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Manual de bolso mbiea ex 2012

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Nosso muito obrigado, distribuído em 106páginas.

Como notaram, nossa comunicação está em transformação. As-sim como o mundo. Nosso setor está evoluindo a passos largos ea ABPEx, com muita dedicação e trabalho duro, está acompanhan-do tudo isso.Há 10 anos, não tínhamos idéia de onde iríamos parar, mas tínha-mos certeza de onde queríamos chegar: uma ABPEx grande, comcredibilidade e que trabalhasse, incessantemente, para encontrarsoluções e facilitar a vida do profissional Ex.Conseguimos empresas associadas (que acreditaram nos nossosideais), viabilizamos o Caderno de Explosões, iniciamos o processode certificação, que depois foi abraçado pela ABNT, enfim...foramimportantes e grandes conquistas ao longo desse tempo.Agora, uma década (e 30 mil exemplares esgotados do PequenoManual) depois, estamos comemorando e dividindo a nossa sa-tisfação com vocês do lançamento desta IV edição da cartilha maisrequisitada e utilizada pelos profissionais Ex do momento.Afim de melhorar sua performance, estreitamos sua parceriacom o Caderno de Explosões, agora formando parte darevista Potencia, de circulação nacional.Por ser uma edição anual, a desatualização deste Manual aolongo do ano torna-se inevitável, já que as normas estão emconstante alteração, surgindo novos equipamentos e solu-ções durante esse período. É o Caderno de Explosões que vaidar o suporte necessário para driblar essa defasagem e aindacolocar o leitor por dentro das últimas novidades que estãoacontecendo no universo Ex, comentadas e analisadas pe-los maiores especialistas no assunto.Essa é a nossa maneira de agradecer a todos que acreditam ecolaboram, direta ou indiretamente, com este grande projeto:trabalhar focado em facilitar, esclarecer e qualificar, cada vez mais,o profissional Ex.Vida longa à ABPEx! Nelson M. Lopez

Presidente da ABPEx

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 7OBJETO E OBJETIVOS .............................................................................................................................. 9ESCOPO ...................................................................................................................................................... 101 INFORMAÇÕES BÁSICAS .............................................................................................................. 11

1.1 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA RELATIVA A SEGURANÇA E A ÁREASCLASSIFICADAS ................................................................................................................................ 111.2 A INTERPRETAÇÃO DA LEI PARA AS “NORMAS Ex” E A RESPONSABILIDADECIVIL/CRIMINAL DOS PROFISSIONAIS Ex .............................................................................. 131.3 NORMAS Ex DISPONÍVEIS .................................................................................................... 13

2 ÁREAS CLASSIFICADAS POR GASES, VAPORES, POEIRAS E FIBRAS ........................... 172.1 O QUE DEVE SER ENTENDIDO COMO “ÁREA CLASSIFICADA” .............................. 172.2 PRINCÍPIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS E ZONEAMENTOS ............................ 172.3 DEFINIÇÕES DE ZONEAMENTOS PARA GASES E VAPORES .................................... 182.4 DEFINIÇÕES DE ZONEAMENTOS PARA POEIRAS E FIBRAS .................................... 192.5 O QUE É O DESENHO DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS .............................................. 192.6 DEMARCAÇÃO DAS ÁREAS CLASSIFICADAS ................................................................ 192.7 EXEMPLO DE UMA CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ........................................................... 20

3 ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ÁREAS CLASSIFICADAS ........... 213.1 CONCEITOS DE PROTEÇÃO .................................................................................................. 213.2 ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS EM FUNÇÃO DO GRUPO .................................... 213.3 ESCOLHA EM FUNÇÃO DA CLASSE DE TEMPERATURA ........................................... 233.4 GRAU DE PROTEÇÃO APLICADO A EQUIPAMENTOS ................................................ 243.5 APLICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EX EM FUNÇÃO DO ZONEAMENTO .............. 263.6 NÍVEL DE PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS - “EPL” ...................................................... 273.7 A IDENTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS Ex (MARCAÇÃO) ........................................ 28

4 OS TIPOS DE PROTEÇÃO .............................................................................................................. 314.1 A PROVA DE EXPLOSÃO Ex-d .............................................................................................. 314.2 SEGURANÇA AUMENTADA Ex-e ........................................................................................ 314.3 SEGURANÇA INTRÍNSECA Ex-i (ia ou ib) ......................................................................... 314.4 PRESSURIZAÇÃO Ex-p ............................................................................................................ 324.5 NÃO ACENDÍVEL Ex-n (nA; nR; nC; nL) ............................................................................ 324.6 EQUIPAMENTO IMERSO EM ÓLEO Ex-o ......................................................................... 324.7 EQUIPAMENTO IMERSO EM AREIA Ex-q ......................................................................... 324.8 PROTEÇÃO POR INVÓLUCRO Ex-t .................................................................................... 334.9 EQUIPAMENTO ENCAPSULADO EM RESINA Ex-m ..................................................... 334.10 EQUIPAMENTOS ESPECIAIS Ex-s ...................................................................................... 33

5 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS Ex DISPONÍVEIS NO MERCADO BRASILEIRO(até agosto/2010) ............................................................................................................................ 35

6 MÉTODOS DE INSTALAÇÃO ........................................................................................................ 396.1 EM ELETRODUTOS COM UNIDADES SELADORAS (AMERICANO)(Extraído do catálogo Legrand ATX) ......................................................................................... 396.2 EM CABOS MULTIFILARES COM PRENSA CABOS (IEC) ............................................ 39(Extraído do catálogo Legrand ATX) ......................................................................................... 396.3 A IMPORTÂNCIA DA SELAGEM (UNIDADES SELADORAS) E DOSPRENSA-CABOS ............................................................................................................................... 41

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7 FONTES DE IGNIÇÃO ..................................................................................................................... 458 ELETRICIDADE ESTÁTICA ............................................................................................................... 47

AS CAUSAS ......................................................................................................................................... 49A GERAÇÃO DA ELETROSTÁTICA E SEUS EFEITOS .............................................................. 50

9 POEIRAS COMBUSTÍVEIS (EXPLOSIVAS) ................................................................................. 579.1 RELAÇÃO PARCIAL DE EXPLOSÕES POR PÓ ................................................................. 589.2 INDÚSTRIAS SUJEITAS AO RISCO DE EXPLOSÕES COM PÓ ................................... 599.3 PROCESSOS INDUSTRIAIS CAUSADORES DE EXPLOSÕES ...................................... 599.4 PARÂMETROS DE EXPLOSIVIDADE DE ALGUNS PRODUTOS COMUNS ............. 60

10 INSPEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS ..................................................... 6110.1 TIPOS DE INSPEÇÃO ............................................................................................................. 6110.2 SISTEMAS Ex-d, Ex-e, Ex-n e Ex-i ..................................................................................... 63

11 O NOVO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO ................................................................................ 6912 CARACTERÍSTICAS FISICO/QUIMICAS DE GASES E VAPORES MAIS COMUNS

NA INDÚSTRIA .................................................................................................................................. 7113 SEGMENTOS INDUSTRIAIS SUJEITOS A RISCOS DE EXPLOSÕES ................................. 73

13.1 POR GASES E VAPORES INFLAMÁVEIS .......................................................................... 7313.2 POR POEIRAS E FIBRAS COMBUSTÍVEIS ....................................................................... 73

14 AS EXIGÊNCIAS DA NR-10 PARA INDÚSTRIAS SUJEITAS A RISCOS DE EXPLOSÃO ....... 7514.1 EM RELAÇÃO COM A CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ................................................... 7514.2 EM RELAÇÃO COM A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ....................................... 7514.3 EM RELAÇÃO COM A REGULARIZAÇÃO DOS SISTEMAS ...................................... 76

15 PROGRAMAS DE TREINAMENTO PARA PROFISSIONAIS Ex ........................................... 7915.1 CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS Ex CONFORME NR-10 ................................... 7915.2 QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS Ex ......................................................................... 8015.3 CERTIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS Ex ........................................................................... 80

16 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA APLICADA A SISTEMAS ELETROELETRÔNICOS Ex ........ 8116.1 A COMPULSORIEDADE DA CERTIFICAÇÃO OBRIGA A UTILIZAÇÃO DEEQUIPAMENTOS ELÉTRICOS “CERTIFICADOS” ..................................................................... 8116.2 A INTERPRETAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DEFINE O PROFISSIONALEx COMO POSSÍVEL “RESPONSÁVEL” EM CASO DE ACIDENTE .................................... 8116.3 A INTERPRETAÇÃO DA NR-10 NAS AREAS CLASSIFICADAS:O QUE É E O QUE DEVEMOS FAZER ........................................................................................ 8116.4 A INTERPRETAÇÃO DAS ENTIDADES AMBIENTALISTAS ......................................... 8216.5 AS EXIGÊNCIAS DA AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO (ANP) ........................ 8316.6 A INTERPRETAÇÃO DO SISTEMA SEGURADOR ......................................................... 83

17 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA COMPARADA COM A LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL ......... 8518 DE QUE FORMA A NR-10 ATINGE AS INDÚSTRIAS COM RISCOS DE EXPLOSÃO? ....... 8719 CENTRO INTERNACIONAL DE TREINAMENTO E AVALIAÇÃO DE

PROFISSIONAIS PARA ÁREAS CLASSIFICADAS - CITAPAC .............................................. 9320 OS PROGRAMAS DE TREINAMENTO OFERECIDOS PELO CITAPAC ............................. 9521 DICAS E MACETES ........................................................................................................................... 97

21.1 EM RELAÇÃO À CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ............................................................... 9721.2 EM RELAÇÃO À CERTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS Ex ........................................ 98

22 A RELAÇÃO ESTREITA ENTRE O MANUAL DE BOLSO E O CADERNODE EXPLOSÕES ................................................................................................................................. 99

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INTRODUÇÃO

O trabalho da Project Explo, responsável pela edição deste Ma-nual, começou na década de 80, época quando foi constituída aComissão Técnica CT-31 do COBEI/ABNT, órgão responsável pelaelaboração das novas normas brasileiras para instalações elétri-cas em áreas classificadas. Até esse momento a normalizaçãopara estes assuntos estava baseada em normas NEC e API, deorigem americana. Por decisão da comunidade interessada, li-derada pela Petrobrás, as novas normas a partir desse momentopassariam a estar baseadas em normas IEC. Na constituição des-sa comissão CT-31 foram criadas diversas “subcomissões” com aresponsabilidade de elaborar as diversas normas necessárias(de classificação de áreas, de instalação, de equipamentos Ex-d;de equipamentos Ex-e; etc.) Já se passaram mais de 30 anos etodas essas normas já estão em pleno vigor, inclusive com suces-sivas revisões alinhadas às da IEC.No ano 2000 aconteceu um fato marcante na história dos “as-suntos Ex”, que é como são tratados os temas relativos a áreasclassificadas: o INMETRO publicou uma Portaria conhecidacomo de Nº 176, posteriormente substituída pela de Nº 83/06 eà partir de 05/2010 está em vigor a de Nº179/10, “tornandocompulsória a certificação de equipamentos Ex”, levando to-das as normas relacionadas com áreas classificadas também acondição de compulsórias, ou seja “obrigatórias”, passando aser entendidas como leis e ficando sujeitas às penalidades doCódigo Civil. Ainda, em 08 de dezembro de 2004 foi publicadaa revisão da Norma Regulamentadora NR-10 do Ministério doTrabalho, norma esta que é responsável pela segurança dostrabalhadores que lidam com eletricidade. Esta NR-10 agorafoca as áreas classificadas de maneira específica e obriga ousuário a tratar dessas áreas “de acordo com as normas queregulamentam a matéria”, obrigando o empresário a:

1) Identificar os riscos por meio de um trabalho de classifi-cação de áreas;2) Tratar desses riscos com equipamentos Ex certificados e;3) Treinar seus funcionários por programas de Capacitaçãoe Qualificação.

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Hoje estes assuntos são de incumbência de legislação fede-ral, estadual, municipal, meio ambiente e dos seguros, por-tanto, ante as muitas novidades apresentamos este traba-lho para ajudar o profissional Ex nos seus afazeres diários.Como toda esta legislação está em processo de constantesmudanças, este Manual precisa também ser atualizado roti-neiramente. Cientes da necessidade de revisar constante-mente os conceitos aqui emitidos, a ABPEx colocou a dispo-sição de todos o Caderno de Explosões, mensalmente empapel agora formando parte da revista Potencia (*), e tam-bém em versão digital que divulga “todas as novidades” dalegislação e de normalização que deve ser seguida pelo pro-fissional (mais informações em www.abpex.com.br). Esta re-visão foi feita por nossos especialistas, orientados pelo nos-so amigo Ivo Rausch, a quem agradecemos de público. Bomtrabalho a todos e até a próxima edição.

Nelson M. LopezDiretor da Project-Explo

(*) Em Julho/11 foi assinada uma parceria entre a ABPEx/Project-Explo e a revista Potencia da Editora Grau 10, por meio da qualas matérias do Caderno de Explosões passarão a ser veiculadasnessa revista.

IMPORTANTEEsta versão digital do Manual de Bolso tem algunsacrécimos que não aparecem na versão em papel, sendoque todos estes aparecem destacados em azul, comoeste bloco.

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OBJETO E OBJETIVOS

Esta 4º Edição do agora Manual de Bolso foi preparada e revisadapor especialistas atuantes em diversas empresas dosegmento de engenharia, químico, farmacêutico, petroquímico,petróleo, alimentos, gases industriais, etc. com o propósito deservir como guia em campo para todos aqueles profissionaisque lidam com projetos, montagem, manutenção e segurançaem serviços com eletricidade e instrumentação em indústriassujeitas a riscos de explosões para prevenir, proteger, controlarou mesmo suprimir estes riscos. Este manual deve ser entendidoapenas “como uma ferramenta básica” para a adoção de soluções.Em caso de necessidade de um aprofundamento maior deveráser utilizada a literatura especializada nestes assuntos.

IMPORTANTEPor se tratar de uma edição anual, a desatualização do Ma-nual de Bolso ao longo desse período torna-se inevitável,já que as normas técnicas estão em constante alteração,surgindo também nesse período novos equipamentos e so-luções. É com o Caderno de Explosões, que é o nosso veí-culo editorial da ABPEx, que trata de prevenção de explo-sões, agora formando parte mensalmente da revistaPotencia(*), que o usuário deste Manual de Bolso teráo suporte necessário para driblar essa defasagem, f i-cando ainda por dentro das últimas novidades douniverso Ex.

(*) O resumo do Caderno de Explosões será divulgado mês amês nestas paginas, logo após este manual. Fique atento aatualizações periódicas.

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ESCOPO

A segurança de uma unidade industrial sujeita a riscos de explosõesinclui, na ordem:1) A definição das áreas classificadas por gases, vapores, poeirasou fibras, por meio de documentos conhecidos como de classifi-cação de áreas.2) O tratamento que essas áreas devem ter pela utilização demateriais e equipamentos Ex certificados.3) A seleção dos equipamentos em função dos Zoneamentos,Grupos, Classes de Temperatura e Graus de Proteção.4) A montagem dos equipamentos Ex,5) A manutenção dos equipamentos Ex,6) A inspeção dos sistemas elétricos e de instrumentação Ex, e7) O treinamento dos profissionais que lidam com áreas classi-ficadas.Assim, as matérias apresentadas obedecem a esta ordem.Neste Manual, o interessado poderá ainda encontrar informa-ções relativas a Tipo de Proteção; Nível de Proteção de Equipa-mentos (EPL); Métodos de instalação; Especificação de prensa-cabos; Eletrostática; Certificação e Certificadoras Credenciadas;Poeiras combustíveis; Inspeção de sistemas elétricos; Caracte-rísticas físico-químicas de produtos mais comuns; Fontes de ig-nição mais comuns; Indústrias sujeitas a riscos de explosão; Pro-gramas de Treinamento disponíveis para Capacitação eCertificação de Eletricistas/Instrumentistas, conforme NR-10 eProdutos/Serviços Ex disponíveis pelos associados.

A segurança “real” de uma unidade industrial sujeitaa riscos de explosão está intimamente relacionadacom a aceitação do seguro de explosão/incêndio porparte da seguradora. A rigor, o custo do seguro édiretamente proporcional aos riscos existentes.A Project-Explo, em nome da ABPEx, estabeleceuparcerias com seguradoras nacionais e resseguradorasinternacionais para, após execução de todos estestrabalhos, estas aceitarem esses riscos.

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1 INFORMAÇÕES BÁSICAS

1.1 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA RELATIVA ASEGURANÇA E A ÁREAS CLASSIFICADASA legislação brasileira relativa à segurança e em particular a áreasclassificadas, estabeleceu os requisitos legais e normativos quedevem ser atendidos para prevenir danos à saúde, à integridadefísica das pessoas e danos ao meio ambiente, sendo as principaisleis e decretos, os seguintes:•Código de Defesa do Consumidor- Lei 8078 de 11.09.1990 - Código de Defesa do ConsumidorSeção I: da Proteção à saúde e segurança.Capítulo III: Direitos básicos do consumidor - I: Proteção da vida,saúde e segurança contras usos e VI: A efetiva prevenção, repara-ção de danos patrimoniais, morais, individuais, coletivos e difusos.•Legislação Estadual sobre Segurança e Meio Ambiente- Lei N° 997de 31 de Maio de 1976: Dispõe sobre o Controle daPoluição do Meio Ambiente- Decreto Estadual N° 8468 de 8 de Setembro de 1976: Aprova oRegulamento da Lei n° 997 de 31.05.1976- Decreto N° 46076 de 31.08.2001: Institui o Regulamento deSegurança contra Incêndio das edificações e de áreas de riscopara fins da Lei N° 684 de 30.09.1975, e estabelece outras provi-dências.•Legislação Federal sobre Segurança e Meio Ambiente- Lei 6514 de 22.12.1977: Altera o Capítulo V do Título II daConsolidação das Leis do Trabalho relativo à Segurança e Medicinado Trabalho.- Portaria 3214 de 08.06.1978: Aprova as NR’s - Normas Regula-mentadoras do Ministério do Trabalho.- Lei N° 6938 / 81: Dispõe sobre a Política Nacional do MeioAmbiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, edá outras providências.- Lei Federal N° 9605 de 12.02.1998: Dispõe sobre as sansõespenais e administrativas derivadas de condutas lesivas ao meioambiente, e dá outras providências- Decreto Federal N° 3179 / 99: Regulamenta a Lei N° 9605/98(Crimes Ambientais) - Dispõe sobre a especificação dos sansõesaplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dáoutras providências.

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- Decreto Legislativo N° 246 de 2001: Aprova o texto da ConvençãoN° 174 da OIT sobre Prevenção de Acidentes Industriais Maiores,complementadas pela Recomendação N° 181, adotadas emGenebra em 2 e 22 de Junho de 1993, respectivamente.- Decreto N° 4085 de 15.01.2002 - Promulga a Convenção N° 174da OIT e a Recomendação N° 181 sobre Prevenção de AcidentesIndustriais Maiores- Norma Regulamentadora N° 10 da Portaria N° 598 de 07.12.2004altera a redação anterior da NR10 - Instalações e Serviços emEletricidade.- Norma Regulamentadora Nº 33 que regulamenta os trabalhosem espaços confinados.•Legislação da Agência Nacional do Petróleo ANPLei numero 9478/97 - Lei do Petróleo, que alem de estabelecer osPrincípios e Objetivos da Política Energética Nacional, criou o Con-selho Nacional de Política Energética e a ANP. Cabe a ANP a Re-gulamentação, a Contratação e a Fiscalização das atividades per-tinentes à indústria do petróleo, além de exercer as atribuiçõesdos extinto Dpto. Nacional de Combustíveis DNC.•A posição do sistema segurador BrasileiroLei Complementar 126 - Desregulamentação do Resseguro.Esta lei retirou o poder regulatório do IRB e abriu o mercado bra-sileiro de Resseguros para a competição, criando oportunidadesno negócio de Resseguros. O fim do monopólio brasileiro de res-seguros está trazendo novos investimentos para o Brasil, assimcomo Know how e tecnologia para este segmento, que estavaprecisando de novos players, preços customizados e competição.

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1.2 A INTERPRETAÇÃO DA LEI PARA AS “NORMASEX” E A RESPONSABILIDADE CIVIL/CRIMINAL DOSPROFISSIONAIS EXA “compulsoriedade da certificação” levou todas as normas Ex apartir do momento da publicação da Portaria INMETRO Nº 179/00à condição de “obrigatórias”, ou seja, foram consideradas “leis”,assim sendo, todas as normas passaram ao campo do direito.A) Do direito do trabalho e previdenciário (em caso de aciden-te do trabalho)B) Do Direito Civil (em caso de acidente sem vítimas)C) Do Direito Penal (em caso de acidente com vítimas)D) Do Direito Ambiental (em caso de acidente ambiental)Isto, porque as entidades ambientais entendem que a falta desegurança em industrias Ex pode ser a origem de acidentes.

As Responsabilidades do ponto de vista jurídico.Como as normas Ex passaram à área do direito, o profissional Expode ser responsabilizado civil ou criminalmente por ação ouomissão e em caso de acidente será procurado um responsável,que começa com a alta direção da empresa, vai para a gerência,continua com o técnico, terminando no operador.

E quais são os fundamentos?O Direito Civil (em caso de acidente sem vítimas)O Direito Criminal (em caso de acidente com mortos/feridos)O Direito Ambiental (em caso de desastre ambiental)

E quais são os artigos do Código Penal que tratam disto?Dos atos ilícitos art. 186 (ação ou omissão)Da obrigação de indenizar art. 927 (reparação)Crimes contra as pessoas art. 121 (homicídio culposo)Lesões corporais art. 129Dolo eventual art. 132

1.3 NORMAS EX DISPONÍVEISAs normas que regulamentam os assuntos Ex para gases e vapores(publicadas até junho de 2010) são as seguintes:

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Normas para procedimentosABNT NBR IEC Procedimentos60079-10-1 Parte 10-1: Classificação de áreas -

Atmosferas explosivas de gás60079-14 Parte 14: Projeto, seleção e montagem de

instalações elétricas60079-17 Parte 17: Inspeção e manutenção de instalações

elétricas60079-19 Parte 19: Reparo, revisão e recuperação de

equipamentos60079-20 TR Parte 20: Dados de gases ou vapores inflamáveis

referentes à utilização de equipamentos elétricos

Normas para equipamentos e sistemasABNT NBR IEC Equipamentos elétricos para atmosferas

explosivas por gases e vapores60079-0 Parte 0: Equipamentos - Requisitos gerais60079-1 Parte 1: Proteção de equipamentos por

invólucros à prova de explosão “d”60079-2 Parte 2: Proteção de equipamento por

invólucro pressurizado60079-5 Parte 5: Imersão em areia “q”60079-6 Parte 6: Proteção de equipamento por

imersão em óleo “o”60079-7 Parte: 7 Proteção de equipamentos por

segurança aumentada “e”60079-11 Parte 11: Proteção de equipamento por

segurança intrínseca “i”60079-13 TR Parte 13: Construção e utilização de ambientes

protegidas por pressurização60079-15 Parte 15: Construção, ensaio e marcação de

equipamentos elétricos com tipo de proteção “n”60079-16 TR Parte 16: Ventilação artificial para a proteção

de casa de analisadores60079-18 Parte 18: Construção, ensaios e marcação do

tipo de proteção para equipamentos elétricosencapsulados “m”

60079-25 Parte 25: Sistemas intrinsecamente seguros

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60079-26 Parte 26: Equipamento com nível de proteçãode equipamento (EPL) Ga

60079-27 Parte 27: Conceito de Fieldbus intrinsecamenteseguro (FISCO)

60079-28 Parte 28: Proteção de equipamentos e desistemas de transmissão que utilizam radiaçãoóptica

60079-29-1 Parte 29-1: Detectores de gás - Requisitos dedesempenho de detectores para gases inflamáveis

Normas para poeiras combustíveisABNT NBR IEC Equipamentos elétricos para utilização em

presença de poeira combustível61241-0 Parte 0: Requisitos gerais61241-1 Parte 1: Proteção por invólucros “tD”61241-4 Parte 4: Tipo de proteção “pD”61241-10 Parte 10: Classificação de áreas onde poeiras

combustíveis estão ou podem estar presentes61241-14 MOD Seleção e instalação (NBR 15615)

Para a lista atualizada, ver no www.abnt.org.br/catalogo (palavra-chave: atmosferas explosivas).

O valor deste Manual de Bolso fica diminuí-do se o usuário não acompanhar as mudançasque rotineiramente acontecem com as normas,com o aparecimento de novas soluções, novosequipamentos e materiais, etc e que são aborda-das no Caderno de Explosões, que foi concebidopara acompanhar este Manual de Bolso.

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2 ÁREAS CLASSIFICADAS POR GASES,VAPORES, POEIRAS E FIBRAS

Existem diversos tipos de explosões: a explosão de uma caldeira,as explosões nucleares, as explosões dos motores de combustãointerna, as explosões por reações químicas aceleradas, etc. Estasúltimas normalmente são acidentais e as explosões de gases,vapores e poeiras a que nos referiremos neste manual são conhe-cidas como explosões químicas, sendo que estes fenômenosindesejáveis poderão acontecer em locais onde exista a presençadesses elementos. É importante destacar que a explosão existiránão apenas pela presença destes, mas também pela quantidade,pelo seu grau de dispersão (mistura com o ar ou oxigênio) e pelasua concentração no ambiente. Assim sendo, a identificação delocais potencialmente explosivos definirá posteriormente as “áreasclassificadas” nesses locais.

2.1 O QUE DEVE SER ENTENDIDO COMO “ÁREACLASSIFICADA”É todo local sujeito à probabilidade da existência ou formação demisturas explosivas pela presença de gases, vapores, poeiras oufibras combustíveis misturadas com o ar (ou com O2).Atmosfera explosiva é a mistura com o ar, de substâncias infla-máveis na forma de gases, vapores, névoas, poeiras ou fibras naqual após a ignição, a combustão se propaga através da misturaremanescente.

2.2 PRINCÍPIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS EZONEAMENTOSO desenvolvimento de um bom trabalho de classificação de áreasde uma unidade industrial começa com a análise da “probabilida-de” da existência ou aparição de atmosferas explosivas nos dife-rentes locais dessa unidade, que serão posteriormente definidascomo Zonas 0, 1 ou 2. Portanto, se existem produtos que geramessas atmosferas explosivas (podendo ser gases inflamáveis, lí-quidos inflamáveis ou ainda poeiras/fibras combustíveis) libera-dos para o ambiente pelos equipamentos de processo, esses equi-pamentos que representam fontes potenciais de áreas classifica-das. Em geral, parte dos equipamentos de processo, tais como

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tampas, tomadas de amostras, bocas de visita, drenos, ventos,respiros, flanges, etc. são considerados “fontes geradoras de ris-co” pela possibilidade de vazamento de produtos para os ambi-entes onde estão instalados.Estas fontes de risco são classificadas em “graus”, dependendo daduração e freqüência das atmosferas explosivas geradas por elas.São conhecidas como de grau contínuo aquelas fontes quegeram risco de forma contínua ou durante longos períodos.São conhecidas como de grau primário aquelas fontes quegeram risco de forma periódica ou ocasional durante condiçõesnormais de operação e são conhecidas como de grau secundárioaquelas que geram risco somente em condições anormais deoperação e quando isto acontece é por curtos períodos.Deve-se entender como condições “normais de operação” aquelasencontradas nos equipamentos operando dentro dos seusparâmetros de projeto. Como exemplo de fonte de risco de graucontínuo podemos citar o interno de um tanque dearmazenamento de inflamáveis do tipo atmosférico, onde haverápermanentemente a presença da mistura explosiva enquantohouver produto no tanque.Já no mesmo tanque, uma fonte de risco de grau primário seráo respiro dele, por ter a saída de vapores do produto toda vez que onível do mesmo aumentar (com exceção de líquidos altamentevoláteis, isto não acontece permanentemente, mas apenasquando o nível sobe).Na mesma situação anterior do tanque de armazenamento deinflamáveis, poderemos ter fontes de risco de grau secundáriorepresentadas, por exemplo, por flanges (que por envelhecimentoda junta ou desaperto de parafusos podem vazar) ou tambémpor perda do controle de nível (que provocará o derramamentode líquido na bacia). Estas duas situações representam condiçõesanormais, não sendo, portanto freqüentes nem de longa duração.

2.3 DEFINIÇÕES DE ZONEAMENTOS PARA GASES EVAPORESUtilizando a norma 60079-10, temos:Zona 0 - É um local em que a atmosfera explosiva está presentede modo permanente, por longos períodos ou ainda freqüente-men-te, sendo gerada normalmente por fonte de risco de grau contínuo.

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Zona 1 - É um local onde a atmosfera explosiva está presente emforma ocasional e em condições normais de operação, sendonormalmente gerada por fontes de risco de grau primário.Zona 2 - É um local onde a atmosfera explosiva está presentesomente em condições anormais de operação e persiste somentepor curtos períodos de tempo, sendo gerada normalmente porfontes de risco de grau secundário.

2.4 DEFINIÇÕES DE ZONEAMENTOS PARA POEIRAS EFIBRASUtilizando a norma 61241-10, temos:Zona 20 - É um local em que a atmosfera explosiva, em forma denuvem de poeira, está presente de forma permanente, porlongos períodos ou ainda freqüentemente (estas zonas, ao igualque gases e vapores, são geradas por fontes de risco de graucontínuo).

Zona 21 - É um local em que a atmosfera explosiva em forma denuvem de pó está presente em forma ocasional, em condiçõesnormais de operação da unidade (estas zonas, ao igual que gasese vapores, são geradas por fontes de risco de grau primário).

Zona 22 - É um local onde a atmosfera explosiva em forma denuvem de pó existirá somente em condições anormais de opera-ção e se existir será somente por curto período de tempo (estaszonas, ao igual que gases e vapores, são geradas por fontes derisco de grau secundário).

2.5 O QUE É O DESENHO DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREASÉ o documento que deve mostrar as áreas classificadas existentesna unidade, seus graus de risco (Zonas) e suas extensões emmetros, não apenas em planta, mas também em elevação, já quenão se trata de áreas, mas de “volumes de risco”. Ainda, segundoa norma, devem ser identificadas neste documento todas as fontesgeradoras de risco, os produtos que geram o risco e suas condiçõesde processo.

2.6 DEMARCAÇÃO DAS ÁREAS CLASSIFICADASO desenho de classificação de áreas é um documento que serve

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principalmente para definir os tipos de equipamentos elétricos aserem instalados nesses locais. Por isto é necessário delimitar asdiversas áreas classificadas existentes na unidade, assim o desenhodeve mostrar as diferentes Zonas (0, 1 ou 2) e suas extensões emmetros. Para atender às exigências da NR-10, todas estas áreasdevem também ser “sinalizadas” em campo.

2.7 EXEMPLO DE UMA CLASSIFICAÇÃO DE ÁREASO desenho de classif icação de áreas deve mostrar pontual-mente as fontes geradoras de risco de explosão, sua exten-são e graus (Zonas 0, 1 e 2) def inindo sua extensão emmetros, conforme mostrado no desenho abaixo:

Estes trabalhos são “fundamentais” para atender àsexigências da NR-10, detalhadas nas págs. 10 e 75deste Manual, devendo ser feitos somente porempresas/prof issionais qualif icados, experientes eresponsáveis, haja visto que estes envolveminformações consideradas “sigilosas”.Para executá-los, contate: www.project-explo.com.br

Mensalmente são analizadas situações relativas a áre-as classificadas no Caderno de Explosões, fique aten-to às atualizações!!

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3 ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOSPARA ÁREAS CLASSIFICADAS

3.1 CONCEITOS DE PROTEÇÃOOs equipamentos elétricos instalados em áreas classif icadasconstituem possíveis fontes de ignição devido a arcos e faíscasprovocadas pela abertura e fechamento de contatos, ou por superaquecimento em caso de falhas. Assim, estes equipamentosdevem ser fabricados de maneira a impedir que a atmosferaexplosiva possa entrar em contato com as partes que gerem essesriscos. Por isso, esses equipamentos, conhecidos como equipa-mentos Ex, são construídos baseados em 3 soluções diferentes:1) Confinam as fontes de ignição (da atmosfera explosiva)2) Segregam as fontes de ignição (da atmosfera explosiva)3) Suprimem ou reduzem os níveis de energia a valores abaixo daenergia necessária para inflamar a mistura presente no ambiente.Assim, as soluções normalmente empregadas na fabricação deequipamentos Ex estão baseadas no princípio do confinamento,da segregação ou ainda da supressão, conforme tabela abaixo.

3.2 ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS EM FUNÇÃO DOGRUPOConsiderando que todos os produtos inflamáveis têm característicase graus de periculosidade diferentes, os equipamentos elétricospara áreas classificadas por gases ou vapores na sua fabricaçãoforam divididos em dois grandes Grupos:

Método de Proteção Código PrincípiosÁ prova de explosão Ex d ConfinamentoPressurizado Ex p SegregaçãoEncapsulado Ex m SegregaçãoImersão em óleo Ex o SegregaçãoImersão em areia Ex q SegregaçãoProteção por invólucro Ex t SegregaçãoIntrinsecamente seguro Ex i SupressãoSegurança aumentada Ex e SupressãoNão acendível Ex n SupressãoEspecial Ex s Especial

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• Grupo I - São aqueles equipamentos fabricados para operar emminas subterrâneas, e;• Grupo II - São os equipamentos fabricados para operar em at-mosferas explosivas por gases e vapores nas indústrias de super-fície. Considerando as substâncias inflamáveis presentes neste tipode indústrias, este grupo foi subdividido em subgrupos: IIA, IIB eIIC, conforme sua periculosidade.• Grupo III - São os equipamentos fabricados para operar ematmosferas explosivas por poeiras e fibras em indústrias de super-fície. Considerando as partículas combustíveis presentes neste tipode indústrias, este grupo foi subdividido em subgrupos: IIIA, IIIB eIIIC, conforme sua periculosidade.

AGRUPAMENTO DAS SUBSTÂNCIAS MAIS CONHECIDASO subgrupo IIA inclui todos os derivados do petróleo, produtosdo grupo D do NEC também conhecidos como elementos da fa-mília do Propano. O subgrupo IIB inclui todos os produtos dogrupo C do NEC, também conhecidos como elementos da famíliado Eteno. O subgrupo IIC inclui o Hidrogênio e o Acetileno pro-dutos do grupo B e A do NEC Dissulfeto de Carbono.Os ensaios feitos para seu enquadramento nesses subgrupos fo-ram aqueles conhecidos como MIC e MESG, (para equipamentosEx-i e Ex-d, respectivamente).

Grupo de Periculosidade ProdutoI Gás Grisú

AcetonaAmôniaBenzenoButanoCiclohexano

II A GasolinaHexanoPropanoToluenoXilenoEtileno

II B CiclopropanoSulfeto de Hidrogênio

II C HidrogênioAcetileno

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Classe de Temperatura MáximaTemperatura de SuperfícieT1 450ºCT2 300ºCT3 200ºCT4 135ºCT5 100ºCT6 85ºC

Já a subdivisão para poeiras e fibras é definida através dacondutividade e do tamanho da partícula, conforme tabela abaixo:

Grupo de Periculosidade ProdutoFibras :Rayon

IIIA AlgodãoSisalJutaFibras de madeiraPoeiras não condutivas:Açúcar

III B Farinha de trigoCeluloseVitamina CPoeiras condutivas:Alumínio

IIIC Ferro - manganêsCarvãoCoqueGrafite, etc.

3.3 ESCOLHA EM FUNÇÃO DA CLASSE DE TEMPERATURAOs equipamentos elétricos presentes numa área classificada po-dem se converter em fontes de ignição também por superaqueci-mento provocado por uma condição de falha. Portanto, a classede temperatura do equipamento é uma informação fornecida pelofabricante e confirmada pela Certificadora de que este equipa-mento, mesmo em condição de falha, não atingirá na sua superfí-cie um valor acima da marcação, de acordo com a seguinte tabe-la, aplicável a equipamentos a serem instalados em atmosferasexplosivas por gases e vapores:

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Para equipamentos a serem instalados em atmosferas explosivaspor poeiras e fibras, deverá ser especificada a temperatura máxi-ma de superfície do equipamento (°C) , ou seja: “T máx” °C

3.4 GRAU DE PROTEÇÃO APLICADO A EQUIPAMENTOSGrau de Proteção ou Índice de Proteção (IP) de um equipamentoé uma informação fornecida pelo fabricante e confirmada pelaCertificadora de que o equipamento em questão foi projetadopara impedir a entrada de sólidos e líquidos no seu interior. Estainformação é constituída por dois dígitos (de 0 à 8), sendo queo primeiro dígito se refere às medidas que foram tomadas paraimpedir a entrada de sólidos e o segundo dígito às medidas queforam tomadas para impedir a entrada de líquidos no seu interior.Esta é uma informação importante para equipamentos Ex,especialmente quando se trata de equipamentos tipo Ex-d e Ex-e,estando estes dígitos detalhados nas tabelas a seguir:

PRIMEIRO DÍGITO (refere-se a entrada de sólidos)

GRAU DE PROTEÇÃODESCRIÇÃOSUMARIA

Não protegido

Protegido contra objetossólidos de dimensão maior

do que 50mm

Protegido contra objetossólidos de dimensão maior

do que 12mm

Protegido contra objetossólidos de dimensão maior

do que 2,5mm

Protegido contra objetossólidos de dimensão maior

do que 1,0mm

CORPOS QUE NÃODEVEM PENETRAR

Sem proteção especialGrande superfície do corpo

humano como a mão.Nenhuma penetração

contra penetração liberalDedos ou objetos de

comprimento maior doque 80mm cuja menor

dimensão > 12mmFerramentas, fios, etc. dediâmetro e/ou espessura

maiores do que 2,5mm cujamenor dimensão > 2,5mm

Fios, fitas de largura maiordo que 1,0mm, objetos cuja

menor dimensão sejamaior do que 1,0mm

DÍGITO

0

1

2

3

4

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SEGUNDO DÍGITO (refere-se a entrada de líquidos)

GRAU DE PROTEÇÃODESCRIÇÃOSUMARIA

Não protegido

Protegido contra quedavertical de gotas de água

Protegido contra quedas deágua com inclinações de até

15º com a vertical

Protegido contra águaaspergida

Protegido contraprojeções de água

Protegido contrajatos de água

Protegido contraondas do mar

Sob certas condições detempo e pressão, nãohápenetração de água

Adequado à submersãocontínua sob condições

específicas

PROTEÇÃODADA

Sem proteção especial.Invólucro aberto

Gotas de água caindo davertical não prejudicam o

equipamento (condensação)Gotas de água não têmefeito prejudicial parainclinações de até 15º

com a verticalÁgua aspergida de 60ºcom a vertical não tem

efeitos prejudiciaisÁgua projetada de qualquer direção não tem

efeito prejudicialÁgua projetada por bico

em qualquer direçãonão tem efeitos

Água em forma de onda,ou jatos potentes não

tem efeitos prejudiciaisSob certas condições detempo e pressão, não há

penetração de águaAdequado à submersãocontínua sob condições

específicas

DÍGITO

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Não totalmente vedadocontra poeira, mas se

penetrar, não prejudica aoperação do equipamentoNão é esperada nenhumapenetração de poeira no

interior do invólucro

Protegido contra poeira contato a partes internas

ao invólucroTotalmente protegido contra

poeira e contato a parteinterna

5

6

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Exemplo de aplicação do Grau de Proteção em equipamentosEx IP-64.Significa que o equipamento em questão foi fabricado para im-pedir totalmente a entrada de poeiras(dígito 6), e também contraa entrada de água projetada de qualquer direção (dígito 4).

3.5 APLICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EX EM FUNÇÃODO ZONEAMENTOA especificação dos diferentes tipos de proteção necessários aosdiversos equipamentos elétricos à serem instalados na unidade sobanálise, somente pode ser feita uma vez definida a classificaçãode áreas da unidade. Assim, tendo sido demarcadas as diferentesáreas, conhecidas como Zonas 0, 1 e 2, será possível escolher estesequipamentos utilizando a tabela a seguir:

Zona Tipo de Proteção Código0 Intrinsecamente Seguro ia

Encapsulado ma1 À prova de Explosão d

Pressurizado px ou pyImersão em areia qImersão em óleo oSegurança Aumentada eIntrinsecamente Seguro ibEncapsulado mb

2 Pressurizado pzIntrinsecamente Seguro icNão Acendível nA, nR, nL e nCEncapsulado mc

20 Intrinsecamente seguro iaEncapsulado maProteção por invólucro tD

21 Intrinsecamente seguro ibEncapsulado mbProteção por invólucro tDPressurizado pD

22 Intrinsecamente seguro icEncapsulado mcProteção por invólucro tDPressurizado pD

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IMPORTANTE!A CERTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS Ex

Conforme Portaria INMETRO Nº 176/00, posteriormentesubstituída pela de Nº 83/06 e a partir de 05/2010 pela deNº 179/10, todos os equipamentos elétricos para uso emáreas classificadas devem ser “certificados”. Esta certificaçãosomente pode ser concedida por entidades credenciadaspelo INMETRO, sendo que até agosto/2010 as entidadesbrasileiras credenciadas correspondiam à CERTUSP, CEPEL-LABEX, UL do Brasil, BVC, NCC Certificações, IEX e TUVRheinland. Desta forma, todo equipamento elétrico instala-do em área classificada deve ser acompanhado do certifi-cado correspondente e identificado com sua marcação nocorpo do mesmo e claramente visível. Para maiores deta-lhes ver o capítulo 11, onde o assunto é tratado maisdetalhadamente.

3.6 NÍVEL DE PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS - “EPL”O Nível de Proteção de Equipamentos - “EPL” (Equipment ProtectionLevel), é uma informação que foi recentemente incorporada nanormalização brasileira a partir de 2008, acompanhando as normasinternacionais IEC, que indica o local adequado para instalação e onível de proteção proporcionado pelo equipamento Ex.A identificação de EPL consiste basicamente em duas letras, a pri-meira em maiúsculo e a segunda em minúsculo, conforme segue:

Primeira letra do ‘EPL’:A primeira letra se refere ao local da instalação do equipamentoEx, sendo identificada como:

• M (Mining): para instalação em minas subterrâneas;• G (Gases): para instalação onde a atmosfera explosiva possívelde estar presente no local seja composta de gases ou vaporesinflamáveis;• D (Dusts): para instalação onde a atmosfera explosiva possívelde estar presente no local seja composta de poeiras combustíveis.

Segunda letra do ‘EPL’:A segunda letra se refere ao nível de proteção proporcionado peloequipamento Ex, sendo identificada como:

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• a : para nível de proteção muito alto, ou seja, dois meiosindependentes de proteção ou segurança, mesmo quando daocorrência de duas falhas, independentemente uma da outra;• b : para nível de proteção alto, ou seja, adequado para operaçãonormal e com distúrbios de ocorrência freqüente ou equipamentoonde falhas são normalmente levadas em consideração;• c : para nível de proteção elevado, ou seja, adequado para operaçãonormal.

Pelo método tradicional de especificação de equipamento Ex, selevarmos em consideração apenas as zonas para a determinaçãodo EPL , teremos o seguinte:

• Em zonas 0 devemos instalar apenas EPL Ga;• Em zonas 1 podemos instalar EPL Ga ou Gb;• Em zonas 2 podemos instalar EPL Ga, Gb ou Gc;• Em zonas 20 devemos instalar apenas EPL Da;• Em zonas 21 podemos instalar EPL Da ou Db;• Em zonas 22 podemos instalar EPL Da, Db ou Dc.

3.7 A IDENTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EX (marcação)A Portaria INMETRO No. 179/10 obriga a certificação de todo equalquer equipamento elétrico para uso em atmosfera explosivaÉ obrigtória, também, uma marcação indelével que deve formarparte do corpo do equipamento. Essa marcação, obedece ao se-guinte modelo:

Ex d IIC T6 EPL Gb

Ex - Significa que o equipamento possui algum tipo de proteçãopara área classificada (atmosfera potencialmente explosiva).d - Especifica o tipo de proteção que esse equipamento possui,podendo ser alguns dos seguintes:

d = à prova de explosão m = encapsuladoe = segurança aumentada (ma, mb ou mc)p = pressurizado o = imerso em óleo (px, py ou pz) q = imerso em areiai = segurança intrínseca n = não acendível (ia, ib ou ic) (nA, nR, nL ou nC)

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t = proteção por invólucro s = especialIIC - Especifica o Grupo para o qual o equipamento foi construído,podendo ser:

Grupo I,Grupo IIA, Grupo IIB, Grupo IIC,Grupo IIIA, Grupo IIIB, ou Grupo IIIC.

T6 - Especifica a Classe de Temperatura de superfície do equipa-mento, podendo ser:

T1 - 450º C T4 - 135º CT2 - 300º C T5 - 100º CT3 - 200º C T6 - 85º C

ou para poeira - “T máx”ºC.

EPL Gb - Especifica o Nível de Proteção de Equipamento para oqual o equipamento foi construído,podendo ser:

EPL Ma, EPL MbEPL Ga, EPL Gb, EPL Gc,EPL Da, EPL Db ou EPL Dc

Obs.: Para poeiras combustíveis deve fazer parte integrante damarcação, sendo:

IP 6X - para zona 20, zona 21 e zona 22 pela presença de poeirascondutivas.IP 5X - para zona 22 pela presença de poeiras não condutivas.

Além da certif icação de equipamentos Ex, exigidapela legislação, existe também no mercado atendência de exigir a curto prazo a certificação deprofissionais (hoje a exigência é apenas qualif icar).A Project-Explo, em nome da ABPEx está fazendoisto, qualif icando (com direito a certif icação)profissionais de segurança, projetos, montagem,manutenção, inspeção e supervisão.Contate-nos: www.project-explo.com.br

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Todos os assuntos abordados até aqui formamparte dos módulos básicos para Qualificação eposterior Certificação de profissionais desen-volvidos pela ABPEx/Project-Explo em con-junto com ABENDI.

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4 OS TIPOS DE PROTEÇÃO

Os diferentes tipos de proteção aplicados à equipamentos elétri-cos que a normalização recomenda em função dos zoneamentose que estão detalhados no item 3.5 operam de acordo com osprincípios detalhados a seguir:

4.1 A PROVA DE EXPLOSÃO Ex-dInvólucro capaz de suportar a pressão de explosão interna, nãopermitindo que ela se propague para o ambiente externo, o que éconseguido pelo resfriamento dos gases da combustão na suapassagem através do interstício existente entre o corpo e a tampa.

Aplicável em Zonas 1 e 2

4.2 SEGURANÇA AUMENTADA Ex-eEquipamento fabricado com medidas construtivas adicionais paraque em condições normais de operação, não sejam produzidosarcos, centelhas ou alta temperatura. Ainda, estes equipamentospossuem um grau de proteção (IP) elevado.

Aplicável em Zonas 1 e 2

4.3 SEGURANÇA INTRÍNSECA Ex-i (ia ou ib)Equipamento projetado com dispositivos ou circuitos que em con-dições normais ou anormais de operação não possuem energiasuficiente para inflamar uma atmosfera explosiva.

Aplicável em Zona 0 ou 20(ia, ib ou ic), Zonas1 ou 21 (ib ou ic) e Zona 2 ou 22 (ic)

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4.4 PRESSURIZAÇÃO Ex-pEquipamento que foi fabricado para operar com pressão positivainterna de forma a evitar a penetração da mistura explosiva nointerior do invólucro.

Aplicável em Zonas 1 (px ou pz), Zona 2 (pz), Zona21 e Zona 22.

4.5 NÃO ACENDÍVEL Ex-n (nA; nR; nC; nL)Equipamentos fabricados com dispositivos ou circuitos que emcondições normais de operação não produzem arcos, centelhasou alta temperatura.

Aplicáveis em Zona 2

4.6 EQUIPAMENTO IMERSO EM ÓLEO Ex-oEquipamento fabricado de maneira que partes que podem causarcentelhas ou alta temperatura são instalados em um meio isolantecom óleo.

Aplicável em Zonas 1 e 2

4.7 EQUIPAMENTO IMERSO EM AREIA Ex-qEquipamento fabricado de maneira que as partes que podem causarcentelha ou alta temperatura são instalados em um meio isolantecom areia.

Aplicável em Zonas 1 e 2

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4.8 PROTEÇÃO POR INVÓLUCRO Ex-tTipo de proteção onde todas as fontes de ignição são protegidaspor um invólucro para evitar a ignição de uma camada ou nuvemde poeira, baseado no grau de proteção, resistência mecânica emáxima temperatura de superfície.

Aplicável em Zona 20 (ta), Zonas 21 (ta ou tb)e Zonas 22 (ta, tb ou tc)

4.9 EQUIPAMENTO ENCAPSULADO EM RESINA Ex-mEquipamento fabricado de maneira que as partes que podemcausar centelhas ou alta temperatura se situam em um meio isolanteencapsulado com resina.

Aplicável em Zona 0 ou 20 (ma, mb ou mc),Zonas 1 ou 21 (mb ou mc) e Zona 2 ou 22 (mc).

4.10 EQUIPAMENTOS ESPECIAIS Ex-sOs equipamentos identificados como Ex-s (especial) são fabricadosutilizando qualquer técnica diferente das acima mencionadas. Osequipamentos deste tipo que hoje existem funcionam baseadosem princípios pneumáticos (luminárias de inspeção de vasos), nautilização de fibra óptica (sistemas de sinalização), etc. podendoser utilizados em Zona 0, desde que certificados para essa condiçãode risco.

Os diferentes “tipos de proteção”, suas carac-terísticas, detalhes construtivos, aplicações, etcsão abordados no Programa de Qualificação eCertificação de profissionais Ex, desenvolvidopela ABPEx/Project-Explo em conjunto comABENDI.

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5 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS Ex DISPONÍVEISNO MERCADO BRASILEIRO (até agosto/2010)

A Associação Brasileira para Prevenção de Explosões ABP-Ex,interessada na divulgação de produtos e serviços que atendam efe-tivamente a legislação brasileira em vigor, está colocando à disposi-ção dos interessados a relação desses produtos e serviços disponí-veis no Brasil. Além dos equipamentos Ex fabricados no Brasil exis-tem também soluções vindas do exterior que a Portaria 176/00 acei-ta, desde que seja feita a sua homologação por Entidade CertificadoraBrasileira utilizando o procedimento conhecido como “importaçãode pequenas quantidades” que limitam este valor a 25 peças/ano.A relação parcial de fabricantes brasileiros de equipamentos eacessórios certificados e de prestadores de serviços que formamparte desta associação é:

• Brascontrol, fabricante brasileiro de sistemas supervisoresde aterramento utilizados em processos de carregamento/descarregamento de inflamáveis.

• Blinda, fabricante de equipamentos Ex-d, Ex-e e Ex-n para iluminação,potência e comandos.

• BV Corretora de Seguros, empresa de serviços especializadaem seguros industriais para empresas do segmento químico,petroquímico, do petróleo, etc.

• Conex, empresa fabricante de equipamentos elétricos parauso em atmosferas explosivas e industriais para iluminação,potência e comandos.

• Engelc, serviços de engenharia especializada Ex em montagenselétricas, manutenção, pára-raios e aterramentos.

• Eritel, fabricante e fornecedora de sistemas deintercomunicação Ex com possibilidades de interagir com sis-temas de controle de processos.

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• Fike, fabricante de sistemas de proteção contra explosões(discos de ruptura, janelas de explosão, supressão de explosões eproteção contra incêndios).

• Fratex, empresa de serviços técnicos especializada em Offshorecom foco em inspeção e regularização de sistemas eletro-eletrônicos em áreas classificadas.

• Herco, empresa corretora de seguros e consultoria de riscos.

• Hummel, fabricante de prensa-cabos e de acessórios para montagemdos tipos Ex-d e Ex-e.

• Kraft, empresa de engenharia de projetos.

• MAEX, serviços de montagem e manutenção especializados emáreas classificadas.

• Melfex, empresa fabricante de equipamentos elétricos a provade explosão para uso em atmosferas explosivas.

• MSA, fabricante de sistemas Ex para monitoração de gasesinflamáveis/explosivos/tóxicos e oxigênio.

• Naville, fabricante de iluminação e material elétrico paraatmosferas explosivas.

• Nutsteel, fabricante de equipamentos Ex-d, Ex-e e Ex-n parailuminação, potência e comandos.

• Pepperl+Fuchs, empresa líder de mercado, tradicional fabricante efornecedor de equipamentos e acessórios para segurança intrínseca.

• Project-Explo, empresa de consultoria especializada emprevenção de explosões, classif icação de áreas, inspeçãode sistemas elétricos Ex e na capacitação e certificação deprofissionais em áreas classif icadas.

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• Protego-Leser, empresa fabricante de sistemas de segu-rança contra explosões em equipamentos de processo queinclue válvulas de pressão e vácuo, alívio, etc.

• Telbra, empresa fabricante de equipamentos elétricos blin-dados a prova de explosão, a prova de tempo, para vapores/gases e poeiras.

• VL Indústria, serviços de montagem e manutenção de sistemasde potência e automação para áreas classificadas.

• Wetzel, fabricante de materiaise equipamentos elétricos parainstalações em atmosferas explosivas.

Estamos convidando empresas dos seguintessegmentos para participar dos nossos trabalhos:• Fornecedores de sistemas e/ou componentes Ex• Empresas de montagem elétrica/instrumentação• Empresas de manutenção terceirizada• Empresas especializadas em inspeção Ex• Empresas corretoras de seguros

Todos os associados detalhados nas paginas an-teriores formam parte do nosso sistema, que temcomo objetivos básicos “prevenir, proteger, con-trolar e suprimir explosões”, assim, todos elesestão inseridos no processo de Qualificação eCertificação de profissionais Ex.

As principais fornecedoras de equipamentos Exformam parte da ABPEx e seus produtos e aplicaçõessão analizadas no Caderno de Explosões mês a mês.

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6 MÉTODOS DE INSTALAÇÃO

A normalização atual permite a utilização de métodos de instalaçãoconhecidos como “Americano e IEC” que são detalhados a seguir:

6.1 EM ELETRODUTOS COM UNIDADES SELADORAS(Americano) (Extraído do catálogo Legrand ATX)Este sistema, conhecido no meio Ex como “as soluções NEC”,estão baseadas na utilização de eletrodutos metálicas do tipopesado, protegendo os condutores da fiação e providos deunidades seladoras que devem ser preenchidas por meio de massade selagem certificada.

Este sistema é amplamente usado porinvestidores, projetistas e montadoresem EUA e Canadá, assim como tambémem parte de América do Sul e nospaíses do Oriente, onde é utilizada anorma NEC, do NFPA. O sistema utilizaunidades seladoras que devem ser preenchidas com uma massaque tem a função de “selar” e que deve ser certificada.• Vantagens do sistema: Asseguram a proteção dos condutorescontra dano mecânico e possíveis ataques químicos.• Desvantagens do sistema: Sendo este sistema totalmente rígido,a fiação não pode ser facilmente mudada. Ainda, todos os aces-sórios do sistema são caros e o material está sujeito a corrosão, quenormalmente é interna.

6.2 EM CABOS MULTIFILARES COM PRENSA CABOS (IEC)(Extraído do catálogo Legrand ATX)Este sistema conhecido como “o método IEC” permite a execuçãoda instalação utilizando cabos multifilares tendidos diretamenteem leitos, bandejas, calhas ou perfilados, utilizando prensa-cabosna entrada dos invólucros.

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Este método de instalação é utilizadopreferencialmente em locais onde orisco de dano mecânico é pequeno.É utilizado em todos os países dacomunidade econômica européiacom exceção de Inglaterra, que utilizao cabo armado, ainda, usado nos paísesdo leste europeu, parte da África e parte do Oriente Médio.Os investidores, projetistas e montadores utilizam este sistemapela grande flexibilidade na distribuição e utilização de circuitos.A vedação deste sistema está baseada na utilização de um acessórioconhecido como “prensa cabo”.• Vantagens do sistema: Este método de instalação é muitoflexível e de execução muito rápida, já que consiste basicamenteem instalar os cabos de distribuição nos elementos de fixaçãoescolhidos (leito para cabos ou eletrocalhas). Trata-se, portantode uma solução realmente econômica.• Desvantagens do sistema: Sendo o sistema totalmente aberto,a fiação fica sujeita a eventuais danos, portanto não deve ser usadaem locais sujeitos a danos mecânicos ou a agentes químicos (Nessecaso recomenda-se a utilização de cabos protegidos “parcialmente”nesses locais).Além dos métodos descritos anteriormente (NEC e IEC) é aceitáveltambém executar instalações utilizando uma “mistura” destas so-luções, que ficou conhecida no meio Ex como “Sistema Híbrido”.

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6.3 A IMPORTÂNCIA DA SELAGEM (UNIDADESSELADORAS) E DOS PRENSA-CABOS

6.3.1 Unidades Seladoras

Montagem Ex-d com seladora:Quanto a sua função, as unida-des seladoras podem ser de in-vólucro ou de fronteira.A seladora de invólucro deve serinstalada para evitar a propaga-ção da chama de um invólucroEx-d. Onde requerido, a seladora

servirá para manter o grau de proteção do invólucro(ex. IP54).A seladora de fronteira deve ser instalada para impedir a migra-ção de vapores entre áreas de diferente classificação Indepen-dente de sua função as seladoras devem ser certificadas confor-me RAC Ex (Regulamento de Avaliação da Conformidade de equi-pamentos elétricos para atmosferas potencialmente explosivas –INMETRO).As unidades Seladoras devem ser instaladas conforme segue:

6.3.1.1 Seladora de Invólucro Ex-d com elementos faiscantesou superfícies quentes:• Todas as entradas e saídas em eletrodutos, do invólucro Ex-d (àprova de explosão) devem ser seladas;• A seladora deve estar adjacente ao invólucro ou localizada omais próximo possível deste.• Dois invólucros podem compartilhar uma única unidade seladoradesde que o critério acima não seja desrespeitado.A exigência de aplicação de seladora a uma distância máxima de45 cm é baseada em critério da norma NEC, não sendo mais válido.

6.3.1.2 Seladora de Invólucro sem elementos faiscantes ousuperfícies quentes:• Se for requerido para a manutenção do grau de proteção apro-priado (por exemplo, IP54) do invólucro, o eletroduto deve serfornecido com um dispositivo de selagem adjacente ao invólucro.Um exemplo de onde o requisito acima será necessário é umainstalação ao tempo usando eletrodutos abertos, onde a distri-

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buição é feita por eletrocalha e a derivação até uma caixa de pas-sagem IP-54 é feita através de um trecho curto de eletroduto. Aentrada deste eletroduto sem unidade seladora compromete ograu de proteção da caixa de passagem, pois poderia haver en-trada de água através do eletroduto.Este critério deve ser utilizado, também, para os invólucros Ex-dselados de fábrica e para outros tipos de proteção com entradapor eletrodutos. Em invólucros Ex-e (segurança aumentada), nãodeve ser instalada unidade seladora e a entrada de cabos deveráser através de prensa-cabo.Pela Norma NEC, utilizando sistema de eletrodutos fechados, só érequerido o uso de unidades seladoras nas tubulações com diâ-metro nominal igual ou superior a 2".

6.3.1.3 Seladora de Fronteira:• Deve ser Instalada nos limites da Zona 1 para Zona 2 e da Zona 2para área não classificada;• A posição poderá ser antes ou depois da fronteira, a não maisdo que 3 metros desta;• Não é permitida a aplicação de luva (ou outro acessório) entre aunidade seladora e a fronteira;Se o eletroduto sem acessórios apenas passar por área classificada,não há necessidade de instalação de seladoras.

6.3.2 Prensa-cabos Ex:Montagem Ex-de com prensa-cabo:Os prensa-cabos, além de certificados conforme RAC Ex, devem:• Manter o grau de proteção do invólucro;• Ser adequado ao tipo de proteção do invólucro:Se o equipamento for do tipo a prova de explosão, o prensa-cabos deverá ser também a prova de explosão. Se o equipamentofor do tipo “segurança aumentada” o prensa-cabos deverá ser

adequado para este tipo.• Ter seu anel de vedação apro-priado ao diâmetro do cabo em-pregado, obtendo-se o apertoefetivo do anel em torno docabo;• Ser adequado à proteção me-cânica do cabo: não armado ou

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armado (verificar tipo de armadura);• Se o prensa-cabo for Ex-d, este deverá ser conectado com pelomenos 5 fios de rosca completamente encaixados.Para manter o tipo de proteção, o prensa-cabo deve ser selecio-nado conforme tabela abaixo:

(*) Composto selante ou selantes elastoméricos que vedam oscondutores individuais.

Tipo deProteção

doInvólucro

Ex-d

Ex-d

Ex-d

Ex-d

Ex-e

Ex-nREx-i, Ex-pou Ex-t

Grupo

IIA, IIBou IIC

IIA, IIBI

IA, IIB

IIC

II

IIII e III

Fonte deigniçãointerna?

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

--

Zona

Zona 1ou 2

Zona 2

Zona 1

Zona 1ou 2

Zona 1ou 2

Zona 2Zona 1

ou 2,Zona 21

ou 22

Volumeinterno

doinvólucroqualquer

qualquer

> 2 L

qualquer

qualquer

qualquerqualquer

Especificaçãodo prensa-cabo

Ex-d IIC semcompostosselantes*

Ex-d IIC semcompostosselantes *

Ex-d IIC comcompostosselantes *

ou unidadeseladoraEx-d IIC

comcompostosselantes *

ou unidadeseladoraEx-e II

Ex-nR IIIP 6X

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Prensa-cabo com selanteselastoméricos que vedamos condutores individuais:

Prensa-cabo comComposto selante:

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7 FONTES DE IGNIÇÃO

Nas áreas classificadas é possível encontrar diferentes fontes deignição capazes de iniciar uma deflagração, sendo as mais conhe-cidas as seguintes:

De origem elétrica Fiações abertasPainéis (contatores, fusíveis)Tomadas, Contatores, BotoeirasMotores, Luminárias, etc.

De origem eletrônica SensoresTransmissores

De origem mecânica Esteiras, Elevadores de canecasMoinhos, Separadores

De origem eletrostática Por fricção, rolamento, etc.Por transporte e transferênciade líquidos inflamáveis

Ainda, existem no meio industrial, equipamentos geradores detemperatura, de chamas, descargas atmosféricas, ondas de RF eeletromagnéticas compreendidas entre 3x1011 Hz até 3x1015 Hzque também possuem energia suficiente para iniciar uma explosão.Assim, o profissional que lida com áreas classificadas devesempre procurar a eliminação ou a redução do risco a níveisaceitáveis, o que pode ser feito da seguinte maneira:• Por meio de um trabalho de prevenção, evitando a forma-ção ou existência de atmosferas explosivas, modificando aconcentração da substância explosiva ou do oxigênio,• Por meio de uma instalação adequada aos riscos, instalandoequipamentos Ex certificados, e• Por meio de um trabalho de proteção, limitando os efeitosda explosão a um nível aceitável.

A ABPEx/Project-Explo está disponibilizando um programade Auditoria de Segurança contra explosões e um outro deGerenciamento de Riscos de Explosão que garante adiminuição ou eliminação dos riscos de explosão.

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Os métodos de instalação conforme NEC e IEC, assimcomo detalhes de montagem e manutenção, montagem eespecificação de unidades seladoras e prensa cabos, etc,são abordados no Programa de Qualificação e Certificaçãode profissionais Ex, desenvolvidos pela ABPEx/Project-Explo em conjunto com ABENDI.

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8 ELETRICIDADE ESTÁTICA

Quando nos referimos a “fontes de ignição”, possíveis de seremencontradas em áreas classificadas, normalmente nos referimos aequipamentos, instrumentos ou acessórios elétricos, ou eletrônicos,ou magnéticos, podendo ser também mecânicos, instalados naunidade. Nesta relação, as fontes de ignição de origem eletrostáticacostumam ficar de fora por uma razão muito simples: elas nãosão palpáveis, não tem invólucros, como todas as outras fontes.Ou seja, não podem ser vistas, porque são abstratas, já quesomente estão nos processos (mesmo que a gente não as enxergue),e podem se manifestar em qualquer momento, (quando dadas àscondições) provocando explosões.Sem querer entrar no mérito de “como estas fontes de igniçãosão geradas”, mas ficando apenas no que nos interessa que é“aonde podem estar presentes”, “como nos prevenir” e “no quefazer” para não sofrer as conseqüências de uma explosão quetenha esta origem, detalhamos a seguir todos estes assuntos.Em 1º lugar, estas possíveis fontes “podem estar presentes” nosequipamentos de processo, nos produtos processados e ainda nospróprios operadores de processo.Seguindo com nosso raciocínio cabe a pergunta “como nosprevenir?”, o que tem apenas duas respostas que são as seguintes:“impedindo o carregamento estático ou então escoando ocarregamento estático na medida que este é gerado”. Assim, aresposta para a pergunta “o que fazer?”, se desprende da anteriorque é aterrando e esta condição é fácil de praticar quando osequipamentos são metálicos... Mas, o que é “aterrareletrostaticamente” ou simplesmente “aterrar”? É ligar a terraestes de maneira de não exceder uma resistência de 10Ω.Ω.Ω.Ω.Ω.O aterramento é considerado como efetivo quando este é feitointerligando os componentes por meio de condutores a umamalha de aterramento ou a tubulações metálicas de água ouaquecimento enterradas ou ainda a estruturas enterradas em solocondutor. O sistema de aterramento precisa ser mecanicamenteresistente e os condutores que fazem a ligação a terra deve serinterligados por solda adequada ou por conectores de apertocomprovadamente eficazes. Este sistema de aterramento devemser executado por pessoal qualificado, atendendo as normas emvigor em todos os seus detalhes (NBR-5419), devendo ainda ser

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vistoriada periodicamente e emitindo os Laudos exigidos, queincluem medições do sistema.O aterramento de equipamentos móveis que possam ter carrega-mentos eletrostáticos deve ser feito de maneira de garantir oefetivo escoamento, utilizando inclusive conexões flexíveis fixadaspor grampos certificados. Esta situação é normalmente encon-trada por ex. em descarregamento de caminhões transportandoinflamáveis ou em transferências entre tanque-tambor outambor-equipamento.O aterramento de equipamentos com componentes rotativos épossível de ser feito aterrando as carcaças estáticas, isto quandoo lubrificante utilizado for óleo e este for utilizado em camadasfinas. Para garantir o efetivo aterramento das partes rotativas énecessário confirmar que na operação, a resistência dos compo-nentes rotativos estejam abaixo de 10Ω. Se não for possível de seconseguir, poderá ser utilizado lubrificante condutor ou entãoescovas de contato.Considerando o risco de explosão presente pelo acumulo decargas eletrostáticas geradas em processos de enchimento/esva-ziamento de inflamáveis como hidrocarbonetos ou então desólidos isolantes combustíveis (pelas velocidades de escoamento),é particularmente necessário o aterramento das tubulações quetransportam estes produtos. Nestes casos, quando as tubulaçõesmetálicas são interligadas por flanges com juntas isolantes deresistência superior a 10Ω, haverá a necessidade de interligar osdiferentes segmentos da tubulação por meio de “chicotes deinterligação” (jumps) que garantam o efetivo aterramento de todoo sistema. Este aterramento é absolutamente necessário emestações de carregamento rodoviário e ferroviário, onde existembraços giratórios com acoplamentos isolantes que terminamdescarregando os produtos em bocais de carretas/tanques queliberam vapores explosivos para o ambiente.Em processos de enchimento/esvaziamento em geral, existemuitas vezes a necessidade de utilizar tubulações flexíveis,conhecidas também como “mangotes” ou então mangueiras, que“nunca deverão ser do tipo isolante”, sendo nestes casos necessáriaa utilização de acoplamentos flexíveis condutores, que deverãotambém ser devidamente aterrados.É importante ainda, em processos de enchimento/esvaziamento,que as carretas sejam aterradas antes do início do processo, para

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conseguir o “descarregamento das cargas eletrostáticas” produ-zidas durante a viagem pelo atrito dos pneus e do vento contra acarroceria. Nesta situação, os tanques ferroviários devem ser en-tendidos como aterrados pelo simples contato entre as rodas e ostrilhos, entendendo, portanto que não existe carregamentoeletrostático presente nestes veículos.No caso das carretas rodoviárias, a ligação a terra para efeitos dodescarregamento eletrostático deve-se dar por meio de alicates deaterramento adequados. Se considerarmos que o processo de descar-regamento eletrostático é fundamental para garantir a segurança daoperação de carregamento, devemos garantir o efetivo aterramentodos veículos, o que pode ser conseguido por meio de equipa-mentos conhecidos como sistemas supervisores de aterramentoque consistem em dispositivos eletro-eletrônicos dos tipos aprova de explosão ou de segurança intrinseca ou ainda de segurançaaumentada que tem a responsabilidade de supervisionar oaterramento do componente que está sendo aterrado, liberandoo processo de bombeamento de inflamável somente após esteaterramento ser “efetivo”.Além de todas as considerações acima, é necessário tambémanalisar os problemas de limitação de velocidade de escoamentode líquidos inflamáveis em tubulações.Considerando a importância deste assunto e sabendo da exis-tência de um excelente material disponibilizado pelo SITIVESP(Sindicato dos Fabricantes de Tintas e Vernizes do Estado deSão Paulo), resolvemos incluir a essência dele neste trabalho,haja visto que boa parte dos fenômenos presentes na indús-tria de tintas também se aplicam a outras industrias. Quemtiver interesse nesse documento completo, poderá obtê-lo,junto a essa entidade pelo www.abpex.com.br.

AS CAUSASEssas incômodas descargas são provocadas pela eletricidadeestática, um fenômeno físico que você não vê, mas sente. Ela con-tribui para uma perda de produção, de tempo, de matéria-prima,podendo ainda criar incêndios, explosões, choques em ope-radores e causar graves danos aos componentes eletrônicossensíveis. Os materiais são constituídos por átomos que têmcargas elétricas positivas e negativas em igual número. Por isso,estão eletricamente neutras. É, no entanto, possível eletrizá-los,

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de forma que f iquem com excesso de cargas positivas ounegativas, diminuindo ou aumentando o número de elé-trons (cargas negativas), que são as cargas móveis, já que ascargas positivas, existentes no núcleo dos átomos, são fixas.Há várias formas de produzir este desequilíbrio de cargas:no revestimento utilizado nos bancos dos nossos carros,nos tecidos das roupas que usamos e principalmente a ca-pacidade que cada indivíduo tem de captar a energia. Sabe-se, por exemplo, que o emprego excessivo de tecidos sinté-ticos é favorável à ocorrência dessas pequenas descargas.Locais de clima muito seco (o ar seco favorece a separaçãodas cargas - eletrização -, enquanto o ar úmido favorecea sua aproximação com a conseqüente neutralização da cargaelétrica em excesso) propiciam a ocorrência desse fenômeno.

A GERAÇÃO DA ELETROSTÁTICA E SEUS EFEITOSEstes fenômenos podem ocorrer friccionando corpos como pentespassando pelo cabelo, despindo roupas (principalmente se foremde materiais derivados dos plásticos), caminhando com sapatosisolantes por um carpete. Também, afastar o corpo do assento docarro, ao levantar-se para sair, pelo simples fato de se produzir aseparação entre os dois corpos.Estes efeitos podem ser economicamente prejudiciais quandodestroem componentes eletrônicos, como certos circuitos integrados,ou podem ser devastadores, quando se produzem descargas emambientes com vapores explosivos.O processo realizado durante a mistura de produtos inflamáveispode gerar este fenômeno, levando a um início de incêndio casoos equipamentos não estejam devidamente aterrados. Uma pequenafaísca gerada por este efeito poderá causar um dano irreversívelao patrimônio e principalmente aos colaboradores.Quando uma pessoa caminha sobre um piso acarpetado, o péentra em contato com o carpete. Quando o pé se separa docarpete, cada fibra individual transfere carga para o corpo da pes-soa. Como o pé entra em contato com centenas de milhares defibras no carpete, a quantidade de carga elétrica transferida podeser substancial.O principal risco causado pela eletricidade estática reside na faís-ca de descarga (relâmpago) que ocorre quando os materiais jácarregados são aproximados a outros materiais ligados a terra

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(aterrados).A fabricação de resinas, tintas e vernizes, produtos quími-cos, borracha, plástico, etc. pressupõem a manipulação decerto número de substâncias, altamente inflamáveis. Apericulosidade dessas substâncias pode ser ainda mais acen-tuada pela maneira queserão manipuladas.Essas substâncias são, de fato, geradoras de eletricidade estática,e considerando-se ainda o seu poder de inflamabilidade, seu usotorna-se bastante delicado e crítico.É necessário, portanto, tomar-se o máximo cuidado na manipulaçãodas mesmas, bem como ter sempre presente certas precauções,cuja f inalidade é reduzir os riscos provocados pelas cargaseletrostáticas geradas por tais substâncias.A carga eletrostática aumenta com o aumento da velocidade deescoamento do líquido; uma vez que aumenta a força e conse-qüentemente a energia, com o qual um fluído pode bater emqueda livre, nas superfícies internas do reservatório. A possibili-dade de formação de uma carga estática sobre a superfície dolíquido contido num reservatório pode ser reduzida, diminuindo-se a velocidade de escoamento dentro do reservatório.Se a carga elétrica não for rapidamente dissipada, pode cresceraté alcançar uma tensão capaz de provocar uma faísca sobre omais próximo objeto aterrado, ou seja, quando a diferença depotencial entre os dois objetos for tão elevada e capaz de ionizaro ar (aproximadamente 30.000 volts/cm).Se essa faísca ocorrer em presença de uma mistura inflamável(vapores de solventes com o ar), teremos uma explosão acompa-nhada pôr incêndio.A eletricidade estática não pode ser eliminada, mas aterrando econectando entre si todas as partes condutivas de um sistema,poder-se-á prevenir perigosos acúmulos de eletricidade estáticae conseqüentes descargas elétricas. Tudo irá depender, portanto,da maneira pela qual a carga passará do líquido às paredes dosistema aterrado. Os materiais plásticos são notoriamente gera-dores de eletricidade estática. A agitação (operação de sacudir)de um saco de polietileno vazio pode criar um potencial de 5.000V, suficiente para fornecer energia para uma centelha e incendiaruma atmosfera inflamável. Deve-se evitar, portanto, sacudir sacosplásticos sobre tanques contendo materiais inflamáveis.

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OPERAÇÕES DE PROCESSO GERADORASDE ELETROSTATICA

1. Transporte a granel de líquidos inflamáveis pormeio de caminhões tanque.2. Transporte de líquidos inflamáveis por tubulações a altapressão e alta velocidade.3. Enchimento de líquidos inflamáveis em tanques verti-cais por queda livre.4. Processos de filtragens de soluções inflamáveis em altapressão.5. Transporte pneumático de sólidos a granel por tubula-ções isoladas.6. Transporte de sólidos combustíveis a granel por meiode fitas transportadoras

As medidas detalhadas a seguir devem ser seguidas a fim dese evitar o acúmulo da eletrostática.

Nos ambientes de processo:• Usando revestimentos de algodão• Usando conexões a terra• Umidificando os ambientes• Limitando a velocidade de líquidos• Usando plásticos antiestáticos• Usando mangueiras aterradas• Usando sapatos dissipativos• Fazendo a inspeção de aterramentos• Inertizando processos.

Na manipulação de líquidos:• Evitando agitação violenta• Mantendo índices de fluxo tão baixos quanto possível, por exemplo:abaixo de 1 m/s para líquidos com condutibilidade < 1000 pS/m• Usando aditivos anti-estáticos para solventes com condutibili-dade <1000 pS/m• Evitando aerossóis (também de líquidos com alta

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condutibilidade)• Evitando a queda livre (por exemplo: > 1m)

Na manipulação de pós / sólidos não-condutivos:• Evitando agitação violenta e turbulência• Mantendo índices de fluxo baixos, exemplo: abaixo de 25 ton/hpara pós Poliméricos com tamanhos particulares entre 1000µmou 4 ton/ h para granulado• Aumentando a umidade relativa do ar• Usando aditivos antiestáticos (durante a preparação da matéria-prima)

Na manipulação de gases:• Evitando a presença de partículas líquidas ou sólidas.

Aditivos antiestáticosPela suas baixas condutibilidades, solventes tais como hidrocar-bonetos não polares, são particularmente suscetíveis ao acúmulode carga estática. Nesse caso, a condutibilidade deverá ser au-mentada.Se aditivos são usados (exemplo: stadis 450), precisam estar presentesem todos os solventes aromáticos e alifáticos (hidrocarbonetos)isolantes.A água pode reduzir a eficiência de aditivos antiestáticos. Portanto,os tanques devem estar limpos e secos antes do uso. A presençade água nas matérias-primas deve ser verificada.A contaminação de matérias-primas com água durante os processosdeve ser evitada.Sistemas de tubulação:A eletricidade estática é gerada quando líquidos fluem nas tubu-lações. Para reduzir eficazmente os índices de geração estática,deverá ser observado o seguinte:

NOTA:Em áreas classificadas, onde essas condições não pos-sam ser cumpridas e, como conseqüência, se forma aeletricidade estática, medidas como “aterramento”,“jampeamento” e procedimentos operacionais, são pré-requisito para garantir uma operação segura.

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a) Manter índices de fluxos tão baixos quanto possível, atra-vés do controle do tamanho das tubulações e a velocidadedas bombas. A velocidade máxima aceitável é de 1m/s parasolventes com baixa condutibilidade.b) Verificar a continuidade elétrica nas tubulações com co-nexões e juntas metálicas de flange que possa isolar as vári-as seções da tubulação. Nesses casos, será necessário fazera ligação, perpendicularmente, às flanges e juntas.c) Válvulas esféricas com vedação em PTFE (teflon) podem apre-sentar algum problema específico. Neste caso, será necessáriofazer a ligação perpendicularmente à válvula.d) Filtros, medidores ou outras obstruções em tubulações acentuama geração de carga estática.e) Onde forem utilizadas mangueiras flexíveis, essas deverão serconstruídas para garantir a continuidade elétrica. A condutibilidadedas mangueiras deverá ser verificada mensalmente.

Queda livre de líquidos:No projeto de novos equipamentos, a queda livre de solventescom baixa condutibilidade (<1000 pS/m) e baixo ponto de ignição(< 55º C) deverá ser evitada, porque isto também dá margem àeletricidade estática.A queda dos líquidos a mais de um metro não deverá ser permitida.Os riscos associados ao carregamento de tanques podem serreduzidos com a utilização de sistemas fechados, redução dosíndices de envasamento, direcionamento do fluxo ao longo daslaterais dos reservatórios e extensão das extremidades de descargadas linhas de entrega para o interior do tanque, tanto quanto forpossível.

Containers plásticos:A crescente utilização de plásticos para sacos e tambores e ospróprios containeres plásticos, tem aumentado o perigo daformação de carga estática na superfície desses containeres, ondepossíveis tipos de plásticos antiestáticos deverão ser usados.Deverá ser observado o seguinte:a) Se for viável, a matéria-prima deverá ser retirada dos containersde plásticos ou sacos plásticos, fora das áreas onde líquidosaltamente inflamáveis são usados. O conteúdo deverá ser trans-ferido para sacos de papel ou containers de metal, antes de serem

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levados às áreas de produção. Embora esse procedimento possareduzir a velocidade do descarregamento de matéria-prima seca,a geração de nuvens de pó em misturas de vapor/ar solvente de-verá ser evitada tanto quanto possível.b) As recomendações do fornecedor, no que se refere ao despejode nitro celulose umedecido com solvente ou álcool, de containersrevestidos com plástico, devem ser seguidas à risca.c) Da mesma forma, o uso de materiais plásticos para embalagemde matéria-prima e containeres vazios, pode aumentar o risco dageração de estática. Os invólucros deverão ser removidos antesque os materiais ou containeres sejam transferidos para as áreasde produção.d) Revestimentos plásticos em recipientes de mistura móveis deverãoser retirados do recipiente fora das áreas onde líquidos altamenteinflamáveis são processados.e) O uso de recipientes plásticos para solventes inflamáveis deveser evitado.

Roupas de funcionários:Cargas estáticas podem ser geradas e acumuladas por seres hu-manos. Para evitar sua formação excessiva e assegurar que nãosejam uma fonte de risco em áreas onde concentrações inflamá-veis de vapor possam ocorrer, deverá ser observado o seguinte:a) Os operadores não deverão usar macacões 100% sintéticos.Os macacões aprovados para uso em ambientes antiestáticosdeverão conter no mínimo 60% de algodão. Deverá ser exigido dosfornecedores desses macacões que confirmem as propriedadesantiestáticas de seus produtos.b) Macacões, malhas, etc., não deverão ser despidos em áreasonde vapores inflamáveis possam estar presentes.c) Um operador poderá acumular uma perigosa carga eletrostáticase isolado, principalmente sob condições de baixa umidade.A descarga de eletricidade estática de uma pessoa fica favorecidacom a utilização de material condutor em seu calçado. Nas áreasde produção o uso de sapatos antiestáticos é compulsório paraos colaboradores diretamente envolvidos no processo produtivo.

Todos estes assuntos são abordados, detalhadamente, no“Manual de Bolso de Eletrostática”, que está sendo prepa-rado pela ABPEx/Project-Explo para um futuro próximo.

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Se você tem interesse em receber o “Manual de Bol-so sobre Eletrostática”, que será preparado pelaABPEx/Project-Explo, solicite-o via e-mail, forne-cendo as seguintes informações: nome, nome da em-presa, cargo/função, endereço eletrônico e endereçopara correspondência completo.

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9 POEIRAS COMBUSTÍVEIS (EXPLOSIVAS)

Embora os riscos de explosão se associem apenas a presença deprodutos inflamáveis em forma de gases e vapores, estes riscostambém existem em ambientes industriais onde haja a presençade pó pela manipulação de sólidos a granel, como é o caso dearmazéns e silos, pelo processamento e fabricação de alimentoscomo farinhas diversas ou pela moagem e manipulação decarvão, resinas, produtos farmacêuticos, etc.Quando escutamos falar pela primeira vez de explosões de pósficamos surpresos ao saber que produtos como farinha, pó dealumínio, magnésio, amidos, etc. representem riscos com conse-qüências tão desastrosas. Mas é fato que, em geral, materiaiscombustíveis e convertidos em pó, sofrem uma combustão tãorápida que geram uma onda de pressão e uma fonte de chama(combustão) tão grandes que são capazes de destruir todo umparque industrial.É nos primeiros anos do século XX que começa o registro de ex-plosões provocadas por poeiras. Em 1919 houve em Iowa (USA)uma explosão de amido que matou 43 pessoas. Em Courrieres,França, devido a uma explosão de pó de carvão morreram 1.099trabalhadores e houve mais de 600 feridos.Em relatórios existentes em alguns países é possível encontrardados sobre explosões por poeiras, a maior parte deles causadospor pós de cereais.Nos Estados Unidos entre 1900 e 1972 houve 1430 explosões commais de 700 mortos e mais de 2200 feridos.Na Alemanha e países vizinhos entre 1960 e 1972, houve mais de4.000 explosões de pó industrial, que equivale a uma explosãopor cada dia de trabalho.No Reino Unido entre 1958 e 1976 houve 679 explosões queprovocaram 30 mortos e 925 feridos.É importante destacar, porém que boa parte dos acidentes destetipo não são reportados por não ter conseqüências tão gravescomo os acima citados. Apresentamos a seguir uma relaçãoparcial de explosões acontecidas em diferentes países, mostrandoo tipo de atividade desenvolvida.

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9.1 RELAÇÃO PARCIAL DE EXPLOSÕES POR PÓ

Ano Lugar Indústria Mortos Feridos1970 Stavenger (NOR) Silo de Trigo 0 vários1972 Bremanger (NOR) Planta de silício 5 41973 Gullaug (NOR) Premistura de alumínio 5 41976 Kambo (NOR) Silo de grãos 0 poucos1979 Lérida (ESP) Silo de grãos 10 181979 Bremen (ALE) Fábrica de farinha 14 171982 Tienen (BEL) Fábrica de açucar 4 vários1983 Anglesey (GBR) Planta de alumínio 0 21984 Cork (IRL) Transporte de grãos 2 01984 Pozoblanco (ESP) Fábrica de ração 0 81985 Bahía Blanca (ARG) Transporte de grãos 4 201988 Hessen (ALE) Mina de carvão 57 vários1994 USA 61 expl. 1990/94 Indústria de grãos 5 53

Embora nesta relação não apareçam acidentes acontecidos noBrasil, as explosões por pó não são raras. Uma das mais conhecidas,até porque aconteceu recentemente em novembro de 2003, é ado Armazém de Grãos de Paranaguá. A origem da explosão sedeu pela alta concentração de pó de milho e fibras de milhopresentes no ambiente e a explosão deixou feridos e danos materiaisde elevado valor. De maneira geral, as situações mais críticas sãoencontradas em armazéns e silos de armazenamento de grãos,particularmente em pontos de transferência que não disponhamde sistemas de captação de pó.

A ABPEx, em conjunto com alguns dos seus associadosimplantou um Programa de Gerenciamento de Riscos deExplosão por Poeiras, que está disponibilizando para asempresas sujeitas a esses riscos.Contate-nos: www.project-explo.com.br

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9.3 PROCESSOS INDUSTRIAIS CAUSADORES DEEXPLOSÕES

Indústria Produto explosivoAlimentação e nutrição Pó de grãos, cereais e legumes, leitede animais em pó e derivados, rações e forragens.

Ração animal e feno.Alimentos de animais domésticos.Farinha, amido, açucar.

Indústria química Plásticos: polietileno, polipropileno,poliacrilo. Produtos farmacêuticos, tintas,vernizes,corantes, inseticidas, herbicidas.Detergentes.

Indústria de Pós de alumínio, magnésio, ferro, titânio.processamento demetaisIndústria de Pós de madeira e derivados: serragem,processamento de papel, compostos de celulose.madeiraVários Enxofre. Pó de carvão.

9.2 INDÚSTRIAS SUJEITAS AO RISCO DE EXPLOSÕESCOM PÓ

PROCESSOSArmazenamento 21,3%Moagem 13,1%Transporte 11,0%Filtragem 11,0%Secagem 8,6%Combustão 6,2%Mistura 5,2%Polimento e 5,2%revestimentoOutros 18,6%

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9.4 PARÂMETROS DE EXPLOSIVIDADE DE ALGUNSPRODUTOS COMUNS

Tipo de pó TMI* CME**Açucar 370ºC 45g/m3

Enxofre 190ºC 35g/m3

Cacau industrial 510ºC 75g/m3

Carvão Pittsburgh 610ºC 55g/m3

Celulose 410ºC 45g/m3

Coke de petróleo 670ºC 1000g/m3

Cortiça 460ºC 35g/m3

Difenil 630ºC 15g/m3

Epoxi, resina 490ºC 15g/m3

Ferro, manganês 450ºC 130g/m3

Grãos misturados 430ºC 55g/m3

(milho, aveia e cevada)Levedura 520ºC 50g/m3

Poliacetato de vinila 450ºC 40g/m3

Poliestireno 500ºC 20g/m3

Poliuretano, espuma 510ºC 30g/m3

Vitamina C 460ºC 70g/m3

* TMI representa a Temperatura Mínima de Ignição do produto,normalmente expressa em ºC.** CME representa a Concentração Mínima de Explosividadedo produto, expressa em g/m3.

Estas linhas foram reservadas para os produtosmais comuns dos nossos leitores.

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10 INSPEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS EELETRÔNICOS

As instalações elétricas em áreas classificadas possuem caracte-rísticas especialmente projetadas para torná-las adequadas paratais atmosferas, assim é essencial que durante a vida útil dessasinstalações a integridade dessas características especiais seja pre-servada, portanto elas requerem que sejam inspecionadas paragarantir sua integridade. Para isto, existem inspeções iniciais,inspeções periódicas e supervisão contínua que deve ser exe-cutada por pessoal qualificado de acordo com esta Norma (ABNTNBR IEC 60079-17) e NR-10 e ainda, uma manutenção adequadaque garanta essas condições.

10.1 TIPOS DE INSPEÇÃOAs instalações elétricas em áreas classificadas devem, portanto,serem inspecionadas rotineiramente, existindo 3 tipos de inspeção,conforme detalhado a seguir:

Inspeção Visual que tem como objetivos identificar, sem o usode equipamentos de acesso ou ferramentas, defeitos evidentescomo, por exemplo, falta de parafusos, vidros quebrados, etc.Esta inspeção deverá ser feita de forma periódica, com intervalosdefinidos caso a caso de acordo com fatores que afetam a deteri-oração da instalação.

Inspeção Apurada que engloba os aspectos cobertos pelainspeção visual identificando também defeitos como, por exem-plo, parafusos frouxos, que são detectáveis somente como auxíliode equipamentos de acesso como escadas e ferramentas (essasinspeções não exigem que os invólucros sejam abertos).Esta inspeção deverá ser feita de forma periódica, com intervalomáximo entre as mesmas de 3 anos.

Inspeção Detalhada engloba os aspectos cobertos pela inspeçãoapurada e, além disto identifica defeitos (como terminais frouxos)que somente são detectáveis com a abertura do invólucro e uso,se necessário, de ferramentas e equipamentos de ensaio.

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Esta inspeção deverá ser feita de forma inicial, após a implanta-ção da instalação ou revisões em paradas gerais da unidade.

Existe na Norma de inspeção uma série de check-list que detalhamos aspectos que devem ser inspecionados, que incluem detalhesdo equipamento em si, da sua instalação e do ambiente ondeestá instalado conforme mostrado nas tabelas parciais a seguir(para tabelas completas, vide a Norma).

Os trabalhos de Inspeção, assim como os deClassificação de Áreas somente podem ser feitos porprofissionais qualif icados e experientes, nosdiferentes tipos de proteção. A ABPEx/Project-Exploem conjunto com seus associados executa todosestes trabalhos, contando para isto com os recursosfísicos e humanos necessários para serviços on-shoree off-shore.Mais informações: www.project-explo.com.br

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63

10.2 SISTEMAS Ex-d, Ex-e, Ex-n e Ex-i

APLICÁVEL A EQUIPAMENTOS Ex-d, Ex-e, Ex-nVerificar Ex-d Ex-e Ex-n

Grau de InspeçãoDAV DAV DAV

A) EQUIPAMENTO1. O equipamento é adequado à classificação * * * * * * * * *de áreas2. O grupo do equipamento está correto * * * * * *3. A classe de temperatura do equipamento * * * * * *está correta4. A identificação do circuito do equipamento * * * * * * * * *está correta5. A identificação do circuito do equipamento * * * * * * * * *está disponível6. Os invólucros, vidros e gaxetas de vedação * * * * * * * * *vidro-metal e/ou massa de selagem estãosatisfatórios7. Não há modificações não autorizadas * * *8. Não há modificações não autorizadas * * * * * *visíveis9. Os parafusos, dispositivos de entrada decabos (direta ou indireta) e elementos defechamento são do tipo correto e estãocompletos e apertados- verificação física * * * * * *- verificação visual * * *10. As faces dos flanges estão limpas e não *danificadas, e as gaxetas, se existirem, estãosatisfatórias11. Os interstícios dos flanges estão dentro * *dos valores máximos permitidos12. O tipo de lâmpada, potência e posição * * *estão corretos13. As conexões elétricas estão apertadas * *14. As condições das gaxetas dos invólucros * *estão satisfatórias

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64

APLICÁVEL A EQUIPAMENTOS Ex-d, Ex-e, Ex-nVerificar Ex-d Ex-e Ex-n

Grau de InspeçãoDAV DAV DAV

A) EQUIPAMENTO15. Os dispositivos de desligamento em *invólucro vedado e dispositivoshermeticamente selados não estãosatisfatórios16. O invólucro com restrição gás-vapor *está satisfatório17. Os ventiladores de motores têm * * *afastamento suficiente em relação aoinvólucro da tampaB) INSTALAÇÃO1. O tipo de cabo é adequado * * *2. Não há dano visível nos cabos * * * * * * * * *3. A selagem de passagens, dutos, tubos * * * * * * * * *e/ou eletrodutos é satisfatória4. As unidades seladoras e a selagem de *cabos estão corretamente preenchidas5. A integridade do sistema de eletrodutos e a * * *interface com o sistema misto estão mantidas6. As conexões de aterramento, inclusiveligações à terra suplementares, estãosatisfatórias, isto é, as conexões estãoapertadas e os condutores possuemsuficiente seção reta- verificação física * * *- verificação visual * * * * * *7. Impedância de falta (sistema TN) ou * * *resistência de aterramento (IT) está satisfatória8. A resistência de isolamento é satisfatória * * *9. Os dispositivos de proteção elétrica * * *automáticos operam dentro dos limitespermitidos10. Os dispositivos de proteção elétrica * * *automáticos estão calibrados corretamente(não é permitido rearme automático em Zona 1)

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65

APLICÁVEL A EQUIPAMENTOS Ex-d, Ex-e, Ex-nVerificar Ex-d Ex-e Ex-n

Grau de InspeçãoDAV DAV DAV

B) INSTALAÇÃO11. Condições especiais de uso (se aplicáveis) * * *estão conformeC) AMBIENTE1. O equipamento está devidamente protegido * * * * * * * * *contra corrosão, intempérie, vibração e outros

fatores adversos2. Não há acúmulo indevido de poeira * * * * * * * * *ou sujeira3. O isolamento elétrico está limpo e seco * *

APLICÁVEL A EQUIPAMENTOS Ex-iVerificar Grau de

inspeçãoD A V

A) EQUIPAMENTO1. A documentação do circuito e/ou equipamento * * *mostra que o mesmo é adequado à classificaçãoda área2. O equipamento instalado é o especificado na * *documentação (instalação fixa apenas)3. A categoria e o grupo do circuito e/ou equipamento * *estão corretos4. A classe de temperatura do equipamento está * *correta5. A instalação está claramente marcada * *6. Não há modificações não autorizadas *7. Não há modificações não autorizadas visíveis * *8. Barreiras de segurança, relés e outros dispositivos * * *limitadores de energia são do tipo aprovado,instalados de acordo com os requisitos de certificação

e seguramente aterrados onde necessário9. As conexões elétricas estão apertadas *10. As placas de circuito impresso estão limpas *e sem danos

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66

APLICÁVEL A EQUIPAMENTOS Ex-iVerificar Grau de

inspeçãoD A V

B) INSTALAÇÃO1. Os cabos estão instalados de acordo com a *documentação2. As blindagens dos cabos estão aterradas *conforme a documentação3. Não há dano evidente nos cabos * * *4. A selagem de dutos, tubos, e/ou eletrodutos * * *estão satisfatórias5. As conexões ponto-a-ponto estão todas corretas * * *6. A continuidade do aterramento está satisfatória *(as conexões estão apertadas e os condutoespossuem suficiente seção reta)7. As conexões de aterramento mantém a integridade * *do tipo de proteção8. O circuito de segurança intrínseca está isolado da *terra, ou aterrado em apenas um ponto (referir-seà documentação)9. A separação entre circuitos de segurança intrínseca *e não de segurança intrínseca em caixas dedistribuição comuns ou cubículos de relés está mantida10. Se aplicável, a proteção de curto circuito da fonte *de alimentação está conforme a documentação11. Condições especiais de uso (se aplicável) estão *conformeC) AMBIENTE1. O equipamento está adequadamente protegido * * *contra intempérie, corrosão, vibração, etc.2. Não há acúmulo externo de poeira e sujeira * * *

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67

Historicamente a primeira tentativa de se tornar compul-sória a certificação de equipamento para atmosferas ex-plosivas ocorreu com a Portaria INMETRO, Nº 164/1991.Diversas portarias subseqüentes foram publicadas in-centivando um gradativo avanço na técnica e na culturade fabricantes e usuários, até a publicação da PortariaInmetro Nº 176, de 17 de julho de 2000.Há um consenso que esta portaria foi um “divisor deáguas” com relação à compulsoriedade da certificação(essa portaria foi substituída pela de Nº179/10).Portanto para instalações após o ano de 2000, deve-seexigir e arquivar os certificados de todos os equipamen-tos Ex. Para instalações anteriores , pode-se obter docu-mentos de fabricantes ou laudos de profissionais habili-tados que atestem que os equipamentos instalados nãoofereçam risco à área. Este laudo pode ser emitido apósuma inspeção dos equipamentos elétricos em questão.

Seja qual for o trabalho a ser feito numa unidadeindustrial identificada como “Ex”, essa tarefa tem queser feita por profissionais “qualif icados”, conformedeterminam as normas em vigor.A ABPEx/Project-Explo estão qualif icando (comdireito a posterior certificação) no CentroInternacional de Treinamento e Avaliação deProfissionais para Áreas Classificadas (CITAPAC) todosesses profissionais das áreas de Segurança, Projetos,Montagem, Manutenção e Reparos.Informações: www.project-explo.com.br

Todos osprogramas de treinamento são divulgados mês a mêsno Caderno de Esplosões, fique atento às novidades.

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68

Todos os assuntos relativos a Inspeção de siste-mas Ex são abordados no programa para Qua-lificação e Certificação de Inspetores Técnicosde sistemas elétricos, desenvolvidos pelaABPEx/Project-Explo junto com acertificadora ABENDI.

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69

11 O NOVO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

A certificação aplicada a equipamentos para áreas classificadas, éo atestado de que o produto em questão atende as normas eespecificações técnicas que regulamentam a matéria. No casodos equipamentos elétricos a Certificação de Conformidade, écompulsória porque este assunto tem impacto nas áreas desegurança, saúde e meio ambiente. A certificação é feita segundoprocedimentos definidos pelo Sistema Nacional de Certificaçãoatravés de Órgãos de Certificação Credenciados, supervisionadospelo INMETRO e conforme o modelo de certificação No 5 da ISO.Nesta data, os Órgãos de Certificação Credenciados OCC queatendem os requisitos estabelecidos pelo Sistema Nacional deCertificação são os seguintes:• BVC - Bureau Veritas Certification do Brasil;• CEPEL• CERTUSP• NCC Certificações• IEx - Instituto de Certificação• TÜV Rheinland Brasil• UL do BrasilDe acordo às exigências da Portaria 179/10 em vigor, todos osequipamentos e materiais elétricos fabricados ou comercializadosNo Brasil destinados à áreas classificadas devem ser “certificados”(vide cap. 3.5 deste Manual).No caso de produtos fabricados no exterior o próprio fabricanteestrangeiro, seu representante legal no Brasil, ou o importadordeve se submeter aos procedimentos e requisitos estabelecidospelas normas em vigor.Um novo modelo simplificado de avaliação para as “situações es-peciais” chamado Modelo Situações Especiais para Produtos Im-portados pode ser usado para:a) Equipamentos ou componentes elétricos que fazem parte demáquinas, equipamentos ou instalações “Skid-Mounted”.b) Lotes de até 20 unidades cobertas pelo mesmo certificado,importadas num prazo maior que 6 meses.

Unidades marítimas importadas sujeitas a critérios válidos pelasSociedades Classificadoras, estão dispensadas da certificação noâmbito do INMETRO.

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70

Além da necessidade de certificar equipamen-tos, proximamente será necessário certificar osprofissionais que lidam com assuntos Ex. Par-ticipe dos programas organizados pela ABPEx/Project-Explo em conjunto com ABENDI.

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71

12 CARACTERÍSTICAS FISICO/QUIMICAS DEGASES E VAPORES MAIS COMUNS NA INDÚSTRIA

SUBSTÂNCIAD

ENSI

DA

DE

VAPO

R (A

R=1)

PON

TO D

EFU

LGO

R (º

C) LIMITES DEINFLAMABILIDADE

(% VOLUME)

INFERIOR SUPERIOR

TEM

PER

ATU

RA

DE

IGN

IÇÃ

O (º

C)

CLA

SSE

DE

TEM

PER

ATU

RA

GR

UPO

AldeídoAcéticoAcetatode ButilaAcetatode EtilaAcetato

de MetilaAcetileno

Acetona

ÁcidoAcético

Acrilonitrila

ÁlcoolIsopropílico

Amônia

Anilina

Butano

Ciclohexano

Ciclopropano

Dicloroetano

Dissulfetode Carbono

1,52

4,01

3,04

2,56

0,90

2,00

2,07

1,83

2,10

0,59

3,22

2,05

2,90

1,45

3,42

2,64

-38

22

-4

-10

-

-19

40

-5

11

-

75

-60

-18

-

-10

<-20

4,00

1,40

2,10

3,10

1,50

2,15

5,40

3,00

2,00

15,00

1,20

1,50

1,20

2,40

1,00

5,60

57,00

8,00

11,50

16,00

98,00

13,00

16,00

17,00

12,00

28,00

8,30

8,50

7,80

10,40

16,00

60,00

140

370

460

475

305

535

485

480

400

630

617

365

259

495

440

100

T4

T2

T1

T1

T2

T1

T1

T1

T2

T1

T1

T2

T3

T1

T2

T5

IIA

IIA

IIA

IIA

IIC

IIA

IIA

IIB

IIA

IIA

IIA

IIA

IIA

IIB

IIA

IIC

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72

SUBSTÂNCIA

DEN

SID

AD

EVA

POR

(AR=

1)

PON

TO D

EFU

LGO

R (º

C) LIMITES DEINFLAMABILIDADE

(% VOLUME)

INFERIOR SUPERIOR

TEM

PER

ATU

RA

DE

IGN

IÇÃ

O (º

C)

CLA

SSE

DE

TEM

PER

ATU

RA

GR

UPO

Eteno

Fenol

Gasolina (56 a60 Octanas)Hidrogênio

Metanol

Nafta dePetróleo

Naftaleno

Óxido dePropileno

Querosene

Tolueno

Xileno

0,97

3,24

3,40

0,07

1,11

2,50

4,42

2,00

-

3,18

3,65

-

75

-48

-

11

<-17

77

-37

38

6

30

2,70

-

1,40

4,00

6,70

1,10

0,90

2,10

0,70

1,20

1,00

34,00

-

7,60

75,60

36,00

5,90

8,90

21,50

5,00

7,00

6,70

425

605

280

560

455

288

528

430

210

535

464

T2

T1

T3

T1

T1

T3

T1

T2

T3

T1

T1

IIB

IIA

IIA

IIC

IIA

IIA

IIA

-

IIA

IIA

IIA

IMPORTANTEAs informações aqui apresentadas foram extraídas deliteratura genérica, devendo ser confirmadas nas Fichas deSegurança de Produtos Químicos (FISPQ).

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13 SEGMENTOS INDUSTRIAIS SUJEITOS ARISCOS DE EXPLOSÕES

A Norma Regulamentadora 10 (NR-10) obriga a todas as empresasindustriais/comerciais a regularizar seus sistemas elétricos nas áreasentendidas como “classif icadas” e estas áreas normalmenteexistem em empresas dos mais diversos segmentos, lidando comriscos de explosão pela presença de gases e vapores inflamáveisou por poeiras/fibras combustíveis. As empresas onde estesriscos existem são em sua maioria as seguintes:

13.1 POR GASES E VAPORES INFLAMÁVEISNo segmento industrial encontramos: Indústrias Químicas, IndústriasPetroquímicas, Indústria do Petróleo (Plataformas, Refinarias,Terminais e Bases de Distribuição), Fabricantes de Gases Industri-ais, Distribuidores de Combustíveis, Usinas de Açúcar e Álcool,Fábricas de Tintas e Vernizes, Fábricas de Resinas, IndústriasFarmacêuticas, Indústrias de Fertilizantes, Fabricantes de DefensivosAgrícolas, Fabricantes de Borrachas, Fabricantes de Essências eFragrâncias, Fabricantes de Adesivos e Colas, etc.No segmento urbano encontramos: Postos de Gasolina, Distribuidorasde GLP, Comércio de Alimentos (utilizando GLP), Hospitais,Estações de Tratamento de Esgotos, Usinas de Reciclagem de LixoOrgânico, Galerias de Concessionárias para Distribuição deGás Natural, Telefonia e Energia Elétrica, CondomíniosResidenciais Verticais utilizando Grupos Geradores movidosa Óleo Diesel, etc.

13.2 POR POEIRAS E FIBRAS COMBUSTÍVEISNo segmento industrial encontramos: Produtores e Distribuido-res de Grãos, Armazéns e Silos de Grãos, Moinhos de Cereais,Indústrias de Alimentos, Indústrias Farmacêuticas, Indústrias deProcessamento de Carvão e Madeiras, Cervejarias, Indústrias deNegro de Fumo, Fábricas de Resinas Sólidas, Indústrias Têxteis,Indústrias de Celulose e Papel, etc.

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74

Além da necessidade de certificar equipamen-tos, proximamente será necessário certificar osprofissionais que lidam com assuntos Ex. Par-ticipe dos programas organizados pela ABPEx/Project-Explo em conjunto com ABENDI.

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14 AS EXIGÊNCIAS DA NR-10 PARAINDÚSTRIAS SUJEITAS A RISCOS DE EXPLOSÃO

A publicação da “nova” NR-10 do Ministério do Trabalho, feita em08/12/04 no Diário Oficial da União, alterou significativamente aredação anterior desta norma, que estava em vigor desde 1978.Boa parte dessas alterações atinge às unidades industriais quelidam com riscos de explosões pela presença de áreas classifica-das com gases e vapores inflamáveis ou por poeiras e fibras com-bustíveis, que são normalmente encontradas no segmento quí-mico, petroquímico, do petróleo, farmacêutico, alimentício, etc.Um breve resumo das novas exigências agora em vigor para estasempresas são as seguintes:

1.Obriga a “identificar” as áreas classificadas;2.Obriga a “tratar” das áreas classificadas com equipamentosadequados;3.Obriga a “regularizar” os sistemas eletro-eletrônicos existentesnessas áreas classificadas; e4.Obriga a “treinar” os profissionais que operam os sistemaseletroeletrônicos nas áreas classificadas.

14.1 EM RELAÇÃO COM A CLASSIFICAÇÃO DE ÁREASPela Norma Regulamentadora, somos obrigados a identificar osriscos de explosão existentes na unidade por meio de um trabalhode classificação de áreas, que deve ser feito de acordo com a normatécnica que regulamenta a matéria e que corresponde a IEC 60079-10.Este documento, uma vez desenvolvido, deverá formar parte doProntuário exigido, devendo ser assinado por profissionalhabilitado e qualificado, com os devidos recolhimentos da ART.

14.2 EM RELAÇÃO COM A UTILIZAÇÃO DEEQUIPAMENTOSDe acordo à NR-10, estamos sendo obrigados a tratar das áreasclassificadas detalhadas em 14.1 por meio de equipamentos eletro-eletrônicos Ex adequados aos riscos evidenciados pelos diversoszoneamentos. Estes equipamentos devem ser “certif icados”conforme determina a Portaria INMETRO no 176/00 e instaladosde acordo à norma pertinente, que corresponde a IEC 60079-14.

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Todos os “certificados de conformidade” correspondentes a cadaum dos equipamentos instalados nas diferentes áreas deverãoformar parte também do Prontuário exigido por esta NR.

14.3 EM RELAÇÃO COM A REGULARIZAÇÃO DOSSISTEMASSe considerarmos que boa parte do parque industrial brasileiroem operação foi instalado a partir da década de 70, quando asnormas que regulamentavam estes assuntos não exigiam a possedos “certificados de conformidade”, devemos entender que numprocesso de regularização para atender as atuais exigências da“nova” NR-10, os materiais e equipamentos existentes daquelaépoca poderão ser mantidos, desde que seja garantida a sua in-tegridade desde o ponto de vista de segurança, e isto pode serconseguido por uma inspeção feita por profissional qualificado ehabilitado e conforme a norma que regulamenta a matéria, quecorresponde à IEC 60079-17 (vide Cap. 10.0 deste manual).À luz destas considerações, um processo de regularização de umaunidade industrial existente, pode (e deve!) ser feito de acordo àsseguintes etapas:

1.Executar os trabalhos de classificação (ou de reclassificação)de áreas;2.Utilizar estes documentos de classificação de áreas para fazeruma inspeção de todos os componentes dos sistemas eletro-eletrônicos, levantando eventuais “não conformidades”, quedeverão ser relatadas;3.Providenciar a regularização das “não conformidades”; e4.Emitir um documento de “regularização de sistema elétricoem área classificada” (Laudo), devidamente assinado porprofissional habilitado e com os devidos recolhimentos de ART.

14.4 EM RELAÇÃO COM O TREINAMENTO DOS PROFISSIONAISAo considerar que as normas técnicas que regulamentam osassuntos Ex são obrigatórias, ou seja, são entendidas como leis,passando, portanto a área do direto, os profissionais que operamnesse tipo de ambiente podem, em caso de acidentes, seremresponsabilizados civil ou criminalmente.Nas indústrias de processo, embora a responsabilidade deverecair nos técnicos e no pessoal que gera os riscos, a segurança éum problema de todos, especialmente da direção da empresa.

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Assim, é necessário que todos os envolvidos nos trabalhos técnicostenham a formação, a qualificação e a experiência adequadas paraestar permanentemente prevenidos dos possíveis riscos, evitandoacidentes derivados da sua ação (ou omissão).Esta é em definitiva a atual postura da NR-10: todos os profissionaisque lidam com riscos de explosão devem ser permanentementetreinados, devendo ser “qualificados” por meio de programas detreinamento correspondentes ao nível de cada um. Formam partedos quadros que devem ser treinados, os seguintes profissionais:

• De Segurança, Saúde e Meio Ambiente.• Operadores de Processos• Pessoal técnico e administrativo ligado a processos• Eletricistas• Instrumentistas• Técnicos e operadores de Laboratórios• Pessoal de Suprimentos

Além destes quadros operacionais, é também necessário incluiros quadros supervisores e gerenciais que por força de suas fun-ções adentram nas áreas classificadas.

PROGRAMAS DE TREINAMENTO• Analista Técnico de Segurança contra Explosões (para téc-

nicos de segurança com experiência em áreas classificadas).• Projetista de Eletricidade Ex (para técnicos em projetos elé-

tricos).• Projetista de Instrumentação Ex (para técnicos em projetosde instrumentação).• Inspetor Técnico de Sistemas Elétricos (para técnicos emeletricidade).• Inspetor Técnico de Sistemas de Instrumentação (para téc-nicos em instrumentação).

Para engenheiros estão sendo implantados os seguintesprogramas:

• Supervisor de Eletricidade• Supervisor de Instrumentação

• Auditor ExContate-nos: www.project-explo.com.br

Todos osprogramas de treinamento são divulgados mês a mêsno Caderno de Esplosões, fique atento às novidades.

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78

Seja um profissional qualificado para poder par-ticipar dos processos de projetos, montagem, ma-nutenção e reparos em áreas classificadas. Par-ticipe dos programas organizados pela ABPEx/Project-Explo em conjunto com ABENDI.

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15 PROGRAMAS DE TREINAMENTO PARAPROFISSIONAIS EX

Como os profissionais que lidam com áreas classificadas, conhe-cidos como “profissionais Ex” em caso de acidentes podem serresponsabilizados civil ou criminalmente (vide Cap. 1.2 deste ma-nual), existe no Brasil pela NR-10 e no mundo a tendência a exigirque todos estes profissionais sejam “efetivamente treinados”.Independentemente das atuais exigências da NR-10 no sentidode “qualificar” todos estes profissionais, a Petrobrás desde 2002exige que os profissionais de eletricidade, instrumentação e co-municações que lidam com áreas classificadas, tanto das suas pró-prias equipes como também das prestadoras de serviço que em-barquem em plataformas, ou entrem nas suas unidades de refinosejam “qualificados em áreas classificadas”, de acordo a um pro-grama de treinamento da própria Petrobrás.Por ser a maior usuária de áreas classificadas no Brasil, as exigên-cias da Petrobrás em geral terminam definindo tendências e acurto prazo acreditamos “não será de apenas qualificar, mas decertificar os profissionais”. É por isto que a ABP-Ex, que desde2002 está qualificando profissionais para atender a NR-10, a par-tir de agora esta capacitando estes também de acordo a nor-mas internacionais para atender a exigências de posteriorcertificação, que será feita pela certificadora ABENDI. Por-tanto, hoje para atender as atuais exigências impostas pelaNR-10 e a próxima exigência de certificação, a ABPEx estatambém qualificando profissionais de segurança eletricidadee instrumentação, assim como outros profissionais que indi-retamente lidam com áreas classificadas, como é o caso dosoperadores de processo. Todos estes treinamentos estão sen-do ministrados no Centro Internacional de Treinamento eAvaliação de Profissionais para Areas Classificadas - CITAPAC.Os programas que estão sendo colocados a disposição são osseguintes:

15.1 CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EX CONFORMENR-10

• Eletricistas Ex• Instrumentistas Ex

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80

• Profissionais de Telecomunicações Ex• Operadores• Profissionais de Laboratórios• Profissionais de Segurança• Profissionais de Suprimentos, etc.

15.2 QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS EX• Eletricistas de campo Ex• Instrumentistas de campo Ex• Inspetores Eletro-Eletronicos Ex• Inspetores de Segurança do Trabalho para ambientes Ex

15.3 CERTIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS EXOs programas que numa primeira fase estão sendo colocadosa disposição dos interessados são os seguintes:

• Analista Técnico de Segurança contra Explosões (para téc-nicos de segurança com experiência em áreas classificadas).• Projetista de Eletricidade Ex (para técnicos em projetos elé-tricos).• Projetista de Instrumentação Ex (para técnicos em projetosde instrumentação).• Inspetor Técnico de Sistemas Elétricos (para inspetores téc-nicos em eletricidade).• Inspetor Técnico de Sistemas de Instrumentação (para ins-petores técnicos em instrumentação).

Para engenheiros estão sendo implantados os seguintes progra-mas:

• Supervisor de Eletricidade• Supervisor de Instrumentação

Além de todos estes programas, o treinamento proposto inclui amontagem periódica de workshops ligados a áreas classificadascomo, por exemplo: Sistemas intrinsecamente seguros,Projetos em Field Bus, Classificação de Áreas, etc. Os progra-mas que atendem especificamente as exigências da NR-10 quesão os de Capacitação (15.1) e Qualificação (15.2) poderão sermontados nas instalações do cliente (cursos in company). Paraisto a ABP-Ex atenderá todos os estados brasileiros de acordo aoseguinte calendário. As empresas localizadas nessas regiões deve-rão solicitar os programas com antecedência de 60 dias.

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81

16 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA APLICADA ASISTEMAS ELETROELETRÔNICOS EX

Todas aquelas unidades industriais que nos seus processosprodutivos armazenam, manipulam ou processam gases, vapores,poeiras ou fibras, terminam gerando riscos de explosões. Porforça da legislação brasileira existente, todas estas empresasestão obrigadas a regularizar os seus sites para prevenir estesriscos. Estes trabalhos de regularização devem envolver todos ossistemas, que incluem as áreas mecânica, elétrica, eletrônica,eletrostática, etc.

16.1 A COMPULSORIEDADE DA CERTIFICAÇÃOOBRIGA A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOSELÉTRICOS “CERTIFICADOS”Conforme mostrado nos capítulos 11; 3.5 e 3.6 deste Manual, aPortaria INMETRO N° 176 de Julho de 2000 obriga à utilização deequipamentos e materiais elétricos certificados quando estes fo-rem instalados em áreas classificadas, seja pela presença de ga-ses, vapores, poeiras ou fibras. Todos estes materiais e equipa-mentos devem ser adequados para o Grupo e para a Classe deTemperatura, obedecendo à marcação definida pela própria nor-ma de certificação.

16.2 A INTERPRETAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRODEFINE O PROFISSIONAL EX COMO POSSÍVEL“RESPONSÁVEL” EM CASO DE ACIDENTETodas as normas que regulamentam os assuntos Ex (de áreas classifi-cadas), são de uso obrigatório como resultado da compulsoriedadeda certificação definida pela Portaria N° 179/10, portanto, são en-tendidas como “leis”, ficando então sujeitas à área do direito (civil,criminal, ambiental e do trabalho), podendo levar aos profissio-nais que lidam com estes assuntos a responder processos emqualquer uma destas esferas, pela responsabilidade decorrente.

16.3 A INTERPRETAÇÃO DA NR-10 NAS AREASCLASSIFICADAS: O QUE É E O QUE DEVEMOS FAZERTodas as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalhosão de observância obrigatória pelas empresas privadas ou públi-

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cas que tenham empregados regida pela CLT. A NR-10 revisada,instituída pela Portaria do MTE N° 598 em 7.12.2004, que alteroua NR-10 aprovada pela Portaria N° 3214 de 1978, foi finalmentepublicada no Diário Oficial da União em 8.12.2004. Uma das grandesmudanças introduzidas nesta NR diz respeito aos sistemaselétricos instalados nessas áreas classificadas, já que pelo fato deestarem sujeitas à riscos de explosão, os sistemas elétricos eeletrônicos, que são possíveis fontes de ignição, terminarãoprovocando os mesmos efeitos devastadores de uma explosãoprovocada por ex. por vasos de pressão, que são assuntos tratadospor uma outra NR, conhecida como de N° 13. Isto visto com amesma ótica, está exigindo que: todos os ambientes de processosejam identificados quanto ao risco potencial de explosões; queos componentes dos sistemas eletroeletrônicos instalados nessesambientes sejam certificados; que esses sistemas eletro-eletrônicossejam rotineiramente inspecionados para verificação das suasintegridades e que finalmente, todos os profissionais envolvidoscom a segurança e operação dessas unidades sejam treinados,obedecendo a um programa de capacitação ou qualificação,conforme suas responsabilidades de trabalho de cada um.Ainda, a publicação da NR-33 que trata de espaços confinadosdestaca a necessidade de executar todos estes trabalhos nessetipo de local.

16.4 A INTERPRETAÇÃO DAS ENTIDADES AMBIENTALISTASTodas as entidades nacionais que cuidam do Meio Ambiente(CETESB em SP; FEEMA em RJ; CRA no nordeste, etc.), até o finalda década de 90 tinham como responsabilidades o solo, as águase o ar. Esta situação posteriormente mudou, acrescentando aestas responsabilidades “a segurança das unidades industriais”, jáque foi entendido que a falta dela colocava em risco o Meio Am-biente em torno dessas unidades. Isto é particularmente válidoquando a unidade industrial pertence aos segmentos químicos,petroquímicos, do petróleo, farmacêutico, de tintas e vernizes, deresinas, etc. pelos riscos de explosão e incêndios, vazamentos,derramamentos, etc. a que elas estão sujeitas. Assim entendido,todas as entidades que cuidam do Meio Ambiente começaram aexigir naquela época que essas empresas gerenciassem essesriscos, o que terminou definindo a necessidade de identificar osriscos potenciais de explosão por meio de trabalhos de classificação

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de áreas, de inspeção de todos os sistemas eletroeletrônicosexistentes e da verificação da possível presença de elementosgeradores de eletrostática.

16.5 AS EXIGÊNCIAS DA AGÊNCIA NACIONAL DOPETRÓLEO (ANP)Além de atender exigências do MTE , das entidades de meio am-biente, dos Seguros e do Corpo de Bombeiros, as empresas sujei-tas a riscos de explosões pela presença de líquidos inflamáveissão obrigadas a atender as exigências da ANP, que legisla sobreprodutos derivados do petróleo e sobre biocombustíveis, sendoque existem numerosos Regulamentos Técnicos. Entre os produ-tos que são objeto de regulamentação, os mais importantes são:gasolina, GLP, gás natural, óleo diesel, querosene de aviação,biodiesel e álcool.A legislação e a fiscalização que a ANP exerce sobre os usuários éfeito por meio dos seguintes instrumentos legais:

• Resoluções (desde 2004 até hoje);• Portarias (desde 1998 até hoje); e• Autorizações e Despachos

(Tudo isto, Legislação e Fiscalização está a disposição para con-sulta na página da ANP, no link ‘Legislação’).Em relação as exigências que dizem respeito a normalização, aANP adota em seus Regulamentos Técnicos as normas técnicasnacionais e internacionais como requisito para o cumprimentodo seu regulamento.

16.6 A INTERPRETAÇÃO DO SISTEMA SEGURADORAté fins da década de 90, não havia de fato rigor no tratamentodas áreas classificadas, porque na época as normas eram de usovoluntário, os materiais e equipamentos eletro-eletrônicos utili-zados obedeciam a um processo de certificação que é entendidocomo “não confiável”, e não existia um conhecimento aprofundadodos assuntos Ex nos profissionais de projetos e de montagens,etc. Como conseqüência disso tudo, o sistema segurador enten-dia que não havia um efetivo “gerenciamento dos riscos de ex-plosão” e terminava aplicando a taxa máxima, conhecida comotaxa petroquímica para a cobertura do seguro. Hoje, quando te-mos normas de uso obrigatório e de reconhecimento internacio-nal, quando temos equipamentos certificados conforme um mo-

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delo reconhecido também internacionalmente, existindo ainda umconhecimento profundo dos assuntos Ex por parte dos profissio-nais que lidam com esses assuntos, o sistema segurador mudousua postura, aplicando taxas de cobertura condizentes com omercado segurador e ressegurador internacional. Tudo isto coin-cidiu com a desregulamentação do sistema segurador, que afas-tou a IRB como entidade máxima desse sistema.

O QUE FAZER PARA CONTRATAR O SEGURODE EXPLOSÃO/INCÊNDIO

e como

Estamos avompanhando o drama de muitasempresas dos segmentos químico, petroquímico,petróleo, tintas, usinas de açúcar e álcool, etc. quenão estão conseguindo contratar ou renovar osseus seguros de explosão/incêndio. A razãoalegada pelas seguradoras para rejeitar essesriscos (das empresas que lidam com inflamáveis) é...“o alto risco que estas representam, já que nãoexiste nestas um efetivo gerenciamento deles”.Por isso, a nossa empresa, representando a ABPEx,criou um programa que, se implantado, dácondições para essa postura ser mudada. Oprograma proposto , atende o interesse dasseguradoras e resseguradoras internacionaispresentes no pais, se dispondo portanto a aceitaresses riscos se esse programa for devidamenteimplantado.

Informações: www.project-explo.com.br

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17 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA COMPARADACOM A LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL

Considerando que as normas que regulamentam os assuntos Exestão baseadas em normas internacionais; que os processos decertificação também se encaixam nessa normalização e que a le-gislação de segurança do trabalho definida pela NR-10 tende nessadireção, podemos afirmar que os assuntos Ex no Brasil se equiva-lem em boa medida ao que está sendo feito em países do primei-ro mundo. Estava faltando neste quadro apenas a exigênciade certificação para os profissionais que lidam com estes im-portantes assuntos que hoje está resolvido pela próxima eta-pa que está sendo levada à frente pela ABNT, ABENDI e ABPEx.

Os programas de Qualificação e Certificaçãooferecidos pela ABPEx/Project-Explo em con-junto com ABENDI atendem o interesse dosseguintes profissionais:• Técnicos/Engenheiros de Segurança;• Projetistas Elétricos e de Instrumentação;• Montadores Elétricos e de Instrumentação;• Técnicos de Manutenção Elétrica e de

Instrumentação;• Inspetores Técnicos de Elétrica e de

Instrumentação; e• Supervisores de Elétrica e de Instrumentação

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18 DE QUE FORMA A NR-10 ATINGE ASINDÚSTRIAS COM RISCOS DE EXPLOSÃO?

Esta matéria foi publicada no Caderno de Explosões, edição deJunho/Julho de 2005 e está senda publicada neste Manualporque se converteu num guia prático para todas as empresassujeitas à riscos de explosões interessadas em atender àsexigências da NR-10.

Nelson M. LopezDiretor da Project-Explo

A NR-10, publicada em Dez. 2004 detalha no parágrafo inicial 10.1- OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO os propósitos que estanorma pretende alcançar. Como dito, embora resumidamente, aNorma def ine neste ponto o que ela pretende, que é ”aimplementação de medidas de controle e de sistemas preven-tivos, para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores,que direta ou indiretamente, interajam em instalações elétri-cas e em serviços com eletricidade”.Explicita a continuação “onde esta NR se aplica”, o que aparecedefinido no ponto 10.1.2 que “incluI todas as fases, desde ageração, a transmissão, a distribuição e o consumo, incluindoas etapas de projeto, construção, montagem, operação emanutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhosrealizados nas suas proximidades, devendo observar-se asnormas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentese, na ausência ou omissão técnicas destas, as normas interna-cionais cabíveis”.Logo a seguir detalha ponto a ponto todas as medidas quedevem ser tomadas para conseguir os objetivos definidos em 10.1,começando com as Medidas de Controle (10.2); a Segurança emProjetos (10.3); a Segurança na Construção, na Montagem, naOperação e na Manutenção (10.4) etc; terminando no ponto 10.14que corresponde a Disposições Finais, onde pontualiza que “onão cumprimento desta norma, levará a autoridade competentea adotar as providências estabelecidas na NR-3 (10.14.3) quecorrespondem a Embargo ou Interdição da obra”.Á luz destas disposições da NR-10 e no que tange ao nosso interesse,que corresponde a “sistemas elétricos em áreas classificadas”,detalhamos a seguir as conseqüências da aplicação dos

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diferentes itens da norma às empresas sujeitas a riscos deexplosão pela presença de gases, vapores, poeiras ou fibras.A análise detalhada de cada um dos capítulos da norma leva-nosao seguinte detalhe:

10.2 MEDIDAS DE CONTROLE10.2.1 Fala-se de medidas preventivas do risco de explosões Seránecessário ter que definir esses riscos por meio de um trabalhode classificação de áreas que permitirá “definí-los e tratá-los”.10.2.4 Fala-se do Prontuário de Instalações elétricas, que deveráincluir:

a) O conjunto de procedimentos e instruções técnicas e admi-nistrativas de segurança e saúde implantadas Será necessáriodetalhar as áreas classificadas, assim como também as medidasde controle existentes para a segurança dessas áreas.

c) A especificação do ferramental aplicável As ferramentas einstrumentos deverão ser adequados ao risco de explosões.

d) A documentação comprobatória da qualificação, habilitação,capacitação e autorização dos trabalhadores Será necessáriofornecer um treinamento específico em áreas classificadas comos devidos documentos.

f) As certificações dos equipamentos e materiais elétricos Seránecessário possuir cópia destes documentos.

g) Relatório Técnico das inspeções Será necessário possuir acópia destes documentos. (Neste caso, o trabalho se refere à“verificação da integridade dos equipamentos elétricos Ex”,que com o tempo ou pelas manutenções podem ter-seperdidos).10.2.6 Fala do Prontuário de Instalações Elétricas (que inclui odesenho das áreas classificadas) Deve permanecer a disposiçãode todos os envolvidos.10.2.7 Fala dos documentos do Prontuário Que devem serelaborados por profissional legalmente habilitado, previamentequalificado e com registro no competente Conselho de Classe.

No capítulo correspondente a Medidas de Proteção Coletiva(10.2.8) verificamos que:10.2.8.1 devem ser previstas e adotadas prioritariamente medidasde proteção de forma a garantir a segurança e a saúde dos traba-lhadores Obriga a emissão do documento conhecido como

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Permissão de Trabalho em áreas classificadas, sendo necessárioainda, verificar a ausência de risco de explosividade para aexecução de tarefas.10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executadoconforme regulamentação Particularmente onde este é básicopara a proteção dos sistemas elétricos, como na presença deBarreiras Zener.Nas Medidas de Proteção Individual (10.2.9) e obrigatório que:10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas àsatividades Recomenda-se a utilização de roupas anti-estáticas.

No capítulo de Segurança em Projetos (10.3) as incidências sãoas seguintes: 10.3.8 O projeto elétrico deve atender a:

1. O que dispõem as NR;2. As regulamentações técnicas estabelecidas e3. Ser assinado por profissional legalmente habilitado Para

ambientes Ex, as regulamentações técnicas oficiais são asnormas editadas pelas diversas Comissões Técnicas do CT-31do COBEI/ABNT e que dizem relação com Classificação deÁreas e com todos os tipos de proteção aceitos (Ex-d; e; i ;p; etc)10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimoos seguintes itens de segurança:

d) Recomendações de restrições e advertências quanto ao acessode pessoas aos componentes das instalações Isto também incluias áreas classificadas.

No capítulo que corresponde a Segurança na construção, mon-tagem, operação e manutenção 10.4, os desdobramentos paralocais sujeitos a riscos de explosão são:10.4.1 - As instalações elétricas devem ser projetadas, construídas,operadas reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas deforma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhos e dos usuá-rios Obriga a definir na etapa de projeto a existência de áreasclassificadas, sua localização, extensão e grau para poder es-pecificar os materiais e equipamentos elétricos em funçãodesses graus de risco (Zona 0, 1 ou 2).10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas, devem ser adotadasmedidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionaisRefere-se às áreas classificadas e às responsabilidades que osdepartamentos e serviços da segurança industrial têm em

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relação a isto.10.4.4 As instalações elétricas devem ser mantidas em condiçõesseguras de funcionamento, devendo ser inspecionadas e controladasperiodicamente Determina a necessidade da verificação daintegridade dos equipamentos e instalações Ex periodicamente,de acordo à norma de inspeção.10.4.6 Os ensaios e testes... comissionamento...,somente podemser realizados por trabalhadores treinados Determina a necessidadede se utilizar profissionais Ex na existência de áreas classificadas.

No capítulo que corresponde a Treinamento dos Trabalhadores10.8 (Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização).As definições dadas pelos itens 10.8.1; 10.8.2 e 10.8.3 sãocomplementadas pelo item 10.8.8.4 que diz que... “os trabalhosem áreas classificadas devem ser precedidos de treinamentoespecífico, de acordo com o risco envolvido Define a necessidadede participar de programas de treinamento nos diferentesníveis, de acordo com a responsabilidade de cada um deles(capacitado, qualificado ou habilitado)

No capítulo 10.9 são abordados especificamente os assuntos quetratam da Proteção contra Incêndio e Explosão, sendo que asimplicâncias decorrentes são as seguintes:10.9.1 Obriga a tratar das áreas classificadas com equipamentoselétricos Ex.10.9.2 Obriga a utilizar “equipamentos certificados” conformePortaria INMETRO 176/0010.9.3 Determina a necessidade de utilizar equipamentosantiestáticos e de prover os sistemas elétricos com componentesque impeçam o acúmulo destas cargas eletrostáticas.10.9.5 Obriga a obtenção da “Autorização ou Permissão”formalizada para trabalhar nas áreas classificadas.

O capítulo 10.10 Sinalização de Segurança, as implicâncias são:10.10.1 Nas instalações...(em áreas classificadas) deve ser adotadasinalização adequada, destinada a advertência e a identificaçãoPara facilitar os trabalhos de inspeção de sistemas Ex.

No capítulo 10.11, correspondente a Procedimentos de Trabalho,as prescrições dadas pelos itens 10.11.2; 10.11.3 e 10.11.4 definem

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que ante a presença de áreas classificadas Será necessária aadoção de medidas específicas para garantir a segurança e asaúde dos trabalhadores (ordens de serviço específicas,procedimentos de trabalho e treinamento).10.11.7 Antes de iniciar os trabalhos...Se os locais de trabalhoincluem áreas classificadas, “realizar uma avaliação prévia,estudar e planejar as atividades e ações para atender osprincípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança.O capítulo 10.13, de Responsabilidades, se destaca que:10.13.1 As responsabilidades são solidárias a contratantes econtratados envolvidos Responsabilidades civis e criminais poração ou omissão.10.13.2 É de responsabilidades dos contratantes manter ostrabalhadores informados sobre os riscos a que estão expostosinstruindo-os... Obriga mais uma vez ao treinamento dosprofissionais envolvidos com os trabalhos em ambientes Ex.

No capítulo 10.14, que corresponde a Disposições Finaisencontramos o seguinte:10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas tarefasexercendo o direito de recusa quando constatarem a evidênciade riscos graves e iminentes Por exemplo, pela utilização deequipamentos inadequados em ambientes Ex.10.14.1 As empresas devem promover ações de controle de riscooriginadas por outrem em suas instalações... Por exemplo, pelapresença de unidades sujeitas a riscos de explosão ouderramamentos/vazamentos de produto inflamável na suavizinhança.10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas o MTEadotará as providências estabelecidas na NR-3 Embargo ouinterdição.10.14.4 A documentação prevista nesta NR, deve estar perma-nentemente a disposição dos trabalhadores... Em áreas classifi-cadas, os desenhos de classificação de áreas, certificados deconformidade, etc.10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar permanen-temente a disposição das autoridades competentes...Em áreasclassificadas, os desenhos de classificação de áreas, certificadosde conformidade, etc.

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Porque se Qualificar/Certificar como profis-sional Ex?Além de hoje ser um diferencial de competênciae qualidade profissional, nos próximos anosserá obrigatório participar nesse processo. As-sim, seja um dos primeiros a participar disto.

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19 CENTRO INTERNACIONAL DE TREINAMENTOE AVALIAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA ÁREASCLASSIFICADAS - CITAPAC

Para atender as necessidades de treinamento do mercado,atendido até hoje pela ABP-Ex (Associação Brasileira para Prevençãode Explosões) em conjunto com a Project- Explo, acaba de sercriado em São Paulo / SP um Centro Internacional de Treinamentoe Avaliação de Profissionais para Áreas Classificadas (CITAPAC) paraqualificação e certificação de profissionais atuantes em atmosferasexplosivas.A Project-Explo assumiu a responsabilidade de criar este Centro eterminou de implantá-lo em 2008, em São Paulo, na sua sedeprópria, para atuar especificamente em áreas classificadas. O Cen-tro foi criado para atender as necessidades de qualificar e certifi-car profissionais com formação em eletricidade, instrumenta-ção,segurança, operações, etc em assuntos Ex, conforme determina anova legislação nacional e internacional em vigor.Até hoje, entidades de treinamento deste tipo existiam somentena Europa, especialmente na Inglaterra, que ao longo dos últimosanos se converteu em líder absoluto nesta questão. O novo Cen-tro está sendo montado exatamente nos mesmo moldesdessas entidades européias, pretendendo fornecer um treinamentointegral que inclua os aspectos teóricos e práticos necessários paraqualificar esses profissionais. A nova entidade tem o propósito detreinar profissionais para operar tanto em ambientes off shorecomo on shore, não apenas para o Brasil mas para toda a comuni-dade americana, constituída pelo mercado Norte Americano,México, Venezuela, Argentina, Bolívia e Chile, pretendendo a cur-to prazo ser o novo líder para o continente.Este Centro que está localizado no Bairro da Saúde em São Pauloconta com todos os recursos necessários para o desenvolvimentodos trabalhos, incluindo práticas de montagem, práticas deinspeção assim como também de manutenção de sistemas Ex.O Centro conta com as seguintes facilidades: auditório termo-acústico, equipado com todos os recursos áudio/visuais deprimeira geração para o desenvolvimento da parte teórica. Para aaplicação dos testes finais existem baias para práticas de montagem,de inspeção e de manutenção correspondentes aos tipos de

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proteção mais comuns como são os “a prova de explosão”, “segurançaaumentada”, “segurança intrínseca”, “pressurização”, etc. Ainda,conta com transporte até alojamentos e hotéis conveniados daregião para atender os treinandos que chegam de fora de SãoPaulo. Os recursos áudio/visuais incluem uma exposição permanentede equipamentos elétricos, de instrumentação, de comunicações,etc normalmente encontrados em campo, que foram fornecidospelos fabricantes, todos associados da ABP-Ex, assim comotambém filmes e slides, não existindo apenas apostilas, mas con-forme o interesse do treinando, a adoção de livros guia em portu-guês e espanhol.Todos os programas são destinados a atender as exigências danormalização internacional para qualificação e certificação, daPetrobrás e das suas subsidiarias e as atuais exigências da NR-10que agora obrigam ao treinamento específico dos trabalhadoresdas empresas sujeitas a riscos de explosões, como são as indústriasquímicas, petroquímicas, do petróleo, farmacêuticas, alimentos, etc.sendo todos os programas apresentados por uma equipe deespecialistas que possuem o mesmo perfil exigido pelas entida-des de treinamento européias.O programa para a Certificação está dividido em duas partes:

1. A Qualificação do profissional, envolvendo as partes teóricae prática do programa, feito nas instalações do CITAPAC e2. A “avaliação” do profissional, envolvendo os exames dequalificação teórica e prática.

Assim, o interessado poderá participar opcionalmente do programacompleto (treinamento e avaliação) ou apenas do processo deavaliação (exames teórico e prático). A certificação será concedi-da pelo Organismo de Certificação ABENDI (entidade de reco-nhecido prestígio) para ambientes Ex, sendo que estes traba-lhos já estão a disposição das empresas.Maiores informações poderão ser solicitadas diretamente aABPEx pelo telefone: 11-5071-1324 ou pelo e-mail:[email protected]

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20 OS PROGRAMAS DE TREINAMENTOOFERECIDOS PELO CITAPAC

Como as empresas estão sujeitas as diversas legislações/fiscaliza-ções, a ABPEx junto com as próprias empresas usuárias definiuprogramas “diferenciados”, que estão detalhados a seguir:

A) Capacitação de profissionais Ex conforme NR-10 teórico(eletricistas, instrumentistas, pessoal de telecomunicações,segurança, suprimentos, operadores, etc.)

B) Qualificação de profissionais Ex conforme NR-10 teórico eprático (eletricistas de campo, instrumentistas de campo,inspetores eletroeletrônicos, técnicos e inspetores de segurança)

Embora o processo de certificação que a ABPEx junto com ABENDIestão oferecendo, na atualidade é voluntário, tudo aponta parauma futura “exigência de curto prazo”. Baseados portanto nestatendência, a ABPEx está disponibilizando todos os programas de-talhados nas páginas 79 e 80 em módulos, que podem serfeitos no CITAPAC em diferentes épocas, ou ainda “incompany”.

O Caderno de Explosões é o veiculo que estarápermanentemente atualizando suas informaçõesrelativas a legislação e normalização. Peça-o!

Todos osprogramas de treinamento são divulgados mês a mêsno Caderno de Esplosões, fique atento às novidades.

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21 DICAS E MACETES

21.1 EM RELAÇÃO À CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

• As áreas classificadas não são conseqüência de “leis divinas”...elas são apenas conseqüência da presença dos produtos inflamáveisque processamos (que podem ser substituídos), da forma comoas operações são desenvolvidas (que podem ser alteradas), dasações que tomamos (que também podem ser modificadas) e daventilação existente (que depende de nós). Com a aplicaçãodestes conceitos fica claro que uma área classificada pode serdiminuída na extensão e no grau de risco, ou mesmo eliminada.Assim, podemos concluir que temos condições de “reclassificarou desclassificar” uma área entendida hoje como perigosa.

• A atual exigência da NR-10, que diz relação com a posse dosdesenhos de classificação de áreas que devem permanecer noProntuário, determina que estes documentos “sejam atualizados(devendo ser revisados toda vez que houver alterações no layout,nos processos ou na ventilação dos locais), devendo ser assinadospor profissional habilitado e qualificado, com os devidos recolhi-mentos da ART do CREA”, o que faz deste um documento oficial.

• Os desenhos de classificação de áreas são imprescindíveis paraos trabalhos de inspeção/regularização da unidade. Se bemfeitos (de acordo às normas NBR/IEC) serão a mais poderosaferramenta de economia no processo de regularização.

• Um produto inflamável, se armazenado/processado/manipuladona pressão atmosférica a uma temperatura abaixo do seu pontode fulgor, não liberará vapores para formar uma mistura explosiva,portanto, esta situação não classificará as áreas em volta.

• Uma boa ventilação pode restringir ou mesmo eliminar umaárea classificada.

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21.2 EM RELAÇÃO À CERTIFICAÇÃO DEEQUIPAMENTOS Ex

• A Portaria INMETRO N° 176/00 (posteriormente substituída pelade Nº 179/10) instituiu a compulsoriedade da certificação de equi-pamentos Ex e hoje a NR-10 exige que todos os materiais e equi-pamentos instalados em áreas classificadas sejam certificados con-forme esta Portaria, devendo os Certificados de Conformidadeformar parte do Prontuário junto dos desenhos de classificaçãode áreas e do Laudo.Como boa parte do parque industrial brasileiro foi construído numaépoca anterior às datas destas exigências, será necessário que umprofissional habilitado e qualificado inspecione e verifique a inte-gridade dos componentes instalados para garantir a efetiva se-gurança dos sistemas elétricos/eletrônicos existentes, chamandoa responsabilidade para si mesmo.

• O atual processo de certificação dá ao usuário a garantia daqualidade dos equipamentos instalados em áreas classificadas,assim cabe ao usuário (e somente ao usuário) a responsabilidadeda operação em segurança da unidade onde os equipamentos Exsão instalados, portanto, todos os materiais e equipamentosespecificados para áreas classificadas deverão atender as exigênciasda atual Portaria Nº 179/10.

• A utilização de equipamentos Ex importados é possível de serfeita, desde que seja feita a homologação destes por entidadecertificadora nacional.

• A integridade dos equipamentos Ex deve ser mantida ao longoda vida útil do equipamento, e isto é responsabilidade dodepartamento de manutenção, que deve conhecer todos os tiposde proteção e os princípios em cima dos quais cada um destestipos operam. É por isto que a NR-10 obriga ao treinamentodos profissionais que lidam com sistemas elétricos Ex, que devemparticipar de programas de Capacitação e Qualif icação parapoder manter a integridade desses equipamentos.

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O Caderno de Explosões, que é o veículo bimestralutilizado pela ABPEx para atualizar permanentementeas informações contidas neste Manual de Bolso, já seencontra na sua 34ª edição. Os assuntos abordadossão dos mais variados e analisa mês a mês as mudançasque ocorrem na legislação e na normalização, mos-trando também novos materiais, novos equipamentose novas soluções utilizadas em áreas classificadas. Como Caderno, o usuário deste Manual de Bolso estarápermanentemente atualizado. Veja-o a seguir.

ESTAS FORAM AS ÚLTIMAS 8 EDIÇÕESDO CADERNO DE EXPLOSÕES

22 A RELAÇÃO ESTREITA ENTRE O MANUAL DEBOLSO E O CADERNO DE EXPLOSÕES

Edição nº 28Julho/Agosto 2009

Edição nº 29Setembro/Outubro 2009

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Edição nº 30Novembro/Dezembro 2009

Edição nº 31Janeiro/Fevereio 2010

Edição nº 32Março/Abril 2010

Edição nº 33Maio/Junho 2010

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A partir de Outubro/11 todos os assuntos Ex onde sãoanalizados no Caderno de Explosões passam a serdetalhados na revista Potencia, da Editora Grau 10,que é de circulação naciona, sendo distribuidagratuitamente para todos os usuários deste ManualMBIEAEX.Para fazer o download deste Manual MBIEAEX assimcomo também receber de graça a revista Potencia queanalizará em detalhes todos os assuntos do Caderno,é necessário apenas preencher a Ficha Cadastral naseção de download do site do Manual. Na partesuperior da Ficha são seus dados, logo a seguir, sãoos dados da sua empresa e no fim o local onde deveser entregue a revista Potencia sem custo.

O Manual de Bolso de Instalações Elétricasem Atmosferas Explosivas é uma

publicação de responsabilidade da ABPEx.

Presidente da ABPExNelson M. Lopez

DiagramaçãoAndréa Vieira

ABPEx - Associação Brasileira para Prevenção de ExplosõesAv. Afonso Mariano Fagundes, 253 - sl.2

CEP 04054-000 São Paulo SPFone/Fax: (11) 5071.1324

www.abpex.com.brE-mail: [email protected]

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Nós, da ABPEx formamos parte da turmaque acredita que "tudo é possível de ser me-lhorado", portanto, é nosso propósito estarpermanentemente melhorando este Manual deBolso. Também acreditamos que os profissio-nais Ex, cada um deles, poderia ter sugestõespara melhorias...e como estamos abertos a crí-ticas construtivas, solicitamos a cada um devocês, leitores e usuários desta modesta cartilha,que nos ajudem a aperfeiçoá-la.Contamos coma compreensão de todos ante possíveis erros,que com certeza passaram, assim como tambémcom a colaboração de nossos incondicionaisamigos...Boa leitura e bom trabalho para todos!

Nelson M. LopezPresidente ABPEx

São Paulo, setembro de 2010

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Este canal de comunicação da ABPEx conhecido como“Informativo Caderno de Explosões”, que já existehá mais de 06 anos, passa a ter um contato direto ediário com os profissionais que lidam com riscos deexplosões, disponibilizando-o em forma digital paratodos eles e iniciando com isto uma nova fase daexistência desta associação.O Informativo, que era em papel e é bimestral,agoradigital e mensal, complementa todas as informaçõesdeste Manual de Bolso, que tem uma edição anual,informando em cada número todas as novidadesdesse período relativas a legislação, normas, solu-ções, casos, equipamentos, cursos seminários e con-gressos, etc, acabando de vez com os tabus e o mis-ticismo das áreas classif icadas.

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Temos certeza que gostou desta versão digital, doManual de Bolso que poderá ser usada quando estãotrabalhando na frente do computador.Para ajudár-lo em suas tarefas em campo, se quiser,também pode ter a versão em papel tamanho de bolso(10 x 15 cm). Para comprar-lo, solicite-o em nosso email([email protected]), e precisa pagar apenasR$ 5,00 completando o formulario no site do Manual naseção de download, assim receberá seu Manual porcorreio.Divulgue nosso site também para seus colegas quetrabalham em areas classif icadas.

Prezado Colega Ex:

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