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Trabalho escrito sobre "Introdução aos Sistemas de Informações" referente a matéria de TSPD (Técnicas de Sistemas de Processamento de Dados) dada pelo Prof. André Dalastti. Elaborada por: Debora Regina Ferreira dos Santos Juliana Alves Pegoraro Maisa Bontorin Beltrame Mariana Akemi Shimabukuro Matheus Giovanni Soares Beleboni Paula de Camargo Fiorini Renato GiampietroColégio Técnico Industrial - UNESP Bauru
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTACAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BAURU
COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL “PROF. ISAAC PORTAL ROLDÁN”
Princípios de Sistemas de Informação
Turma: 73 B Nº Nomes:
06 Debora Regina Ferreira dos Santos
11 Juliana Alves Pegoraro
15 Maisa Bontorin Beltrame
17 Mariana Akemi Shimabukuro
19 Matheus Giovanni Soares Beleboni
20 Paula de Camargo Fiorini
25 Renato Giampietro
Prof. André Luís Dalastti Disciplina: TSPD
ÍNDICE
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTACAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BAURU
COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL “PROF. ISAAC PORTAL ROLDÁN”
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................................... 3
2. CONCEITOS DE INFORMAÇÃO.............................................................................................................4
2.1. Dados x Informação.......................................................................................................................... 4
2.1.1. O que são Dados?.................................................................................................................... 4
2.1.2. O que é Informação?................................................................................................................5
2.2. Transformação de Dados em Informações.......................................................................................5
2.3. Informações Valiosas........................................................................................................................ 7
2.3.1. Características das Informações Valiosas................................................................................7
2.4. O Valor da Informação...................................................................................................................... 8
3. CONCEITOS DE SISTEMAS E MODELAGEM.......................................................................................9
3.1. Componentes e Conceitos de Sistemas.........................................................................................10
3.1.1. Classificação dos Sistemas....................................................................................................11
3.2. Padrões e Desempenho de Sistemas.............................................................................................11
3.2.1. Eficiência................................................................................................................................. 12
3.2.2. Eficácia................................................................................................................................... 12
3.3. Modelagem de um Sistema............................................................................................................13
3.3.1. Definição de Modelo...............................................................................................................13
3.3.2. Funções de um Modelo...........................................................................................................14
3.3.3. Tipos de Modelos.................................................................................................................... 14
3.3.4. Vantagens do Uso de Modelos...............................................................................................15
4. CONCLUSÃO........................................................................................................................................ 17
5. REFERÊNCIAS...................................................................................................................................... 18
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1. INTRODUÇÃO
A informação é tudo na administração de uma organização. Mas para uma boa informação é
necessário existir um conjunto de características para que esse fundamental instrumento de trabalho
realmente atenda as necessidades dos gestores, como agilidade e confiabilidade.
Dentro dessa perspectiva, os sistemas de informação são altamente importantes, pois aquilo que é
gerado por eles, ou seja, a informação passa a ser um fundamental ativo para a gestão das organizações.
Os sistemas de informação surgiram antes mesmo da informática. Antes dos computadores, as
organizações se baseavam basicamente em técnicas de arquivamento e recuperação de informação.
Hoje, nós todos interagimos diariamente com sistemas de informação, tanto pessoal como
profissionalmente. Utilizamos caixas eletrônicos em bancos, funcionários em lojas verificam nossos itens
com código de barras e dispositivos de varredura, nós acessamos informações pela internet e obtemos
informações em nossos celulares a todo instante. Conscientes ou não, é fato que os sistemas de
informação estão presentes no cotidiano, vivemos em uma economia de informações.
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2. CONCEITOS DE INFORMAÇÃO
2.1. Dados x Informação
Tarapanoff (1995, p.14) cita Drucker que afirma: "a informação é a ferramenta do Administrador".
Partindo desta afirmação, pode-se considerar que a necessidade da informação nas organizações é
inquestionável. Um gerente eficaz em qualquer área dos negócios deve entender que as informações são
um dos recursos organizacionais mais valiosos e importantes. Esse termo, entretanto, é frequentemente
confundido com o termo dados. Explicaremos abaixo o significado desses termos e as suas diferenças.
2.1.1. O que são Dados?
Os dados são elementos identificados em sua forma bruta que, por si só, não conduzem a uma
compreensão de determinado fato ou situação. Eles podem ser obtidos pela percepção através dos sentidos
(como observação) ou pela execução de um processo de medição.
Exemplo:
Na execução de uma tarefa é medido o tempo gasto para realizá-la, através de um cronômetro e os
dados obtidos são os minutos gastos na realização da tarefa.
Existem alguns tipos de dados, como:
Dados Alfanuméricos Ex. Números, letras e outros caracteres.
Dados de Imagens Ex. Imagens gráficas e figuras.
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Fonte dos dados
Dados
Mundo FísicoMundo
ComportamentalMundo
Sensorial
Observare/ou
Medir
Observações e Medições
Documentadas
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Dados de Áudio Ex. Sons, ruídos ou tons.
Dados de Vídeo Ex. Imagens ou figuras em movimento.
Outros exemplos básicos de dados são o nome e a quantidade de horas trabalhadas em uma
semana por um funcionário, números de peças em estoque e etc.
2.1.2. O que é Informação?
Informação é todo um conjunto de dados devidamente processados, manipulados e organizados de
forma a terem significado, servindo para tomada de decisões e para melhor noção do objeto estudado. Os
dados podem ser organizados mentalmente, manualmente ou processados por um computador.
2.2. Transformação de Dados em Informações
Podemos perceber que dados e informações não possuem o mesmo significado, porém estão
relacionados, pois dados podem ser transformados em informações.
Para a transformação de dados em informações é necessária a realização de um conjunto de
tarefas logicamente relacionadas como processamento e organização, desenvolvidas para atingir um
resultado definido. O processo de definição de relações entre dados para criar informações específicas
requer conhecimento. Este que pode ser definido como a compreensão de um conjunto de informações e
formas de torná-las úteis para apoiar uma tarefa específica ou tomar uma decisão. Assim, as informações
podem ser consideradas dados tornados mais viáveis graças à aplicação de conhecimento.
Um exemplo típico do
relacionamento de
dados, conhecimento
e informações que
vemos no nosso dia-a-
dia, é o descrito
abaixo.
Dados:
Conhecimento:
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Processo de transformação de dados em informações
Processo de transformação(aplicação de
conhecimento pela seleção, organização e manipulação de dados)
DADOS
INFORMAÇÃO
Previsão do Tempo
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Com base nos dados e no conhecimento já obtido anteriormente, torna-se possível a criação de
informações. No exemplo, um meteorologista, ou seja, uma pessoa apta a interpretar os dados, é capaz de
gerar informações mais precisas sobre as condições climáticas de um dado local.
Informação:
Utilizando o conhecimento na análise dos dados, criam-se informações. No exemplo acima, são
geradas informações como se irá chover ou não, em caso afirmativo, em qual horário, a duração, etc.
Podemos aplicar a mesma idéia em um sistema de informação, por exemplo:
Os dados do usuário são coletados durante o cadastro e armazenados para serem analisados.
Após a coleta, e fazendo uso do conhecimento, torna-se possível a criação de uma informação, que
no caso é utilizada para a montagem de um boletim escolar.
2.3. Informações Valiosas
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Como vimos anteriormente, informação é o resultado do processamento, manipulação e
organização de dados que representam uma modificação, que pode ser quantitativa ou qualitativa e uma
mudança também no conhecimento do sistema (pessoa, animal ou máquina) que a recebe. Ou seja, é o
conjunto de dados que, juntos, nos darão uma melhor noção e nos ajudarão a compreender e interpretar o
que há a nossa volta.
Segundo o professor Gilberto Guimarães, "vivemos hoje na sociedade do conhecimento, portanto o
conhecimento é a ferramenta de trabalho de cada um". Ou seja, a informação e o conhecimento são
ferramentas imprescindíveis para nosso trabalho.
Em um sistema, quando temos uma boa quantidade de informações, podemos economizar tempo,
dinheiro e ainda melhorar o desempenho nas tarefas. O resultado de todos esses benefícios vem a ser o
maior interesse de uma empresa: o lucro.
As tomadas de decisões erradas podem ocasionar um grande prejuízo para a empresa, ou seja,
mais um aspecto positivo para que se tenha um bom controle das informações.
As informações podem ser úteis em diversos aspectos. Por exemplo, podemos saber o que as
pessoas estão preferindo, o que elas esperam dos nossos produtos ou serviços, o que seria definitivo para
conquistar o cliente, entre outros.
2.3.1. Características das Informações Valiosas
A seguir, temos algumas das principais características das informações com qualidade.
Precisas: Não possuem erros. Informações imprecisas costumam ser geradas com a coleta de
dados imprecisos, o que acarreta em um resultado menos confiável.
Completas: Possuem todos os dados e fatos importantes. Se alguma informação importante estiver
ausente, a informação é incompleta.
Econômicas: Para se obter informações, os custos de obtenção e o seu retorno devem ser
proporcionais, ou seja, não se deve investir muito em informações com pouco retorno.
Flexíveis: São informações que podem ser utilizadas para diversos propósitos, ou seja, em vários
setores.
Confiáveis: Geralmente, a confiabilidade da informação depende da confiabilidade do método de
obtenção da mesma. Boatos e fontes com pouca credibilidade apresentam grandes chances de
fornecerem informações equivocadas.
Relevantes: São informações importantes para a tomada de decisões. A relevância da informação
varia de setor para setor.
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Simples: Informações não podem ser complexas, pois esse exagero pode acarretar em uma
confusão e dificuldade de discernimento entre o importante e o secundário.
2.4. O Valor da Informação
As contínuas e aceleradas mudanças nos ambientes social, tecnológico, cultural, demográfico,
político, legal, concorrencial, governamental e psicológico que caracterizam o ambiente do modelo de
empresas modernas, associadas às contínuas mudanças internas nas empresas por ganhos e perdas de
capacitações, aquisições, fusões, incorporações e vendas, mudanças organizacionais, alterações nas
estratégias e nas políticas, disponibilidade ou não de recursos de vários tipos, dificuldades momentâneas
etc., fazem com que a tarefa da administração se torne extremamente complexa e arriscada. Notadamente,
a administração de marketing que está voltada prioritariamente para esse complexo e mutante ambiente
externo.
Para diminuir os riscos da administração, é necessário dispor da maior quantidade possível do
conhecimento, ou seja, compreensão do comportamento e hábitos de funcionários, clientes e outros
administradores. Ou seja, é necessário dispor de diversos tipos de informação. Muitas vezes, as empresas
dispõem de grandes quantidades de informações, porém estas são irrelevantes e/ou de baixa qualidade,
tendo uma utilização bastante restrita. Em outros casos, algumas empresas dispõem de informações
relevantes e de boa qualidade, porém não sabe utilizá-las de modo correto, então, elas tornam-se
praticamente improdutivas.
Há também empresas que dispõem de grande quantidade de informações pertinentes e com
qualidade, mas que são utilizadas de forma errada no processo de decisão em marketing, quer por
desconhecimento dos usuários de como triar a informação adequada, gerando um comprometimento do
processo de planejamento.
Intuição e experiência são extremamente importantes no processo de planejamento de marketing e,
quando associadas a uma dose adequada de informações relevantes, propiciarão resultados extremamente
positivos.
3. CONCEITOS DE SISTEMAS E MODELAGEM
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"Sistema é um conjunto de partes coordenadas para realizar um conjunto de finalidades."
(CHURCHMAN, 1972, p.50)
"Sistema é um conjunto de partes e componentes, logicamente estruturados, com a finalidade de
atender a um dado objetivo." (CASSARRO, 1988, p. 27).
"Uma rede de componentes interdependentes que trabalham em conjunto para tentar realizar um
objetivo." (DEMING, 1997, p.41)
Assim, entende-se um sistema como um conjunto de elementos diferentes com atributos e funções
especiais que podem interagir entre eles e com o ambiente externo, de forma organizada, naturalmente ou
através de meios artificiais, a fim de se atingir determinada meta ou objetivo. Todos os sistemas consomem
tempo e energia, produzem algum tipo de trabalho e tem influência em seus ambientes.
A definição é tão abrangente, que pode ser utilizada em inúmeros contextos, por exemplo: circuito
elétrico de um rádio, situação financeira, sistema computacional, sistema solar, Júpiter e seus satélites, a
Biosfera, ecossistema do mangue, Sistema Brasileiro de Telecomunicação – SBT, sistema endócrino,
sistema nervoso, uma colônia de formigas, uma colmeia, um aquário, etc.
Basicamente, um sistema possui os seguintes componentes de acordo com o diagrama:
Entrada: envolve captação e reunião de elementos que entram no sistema para serem
processados.
Processamento: envolve processos de transformação que converte a entrada em produto.
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Entrada Processamento Saída
Feedback
ProcessamentoEntrada
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Saída: envolve a transferência de elementos produzidos por um processo de transformação até o
seu destino final.
Feedback ou realimentação: é uma saída usada para fazer ajustes ou modificações nas
atividades de entrada ou processamento. Assim, os erros ou problemas podem fazer com que os
dados de entrada sejam corrigidos ou que um processo seja modificado.
O conceito de sistema se torna ainda útil pela inclusão desse último componente: o feedback ou
realimentação. Sua incorporação a um sistema faz com que este se torne auto-monitorado ou auto-
regulado. Assim, entende-se sua utilização como chave para os controles do sistema. Enquanto ocorrem as
operações do sistema, as informações são redirecionadas às pessoas ou máquinas adequadas, de modo
que o trabalho possa ser avaliado e, caso necessário, corrigido.
Para melhor compreensão, pode-se comparar o funcionamento de um sistema, com o
funcionamento de um drive-thru. O processo se inicia com a entrada, é a primeira cabine de atendimento,
onde os pedidos são recebidos iniciando internamente no sistema um mecanismo de busca pela matéria-
prima. No interior do sistema, ocorre o processamento, etapa que não é visível ao usuário. O
processamento é onde a entrada é manipulada a fim de se formar a saída desejada. Esse processo se dá
através do trabalho de máquinas, cozinheiros, ajudantes... Na última cabine, retira-se o pedido, ou seja,
obtém-se a saída. É também nesse ponto que ocorre o mecanismo de realimentação ou feedback, que
consiste na realização de possíveis ajustes ou modificações a serem realizados. No caso, o atendente
confirmaria o pedido e ofereceria “extras”, tais como guardanapos, saches de condimentos, copos, limão,
etc.
3.1. Componentes e Conceitos de Sistemas
Cada sistema possui uma fronteira que o separa do seu ambiente. É essa fronteira que define o
sistema e o diferencia de tudo o mais. No caso de um sistema fechado, essa fronteira é rígida; já no sistema
aberto, a fronteira é mais flexível. Essas fronteiras vêm ficando cada vez mais flexíveis em sistemas de
várias organizações nos últimos anos. Por exemplo, as companhias de petróleo que desejem fazer
perfurações na plataforma continental devem agora levar em conta a preocupação pública com o meio-
ambiente.
Configuração é a forma como elementos do sistema são organizados ou arranjados. Conhecer o
objetivo do sistema é o primeiro passo na definição da configuração dos elementos do mesmo.
3.1.1. Classificação dos Sistemas
Os sistemas podem ser classificados como simples ou complexos, abertos ou fechados, estáveis ou
dinâmicos, adaptáveis ou não adaptáveis, permanentes ou temporários.
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Simples ou Complexos: Um sistema simples é aquele que possui poucos elementos ou
componentes e a relação entre componentes ou elementos não é complicada e direta. Já um
sistema complexo possui muitos elementos que são altamente relacionados e inter-conectados. Na
realidade a maioria dos sistemas se situa em um estágio contínuo entre simples e complexo.
Aberto ou Fechado: Um sistema aberto interage com seu ambiente. Em outras palavras, há um
fluxo de entradas e saídas por todos os limites do sistema. Um sistema fechado não há qualquer
interação com o ambiente. Por isso é que existem poucos sistemas deste tipo.
Estável ou Dinâmico: Um sistema estável é aquele que mudanças no ambiente resultam em
pouca ou nenhuma mudança no sistema. Um sistema dinâmico é o que sofre mudanças rápidas e
constantes devido à mudança de seu ambiente.
Adaptáveis ou Não Adaptáveis: Os conceitos sobre adaptáveis e não adaptáveis estão
relacionados à estabilidade e dinâmica. Um sistema adaptável é aquele que responde ao ambiente
mutável. Em outras palavras, é aquele que monitora o ambiente e recebe modificações em resposta
a mudança do ambiente. O sistema não adaptável é aquele que não muda com o ambiente
mutável.
Permanente ou Temporário: O sistema permanente é o que existe ou existirá por um longo
período de tempo, geralmente 10 anos ou mais. O sistema temporário é aquele que existirá por um
curto espaço de tempo.
3.2. Padrões e Desempenho de Sistemas
Um Padrão de Desempenho de sistemas é um objetivo específico do sistema; como garantir a
eficiência e a eficácia dos processos organizacionais é um dos objetivos a serem alcançados pelas
empresas que desejam ser reconhecidas pelo mercado, por exemplo, um padrão de desempenho de
sistema para um processo de manufatura poderia ser não mais de 1% de peças defeituosas.
Uma vez estabelecidos, os padrões, o desempenho de um sistema é medido e comparado com o
padrão.
3.2.1. Eficiência
Reflete no desempenho interno de produtividade da organização e quão bem os recursos são
utilizados. A eficiência pode ser medida pela relação entre os resultados alcançados e os recursos
utilizados.
A eficiência dos centros de custos operacionais considera as horas requeridas pelas peças que
deram entrada na expedição em relação às horas trabalhadas. Nos três meses considerados, os quatro
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centros de custos com maiores gastos primários foram os mesmos. A tabela mostra o quanto eles
representam no total de gastos da empresa.
AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO
%total %total %totalAdministração geral 21 21 21Prensas A 10 11 10Fornos 7 7 7Ferramentas 7 7 6
Nos três meses considerados, os três centros de custos com maiores gastos secundários totais
também foram os mesmos. É importante fazer um cruzamento entre os centros de custos mais caros e
ineficientes, para priorizar a aplicação de melhorias. Conforme análise pôde-se detectar que os centros
“Fornos” e “Prensas B” se enquadram nesse caso. Um centro de custos caro deveria ser altamente utilizado
para a diluição de seus gastos em mais produtos (horas de operação dedicadas à produção). Porém, é
preciso considerar a capacidade da fábrica como um todo. Um setor pode ser ineficiente porque não recebe
carga de um gargalo anterior, ou um gargalo posterior não tem capacidade para processar a carga recebida
deste setor. Aqueles setores com maior eficiência provavelmente são os gargalos da empresa.
3.2.2. Eficácia
Reflete a qualidade e adaptabilidade dos produtos e serviços, ou ainda quão bem as expectativas
do cliente estão sendo atendidas frente aos seus requisitos. A eficácia atribuída a um sistema de
informação está associada à percepção de que ele contribui para a realização de objetivos
organizacionais. Esta hipótese é proposta a partir de duas idéias básicas identificadas:
Qual o objetivo da implantação de um sistema de informação?
“Implantá-los é equivalente a realizar uma intervenção, visando uma mudança organizacional, que
afetará os subsistemas técnico, social e político da organização” (Dias, 1993, p. 164). Segundo Campos
Filho (1994), em última análise, os usuários de um sistema de informação (profissionais, executivos e
analistas) almejam, por meio do manuseio da informação, atingir os objetivos organizacionais.
Como avaliar os resultados da implantação de um sistema de informação?
“O sucesso final de qualquer objetivo de mudança é, naturalmente, medido pelo grau em que os
próprios objetivos são alcançados” (Shirley, 1976).
Exemplo:
Vamos supor que uma sala de aula tenha apenas quatro alunos. É razoável pensar que um
professor teria condições de oferecer serviços de alta qualidade e seus alunos receberiam muito mais
atenção, tornando o ensino bastante eficaz. Entretanto, a eficiência estaria comprometida, pois a proporção 12
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de um professor para quatro alunos obrigaria a escola a contratarem mais profissionais e aumentar seus
custos salariais. Por outro lado, um professor para 100 alunos teria poucas condições de fazer um bom
trabalho. Embora a produtividade aumentasse consideravelmente, a qualidade do ensino provavelmente
cairia, comprometendo a sua eficácia.
3.3. Modelagem de um Sistema
3.3.1. Definição de Modelo
Modelo é a representação da realidade (ou de parte da realidade). “Um modelo é uma simplificação
da realidade”. Os modelos podem ser concretos (reais) ou virtuais. Maquetes e protótipos de carros de
corrida são exemplos de modelos concretos. Já o protótipo de um Sistema de Informação ou o protótipo de
um carro de corrida no computador são exemplos de modelos virtuais.
3.3.2. Funções de um Modelo
O modelo:
Permite o entendimento da realidade;
Permite encontrar soluções para os problemas da realidade.
3.3.3. Tipos de Modelos
O mundo real é complexo e dinâmico. Por causa disso é que fazemos uso de modelos em lugar de
sistemas reais. Um modelo é uma representação da realidade. Ou, se preferir, um modelo é uma abstração
ou uma aproximação que é usada para simular a realidade.
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Eficiência
Ênfase nos MeiosResolver ProblemasCumprir TarefasRezar todo dia.
Eficácia
Ênfase nos ResultadosAtingir ObjetivosObter ResultadosGanhar o Céu.
CT = (V)(X) + CF Onde:
CT = Custo Total;V = Custo Variável por unidade;X = Número de unidades produzidas;CF = Custo Fixo.
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Um modelo narrativo, como o próprio nome diz, baseia-se em palavras. As descrições da
realidade, tanto verbais quanto escritas, são consideradas modelos narrativos. Em uma organização,
relatórios, documentos e conversações referentes a um sistema são todos importantes narrativas. Os
exemplos incluem: um vendedor fazendo uma descrição verbal de um produto da concorrência para um
gerente de vendas, um relatório escrito descrevendo a função de uma nova máquina industrial, um artigo de
jornal sobre economia ou vendas futuras de exportação.
Um modelo físico é uma representação tangível da realidade. Muitos modelos físicos são
projetados ou construídos por computador. Um engenheiro pode desenvolver um modelo físico de um reator
químico para obter informações importantes sobre como um reator de grande porte deve funcionar. Um
construtor pode desenvolver um modelo em escala de um novo shopping center para dar as informações
sobre a aparência global e a abordagem do desenvolvimento a um investidor em potencial. Outros
exemplos: um departamento de pesquisa de marketing pode desenvolver um protótipo de um novo produto,
e um médico pode construir um esqueleto plástico. Todos estes são exemplos de modelos físicos que
podem ser usados para fornecer informação.
Um modelo esquemático é uma representação gráfica da realidade. Gráficos, mapas, figuras,
diagramas, ilustrações e fotografias são tipos de modelos esquemáticos. Os modelos esquemáticos são
usados em grande parte no desenvolvimento de programas e sistemas de computador. Fluxogramas de
programas mostram como os programas de computadores devem ser desenvolvidos. Diagramas de fluxos
de dados são usados para mostrar como os dados fluem através da organização. Uma cópia heliográfica
para um novo prédio, um gráfico que mostra projeções orçamentárias e financeiras, diagramas de fiação
elétrica e gráficos que mostram quando certas tarefas ou atividades devem ser completadas para
permanecerem dentro do prazo de um projeto, são exemplos de modelos esquemáticos usados na área de
negócios.
Um modelo matemático é uma representação aritmética da realidade. Estes modelos são usados
em todas as áreas de negócios. Por exemplo, o modelo matemático a seguir poderia ser desenvolvido para
determinar o custo total de um projeto.
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Ao desenvolver qualquer modelo, é importante que ele seja o mais preciso possível. Um modelo
impreciso geralmente levará a uma solução imprecisa do problema. No modelo matemático anterior,
considera-se que tanto o custo variável por unidade quanto o custo fixo estão medidos com precisão. A
maioria dos modelos contém muitas suposições e é importante que estas sejam tão realistas quanto
possível. Também é importante que os usuários potenciais do modelo estejam conscientes das suposições
sobre as quais o modelo foi desenvolvido.
3.3.4. Vantagens do Uso de Modelos
MODELO É FALSO (MENTIROSO): O modelo é apenas uma representação da realidade; ele não
é a realidade.
OS MODELOS SÃO A BASE DO CONHECIMENTO HUMANO: O ser humano precisa de modelos
para aprender. Os modelos têm sido a base de toda a ciência humana ao longo dos séculos, desde a
antiguidade. Na verdade, pode-se dizer que a ciência realmente se firmou quando o homem aprendeu a
trabalhar com modelos, uma vez que sem eles o conhecimento se restringe apenas às mãos dos gênios,
dos superdotados e dos privilegiados.
OS MODELOS SÃO BONS: Os modelos auxiliam o ser humano.
OS MODELOS SÃO IMPORTANTES: Os modelos estão presentes em todas as áreas do
conhecimento, facilitando a vida.
OS MODELOS FACILITAM A VIDA: Os modelos auxiliam o ser humano a entender os aspectos
mais complexos da realidade; eles permitem “quebrar” a realidade em partes interligadas que podem ser
analisadas como um todo ou de forma isolada.
OS MODELOS NÃO SÃO PERFEITOS: Os modelos não precisam ser perfeitos para representar a
realidade; eles devem apenas se aproximar o máximo possível da realidade.
OS MODELOS PODEM SER LIMITANTES: Os modelos nem sempre podem representar
exatamente a realidade. Assim, um indivíduo que se prende em excesso ao modelo pode passar a
interpretar a realidade de forma errônea.
OS MODELOS SÃO BARATOS: É mais fácil manipular os modelos do que manipular a realidade.
OS MODELOS FACILITAM A COMUNICAÇÃO: Os modelos facilitam a comunicação entre
técnicos e usuários porque utilizam uma linguagem simbólica, sem dialetos.
OS MODELOS SÃO NECESSÁRIOS: Sem os modelos não há como entender a realidade.
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4. CONCLUSÃO
É fato que a informação é hoje algo imprescindível tanto para a tomada de decisões quando para a
sobrevivência de um negócio. Assim, há uma grande necessidade de se obter e organizar todas as
informações, possibilitando o uso devido das mesmas.
Os sistemas de informação contribuem de forma essencial na organização e manipulação dos
dados, facilitando e agilizando tarefas e trazendo benefícios como resultado final ( como vimos, também
chamado de “feedback”). Se utilizados corretamente, auxiliam de forma expressiva e contribuem para o
desenvolvimento da empresa.
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5. REFERÊNCIAS
WIKIPÉDIA. Informação. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Informação>. Acesso em:
27/02/2010.
APRENDER COM AS TICS. Informação e Dados. Disponível em:
<http://www.aprendercomastics.net/tic/materiaisapoio/Informacaoedados.pdf>. Acesso em: 27/02/2010.
Santos, Robson. Tecnologia da Informação Dados, Informação e Conhecimento. Disponível em:
<http://www.slideboom.com/presentations/52041/Dados,-Informa%C3%A7%C3%A3o-e-Conhecimento>.
Acesso em: 27/02/2010.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTACAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BAURU
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ADMINISTRADORES. Informações Valiosas: O que Podemos Levar para Outras Empresas?.
Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/informacoes-valiosas-o-que-
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N. Mattar, Fauze. A Importância da Informação para o Marketing. Disponível em:
<http://www.perspectivas.com.br/e2.htm>. Acesso em: 28/02/2010.
Leles, Andrea. Sistemas de Informação. Disponível em:
<http://www.sypnet.com.br/content/view/25/2/>. Acesso em: 28/02/2010.
W. Setzer, Valdemar. Dado, informação, conhecimento e competência. Disponível em:
<http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/dado-info-Folha.html>. Acesso em: 06/03/2010.
Shammas, Gabriel. Modelos. Disponível em: <http://docs.google.com/viewer?
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Costa, Carlos E. da. Sistemas De Informação - Sistemas de Gestão Empresarial. Disponível em:
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