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classificação sobre flores de angiospermas, características de gineceu e androceu.
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FLOR
Morfologia Vegetal
Profa. Dra. Priscila Belintani
A flor é
constituída por
um caule curto
com vários nós e
com entrenós
muito curtos. A
região da flor
onde as diferentes
peças florais
estão inseridas é
designada de
receptáculo
Receptáculo
pedicelo
Pétalas
sépalas
Estigmas
Estiletes
ovário Anteras
Filetes
Pedunculo
Receptáculo
verticilos
Cálice
Corola
Androceu
gineceu
Sépalas
Pétalas
Estames
Carpelos
antera
Conectivo
Filete
Estigma
Estilete
ovário
flor
férteís
(estéreís)
perianto
Flores incompletas
gineceu Androceu sem perianto
Flor aclamídea ou nua: quando desprovida de perianto, isto é, sem
cálice nem corola. Ex: pimenta do reino (Piper sp.-Piperaceae)
Monoclamídeas: quando apresentam apenas um
dos verticilos estéreis, ou seja, somente cálice ou
somente corola. Ex: mamona (Ricinus communis
– Euphorbiaceae)
Diclamídeas: quando apresentam os dois
verticilos, com sépalas e pétalas.
Ex: Quaresmeira
Heteroclamídeas ou
periantadas: quando a flor
possui sépalas e pétalas
muito diferentes entre si, na
textura, forma, tamanho e
coloração, como ocorre na
maioria das dicotiledôneas
Exemplos: hibisco: (Hibiscus
sp. - Malvaceae) e roseira
(Rosa sp. - Rosaceae).
Homoclamídeas ou perigoniadas: quando não há
diferenciação entre cálice e corola, ou seja, sépalas e
pétalas são semelhantes em textura, coloração,
forma e tamanho. Neste caso, as pétalas e sépalas
são denominadas individualmente tépalas. Exemplo:
lírio de- São-Jorge (Hemerocallis flava - Liliaceae).
Flores simétricas
Com relação à
união das pétalas
COROLA: CONJUNTO DE PÉTALAS
dialipétala: pétalas separadas
Gamopétala: pétalas unidas
Cálice
gamossépalo
Corola
gamopétala
COROLA: CONJUNTO DE PÉTALAS
Gamopétala: pétalas unidas
Corola
campanulada
Corola Gamopétala: pétalas unidas
Corola hipocrateriforme
Gamopétala: pétalas unidas
Corola
gamopétala:
urceolada
Forma de
urna
Corola: gamopétala
ovário
sépalas
Flor gamopétala
Tubulosa: número variável de pétalas soldadas entre si
Corola gamopétala – flor tubulosa
Flor tubulosa
(*gamopétala)
girassol
Quanto ao número de pétalas
multipétalas
Pentâmera ou pentapétala
Corola dialipétala rosácea
Ovário
supero
Magnolia: ovário súpero
Ovário ínfero - Flor epígina
Flor gamopétala: pétalas
unidas
Ovário ínfero - Flor epígina
ANDROCEU
(MASCULINO)
ANDROCEU Estames apendiculares podem ter se originado a partir de estames laminares, por redução da lâmina e desaparecimento dos traços vasculares laterais. A antera geralmente é dividida em duas metades, as tecas, unidas entre si pelo conectivo. Cada teca carrega geralmente dois microesporângios ou sacos polínicos, as lojas, dentro dos quais são produzidos os micrósporos (grãos de pólen)
A antera é revestida pela epiderme e pelo endotécio ou estrato fibroso. Acima, tipos de anteras e suas inserções no conectivo.
Quando madura, a antera se abre para liberação dos grãos de pólen, o surgimento da abertura se dá por forças resultantes da secagem do endotécio, o modo pelo qual se dá essa abertura é chamado de deiscência da antera –deiscência longitudinal ou rimosa –deiscência transversal –deiscência valvar –deiscência poricida –deiscência irregular •Além disso a orientação da abertura em relação ao centro da flor caracteriza se a antera é extrorsa (abre para fora), introrsa (abre para dentro) ou lateral (abre para os lados)
Deiscência da antera
Deiscência: significa abertura espontânea, quando a estrutura está madura
poricida
valvar
Pólen: cada um dos microgametófitos liberados pela antera em sua deiscência é um grão de pólen. A parede envoltória do grão de pólen possui diversas características em forma de poros e sulcos, e é composta de duas camadas, a intina, mais interna, e a exina, mais externa. Os grãos de pólen podem ser liberados isoladamente, ou em grupos de dois (díades), três (tríades), quatro (tétrades) ou muitos (políades)
–androceu dialistêmone: estames livres entre si –androceu monadelfo: estames fundidos em um grupo –androceu diadelfo: estames fundidos em dois grupos –androceu poliadelfo: estames fundidos em vários grupos –sinanteria: fusão das anteras
Adelfia: fenômeno pelo qual os diversos estames se fundem lateralmente pelos filetes em um ou vários grupos deiscência da antera
Andróforo: estrutura de natureza variada que se projeta acima do receptáculo e onde se inserem os estames
Ginóforo: estrutura que se projeta acima do receptáculo e onde se insere o gineceu –Quando se forma o fruto passa a ser chamado de carpóforo
Estames apendiculares são
constituídos por uma parte
geralmente filamentosa, o filete,
e a parte distal mais larga, a
antera
Estames com traços foliares
são encontrados em famílias
consideradas basais dentro das
angiospermas e são chamados
estames laminares
(característica primitiva)
Individualmente, cada estame é formado pelo filete,
antera e conectivo. O filete é a parte estéril do estame,
geralmente de forma alongada e que porta em sua
porção apical, a antera normalmente é constituída por
duas tecas, sendo que a porção estéril que está entre
elas é denominada conectivo.
Androceu:
•Adelfia: fenômeno pelo qual os diversos estames se
fundem lateralmente pelos filetes em um ou vários
grupos deiscência da antera
–androceu dialistêmone: estames livres entre si
–androceu monadelfo: estames fundidos em um grupo
–androceu diadelfo: estames fundidos em dois grupos
–androceu poliadelfo: estames fundidos em vários
grupos
–sinanteria: fusão das anteras
Androceu: quanto a união dos estames
gineceu
androceu
Posição dos estames em relação às pétalas
Tipos de
inserção do
filete na
antera
antera
filete
Deiscência da antera. (deiscencia: abertura)
Quanto a altura dos estames
Isodínamos- todos iguais
Didínamos: 2 maiores e 2 menores
Tetradínamos
4 maiores e 2 menores
Heterodínamo: apresenta pelo menos um estame de tamanho
diferente. Exemplo: flamboyant (Delonix regia - Fabaceae).
Gineceu- Verticilo fértil (feminino) Gineceu: verticilo fértil mais interno, composto de
uma a mais de uma unidades chamadas de carpelos
Carpelos:
cada um dos
mega
esporófilos
que, nas
angiospermas,
carregam os
óvulos
gineceu androceu
Gineceu –
Carpelos são constituídos por:
uma parte proximal alargada - o ovário,
uma parte filamentosa - o estilete
E a parte distal receptiva- o estigma
Gineceu
Ovário: urna constituída pela base de uma folha carpelar
concrescida pelas suas bordas.
O interior do ovário contém
uma ou várias cavidades, os
lóculos, em cada uma existem
os óvulos fixos a região da
placenta através de um
filamento, o funículo
Lóculos (3)
óvulos
De acordo com sua localização no ovário o estilete pode
ser classificado como:
–apical ou terminal, –ginobásico –lateral,
Estigma: ápice da
folha carpelar,
geralmente coberto
de papilas, que
secretam em muitos
casos substância
pegajosa. É local
adequado para
recepção dos grãos
de pólen e sua
posterior germinação
–A ausência do
estilete caracteriza o
estigma séssil,
Classificação do gineceu quanto ao Número de carpelos
Gineceu monocarpelar ou simples: gineceu constituído de apenas um carpelo, portanto com apenas três feixes vasculares, um ovário, estilete, estigma, lóculo e placenta Gineceu apocárpico: gineceu constituído de vários carpelos livres entre si, portanto com vários conjuntos de três feixes vasculares, vários ovários, estiletes, estigmas, lóculos e placentas Gineceu sincárpico: gineceu constituído de vários carpelos unidos entre si, portanto com vários conjuntos de três feixes vasculares, um ovário composto e um ou vários estiletes, estigmas, lóculos e placentas
Pistilo: unidade funcional do gineceu. Cada flor pode ter vários pistilos, caso possua diversos carpelos livres entre si. Nessa situação, cada carpelo funciona isolado dos outros. Quando possui um gineceu sincárpico, ou um único carpelo, sempre terá apenas um pistilo, pois os carpelos unidos não podem funcionar independentes uns dos outros.
Tipos de flores quanto à
posição do ovário. As
flores A e B têm gineceu
apocárpico (carpelos
livres) e a flor C. tem
gineceu sincárpico
(carpelos unidos).
Flor Hipógina Flor Perígina Flor epígina
1. Tipos de inflorescências
1.1. Inflorescências racemosas ou indeterminadas – cada eixo
termina numa gema floral e, portanto, potencialmente tem crescimento
ilimitado, basicamente monopodial. Os principais exemplos desse tipo de
inflorescência são:
a) Racemo ou cacho – eixo simples, alongado, ortando flores laterais
pediceladas subtendidas por brácteas
b) Espiga – eixo simples alongado portando flores laterais sésseis (sem
pedicelo) na axila da bráctea
c) Umbela – eixo muito curto, com várias flores pediceladas inseridas
praticamente num mesmo nível
d) Corimbo – tipo especial de racemo, no qual as flores têm pedicelos
muito desiguais e ficam quase todas no mesmo plano
e) Capítulo – eixo muito curto, espessado e/ou achatado, com flores
sésseis e dispostas bem juntas. Geralmente existe um invólucro de
brácteas estéreis protegendo a periferia do capítulo
f) Panícula – é um cacho composto, ou seja, um racemo ramificado (um
eixo racemoso principal sustenta 2 ou muitos racemos laterais)
1.2. Inflorescências cimosas ou determinadas
a) Dicásio – o ápice do eixo principal se transforma em uma flor,
cessando logo o crescimento; em seguida as duas gemas nas
axilas das duas brácteas subjacentes prosseguem o crescimento
da inflorescência e se transformam cada uma numa flor;
novamente o mesmo processo pode prosseguir, resultando em 4
flores, e assim por diante
b) Monocásio – após a formação da flor terminal do eixo,
apenas uma gema lateral se desenvolve em flor, e assim por
diante. Aqui, há duas possibilidades: as flores laterais
desenvolvem-se consecutivamente em lados alternados (em
zigue-zague) = monocásio helicoidal, ou sempre de um mesmo
lado = monocásio escorpióide
c) Cimeira composta – inflorescência ramificada, na qual os
eixos laterais comportam-se irregularmente (ou alternadamente)
como monocásios ou dicásios
Tipos Especiais de Inflorescências
a) Espádice – tipo especial de espiga com eixo muito
espessado, com flores parcialmente “afundadas” no eixo, e
tipicamente protegido na base por uma grande e vistosa
bráctea modificada, denominada espata – típico de
Araceae
b) Espigueta – unidade básica das inflorescências das
Gramineae (Poaceae),
consistindo de uma espiga reduzida, envolvida por
várias brácteas muito modificadas,
densamente dispostas
c) Sicônio – típico de Fícus spp.
(Moraceae). É uma
inflorescência carnosa e
côncava, com numerosas e
pequininas flores encerradas na
cavidade, havendo apenas uma
estreita abertura no ápice
d) Pseudantos – nome genérico aplicado a inflorescências
condensadas em que muitas flores ficam dispostas de
forma a simular uma única flor. Os pseudantos mais
comuns são os capítulos e os ciátios. Ciátio é característico
de alguns gêneros da família Euphorbiaceae,
consiste de uma inflorescência
formada por um invólucro de
brácteas (geralmente com um
ou mais nectários evidentes),
que envolve um
conjunto de flores estaminadas
rodeando uma flor pistilada
central
SEXUALIDADE DAS PLANTAS
as plantas podem possuir diversas possibilidades de
arranjos com relação à sexualidade:
1. Espécies hermafroditas. São aquelas que têm flores
monoclinas.
2. Espécies monóicas. São aquelas que possuem flores
diclinas, com os dois sexos na mesma planta – flores
estaminadas e pistiladas (carpeladas) Ex.: mamona, Ricinus
communis, Euphorbiaceae.
3. Espécies dióicas. São aquelas que possuem flores
diclinas – estaminadas e pistiladas em plantas diferentes.
Ex.: amoreira, Morus nigra, Moraceae
4. Espécies poligâmicas. São aquelas em que num
mesmo indivíduo podem ocorrer flores monoclinas e
diclinas. Um exemplo disso é o mamoeiro (Carica
papaya, Caricaceae).
As plantas femininas apresentam apenas flores
pistiladas, solitárias.
Já o chamado mamão-macho apresenta inflorescência
com quase todas as flores estaminadas, mas nas suas
extremidades, encontra-se uma flor monoclina.
mamoeiros em que todas as flores são monoclinas, e
são esses os que têm maior valor comercial.
REFERENCIAS
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CUTTER, E.G. Anatomia vegetal (Partes I E Parte II). São Paulo: Roca, 20--.
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