24
Redação 5 propostas de redação PROFESSORA FERNANDA BRAGA VOL. 01 No.1

Revista de Redação - Propostas Volume 1

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Redação

5 propostas deredação

PROFESSORA FERNANDA BRAGA

VOL. 01

No.1

Page 2: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Proposta IA partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nosconhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija textodissertativo­argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobreo tema:

 A questão do lixo e reciclagem na sociedade brasileira

apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentose fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO IApenas 3% de todo o lixo produzido no Brasil é reciclado (09/04/2015)30% do lixo produzido no Brasil poderia ser reaproveitado.Número de municípios que implantaram programas de reciclagemaumentouNo final do ano passado entrou em vigor o Plano Nacional de ResíduosSólidos como uma forma de incentivar a reciclagem de todo tipo de lixo. Ode casa, das ruas, da indústria e do comércio, mas oito em cada dezmunicípios brasileiros ainda não tem programa de coleta seletiva e os quetêm, poderiam reciclar muito mais do que fazem hoje.

Desde domingo (5) supermercados de São Paulo só podem usarsacolinhas feitas de matéria­prima renovável, menos prejudicial ao meioambiente.Os brasileiros jogam fora 76 milhões de toneladas de lixo – 30% poderiamser reaproveitados, mas só 3% vão para a reciclagem.Em dez anos, o número de municípios que implantaram programas dereciclagem aumentou de 81 para mais de 900. Mas isso não representanem 20% das cidades.

Page 3: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Curitiba é a capital com melhor programa de reciclagem. Das mais de 1,5mil toneladas diárias, cento e dez têm potencial pra reciclagem e quase70% são reaproveitadas.Mas a reciclagem no Brasil ainda está engatinhando. Veja a situação nastrês maiores capitais:Em São Paulo, 12,5 mil toneladas de lixo domiciliar são recolhidas todos osdias ­ 35% são materiais que poderiam ser reciclados, mas só 3% sãoreaproveitados.A prefeitura do Rio de Janeiro informou que recolhe cerca de dez miltoneladas de lixo por dia, mas não informou quanto é reciclado. A capitalmineira, Belo Horizonte, recolhe 1,8 mil toneladas. Podia reciclar o dobro doque reaproveita.Quem trabalha em programas de reciclagem diz que falta uma integraçãomaior entre o cidadão, as empresas e o poder público, e um programa queatenda a todos os tipos de lixo.“Estou falando de outros resíduos que estão na sua casa e não vão serreciclados: lâmpada fluorescente, medicamentos, parcela de resíduos quenão estou falando que é reciclável, mas precisa ter destino adequadosenão vai trazer impacto em questão ambiental e saúde”, diz RoseaneSouza, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental.“Um pouquinho você vai fazer, o outro vai fazer, todo mundo vai fazendoassim vai ficar uma coisa melhor. Na idade que eu já estou, eu tenho quemostrar para minha neta que ainda tem jeito”, fala a recicladora CéliaFonseca.FONTE: http://g1.globo.com/jornal­hoje/noticia/2015/04/apenas­3­de­todo­o­lixo­produzido­no­brasil­e­reciclado.html

Page 4: Revista de Redação - Propostas Volume 1

TEXTO IIMulta para quem jogar lixo na rua pode ser adotada em todo o país Iara Guimarães Altafin | 28/09/2015, 11h24 ­ ATUALIZADO EM 28/09/2015,17h13

A cobrança de multa de quem jogar lixo em via pública, já adotada emalgumas cidades, como no Rio de Janeiro, pode passar a valer em todos osmunicípios e no Distrito Federal. A prática está prevista no Projeto de Lei doSenado (PLS) 523/2013, que integra pauta da reunião de terça­feira (29) daComissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização eControle (CMA).O projeto modifica a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei12.305/2010) para explicitar a proibição de descarte irregular de lixo em viapública e para determinar que os municípios e o Distrito Federal devemfixar multas para quem descumprir a regra, além de regulamentar a formacorreta de descarte de resíduos sólidos.O relator na CMA, senador Jorge Viana (PT­AC), apresentou voto favorávelà proposta, apresentada pelo ex­senador Pedro Taques. Para Jorge Viana,“sanções pecuniárias ainda são ações pedagógicas e preventivasnecessárias para se evitar condutas indesejadas”. Ele considera que oprojeto contribuirá para educar a população com relação ao corretodescarte dos resíduos sólidos.A matéria será votada em decisão terminativa na CMA.HospitaisTambém está na agenda substitutivo ao PLS 92/2014, que obriga hospitaise clínicas privados a disponibilizar ao consumidor tabela com os preços deserviços, consultas, terapias, exames, procedimentos e medicamentos.

Page 5: Revista de Redação - Propostas Volume 1

A relatora, senadora Lídice da Mata (PSB­BA), modificou o texto original, doex­senador Jayme Campos, para determinar que a regra se restringe àassistência ambulatorial, diagnósticos, terapias e atendimento odontológico,mas não se aplica a atendimento de emergência e não é extensiva aatendimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou custeadospor plano privado de assistência à saúde.A pauta da CMA, composta de 13 proposições, inclui ainda o PLS 445/2015,que obriga dono de supermercado a higienizar carrinhos disponibilizados aclientes e também dono de lan houses a manter limpos mouses decomputadores usados pelos clientes. A regra pode ser incluída no Códigode Defesa do Consumidor (CDC – Lei 8.078/1990), conforme prevê oprojeto apresentado por Marcelo Crivella (PRB­RJ), e não será restrita aesses dois tipos de objetos, alcançando todos os equipamentos e utensíliosdisponibilizados ao consumidor no fornecimento de um produto ou serviço.A CMA se reúne a partir das 9h30, na sala 6 da Ala Nilo Coelho,  noSenado.FONTE: http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/09/28/multa­para­quem­jogar­lixo­na­rua­pode­ser­adotada­em­todo­o­pais

Page 6: Revista de Redação - Propostas Volume 1

TEXTO III

TEXTO IV

FONTE: http://naoexistejogarfora.blogspot.com.br/

Page 7: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Proposta IIA partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nosconhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija textodissertativo­argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre otema:

Pessoas em situação de rua no Brasil: um problema social

apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos efatos para defesa de seu ponto de vista.TEXTO IMoradores de uma terra sem donoO retrato da realidade dos moradores em situação de rua, indivíduosinvisíveis aos olhos da sociedade, que perderam a cidadania e na medidaem que nada têm, a principal coisa que lhes falta é dignidadeRobson Rodrigues*A crescente população em situação de rua no Brasil é o retrato mais cruel damiséria social que se aprofunda em diversos ramos da esfera pública. Oatual estado é a consequência de uma reação em cadeia que relaciona osaltos índices de desemprego, rebaixamento salarial, uso de drogas eviolência. Morar na rua é o reflexo visível do agravamento social no Brasil, ea falta de políticas públicas eficientes se constitui negligência do poderpúblico em garantir a esse cidadão condições mínimas de sobrevivência. Osmais miseráveis estão entre os que mais incomodam politicamente,estigmatizados como perigosos socialmente por serem os que nãoparticipam da geração de riquezas.

Page 8: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Um contingente de pessoas que pouco usufrui dos serviços básicos públicos,à mercê do Estado e indiferente à sociedade civil. Para sobreviver buscamalternativas para o banho, necessidades fisiológicas, alimentação e vestuário.Vivendo literalmente nas ruas e dormindo sobre trapos ou papelão, pessoasque constroem nas ruas suas próprias histórias, mas não como querem; nãosob circunstâncias de suas próprias escolhas, e sim, sob aquelas com asquais se defrontam diretamente, legadas e transmitidas principalmente pelopassado trágico de uma vida que deixaram para trás. Apesar de serem atoresda própria história, só são capazes de agir nos limites que a realidade impõe.(…)FONTE:http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/Edicoes/32/artigo194186­1.asp

TEXTO IIIBGE: proteção social cresce no Brasil, mas ainda atinge poucos moradoresde ruaCentros de Referência de Assistência Social cresceram 44,9% entre 2009 e2013; no mesmo período foram construídos 154 Centros dedicados àpopulação que vive nas ruasRenato S. Cerqueira/Futura PressMoradores de rua sofrem com frio em São PauloO aparato público para proteção social cresceu em todo o Brasil entre 2009 e2013, aponta a pesquisa Munic (Perfil dos Municípios Brasileiros) AssistênciaSocial, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)nesta quarta­feira (14). Embora o auxílio à população carente tenha crescido,os moradores de rua ainda recebem pouco acolhimento.De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, havia 32 milbrasileiros morando na rua em 2008, último censo feito sobre essa populaçãono Brasil até hoje.

Page 9: Revista de Redação - Propostas Volume 1

De acordo com a pesquisa do IBGE, que contabilizou a evolução dediferentes centros de assistência nos 5.561 municípios brasileiros, foramcriados nesses quatro anos 175 Centros de Referência Especializado paraPopulação em Situação de Rua, distribuídos em 154 municípios, 2,8% dototal. Enquanto isso, outros centros de assistência apresentaram evoluçãobem maior.Os Centros de Referência de Assistência Social saltaram de 5.499 para7.968 unidades, entre 2009 e 2013, um crescimento de 44,9%, e hoje estãoem 97,6% das cidades brasileiras. Já os Centros de Convivência chegarama 11.797 distribuídos por 3.065 municípios, mais da metade do total dascidades do País, um contraste com o ano de 2009, quando esses centroshaviam sido reportados por menos de um terço dos municípiosSegundo a pesquisa, no mesmo período analisado, a quantidade de Centrosde Referência Especializado de Assistência Social aumentou 79,9% entre2009 e 2013; de 1.239 centros em 1.116 municípios para 2.229 centros em2.032 cidades. “Nordeste apresentou a maior proporção de municípios comeste equipamento, 45,6%, vindo, em seguida, Centro­Oeste (43,3%), Norte(39,8%), Sudeste (31,4%) e Sul (25,9%)”, contabiliza a pesquisa.Destinado a famílias ou indivíduos com vínculos familiares rompidos, aCasa­Lar está presente em 34,4% das cidades. Algumas dessas unidadesatendem públicos específicos. Ao acolhimento de crianças e adolescentesexistem 2.907 locais em 1.613 municípios. Aos idosos, há 1.780estabelecimentos em 1.131 cidades.Já à população que vive na rua, foram destinadas 482 unidades da Casa­Lar em apenas 300 municípios, 5,4% as cidades brasileiras. Esse númerosó é maior do que os abrigos à pessoa com deficiência, 387 unidades em223 cidades, e às mulheres: 192 unidades em 152 municípios.

Page 10: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Para o IBGE, a existência de poucos Centros de Referência Especializadopara População em Situação de Rua se deve “ao pouco tempo transcorridodesde que se iniciou a implantação dessa unidade, bem como com o fato deela ter sido pensada especialmente para cidades de grande porte emetrópoles, considerando que uma das características mais marcantes dapopulação em situação de rua é a sua prevalência nos grandes centrosurbanos.”A criação desses serviços obedece ao decreto nº 7.053 de 23 de dezembrode 2009. “Portanto, 2013 é o primeiro ano em que dados acerca dessasunidades foram coletados.”FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014­05­14/ibge­protecao­social­cresce­no­brasil­mas­ainda­atinge­poucos­moradores­de­rua.html

TEXTO IIISão princípios da  Política Nacional para a População em Situação de Rua,além da  igualdade e equidade:I ­ respeito à dignidade da pessoa humana;II ­ direito à convivência familiar e comunitária;III ­ valorização e respeito à vida e à cidadania;IV ­ atendimento humanizado e universalizado; eV ­ respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade,nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial àspessoas com deficiência.FONTE: Art. 5o  do DECRETO Nº 7.053 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2009(Política Nacional para a População em Situação de Rua).

Page 11: Revista de Redação - Propostas Volume 1

TEXTO IV

Page 12: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Proposta IIIA partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nosconhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija textodissertativo­argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre otema:

 Homicídio de jovens negros brasileiros e a realidade do século XXI

apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos efatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO ICPI conclui que há “genocídio simbólico” contra jovens negros no PaísRelatório final aprovado por comissão da Câmara denuncia escassez deserviços públicos básicos nos locais onde a maior parte da população é negrae pobreA Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou casos de violênciacontra jovens negros e pobres no Brasil concluiu que essa parcela dapopulação vem sendo vítima de uma espécie de “genocídio simbólico”.

Estatísticas e fatos apurados pela CPI ao longo de quatro meses colocam ohomicídio como a principal causa de morte de brasileiros entre 15 e 29 anos edefinem o perfil predominante das vítimas: negros do sexo masculino, combaixa escolaridade e moradores das periferias.“A CPI cumpriu o papel institucional de amplificar a voz da comunidade negrae pobre do País, ao reconhecer que existe sim um genocídio simbólicoquando o Estado brasileiro durante séculos vem negando a essas pessoas osmais básicos serviços públicos”, sustenta a deputada Rosangela Gomes(PRB­RJ), relatora da CPI da Violência contra Jovens Negros.

Page 13: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Números da desigualdadeO parecer final aprovado no dia 15 de julho traz, por exemplo, números doSistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/Datasus)que apontam que, entre 2008 e 2011, houve 206 mil homicídios no País –média de 51,5 mil por ano ou de 141 por dia. Tomando 2011 como exemplo,verifica­se que mais da metade dos 52 mil mortos por homicídio eram jovens(53,3%), dos quais 71,44% eram negros e 93,03%, homens.Como medidas urgentes para conter os assassinatos de jovens pobres enegros no País, o texto final da CPI recomenda a aprovação de sete projetosde leis, cinco propostas de emenda à Constituição e dois projetos deresolução – boa parte deles de autoria da própria CPI. As propostas preveem,por exemplo, a criação de um plano nacional de enfrentamento ao homicídiode jovens e de um fundo nacional para superação do racismo.

Page 14: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Segundo a relatora, um dos temas mais comentados nas audiências públicasfoi a quase ausência de serviços públicos básicos nos locais onde a maiorparte da população é negra e pobre. Outro tema de destaque foi “a grandedesigualdade entre brancos e negros na abordagem praticada pelas polícias”.

Esse último problema foi analisado em 2013 pelo Instituto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea) no estudo “Violência letal no Brasil e vitimizaçãoda população negra: qual tem sido o papel das polícias e do Estado?”. Noestudo, a “grande desigualdade” é confirmada pela chance 3,7 vezes maiorde um adolescente negro ser vítima de homicídio, se comparado a umadolescente branco.

O Mapa da Violência produzido pela Unesco – braço da Organização dasNações Unidas (ONU) para a educação, a ciência e a cultura – igualmenteatesta o morticínio da juventude negra e pobre do Brasil. Pelo levantamento,em 2002, o índice de vitimização negra alcançou 73 pontos, ou seja,morreram proporcionalmente 73% mais negros no País do que brancos. Em2012, esse índice subiu para 146,5, fazendo a vitimização negra no período(2002 a 2012) mais que duplicar.

As medidas propostas pela CPI também promovem diversas alterações naorganização e no funcionamento dos órgãos de segurança pública, inclusivecriando novas estruturas, como o Conselho Nacional de Polícia, responsávelpelo controle da atividade policial.FONTE: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS­HUMANOS/492785­CPI­CONCLUI­QUE­HA­%E2%80%9CGENOCIDIO­SIMBOLICO%E2%80%9D­CONTRA­JOVENS­NEGROS­NO­PAIS.html

Page 15: Revista de Redação - Propostas Volume 1

TEXTO IIPor que matamos tantos jovens negros no Brasil?O motivo é estarmos em guerra contra um inimigo definido, as drogas; parasalvar a sociedade de seus efeitos adversos, assassinamos quemtentávamos defenderO ano de 2013 marcou os 20 anos de dois tristes episódios da históriarecente: as chacinas de Vigário Geral e da Candelária. O que elas tiveram emcomum? Em rompantes de violência extrajudicial, policiais militares mataraminocentes, muitos deles jovens. Ambas são expoentes trágicos de umproblema cotidiano.São jovens brasileiros – em sua maioria homens e negros, moradores dasperiferias de áreas metropolitanas – os mais atingidos pela violência no País.De acordo com o Mapa da Violência 2014, enquanto a taxa de homicídiosentre a população não jovem é de 14,9 a cada 100 mil habitantes, entrejovens de 15 a 29 anos ela chega a 42,9, durante o período 1980 a 2011. Nomesmo intervalo, homicídios foram responsáveis por 28,5% das mortes dejovens no País, mas foi causa apenas de 2% dos óbitos da população nãojovem. Foram mortos, no mesmo período, 20.852 jovens negros, um númerotrês vezes maior que o número de homicídios de jovens brancos.Mais preocupante ainda é a tendência que se anuncia: uma progressivaqueda no número de homicídios de jovens brancos, acompanhada doaumento das mortes de jovens negros.Infelizmente, essas estatísticas são velhas conhecidos da juventudebrasileira. A questão começou a ser debatida no âmbito do Governo Federalquando foi lançado o Plano Juventude Viva, puxado pelas discussões doConselho Nacional da Juventude (Conjuve). Estruturado em quatro eixos, oplano visa desconstruir a cultura da violência, transformando os territóriosmais afetados nos municípios, adotando uma perspectiva de promoção dedireitos da juventude e focando no aperfeiçoamento das instituições comoescolas, hospitais, sistema penitenciário, judiciário e polícias para que sesensibilizem do problema. Mas ainda pouco se falava do que movia talpreconceito institucional.

Page 16: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Por que matamos tantos jovens homens negros no Brasil? Porque estamosem guerra. Claro, é uma guerra não declarada oficialmente. Mas, seconsiderarmos a classificação de conflitos como guerras a partir do critério deintensidade de mil mortos por ano, como não desconfiarmos da nossa paz?Só de janeiro a outubro de 2014, no município do Rio de Janeiro,ultrapassamos esse número de mortos.Essa guerra tem um inimigo definido: as drogas. Sob o pretexto de salvar asociedade – e principalmente nossos jovens – desse mal representado pelassubstâncias proibidas, promoveu­se por anos políticas de drogas proibitivas,racistas e violentas. Para evitar os efeitos adversos do consumo de drogas,acabou­se matando quem se queria proteger. A juventude tem arcado com asmaiores consequências dessa violência institucional. São jovens negros epobres os que mais morrem, que mais vão presos e que menos têm acesso àatenção médica adequada. Tornaram­se alvos secundários dessa guerra.É hora de acabar com a guerra às drogas, que volta­se contra nossajuventude. O Conselho Nacional da Juventude comprou essa causa e lançouuma carta em que pede uma urgente reinvenção da política de drogas noPaís. Nela, condena a política beligerante atual e chama a atenção para anecessidade de conhecer novas práticas que adotem direitos humanos comoseu eixo central de atuação, focando a promoção da cidadania, além deapontar para a necessidade de investir em programas preventivos paraacabar com esse vetor de promoção da violência contra a juventude.É preciso saudar essa iniciativa, para que ela ganhe peso nas discussões demovimentos sociais e, principalmente, dentro das esferas do GovernoFederal. Não há juventude viva sem uma reforma na política de drogas noPaís. O ano de 2013 ficará na memória pelas chacinas que foram lembradas.Que nos lembremos de 2014 como o ano em que se deu um passo definitivopara deixá­las apenas na memória.*Ana Paula Pellegrino é coordenadora da Rede Pense Livre e pesquisadorado Instituto Igarapé.FONTE: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/por­que­matamos­tantos­jovens­negros­no­brasil­2387.html

Page 17: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Proposta IVA partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nosconhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija textodissertativo­argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre otema:

Violência obstétrica e o parto humanizado no Brasil

apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos efatos para defesa de seu ponto de vista.TEXTO I

Violência obstétrica: 1 em cada 4 brasileiras diz ter sofrido abuso no parto

“Você sofreu abusos”. Quando a paranaense Kelly Mafra publicou seu relatode parto em uma comunidade no Facebook para mães, em 2014, nãoimaginava que o primeiro comentário que receberia seria esse. A experiênciana maternidade, no nascimento do primeiro filho, havia ficado muito aquémde suas expectativas mas, até aquele momento, ela não se via como vítima.Ela havia pensado na rudeza da equipe médica como um tipo de malinevitável. Na sala de parto, não haviam permitido a entrada do marido deKelly, apesar de odireito ser garantido em lei desde 2005. Quando as doresdas contrações chegaram, ouviu: “Na hora de fazer, não gostou?” e “Nãogrita, vai assustar as outras mães”.Depois que o bebê nasceu, disseram que ela levaria o “ponto do marido”,para “continuar casada”. No parto normal de Kelly, o médico fez um pequenocorte no períneo (um grupo de músculos que sustenta os órgãos pélvicos)para facilitar a saída o bebê, aepisiotomia. Recomendada em alguns casospela Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil o procedimento éregra. Kelly não foi avisada. Na sutura, o médico deu um ponto a mais paraapertar a abertura da vagina. 

Page 18: Revista de Redação - Propostas Volume 1

O procedimento, sem base científica, acompanha a crença de que a vaginase alargaria após o parto, tornando o sexo insatisfatório para o homem. Kellyainda sente dores, uma vez que a elasticidade normal do órgão foi reduzida.A história de Kelly e de outras mulheres ilustra um drama vivido por uma emcada quatro brasileiras que deram à luz, segundo a pesquisa Nascer noBrasil, coordenada pela Fiocruz: a violência obstétrica.O termo agrupa atos de desrespeito, assédio moral e físico, abuso enegligência, e só nos últimos anos vem sendo levado a sério por pioneiros nacomunidade dos profissionais de saúde, administradores hospitalares e naJustiça. “Ir para uma instituição para ter filho e ser desrespeitada é umproblema de saúde”, diz a obstetra Suzanne Serruya, diretora daOrganização Pan­Americana da Saúde. Em 2014, a Organização Mundial daSaúde publicou um documento condenando a violência obstétrica. Ela afirmaque essas práticas foram consideradas normais até o fim do século XX. Nosanos 1990, já havia atenção ao assunto entre defensores de direitos dasmulheres, mas a maior parte da comunidade médica não considerava o temamerecedor de debate. O primeiro documento científico sobre falta de respeitono parto é de 2000. “Por 30 anos, as mulheres se posicionaram dizendo ‘nãoqueremos ser maltratadas'. Finalmente, conseguiram mover instituições atomar um posicionamento”, afirma Suzanne. Na Venezuela e no México, alegislação vigente em ambos países inclui um tópico específico sobreviolência obstétrica. No Brasil, a Federação Brasileira das Associações deGinecologia a Obstetrícia publicou que é preciso humanizar o parto e queproduzirá uma cartilha "de boas práticas em obstetrícia". Para Suzanne, odesrespeito para com a parturiente, sua criança e sua família ainda é umaprática comum e considerada normal em muitos hospitais e maternidades.A convite de ÉPOCA, as personagens de uma reportagem publicada naedição que está nas bancas, a atriz Grazielli Massafera e a jornalista eapresentadora Astrid Fontenelle posaram para a campanha#partocomrespeito, que ÉPOCA lança agora nas redes sociais, não apenaspara as mães nem para as mulheres. Como a reportagem mostra, o partocom respeito é um direito de todos, e importante para toda a sociedade.FONTE: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/07/violencia­obstetrica­1­em­cada­4­brasileiras­diz­ter­sofrido­abuso­no­parto.html

Page 19: Revista de Redação - Propostas Volume 1

TEXTO II

Projetos buscam tornar lei a humanização do atendimento• PL 7.633/2014 (na Câmara), do deputado Jean Wyllys, estabelece quemédicos e profissionais de saúde devem dar prioridade à assistênciahumanizada à mulher e ao recém­nascido no ciclo da gravidez até o pós­parto. Os hospitais deverão respeitar o limite de 15% de cesáreas,recomendado pela Organização Mundial da Saúde.• PLS 8/2013, do ex­senador Gim, obriga a obediência às diretrizes eorientações técnicas e o oferecimento de condições que possibilitem aocorrência do parto humanizado nos estabelecimentos do SUS. Já aprovadono Senado e remetido à Câmara, foi motivado pelos esforços da Rehuna,coletivo de profissionais de saúde em Rede pela Humanização do Parto eNascimento.• PLS 75/2012, da senadora licenciada Maria do Carmo Alves (SE), proíbeque a gestante detenta seja algemada durante o parto.• PEC 100/2015 (na Câmara), do deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB­PB), disponibiliza equipe multiprofissional para atenção integral no pré­natal,parto e pós­parto, pelo SUS.• PL 359/2015 (na Câmara), da deputada Janete Capiberibe (PSB­AP),propõe fornecer curso de qualificação básica para as parteiras tradicionais eincluir sua atividade no âmbito do SUS.FONTE: http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/03/15/congresso­combate­violencia­obstetrica

Page 20: Revista de Redação - Propostas Volume 1

TEXTO III

Page 21: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Proposta VA partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nosconhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija textodissertativo­argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre otema:

Os crimes virtuais na realidade da sociedade brasileira

apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos efatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO IA Lei 12.737/2012 – Lei “Carolina Dieckmann”(...) A referida lei dispõe sobre a tipicidade das infrações penais de delitosrealizados virtualmente, trazendo mudanças para a punição desses tipos decrimes.O artigo 2º da Lei acrescentou o seguinte texto ao artigo 154 – A do CódigoPenal: Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede decomputadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança ecom o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações semautorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalarvulnerabilidades para obter vantagem ilícita.A pena para esses casos é de três meses a um ano e multa. O parágrafoprimeiro do artigo segundo dispõe que na mesma pena incorre quem produz,oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de computadorcom o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput. As penasdeste artigo pode aumentar de um sexto a dois terços se houver prejuízoeconômico.

Page 22: Revista de Redação - Propostas Volume 1

O parágrafo terceiro acrescenta ao Código Penal que se da invasão resultar aobtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredoscomerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou ocontrole remoto não autorizado do dispositivo invadido a pena será de seismeses a dois anos. Esse parágrafo também prevê a possibilidade deaumentar a pena de um a dois terços se houver divulgação, comercializaçãoou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informaçõesobtidos.

A pena aumenta de um sexto até a metade se o crime for praticado contraalgumas pessoas, como por exemplo, o Presidente da República.

A lei acrescentou também ao artigo 154 – B do Código Penal que somente seprocede mediante representação, salvo se o crime é cometido contra aadministração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União,Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionáriasde serviços públicos. (...)FONTE: http://painelpolitico.com/lei­carolina­dieckmann­a­vida­pratica­e­a­ineficacia­da­aplicacao­da­pena/

TEXTO II

Impunidade de crimes cibernéticos alimenta ódio e ataques ao feminismo

Blogueira Lola Aronovich ganha apoio da OAB para acionar misóginos naJustiça, mas tipificação de crimes na rede ainda precisa de debates e projetosde lei para sociedade avançar

(...) Pelos menos desde 2011, Lola enfrenta a ira de reacionários e misóginos,que chegaram a criar um site falso para acusá­la de fazer aborto em umaaluna em sala de aula, entre outras coisas, pois a proibição ao aborto é umadas principais bandeiras dessas pessoas movidas por sentimentos de ódio. 

Page 23: Revista de Redação - Propostas Volume 1

“Eu continuo recebendo ameaças”, diz Lola, que prepara com apoio da OABde seu estado uma queixa­crime contra os dois internautas que tambémproduziram vídeos em ataque à sua imagem.

No fim de novembro, manifesto assinado por entidades do campoprogressista, como o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararée a Associação Nacional pela Inclusão Digital (Anid), bem como por pessoasque defendem a liberdade de expressão, levou apoio a Lola, pedindoprovidências por parte da polícia. A página falsa, diz o manifesto, foi“amplamente divulgada por figuras como Roger Moreira e Olavo de Carvalho,alguns dos principais responsáveis na formação (ou deformação) de opiniãoda crescente onda de conservadores e fascistas nas redes sociais”. (...)FONTE: http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2015/12/impunidade­de­crimes­ciberneticos­alimenta­odio­e­ataques­ao­feminismo­4137.html

TEXTO III

Crimes virtuais e a falsa sensação de impunidade

Esse tipo de crime tem consequências não só para quem faz a ofensa, mastambém para quem compartilha

(...) Uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviçose Turismo no Estado de São Paulo (Fecomercio­SP) mostrou que o númerode vítimas virtuais cresceu nos últimos anos. Em 2013, em São Paulo, 14%dos entrevistados foram ou conhecem alguém que já foi vítima de crimevirtual. Sendo do principal crime a clonagem de cartão de crédito/débito(44,5%), seguida da compra em empresa fantasma (16,5%) e a utilizaçãosem autorização de seus dados pessoais (14,8%).Mesmo havendo riscos frequentes apontados para operações na internet, apesquisa mostra que 65,4% dos usuários utilizam alguma ferramenta paraevitar a captação de senhas, fraudes e invasão do computador.

 

Page 24: Revista de Redação - Propostas Volume 1

Mesmo se sentindo lesadas, as pessoas não acreditam na solução de crimesna internet. A pesquisa aponta ainda que 86,2% não acreditam que apenas a“Lei Carolina Dieckmann” seja suficiente para combater crimes virtuais. (...)FONTE: http://www.capitalteresina.com.br/noticias/tecnologia/crimes­virtuais­e­a­falsa­sensacao­de­impunidade­26938.html

TEXTO IV