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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 www.varaldobrasil.com 1 ® ® Literário, sem frescuras! ISSN 1664-5243 Ano 4 - Janeiro/Fevereiro de 2013—Edição no. 19

Revista Varal 19

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 

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Literário, sem frescuras! ISSN 1664-5243

Ano 4 - Janeiro/Fevereiro de 2013—Edição no. 19

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®  

ISSN 1664-5243

LITERÁRIO, SEM FRESCURAS

Genebra, inverno de 2013 No. 19

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EXPEDIENTE Revista Literária VARAL DO BRASIL

NO. 19 - Genebra - CH - ISSN 1664-5243

Copyright Vários Autores

O Varal do Brasil é promovido, organizado e rea-lizado por Jacqueline Aisenman

Site do VARAL: www.varaldobrasil.com

Blog do Varal: www.varaldobrasil.blogspot.com

Textos: Vários Autores

Colunas:

Fabiane Ribeiro

Sarah Venturim Lasso

Sheila Ferreira Kuno

Ilustrações: Vários Autores

Foto capa: © rudisetiawan - Fotolia.com

Foto contracapa: © Jacqueline Aisenman

Muitas imagens encontramos na internet sem ter o nome do autor citado. Se for uma foto ou um desenho seu, envie um e-mail aqui para a gente e teremos o maior prazer em divulgar o seu ta-lento.

Revisão parcial de cada autor

Revisão geral VARAL DO BRASIL

Composição e diagramação:

Jacqueline Aisenman

A distribuição ecológica, por e-mail, é gratuita. A revista está gratuitamente para download em seus site e blog.

Se você deseja participar do VARAL DO BRASIL NO. 20 envie seus textos até 10 de fevereiro de 2013 para: [email protected]

O tema da edição no. 20 será MULHER: UM UNIVERSO (Envie seu texto em prosa ou em verso acompanhado de nosso formulário até o dia dez de fevereiro de 2013).

O tema da edição no 21 (maio 2013) será livre.

NATUREZA

Por Antonio Cabral

Falar em Rio + 20

não é coisa com que me anime,

mas façamos o seguinte:

Destruição sempre é crime.

Macacos de opinião

esses do nosso zoológico,

pois mostraram algo lógico:

Ninguém topa "banguzão!"

Quem conhece natureza

pelo "Globo Ecologia",

é um pobre de certeza,

come sapo em vez de gia.

"Minha terra tem palmeiras",

disse o poeta a cantá-las;

mas pra cantar as palmeiras,

precisamos replantá-las.

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Há muito tempo o ser humano vem praticando o mal contra si mesmo, contra o Planeta no qual vive e contra os seres que com ele dividem o Planeta.

O uso indiscriminado das riquezas naturais, o tratamento inadequado do lixo produzido. A falta de humanidade na relação com os animais. O descaso diante das matas que se reduzem dia após dia.

O ser humano faz tanta questão de destacar dos demais seres como sendo racional e o que ele mais faz em sua vida é dar provas de irracionalidade.

Neste nosso mundo que busca na poesia das palavras um recurso para suavizar tamanhos maus-tratos e descasos, convidamos autores de todos os cantos a escrever sobre o Planeta Terra e a Vida.

O resultado, vocês verão, é uma declaração de amor provando que sim, ainda existem pessoas que se importam com o futuro deste maravilhoso lugar em que vivemos.

O carinho destas pessoas que escreveram se traduz em palavras em defesa do Planeta. Poe-mas, contos, crônicas. A prosa e o verso se unindo contra a desgraça que atinge a vida.

O mundo não se acabou em 2012, como alguns poderiam pensar! Mesmo que tanto de ruim te-nha e continue sendo feito, o Planeta Terra ainda nos acolhe e a todas as formas de vida!

Iniciamos assim o ano de 2013 com a força do amor, esperando que o ser humano possa com-preender o valor da proteção ambiental, da proteção dos animais e de si mesmo.

Tenhamos todos um Feliz 2013!

Que a vida seja plena, que nos traga o melhor e a ela possamos dar o nosso melhor!

Jacqueline Aisenman Editora-Chefe da Revista Varal do Brasil

Imagem: h p://assisaraujo.wordpress.com/ 

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ALBERTO ARAUJO

ANA ROSENROT

ANGELA GUERRA

ANTONIO CABRAL

ANTONIO VENDRAMINI NETO

BETO ACIOLI

CARLOS ALBERTO OMENA

CAROLINE AXELSSON

CESAR SOARES FARIAS

CINTIA MEDEIROS

CLÁUDIO DE ALMEIDA HERMÍNIO

CLÉO REIS

CLEVANE PESSOA DE ARAÚJO LOPES

CRISTINA CACOSSI

DHIOGO JOSÉ CAETANO

DOMINGOS A. R. NUVOLARI

EDNALDO MUNIZ

ELIANE ACCIOLY

EVELYN CIESZYNSKI

FABIANE RIBEIRO

FLÁVIA ASSAIFE

GILBERTO NOGUEIRA DE OLIVEIRA

HELENA AKIKO KUNO

ISABEL C. S. VARGAS

IVANE LAURETE PEROTTI

JACQUELINE AISENMAN

JANDYRA ABRANCHES

JOSÉ CAMBINDA DALA

JOSÉ CARLOS PAIVA BRUNO

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JOSÉ HILTON ROSA

JOSÉ LUIZ PIRES

JOSSELENE MARQUES

LENIVAL NUNES DE ANDRADE

LUIZ CARLOS AMORIM

MAGNO OLIVEIRA

MARCELO DE OLIVEIRA SOUZA

MARIA EMILIA ALGEBAILE

MARIO OSNY ROSA

MARIO REZENDE

MARLUCE ALVES F. PORTUGAELS

MARLY RONDAN

MARTA CARVALHO

MARIA NILZA DE CAMPOS LEPRE

NORÁLIA DE MELLO CASTRO

ODETE BIN

OLIVEIRA CARUSO

OSIEL FERREIRA VIEIRA

RENATA IACOVINO

RO FURKIM

ROBINSON SILVA ALVES

ROBSON LUIS S. COSTA

SANDRA BERG

SANDRA COUTO

SANDRA M. FERRARI RADICH

SARAH VENTURIM LASSO

SHEILA FERREIRA KUNO

SILVANA BRUGNI

VALQUIRIA GESQUI MALAGOLI

VALQUIRIA IMPERIANO

VARENKA DE FÁTIMA

VERA SALBEGO

VO FIA

WILTON PORTO

YARA DARIN

 

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De olhos abertos Sempre ouvi dizer ao decorrer de minha existência, que ratos são animais desprezíveis, odiados pelos seres humanos, restando-lhes apenas o direito de serem cobaias e alimento dos animais vorazes. Ao ler um artigo publicado na internet, fiquei surpreso ao saber que estes roedores são usados desde 2004 no combate às minas terrestres na África, além disso, são capazes de detectar a bactéria da tuberculose. Então, podemos afirmar que se estes animais nos causam transtornos ou transmitem doenças, não o fazem de forma consciente, em detrimento de alguns homens que destroem o meio ambiente, ceifam a vida alheia, ceifando a si próprios. Foi pensando nisso que escrevi os seguintes versos:

BRUTALIDADEPor Cláudio de Almeida Hermínio Homens e mulheres atravessam o mundo Insinuam poses cadavéricas Relutam com seus próprios desejos Não sabem se vão ou se ficam. Na espreita de um sorriso qualquer As mesmas bocas que mostram os dentes Trituram migalhas que caem ao chão Igualam-se ao esterco e folhas apodrecidas. Não se contentam com a realidade iminente Exalam o odor que a todos devoram Arrastando-os ao esquecimento da própria vida. De nada adiantam às lágrimas Que jorram na face Desaguam em vão.  

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O universo caminha em uma escuridão sem fim

Na trajetória das galáxias giram come-tas e planetas.

Nasceu à via Láctea com um sistema solar espetacular

Deu origem à vida na terra, transfor-mando-a em um planeta azul.

Vivemos aqui com os encantos e so-bressaltos da natureza, que são frutos gerados por seu útero, transformando tudo em sementes, que dão frutos da

vida, do amor e da contemplação, tudo com eterna beleza.

 

 

Por Antonio Vendramini Neto

É fria a madrugada

Sorrateira e silenciosa

Quietude que se impõe na calada da noite

Vozes roucas lamentam infortúnios

É mórbido o momento

Súplicas e suspiros dobrados

Ecoam ao vento em forma de açoite

Explosão no céu

Um cometa mergulha na escuridão

A visão fica turva

É o caminho do medo

Coração disparado

Com um frenesi de emoções

É o sol da meia noite

A noite virou dia

Passo trôpego na calçada

Ritmo desenfreado

Marcha alucinante

Rufar de tambores

O mundo quase acabou

O ontem já se foi

O amanhã ainda não chegou

É o ultimo capitulo de uma era

Que foi escrito por mim

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Dente-de-Leão

Por Ana Rosenrot

Eu estava com muita pressa, tinha centenas de coisas para fazer, inúmeros clientes para visitar e pouquíssimo tempo, andava pelas ruas quase correndo, lutando para me movimentar rápido em meio ao enorme fluxo de pessoas, o coração acelerado e a cabeça doendo devido ao estresse – o grande mal da vida moderna −; quando o vento, que espelhava poeira por todos os lados, fez pousar em meus óculos algo muito interessante: sementes de dente-de-leão.

Peguei uma delas e ao ver aquela sementinha tão linda e aerodinâmica, a penugem branquinha e incrivelmente leve, recordei imediatamente de minha infância, quando colhia uma daquelas bolas brancas e um simples assopro desfazia-se em dezenas de paraquedas imaginá-rios, prontos para viverem incríveis aventuras pelos quatro cantos da Terra.

Pensando bem, somos como as sementes de dente-de-leão, nascemos protegidos por nossa “planta” mãe e pouco a pouco vamos nos desenvolvendo, tentando sair do invólucro natu-ral que nos mantém afastados das intempéries da vida, loucos para expor-se completamente à luz do sol e todos vão se preparando da melhor forma possível, até o grande momento de alçar voo e dar o máximo de si para pegar os melhores ventos e buscar um local adequado para ger-minar e crescer; muitas caem no asfalto duro, na terra infértil, sobre os arranha-céus, ficam gru-dados nas roupas – ou óculos – de alguém, podendo ser novamente levadas pelo vento se fo-rem persistentes, ou simplesmente ficam presas nos desvãos da rua até secarem; poucas en-contram o lugar e as condições ideais para desenvolver-se com plenitude.

Nós seres humanos, também somos assim, uns se esforçam e vencem na vida, outros não. O problema é que, ao contrário da semente de dente-de-leão, quando finalmente atingimos nossos objetivos, ao invés de florescermos, parece fazer parte da natureza humana o oposto: vamos murchando, perdendo o interesse, ficando estagnados. Eu mesmo, que lutei tanto para alcançar o sucesso e agora vivo estressado por ter tantos clientes e não saber administrar bem meu tempo; estou sempre irritado, nervoso, vazio, sem coragem para tomar novas iniciativas. Mas estranhamente, as sementes que grudaram em meus óculos, reacenderam a chama, o de-sejo de ir mais longe, de recomeçar, de procurar novos caminhos.

Não é à toa que no Nordeste Brasileiro essa planta é chamada de “esperança” e deu ori-gem a um sábio dito popular:

“Abre as janelas e deixa a “esperança” entrar na tua casa trazida pelo vento da tarde”. Devemos deixar que essa semente germine em nossos corações e reinicie seu ciclo na-

tural, para podermos alcançar voos cada vez mais longos, mais altos, infinitos, cheios de “esperança”.  

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Grito Existencial

Por Beto Acioli

Grita um silêncio em meu grão deserto

Faz-me arder áridos sentimentos

Passo, deveras, longos maus momentos

O sofrimento faz meu mundo inquieto

O meu tormento passa-se em secreto

Expilo prantos coração adentro

Navalho cortes sanguinolentos

Retalho a alma em perverso decreto

A fundo peno com meus desatinos

Sinto o profundo gosto do veneno

Morrendo aos poucos a cada segundo

Decerto seja o maldito mundo

Impondo a vida pelo que devemos

Ou nos expondo à sorte do destino

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Sangue derramado

Angela Guerra

A cor dos mares, oceanos, lagos e rios é o azul, puxando, às vezes, pro verde; invariavelmente cinza, ao cair do crepúsculo... Cinza escuro, quase negro, quando nuvens carregadas prenunciam tempestades... Até o Mar, dito "Vermelho", se submete a essas regras imemoriais. Agora, a Mãe Natureza (em represália?!...) nos prega peças!... Triste, degradada, ferida em sua integridade, começa a sangrar... Águas tingem-se de vermelho, no Senegal e na Austrália!... Lá se vai a harmonia relaxante, o verde-azul que nos cerca, acalma a vista e o espírito, tornando-nos a alma menos inquieta... A culpa é do sal, das algas, dizem os ecocientistas de plantão... E se for contagioso?!... Que perigo!... Adeus tranquilidade... Já se pensaram encurralados pelo sangue de nossa Mãe Maior?...

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GRITO DE SOCORRO

Por Carlos Alberto Omena

Ouvi choros, gritos, Apelos e lamentos.

Era o nosso planeta, Agonizando em sofrimentos.

Ganância, descaso,

descomprometimento, Tudo, em nome do desenvolvimento, E o nosso planeta agonizando grita:

Socorro! Eu estou morrendo.

As árvores lágrimas vertiam. Eram lágrimas de dor e sofrimento

Pois mercenários madeireiros, As derrubavam em grande

desmatamento.

Sem árvores, as aves sumiram Causando enorme destruição. Estão diminuindo uma a uma

E ameaçadas de extinção.

Os rios, já quase sem vida, Por causa da poluição,

Lutam pela sobrevivência. Isso sim é degradação.

Com os rios imundos e poluídos,

Os peixes morrerão. E num futuro bem próximo,

Ficaremos sem alimentação.

Nosso ar , já quase rarefeito, Quase não podemos respirar.

Graças a ação do homem, Estamos por nos matar.

O sol por demais esquentando,

O frio já congelando, O planeta agonizando,

E a vida se acabando.

Mas, se o homem quiser Essa realidade pode mudar

Com muita luta, consciência e união, Nosso planeta podemos salvar.

Vamos agir de imediato

E do nosso planeta cuidar. Ainda podemos salvá-lo,

E uma bela herança deixar.

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SUFLÊDELEGUMES

EnviadaporChristianneMeirelles

Fonte:http://tudogostoso.uol.com.br/

INGREDIENTES

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300mldeleite

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50gdequeijoralado

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Legumescozidosecortadosemcubos

MODODEPREPARO

Derretaamanteiga,semdeixaresquentarmuito

Junteafarinha,depoisosaleoleite,mexasempreateengrossar

Retiredofogoedeixeesfriar

Mistureasgemasbembatidas,oqueijo,eoslegumes

Por imasclarasemneve

Leveimediatamenteaofornoa180°C,emumpirexuntadocommanteiga,por15minutos

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Exorcista Por Caroline Baptista Axelsson

Visto de longe até Drácula é decorativo. Existem realmente coisas no mundo que devem ser observadas à distancia. Existem outras porém que devem ser consideradas com pai-xão, e a vida é uma delas. Porque vivemos? É uma pergunta intelectual mas a resposta é sentimental. Falar e discutir é mágica de boca. Viver é sentir. A vida é emotiva, é um exer-cício pulsante e eternamente apaixonado. Seu significado reside nos sentimentos e praze-res de momento a momento. O sentido da vida é viver. Não sabemos de tudo e nunca sa-beremos, mas quando ignoramos a beleza da natureza e nos apegamos somente à selva urbana terminamos como pedras, observando a destruição ambiental da mesma maneira como observamos Drácula, só de longe...Já que não queremos enfrentar e resolver os pro-blemas, escrevemos poemas sobre a desgraça embelezando ou lamentando a deforma-ção. E de que serve toda esta literatura? Vidros carbonizados, lixo na grama, vazamentos na rua, árvores mortas, inseticidas na comida, oceanos afogados em petróleo morrendo aos poucos, quem se responsabiliza? Se poluir é tudo que sabemos fazer, aproveite a noi-te, aproveite o dia, em um ano ou dois não existe mais nada!

Agir funciona. Em todo o mundo há jardins diferentes. Num jardim japonês cada árvore está perfeitamente podada, sem nenhuma folha fora do lugar. Os jardins ingleses são famosos por suas rosas e linhas perfeitas de arbustos. O número de jardins é enorme mas uma coi-sa é verdadeira para todos. Os jardins são a criação comum entre a intenção do homem e a capacidade da natureza de cumprir! A Terra ama quando é amada. Infelizmente muita gente está possuída pela ganância e o único exorcista que pode nos salvar é a consciên-cia.

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                                   Meu querido tambo Por César Soares Farias

 

 

Ele relutou bastante antes de ligar. Foram necessárias varias conversas entre os dois para que, enfim, vencido pelo cansaço e sem mais argumentos para se agarrar, Arthur tomasse a iniciativa. Arthur tinha qualidades e talentos incontestáveis, granjeando através deles muitas ami-zades. A sua conversação era agradável, com bom senso de humor. Apesar dos quase quaren-ta anos, era um mulato com dentes bem polidos, olhar vivaz e pele saudável. Combinava sim-patia com beleza, e isso naturalmente abria-lhe algumas portas. Havia algo nele, contudo, que andava esgotando a paciência da sua mulher. Kleiva custara a perceber uma triste mas estam-pada realidade: O rapaz não gostava de trabalhar. O gelo, todos sabem, não foi feito para o contato com o fogo, pois derrete-se e perde a sua forma característica. A água, por sua vez, não nasceu para o óleo, pois se colocarmos am-bos num copo eles sequer se misturam. Se deixarmos de lado os estados físicos da matéria e o mundo dos elementos químicos para adentrarmos no reino animal, veremos que da mesma for-ma, algumas espécies repelem ou incompatibilizam-se com outros seres e/ou ambientes. É o caso do peixe, que não nasceu para a grama ou para o chão de saibro. Por outro lado, o bom ditado já diz: “Gato escaldado tem medo de água fria” e dificilmente veremos o felino jogando-se por vontade própria num banho de rio. Arthur, conforme constatado e comprovado de fato, não nascera para o trabalho. Fugia dele co-mo o diabo da cruz. Duas semanas antes de Kleiva colocá-lo contra a parede, insistindo com aquela página dos classificados aberta diante dele, escutou ela um intrigante diálogo. Naquele dia, ao final da tarde, receberam em casa a visita de Diogo, o vizinho e cumpadre que batizara Úrsula, a nenê do casal. Tomaram chimarrão, falaram sobre a última rodada do Gauchão e já no portão, quando a sós ficaram os dois varões, houve uma proposta do visitante, pedreiro “de mão cheia” e sempre bem requisitado para obras. -- Ólha, to precisando di servente pra erguê umas parede lá na Dona Eloá. Ela qué qui faça um quarto nos fundo pru guri dela. Fiquei di passá lá amanhã cedo pra dá um orçamento pra velha. Di tarde, si fizé tempo bom, já começo o serviço... Tá a fim di encará essa? -- Bah cara... É qui eu ajudo a Kleiva a cuidá da guriazinha aqui em casa... agora fica ruim pra mim...

                    CASEIROS PARA TAMBO DE LEITE 

                                        EM VIAMÃO 

 

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ELA: Ordenhar manhã (05:30/07:30h) e tarde(16:30/18:30h), limpeza sala leite/ordenha, comida aos cachorros e limpeza casa principal. Sal: R$ 400,00

ELE: Trato, pastagens, trator e limpeza estábulo. Sal: R$ 600,00

Obs: Boa casa com horta/galinhas, semi-mobiliada, água, luz e cesta básica.

Interessados contatar com Sr. Enilson 436-2432 ou

8248-5104

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            Ela ouviu tudo em silêncio, imóvel, atrás da cortina na janela e guardou pra si a revela-ção. Na gíria, diria-se que naquele exato instan-te, após tão forte sacudida, a ficha finalmente caiu. A situação financeira deles era preocu-pante e muito pouco promissora. Viviam de ran-chos ofertados pela sogra de Kleiva e ás vezes por sua própria mãe, que trazia compras ás es-condidas do marido, homem duro, que não ad-mitia “sustentar vagabundo”. Pra piorar, Arthur andava jurado de morte por traficantes e alerta-do pra si o olhar da polícia. As ofertas de trabalho, isso ela não ig-norava, estavam escassas. Haviam vagas, mas só para pessoas qualificadas com cursos e, principalmente, com experiência na função. Trabalhar num tambo, porém, parecia ser a chance de ouro para os dois, que não tinham assim tanto estudo. Além disso sairiam daquela vila onde o clima começava a ficar nebuloso. A luz no fim do túnel havia brilhado de fato na-quele anúncio. Acabaram caindo nas graças do tal Enilson, proprietário daquele rebanho leiteiro, residente na zona rural do município de Via-mão, à 10 km de Porto Alegre. Deixaram a pe-quena Úrsula com a mãe de Arthur e partiram para aquela guinada em suas vidas. O tambo abastecia armazéns e casas das redondezas, dispondo de vasta freguesia e credibilidade. O rapaz em sua primeira semana no emprego até que demonstrou algum empe-nho. Contudo, como de costume, começou a achar desgastante aquela rotina de acordar ce-do em pleno inverno gaúcho. Seu Enilson, que simpatizara bastante com ele, ofereceu-lhe um remanejamento de função. Foi transferido para um abatedouro do fazendeiro, distante 2 km dali, onde lavaria sangue do chão e recolheria tripas, chifres, pêlos e tudo que não era apro-veitado pelo açougue. O novo horário da pega-da, às 10:00 h da manhã, de imediato lhe agradou. Dava para descansar um pouco mais na cama. Observando, certa vez, a linha de pro-dução e abate da firma, deparou-se com um fato curioso que fez-lhe pensar com seriedade. O abatedouro executava o chamado “abate hu-manitário”, onde os animais são respeitados e vivem com dignidade todos os seus dias. Certa ocasião, resolveu o rapaz assistir passo a pas-so, como os bois e vacas eram tratados nos momentos finais de vida. Sentou-se conforta-velmente num banquinho, bem perto do corre-dor final ou mangueira, por onde dois bois aca-

bavam de passar, espetados pela lança do car-neador. O da frente, marrom de patas brancas, pêlo lustroso e ralo, foi golpeado na cabeça por uma barra de ferro. Emitiu um longo mugido de dor. Apanhou ainda outras vezes, sempre na região do crânio, e por fim dobrou os joelhos, tombando pesadamente ao chão. O de trás, branco da raça zebu, brecou à 10m da linha de abate com um olhar assombrado. Parecia niti-damente perceber o que lhe aguardava logo à frente, sendo necessários vários gritos e algu-mas leves espetadas humanitárias dos peões para fazê-lo prosseguir. Arthur é hoje um convicto trabalhador do tambo, parece resignado à sorte que teve ao lado da companheira e não come mais carne de gado. Kleiva, por sua vez, pôde enfim agra-decer e pagar as promessas à sua Nossa Se-nhora das Causas Impossíveis. Seu homem finalmente enveredou pela trilha do esforço e do suor para ganhar o pão. Úrsula mora com eles no chalé de madeira cedido pelo Sr. Enil-son, adaptando-se com bastante rapidez à vida no campo.

 

 

 

 

 

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Por Cintia Maria de Medeiros

Ele era um menino igual a cem mil outros meninos do mundo, tinha o ar curioso e

vontade de explorar planetas. Via o pequeno príncipe viajando por entre cometas, e queria fazer o mesmo...bem, mas ele não tinha um cometa...como chegar ao céu?

Começou a namorar a lua, olhava pra ela...e se perguntava, como chegar até ela? Estava tão distante, não havia como chegar até ela...!!

Começou então a observar o céu, estudava seus detalhes...queria viajar o universo, fazer morada num planeta bem distante de tudo que encontrou aqui na Terra. Decidiu-se por Plutão, nem grande nem pequeno...mas distante o bastante de um prato de cuscuz!!

Correu pro laboratório e pôs-se então a planejar...passava horas observando o céu, e todos os seus planetas...aprendeu a se guiar pelas estrelas, e sabia exatamente cada ciclo de cada um passava...!! Mas como chegar ao céu? Queria viajar entre os planetas, o mundo era pequeno demais pros seus pensamentos...!!

Resolveu inventar uma máquina de tele transporte...que pudesse viajar no tempo e no espaço. Foram meses juntando peças, projetando minúcias que não permitissem a menor sombra de falhas...e muitas falhas, problemas e dificuldades...ora ela pegava, ora ela quebrava...!! E novas peças vinham, novas formas iam se adaptando e novas dificuldades chegavam...!!

Ele olhava pro céu, via os planetas tão distantes e tudo que queria era chegar ao céu, viajar entre os planetas e fazer morada em Plutão, mas como chegar?! A máquina não pegava...

Foi então que teve uma ideia, voltou pro laboratório e começou a observar sua invenção. Lembrou-se de uma peça antiga que havia comprado já algum tempo em de suas viagens, lá na França...era uma chave elétrica, que ele nem sabia se funcionava...não custava tentar...!!

OMENINOEOESPAÇO

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Fez alguns testes, e nada...!! Como viajar entre os planetas?! Tenta daqui, tenta dali...e haja graxa!! Mas não é que a danada pegou?! Só faltava desco-

brir se funcionava... O fim eu não sei, o menino, como num passe de mágica sumiu...desconfio que esteja mo-

rando em Plutão, viajando entre os Planetas...mas com a Terra ele não quis mais conversa, e jurou que se um dia fosse nunca mais comeria cuscuz...o que ele não sabe é que na sua bolsa eu coloquei um pacote de fubá!!

 

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Sarah Venturim Lasso 

.........O guia do mochileiro das galáxias?

Em clima de “fim de mundo” este livro dá certo tom de humor ao fim do nosso querido planeta. Em meio a toalhas e aliens que reci-tam poemas, tudo pode acontecer quando um terráqueo fica sem lar.

O filme não deixa por menos, mas confesso que o livro dá mais as-sas a imaginação, como sempre!

E pelo menos ficamos gratos de não viver em um planeta, como os personagens visitaram, onde quando se tem uma ideia ou quan-do pensa, ganha-se uma pá na cara!

Diversão na certa pro dia do fim do mundo!

 

Venha participar conosco da edição de março da revista VARAL DO BRASIL! O tema: MULHER, UM UNIVERSO. Peça o formulário de inscrição através de nosso e-mail [email protected] Inscrições abertas até 10 de fevereiro. Imagem: http://www.freegreatpicture.com/f

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Reciclagem de Pilhas e Baterias  

Ar go: Reprodução 

Fonte: h p://www.infoescola.com/ 

 

As pilhas e baterias são compostas por metais maléficos à saúde do ser humano e nocivos ao meio ambiente, co-mo o mercúrio, chumbo, cobre, zin-co, cádmio, manganês, níquel e lítio. No Brasil, são mais de 1 bilhão de pilhas e cerca de 400 milhões de baterias de celular produzidas e comercializadas todos os anos.

Grande parte das pilhas e baterias descartadas são joga-das no lixo comum sem nenhum tratamento técnico específico. Desde o ano 2000, no Brasil, há uma obrigatoriedade que exige que pilhas e baterias sejam fabricadas com quantidades míni-mas ou nulas de metais poluidores como os citados anteriormente.

Essa exigência faz parte da resolução n° 257 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) de 1999. A resolução foi lançada para coibir os pronunciamentos de diversas empre-sas que insistiam em afirmar que o descarte de pilhas e baterias no meio ambiente era algo na-turalmente aceitável e não nocivo à saúde humana e do meio ambiente.

Segundo o Conama, só é possível jogar as pilhas no lixo comum se houver manejo sustentável nos aterros sanitários. No Brasil, somente 10% dos aterros são gerenciados com manejo. Mui-tas pilhas consumidas no Brasil são provenientes de contrabando e são produtos que estão fora do padrão de segurança e qualidade exigido pelo Conama.

Em nosso país, a reciclagem de pilhas e baterias é mínima, as pessoas ainda possuem a cul-tura de descartar pilhas usadas no lixo comum e de não levar uma bateria de celular usada, por exemplo, nos postos de coleta das operadoras. Segundo dados de 2008, somente 1% das pi-lhas descartadas são recicladas.

Cerca de 1% do lixo urbano é composto por resíduos sólidos tóxicos. Grande parte desses resí-duos, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) são restos de lâmpadas fluorescen-tes, latas de inseticidas e tintas, termômetros, pilhas e bateria.

Se a reciclagem de pilhas e baterias em nosso país ainda não representa um número satisfató-rio pela falta de consciência por parte do consumidor, postos de coletas nas lojas, fiscalização nos procedimentos de retirada por parte das empresas e, sobretudo, de uma legislação e edu-cação que incentive tais causas para reciclagem, uma forma de tentar mitigar o impacto ambi-ental causado pelas pilhas e baterias é substituir, na produção, os metais pesados por novos insumos não nocivos .

Estuda-se a possibilidade de extinguir as pilhas comuns pelas pilhas alcalinas ou por pilhas re-carregáveis na tentativa de diminuir o descarte e o uso de metais pesados.

Fontes: http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-pilhas-baterias.htm http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/pilhas_e_baterias/pilhas_e_baterias.html 

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Leis Ambientais Brasileiras As principais leis brasileiras sobre a defesa do meio ambiente, legislação ambiental brasileira  

Ar go: Reprodução 

Fonte: h p://www.suapesquisa.com/ 

 

Principais leis de proteção ambi-ental no Brasil

- Novo Código Florestal Brasilei-ro - Lei nº 4771/65 (ano 1965)

- promulgada durante o segundo ano do governo militar, estabeleceu que as florestas existentes no terri-tório nacional e as demais formas de vegetação, ...são bens de interes-se comum a todos os habitantes do País.

- Política Nacional do Meio Am-biente - Lei nº 6938/81 (ano 1981)

- tornou obrigatório o licenciamen-to ambiental para atividades ou em-preendimentos que possam degra-dar o meio ambiente. Aumentou a fiscalização e criou regras mais rí-gidas para atividades de mineração, construção de rodovias, exploração de madeira e construção de hidrelé-tricas.

- Lei de Crimes Ambientais - De-creto nº 3179/99 (ano 1999)

- instituiu punições administrativas e penais para pessoas ou empresas que agem de forma a degradar a natureza. Atos como poluição da água, corte ilegal de árvores, morte de animais silvestres tornaram-se crimes ambientais.

- Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SUNC) - Lei nº 9985/2000 (ano 2000)

- definiu critérios e normas para a criação e funcionamento das Uni-dades de Conservação Ambiental.

- Medida Provisória nº 2186-16 (ano 2001)

- deliberou sobre o acesso ao patri-mônio genético, acesso e proteção ao conhecimento genético e ambi-ental, assim como a repartição dos benefícios provenientes.

- Lei de Biossegurança - Lei nº 11105 (ano 2005)

- estabeleceu sistemas de fiscaliza-ção sobre as diversas atividades que envolvem organismos modifi-cados geneticamente.

- Lei de Gestão de Florestas Pú-blicas - Lei nº 11284/2006 (ano 2006)

- normatizou o sistema de gestão florestal em áreas públicas e criou um órgão regulador (Serviço Flo-restal Brasileiro). Esta lei criou também o Fundo de Desenvolvi-mento Florestal.

- Medida Provisória nº 458/2009 (ano 2009)

- estabeleceu novas normas para a regularização de terras públicas na região da Amazônia.  

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ORAÇAODOAMOR              GRATIDÃO  Por Cléo Reis   O que posso fazer para agradecer ao Criador?... Pelos meus olhos  que  enxergam tanta Beleza !    A minha inteligência  que me  liga à Natureza Meus ouvidos  ouvem  Poesia Minha alma   abraça    amigos  Quanto mais posso orar ? ao som das cascatas entre flores perfumadas sob o  céu como altar!  Amar  a Vida e todas as pessoas  parece pouco O que mais posso fazer ? além do silêncio  e comunhão, êxtase  do Evangelho  em meu  coração...  Posso fomentar a esperança de  como Trigo florescer  e entre homens  em descaminhos, a tudo  o Amor  sobreviver. 

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Oração de São Francisco de Assis

 

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união;

Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, Fazei que eu procure mais

Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado. Pois, é dando que se recebe,

é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união;

Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, Fazei que eu procure mais

Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado. Pois, é dando que se recebe,

é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.

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Evoluindo Por Domingos Alberto Richieri Nuvolari Vem o sol nascente, Arrasando o orvalho, O resto que sobrou, Da noite enluarada. O sol iluminando, Desbravando os Vastos campos, as Vastas florestas. Já um pouco ardente, Os pássaros cantam, As aves gorjeiam, O belo mundo vivo começa. O vento assoviando, entre os belos picos, O mundo flagelado de Um passado, um passado Marcante. hoje o sol também nasce, E ilumina o resto de Fumaça que sobrou Do dia anterior. E ele ilumina Os belos andares da Vida moderna. Da fumaça que faz parte, Deste mundo de hoje. O homem evoluiu, e como

Consegue hoje fazer de tudo. E ele conseguiu até, Encurtar a vida Já restrita do homem. O homem conseguiu Destruir o único objeto da Vida. O encanto de viver!

Foto: Malyfred  

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Sou baiana

Por Ednaldo Muniz

Sou baiana guerreira

De sangue africano,

Sou baiana guerreira africana.

Sou baiana

Da gema do ovo

De São Salvador.

Sou negra do Abaeté

De pernas pra vê,

Sambar pra você.

Sou negra baiana

De muito sabor.

Mistério, lenda,

Tradição, religião,

Candomblé,

Capoeira.

Quem vai tirar do meu

Coração?

Sou da Bahia guerreira

Da gema do ovo

De São Salvador.

 

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O CERRADO, FAZENDEIROS E ONÇAS PINTADAS

Por Eliane Accioly

A arte é feita do lugar natal, aquele de nossa língua materna. Para mim, o cerrado é matéria prima, a fon-te na qual bebo. Lembro-me de nós, crianças, no ma-to, como chamávamos o cerrado. Arbustos retorci-dos, rios de fluxo rápido, ribeirões transparências macias e brilhantes, e poços ribeirinhos onde se po-dia nadar. E as matas, pois no cerrado também as há. Emas correndo soltas, seriemas e nuvens barulhentas de periquitos, maritacas, tucanos. Tatus e tamanduás-bandeira quando havia sorte, porque são medrosos do humano. Aliás, como todos os bichos selvagens. Do cerrado me ficaram os amplos horizontes, o si-lêncio quebrado por gritos de pássaros e rajadas de vento. Bicho e vento, feitos de silêncio, como o ruí-do do mar, que conheci bem mais tarde. Não tenho medo de onça pintada, lobo guará, cobra. De calan-go, muito menos. Fico horas olhando para um deles parado, quentando sol. Vivi no cerrado nas décadas de 40 e 50. Talvez, ain-da exista em mim a ilusão da liberdade, gerada pela imensidão do olhar, que no cerrado nunca chegava ao fim. O olhar resvalava no horizonte e seguia além. Havia, sim, o dia que se findava, quando a noi-te caía sobre nós. E ninguém se machucava. Era hora de ouvir as histórias dos peões, do meu avô Moisés, do Mario, o administrador da fazenda... Contavam das casas mal-assombradas, do poço preferido do Velho do Rio, muito perigoso para as crianças, da pedra onde as iaras se espraiavam, saindo do fundo do rio, de manhãzinha ou ao pôr sol. Casas, poços e pedras, pontos mapeados. Pesquisas na Internet mostram que o cerrado foi a segunda maior formação vegetal brasileira, habitat riquíssimo em sua diversidade de fauna, flora, mine-rais, água. Originalmente, o cerrado estendia-se por

uma área de 2 milhões de Km², abrangendo dez esta-dos do Brasil Central. Nas décadas de 40 e 50, havia no Brasil muito maior extensão de cerrado, assim como de outros biossistemas. http://www.portalbrasil.eti.br/cerrado.htm). Volto ao Triângulo Mineiro e não vejo mais cerrado, apenas poucas reservas, quase todas em fazendas ou condomínios de luxo, particulares. Imagino que pos-sa haver reservas maiores do governo, mas preciso pesquisar para afirmar. Em uma ida ao Triângulo escutei reclamações de fazendeiros, revoltados com as onças-pintadas. Elas comem bezerros em profusão, afirmavam. Perguntei: - Como assim? Onças no meu tempo nunca apareci-am. Onça comendo bezerro? O que ocorre, no meu entender, é que as fazendas invadiram as matas, enormemente desbastadas. As reservas ecológicas obedecem ao chamado limite legal. Os fazendeiros dizem: - Não posso derrubar toda a mata, mas o que puder vou desmatar para plantar eucalipto, ou criar gado, ou plantar soja... O lucro. (Segue) 

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Por que onças-pintadas comem bezerros? Os fazendeiros dizem que é mais fácil comer bezerro desvalido, dá menos trabalho. Seriam as onças preguiçosas? Não acredito em onça preguiçosa, em onça acuada, sim. As matas foram invadidas e descaracterizadas, não invadiram as fazendas. E os animais das matas? Não reconhecem mais seu território neste habitat estraçalhado. Onça é natureza. Nós, animais-humanos, tam-bém somos natureza. Sem acreditar nisto, nos dissociamos. 

 

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Flutuar da pétala 

 

Por Evelyn Cieszynski 

 

flor que 

lentamente cai 

no abismo 

 

aos poucos 

suas pé ta las 

se despedaçam 

 

e quando 

encontra o chão 

só resta 

 

pólen. 

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BERINGELAS RECHEADAS 

Fonte: h p://www.receitasvegetarianas.net/ 

NGREDIENTES PARA 6 PESSOAS 225 g de lentilhas 850 ml de água 2 dentes de alho, esmagados 3 beringelas 200 ml de óleo vegetal 2 cebolas, picadas 4 tomates, picados 2 colheres de chá de sementes de cominho 1 colher de chá de canela em pó 2 colheres de sopa de pasta de caril pouco picante 1 colher de chá de malagueta, picada 2 colheres de sopa de hortelã, picada Sal Pimenta Iogurte natural e raminhos de hortelã, para servir PREPARAÇÃO DAS BERINGELAS RECHEADAS - Enxague as lentilhas em água fria corrente. Escorra e coloque numa panela com água e alho. Tape e coza durante cerca de 30 minutos. - Coza as beringelas numa panela com água a ferver durante 5 minutos. Escorra e mergulhe-as depois em água fria durante 5 minutos. Escorra de novo, corte as beringelas ao meio longitudinal-mente e retire-lhes a maior parte da polpa e reserve, deixando uma margem de 1 cm de espessu-ra para formar uma concha. - Coloque as conchas de beringela numa assadeira untada pouco funda, pincele com um pouco de óleo e polvilhe com sal e pimenta. Coza no forno previamente aquecido, a 190° C, durante cerca de 10 minutos. Entretanto, aqueça metade do restante óleo numa frigideira, junte as cebolas e os tomates e cozinhe, em lume brando, durante 5 minutos. Corte a polpa da beringela reservada, acrescente à frigideira com as especiarias e cozinhe lentamente durante 5 minutos. Tempere com sal. - Adicione as lentilhas, a maior parte do restante óleo, reservando um pouco para mais tarde, e a hortelã. Deite a mistura nas conchas de beringela. Regue com o restante óleo e coza durante 15 minutos no forno. Sirva as beringelas recheadas quentes ou frias, com uma colherada de iogur-te natural e raminhos de hortelã por cima.

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Planeta Terra Por Flávia Assaife

Formado pela agregação de poeiras cósmicas

Por aquecimentos e resfriamentos gravitacionais Planeta que compõem o sistema solar

Possui forma ondulada e elipsoidal com 3/4 de sua superfície formada por água... Este é o Planta Terra: a nossa morada!

Nele vivemos há milhões de anos

protegidos da radioatividade vinda do sol e das estrelas pelo campo magnético formado entre o núcleo e a atmosfera.

E o que NÓS fazemos para proteger a Terra?

Sua crosta ou litosfera composta por oxigênio, silício, alumínio, magnésio e ferro está em constante movimento lento e contínuo...

Neste planeta a biosfera proporciona a propagação da vida pelo adequado equilíbrio entre a hidrosfera, atmosfera e litosfera!

E o que o ser humano tem feito para manter o equilíbrio da vida na Terra?

Com um ecossistema equilibrado e perfeito, Os seres vivos foram desenvolvendo-se, adequando-se...

Tornando rica a biodiversidade, Povoando este lugar, fazendo dele o seu lar.

E hoje? Que espécie de ser vivo habita neste lugar?

As relações entre os seres vivos e os elementos físicos da natureza começaram a se dete-riorar...

A cobiça do homem avassala o seu próprio habitat. Consome sem pudor, destrói em nome do progresso,

E o pior, tem consciência dos reflexos... Que tipo de herança estaremos deixando para o local que chamamos de lar?

Aquecimento global? Planeta sustentável?

Alguns acreditam que são ações sem igual... Outros percebem o quão a luta é desigual.

Aniquilam, devastam aos poucos um Planeta fenomenal...

O lar de nossos ancestrais, O lar de nossos pais!

E, será que este ainda poderá ser chamado de lar pelos filhos de nossos filhos? Pelos netos, dos nossos netos?

O que estamos fazendo para cuidar Dele, para preservá-lo?

Basta de esperar que outros façam Basta de reclamar e nada fazer

Basta de somente assistir aos jornais na TV

É preciso agir É preciso fazer acontecer

O Planeta TERRA pede socorro para você!

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Tico, o cão gato Por Helena Akiko Kuno Era uma vez um gatinho muito levado chamado Tico. Em um belo dia Tico inventou a modinha de dar apelidos de mal gosto às pessoas. Ele chamou o cachorrinho Tigor de bobalhão, o passarinho Noé de cagão, o hamster Elepant de gorducho e provocou outros colegas também. Até o dia em que ele chamou uma pobre e velha gatinha de “velha coroca” e para sua surpresa, essa velhinha era uma fada jovem que não gostou nada do que Tico falou e lhe deu um castigo: - Você se transformará em cachorro toda lua cheia, para aprender a ser bom. Na primeira lua cheia, Tico gostou muito em se transformar em cachorro, mas depois a situação foi se complicando... até demais... Primeiro, ele quase foi pego pela carrocinha umas quatro vezes, depois conheceu ca-chorros durões que batiam nele e além de outras coisas ruins. Mas ele continuou com seu mau comportamento... Depois da 10ª lua cheia, Tico não voltou a ser gato e ficou muito preocupado. Ele então pediu perdão a Deus e para a fada por ter sido mau com todos. Nesse mo-mento a fada saiu do céu e disse: -Prometa que nunca mais vai mentir? -Prometo. -Promete que nunca mais vai tirar sarro dos outros? -Prometo. -Então agora será de novo gato e terás a melhor vida do mundo! Mas lembre-se se tor-nar a fazer maldade, o castigo voltará. E nesse momento uma menina rica, que passava na rua, viu Tico sozinho e ficou encan-tada, pegou o gatinho no colo e cuidou dele para sempre.

FIM

Foto  Francine Ferreira  

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CRIATURAS Por Isabel C S Vargas

São Francisco de Assis é o autor de Cântico das Criaturas. Ao tomarmos contato com seu poema somos levados a pensar que o santo já se preocupava com o planeta, além de todo seu amor pelos animais. Quem são as criaturas louvadas por ele em sua oração? Podemos afir-mar que Criatura é todo universo. Extrapola o Planeta Terra. Pois se ele cantava as Criaturas e por elas demonstrava amor e estas criaturas abrangem o universo e até os seres menores, en-tão ele amava o universo, E quem ama cuida. Logo o universo deve ser cuidado e respeitado,

Ele falava no sol que clareia o dia e nos ilumina, o Irmão Sol, na lua que com as estrelas são preciosas e belas e o céu enfeita. É belo seu dizer. Louva o ar, o vento, as nuvens. E não só, exalta a água, humilde, simples, casta e limpa. Vejam que modo terno de referir-se à natureza. Como alguém conhecedor e familiarizado. Com carinho, com respeito e sem distância.

Exalta o irmão o fogo, alegre, forte, vigoroso e belo que às noites clareia. E, também enfeita.

Todos estes elementos são obras magnânimas de Deus, Senhor Criador do Universo e neste universo ele cita a Irmã Terra. Nosso Planeta. A Mãe Terra - na qual vivemos, e nem sempre temos o cuidado devido em preservar- que nos sustenta e governa, produz flores, frutos e er-vas.

São Francisco não deixa escapar nada em sua oração de amor às criaturas. Devemos cuidar da terra, do solo que é fértil e nos sustenta, das águas, do céu, das nuvens, do ar, porque tudo é parte de um mesmo sistema que deve permanecer em equilíbrio para a preservação de todos.

Aquilo que for jogado no universo será o que ele nos devolverá. Não existe ação sem reação, mesmo que essa não se produza de imediato. Catástrofes ocorrem após dezenas de anos em virtude de agressões absurdas ao meio ambiente. E quando se fala em meio ambiente é de mo-do amplo. O que fazemos aqui pode repercutir do outro lado do planeta e vice e versa.

Logo, somos todos responsáveis- ou, pelo menos, deveríamos ser.

Salvemos a Mãe Terra, Salvemos o Planeta, Salvemos o Universo. Principalmente de nossas ações impensadas. Não podemos só exigir dos demais. Façamos a nossa parte, mesmo que seja cuidando do riacho no fundo de nossa casa. Compromisso, respeito e amor pelo Planeta.

E isso se faz evitando desmatamento, cuidando do lixo , não poluindo, cuidando da água, do solo, da atmosfera, evitando a destruição das camadas protetoras da terra, evitando o descon-gelamento das geleiras, evitando destruições de continentes, preservando a flora e a fauna, evi-tando derramamentos de petróleo que comprometem a vida marinha, evitando a pesca e a caça predatória. Enfim, é um conjunto de ações, com envolvimento de muitos, pois nada se faz sozi-nho.

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Reciclagem Artigo reprodução. Fonte: http://www.suapesquisa.com/

Reciclagem de lixo, plástico, reciclagem de alumínio, reciclagem de papel, respeito ao meio-ambiente, coleta seletiva de lixo, reciclagem de plástico

Introdução

Reciclar significa transformar objetos materiais usados em no-vos produtos para o consumo. Esta necessidade foi despertada pelos seres humanos, a partir do momento em que se verificou os benefícios que este procedi-mento trás para o planeta Terra.

Importância e vantangens da reciclagem

A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis aumen-tou significativamente, assim como a produ-ção de lixo, principalmente nos países desen-volvidos. Muitos governos e ONGs estão co-brando de empresas posturas responsáveis: o crescimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio e papel, já são co-muns em várias partes do mundo.

No processo de reciclagem, que além de pre-servar o meio ambiente também gera rique-zas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta recicla-gem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de produção.

Um outro benefício da reciclagem é a quanti-dade de empregos que ela tem gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados es-tão buscando trabalho neste setor e conse-guindo renda para manterem suas famílias.

Cooperativas de catadores de papel e alumí-nio já são uma boa realidade nos centros ur-banos do Brasil.

Muitos materiais como, por exemplo, o alumínio pode ser reciclado com um nível de reaproveitamento de quase 100%. Derretido, ele retorna para as linhas de produção das indústrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas.

Muitas campanhas educativas têm despertado a atenção para o problema do lixo nas grandes cidades. Cada vez mais, os centros urbanos, com grande crescimento populacional, tem encon-trado dificuldades em conseguir locais para instalarem depósitos de lixo. Por-tanto, a reciclagem apresenta-se como uma solução viável economicamente, além de ser ambientalmente correta. Nas escolas, muitos alunos são orien-tados pelos professores a separarem o lixo em suas residências. Outro dado interessante é que já é comum nos grandes condomínios a reciclagem do lixo.

Assim como nas cidades, na zona rural a reciclagem também acontece. O lixo orgânico é utilizado na fabrica-ção de adubo orgânico para ser utiliza-do na agricultura.

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Como podemos observar, se o homem souber utilizar os recursos da natureza, poderemos ter , muito em breve, um mundo mais limpo e mais desenvolvido. Desta forma, poderemos conquis-tar o tão sonhado desenvolvimento sustentável do planeta.

Exemplos de Produtos Recicláveis

- Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc.), garrafas, frascos de medicamentos, cacos de vidro.

- Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel.

- Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre, alumínio.

- Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos, embalagens e sacolas de

supermercado.

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A TEIA DO INFNITO Por Ivane Laurete Perotti Grossas lágrimas cristalizadas pela dor ponteavam a superfície dos oceanos. Uma a uma mis-turavam-se ao líquido salgado das águas volumosas. Montanhas desvestidas dos verdes mantos encrespavam-se diante dos olhos perdidos. Um homem caminhava pelo deserto particular de sua desesperança. Só, desde o berço da alma vazia, buscava a razão para tamanho descrédito. Salve a Terra, gritava a memória! Salve a Terra, respondia o coração! Nem um eco no horizonte das possibilidades. As estrelas penduravam-se na dança das lágrimas tristes. O mar recebia o peso sem brilho abrindo espaço para o mergulho dolorido. Mistura insalubre golpeava os peixes, as baleias e os golfinhos. Caracóis de algas deslizavam sem vida pela corrente desvairada. Lágrimas desciam das estrelas coxas, mancas estrelas que perderam a cor. Pontas estrangu-ladas de luz esgueiravam-se por entre as nuvens Salve a Terra, pediam os astros! Salve a Terra, clamavam! Um homem caminhava só. Montanhas desnudas cobriam o horizonte fosco rastreando perdidas linhas de trilhas antigas. A saudade do antes planeta azul caminhava só. Um homem triste carregava pesado fardo. O horizonte vazio aguardava expelindo mais um suspiro. Mais um... mais um... A teia do infinito tinha pressa em refazer-se nas poucas brumas que pairavam sobre o cume do tempo. Em tom de urgência, ouviam-se lamentos tragados pelo véu do inconformismo. Salve a Terra! Salve a Terra! Dos olhos do homem que caminhava só brotou um lampejo de entendimento: Salvo a Terra! Salva a Terra! Salvo-me!

Pintura de Ivane Laurete Pero  

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ORAÇÃO A TERRA

Jandyra Abranches

Ave! Bendita, Cheia de graça!

Que ofereces generosa O fruto do teu ventre

À colheita farta, Quando, atendendo

Aos desejos das tuas entranhas, Lançam-te sementes de vida.

Glorificada és, Por todas as criaturas,

Que de ti recebem O pão e o agasalho, Filhos abençoados De tua concepção.

Santa protetora! Mãe de todas as messes,

Que concebes Pelo santo espírito

Do trabalho, Lança sobre nós,

Que de ti procedemos, O dom abençoado

Do crescimento E da multiplicação,

Para que sejamos dignos De viver e herdar-te

As benesses da vida. Para sempre glorificada,

Bendita do altíssimo!! Amém.

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Meu pau de manga

Por José Cambinda Dala

Mangueira linda!

Quanto tempo espero?

Para saborear seus frutos,

Chupar o compacto sumo,

Mastigar suas bostelas

Sejam elas

Verdes, vermelhas ou amarelas

Com certeza serão açucaradas e vitaminadas

Pois, recordo-me

Da manga que comi

Há três anos atrás

Cujo caroço não deitei fora

Estendi por cima da casa

E que depois de seco

Com ajuda duma enxada

Enterrei…

Aí onde estás hoje

Ele havia rebentado

E transformou-se em seu sustentáculo

Que com bastante água fortifica-te.

Minha planta!

Espero você crescer

Poder florescer

Dar frutos e deixar amadurecer,

Para trepar-te e cedo não descer

E a vida conhecer

Como um Macaco de fome a falecer,

Agarrado em seus galhos

Comer mangas maduras

Linda árvore!

Aguardo ainda

Com bastante afinco

Poder repousar em sua sombra

Que com certeza

Irá cobrir o meu acanhado quintal

Nos dias de sol ardente

Por fim…

Imagino!

O benefício que há de nos dar

A começar com a pureza do ar que respiramos

O oxigénio produzido

E o controle da poeira pelas folhas

Meu pau de manga!

Não vejo a hora

De seres autónomo,

De nossas águas não mais precisares

Porque suas raízes

E a mãe Natureza farão de tudo

Para que possas continuar

Viver sempre em benefício de outros seres.

 

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Três verdades de Belo Monte... Por José Carlos Paiva Bruno Acabo de assistir no YouTube um sensacional vídeo (os inspiradores devem ser o procurador Pontes e a jornalista Rebecca Sommer) sobre a polêmica de Belo Monte... Impressionante co-mo nossos atores & atrizes – da espetacular Maitê ao filho do Chico/Alcione (que aparenta quando crescer o genial Jô) – em fetiche ecológico, brilham sempre, é lógico! Mas como diz o sensato Fagner (que não está no vídeo): deixemos de coisa cuidemos da vida, pois se não che-ga à morte ou coisa parecida, e nos arrasta moço sem ter visto a vida... Então digo; preciso do que não seja indutivo... Usina famosa antes de fazer desenvolvimento daquela esquecida região será a terceira maior do mundo... Respeito os índios e mesmo saben-do de suas peripécias em contrabando de mogno, mutilações macabras Paiakan, extração de ouro com mercúrio (que não é permitida aos demais brasileiros), desejo o fim da balela; trela de serem sempre tutelados pela FUNAI. Devem escolher o SUS ou o PAJÉ, não dá pra acender a vela pra dois, incoerente pois... Temos um Projeto sério, que vem sendo desenvolvido – para acabar com a geração de energia via poluente diesel em Altamira e adjacências – desde 1975, e finalmente agora o IBAMA teve a coragem de conceder a licença. Sem energia não temos AMANHÃ gente... Agora pasmem com WE ARE THE WORLD adaptado para nosso sofisma REALY DREAM TEAM XINGU... Senhoras e senhores, espetaculares clamores, quase interna-cionais amores, de olho em nossa ribalta de fauna e flores! Penso sinceramente pela consagrada Lei da Física: assim como dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, o mesmo vazio será ocupado... Então recomendo que BRASILEIROS, conservemos nossa soberania com sabedoria, quero além de Belo Monte com energia abun-dante ocupando nossa Amazônia, quero um corredor de usinas que permitam a pavimentação da sonhada TRANSAMAZÔNICA, desenvolvida até abrirmos passagem por terra ao Pacífico... O que, além de propiciar desenvolvimento doméstico com efetiva fiscalização de nossa cobiça-da floresta, nos tornará extremamente competitivos em exportações com fretes marítimos subs-tancialmente mais baratos para os tigres... Temos tecnologia e capacidade empreendedora para tanto; sejamos o país do futuro além do PRÉ-SAL... Ou também podemos ficar assistindo ví-deos e novelas vendo o tempo passar e a China avançar... Como diz de forma coerente o mes-mo time de gente: DEPENDE DE NÓS... Se nosso Major Archer plantou a Floresta da Tijuca, nossa terceira maior área verde urbana... Quanto fazer hoje? Com a tecnologia disponível? Evidente que se tivermos energia além de pri-mitivas pilhas... Então cuidado com as ilhas, de interesses diversos... Anversos avessos ao inte-resse BRASIL! Bem disse o físico Luiz Pinguelli Rosa em 2003: A persistência governamental em construir Belo Monte está baseada numa sólida estratégia de argumentos dentro da lógica e vantagens comparativas da matriz energética brasileira. Os rios da margem direita do Amazo-nas têm declividades propícias à geração de energia, e o Xingu se destaca, também pela sua

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posição em relação às frentes de expansão econômica (predatória) da região central do país. O desenho de Belo Monte foi revisto e os impactos reduzidos em relação à proposta da década de 80. O lago, por exemplo, inicialmente previsto para ter 1.200 km2, foi reduzido, depois do encon-tro dos povos indígenas do Xingu, para 400 km2. Já que estou catando meus recortes de bons Jornais, desejando sempre mais e melhor desen-volvimento, também pensando na Dona Beija sem blusa (Uau...), finalizo com O Estado de SP: ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas, disse que o Brasil tem potencial para produzir ener-gia elétrica com bagaço e palha de cana-de-açúcar. Isso equivale a três usinas Belo Monte dor-mindo no campo da cana brasileira. O fato ocorre porque não temos estratégia, ironiza e lamen-ta o ex-ministro...  

 

PRESTIGIEOSCIRCOSQUETEMARTISTAS,MASNAOTEM

ANIMAISESCRAVIZADOS!

ANIMAISEMCIRCOSAOMALTRATADOSCOMA

DESCULPADERECEBERTREINAMENTO.TREINA-MENTOPARAOSEU

ENTRETENIMENTO!

ACABECOMISTO,NAOVAACIRCOCOMANIMAIS!

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Planeta terra Por José Hilton Rosa Deitado na lama seca, De um rio que fora assassinado Com as mãos insanas do homem moderno Não cansa de ter sede do querer. Bebo da água formada pelas lágrimas, Da mãe santa natureza. Respirando sonhos dentro deste planeta Quero o sol, a chuva, os animais, ofertando paz! Adeus, Adeus terra nossa Vou, quero que outros, um dia venham te visi-tar Terra onde me criei Tenho saudade de tudo que aqui encontrei Adeus, Adeus água do rio Onde um dia naveguei Olhar de longe A beleza que Deus criou Adeus, Adeus jatobá. Onde descansei meu suor Quero no futuro outros venham te visitar Relembrar sua sombra Onde nela me deitei Adeus, Adeus terra boa. Onde plantei tudo que dá Quero que outros de teu fruto venham alimen-tar Curou-me bebendo na tua fonte Adeus, Adeus terra de meu pai,

Adeus terra de meu pai! Estou partindo, mas outros, Dela querem alimentar Chorarei a morte dos animais O homem querendo mais Não vejo o protetor das florestas Não vejo mais o Curupira

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RIDÍCULO, MAS VERDADE

Por Jacqueline Aisenman

Estou numa sala de espera. Numa tela passa um documentário sobre os animais. Como preser-vá-los, como salvá-los, como fazer para não contribuir com a exterminação geral.

Ligo o computador e pela internet vou observando o ser humano tornar-se cada vez mais uma ilha: uma ilha de homossexuais, uma ilha de afro-algumaoutracoisa, uma ilha de mulheres, uma ilha de amarelos, uma ilha de homens, uma ilha de brancos... Ilhas de pessoas...! E são tantos os termos para definir as enormes quantidades de minorias que nem me reconheço mais em al-guma delas. Qualquer hora morro afogada por não ter uma ilha específica para o meu caso...

Abro meus e-mails e ao invés de encontrar somente mensagens amigas, encontro dezenas de mensagens invasivas que me vendem tudo: de remédios para uma dor que não tenho a remé-dios para me aliviar de qualquer peso; de viagens ao redor do planeta até viagens ao paraíso, com a espada de várias religiões cravada em minha tela.

Ligo a televisão é só se fala de gripe. Vacina para gripe, máscara para gripe, remédio para gripe, despesas enormes para prevenção e tratamento de gripe. Todos os outros assuntos são relega-dos aos segundos e terceiros e quartos planos. Inclusive todas as outras doenças (gravíssimas!).

Neste planeta nosso que um dia, lá no alto, um homem admirado disse ser azul, estamos sobre-vivendo à mingua.

Todos se criticam, se maltratam, se matam, disputam sem piedade espaços no chão, no céu e no mar. Colocaram uma cortina de guetos entre as pessoas e ninguém mais se vê como antes. Ser natural passou a ser incomum. Animais soltos na selva são a exceção e a alegria são os en-jaulados em zoológicos e circos.

Hoje, se gritar, chamam a polícia antes de perguntar se você está bem e porque gritou. Hoje, se você se dirigir a alguém e não falar o "termo" correto, pode ser imediatamente processado. Hoje, se você crê em algo ou um ser superior, é um cretino; se não crê, é assediado porque deve ter um belzebu no corpo. Hoje, nem decidir sem mais nem menos pode: se não refletir antes, uma de suas ações pode provocar a ira de uma minoria... nem que seja uma de moradores do seu condomínio.

E nem quero falar aqui de política, dinheiro e poder. Porque nestes assuntos a história é velha, velha como o ser humano e, por consequência, está apodrecendo junto...

Indignações à parte, estamos caminhando, rápida e certeiramente, para a extinção da raça pela própria raça. Sem sutilidade. Com muitos absurdos, preconceitos, ódios e inveja disfarçados.

Ridículo, mas verdade.

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LASANHA DE ESPINAFRE COM REQUEIJÃO 

 Fonte:http://sabores.sapo.pt/

Ingredientes

Massadelasanhafresca:1embalagemEspinafresfrescos:500gCebola:1Alho:2dentesRequeijao:1Molhodetomate:1pacoteAzeite:2colheresdesopaSal:q.b.Pimenta:q.b.Coentros:q.b.Queijoralado:q.b.Preparaçao

Prepareamassadelasanhaconformeasindicaçoesnaembalagem.Cozaosespinafresdu-rantedezminutoscomumpoucodesaleazeite.Escorra-osepiquegrosseiramente.Piqueinamenteacebolaeoalhoesalteieemazeite,juntamentecomoscoentros.Quandoesti-veremtransparentes,junteosespinafresjacozidos.Esmagueorequeijaoetemperecomsalepimenta.Prepareumtabuleirodeiraoforno,alternandoumacamadademassacozi-dacomumaderecheiodeespinafreeoutraderequeijao.Aultimacamadadeveserdemassa.Regueabundantementecommolhodetomateepolvilhecomoqueijoralado.

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BRASIL

Por José Luiz Pires

Teus recantos, tuas artes,

tua sensualidade, meu destino !

Imagino teus contornos, tuas fronteiras

sensualmente recobertas e guarnecidas.

Programo passeios e incursões,

embarco em sonho por tuas belezas naturais.

Meus olhos não cansam de contemplar

beleza sem par.

De norte a sul

viajo por todas as tuas regiões,

derrapando em tuas curvas perigosas.

Embrenho-me em tuas matas,

exploro terras férteis no teu interior.

Bebo das tuas águas cristalinas

saciando minha sede.

Escalo teus relevos, picos e montanhas.

Aqueço-me com o teu calor,

quero provar do teu mel,

ver estrelas imaginando um diferente céu.

Cavalgo por teus estreitos caminhos

colhendo e deixando carinhos.

É o poeta brasileiro

redescobrindo o seu Brasil.

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Mãe Natureza

Por Josselene Marques

A Mãe Natureza sofre... Não entende a ingratidão de seus filhos.

A Mãe Natureza reage...

Não consegue suportar a dor em silêncio.

A Mãe Natureza alerta... Não sobreviveremos sem mudança de hábitos.

A Mãe Natureza quase agoniza...

Não percebem que estamos caminhando para o fim?

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Caros humanos terráqueos, se não perdoarmos os erros dos outros seres humanos cometidos contra nós, será impossível viver, pois lembras o que JE-SUS falou na cruz antes de morrer? "Pai, perdoai-vos pois não sabem o que fazem". Lenival Nunes de Andrade

TUDOESTÁMUDANDO

Autor:LenivalNunesdeAndrade

Vivemosnumtempoestranhoelouco

Ondemuitaspessoasmasedesonestas

Matam,roubam,derrubammatase lorestas

Eaindaachampouco

Estamosnessemundodepassagem

Poremdevemosaproveita-la

SoapalavradeDEUSnuncapassara

Hamuitotempofalsosprofetas

Preveemo imdomundo

QuesoseacabaraquandoDEUSquiser

Etodoshumanosjulgarvier

Agrandementiraeaverdadedessemundo

Antigamenteasmeninasbrincavamdeboneca

Eosmeninosjogavamtimedebotao

OuFuteboldeMesa

Comoqueiramossenhores

Oscasaisnaoseentendemmais

Dialogaredizeraverdadecomoeprecisonaodizemjamais

Acabamseseparando

Aspessoascomentando

Easvezesatejulgando

Sonaovequemnaoquer

Opiorcegoeaquelequenaoquerver

Algumaspessoasridıculasatesorriemparaironizar

Seseusfamiliaresnaolheensinam

Omundolaforaensina

Etristeessasina

Eaoquesedestina

Epor imdetermina

DEUSjamandouvariosalertas

Terrıveisassombrosedoenças

AAIDS,oCancer,oaquecimentoglobal

Eessecalorterrıveleinsuportavel

Overdadeiroamoreodivino

Quantoscaminhosaindaandaremos?

Seraquealguemaindanostornaremos?

Valogoestudandoemeditando

Porqueapesardetudoedonossoestudo

Tudoestamudando

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Amazônia

Por Magno Oliveira

As aves não mais voam Os peixes não mais nadam

Os pássaros não mais cantam As pessoas não mais se amam.

Tudo isso por culpa do homem e a sua maldade

Tudo por culpa do homem e a sua falta de caridade.

As nossas matas desmatadas As nossas florestas devastadas

Nossos animais em extinção Nosso medo da poluição.

A Amazônia é nossa devemos protege lá

A Amazônia é nossa devemos ama lá. Viva o verde, viva a Amazônia, Viva os índios, viva a alegria.

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Sou Guarani-Kaiowá, Sou Humano, Sou Brasileiro

Por Dhiogo José Caetano

Quando analisamos o processo histórico do Brasil, notamos os graves problemas com rela-ção à própria estruturação deste belo país que é marcado por momentos de dor, tortura, exílio, medo, mortes.

Na identidade nacional podemos encontrar o ranço negativo que contribuiu para a formação e estruturação do Brasil de hoje. (A identidade nacional dentro do contexto histórico com afir-ma Hobsbawn é algo que vem depois do senti-mento de nacionalismo que existe em cada um de nós, é algo indefinido, mutável, ambíguo e de definição coletiva ou individual).

Até quando viveremos atormentados por estas mazelas que de forma complexa tortura este “povo brasileiro”?

Em pleno século XXI a situação da tribo Guara-ni-Kaiwoá, residente na Terra Indígena Pyelito Kue, no município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul, mobilizou a opinião pública depois que uma carta foi divulgada, tomando proporção, passando a ser interpretada como um anúncio de um suposto “suicídio coletivo” por parte da tribo. A mesma vem sendo compartilhada nas redes sociais. Nela, os Kaiwoá afirmam: que ficou “evidente que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de nosso território tradicional” e pedem para

“decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos”.

Sou brasileiro e diante dos fatos não consigo permanecer calado, preciso levar a mensagem dos “bestializados”, daqueles esquecidos por uma sociedade “injusta e profundamente cor-rupta”.

Onde está aquele povo que luta a mais de 500 anos, pelo seu espaço, pela sua vida como in-dividuo dentro do processo social. Onde estão eles? Eles são considerados cidadãos?

Quando analisamos o processo histórico nota-mos que o índio é esquecido; permanecendo nas bases subterrâneas do mundo contempo-râneo, uma concepção trabalhada por José Murilo de Carvalho em sua obra “Os Bestializa-dos”. Ao falar de índio nós estamos falando de seres humanos, não de “animais irracionais”. Eles pensam, buscam, falam e tem uma histó-ria para contar.

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Devemos ver com outros olhos aqueles que contribuíram com disse Gilberto Freire para a formação e estruturação do Brasil de hoje.

Na aurora desta longa história de processos contínuos torna-se visível as características so-cioculturais dos diferentes povos formados den-tro da sociedade brasileira, sob a ótica do relati-vismo, valorizando a questão da mestiçagem, que antes era depreciada e que em muitos mo-mentos negou a contribuição do índio nas rela-ções sociais de ontem e de hoje.

Os índios além de povos das florestas são se-res humanos que tem por direito a cidadania. Mas onde estão eles? Eles são considerados cidadão? Eis uma das grandes questões para ser analisada na atualidade.

A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) reco-nhece a luta dos povos Guarani e Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, por suas terras tradicio-nais e esclarece que a determinação da comu-nidade de Pyelito Kue de não sair do local que considera seu território ancestral é uma decisão legítima. A FUNAI respeita sua decisão e sua autodeterminação, manifestando para informar as ações que vem desenvolvendo na região, a fim de garantir os direitos dos Guarani-Kaiowá

e de minimizar a grave situação que têm viven-ciado.

Desde 2008, a FUNAI investe no trabalho de regularização das terras indígenas, quando ins-tituiu seis Grupos de Trabalho (GTs) para a identificação e delimitação de terras Guarani-Kaiowá no Cone Sul do estado de Mato Grosso do Sul. Em julho deste ano, a presidente e as-sessores da FUNAI estiveram presentes à Aty Guasu (Grande Assembleia dos Povos Kaiowá e Guarani), na aldeia Rancho Jacaré, município de Laguna Carapã/MS. Na ocasião, ficaram acordados novos prazos para entrega e apro-vação dos relatórios de identificação e delimita-ção feitos pelos antropólogos responsáveis. Es-se acordo foi pactuado pelos antropólogos co-ordenadores dos Grupos Técnicos, junto com a Funai, perante os indígenas.

No caso das comunidades Guarani-Kaiowá que sofrem com processos de judicialização de su-as terras, como, por exemplo, Pyelito Kue, Pas-so Piraju, Arroio Korá, Kurusu Ambá, Ypoi, Nhanderu Marangatu, Laranjeira Nhanderu, en-tre tantas outras, a Funai reitera que continuará prestando assessoria e acompanhamento jurí-dico, a fim de que os processos sejam julgados o mais breve possível.

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A FUNAI em diversos meios de comunicação ressalta: a gravidade da situação dos Guarani-Kaiowá, cuja população é de 45 mil pessoas distribuídas por pequenas áreas. A situação é caracterizada como de confinamento, devido à alta densidade populacional. A qualidade de vida e, especificamente, a segurança alimentar, estão associadas ao acesso efetivo dos povos indígenas ao seu território tradicional.

A luta dos Guarani-Kaiowá é constante contra as investidas de latifundiários do agronegócio, quase sem apoio dos governos federal ou esta-dual. O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), publicou uma no-ta em seu site retratando o uso do termo. Para a entidade uma das principais promotoras dos direitos indígenas no estado: os Kaiowá -Guarani falam em morte coletiva no contexto da luta pela terra. Quer dizer, se a Justiça e os pis-toleiros contratados pelos fazendeiros insisti-rem em tirar os índios de suas terras tradicio-nais, eles estão dispostos a morrer todos nela, sem jamais abandoná-las. A terra é um lugar de memória história deste “povo” que vem a séculos lutando pela sobrevivência da sua his-tória, da sua identidade, da suas tradições cul-turais milenares.

“É preciso desencorajar a reprodução de tais mentiras, como o que já se espalha por aí com fotos de índios enforcados e etc. Não precisa-mos expor de forma irresponsável um tema que muito impacta a vida dos Guarani-Kaiowá”.

Em suma, pergunto: um dia o índio será reco-nhecido como cidadão, não mais sendo esque-cido; permanecendo nas bases subterrâneas do mundo contemporâneo. O índio também é humano, por que os comparar com “animais

irracionais”? Eles pensam, buscam, falam e tem a sua história. (Esta é uma visão classifica-da como etnocêntrica, onde colocamos o nosso eu, como referência e anulamos ou rebaixamos a opinião do outro. Um bom exemplo de etno-centrismo é o que fazemos como o índio, os chamando de preguiçosos, cultura inferior, ul-trapassada, disseminando inverdades sobre este povo que simplesmente luta pela sobrevi-vência)

 

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Por Sheila Ferreira Kuno

O contador de historias Antônio, programador de mainframe, tra-balhou pouco tempo conosco, mas fez história. Ele era um senhor de aproximadamente 50 anos, estatura média, calvo e os poucos ca-belos que lhe restavam eram brancos. Era ma-gro, mas um pouco barrigudo e usava óculos. Antônio era muito simpático e gostava de conversar, gostava tanto que quando não tinha assunto, contava casos ocorridos com ele, que todos desconfiavam da veracidade do que ouvi-am. Vou contar dois destes casos que ouvi e achei engraçados. Um de nossos amigos, Luiz, estava pro-curando um ortopedista nas proximidades da empresa e encontrou uma doutora, então nos perguntou: -Vocês conhecem a Dra. Carla, ortopedis-ta que atende no prédio do outro lado da rua? Então, Antonio sempre disposto a conver-sar respondeu. -Não conheço não, mas você deveria co-nhecer minha médica cardiologista. Luiz não entendeu a resposta e disse: -Mas eu preciso de um ortopedista e não um cardiologista. Antonio deu uma risadinha e continuou. -É que ela é linda. Minha primeira consul-ta foi o máximo. Quando entrei no consultório, ela trancou a porta e eu logo fiquei desconfia-do. Depois conversou um pouco, perguntou so-bre meu estilo de vida e para minha surpresa, pediu que eu tirasse a roupa. Então tirei, fiquei apenas de cueca, então ela se aproximou, aca-riciou o meu peito e disse: -Tudo. Aí, vocês já podem imaginar! Rs... Todos seguraram para não rir. Antônio não era nada atraente e dada sua fama de mentiroso, ninguém teve dúvida que fosse mais uma invenção. Um dia eu retornei mais cedo do almoço e fiquei lendo notícias na Internet, quando Antô-nio chegou e puxou assunto: -Não gosto de ler notícias, pois só tem desgraça. -Verdade. Eu não tenho muito tempo para assistir, nem ler notícias, mas quando consigo

assistir, acabo me arrependendo, não gosto de violência. -Respondi. -E por falar em violência, você não imagi-na o que me aconteceu sábado passado. -O que? -Eu estava no estacionamento do Shop-ping Tatuapé, tinha acabado de sair do carro, quando vi uma mulher com sua filhinha de mãos dadas e de repente, vi também um ho-mem alto, forte e armado se aproximar delas. Eu imediatamente corri em direção daquele ho-mem e joguei-o não chão. Começamos uma luta corporal, onde eu levei a melhor, consegui pegar a arma e render o bandido. Eu o detive até que os policiais chegassem. Eu achando a história muito fantasiosa, perguntei: -Nossa Antônio, que perigo! E você não machucou nada? -Pois é, dei sorte. E para não ser mais questionado, saiu da sala dando uma desculpa qualquer. Depois que Antônio saiu da empresa, fica-mos apenas uns dois meses sem histórias, pois em seguida a empresa contratou um rapaz que se revelou um ótimo contador de historias tam-bém. E sua frase mais marcante era: " e eu en-tão..". Mas essa história eu contarei na próxima edição.

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Flores Urbanas Por Marcelo de Oliveira Souza Numa terra ocupada O ser humano é o maior culpado A flor não respira... Ela piora com a poluição, Folhas sujas de fumaça Uma cinza que sufoca. As flores urbanas sofrem. As pessoas sofrem... A natureza reluta... O povo luta. Mais prédios aparecem, No amanhecer ninguém conhece. Ninguém merece... A floresta empedrou A pedra dominou, As flores raras se escondem As flores de plástico aparecem E no mundo artificial A ruína é total Pobre desse animal Num desenvolvimento total Vai sucumbindo, definhando Até voltar para a natureza.

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SEMENTE

Por Maria Emilia Algebaile

Sinto um verde quente e escuro

Nos abismos da floresta

Úteros que protegem

Novos verdes delirantes

da natureza em festa

O verde se alastra

E rouba a cena

Dando sentido

A uma vida tão pequena

Que seria incapaz de ousar.

Noutros tempos, noutras folhas,

A chuva batia afoita

E o canto que se ouvia

Era cantiga de ninar.

Mas nos tempos de agora

A chuva que bate lá fora

É como criança que chora

Com fome, sede e penar.

Meu olhar vazio e pouco

Se envolve num ballet louco

Perdido nos verdes barulhos

De um leve ressonar.

Então ergo as mãos ao alto

Tentando evitar um salto

Mas o destino incauto

Me empurra e faz desabar.

Caio emprenhada no solo

E abraçada às folhas mortas

Luto por nossas vidas

Prestes a germinar.

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Se você não pode adotar, ajude!

Sua ajuda pode ser dada de dife-rentes maneiras: financeiramente, para que seja comprada ração, para pagar veterinários, para a castração, para a limpeza e manu-tenção dos abrigos; em pessoa, ajudando a fazer os trabalhos que cada abrigo requer; divulgando, levando adiante a mensagem de apoio aos abrigos!

Colabore para que os animais se-jam tratados com humanidade!

 

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Milagre da Natureza

MOR

Olhe só a esperteza

Um belo pé de hibisco.

Branco por natureza

Até o que vê arrisca.

Ver no mesmo galho

Duas cores diferentes.

Uma questão de atalho

Branco e rosa envolvente.

A planta é o laboratório

Com fatores diferentes.

Dos seus genes o inglório

As cores são diferentes.

Da terra busca beleza

Nesse belo florido.

Com toda sua realeza

O lindo colorido.

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PRIMAVERA DOS AMORES

Por Mário Rezende

Quando o tempo começa a pintar

com aquarela multicores

a tela triste do inverno

sombrio, frio e melancólico.

Anuncia, uma lufada fresca

assanhando a cortina da janela

para deixar entrar a quentura do sol

e todas as cores que vem com ela.

Preste, então, atenção na conversa

dos passarinhos na alvorada,

da brisa com as folhas e flores,

dos insetinhos espalhando seus amores.

Esplendor reflorescendo a natureza,

assanhando a passarada.

Explosão de pigmentos fazem

festa para os olhos.

Na fresca perfumada da tardinha,

boca da noite, faz o vento cantar uma canção

para embalar a mim e minha amada.

Chiando, no silêncio, a terra sob nosso caminhar,

ao encontro da lua dos namorados,

cheia, altaneira, encantadora,

Iluminando sem pudores

a primavera dos amores.

 

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Nosso planeta é azul

Por Marluce Alves Ferreira Portugaels

É um mistério que o ser humano ainda não conseguiu decifrar. Existe vida em outro corpo ce-leste? Como somos inventivos por natureza, sonha-mos que existem, sim, em algum espaço do infinito outros planetas ou equivalentes, onde a vida germina e, quem sabe, até já atingiu níveis sofisticados de civilização. O problema é que imaginamos a vida fora de nosso planeta conforme os padrões que co-nhecemos. Isso é natural, pois são as referências que temos. Por outro lado, muitas vezes achamos que somos os únicos chamados seres humanos nessa imensidão do infinito. Seria pretensão nossa? Mega-lomania? Somos de fato privilegiados por vivermos num lugar do espaço sideral que poderia ser chama-do de paraíso terrestre?

Nossa curiosidade pelo que se passa além de nossa esfera terrestre, e nosso desejo de socialização com entes extraterrestres fizeram-nos avançar em pesquisas tecnológicas que nos possibilitaram ir à lua, nosso poético satélite. Também estamos bem encaminhados em expedições a Marte. Nos anos 1960, uma marchinha de carnaval, Marcianita, levou os rapazes a sonhar com uma garota “de Marte que seja sincera”. Spielberg, mais modernamente, nos brindou com o emocionante filme E.T., cuja perso-nagem nos comoveu com sua ternura. Isso tudo sem falar nas versões populares de contatos com objetos voadores não identificados como é o caso dos discos voadores, também imortalizados em outra marchi-nha de carnaval. Inegavelmente, esse é um domínio em que nossa imaginação voa.

Nosso lado egocêntrico grita que nosso pla-neta é o único que oferece as condições ideais para que a vida vingue. Talvez sejamos inspirados pelos livros sagrados que nos contam sobre a gênese de nosso planeta, de nossa vida, tudo levando a crer que somos, sim, os únicos seres viventes na imensidão do infinito. E que nossa terra é única. “No princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”. “Tal é a história da criação dos céus e da terra“ (Gêneses, 1: 1-2; 2: 4).

De uma maneira ou de outra, sozinhos no universo ou não, o certo é que recebemos do criador um planeta lindo, azul como disse o astronauta rus-so, Gagarin, nos anos 1960, ao vislumbrar a Terra estando em órbita ao redor dela. Na literatura, Clari-ce Lispector monologa, “Visto da terra, o ceu é azul. Vista do céu, a terra é azul. (...) O inatingível é sem-pre azul.“ Enquanto Thiago de Mello declara que “quem não sonha o azul do voo, perde o seu poder de pássaro”. Aí vêm algumas perguntas. O que te-mos feito para preservar este lindo planeta azul? Co-mo estamos cuidando desse bem inestimável? O que precisamos fazer para que a vida na terra continue existindo, ou para que nossos bens naturais não se acabem? Quando lemos na imprensa as notícias das transformações ruins que estão ocorrendo em nosso meio-ambiente, fazendo sofrer as espécies da fauna e da flora que ainda nos restam, nosso coração chora pelas perdas.

No Brasil, podemos dizer que somos privile-giados porque albergamos a floresta e os rios da Amazônia em cerca de 60% de nosso território, cor-respondendo a mais de 5.000.000 km2.

(Segue)

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Os Estados do Acre, do Amapá, do Amazo-nas, do Pará, de Rondônia, de Roraima, e parte dos Estados de Mato Grosso, de Tocantins e do Mara-nhão estão na Amazônia. Mas, o que fazemos com tanta flora e tanta fauna? O que diz o PAS ou Plano da Amazônia Sustentável, recriado em 2008 com o objetivo de definir as diretrizes para o desenvolvi-mento sustentável na Amazônia brasileira?

Notícias boas nos dizem que a Amazônia com sua floresta e seus rios, candidata a uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza, pela Fundação Sete Maravilhas do Mundo Moderno, em 2009 foi classificada em primeiro lugar no Grupo que englo-ba as florestas, os parques nacionais e as reservas naturais. Por outro lado, há notícias alarmantes sobre a devastação dessa mesma maravilha da natureza. Segundo dados fornecidos pelo Banco Mundial, o desmatamento, as mudanças climáticas, as queima-das poderão destruir 44% da Floresta Amazônica até 2025. A verdade é que a Amazônia, que já foi con-siderada o pulmão do mundo, que foi chamada de o futuro do mundo pelo explorador e naturalista ale-mão Alexander von Humboldt, que é a região onde estão localizados o maior rio e a maior floresta do mundo, tem sido vítima de agressões terríveis, conti-nuamente, desde a época da ocupação de seu territó-rio pelos colonizadores europeus.

Como parar esse processo que agora toma proporções desenfreadas? Essa é a pergunta que fa-zem não somente os amazônidas, mas todos os ho-mens e mulheres de boa vontade do mundo inteiro. Chegou a hora de encararmos o problema de frente e, em vez de só cantarmos as glórias e as belezas verdadeiras dessa bela região de nosso maravilhoso planeta, também lutarmos com as armas de que dis-

pomos para preservar a parte que nos toca no meio ambiente desse abençoado rincão que, segundo o Livro de Gêneses foi por Deus criado para nosso bem-estar e nossa felicidade. E as armas de que al-guns de nós dispomos são a pena e a folha de papel, ou, em tempos pós-modernos, o teclado e a tela do computador, essa máquina extraordinária que nos auxilia, como se diz coloquialmente, a passarmos para o papel o que pensamos e sentimos. Vamos, portanto, botar a boca no trombone e denunciar ao mundo que alguns estão destruindo o nosso belo pla-neta azul!!!

 

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A Natureza e a Poesia

Por Marly Rondan

Deus não estava só, quando criou o nosso mundo. Brincava ao seu redor a tal Sabedoria.

Pintou toda a Natureza com amor profundo; para cantá-la...criou Deus a linda Poesia.

Cheia de rimas, cantou a Terra e a floresta.

Grata, ela louvou a Deus e a Sabedoria. Os pássaros e o vento, cantou em serestas,

dramatizou a Natureza com alegria.

Mostra o árido deserto, a planície e a colina. Poesia...rima e cria belas fantasias!

Histórias revela, canta mortes e vidas.

É a vontade do Criador, é a missão Divina. Desde o início dos tempos, até nossos dias: Andam Natureza e Poesia sempre unidas.

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A GARÇA CHEIA DE GRAÇA

Por Marta Carvalho

CAMINHANDO TODA ELEGANTE,

ALTANEIRA, BRANCA ALVEJANTE,

VEJO UMA GARÇA, CHEIA DE GRAÇA,

DIFÍCIL DEFINIR TANTA BELEZA,

DESTE SER DE RARA DELICADEZA.

AO PESCAR COM MUITA SUTILEZA,

NUM RÁPIDO MERGULHO,

ALCANÇA SUA PRESA,

COM INCOMPARÁVEL DESTREZA.

UM FORTE VENTO ASSOBIANTE,

FAZ SEUS PÉS LIGEIRAMENTE VACILANTES,

NUM VÔO GARBOSO E FLUTUANTE,

AGITA SUAS ASAS FLAMEJANTES,

E EU FICO ADMIRANDO NESSE INSTANTE,

A PUREZA E A CHARMOSA LEVEZA

DA BELA AVE RADIANTE!

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Meu recanto do encanto

(trecho re rado de meu livro “Nilza por Maria”) 

Por Maria (Nilza) de Campos Lepre

Aquele ano letivo passou rapidamente, e lo-go chegaram as férias de final de ano. Papai veio buscar-me na pensão, pegou tudo o que era meu e pediu que me despedisse de todos, pois, no próximo ano, eu não mais voltaria a morar ali. Partimos, então, para aquelas que seriam minhas últimas férias na fazenda, en-quanto criança...

Um dia, acordei bem cedo, tomei meu café da manhã e saí à procura da Isaura. Tínhamos combinado, na véspera, de dar uma cavalgada pela fazenda. Dirigi-me ao estábulo e lá a en-contrei toda atarefada, ajudando seu irmão a selar dois cavalos, um para mim, outro para ela.

Partimos trotando em direção à Fazenda dos Baianos, porém, assim que saímos do alcance da vista de nossos pais, trocamos para o galo-pe, com a Isaura gritando:

¬ Vamos ver quem chega primeiro à portei-ra?

Acelerei o passo, mas, mesmo assim, acabei perdendo, pois parecia que ela tinha nascido em cima de um cavalo, cavalgava com muita desenvoltura, ao contrário de mim, que era to-da desengonçada e nunca chegaria a ser uma grande amazona.

Chegamos à porteira e apeamos. Amarra-mos os animais perto do pasto, para que pu-dessem comer, e embrenhamo-nos mato aden-tro. Pretendíamos pescar um pouco no rio São Lourenço, e nossos apetrechos de pesca fica-vam escondidos no meio do mato, sempre a

nossa espera.

Mas não pudemos pescar, pois as águas es-tavam muito barrentas, devia ter chovido na ca-beceira do rio. Com a água como estava, não ia dar uma boa pescaria.

Então voltamos, montamos nos animais e partimos para casa, com intenção de ir até o cafezal e o canavial. Entretanto, não lembro por quê, desistimos no meio do caminho e levamos os animais de volta para o estábulo. Enquanto ela tirava os arreios, ficamos conversando e contando piadas. Ela ria muito, e encantava-me ver a alegria estampada em seu rosto, que, na-quele momento, estava de um vermelho bri-lhante, pois acabara de sair do sol.

Resolvemos, então, dar uma volta a pé até o riozinho que passava nos fundos do engenho. Pegamos a estrada da entrada e fomos até a porteira, onde ficava aquele enorme barranco com o rio correndo lá embaixo. Seguimos pela margem direita até encontrarmos o lugar onde o rio despencava em forma de cascata. Era uma visão muito linda! Ficamos ali por alguns minutos, apreciando a natureza e, ao mesmo tempo, conversando à toa, embasbacadas com a beleza do lugar.

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Resolvemos, depois, seguir em frente pelo meio do rio, que era bem rasinho, de águas muito transparentes e gélidas. Caminhamos sobre as grandes pedras que serviam de leito para as águas que, até chegarem ali, eram tranquilas, mas, ao encontrarem as pedras, tor-navam-se agitadas e formavam uma pequena corredeira, que produzia um som muito acon-chegante.

Ao virar-me para a margem direita da corre-deira, parei, deslumbrada com uma pequena praia de areias muito brancas, tendo ao fundo um enorme paredão de pedras na forma de um anfiteatro. Bem no alto dele, uma árvore cres-cera inclinada sobre o rio: estava quase deita-da, só se sustentando porque suas raízes havi-am se embrenhado nas fendas da rocha. De seu tronco, pendiam cordas de cipó que forma-vam uma espécie de cortina bem acima de nossas cabeças. Um dos cipós crescera de modo a formar um balanço, no qual me sentei para admirar a beleza do lugar. Fiquei me em-balando ao som melodioso das águas correndo por entre as pedras e da cantiga exuberante delas ao despencarem barranco abaixo em ca-choeira. Estava tão desligada do mundo, que levei um susto quando Isaura me chamou:

¬ Nilza, venha ver quantos peixinhos tem aqui!

Fui até ela, e lá estavam muitos peixes su-bindo a correnteza, eram filhotes de lambaris. Talvez fosse ali o criadouro dessa espécie de peixe, pois eles eram ainda minúsculos.

A partir daquele dia, elegi o lugar meu recan-to do encanto. Foi ali que planejei meu futuro, sonhei os mais belos contos de fada, idealizei meu príncipe encantado e até me curei de má-goas e feridas adquiridas através dos anos, en-

quanto crescia. Era sempre ali que me refugia-va, quando queria estar sozinha comigo mes-ma.

Aquele foi meu paraíso até papai vender a fa-zenda.

 

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Almôndega de carne de soja com aveia

Ingredientes

2 xícaras de carne de soja escura granulada

2 colheres de sopa de Aveia em flocos finos

2 colheres de sopa rasa de farinha de trigo (se for integral é melhor)

4 colheres de cebola picada miudinho ou ralada

3 colheres de cheiro verde picado miudinho

2 colheres de sopa de molho de soja

Sal e pimenta-do-reino à gosto

Modo de preparo Primeiramente siga as instruções para o prepa-ro básico da carne de soja (veja abaixo) . De-pois, misture a carne de soja já hidratada aos outros ingredientes e molde as almôndegas de soja. Se desejar fritar, passe as almôndegas na farinha de rosca e frite em óleo quente. Para assar ou fazer com molhos não é necessário empanar. Na imagem acima retratei um zoom para mostrar o tamanho da cebola e do cheiro verde, além disso usei molho de tomates no preparo.

Fon-te: http://oquecomerhoje.blogspot.ch/

Como preparar a carne de soja (proteína so-ja texturizada)

Como preparar a carne de soja (proteína soja texturizada)

A proteína de soja texturizada (também conhe-cida como "carne de soja") deve sofrer um pro-cesso de preparo básico para que tem como objetivo responder às seguintes perguntas: "Como preparar a carne de soja", "Como ti-rar o gosto ruim da soja" e "Como eliminar hidratar a soja texturizada". Eu uso muito a carne de soja em minhas recei-tas, uso em substituição à carne moída e às vezes coloco meio a meio (metade de carne moída e metade de carne de soja). Essa mistu-ra torna a receita mais saudável e mais em conta!

Como tirar o gosto da soja? Bom, o gosto ruim da soja pode ser eliminado com água fervente, deixando a proteína texturi-zada de soja em água fervendo por 1,5 minu-tos. Sairá uma espuma da soja que deverá ser eliminada. Nessa espuma sairá junto o gosto amargo. Passe a carne de soja para uma pe-neira e lave em água fria. Como hidratar a carne de soja? (preparar a carne de soja para uso)

Após realizar o procedimento acima, volte a proteína texturizada de soja para uma tigela e coloque água morna na seguinte proporção: para cada parte de soja adicione duas partes de água morna. Deixe por 15 minutos. Você notará que a carne de soja dobrará de volume. Escorra e esprema a água e utilize a carne em suas receitas. (segue)

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Rendimento da carne moída de soja Cada xícara de proteína de soja desidratada (carne moída de soja) renderá duas xícaras da soja hidratada. Todas as receitas com soja texturizada do site O Quê Comer Hoje? referem-se à pro-teína texturizada de soja desidratada (in natura). Curiosidade/Dicas:

Há no mercado, a proteína texturizada de soja escura e a clara. As quais se prestam a substituir a carne moída e o frango moído, respectivamente. Saboreie a carne moída de soja com caldo de carne, frango, peixes ou legumes. Para a proteína de soja em cubos siga o mesmo procedimento.  

 

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Preservação e Conservação Ambiental Reprodução fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/

Você sabia que, apesar de serem utilizados amplamente como sinônimos, preservação e con-servação são conceitos distintos? O preservacionismo e o conservacionismo são correntes ideológicas que surgiram no fim do sé-culo XIX, nos Estados Unidos. Com posicionamento contra o desenvolvimentismo - uma concep-ção que defende o crescimento econômico a qualquer custo, desconsiderando os impactos ao ambiente natural e o esgotamento de recursos naturais – estas duas se contrapõem no que se diz respeito à relação entre o meio ambiente e a nossa espécie. O primeiro, o preservacionismo, aborda a proteção da natureza independentemente de seu valor econômico e/ou utilitário, apontando o homem como o causador da quebra desse “equilíbrio”. De caráter explicitamente protetor, propõe a criação de santuários, intocáveis, sem sofrer interfe-rências relativas aos avanços do progresso e sua consequente degradação. Em outras palavras, “tocar”, “explorar”, “consumir” e, muitas vezes, até “pesquisar”, tornam-se, então, atitudes que ferem tais princípios. De posição considerada mais radical, esse movimento foi responsável pela criação de parques nacionais, como o Parque Nacional de Yellowstone, em 1872, nos Estados Unidos. Já a segunda corrente, a conservacionista, contempla o amor à natureza, mas aliado ao seu uso racional e manejo criterioso pela nossa espécie, executando um papel de gestor e parte inte-grante do processo. Podendo ser identificado como o meio-termo entre o preservacionismo e o desenvolvimentismo, o pensamento conservacionista caracteriza a maioria dos movimentos am-bientalistas, e é alicerce de políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que bus-cam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida hoje, mas que não destrua os recursos necessários às gerações futuras. Redução do uso de matérias-primas, uso de ener-gias renováveis, redução do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões de consumo, equidade social, respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no processo de tomada de decisões econômicas são alguns de seus princípios. Inclusive, essa cor-rente propõe que se destinem áreas de preservação, por exemplo, em ecossistemas frágeis, com um grande número de espécies endêmicas e/ou em extinção, dentre outros. Tais discussões começaram a ter espaço em nosso país apenas em meados da década de se-tenta, com a criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – IBAMA, quase vinte anos depois. Em razão de a temática ambiental ter sido incorporada em nosso dia a dia apenas nas últimas décadas, tais termos relativamente novos acabam sendo empregados sem muitos critérios – mesmo por profissionais como biólogos, pedagogos, jornalistas e políticos. Prova disso é que a própria legislação brasileira, que nem sempre considera correto o uso desses termos, atribui a proteção integral e “intocabilidade” à preservação; e conservação dos recursos naturais, com a utilização racional, garantindo sua sustentabilidade e existência para as futuras gerações, à conservação.

Por Mariana Araguaia Graduada em Biologia

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Lembranças do Planeta Terra

Por Norália de Mello Castro

Talvez a lembrança mais nítida de meu pai seja quando, numa mesa farta com jabutica-bas, ele, sentado à cabeceira, ia devorando es-sas frutinhas. Literalmente devorando. Sua ex-pressão de gula se manifestava no rosto aver-melhado, nos olhos brilhantes, nas mãos sôfre-gas buscando as delícias dessa frutinha preta de brilhante, com um caldo adocicado e delicio-so.

Ele ia pegando uma a uma, levando à boca com um prazer quase infantil.

Ia selecionando as maiores, colocando-as num copo ou numa vasilha qualquer. Depois de saciada a sua gula primeira, pegava as sele-cionadas e nova seleção fazia. E... ai de quem tocasse nas selecionadas das selecionadas! Ele brigava como uma criança. Não deixava ninguém pegá-las. Talvez cansado de tanto bri-gar com a meninada, num rompante mais ame-no, pegava uma ou outra e ia pondo na boca de cada um.

Gulosa, eu me debatia. Queria mais. Mas ele não dava.

Só sei que esta gula paterna me fez amar as jabuticabas. Amo mesmo esta frutinha e admiro um pé de jabuticaba: majestoso: sua floração é deslumbrante, com pequenas flores brancas a esparramar um perfume sem igual: suave, inebriante, belo. E daí vêm centenas de milhares de bolinhas pretas em todos os galhos a estimular os sentidos da gula, do prazer, uma alegria sentida apenas uma vez ao ano. Nin-guém resiste à atração de um pé de jabuticabas pronto a ser consumido.

Um pé de jabuticaba é igual ao cosmo celestial: milhares de dezenas de corpos celes-tes esparramados em todas as direções: cons-telações, estrelas, planetas vagando no espaço sideral numa ordenação cronometrada, advinda de uma única raiz – o Princípio, de uma única Força – Deus, a emanar vida em grande escala.

A Vida está presente, total. E se manifesta em cada ser humano, na sua totalidade.

A Força me fez aportar numa bolinha de jabuticaba, bem especial chamada Terra. Cá estou no planeta que tenho de estar, acolhida, amada, determinada, em transição. Um planeta escola de aprendizagem, para maiores voos. De onde vim? De Triskle, planeta de origem? Não me importa saber. Venho do Pai. Para on-de vou: Alcion, planeta futuro? Não importa. Vou com o Pai. Só sei, hoje, que sou caminhan-te no Planeta Terra e nele encontrei respostas à vida que me foi dada e que mais resposta ainda me dá. A Face da Força foi delineada com a Beleza do Planeta Terra, talvez seu lado femini-no: suas águas, seus ventos, suas chamas, e a Mãe Terra se fez mais mãe: deu-me Lar. Deu-me também o maior dos presentes: a consciên-cia de que tenho vida e que sou vida interligada a tudo e todos. Amar este Planeta, estar aqui, só se justifica em espargir o amor entre os se-res iguais a mim, assim como o prazer imenso de chupar uma frutinha preta, redonda, adocica-da e saborear seu sumo. Celebrar o hoje como se apresenta, consciente que estou de passa-gem... para onde? Para onde o meu mérito me levar: quero ser selecionada dos selecionados do Bem.

Brumas 21 de outubro de 2012- domingo, manhã.

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O que eu posso fazer para evitar o tráfico de

animais silvestres?

Não compre objetos e bijuterias com penas de animais.

Conheça a Lei de Crimes Ambientais.

Não compre animais silvestres.

Denuncie tráfico de animais silvestre à Linha Verde do Ibama

Passe essa dica adiante.

h p://www.wwf.org.br/ 

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A cada toninha ou golfinho

Por Oliveira Caruso

A cada toninha ou golfinho que vislumbro n’água saltar,

lembro-me de ti a brincar na piscina de modo levinho.

Ficamos a água jogar

um ao outro em carinho, o nosso mui ledo caminho de, entre nós, comemorar.

Comum nos foi o sorrir sob o dia de sol festivo

e a água límpida de fato!

Logo te veio de lá o sair, após hora de banho vivo, co’amor em doce trato.

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O Varal do Brasil estará no prestigiado Salão Internacio-nal do Livro de Genebra de 1º a 5 de maio de 2013 le-vando o seu livro, levando você para autografar! Estão abertas vagas para sessões de autógrafo e vagas para exposição de livros. Todas as vagas serão preenchi-das mediante pagamento de participação cooperativa. As pessoas interessadas deverão escrever para o e-mail [email protected] solicitando mais informações. Adiantamos que as associadas da REBRA e os associa-dos da LITERARTE, assim como os participantes regula-res da revista VARAL DO BRASIL, receberão descontos especiais para suas participações.

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Verde

Por Sarah Venturim Lasso

Verde que não é vermelho

Ou amarelo

Verde que significa vida

Da mãe natureza

Que pulsa dentro de nós

Verde de esperança

Que pede para continuar

Verde

Vivendo livre

Em um planeta azul

Imagem: Brian Chase

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 Pluf, O Pequeno Coelhinho

Por Osiel Ferreira Vieira

O Nascimento do pequeno Pluf Era uma vez, numa pequena fazenda de uma cidadezinha do interior de Minas Gerais, onde viviam o Senhor E a Senhora coelho, ansiosos e felizes aguardando a chegada do mais novo membro da família e da fazenda, já haviam es-colhido até um nome para o filhote que se cha-maria Pluf. Nino como era chamado o papai coelho convi-dou a todos do terreiro para o dia do nascimen-to, e, quando o dia chegou todos se reuniram em frente à toca onde Nina a mamãe coelho estava para parir seu primeiro filhotinho. “-Amigo Nino, como esta este coração”? Per-guntou Bigu o porco; -É o senhor deve estar muito ansioso para co-nhecer o pequeno Pluf, não é? Indagou o galo índio Teco. -Não vejo a hora, meus amigos e ainda bem que vocês estão me fazendo companhia nessa espera. “Desabafou papai coelho.” “-Não se preocupe daqui a pouco seu filhotinho estará em seus braços, Nino”! Afirmou Rex, o cão pastor. -Ele já deve estar quase chegando, Senhor Ni-no!” Completou Tito o pato cinza.” Antes que terminassem a conversa, D. Lia, uma velha cadelinha pequinesa que estava lá dentro com mamãe coelho veio correndo e gri-tando: _ Nasceu! Nasceu! E é um lindo coelhinho! Ni-no mal esperou que ela terminasse de falar, foi logo entrando, e assim que viu pela primeira

vez o seu filhote, não se conteve e chorou emocionado. Tomou Pluf em seus braços, bei-jou a mamãe coelho e saiu para mostrar a to-dos o seu pequeno filhotinho. Pluf nasceu cinza de olhinhos azuis e muito gordinho, encantou a todos no terreiro da fa-zenda. Passaram-se algumas semanas e Pluf já corria por toda a fazenda nas suas travessuras, Brincava e encantava a todos do terreiro, com seu jeitinho esperto e carinhoso de ser, era o orgulho de todos. Papai coelho era só alegria, cada gesto. Cada palavra vinda do pequeno Pluf era uma felicida-de para o seu orgulhoso coração, pois ele não escondia o orgulho e a admiração Pelo seu pequeno filhote. Pluf se perde na mata Um dia, Pluf brincava sozinho próximo de uma mata que havia nos arredores da fazenda quando de repente, parou, olhou a mata e pen-sou: “-Que legal”! O que deve haver ai dentro será que mora alguém? Pensou em procurar papai Nino para saber, mas sua curiosidade era tanta que ele foi entrando mata adentro. Correu! Correu! Até chegar a um lago onde pa-rou para beber um pouco de água, parou ali alguns instantes e se deu conta de que não sa-bia mais onde estava. _ Meu Deus! Estou perdido! E agora como vou voltar pra minha toca? Gritou Pluf desesperado. -Hei coelhinho! Você esta perdido nesta mata? Perguntou uma voz que vinha de uma moita ali bem perto. -Quem esta ai? Perguntou Pluf preocupado. _ Não precisa ter medo, eu não vou te fazer mal! Eu sou Dado o tigre filhote, e também me perdi aqui ontem! Será que agente acha o ca-minho pra voltar as nossas casas? Papai coelho já havia dito a Pluf que tigres eram ferro esse predadores de coelhos, então 

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Pluf decidiu não contrariar o filhote de tigre e respondeu: _Acho que juntos nós podemos achar o cami-nho de volta, mas precisamos andar depressa, por que já deve estar quase anoitecendo! _Então vamos logo! E os dois se puseram a caminhar na tentativa de encontrar o caminho para seus lares. Nino e Rex vão à procura de Pluf. Já era tardinha quando mamãe Nina preocupa-da disse a Nino: _Nino estou tendo um pressentimento muito ruim, Pluf esta desde cedo sumido, achei Que ele tivesse brincando perto da mata, mas Bigu o porco disse que não o viu por lá, - Onde será que ele se meteu? - Não se preocupe minha querida, vou chamar meu amigo Rex e iremos buscá-lo! Beijou ma-mãe coelho e foi até a casinha de Rex. - Hei amigo Rex! Vamos comigo procurar pelo pequeno Pluf? - Mas é claro! Por onde aquele moleque pode estar metido? - Não sei! Mas vamos logo antes que anoiteça. Assim Nino e Rex saíram na esperança de en-contrarem Pluf, mas enquanto isso lá no meio da mata Pluf e Dado, já cansados de tanto an-dar e de nada encontrar, pararam debaixo de uma grande árvore para descansarem na som-bra. - Pluf! Será que alguém virá nos procurar? - Dado, vamos esperar mais um pouco, e se ninguém aparecer procuramos um lugar segu-ro pra gente passar a noite! Pluf já sentia que poderia confiar em Dado, por que há horas es-tavam juntos e já eram bons amigos. A noite começava a mostrar as suas primeiras estrelas, a lua já surgia devagar, e, os dois fi-lhotes se esconderam dentro de um tronco ve-lho que encontraram por ali. Nino e Rex retornavam tristes para a fazenda, depois de muito procurarem em vão pelo pe-queno filhote. Assim que entraram no terreiro Nina já veio preocupada: - Onde esta o meu pequeno Pluf? Cadê o meu filhotinho? - Calma Nina, não conseguimos encontra-lo hoje, mas amanha iremos bem cedo e vamos

trazer o nosso filhote de volta, não é mesmo amigo Rex? - Claro que sim! Não se preocupe D. Nina ama-nha nós traremos o Pluf de volta para a senho-ra.com o coração em prantos, Nina concordou em esperar até o dia amanhecer, Enquanto isso do outro lado da mata havia uma pequena floresta onde moravam os pais de Dado o Senhor e a senhora valente que es-tavam também aflitos com o sumiço de seu fi-lhote. - Onde esta o nosso filhote? Perguntou D. Va-lente a tigresa. - Querida, ainda não o encontrei, mas, assim que o dia amanhecer sairei e só voltarei quan-do achar nosso filhote, não se preocupe! Va-mos dormir por que amanha será um dia muito longo! Com lágrimas nos olho, D. Valente con-cordou e eles foram dormir. A Noite na Mata Pluf e Dado conversavam e contavam histórias de suas vidas um para o outro, de repente Da-do se calou enquanto Pluf contava sobre sua vida na fazenda. - Sabe Dado na fazenda é muito... Dizia Pluf, ao olhar para o lado e se dar conta de que Da-do já estava dormindo. Um medo tomou conta de Pluf que pensou em acordar seu amigo, mas preferiu ficar quieto e não incomodar. A noite parecia não querer passar, e a cada barulho Pluf ouvia seu pequeno coração pulsar dentro do peito, quando de repente de algum lugar ali pertinho surgiu no ar um barulho: - Auuuuuuuuuuuu!!!!! Pluf deu um salto para cima de Dado, que as-sustado, acordou e por instinto ia se preparan-do para atacar quando notou que se tratava de seu amiguinho. - O que houve Pluf? Você ficou maluco? (Segue)

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- Pssssiiiiuuu!Não faça barulho, por que tem um monstro na mata! - Que monstro o que? Deixa que eu vá até lá. Disse o corajoso Dado movido pelo seu instinto selvagem. Assim que saiu do tronco Dado ouviu o tal ba-rulho de que Pluf havia lhe falado, mas não se intimidou e desafiou: - Quem esta ai? Por que não mostra a tua ca-ra? - Auuuuuuuuuu!!! Eu sou o terrível lobo selva-gem e me chamo Bravo, eu como pequenas criaturas como você! - Eu sou o tigre Dado e não tenho medo de vo-cê, por tanto o que esta esperando vem me co-mer! Vem! Pluf que ouvia tudo calado começou a pensar num plano para ajudar ao seu amigo, quando num impulso saltou para fora e engrossou a voz dizendo: - Ele não está sozinho, eu sou o rei da floresta, o mestre leão!! - Vocês querem me enganar! Exclamou o lobo desconfiado; - Por que você não paga para ver? Se for assim tão valente respondeu Dado empolgado com a esperteza de seu amigo. O lobo Bravo descon-fiado mais com medo de se deparar com o rei da floresta respondeu: - Eu vou embora! Mas isso não vai ficar assim!!! - Seu covarde! Venha aqui nos enfrentar, para ver o que te acontece!! Disse Pluf ainda en-grossando sua voz. Mas o lobo não quis mais saber de conversa e foi embora sem saber que fugia de dois filhoti-nhos. - Pluf! Você foi muito corajoso! Como você con-seguiu engrossar a vós daquele jeito? - É que nós os coelhos só temos como defesa a nossa esperteza, não somos forte e grande como vocês os tigres, mas corajoso mesmo é você que decidiu enfrentar sozinho aquele lo-bo. Os dois conversaram mais um pouco e volta-ram para dentro do tronco onde estavam, que-riam dormir por saber que assim que acordas-sem teriam uma longa caminhada para acha-rem o caminho de volta para casa. Pluf ficou ainda acordado por um tempo admi-rando a coragem de seu amigo, sabia que ele iria protegê-lo dos animais maiores e sentia

muita gratidão por isto.

Minutos depois já havia pegado no sono en-quanto a noite passava lentamente sob um céu lindo e estrelado que dava gosto de ver.

Nino e Rex Frente a Frente com Valente Mal chegou o dia e Nina já foi logo acordan-do Nino: _ Vamos Nino! Acorde e vá logo buscar o nosso pequeno filhote! _ Tá certo querida, vou chamar o Rex e va-mos trazer o nosso pequenino de volta! Não se preocupe. Disse Nino e em seguida saiu e foi chamar Rex que juntos foram para a mata. Do outro lado da mata, na pequena floresta, Valente que acabara de acordar, cheirou sua fêmea e disse: _Estou indo buscar o nosso filhote e pode ficar tranquila que daqui a pouco eu vou tra-zê-lo de volta! _Por favor! Não vá brigar com ele, pobrezi-nho!! _Não querida! Eu não vou brigar tá bom? Agora já vou indo e se despedindo Valente se colocou em direção a mata.

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Algum tempo depois, Nino e Rex já estavam dentro da mata parados próximo de uma pedra descansando, quando ouviram que alguma coi-sa vinha correndo em sua direção. _Rex! O que será isso amigo? _ Não sei! Mas se prepare e se esconda até que eu saiba o que é! Nino seguiu o conselho de seu amigo e se escondeu atrás de uma pe-dra, quando assustado viu chegar à mata um grande e forte tigre. Rex muito corajoso e destemido rosnou para o tigre e perguntou: _ O que você quer aqui? Se for briga pode vir que eu não tenho medo! _ Agora eu não posso! Preciso encontrar o meu filhote, mas se quiser depois nós conversamos, respondeu Valente. Nino que ouvia tudo em silêncio foi saindo de traz da pedra e dizendo: _ Eu também procuro o meu filhote, por que não deixamos as diferenças de lado e nos uni-mos para encontrar nossos filhotes? _ Por mim tudo bem! Acho que juntos temos mais chances de encontrá-los, Concordou Va-lente; _ Então me desculpe, Sr.Tigre! Eu sou Rex e esse é o meu amigo o coelho Nino. _ Muito prazer! Eu sou Valente e agora vamos logo que eles podem estar correndo perigo. Terminadas as apresentações seguiram na busca pelos seus filhotes. Pais e Filhos Finalmente se Encontram O dia já havia chegado a sua metade, Pluf e Dado brincavam, depois de desistirem de en-contrar o caminho de casa. De repente Pluf no-tou que não muito longe dali os matos se mexi-am sem que houvesse vento algum; _ Dado vem vindo alguma coisa! Será aquele lobo de novo? _ Pluf se esconda e desta vez não tente me ajudar por que se for ele, vou resolver isso de uma vez por todas! Pluf se escondeu em uma moita debaixo de uma grande arvore, enquanto o corajoso Dado se preparava para o que seria o seu primeiro combate. Mas de dentro da mata o primeiro que saiu foi o tigre Valente, seguido por Rex e depois Nino

que ao verem Dado foram logo perguntando em uma só voz: _ O que aconteceu com o pequeno Pluf? Você não o viu por aqui? Você não fez nada com ele não é meu filho completou Valente preocupado. _ Papai! Papai, eu estou aqui, graças a Deus que o senhor me encontrou, estava com medo de nunca mais ver o senhor e a mamãe!! _ Calma Pluf! Nós estamos aqui e não deixare-mos que você se perca outra vez! Tranquilizou Nino. _ Muito bem agora temos que ir e se formos rápidos, chegaremos antes de escurecer! Disse Valente. _ Tem razão Valente, então vamos! Reforçou Rex, pondo-se e juntos filhote e pais seguiram a caminho de casa. Andaram por algum tempo até chegarem a uma encruzilhada de caminhos, havia um que ia pa-ra a fazenda e outro que ia para a floresta, era a hora de se despedirem e cada um voltar para o seu mundo. Pluf e Dado se olhavam com olhos cheios de lágrimas, Nino, Rex e o tigre Valente sentiam que jamais esqueceriam aque-la aventura que fez com que presa e predado-res se unissem num só propósito. _ Obrigado meu amigo Valente! Nós não con-seguiríamos sem você! Agradeceu Nino. _ Obrigado a você e ao amigo Rex que com seu faro aguçado nos levou na direção certa! _Que nada! Eu apenas ajudei! Mas contem sempre comigo! Disse Rex. A Despedida dos filhotes Com olhos cheios de lágrimas Pluf deu um cheirinho em Dado e disse: _Adeus! Sei que nos veremos novamente! Pro-cure ficar bem meu amigo! _ Adeus! Fique bem você também! Por que es-pero encontra-lo novamente para novas aven-turas vivermos! Dado despediu-se sentindo que seu instinto felino lhe dizia o contrário e que tal-vez jamais voltasse a encontrar o pequeno Pluf.

 

(Segue) 

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Olharam-se por alguns minutos quando foram interrompidos pela vós grossa de Valente: _ Então vamos logo Dado! Sua mãe espera por nós! Até o próximo amigo!! _ Até um dia! Vamos Pluf que sua mãe nos espera ansiosa! Não é mesmo Rex? _ É verdade, então vamos logo! Para não deixa-la ainda mais desesperada! Assim partiram pa-ra a fazenda deixando para traz uma incrível aventura vivida entre presa e predadores, que se uniram num mesmo objetivo e numa nova forma de amizade verdadeira. O Bom Filho a Casa Torna... _Mamãe! Eu estou aqui não chore mais! Gritou Pluf entrando em sua toca. Nina de tanta felici-dade ao ver de novo seu filhote soltou um grito emocionado: _Graças a Deus!!!Graças a Deus!!!Nunca mais faça isso comigo seu moleque!!! Enquanto do lado de fora Nino e Rex contavam para os bichos da fazenda a aventura inacredi-tável que viveu naquela mata. Pluf prometeu à sua mãe que não voltaria a preocupá-la, e que não sairia mais sem avisar. Enquanto isso lá do outro lado da mata, na pequena floresta Dado fazia as suas promessas também pra Dona Valente, dizia que não sairia mais sozinho sem avisar, contou tudo o que ha-via acontecido e vivido ao lado de Pluf seu amiginho inesquecível. Tanto na floresta como lá na fazenda a história teve um final muito feliz. Assim termina a história de uma amizade diferente e quase impossível entre presa e predado-res! Até a próxima aventura do:

PEQUENO PLUF!!!  

 

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O SEGREDO DAS MONTANHAS Por Gilberto Nogueira de Oliveira As montanhas nos contemplam, Em meio à natureza hostil. Nos enche de inferioridade, E com seus rígidos pés Nos esmaga os pensamentos. Subimos às montanhas, Agora nós a contemplamos. Ela se sente inferior Porque a pisamos de leve. Como as flores que ela cultiva, As borboletas incansáveis Preenchem o espaço vazio, Explode em cores a natureza, Estoura o colorido das borboletas Numa música infindável. Os pássaros alegram a natureza, Suas penas coloridas Transforma as pedras em jardim. Seus cantos alegres e sinfônicos Combinam com as cores do arco-íris. Cores fortes como se fosse o amor. De repente chega a noite. Seus olhos brilhantes e naturais Perfuram a densa neblina, E essa se derrete em lágrimas, Matando a sede da vida, Ao ser atingida pelo amor.

Imagem: h p://freebigpictures.com 

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Iguais e diferentes

Por Renata Iacovino

Se mente é coisa de humano Quão, quão dementes, pois, somos!

É de palavra em palavra Que vem cada gesto insano. Quão despreparados somos!

Debruçamo-nos altivos Em racional argumento. Balela, exibicionismo...

Somos, do mundo, nativos E às vezes seu excremento.

Convence-nos o Animal Sem nada ter de provar.

Nem que mil anos eu viva, A tão alto cabedal

Conseguirei me igualar!

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A poesia do imperfeito

Por Ro Furkim

Depois, bom...

A rosa em botão, logo que brota, é toda enrustidinha, envolta pelo calículo. Durante um bom tempo só terá de vegetar a serviço da nutrição para a sobrevivência. Mas a certa altura do tempo as sépa-las do calículo se vão separando, despindo a rosa dessa proteção. Chegou o momento de atender o destino; para tanto vai se afrouxan-do o entrelaçamento das pétalas, estas se espaçando de modo a tor-nar acessível o tálamo, onde seu gérmen aguarda.

Então aquelas sépalas, apêndices verdes estéreis, reclamam, contrariadas por terem sido exoneradas de seu cargo de protetoras, avessas para baixo, meio encaracoladas, difamam a rosa para o pedúnculo:

“Agora sim!, estamos inúteis; essa, aí em cima, está dispen-sando a nossa proteção, agora deu pra arreganhar aquelas pétalas desgrenhadas, exibindo pistilo, oferecendo estigma a todo ferrão que vai passando; veja lá: toda vermelhona, perfume forte!, minando horrores de néctar, permitindo a qualquer um, qualquer um mesmo, seja inseto, seja passarinho, chafurdar no seu pólen. Até bicho gran-de mete o focinho. Tem mais segredo pra a gente proteger não, per-deu a vergonha de vez...”.

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Planeta Terra

Por Yara Darin

Nossa Terra , tão amada... Com o seu calor nos envolve

Nos dá imensa fartura A grandeza e a beleza do mar

As ondas que se agitam Na claridade do luar

A suavidade dos campos A singeleza dos pássaros

A abundância dos alimentos A imponência das montanhas. Planeta amado, te agradeço

Neste tão nobre gesto De me trazeres aqui à morar À viver nesta intensa energia

tão abrangente... Neste sol que me aquece

As estrelas dos meus sonhos O luar dos meus encantos

Que em noites claras me banho Pelas águas que me saciam

As chuvas que lavam a m"alma Pelos amores que me amaram

Pelos filhos que me fizeram A mulher mais feliz deste planeta.

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VIDA

Por Robinson Silva Alves (Hiatus)

UMA INSPIRAÇÃO AR DO MEU PULMÃO

DE ONDE NASCEM OS SONHOS E BATE FORTE O CORAÇÃO

SINTO TUA PRESENÇA

NO SORRISSO DA CRIANÇA NOS BELOS MOMENTOS

DA VIVA INFÂNCIA

OUÇO TUA MÚSICA COM OS PASSAROS A CANTAR

VEJO TEU ESPLENDOR NO MAJESTOSO MAR NO BRILHO DO SOL NO MÁGICO LUAR

MINHA PRIMAVERA,

INVERNO, OUTONO,

VERÃO

A ROSA QUE NASCE NO JARDIM DA EMOÇÃO ARVORES DE FRUTOS FRUTOS DA CRIAÇÃO

MAGIA DE VERSOS

BELA SIMETRIA SIMETRIA DA VIDA

POESIA.

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KIBE Fonte: http://www.portalnatural.com.br/ INGREDIENTES: 2 xícaras de triguilho, deixado de molho e bem escorrido 1 lata de carne vegetal 2 cebolas picadinhas 4 dentes de alho 1 xícara de hortelã picada 5 colheres de azeite de oliva 2 colheres de sopa de cheiro verde 1/2 xícara de farinha de trigo branca MODO DE PREPARO: 1) Misture bem todos os ingredientes, exceto a farinha de tri-go que deve ser acrescentada aos poucos no final até dar liga à mistura. 2) Forme os kibes no tamanho que desejar. 3) Coloque em uma assadeira untada com óleo. 4) Cubra a assadeira com papel alumínio e asse em forno moderado.

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BORBOLETANDO POR AÍ...

Por Robson Luis Silva Costa

Os meus versos são lindas borboletas

com suas asas multicoloridas

voando sobre e dentro da minha cabeça

curando as ideias doloridas

estando ou não no centro da Via Láctea... mas

borboleteando por todo o Universo...

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MÃE TERRA Por Sandra Berg Oh! Mãezinha terra Tens – me ao teu desvelo Dá - me tudo o que necessito Em teus saberes meu ser se fortalece De manhã quero acordar, respirar, estar aqui, Encontrar o talismã E sair do pesadelo De ver - me, um dia, banida do teu materno en-leio. Levantemos a bandeira em defesa do lar co-mum Que o nosso astro brilhe acima da ganância E possamos compreender Que os seus anelos são a nave dessa viagem sem fim Ao cerne do desconhecido Minha alma funde – se ao fluido azul Da tua atmosfera Intrinsecamente percebo – me vida de tua vida Elo na trama do teu vestido natural Quando dou – me conta que sou tu que respira Sou tu que se condói Sou tu que se ressente pelas agressões sofri-das Sou tu que sabe dar de si Só assim, sinto – me despida, Sabedora de que a minha consciência É parte do que és Se adoecer, é reflexo das dores que a ti eu causei,

Estar saudável tem a prática salutar Do amor em preservar – te

Imagem: neeha  

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COTIDIANO DE PRISCILA

Por Wilton Porto

Em cada coisa que ela usava E segurava com amor incomum Nós não sabíamos que ali estava Um estridente e constante zum-zum Que mora na alma da saudade E dos sofrimentos outro igual nenhum. O pano limpo onde ela se deitava O lençol lavado que tirava o frio Os pratos cuidados onde se alimentava Aconchego da perna na hora do cio. Gostava de uma peça Para servir de consolo Tomava chá de boldo Com a maior naturalidade Quanto mais imaginem: Um recheado bolo! E se se falava em passear O ansioso latido era o comunicar-se De se esquecer dela – nem pensar! Pois em desespero se punha a chorar. Quando da hora todo dia noite Em que pelas ruas caminhávamos felizes O nó na garganta é inevitável Lágrimas no rosto o único consolo. Onde quer que eu estivesse No interior de nossa casa Ali ela estava dando sinal de muita graça E queria que eu imediatamente a tocasse Como se de um pacto que quisesse que eu lembrasse. Balançava o rabo e ia se deitar Em frente à porta ou lado do sofá Dormia como se anjo em descanso Mas despertava serelepe para ninguém nos perturbar.

Era dócil apesar do tamanho O latido assustava qualquer ladrão Não conheço quem tivesse mais carinho Se fizesse traquinagens logo pedia perdão. Evitava ficar sozinha Morta de sono nos convidava para deitar Se a enganávamos de repente ela chegava E aos nossos pés ela se aquietava. Era danada quando de tomar remédios Ciumenta com as coisas e espaços Com ela não havia quem tivesse tédio De nem todos ela aceitava os abraços No entanto nem entre os humanos Conheço alguém que prime tanto pelos laços. O que mais faz subir o fogo da tristeza É sabermos o quantum de displicência Os que tratam têm que ter o mínimo de

consciência De que quanto mais exames muito mais a certeza Das doenças naquele ser em permanência. Quem sabe? – talvez Priscila estivesse viva Se os cuidados tivessem sido mais primorosos Porém as condições sempre nos privam Assim perdemos a quem era imperdível E seguimos inconsoláveis todos os órgãos chorosos

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SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA (para ler ouvindo a Sagração da Primavera,

de Stravinsky)

Por Sandra Couto

Corria nua por entre as árvores, entregue a uma dança pagã,

como que celebrando um antigo ritual...

Os cabelos encharcados açoitavam-lhe as costas,

os pés descalços desapareciam na relva molhada, a boca retorcida

num sorriso de prazer...

Rolou pela grama e de uma flor do campo

sugou a seiva, de uma árvore ancestral

roubou a energia, bebeu da água

como se fosse vinho...

Então, sentou-se sobre um tronco caído,

esfregando-se, pernas abertas, ritmicamente,

a princípio devagar, o rosto erguido para a chuva que caía,

pouco a pouco acelerando os movimentos, convulsivamente,

seguindo a coreografia ditada por seus instintos,

soltando gemidos

roucos e indistintos,

Até que numa explosão de vida, a chuva a morder-lhe os lábios

e a lamber-lhe os seios, gritou orgasticamente...

e quedou exaurida...

Imagem: Pluie au Printemps III by *hyneige

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Ainda corre rio em meus veios Por Sandra M. Ferrari Radich

As filhas da natureza: Terra, Fauna, Flora, Água e Vida, todas mulheres e mães de ho-mens, todas fortes, corajosas e guerreiras, porém adoeceram e por ironia do destino os próprios filhos que as deixaram doentes. As irmãs aflitas e preocupadas foram pedir ajuda para a Flores-ta e sua prima Ecologia, grandes amigas, que as receberam e acolheram com muito carinho. Na casa da floresta era o único lugar que elas ainda conseguiriam sobreviver.

A Terra estava com febre muito alta, o nome do vírus era “Efeito Estufa”, a Fauna ficava sempre as mínguas, muito triste por causa dos animais em extinção e a Água, encontrava-se contaminada com tanto lixo e produtos químicos, a Flora, coitada faltava-lhe o ar por causa das queimadas e desmatamentos constantes. Até a Floresta corria perigo, pois estava ficando sufo-cada com a poluição.

Será que seria o fim dessas mulheres maravilhosas? Dessas mulheres guerreiras que nos protegem, que nos dão carinho, que cuidam e alimentam. Será que um dia só conseguire-mos admirar a beleza natural, a bondade, o amor incondicional dessas queridas mulheres, filhas da natureza, por meio de filmes, fotos e pinturas? Em algumas dessas imagens raras que uns de seus amados filhos resolveram um dia registrar? Percebo que num futuro não muito distante será essa a nossa realidade.

Crianças perdidas e aflitas dirão: Cadê nossas mamães? Fauna, Flora? Cadê a mãe na-tureza? A Terra e a Água? O que será de nós? A vida não se conformava com o destino de seus filhos e de suas grandes amigas, apesar de fraca, ainda corria rio em seus poucos veios. A Vida mais uma vez procurou educar seus filhos. E disse: “não chorem crianças, ainda estou aqui, ainda é tempo de trilhar o caminho de volta”. A vida pediu ajuda a Ecologia. Ela não tinha filhos e viajou mundo afora atendendo ao apelo da vida. Nessa viagem, a procura de remédio para salvar suas amigas, adotou muitas crianças desamparadas.

A Ecologia conseguiu fazer com que essas crianças a ouvissem e eles passaram a se preocupar com a salvação de todas as mães. A Ecologia e seus filhos voltaram depressa na tentativa de salvá-las enquanto havia tempo, antes que ficassem apenas na lembrança de al-guns poucos irmãos sobreviventes. Essa mulher poderosa trouxe três remédios mágicos que se chamavam animo, conscientização e amor. O animo era para as mães, a conscientização para os filhos e o amor ejetado no coração de todos. Uma dose na medida certa para cada um.

A Ecologia começou a medicar as mães com doses homeopáticas, uma a uma. “Mãe Na-tureza és bela e imponente, autoridade máxima, rege todo nosso planeta com suas maravilho-sas leis, a pena será dura para quem ousar desobedecer. Água minha linda o que será dos ho-mens sem ti, dos animais e das plantas aquáticas? Tudo secará. Amiga Floresta, maravilha do mundo, não se deixe abater a Fauna e a Flora precisam muito de você, unidas vocês vencerão. E o que dizer para você Vida? És poderosa, simplesmente vital!”

Enquanto isso, os filhos da Ecologia diziam “irmãos nos ouçam! Todos, sem distinção al-guma, temos nossa parcela de culpa nas doenças de nossas mães, juntando nossas forças po-deremos salvá-las. Acordem antes que seja tarde demais. Sem elas seria o caos, só tristeza, miséria, fome e guerra. Violência gerando violência seria o nosso fim, com a ajuda de vocês tu-do voltará a ser como antes, nossa água limpa, animais salvos, floresta recuperada. Nada justi-fica a agressão que nossas mães vem sofrendo todos esses anos”.

Os homens pararam para refletir e se conscientizaram. Assim, começou a ser respeitada a lei da mãe Natureza e unidos conseguiram trilhar o caminho de volta cuidaram com muito amor e dedicação de suas amadas mães. Dessa forma, com doses homeopáticas, muito amor e dedicação conseguiram salvar suas amadas mães e seus queridos irmãos homens. Enfim sal-vas as filhas da natureza para a salvação da humanidade: Terra, Fauna, Flora, Água e Vida.

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QUERO ESCREVER

Por Vera Salbego

Quero escrever Ao ser humano Algo que o faça

Despertar Para o mundo.

Que o faça parar De destruir a natureza.

E tomar consciência Que a natureza é o pulmão

Do mundo. E de nossa existência.

E dela precisamos Para nossa sobrevivência

Neste planeta terra.

Vamos unir nossas forças E tentar salvar

O que resta ainda Da nossa Floresta Amazônica

De nossa Mata Atlântica.

Vamos plantar mais árvores E preservar a vida Do nosso planeta.

Unindo forças no mundo todo A Natureza será preservada

Para as novas gerações Conhecer a beleza da Fauna e Flora

De nossa Terra. Assim, escrevo com a consciência.

De poeta e o coração de ser humano. Para espalhar aos quatro ventos A sinfonia do amor a Natureza.

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Rio e Mar

Por Silvana Brugni

Nasci assim com água de chuva,

Pequenina linha d´água apenas,

Infiltrada em solo no cume da montanha.

Lá fui nascente, e percorri canaletas inicialmente,

despencando de inesperado em singela queda d’água.

Me tornei afluente e fui crescendo,

fazendo um percurso cego, sem saber onde me levaria;

Percorri por toda espécie de caminhos,

planaltos, planícies e relevos íngremes.

assistindo e persistindo a todas as estações.

Ora fiz-me descanso em pequenos riachos

para seguir sinuosa até quedar-me em cachoeira!

E então vencidos os obstáculos, intempéries, pedras do caminho,

e todos os caprichos que a natureza quis me fazer prova,

depois de longo tempo lanço-me e abrigo-me agora, finalmente...

em vasto mar de águas calmas!

Imagem: Kagaya 

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Decolagem

Por Valquíria Gesqui Malagoli

Meu verso quer ter pouso, por isso eu verso; eu ouso... de um canto a outro da Terra,

versar como quem berra!

Com bússola ou sem norte minha palavra é forte,

sem papas, nós na língua... forte é... até que extinga.

E esse planeta é vário –

maior que o dicionário!!! Então, lá vou, de novo,

sorver do velho o novo...

colher da natureza o simples e a rareza... colher a flor e o fruto

qual bandeirante bruto.

Imagem: h p://www.wallpaper‐valley.com/ 

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Medidas de Proteção ao Meio Ambiente Por Gilson Gilvan Conejo Alves |

Artigo: Reprodução.

- Recicle - o lixo que não é reciclado acaba em um aterro , gerando metano e CO2; além dis-so, produtos reciclados requerem menos energia para ser produzidos do que produtos feitos do zero;

- Plante árvores e outras plantas onde puder - as plantas tiram o CO 2 do ar e liberam oxigê-nio;

- Jamais queime lixo - A queima lança CO2 e hidrocarbonetos para a atmosfera. - Certifique-se de que seu carro está com o motor regulado - isto permitirá que ele funcione

com maior eficiência e produza menos gases nocivos; -Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes. Lâmpadas fluorescentes gastam

60% menos energia que uma incandescente. Assim, você economizará 136kg de gás carbô-nico anualmente.

-Limpe ou troque os filtros o seu ar condicionado Um ar condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano.

-Prefira eletrodomésticos de baixo consumo energético. Procure por aparelhos com o selo do Procel ou Energy Star (em importados).

- Não compre o que não for necessário. Prefira produtos ambientalmente corretos; - Não deixe seus aparelhos em standby. Simplesmente desligue ou tire da tomada quando

não estiver usando um eletrodoméstico. Em standby de um aparelho usa de 15% a 40% da energia consumida quando ele está em uso.

- Descongele geladeiras e freezers antigos… se é que você ainda tem um! Considere trocar de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais anti-gos.

- Troque seu monitor antigo por um de LCD. Além de ficarem mais bonitos e ocuparem me-nos espaço em sua casa, são muito mais econômicos.

- Divulgue a idéia . Lembre-se também de sugerir para seus amigos a adoção destas práti-cas.

Não deixe uma torneira pingando e nem escove os dentes com a torneira aberta; Fique atento (a) ao tempo dedicado aos banhos; Não deixe uma torneira pingando e nem escove os dentes com a torneira aberta; - Fique atento (a) ao tempo dedicado aos banhos; EFEITO ESTUFA: O efeito estufa ocorre quando gases da atmosfera - como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e CFC's - absorvem parte da radiação solar. Como resultado, a superfície terrestre fica cerca de 30ºC mais quente ao receber quase o dobro de energia da atmosfera em relação à energia que recebe do sol. Fonte: Medidas de Proteção ao Meio Ambiente | Prevenção Online  

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Lasanha com tofu e palmito Fonte: http://livrodereceitasvegetarianas.blogspot.ch/

Ingredientes: 1 pacote de massa para lasanhas integral (que vai direto ao forno) Recheio: 2 copos de tofu cortados em quadradinhos 1/2 copo de temperos verdes frescos picadinhos 4 colheres de (sopa) de azeite de oliva 1/2 copo de azeitonas verdes picadas 1 e ½ copo de palmito picadinho 1 pitada de sal Molho branco: 4 colheres de (sopa) de farinha de trigo integral 1 colher de (café) de noz-moscada moída 4 colheres de (sopa) de óleo de milho 3 copos de água fervendo Molho vermelho: 4 tomates grandes e maduros picados 1/2 copo de temperos verdes frescos picados 3 abobrinhas cortadas em rodelinhas 2 copos de purê de tomate 1 copo de água quente 2 folhas de louro Modo de Preparar: Em uma panela, esquente o óleo e doure a farinha de trigo, mexendo sempre, para se fazer o molho branco. Adicione aos poucos a água quente, o sal e a noz-moscada assim que começar a ficar dourada, e mexa vigorosamente, bata esse molho no liquidificador, e reserve. Para o molho vermelho, frite os temperos frescos e as folhas de louro no azeite de oliva, adicio-nar as rodelas de abobrinha verde, o sal e os tomates após 5 minutos em fogo alto e com água quente. Mantenha a panela tampada até os tomates ficarem bem macios. Bata o molho no li-quidificador (retire os louros). Caso deseje um molho mais fino, passe-o na peneira. Misture to-dos os ingredientes do recheio. Coloque um pouco de molho branco no fundo de um pirex alto e vá colocando de modo interca-lado a massa, recheio e molho branco, massa, recheio e molho vermelho. Cubra o pirex com papel de alumínio e leve ao forno já quente, por 30 minutos aproximadamente. Retire do forno assim que estiver com a massa macia. Sirva em seguida

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Semente nossa

Por Varenka de Fátima Araújo

Semente nossa de cada dia Terra nossa de cada dia

Toda semente que jogamos Brota, nasce e sustenta É uma química perfeita

Semente que semeia a terra Uma relação de mãe e filho

A semente pode ser produto do homem Que tudo descobre e inventa

Para o nosso sustento

A semente que não permeia Uns homens fazem grandes queimadas

Para destruir o mato A terra fica seca

E o fogo e a fumaça nos prejudicam

Mas, a que a que brota do coração Está não podem queimar

É a semente do amor Que espalhadas entre os homens e mulheres

Surgem vidas Com amor...com amor...com amor

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A TERRA ERA AZUL...E AGORA?

Por Vó Fia

Desembarquei nesse mundo quando a terra era azul e linda; fui criança brincando em riachos de águas cristalinas, passeando por campos verdejantes, colhendo as frutas que nasciam natu-ralmente como ingá, marmelinho, jatobá, gabiroba, cabacinha, marolo, pitanga e muitas mais, a vida era toda natural, porque o homem respeitava as leis da natureza e a mãe terra era pródiga em suas dádivas. As estações nunca perdiam o rumo e chegavam com data e hora marcada: primavera, verão, outono, inverno e tudo era feito seguindo suas normas, com a primavera chegavam as flores e o mundo era fartamente perfumado, no verão era tempo de calor e de alegria, tempo de piqueni-que sob arvores frondosas, o outono meio no lusco fusco de tons acinzentados e com ele as fru-tas chegavam cheirosas e doces. O inverno vinha com seu saudável frio e com a fartura da colheita do café, tempo de bons ne-gócios, de dinheiro farto para os fazendeiros e seus colonos; a vida era boa e a fartura era para todos, pobres e ricos podiam comer os frutos limpos que a saudável terra produzia generosa-mente; depois das colheitas o povo festejava dançando e cantando e ao mesmo tempo orava agradecido. Os rios limpos ofertavam seus peixes e os pescadores alimentavam suas famílias sem ne-nhum receio, porque de águas limpas só vinha peixes sadios e deliciosos; bovinos, suínos, aves em geral se fartavam com a fartura do rico capim gordura, do milho, dos legumes e verduras, ninguém conhecia ração, porque os animais pastavam livres e os humanos criavam seus filhos sadios pela boa alimentação. Agora já não se sabe o que se come, seja gente ou bicho, porque tudo está contaminado pe-las cargas gigantescas de agrotóxicos, novas doenças aparecem e algumas não tem cura e as pessoas morrem sem saber de que, mas a maior enferma é nossa Mãe Terra, maltratada, poluí-da, devastada pela ignorância e a ganância dos homens e assim a vingança é o descontrole das estações, calor, frio, chuva e sol, tudo misturado. Onde está a terra azul, os rios de águas transparentes e o ar puro e doce? Não existe respos-ta para essas indagações, mas quando a ultima arvore for derrubada, o ultimo rio assoreado e sujo e o ar se tornar venenoso e irrespirável, muitos homens estarão muito ricos e se julgando poderosos, mas vão descobrir que não se come, não se bebe e não se respira dinheiro. Se a mentalidade destrutiva de governantes ambiciosos e corruptos não mudar, as gerações futuras não terão uma infância feliz e saudável como os idosos de hoje tiveram, não colherão frutas silvestres e não fará alegres piqueniques, isso se as próximas gerações conseguirem so-breviver a poluição da terra, rios, oceanos e do ar. É muito triste pensar que a terra está perden-do sua linda cor azul.

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CONTANDO VACAS

Por Valquiria Imperiano A NATUREZA é uma artista perfeita, utiliza as algas do mar e a areia branca como pigmentos necessário para que as cores ganhem contras-te, harmonia e movimento. Variando entre tons ora claro, ora azul, ora azul profundo sob a in-fluencia da luz que brilha no céu e que transfor-ma as aguas em um espelho que nelas mergu-lha diariamente e perpetuamente na tentativa de se refrescar . Aglomera gazes misturando-os com a umidade sob a influencia do vento e da pressão atmosférica para adornar os mares e os rios e envolve a terra com nuvens que mais parecem chumaços de algodão em forma de carneirinhos e bichinhos planando sobre nossas cabeças tranquilos e silenciosos a de-corar o nosso campo visual. São as pinceladas magicas dadas pelas mãos do artista Criador. AS GAIVOTAS quebram o silêncio do mar e brigam com o som das ondas, gritam alto, o gri-to da felicidade , a felicidade de se sentirem li-vres e poderem mergulhar em busca do seu peixe de cada dia. Uma competição divertida e alegre entre animais. Sabia ação da mãe natu-reza que realiza o jogo do equilíbrio ecológico. O MAR, gosto de olhar o mar, fora dele e den-tro dele. O seu silêncio me impregna de felici-dade e de respeito. Essa superfície marítima me encanta e me fascina. A beleza silenciosa e magnética do mar me atira e me hipnotiza, porém falta-me a coragem de mergulhar e des-cobrir o mundo encantado e misterioso escon-dido entre suas algas e seus subterrâneos pro-fundos. Quedo, muitas vezes, diante da imensi-dão azul observando os peixes a caçar mos-quitos fora d'agua, e os pássaros a pescarem os peixes e estremeço ao ver no horizonte grandes navios pescadores que plantam suas gigantescas redes, limpando o fundo do mar de todo ser que tenta ultrapassa-la. Atrás da rede o homem e a ganância vão arrastando vidas e dando a sua contribuição indecente para a des-truição ecológica. Frente ao mar não precisa-mos pensar, nem filosofar, para que questio-nar ? Nem os peixes, nem os pássaros o fa-zem, eles apenas vivem, respeitam o ciclo da vida e são felizes. Não se adonam do mar nem do mundo, nem cobram bilhetes de entrada pa-ra serem apreciados em pleno desempenho artístico. O HOMEM racional deveria aprender com os sábios ANIMAIS irracionais a ponderar sobre

os valores essenciais da vida. Observar os ra-tos não só para descobrir a reação de um de-terminado vírus injetado em seu sistema nervo-so central, mas observa-los em comunidade. Mas não apreciam os animais, caça-os. Consi-deram-se seres superiores porque pensam. A razão ? É a responsável do homem devasso, do homem insensível. Os bichos não pensam e nem se matam por sadismo. Quem tem razão. Qual o valor da razão ? Eis a palavra chave, valor. É ai que se encontra a confusão entre os superiores. Eles sabem contar. Aprenderam a contar até 10, até 1000 000 e para lhes facilitar os cálculos inventaram a calculadora. Muito in-teligentes os homens!. Compram terras e as enchem de vacas: 1 vaca, 2 vacas, 3 vacas, 4 vacas ……..1000... vacas. Para as vacas tanto faz 1 patrão, 2 patrões... 10 patrões sua produ-ção será sempre a mesma. E os patrões que se matem para dividir o leite, nada muda a vida de uma vaca. Comem, dormem, defecam, mor-rem no matadouro a maioria das vezes ou de micróbios, não é seu problema, ela respeita a vida e não tenta muda-la. De uma maneira ou de outra, hoje ou amanha o importante é ter. Uma boiada, para vender a carne, transformar o couro em sapatos, os chifres em botões. Uma baleia para vender suas barbatanas como afrodisíaco. O marfim dos elefantes para trans-formar em objetos de decoração. A pele da ji-boia para cobrir os delicados pezinhos de al-gum artista, rainha, ou seja la quem porta uma coroa. Uma coisa é utilizar a carne para alimen-tar o bicho homem, outra coisa é incinerar a carne para aumentar o preço do mercado. Uma gaivota só pesca o suficiente para si. O urubu só come o que esta morto e não mata o irmão , dividi a sua carniça, comem juntos no mesmo prato. O leão só caça para alimentar a própria fome, reina no seu território e assim mesmo com prudência porque ele sabe que se matar todos os inferiores, ele mesmo será vitima da própria imprudência e morrera de fome. Nem a gaivota se apropria do ar, nem o tubarão se apropria do mar. Os animais são irracionais, dizem, mas são os únicos que obedecem as regras da preservação. Os animais que vivem no deserto não precisam de floresta, a comida rara brota da areia quente como por milagre, repousam no calor e trabalham no frescor e caçam para sobreviver, porque só pegam o ne-cessário para si.

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EU não sou o OUTRO. Todo ser fora de mim é o outro e eu muito egoistamente coloco a res-ponsabilidade desse ”bordel” nessa palavra excluindo-me da culpa de CONTAR VACAS, mas no fundo sei que sou indiretamente responsável por essa cadeia infernal de destruição Sou a consumidora, a devoradora de carne, aquela que alimenta o capitalismo e a indústria que avan-çam como um trator destruindo sem triar tudo que esta a sua frente visando o dinheiro. Como gosto de churrasco evito o olhar singelo de uma vaca no pasto. Vivo com meu pecado e me as-seguro de que estou certa porque o “outro” também gosta de carne e o pior que nem posso con-fessar minha “canibalidade vacal” porque comer vaca não é pecado pelo menos no nosso pais. Esquecemos que somos mortais e que dentro do caixão não precisamos de cartão de credito e o dinheiro poderá ser útil apenas para comprar um bonito caixão de mogno com garantia da fune-rária para não apodrecer durante alguns longos anos dentro da cova. Às vezes me pergunto qual é o interesse em manter um caixão intacto enquanto a carne apodrece? Independente da madeira as lavas nos devorarão, certamente, contribuindo silenciosas para o ciclo da vida, nos transformando em adubo para alimentar a vaca. Me vejo então no começo da cadeia alimentar e virando músculo de vaca, me vejo picanha espetada e cortada em tirinhas dentro do prato de um carnívoro. ESPERANÇA era uma vaca que tínhamos em casa. Essa não pude comer e em sua homena-gem transformo uma sinônimo da outra por isso :VACO que um dia os homens esqueçam a cal-culadora e usem a matemática para contar as estrelas sem tentar apaga-las, calcular a distanci-as entre os planetas sem o objetivo de domina-los e contem as vacas com a intenção de protege-las. E eu pare de comer churrasco.

Foto de Valquiria Imperiano 

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Tráfico de Animais Silvestres O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior negócio ilegal do mundo, e que só no Brasil mo-vimenta cerca de 700 milhões de dólares (americanos) por ano. Só das selvas brasileiras são retirados em média 12 milhões de animais por ano, e por cada animal vendido morrem nove. O tráfico de animais só perde para o tráfico de drogas e de armas na escala dos mais rentáveis, sobrevive da miséria humana, explorando pessoas simples que fazem da venda de animais um meio trágico de obter dinheiro, causando assim enormes e irreparáveis danos na natureza. A fauna é devastada, e a retirada de animais já causou a extinção de inúmeras espécies e con-sequentemente todo um desequilíbrio ecológico. A função dos animais como grandes disperso-res de sementes, um papel importantíssimo para manter o equilíbrio no ciclo da vida, vê-se as-sim reduzido. Aves exóticas, macacos, peixes e até animais ferozes, entre muitos outros, servem o prazer que algumas pessoas têm em possuir um animal exótico em casa. Quanto mais raro for o animal maior é o valor a ser pago por ele, fazendo com que os animais em extinção sejam os mais cobiçados. O grande problema é que a maioria das pessoas que possuem esses animais não sabem que a compra, venda, criação ou qualquer outro negócio envolvendo animais silvestres é crime inafian-çável, e acabam levando para casa, junto com os animais, também uma série de problemas. Al-gumas acreditam até que a proteger os animais, sem fazer ideia de como eles sofrem com tudo isso. A grande maioria dos que compram animais silvestres acabam mais tarde por se desfazerem deles, ao depararem-se com o trabalho que eles exigem, ou por não terem mais condições de mantê-los. Uma quantidade desses animais são depois levados aos zoológicos com a intenção de serem doados, e lá não são aceites pois em muitos casos já existe uma superlotação. O animal em cativeiro perde a capacidade de caçar o seu alimento, de se defender dos predado-res ou de se proteger de situações adversas. Se forem libertados, mesmo que em locais propí-cios, dificilmente conseguem sobreviver. Muitos possuem os dentes e garras arrancadas, outros são vendidos drogados ou embriagados e outros ainda (geralmente pequenos macacos) são rodados a todo momento pela cauda até ficarem completamente desnorteados, tudo isso para passarem a imagem de animais mansos e domesticados. Muitos dos animais, ao serem colocados em cativeiro após retirados da vida livre, acabam por morrer pelo simples facto de se recusarem a comer. Em cativeiro a grande maioria perde até a capacidade de reprodução, sendo que isso é um dos principais instintos de qualquer animal, ta-manho é o seu sofrimento. Muitos dos animais são traficados para o exterior e transportados principalmente dentro de fun-dos falsos de malas, completamente sufocados por roupas e outros objetos. São esses motivos, entre outros, que fazem com que o maior número de mortes ocorra durante o transporte. Se pretendes ter um animal em casa escolhe, de preferência um cão ou gato.

Artigo Reprodução. Fonte: http://www.centrovegetariano.org/

 

Referências: 

h p://www.ibama.gov.br/  

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Apresentamos com carinho nossa terceira co-letânea, o livro VARAL ANTOLÓGICO 3!

O livro terá capa do mestre dos grafites, o ar-tista Thiago Furtado, conhecido como Valdi-Valdi.

O prefácio será do escritor e jornalista Val-deck Almeida de Jesus e o poema de aber-tura da escritora Rita de Cássia Amorim An-drade.

Fotografias interiores de Maria de Fátima Barreto Michels.

Os autores que farão parte do livro:

ARLETE TRENTINI DOS SANTOS

AUDELINA MACIEIRA

CAROLINE BAPTISTA AXELSSON

CINTIA MARIA DE MEDEIROS

CLÁUDIO DE ALMEIDA HERMÍNIO

CLEVANE PESSOA

DIVA MENDES

EDIANE SOUZA

EMANUEL MEDEIROS VIEIRA

FLÁVIA ASSAIFE

FLÁVIO GOULART BARRETO

GERMANO MACHADO

GUSTAVO MARTINS BARRETO

HEBE C. BOA-VIAGEM A. COSTA

HERNANDES LEÃO

JACQUELINE AISENMAN

JERONYMO ARTHUR

JOANA ROLIM

JOSÉ ALBERTO SOUZA

JOSÉ CAMBINDA DALA

JULIO CESAR BRIDON DOS SANTOS

LENIVAL NUNES DE ANDRADE

LEONARDO A. DE FREITAS AFONSO

LUCIA AMÉLIA BRULLHARDT

LUIZ CARLOS AMORIM

MARIA DE FÁTIMA B. MICHELS

MARLY RONDAN

MARIA (NILZA) LEPRE

NORÁLIA DE MELLO CASTRO

RAIMUNDO CANDIDO TEIXEIRA

RENATA IACOVINO

RITA DE OLIVEIRA MEDEIROS

ROBRTO FERRARI

ROSELIS BATISTA R.

SANDRA NASCIMENTO

VALQUÍRIA GESQUI MALAGOLI

VICÊNCIA JAGUARIBE

VÓ FIA

WALNÉLIA CORRÊA PEDERNEIRAS

O livro contará com os autores Isabel Cristi-na Silva Vargas e César Soares Farias na composição das orelhas.

Estas são as capas dos dois primeiros volumes

VAR

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Por Fabiane Ribeiro 

Conto 7 – Davi e a tempestade

Pela fria madrugada, o suor banhava-lhe a fa-ce, contrastando ao clima gélido do outono. Era a insegurança, adentrando cada célula de seu corpo. Davi abriu os olhos e pôde... ver? Que ideia absurda, ele pensou. Era deficiente visual há mais de uma década. Como poderia, no meio da noite, abrir os olhos e, simplesmente... ver...? Contudo, a visão era de uma beleza singular. Uma luz pálida, porém, penetrante; forte e vi-brante. Era impossível não se entregar. Davi estivera na reunião do grupo de deficien-tes visuais aquela tarde, entretanto, não se sen-tira muito confortável. Os colegas haviam parti-lhado sonhos, visões durante sonos renovado-res. Ele, por sua vez, desde que sofrera o aci-dente, nunca sonhara. Nem ao menos um pe-sadelo para constar. Sonhos, bons ou ruins, não faziam parte de sua vida. Portanto, ele não compartilhara nada na reunião; apenas ouvira relatos que lhe eram es-tranhos. Agora não parecia sonhar; a luz fazia com que se sentisse mais vivo e acordado que nunca. Era como se aquela luz fosse a vida... E, de alguma forma, era. Ele abriu os braços e jogou-se, com força na luz. Sentiu gotas pesadas e aterrorizantemente géli-das pesarem contra seu corpo. Estava choven-do. Não era uma chuva qualquer. Era uma forte tempestade. Estava em um barco em meio a um oceano de águas sem fim. Água. Raios. Trovões. Água. Vento. Água. Nu-vens escuras... Tudo cinza. Exceto... a luz. A luz continuava em sua visão, pálida, encober-ta por algumas nuvens e, ao mesmo tempo,

convidativa. Então, ele deixou de incomodar-se pela tem-pestade e concentrou-se na luz e na paz que ela lhe transmitia... O barco continuou seu balanço sobre as fortes ondas no mar, e a luz continuou a acalmar-lhe, até que os primeiros raios de sol fossem vistos e os tons cinzentos da tempestade fossem pre-enchidos por cores vibrantes. Tudo se fez luz, após uma noite de tempestades em alto-mar. Davi retomou a consciência. Em seu quarto, calmo e silencioso, os raios do sol da manhã tingiam tudo com brilho. Ele sor-riu. Voltara a sonhar. Teria um sonho a partilhar com os colegas na próxima reunião. Entretanto, não era um sonho qualquer... Era um anúncio de boas-novas a caminho. De uma luz capaz de afugentar qualquer tempestade. Ele havia sonhado com um farol em meio ao mar. Se antes, na ausência dos sonhos, tudo era es-curidão em sua vida; agora, após sonhar com o farol e com a tempestade que se desfez, ele teve certeza de que bastaria concentrar-se na luz, presente em qualquer existência, para que as nuvens escuras fossem carregadas pelos ventos de mudança...

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BELA UNIÃO

Por Cristina Cacossi

E por falar em beleza quem se combina com quem?

tudo nessa natureza, parece se dar tão bem!

Segue um ângulo perfeito o rio entrosando-se à mata.

Ele transmite o respeito, que do Criador acata!

Chuva que cai na floresta desperta pura fragrância.

Torna o ambiente uma festa, inebria em abundância!

O trio: rio, dunas e mar desafia toda união.

Emoção de par a par, privilegiada visão!

Floco de neve, friorento há de ser mais lindo então,

que algodão levado ao vento, prenunciando uma estação?

Sopra o vento perspicaz e folhas secas vão ao chão.

Com essa tarefa audaz, surge vida em profusão!

Vem o mar devagarzinho sobre a vastidão de areia. Livra-a do seu desalinho, pois a brisa a despenteia !

Campo cheinho de flor ao céu se direciona.

Oferece toda cor, um pelo outro se apaixona!

Sol e lua sorrindo surgem repletos de pura beleza.

Pedindo licença à nuvem, oferecem sua riqueza!

E em meio a bela união quem se combina com quem?

A natureza dá a mão, por isso que se dá bem!

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TERRA: PLANETA EM EXTINÇÃO

Por Luiz Carlos Amorim

E existe o dia da Terra, que vem muito a propósito para refletirmos e nos conscientizarmos de que há uma necessidade urgente, urgentíssima, de cuidarmos do nosso planeta, de pararmos de agredi-lo, de passarmos a tratá-lo com o devido respeito e carinho para que possamos ter es-sas mesmas coisas de retorno. Mas qualquer que seja o Dia da Terra, todo dia é dia de pensar-mos nela com carinho. O planeta Terra é o nosso mundo e, se continuarmos a maltratá-lo, a destruí-lo, que futuro pode-remos esperar? A natureza é a alma da Terra. E ela está se cansando de tanto descaso, de tan-to desrespeito, fato que pode ser facilmente constatado, se prestarmos atenção nas tragédias climáticas que vêm acontecendo, como tempestades, furacões, enchentes, terremotos, etc. Mãe Natureza se rebela diante de tanta irresponsabilidade do ser humano, qual seja no cuidado do seu meio-ambiente, da sua água, do seu ar, do seu mar, do seu chão. Então é hora de pararmos para repensar nossas ações e pensar mais no nosso planeta, passar a respeitar a natureza como ela merece. Fazemos parte dela, então estamos agredindo a nós mesmos, estamos podando o nosso próprio futuro, estamos apressando o fim do lugar onde vi-vemos. Para onde vamos, quando não for mais possível viver no Planeta Terra? Não foi encontrado, ain-da, nenhum outro planeta onde o homem pudesse viver. E mesmo que houvesse, iríamos tomar posse dele para destruí-lo, também? Leio a crônica da minha amiga Mary Bastian, na qual ela fala do corte de árvores indiscriminado em Joinville e do Rio Cachoeira morto, mas não sepultado. Onde está o nosso senso de preser-vação, se assassinamos um rio? E um rio morto é um pedaço da natureza que morre com ele, árvores cortadas são outro pedaço e assim lá se vão vários pedaços, até que não sobre nada. É isso que queremos, que nosso planeta caia aos pedaços, vá explodindo devagarinho, por nossa falta de consciência? A Terra pede socorro. Há que pensemos nisso e há que façamos com que todos os dias, que cada dia seja um novo dia para salvar nosso planeta Terra. Há que tomemos atitudes, para que nos próximos anos possamos estar aqui para comemorar o dia da Terra. Esperemos que não seja tarde demais.

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O Planeta terra pede socorro Artigo Reprodução

Fonte: http://www.webartigos.com/ maio 2009

A situação do planeta hoje é crítica. Podemos ver essa realidade em todos os acontecimentos do nosso dia a dia. Como Por exemplo: Os rios estão sujos e poluídos; Os dias estão muito mais quentes; a natureza esta descontrolada, tai os exemplo como enchentes, ventanias for-tíssimas entre outras coisas que acontecem em nosso planeta. Todos sabemos os motivos pelo qual essas re-ações da natureza acontecem, e todos sabe-mos o que é preciso fazer para mudar essa re-alidade. Só que nem todos fazem! Então já esta na hora de começar a fazer a coi-sa certa, para assim ajudar o planeta e a nós mesmos. Não estou dizendo que se você fizer uma ou outra coisa vai salvar o planeta da des-truição, mas, você já pensou se todo o mundo fizer um pouquinho, a sua parte, o resultado que isso vai ter na situação do meio ambiente? É Animador, pois se cada um fizer a sua parte, o planeta será salvo. ENTÃO VAMOS COME-ÇAR A FAZER AGORA!!! O mundo todo está engajado nessa campanha, são jornais, revistas, pessoas famosas e até políticos entre outros, que visa a mudança de alguns hábitos de nós seres humanos, por ape-nas uma simples causa, nosso planeta, nossa vida! Essas são algumas formas de amenizar esse caos: * Reciclagem. *Coleta do lixo e não jogar lixo em rios, ruas e campos abandonados. *Economia de ÁGUA. *Não desmatar ilegalmente as nossas florestas.

*Não fazer queimadas, pelo menos não de grandes proporções. Entre outras atitudes que podem ajudar o pla-neta. As autoridades especializadas nessa área es-tão em constante estudos e pesquisas, para tentar encontrar soluções que ajudem o plane-ta, uma dessas soluções já mostra resultados, como por exemplo: Recentemente, revistas, jornais e propagandas informaram os telespec-tadores de uma atitude muito simples que aju-daria muito o meio ambiente, que é pintar o teto de suas casas de branco, uma atitude diferente e bem autentica, que ajuda a diminuir o calor. Resultado, as casa fica mais fria, e você ainda ajuda a diminuir o aquecimento global. Claro que se um ou outro fizer não vai ter muitos re-sultados a não ser para si mesmos. Mas se pe-lo menos boa parte da população aderir a essa atitude, com certeza isso nos trará bons resul-tados. Não sou uma autoridade preocupada com o meio ambiente, nem tão pouco uma especialis-ta da área, ainda, sou apenas uma pessoa co-mum, que gosta do meio ambiente e se preocu-pa com ele. E estou convidando você a fazer parte dessa campanha. Pode ser agindo dife-rente com o meio ambiente, escrevendo como eu e divulgando essas soluções que ajudam o meio ambiente, pode ser de qualquer jeito que ajude o planeta, só faça! CAMILA SOARES

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COMO PODEMOS PRESERVAR O MEIO AMBIENTE? AÇÕES COTIDIA-NAS PRÁTICAS Artigo Reprodução. Fonte: http://meioambiente.culturamix.com/

Por Vanderlei em agosto 29, 2012

O ecossistema planetário já sofreu degrada-ções por conta das ações humanas de um mo-do tão profundo, que se torna urgente a adoção de medidas que procurem preservar o meio ambiente. Em escala global, nos grandes acor-dos e tratados firmados entre países, ou nas ações de cada indivíduo, que atuando em suas residências ou em suas comunidades, conse-guem promover ações efetivas em prol da saú-de do meio ambiente. Em nossas ações cotidianas, muitas medidas podem ser tomadas de modo que possamos preservar o meio ambiente. Estas medidas passaram a ser conhecidas como os três “Rs”, sendo cada ”R” referente às seguintes ações: Reduzir o nosso consumo, Reutilizar e Reci-clar.

A poluição, um dos maiores problemas ambien-tais da atualidade (juntamente com a utilização dos agrotóxicos, com as pesquisas relaciona-das aos transgênicos, entre outros), está inti-mamente relacionada ao consumismo exacer-bado típico de nossa sociedade capitalista. Deste modo, ao observarmos o nosso consu-mo, evitando embalagens desnecessárias, principalmente, contribuiremos para não produ-zir mais material destinado ao lixo. Aliado a esta ideia de Redução, temos a da Reutilização. Com isto, evitamos mais uma vez o descarte de materiais, reutilizando as emba-lagens, após higienizá-las e atentando para as que anteriormente não comportaram produtos tóxicos. Conscientes da importância e da eco-nomia que a reutilização gera, diversas empre-sas e fábricas já apostam na venda de refis, fazendo com que os consumidores adquiram produtos em uma embalagem menos elabora-da e mais barata, possibilitando a reutilização das embalagens mais elaboradas e que con-

tém mais material.

Além dos dois “Rs” anteriores, resta ainda a Reciclagem. A Reciclagem de materiais – que são divididos entre papéis, plásticos, vidros e metais – auxiliam a reduzir a extração de maté-rias primas, bem como o descarte desnecessá-rio. Um exemplo deste processo é o papel que, ao ser reciclado, evita o corte de novas árvo-res, bem como evitam que sejam destinados ao lixo comum. Estas práticas, em conjunto, evitam a produção excessiva de lixo e a propagação da poluição, que atinge a terra, as águas e o ar. Dadas as destinações corretas aos materiais, seja reutili-zando ou reciclando, reduzimos o consumo e, consequentemente, a produção de lixo e polui-ção.

O restante do nosso descarte se resume, basi-camente, ao lixo orgânico (restos de alimentos, frutas, verduras, legumes), que podem facil-mente retornar à terra, onde serão descompos-tos e formarão a parte orgânica da composição da terra, na forma de adubo vegetal. Outras pequenas medidas se somam a estas e que fazem diferença quando pensamos na pre-servação do ecossistema de nosso planeta: Reduzirmos o gasto de energia e de combustí-veis, evitar o desmatamento e replantar as ár-vores em áreas já desmatadas, preservar as matas e os rios, atentar às práticas agrícolas, preservar a fauna em seus ambientes originá-rios – uma vez que estes também são impor-tantes para a flora, dentre inúmeras outras ações.

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NOSSO BRASIL ECOLÓGICO

Por Odete Bin

Qual é a cor do elefante ?

- É verde. Do tom da bandeira?

Não, bem da cor do dejeto.

- Sua resposta é verdadeira.

Por tanto tempo em desuso

ficou um verde desbotado

cor da farda do soldado

da grande nação brasileira!

Que de grande descoloriu,

assim só descolorir não basta

a cordilheira, também a Amazônia

porque o brasileiro a devasta.

Com destruição e incêndios

a selva que de verde era,

vai se transformando e a Amazônia

na mais exposta cratera.

Para viver, é só o presidente,

uma pena que o povo deixe;

as fontes secam e os rios,

paraíso para tantos peixes.

No palácio do governo

entra em cena o plenário,

o presidente sai de órbita

segue um outro planetário.

O verde e amarelo da bandeira

que tremula de sul a norte,

o verde está perdendo a cor,

o amarelo, some do cofre-forte.

Nosso querido planeta

onde dormem tantos brasileiros

porém, digo: o sono dos justos

se transforma em pardieiro.

Ex Brasil verde-amarelo

não é mais branco nem azul,

se tremula a paz no norte,

oh, já não tremula no sul!

Nós não somos qualquer coisa

por que qualquer coisa nos basta?

Fazemos parte do planeta terra

por que nosso Brasil assim se encerra?

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Paisagens verdes

Por Alberto Araújo

Busco paisagens verdes, E esculpidas cantigas de ninar.

Na ausência das fantasias, Embalo repentes e cordéis Para a próxima geração.

Escultores, ceramistas e artesões,

São artistas que com suas línguas eruditas, Esculpem possíveis cavalgaduras.

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Como proteger os animais?

Artigo: Reprodução

Fonte: http://www.logisticareversa.net.br/

1) Se você não tem tempo ou vontade de na-da, não tenha animais em casa se não puder cuidar deles e oferecer-lhes condições salu-bres. Muito faz quem não atrapalha. 2) Se você tem algum tempo E alguma vonta-de, adote um animal ao invés de comprar. Pa-ra cada animal comprado em pet shops, 3 morrem nas ruas. Lembre-se que é uma vida e que ele tem necessidade de alimento, con-forto e carinho. Um dia ficará velho e precisa-rá ainda mais da sua atenção. 3) Se você tem espaço, condições e atende os requisitos do item 2, adote mais de um. O problema é realmente grande! 4) Se você não tem espaço ou condições, co-labore com quem ajuda. Doe alimentos, mate-rial de limpeza, divulgue campanhas. Volunta-rie. 5) Seu guarda-roupa anda cheio? Abra espa-ço! Lã? couro? Você realmente precisa disto num mundo com opções que não matam e são mais baratas? 6) Há espaço em seu banheiro para a vida? Então não compre produtos testados em ani-mais. Eles são submetidos a testes incessan-tes. Produtos de limpeza, perfumes, cosméti-cos, algumas rações... a lista, infelizmente, é grande. 7) Se houver espaço em seu coração para amar os animais que não convivemos diaria-mente (vacas, galinhas, peixes, frutos do mar), deixe de comê-los. Afinal, a dor que a galinha sente não é menor que a dor de um cãozinho felpudo. Além de não contribuir com

a morte direta deles, não irá contribuir com a tortura diária a que eles são submetidos, na indústria de alimentos. 8) Se você consegue chegar no ponto 8, há espaço para os animais selvagens? Não com-pre animais silvestres. O lugar deles é em li-berdade. Seja menos consumista: para produ-zir, é preciso destruir habitats, parar tirar ma-deira, minérios.... Muitos animais morrem para se produzir um produto que você não precisa. O que você descarta vai parar em habitats e provocam a morte de vários animais em rios, no mar... Gerar menos lixo é provocar menos mortes. 9) Ok. Agora.... e os animais humanos? Quantas crianças dormem ao relento, quantos velhinhos são abandonados em asilos? Os tolos sempre dizem "Ao invés de adotar um animal, adote uma criança". os sábios dizem "eu quero ser parte da solução e não do pro-blema". Ajudar pessoas não exclui ajudar os animais e vice-versa. Quem critica normal-mente não ajuda sequer o próximo. Ao invés de apontar e dizer o que o próximo deveria fazer, deve sim abrir a mão e oferecer ajuda a quem precisa.

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