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FASCÍOLA HEPÁTICA / Licenciatura em Biologia 1 Alunos: Míria Cirqueira¹ Manoel Mota²

Fasciola Hepatica (Trabalho de Zoologia dos Invertebrados)

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OCICLO DE VIDA DA FASCIOLA HEPATICA

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FASCÍOLA HEPÁTICA / Licenciatura em Biologia 1

Alunos: Míria Cirqueira¹ Manoel Mota²

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P R O F ° . G I L D E VA N

Zoologia dos Invertebrados

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3O que é fascíola hepática?

Fascíola (Fasciola hepatica) é um verme achatado, trematódeo da família dos fasciolídeos, filo Platyhelminthes, parasita dos canais biliares do boi, ovelha, cabra, porco e, raramente, do homem. Tal verme apresenta corpo de coloração avermelhada (acinzentada na porção anterior), foliáceo, achatado, com ventosa ventral e oral pequena, e faringe bem desenvolvida. Também é conhecido pelos nomes de barata-do-fígado, baratinha-do-fígado, dúvia e saguaipé.

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A fasciolose é uma zoonose causada por este trematódeo que abrange duas espécies: Fasciola hepática e Fasciola gigantica. Essa doença, também chamada de distomatose hepática ou fasciolíase, provém da Europa, sendo característica de gado bovino e alguns animais herbívoros .

Raramente afeta os seres humanos.

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Principais Características

São acelomados (não possuem celoma) e triblásticos (possuem os três folhetos germinativos: ectoderme, mesoderme e endoderme). Possuem simetria bilateral.A ectoderme dá origem ao revestimento externo, a mesoderme dá origem à musculatura e ao parênquima, que é um tecido que preenche todo o espaço entre o intestino e a parede do corpo. A endoderme dá origem ao intestino e seu revestimento.

TegumentoOs platelmintos possuem um epitélio simples, sendo a epiderme formada

por uma camada simples de células. As espécies parasitas apresentam uma cutícula de proteção e, em alguns casos, ventosas para fixação. Alguns apresentam cílios na região ventral, para fins de locomoção. Podem possuir células mucosas, que produzem lubrificação para facilitar a locomoção.

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Reprodução

São endo ou ectoparasitas. Possuem ventosas para fixação, uma na região oral, outra ventral. Possuem cutícula protetora na epiderme e não possuem cílios. São hermafroditas.Fazem fecundação cruzada e interna.

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Digestão

Os sistema digestório dos platelmintos é incompleto, ou seja, a boca é a única abertura para o exterior, não possuindo ânus. A digestão pode ser intra ou extracelular. O intestino é bastante ramificado, o que facilita a distribuição do alimento digerido. O que não é utilizado na digestão é eliminado pela boca,ou por um poro localizado na extremidade do corpo da Fasciola.

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RespiraçãoNão possuem sistema respiratório, e as trocas gasosas são

feitas pela epiderme, por difusão. Este tipo de respiração recebe o nome de tegumentar ou cutânea e ocorre nas espécies de vida livre, pois as parasitas fazem respiração anaeróbia.

CirculaçãoOs platelmintos não possuem sistema circulatório. O

alimento digerido é enviado para as células por difusão, graças a um intestino bem ramificado, pois ele é gastrovascular.

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Principais Características

Excreção São os primeiros animais a apresentar sistema excretor: o protonefrídio, que é formado por vários

túbulos excretores com células-flama. As células-flama são fundamentais neste sistema excretor. Apresentam vários flagelos que promovem a movimentação dos fluidos, fazendo com que eles sejam muito bem filtrados. Os resíduos caem em um sistema de ductos ou túbulos, que se abrem para o exterior através de estruturas chamadas nefridióporos, que são poros excretores. Estes poros situam-se na superfície dorsal do corpo, lateralmente.

Esqueleto Não possuem esqueleto. Sistema Nervoso Apresentam um processo chamado cefalização, ou seja, uma cabeça com estruturas nervosas e

sensoriais. O sistema nervoso dos platelmintos é chamado ganglionar, formado por dois gânglios nervosos, que estão ligados a dois cordões nervosos ventrais e longitudinais, que são ligados por comissuras transversais e que percorrem toda a região ventral, até a parte posterior do verme.

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Principais Características

     O parasita adulto apresenta uma forma de folha, medindo cerca de 3 cm de comprimento por 1,5cm de largura. Seu corpo é achatado no sentido dorso-ventral e, no animal vivo, possui saliências devido às contrações musculares.

Apresenta cor vinho tinto in vivo e cor pardo-acinzentada em meio líquido. Possui as seguintes estruturas: ventosa oral; faringe (partindo dessa ventosa); ceco bifurcado, ramificado e com fundo cego (partindo da faringe); ventosa ventral ou acetábulo (abaixo da oral); poro genital; aparelho genital feminino (ovário ramificado, oviduto, vitelodutos, oótipo, tubo uterino, útero e glândulas vitelinas); aparelho genital masculino (dois testículos muito ramificados, canais eferente e deferente e bolsa do cirro – o cirro, uma estrutura com finalidade de cópula, possui uma parte prostática e outra muscular).

Nota-se que as fascíolas são hermafroditas.             Os ovos medem cerca de 140μm de comprimento por 80μm de largura. São

elípticos e revestidos por uma concha delgada, a qual apresenta um opérculo em uma das extremidades.

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MusculaturaA musculatura é do tipo lisa, que favorece a

movimentação e locomoção do animal, podendo ter a colaboração de cílios, caso estejam presentes. Essa musculatura lisa forma o túbulo músculo-dermático, que é uma unidade funcional com a pele.

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Como a fascíola é transmitida?

Acontece por via oral, por meio da ingestão de metacercárias (as formas císticas do trematódeo) presentes na água e verduras. Os animais contaminam-se ingerindo metacercárias em capim ou gravetos.

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Como é feito o Tratamento?

O tratamento  é feito com a administração do triclabendazol. Para o homem, a profilaxia é feita evitando-se o consumo de agrião cru, principalmente quando são irrigados por água de rio, ou adubados com estrumes. Quanto ao controle e profilaxia nos animais, os que estiverem infectados devem ser tratados, evitando, na medida do possível, que defequem perto da água. Também deve ser feito um controle da população de caramujos Lymnaea, utilizando-se mulusquicidas, além da drenagem das pastagens alagadas.