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UNIDADE III: Sexualidade e questões de gênero

Unidade iii sexualidade e questões de gênero

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UNIDADE III: Sexualidade e questões de gênero

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Amor E SexoRita Lee

Amor é um livroSexo é esporteSexo é escolhaAmor é sorte...Amor é pensamentoTeoremaAmor é novelaSexo é cinema..Sexo é imaginaçãoFantasiaAmor é prosaSexo é poesia...O amor nos tornaPatéticosSexo é uma selvaDe epiléticos...

Page 3: Unidade iii   sexualidade e questões de gênero

Amor é cristãoSexo é pagãoAmor é latifúndioSexo é invasãoAmor é divinoSexo é animalAmor é bossa novaSexo é carnavalOh! Oh! Uh!

Amor é para sempreSexo tambémSexo é do bomAmor é do bem...

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Amor sem sexoÉ amizadeSexo sem amorÉ vontade...

Amor é umSexo é doisSexo antesAmor depois...

Sexo vem dos outrosE vai emboraAmor vem de nósE demora...

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Amor é cristãoSexo é pagãoAmor é latifúndioSexo é invasãoAmor é divinoSexo é animalAmor é bossa novaSexo é carnavalOh! Oh! Oh!

Amor é issoSexo é aquiloE coisa e tal!E tal e coisa!Uh! Uh! Uh!Ai o amor!Hum! O sexo!

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Sexo ou sexualidade

Os sociólogos explicam o sexo como uma caracterização física, enquadrando o ser humano na condição de homem ou mulher, apesar de algumas mudanças no corpo em função das relações sociais, como maquiagem, tipo de cabelo, padrão de beleza, também interferirem na aparência do indivíduo. A maior definição entre mulher e homem reside, sem dúvida, nas características físicas.

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A SEXUALIDADE está mais direcionada para a forma como as pessoas lidam com o sexo, ou seja, como manifestam seus desejos e interesses sexuais.Algumas sociedades reprimem os desejos sexuais, proporcionando pouca vivência da sexualidade; outras motivam a liberdade sexual, ampliando o entendimento da sexualidade.

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O brasileiro vive sua sexualidade de maneira mais espontânea, pelo fato de ter em sua cultura o costume de abraçar, beijar, tocar no outro quando conversa etc.

A inexistência da expressão dos sentimentos, desejos e pensamentos impede o exercício da sexualidade, restringindo o vínculo à satisfação do instinto.

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O fato de conhecermos nosso corpo é um grande passo para desenvolver a sexualidade.

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Atualmente, entende-se que a conversa sobre sexualidade auxilia no entendimento dos sentimentos e desejos, proporcionando a autorrealização e o usufruto mais responsável.

Persiste, porém, a errada crença de que conhecer detalhadamente os órgãos genitais, os locais de prazer e a forma de tocar sejam pontos suficientes para satisfazer integralmente a sexualidade.

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O excesso de informação, inclusive via internet, televisão e revistas especializadas, nem sempre significa esclarecimento necessário à vida. O indivíduo necessita dialogar sobre o assunto, trocar experiências com pessoas que já tiveram frustrações e alegrias na realização da sua sexualidade, expressar suas necessidades ao parceiro, desprender-se dos pudores, sentir-se pronto para a relação.

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NÃO é necessário cumprir uma regra social; NÃO há tempo certo para se desenvolver a sexualidade: ela acompanha o crescimento humano.

A sexualidade é uma construção social da cultura que se vive, não uma característica biológica.

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Diferenças de gênero

Sexo: Masculino ou Feminino; Biológico, natural.Gênero: comportamento; Cultural.

O gênero nem sempre acompanha a estrutura física do indivíduo.

O gênero está ligado a noções socialmente construídas de masculinidade e feminilidade.

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O gênero refere-se às atribuições que a sociedade oferece para o masculino e o feminino, ou seja, o que esses personagens devem assumir perante a sociedade.

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Masculinidade X Feminilidade

A função feminina restringia-se aos afazeres domésticos e à criação dos filhos. A masculina era prover a família, por intermédio de trabalho fora de casa.

Ficou estabelecido também que o homem teria características mais agressivas, ativas e robustas do que a mulher, de perfil delicado e passivo.

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A modernidade imprimiu alterações na sociedade, e os papéis foram sofrendo complementações. O homem veio para mais perto de casa e a mulher se lançou no mercado de trabalho.

Esse fato não extinguiu a desigualdade entre os gêneros. as mulheres ainda realizam atividades pouco valorizadas na sociedade e têm remuneração menor com relação aos homens.

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Hoje, as relações ainda se mantêm divididas em femininas e masculinas, mas com outra configuração: a mulher tem participação mais ativa, com dupla jornada de trabalho, e o homem ainda desempenha papel ativo, mas se insere nas atividades domésticas e expressa sua sensibilidade.

Essas mudanças resultaram das diversas lutas dos movimentos feministas e demais reivindicações dos direitos humanos, posicionando homem e mulher em situação mais igualitária.

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Homossexualidade

Um indivíduo do sexo masculino pode desenvolver características psicológicas, sociais e culturais do feminino, classificando-se como homossexual, ou vice-versa.

Médicos, psicólogos e sociológicos não explicam da mesma forma a homossexualidade. Até o momento, não há explicação única sobre o surgimento da homossexualidade. O importante é que temos a possibilidade de conhecer a sexualidade de forma mais detalhada, para exercermos nossa orientação sexual de forma consciente e sadia.

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No estudo da homossexualidade, encontram-se diversas formas de expressar a orientação sexual. Giddens cita as identidades sexuais classificadas por Judith Lorber: a mulher heterossexual, o homem heterossexual, a mulher lésbica, o homem gay, a mulher bissexual, o homem bissexual, a mulher travesti (mulher que frequentemente se veste como homem), o homem travesti (homem que frequentemente se veste como mulher), a mulher transexual (homem que se torna mulher) e o homem transexual (mulher que se torna homem)

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Na GRÉCIA ANTIGA, homens jovens deveriam ter relações sexuais com homens mais velhos com a finalidade de absorver virtudes e conhecimentos filosóficos. A sociedade aceitava esse comportamento sem nenhuma conotação pejorativa, mas rejeitava as relações mantidas entre homens mais velhos, inclusive proibindo-os de assumir cargos públicos.

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Com o aparecimento do cristianismo, a concepção de homossexualismo mudou, recuperando-se a ideia das relações sexuais exclusivamente para fins de procriação.

A doutrina católica disseminou a noção de culpa aos comportamentos concebidos como “errados” socialmente.

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Atualmente, a homossexualidade possui razoável aceitação na sociedade, graças às conquistas dos grupos que atuam em favor dos direitos humanos, embora persista muito preconceito.

Em junho de 2008, a sigla GLBT mudou para LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), a fim de proporcionar maior visibilidade às lésbicas, reforçando a luta pela participação das mulheres na vida política brasileira.

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Outra luta importante do movimento LGBT é da união civil, favorecendo a constituição familiar.

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Comportamento sexual na sociedade moderna

No momento em que a sociedade moderna entrou no processo de laicização, ou seja, deixou de ser influenciada pela Igreja, verificou-se queda no cumprimento de regras religiosas relativas ao comportamento e às relações humanas. Exemplo disso é a abordagem de algumas religiões ao sexo, que serviria apenas à reprodução.

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A divulgação de informações relacionadas às doenças que podem ser contraídas por meio do sexo, a necessidade de controlar a natalidade e a independência feminina possibilitaram abertura nos assuntos referentes à sexualidade, proporcionando liberdade de opiniões e práticas à sociedade.

O tema, antes considerado “proibido”, é hoje assunto corriqueiro entre crianças, jovens, adultos e idosos, que se referem a ele sem o peso da culpa.

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Já não se classifica a mulher apenas como um objeto sexual, mas também como um sujeito que tem desejos e necessita expressá-los.

Atualmente, as pessoas já se casam com experiências sexuais anteriores, que foram guiadas por outros valores,como o prazer.

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No século XIX, uma família sem filhos era malvista, pois o que importava era a existência de uma prole, não importando em nada a felicidade dos cônjuges. Atualmente, uma família sem filhos, mas com cônjuges felizes, é uma possibilidade muito comum. Isso se reflete diretamente na forma como as pessoas vivenciam o sexo e o casamento.

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Responsabilidades da nova geração

A liberação do sexo entre os jovens é uma preocupação de muitas famílias, porque ela assinala consequências que, muitas vezes, eles não estão preparados para assumir.

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O importante, portanto, é despertar a consciência da juventude e muni-la de informações sobre as DST (doenças sexualmente transmissíveis), o planejamento familiar e o profissional.

Uma das responsabilidades do jovem é informar-se sobre prevenção.

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Segundo reportagens disponíveis no site do Ministério da Saúde, muitas meninas ainda engravidam por motivos diversos: falta de informação e de recursos financeiros, instabilidade comum na adolescência, pretexto para casar e sair da casa dos pais etc.

A gravidez, em algumas situações, torna-se opção de vida. A realidade mostra que, na maioria dos casos, a mulher que acredita em ter vida melhor após a gravidez está enganada.

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Indústria do sexo

A prostituição, presente na humanidade há milênios, tema mulher como seu principal objeto.

Entender a prostituição como opção profissional pode ser atraente para quem teve de fato chance de escolher a profissão e ocupa posição superior na hierarquia, vivendo

com bom padrão de vida. Sabe-se que essa não é a grande realidade da prostituição.

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A situação torna-se pior quando envolve crianças e adolescentes que trocam aspectos essenciais ao seu desenvolvimento sadio — escola, brincadeiras, vida familiar, sonhos — pela prostituição, com vistas à sobrevivência ou às drogas. Muitos se submetem a isso porque necessitam manter-se e, às vezes, manter os próprios pais; outros vendem o corpo para alimentar seu vício em álcool e droga. Ambos os casos se constituem em um dos problemas sociais mais sérios da atualidade.

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Além da compra do sexo, há outros abusos e violências ao universo infantojuvenil, como no caso dos pedófilos que usam imagens virtuais de crianças e adolescentes nus ou submetidos à relação sexual. Essa forma de violência sexual tem sido enfaticamente divulgada pela mídia, como meio de combatê-la.

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Outra maneira de violentar o corpo: excessiva ênfase à aparência, conduzindo jovens ao endeusamento do próprio corpo, em prejuízo do desenvolvimento intelectual, espiritual e social. Meninas e meninos acabam desenvolvendo bulimia ou anorexia descontroladas para se adequar aos padrões de beleza do mundo da moda.

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O ser humano precisa conscientizar-se de que o corpo é mais um instrumento que pode ser encaminhado para o próprio benefício ou malefício.