crenças estabelecidas,

de ir além delas e de encontrar explicações, interpretações e

signi ficados para a realidade que nos cerca”.

6) São as acepções 3 e 1 (inclusive 1.1), respectivamente.

Resposta: D

1) a) Iracema é quem se dirige ao estrangeiro, Martim.

b) Reescrita a passagem com as marcas linguísticas da pri -

mei ra pessoa do discurso, tem-se: Estrangeiro, eu não

posso ser tua serva. Sou eu que guardo o segredo e o mis -

tério do sonho. Minha mão fabrica para o Pajé a bebida

de Tupã.

2) Poderiam ser mencionadas as seguintes ocorrências: “estran -

geiro”, “hóspede de Araquém”, “guerreiro branco”, “guer -

reiro cristão”, referindo-se a Martim, e “virgem” e “filha de

Araquém”, referindo-se a Iracema.

3) A 4) B

1) A ação passa-se em Portugal, em Tormes, lugar bucólico

(“debaixo dos eucaliptos que revi com gosto, esperavam três

cavalos...”).

2) É o jogo dialético entre a cidade e as serras (o campo). O lugar

bu cólico liga-se às serras. As revistas libertinas provêm de

Paris, da cidade.

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MÓDULO 4

MÓDULO 5

MÓDULO 6

MÓDULO 1

MÓDULO 2

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38 –

3) O campo é moralmente superior, segundo o texto, e a ele se

associam os adjetivos “positivos”, ao contrário do que ocorre

quando se faz referência aos elementos da cidade.

1) Neste fragmento, há uma série de reflexões do narrador Brás

Cubas sobre os epitáfios. Essa digressão tem como ponto de

par ti da os dados do enredo e do ambiente (Saí, afastando-me

dos gru pos, e fingindo ler os epitáfios), caracterizando-se co -

mo predo minan temente dissertativa, já que existe sequência

de raciocínios.

Resposta: A

2) No texto, as orações reduzidas de gerúndio indicam circuns -

tância adverbial de tempo, sendo a segunda aditiva em rela -

ção à primeira. A equivalência ocorre, pois, em “Enquanto me

afastava dos grupos e fingia ler os epitáfios, fui saindo”.

Resposta: B

3) Ocorre derivação imprópria, pois o particípio verbal morto foi

empregado como substantivo.

Resposta: D

4) D 5) B 6) A 7) D

1) Há relação entre o olfato (cheiro) e o tato (quente).

Resposta: D

2) Indica que as ações aí relatadas ocorrem simultaneamente ao

que foi relatado nos parágrafos anteriores.

1) Na afirmação I, não corresponde ao texto a asserção de que

“pensar é des truir todas as instituições estabelecidas”. O texto

afirma apenas que “o pen sa mento é impiedoso (...) com as

instituições estabelecidas”. O restante da afir mação também

está errado. A afirmação II é igualmente distante do texto. A

afirmação III corresponde a uma conclusão aceitável do que

afirma o texto.

Resposta: A

2) A alternativa d descreve adequadamente o primeiro período

do texto: composto por subordinação (oração principal +

oração substantiva subjetiva, subordinada à anterior e prin -

cipal da seguinte + oração subordinada adjetiva restritiva);

ele apre senta, numa gradação (“docilidade, passividade,

obediência e estupidez”), o que parece ao autor ser a

finalidade do sistema educacional da sociedade em questão.

Resposta: D

3) Em I, o erro está no adjunto final, “em detrimento do

progresso econômico”, que contraria frontalmente o que

afirma o texto. Em II, afirma-se algo totalmente estranho ao

conteúdo do texto. Em III, é errada a afirmação de que a

linguagem “jamais des fru tou de autonomia”, pois o ponto

central do conteúdo do texto está justamente na denúncia da

perda de autonomia da lin guagem.

Resposta: B

1) Sim, pois é um soneto, composto com versos de 12 sílabas

(alexandrinos), com a seguinte distribuição de rimas: ABBA

ABBA CDE CDE.

2) O poema apresenta uma reflexão sobre a linguagem, sobre o

ato de escrever, insuficiente para exprimir todas as emoções,

ideias, pensamentos.

3) 1. “Ah! Quem há de exprimir, alma impotente e escrava, / O

que a boca não diz, o que a mão não escreve?”

2. “Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava...”

3. “O Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava: / A Forma,

fria e espessa, é um sepulcro de neve...”

4. “E a Palavra pesada abafa a Ideia leve.”

4) Em certo sentido não, se considerarmos que o próprio poema

revela a consciência do poeta sobre as limitações da linguagem

e, em decorrência, da poesia.

5) Não, pois nele se observa envolvimento do poeta, pelo uso de

linguagem carregada de emoção.

1) Nos versos, o eu lírico afirma “teu corpo ebúrneo desata

incensos aromáticos”. Há, portanto, associação do incenso

com o corpo da mulher a quem o eu lírico se dirige.

Resposta: A

2) As afirmações I e III consignam algumas constantes temáticas

e formais da poesia simbolista de Cruz e Sousa. Identificam,

com pertinência, o culto à brancura, ao brilho e à transpa -

rência; a fixação em formas esbatidas, vagas e translúcidas; a

exploração intensiva do tecido sonoro através de aliterações e

assonâncias; as maiúsculas alegorizantes “Amor”, “Virgens”,

“Santas”, “Cor”, “Per fu me”; o uso frequente de reticências,

instaurando um clima de vagui dade, amplificado pelas cons -

tantes sines tesias. Tudo isso configura as características mais

notórias da lírica de Cruz e Sousa. A afirmação II contradiz a

essência do Sim bo lismo, já que declara, indevidamente, do

fragmento que há nele o “intuito de descrever os objetos com

clareza e precisão”.

Resposta: B

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MÓDULO 10

MÓDULO 11

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3) “Virgens” metaforiza a carnalidade e “Estrelas”, o misti cis -

mo, a transcendência.

4) O poema organiza-se em torno do campo semântico de brilho

e brancura: “bruma”, “Estrelas”, “branca espuma”, “bri -

lhos”, “fúl gidos”, “latescências”, “nebulosidades”. Essas pa la -

vras criam uma ambiência de pureza e espiritualidade.

5) As palavras “Virgens”, “Estrelas” e “Desejo” estão grafadas

no meio do verso com iniciais maiúsculas. Essas maiúsculas

alego ri zan tes cons tituem um recurso expressivo para ampliar

a signi fi cação da palavra, conferindo-lhe um valor absoluto,

trans cendente.

6) O texto I faz parte de um famoso soneto de Olavo Bilac, o

mais notável dos parnasianos brasileiros. O texto II é uma

estrofe de “Antífona”, espécie de manifesto poético que abre o

primeiro livro de poesia simbolista do Brasil: Broquéis, de

Cruz e Sousa.

Resposta: A

7) Os erros das demais alternativas consistem em: a) a expressão

“desejo reprimido e sublimado” não se aplica ao texto 2; c) a

linguagem é figurada ou conotativa em ambos os fragmentos;

em d) a métrica e o esquema de rimas dos dois textos não são

semelhantes; e) não há nada, no texto 2, que estabeleça uma

relação entre a Natureza e os sentimentos expressos.

Resposta: B

1) Pré-Modernismo ou Sincretismo (1902-1922) são denomina -

ções que a literatura brasileira dá ao período de transição

entre as correntes do fim do século XIX (Realismo, Natu -

ralismo, Par na sianismo, Sim bo lismo e Impressionismo) e as

anteci pações modernistas (atitude crítica quanto à realidade

nacional, quanto à República Velha, regionalismo vigoroso

etc.). A expressão Pré-Modernismo, cunhada por Alceu de

Amoroso Lima (Tristão de Athaíde) e encampada por Alfredo

Bosi, passou a designar, na nossa periodização literária, um

conjunto de autores (Eucli des da Cunha, Lima Barreto, Mon -

tei ro Lobato e Graça Aranha) que, ainda embasados na esté -

tica realista-naturalista e tribu tários do cientificismo, revelam

uma inquie tação social e algu mas “ousadias” formais que

seriam retomadas e aprofundadas no Modernismo. São

precursores da atitude iconoclasta do Primeiro Moder nismo,

da literatura social do Segundo e, como os modernistas,

atacam o “beletrismo”, a literatura ornamental, a retórica

vazia e a alienação dos poetas de “torre de marfim”, dos

nefelibatas (os que “vivem nas nuvens”).

Resposta: C

2) Como um idealista louco, um Dom Quixote subur ba no, o

major Quaresma é uma figura tragicômica. Repre senta um

nacio na lismo arcaico, xenófobo que, deitando suas raízes no

ufanismo ro mântico, superdimensiona nos sos valores e poten -

cialidades. Puro, ingênuo, ele nada contra a correnteza,

contra o pedantismo da cultura oficial; contra a colonização

cultural, contra o afran cesamento da nossa cultura, contra a

inércia da oligarquia agrária, contra a inépcia da burocracia

e contra a opressão da ditadura florianista que, no início,

apoiara, numa atitude messiânica de crença salvacionista.

Ironicamente, esse defensor fanático do folclore, do índio, da

natureza e dos valores nacionais é condenado à morte, como

traidor da pátria, justo ele, um defensor extremado de seus

valores.

Resposta: C

3) Os três projetos a que Policarpo Quaresma, quixotescamente,

como era de seu caráter, se entregou, sucessivamente: a valo -

rização cultural de nossas raízes étnicas indígenas; a reforma

agrária, a partir do sítio Sossego; e a moralização política, que

via encarnada na figura de Floriano Peixoto. Esses três pro je -

tos balizam, também, as três partes em que se divide o romance.

Resposta: C

4) Nos dois textos, examinam-se, de forma crítica, duas per so na -

gens típicas e importantes do Brasil: o sertanejo e o caboclo.

Resposta: A

5) Monteiro Lobato considera que o caboclo vive à margem da

civilização e é inadaptável a ela, fugindo do progresso e man -

tendo-se “mudo e sorna”, “encoscorado (endurecido, para -

lisado) em uma rotina de pedra”.

Resposta: B

6) Os dois primeiros parágrafos do texto 1 falam da força do

sertanejo e de sua aparência de fraqueza.

Resposta: C

1) Ao longo das três estrofes, o eu lírico oscila entre o ver (versos

1, 2, 9 e 10), o pensar (versos 3, 4, 7, 8, 11 e 12) e o sentir, que

significa, no contexto, “ter uma sensação, perceber pelos

sentidos” (verso 6).

Resposta: B

2) Neste fragmento de “O Guardador de Rebanhos”, evidencia-

se, reiteradas vezes, o caráter anti-intelectual, antimetafísico

da poesia de Alberto Caeiro. O mundo, a existência, as coisas

são somente físicos, desprovidos de qualquer elemento ideal;

só podem ser vivenciados sensorialmente.

Resposta: D

3) O eu lírico considera o piano um objeto dispensável frente aos

elementos da natureza, capazes de produzir sons tão ou mais

agradáveis do que aqueles que o instrumento produz, sem, no

entanto, precisarem ser fabricados pelo homem.

4) O piano representa o antinatural, o objeto produzido

artificial men te pela civilização, que despreza a Natureza e

tenta substi tuí-la com artifícios desnecessários, segundo pensa

o eu lírico.

MÓDULO 13

MÓDULO 12

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1) A expressão “fornalhas nucleares” descreve as estrelas na

“visão de um astrofísico moderno”, que contrasta cabalmente

com a “visão pacata dos céus”, devida à impressão falsa de

que eles se caracterizam por “permanência” e “ausência de

mo vimento”.

Resposta: E

2) O erro da afirmação I está em que “atribulada” e “ilumi na -

da” descrevem dois aspectos, por assim dizer, solidários da

“vida moderna”, já que ambos sugerem a agitação incessante

que caracterizaria, segundo o texto, a existência humana em

nossos dias. O erro da afirmação II consiste no fato de que ela

declara o oposto do que quer dizer a expressão indicada, pois

a ideia de que as estrelas sejam “perfeitamente indiferentes às

atribulações humanas” decorre, precisamente, daquela

“enor me sensação de paz” provocada pela “primeira

impressão” que temos ao contemplar o céu noturno.

Resposta: C

3) A resposta a esta questão encontra-se no primeiro período do

terceiro parágrafo do texto: “Essa visão pacata dos céus é

completamente dife rente da visão de um astrofísico

moderno”.

Resposta: B

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