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Área de Trabalho
A área de estudo localiza-se próximo ao pórtico de entrada daUniversidade Federal de Santa Maria, sobre as coordenadasaproximadas de 29°42'42.02"S de latitude e 53°43'00.01"O delongitude.
Creche Ipê AmareloInício das obras: abril/1973
Desenvolve atividades de cuidados e educação de crianças de 0 a 6 anos de idade, em turnos parcial ou integral durante todo o ano.
Creche Ipê Amarelo
A creche abre em torno de 90 vagas por ano = 90 crianças expostas aos riscos de doenças e/ou
acidentes relacionadas ao mau planejamento espacial das instalações da creche.
Creche Ipê Amarelo - Riscos
Existem doenças transmitidas por contato da pele ou mucosas com água contaminada por esgoto humano, fezes ou urina de animais, dos quais cita-se como exemplo a leptospirose (águas, principalmente de enchentes, solo úmido ou vegetação, contaminados pela urina de rato);
Creche Ipê Amarelo - Riscos
Outras doenças são transmitidas por falta de água ou de rede de esgoto/alternativas adequadas para deposição de dejetos como a ascaridíase (Ascaris lumbricoides, adquirida devido à ingestão de ovos do parasita), de helmintíases ou outras verminoses, cujos parasitas podem ser carreados para água ou para os alimentos também por meio das moscas.
EsgotoNo local de estudo foi observado o lançamento de dejetos sem
qualquer tipo de tratamento diretamente ao curso d’água.
Um problema que pode afetar as crianças que frequentam a
creche próxima ao local.
Esgoto
Os esgotos de uma cidade são originados, basicamente, de
atividades industriais e de atividades domésticas (incluem-se aqui
residências, comércios, instituições, entre outros).
Esgoto
A composição dos efluentes domésticos varia de acordo com o uso
ao qual a água foi submetida.
Mesmo com composição variada, os efluentes sanitários geralmente
contêm cerca de 99,9% de água, sendo o restante correspondente aos sólidos
orgânicos e inorgânicos, e aos microrganismos, que juntos representam toda
carga poluidora.
Assim, devido à fração de 0,1% de carga poluidora presente nos
efluentes é necessário tratar os esgotos antes de lançá-los nos corpos d’água.
Esgoto
O uso do ambiente natural na gestão dosesgotos domésticos geralmente se dá emdetrimento da saúde dos ecossistemas, que muitasvezes causam danos à própria saúde humana.
É comum que rios e lagos sejam utilizadospara o transporte e a diluição dos esgotosdomésticos, o que pode resultar em grandesimpactos aos habitats aquáticos.
Esgoto
O lançamento de esgotos sem tratamento em
corpos hídricos possui como principal efeito o aumento do
consumo de oxigênio dissolvido, que resulta em impactos
negativos aos ecossistemas aquáticos.
Isso porque a matéria orgânica presente no efluente
passa a ser estabilizada por microrganismos
decompositores, que utilizam o oxigênio dissolvido na água
para respiração celular.
Assim, quanto maior a carga de matéria orgânica,
maior será o consumo de oxigênio e, portanto, maior a taxa
de reprodução dos organismos.
Esgoto
Em seguida, há um decréscimo da concentração de oxigênio
dissolvido, permanecendo apenas aquelas espécies que se adaptam às novas
condições ambientais.
Dessa forma, em meios poluídos, é comum a ocorrência de baixa
diversidade de espécies e grande número de indivíduos de cada espécie, em
função da quantidade de esgoto sem tratamento lançado no meio aquático
ter superado a capacidade de autodepuração deste.
Esgoto
A contaminação destas áreas normalmente
afeta outros cursos d' água e a bacia hidrográfica
como um todo.
A sujeira acumulada provoca mau cheiro,
transmite doenças, atrai ratos e baratas.
Esgoto
Uma simples ação de jogar lixo na rua pode afetar
o meio ambiente e a saúde da população não somente do
seu bairro, mas de todo o município.
Isso porque os córregos fazem parte da estrutura
urbana e pertencem a sub-bacias que são interligadas a
unidades maiores, conhecidas como bacias hidrográficas.
Sanga canalizada
BOM• Impede o contato do homem com o córrego
• Menores riscos de doenças
RUIM• Alteração do curso natural do córrego
• Cadê as APPs?
Sanga canalizada
A manifestação imposta em Ferreira (2009) destaca,inclusive, o problema dos córregos canalizados, e alémdisso, com a instalação de edifícios, ruas, etc., em seuentorno, ou seja, com a cidade instalada acima docórrego, dessa forma a autora questiona de qual seria aforma de tratar a APP para uma situação dessas.
Análise da APP
As APPs foram definidas na Lei nº 4.771/1965 (BRASIL, 1965) como sendo coberta ou não por vegetação nativa, com função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e
assegurar o bem estar da populaçãoUrbanização da APP e presença de poucas árvores isoladas.
Soluções
Creche Ipê Amarelo
Mudança de Localização
Prós
Melhoria na qualidade de saneamento e maior segurança quanto à preservação da saúde das crianças;
Contras
Relativamente inviável financeiramente.
Soluções
Creche Ipê Amarelo
Canalização Completa do Córrego
A canalização dos cursos d'água é um procedimento comum nos centros urbanos, desde a segunda metade do século 20. Entretanto, sempre que possível, deve ser evitada, já que a retificação do rio e a aplicação de revestimento liso, como concreto, aumentam a velocidade de escoamento da água. "Quando aumenta a velocidade, aumentam também os picos de vazão, por uma questão hidrológica, o que causa um grande impacto a jusante", afirma.
Soluções
Creche Ipê Amarelo
“A canalização ainda é um mal necessário em muitas situações, já que em áreas urbanas há grande impermeabilização do solo, o que aumenta o volume da água que vai para o córrego, durante as chuvas. Isso faz com que seja preciso aumentar a capacidade de vazão do córrego, tornando necessária a canalização.” - Aluísio Canholi, diretor da Hidrostudio, empresa que atua
nas áreas de recursos hídricos, drenagem urbana e saneamento básico
Soluções
Esgoto Para solucionar o problema do esgoto lançado no córrego serão necessárias medidas como:
Canalizar e tratar esse esgoto; Criação de fossas sépticas; Limpeza das margens; Não jogar lixo nas ruas
Soluções
Sanga canalizada
Ferreira (2009) destaca:
“O Município pode criar instrumentos que tratem sobre aumento nosíndices de permeabilidade do solo para lotes inseridos em APP decórregos canalizados ou também uma legislação que trate sobreconstruções sustentáveis (pisos drenantes, reuso de água, captação deáguas pluviais, uso de energia solar...)” (Ferreira (2009)).
A autora enfatiza que em alguns casos é inviável termos as APPs em sangas,e que a canalização para alguns casos é a melhor saída, porém ao mesmo tempo há aimportância de criarmos, em áreas próximas, instrumentos que aumentem a permeabilidade daágua no solo, reduzindo, dessa forma o impacto nesses ambientes.
Soluções
Sanga canalizada
Ferreira (2009) ainda destaca que:
“Nesse sentido é necessária esta discussão, pois para o ambiente urbano asfunções ambientais são bastante diferenciadas do rural devendo ser criadooutros instrumentos, que não estão prevista em lei. Sendo assim, a criaçãodeste grupo irá nos ajudar a aprofundar estes pontos para que possamos obteruma legislação mais adequada a realidade urbana” (Ferreira (2009)).
Dessa forma, entende-se que a melhor solução para esses problemas é acriação de legislações pertinentes ao território urbano, adequando asdificuldades as melhores escolhas, quando possível.
Soluções
APPPlantar árvores e cercar;
Não realizar o corte da vegetação que insiste em nascer;
remoção imediata das arvores exóticas;
Acompanhamento por um período de no mínimo 15 anos para erradicação de mudas advindas das sementes existentes no local (Bastos, 2008).
REFERÊNCIAS
DR. DRÁUZIO VARELLA-CORPO HUMANO, DOENÇAS E SINTOMAS. Disponível em:<http://drauziovarella.com.br/doencas-e-
sintomas/leptospirose/>. Acesso em 25/01/2013.
ICLEI, Governos locais pela sustentabilidade, São Paulo. Disponível em <http://www.iclei.org.br/residuos/?page_id=400>, acesso em
26/01/2013.
IPÊ AMARELO. Disponível em: <http://w3.ufsm.br/creche/>, acesso em 25/01/2013.
SABESP, Programa Córrego Limpo, São Paulo. Disponível em
<http://www.corregolimpo.com.br/corregolimpo/por_que_despoluir/impacto_poluicao.asp>, acesso em 26/01/2013.
Bastos, Maria Carmen Sestren. Planejamento Estratégico da Remoção de Espécies Exóticas Invasoras no Parque Natural Morro do Osso.
Disponível em < http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sma/usu_doc/maria_carmen_sestren_bastos._tcc.pdf>. Acesso em janeiro de
2013.
BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.
Oliveira, Paulo Tarso Sanches; Ayres Fabio Martins; Filho, Getúlio Ezequiel da Costa Peixoto; Martins, Ivan Pedro; Machado, Nicia Maria.
Geoprocessamento como ferramenta no licenciamento ambiental de postos de combustíveis. Disponível em <
http://www.scielo.br/pdf/sn/v20n1/a06v20n1.pdf> Acesso em janeiro de 2013.