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Discurso de Ódio e Guerra Cultural: A Intelligentzia Tupiniquim Prof. Dr. Rodrigo Guimarães Apresento aqui uma breve análise de conjuntura da Guerra Cultural em curso no Brasil, tendo por base o artigo publicado pelo El País em sua versão eletrônica em português: O discurso de ódio que está envenenando o Brasil de Xosé Hermida (19/11/2017), diretor desse órgão de imprensa espanhol. De imediato, este artigo soma- se a impressionante avalanche de representações negativas que estão sendo coladas pela grande mídia no nascente movimento conservador, refiro-me aqui, principalmente, aos ataques ao filósofo Olavo de Carvalho, ao deputado Jair Bolsonaro ou, por exemplo, à coordenadora do Livres na Bahia que foi chamada de lixo pela TVE local. O irônico é que os incipientes grupos de direita, tal como a mídia os apresenta às massas, estão sempre sendo associados com as elites políticas e com o grande capital, mesmo que eles, na realidade, necessitem de canais alternativos, como as redes sociais ou o WhatsApp, para divulgarem suas ideias. O próprio autor do texto, que é editor de um braço de mídia internacional, reconhece que os grupos mais à direita contam basicamente com as redes sociais para se expressarem: “mensagens assim (de direita) martelam diariamente as redes sociais.” Contradições a parte, um dos petardos mais constantes contra os grupos não esquerdistas no Brasil é aquele que os intitula de discursos de ódio de forma genérica e abstrata. A própria pecha transparece um ódio a tudo que não expresse os símbolos criados pela intelectualidade acadêmica marxista, multiculturalista ou pelos jornalistas da grande mídia ou pelos adeptos do estilo de vida da beautiful people da rede global. Por exemplo, na UFBA, durante ato contra a exibição do filme Jardim das Aflições se viu um cartaz escrito Morte aos Cristãos. O grupo seleto descrito acima, no qual muitos estudantes universitários sonham pertencer, iremos chamar de intelligentzia tupiniquim, já que necessita cada vez mais da direção intelectual estrangeira ao mesmo tempo que possui um desejo incontido de controlar os corações e as mentes do povo brasileiro, um prazer mórbido de influenciar a massa com seu comportamento e ideais “progressistas”. Este grupo tem a tendência de se deprimir ou de se ofender teatralmente quando percebe que alguém está operando os contrapontos ao seu sonho de domínio cultural absoluto. Este jornal, El País, não se dirige a grande massa brasileira, nem ao empresariado, mas é órgão voltado para esta intelligentzia tupiniquim. A sua reportagem tenta unificar

Discurso de Ódio e Guerra Cultural: A Intelligentzia Tupiniquim

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Discurso de Ódio e Guerra Cultural: A Intelligentzia Tupiniquim

Prof. Dr. Rodrigo Guimarães

Apresento aqui uma breve análise de conjuntura da Guerra Cultural em curso no

Brasil, tendo por base o artigo publicado pelo El País em sua versão eletrônica em

português: O discurso de ódio que está envenenando o Brasil de Xosé Hermida

(19/11/2017), diretor desse órgão de imprensa espanhol. De imediato, este artigo soma-

se a impressionante avalanche de representações negativas que estão sendo coladas pela

grande mídia no nascente movimento conservador, refiro-me aqui, principalmente, aos

ataques ao filósofo Olavo de Carvalho, ao deputado Jair Bolsonaro ou, por exemplo, à

coordenadora do Livres na Bahia que foi chamada de lixo pela TVE local. O irônico é que

os incipientes grupos de direita, tal como a mídia os apresenta às massas, estão sempre

sendo associados com as elites políticas e com o grande capital, mesmo que eles, na

realidade, necessitem de canais alternativos, como as redes sociais ou o WhatsApp, para

divulgarem suas ideias. O próprio autor do texto, que é editor de um braço de mídia

internacional, reconhece que os grupos mais à direita contam basicamente com as redes

sociais para se expressarem: “mensagens assim (de direita) martelam diariamente as redes

sociais.”

Contradições a parte, um dos petardos mais constantes contra os grupos não

esquerdistas no Brasil é aquele que os intitula de discursos de ódio de forma genérica e

abstrata. A própria pecha transparece um ódio a tudo que não expresse os símbolos

criados pela intelectualidade acadêmica marxista, multiculturalista ou pelos jornalistas da

grande mídia ou pelos adeptos do estilo de vida da beautiful people da rede global. Por

exemplo, na UFBA, durante ato contra a exibição do filme Jardim das Aflições se viu um

cartaz escrito Morte aos Cristãos. O grupo seleto descrito acima, no qual muitos

estudantes universitários sonham pertencer, iremos chamar de intelligentzia tupiniquim,

já que necessita cada vez mais da direção intelectual estrangeira ao mesmo tempo que

possui um desejo incontido de controlar os corações e as mentes do povo brasileiro, um

prazer mórbido de influenciar a massa com seu comportamento e ideais “progressistas”.

Este grupo tem a tendência de se deprimir ou de se ofender teatralmente quando percebe

que alguém está operando os contrapontos ao seu sonho de domínio cultural absoluto.

Este jornal, El País, não se dirige a grande massa brasileira, nem ao empresariado,

mas é órgão voltado para esta intelligentzia tupiniquim. A sua reportagem tenta unificar

as percepções deste grupo sobre o contexto da Guerra Cultural ora em curso. O sentimento

de grupo da intelligentzia tupiniquim é algo que precisa ser mantido, alimentado a todo

custo, já que seu esfacelamento ou a simples perda de seu prestígio social pode acarretar

sérios riscos às agendas globalistas operantes no Brasil. Assim, o autor vai se dirigir

diretamente aos seus pares, artistas, professores, feministas e jornalistas, retransmitindo

os três símbolos principais para o enquadramento cognitivo dos conservadores no

contexto brasileiro: “discurso de ódio (fascistas)”; “caça às bruxas (inquisidores)”;

“radicalismo (violentos)”. São estes os símbolos que a intelligentzia tupiniquim vai operar

contra os conservadores na Guerra Cultural. O ponto fraco desta operação está na

fragilidade intelectual da análise de conjuntura presente neste grupo, a qual o artigo do El

País é um exemplo.

O artigo do jornal inicia com algumas sínteses, aliás muito mal elaboradas, que

apresentam o pensamento de direita no Brasil para melhor o menosprezar. O autor cria

estas sínteses, talvez, de suas impressões confusas para enquadrá-las como absurdamente

irreais. Numa delas, ele diz que os conservadores pensam que: “O ex-presidente Fernando

Henrique Cardoso e o bilionário norte-americano George Soros patrocinam o

comunismo.” Bem, o ex-presidente tem dinheiro para ter um boa vida, mas não para

patrocinar movimento algum, ele é um agente, um funcionário dos órgãos globalistas em

nosso país. George Soros, este sim, tem dinheiro para sustentar uma plêiade de ONG’s e

de serviços de informação ao redor do mundo, como o faz, mas o autor se faz de

desentendido justamente para o grupo que recebe financiamento de agências

internacionais. Se o dinheiro de Soros não vai para a construção do comunismo em seu

estilo soviético, ele o faz para fomentar a concentração de poder político e de capital

através do enlouquecimento da massa, promovendo as agendas dos fóruns internacionais

que a intelligentzia tupiniquim tanto aprecia. Por sinal, este grupo, num sintoma de

extrema alienação ou de esconde-esconde, parece que sofre de uma estranha fobia para

não enxergar quem são seus verdadeiros patrões. Por acaso, há alguém que acredite que

Soros não atue politicamente no mundo e no Brasil com todo o dinheiro que destina

apenas para a Open Society Foundations?

Mas o autor não se limita a sintetizar do seu jeito o pensamento conservador no

Brasil, ele também sintetiza suas ações de campo. Ele começa tipificando em uma delas

o crime de tentativa de agressão: “exaltados (...) tentaram agredir em São Paulo a filósofa

feminista Judith Butler, ao grito de ‘queimem a bruxa’”. A “filósofa” foi alvo de uma

campanha de repúdio às suas ideias, bem como à sua presença em nosso país, mas o pior

que tal “filósofa” passou foi um escracho no aeroporto por uma senhora já em idade

avançada, não houve nenhuma tentativa real ou mesmo planejada de agredi-la

fisicamente. Bem, o jornalista esquece que quem está sofrendo verdadeira censura, com

ações violentas dentro de Universidades públicas, é o filme Jardim das Aflições.

Outra ação conservadora relatada foi a denúncia da exposição QueerMuseu em

Porto Alegre, a qual era financiada pelo banco Santander. Será que não pareceu estranho

ao autor que um grande banco internacional financiasse uma exposição que levava

crianças para verem várias cenas de sexo, inclusive com animais, e não as ações de campo

dos grupos de direita? Diz ele que: “Depois de uma vida dedicada a organizar exposições

artísticas, Gaudêncio Fidelis, de 53 anos, se viu estigmatizado quase como um

delinquente. Seu crime foi organizar em Porto Alegre a exposição QueerMuseu, na qual

artistas conhecidos apresentaram obras que convidavam à reflexão sobre o sexo.”

Primeiro, crianças eram convidadas para verem esta exposição, e este foi o ponto central

da crítica conservadora. Segundo, em relação a delinquência, houve sim um crime,

tipificado no Código Penal Brasileiro: vilipêndio público de ato ou objeto de culto

religioso. Para contextualizar, havia em tal exposição uma obra com várias hóstias, nas

quais palavras obscenas estavam grafadas.

Além disso, o curador da exposição considera, ao falar para o El País, que o fato

de ter que prestar um depoimento a uma CPI do Senado que investiga abuso infantil seja

uma ação de “terrorismo de Estado”. Entretanto, ele não conseguiu na última instância

judiciária um habeas corpus para não comparecer na CPI e afirmou que: “A decisão do

ministro consolida mais um ato autoritário de um estado de exceção que estamos vivendo

e deve ser vista como um sinal de extrema gravidade”. Ao compactuar com esta visão dos

fatos, o jornalista não questiona a mentalidade do curador: Por que um órgão político

representativo do país o agrediria ao convocá-lo a prestar depoimento? Será que os

curadores estão isentos de responderem pelas exposições que realizam para o público

infantil? Será que ao captar dinheiro público com a alegação de que serviria para a

educação de crianças, ele não teria que dar explicação aos órgãos públicos sobre os

conteúdos sexuais e de vilipêndio à culto ali exposto? Conforme a mentalidade do

curador, o campo da arte gozaria de uma completa soberania, sendo que poderia praticar

o crime que quisesse (Por que não um assassinato?) desde que fosse em seu nome.

Outro episódio narrado pelo autor foi a da performance do MaM, a qual descreve:

“(..) grupos ultraconservadores voltaram a organizar um escândalo nas redes,

difundindo as imagens de uma menina, que estava entre o público com sua mãe e que

tocou no pé do artista.” Entre o grupo de ultraconservadores deveria estar, certamente, a

Dona Regina, que no programa da global, Fátima Bernardes, questionou que não achou

certo incentivar uma criança a tocar num homem nu, para desespero do beautiful people

ali presente. Aqui, o autor se esqueceu de expor uma ação dos conservadores, que

capitalizaram a fala da Dona Regina nas redes sociais. Talvez, não quisesse explicar os

motivos que fazem a Rede Globo apoiar a intelligentzia tupiniquim e não os direitistas.

Como exceção, o jornalista não disse mais do que a verdade: Os conservadores se

limitaram a expor para a sociedade o que aconteceu realmente, uma criança tocando um

homem nu, apenas colocando uma ressalva: Foi só o pé. O pé deve ser na cabeça do autor

uma parte separada do corpo humano que qualquer criança poderia tocar, mesmo sendo

o pé de um homem pelado que poderia sofrer de um fetiche sexual qualquer. Embora nas

imagens tenha sido a perna. Se a performance não pode ser tipificada como crime de

pedofilia pelo Código Penal Brasileiro, ela pode sim ser criticada como um ato que quer

relativizar os contatos corporais entre adultos e crianças, dessensibilizando a massa, daí

a performance ser enquadrada pelos conservadores como uma ação, entre outras, para

amenizar as representações contrárias à pedofilia. É cómico ver a intelligentzia

tupiniquim se ofender com estas críticas, justo ela que crê que não exista representação

verdadeira e que tudo é construção cultural, decidida pelo poder de persuasão da massa.

Outra campanha de grupos de direita nas redes sociais, sintetizada na matéria, foi

aquela contra o cantor Caetano Veloso. O jornalista informa que: “Assim aconteceu

com Caetano Veloso, de quem se desenterrou um velho episódio para recordar que havia

começado um relacionamento com a que depois foi sua esposa, Paula Lavigne, quando

ela ainda era menor de idade. ‘#CaetanoPedofilo’ se tornou trending topic.” Não foi

inocentemente que Caetano Veloso se tornou alvo desse desagravo público. Caetano é

como se fosse um porta voz oficial da intelligentzia tupiniquim há tempos e estava a todo

o momento na Rede Globo (sempre a Globo!) discursando favoravelmente às exposições,

ou seja, dizendo que não havia nelas nada de anormal, que tudo era muito bonito, etc. Daí

alguém se lembrou que tal personagem teve uma relação sexual com uma garota de 13

anos quando tinha 40, na época tal ato poderia ter presumida sua violência por juízes do

STF. Mas aqui o autor não se recordou de criticar algum “estado de exceção” que proteja

a intelligentsia tupiniquim dos rigores da lei.

Depois de criar sínteses toscas das ideias conservadoras e criticar suas ações nas

redes sociais, o jornalista passa a apresentar o perfil daqueles que estão aderindo ao

conservadorismo no Brasil. Nesse ponto, é nítido o mal-estar da intelligentzia tupiniquim,

pois são os jovens, estes mesmos que passaram ou passam por uma formação educacional

hegemonicamente de esquerda. Assim informa: “Mas o verdadeiramente novo é o

aparecimento de um ‘conservadorismo laico’, como o define Pablo Ortellado, filósofo e

professor de Gestão de Políticas Públicas da USP. Porque os principais instigadores da

campanha contra o QueerMuseu não tinham nada a ver com a religião. O protagonismo,

como em muitos outros casos, foi assumido por aquele grupo na faixa dos 20 anos (...).”

Apesar de estar certo na afirmação de que são jovens que sustentam os grupos de direita

no Brasil, sua análise de conjuntura falha gravemente quando observa o MBL, já que ele

não consegue caracterizar o grupo e o cita como o principal proponente das ações

conservadoras. O jornalista não percebe que o MBL se capitaliza com todas as ações que

grupos de direita realizam, direcionando para o palco da política tradicional todos os

tensionamentos criados por estes grupos. Como exemplo, o jornalista atribui ao MBL às

críticas que o jornalista da Globo (sempre a Globo!) Guga Chacra recebeu nas redes

sociais por chamar os poloneses de nazistas, pois querem preservar sua diversidade

enquanto nação, contrariando as agendas globalistas.

Entretanto, o filósofo consultado no artigo, mesmo apresentando várias sínteses

confusas que demandariam muito tempo para serem desfeitas, tem alguma noção do que

está acontecendo quando afirma que: “A mobilização pelo impeachment foi transversal à

sociedade brasileira, só a esquerda ficou à margem. Mas agora, surfando nessa onda,

criou-se um novo movimento conservador com um discurso antiestablishment (...).” Aqui

encontramos um alerta para a intelligentzia tupiniquim: Sua influência nas escolas,

universidades, grande mídia, cinema, editoras, etc. não foi capaz de conter um movimento

conservador no Brasil, cujo essência é “antiestablishment”, ou seja, todos esses

movimentos são potencialmente contrários à intelligentzia tupiniquin, por isso seu pavor.

O mais irônico é que no fim do seu artigo, o jornalista afirma que quem está

passando uma imagem enganosa da realidade para as massas é o movimento conservador

através das redes sociais e não a intelligentzia tupiniquim através de todos os seus

aparatos. Aqui, claramente, o jornalista quer amenizar o mal-estar de seu grupo, tal como

Gaudêncio Fidelis expressa: “Muita gente está assustada e impressionada”. Assim,

usando dados do Datafolha, o jornalista afirma que os brasileiros não são mais

conservadores do que eram no passado, pelo contrário, os que “apoiam os direitos dos

gays cresceram nos últimos quatro anos de 67% para 74%.” Dizer para a massa que os

conservadores são homofóbicos pode ter lá seu efeito. Agora, para seus pares?

Convenhamos que é tratá-los como ignorantes. Qualquer observador é capaz de dissociar

que as críticas que os conservadores fazem aos Movimentos LGBT nada tem a ver com

homofobia, que nenhum conservador quer exterminar com a existência de gays na

sociedade, ou cercear suas liberdades de terem fantasias sexuais com os adultos que

quizerem. Esse dado só mostra aquilo que os conservadores sempre analisaram na

sociedade brasileira: uma sociedade tolerante, tal como deve ser neste caso, e que não

comete os massivos atentados contra a vida dos homossexuais, tal como os Movimentos

LGBT dizem acontecer. Este dado só reforça o ponto de vista conservador.

Do mesmo modo, quando o jornalista afirma que a segurança vem ganhando

terreno entre as prioridades da população, isso também é um alerta para o impacto que o

ponto de vista conservador está já causando no Brasil, mesmo com parcos meios de ação.

Pois os conservadores têm na ordem social sua principal reivindicação. A reivindicação

por ordem social é tudo aquilo que pode conter de mais apavorante para a intelligentzia

tupiniquim, pois há tantos anos, pelo menos meio século, semeia a atração da desordem

de seus hábitos para a massa. Neste ponto, é sempre bom lembrar o Imbecil Coletivo de

Olavo de Carvalho que dizia em 1996 que o envenenamento da população brasileira não

é de agora e não foi obra de grupos de direita em redes sociais: “Quem tem um pouco de

memória há de lembrar que neste país a moda das drogas, na década de 60, não começou

nas classes baixas, mas nas universidades, nos grupos de teatro, nos círculos de

psicólogos, rodeada do prestígio de um vício elegante e iluminador. Foi graças a esse

embelezamento artificial empreendido pela intelligentzia que o consumo de drogas

deixou de ser um hábito restrito a pequenos círculos de delinquentes para se alastrar como

metástases de um câncer por toda a sociedade (...).”

Bem, o final do artigo tem algo de patético, porque afirma como se fosse uma

verdade universal inquestionável que os pobres brasileiros estão ao lado de Lula e não de

Bolsonaro. Bem, este seria um alívio gigantesco: Estamos perdendo alguns jovens, mas

temos a massa de desvalidos junto conosco, pensa a intelligentzia tupiniquim. Se há

setores da sociedade com Lula, isto se dá porque esperam as benesses do Estado. Essa

mentalidade precisa ser combatida na Guerra Cultural em curso: Quase toda a

intelligentzia tupiniquim depende do Estado ou do dinheiro das agências internacionais e

este grupo também quer que os mais pobres também sintam essa dependência, criando

artificialmente uma fonte de identificação com a massa, que deve animar os pares do

jornalista. Para finalizar, é sempre bom lembrar as palavras de Olavo de Carvalho no

Imbecil Coletivo: “Reivindicar do governo, mesmo aquilo que é teoricamente justo,

resulta sempre, na prática, em rebaixamento moral: um homem que entre por esse

caminho acaba por não enxergar outra forma de ação senão a reclamação. Por trás da

vociferação raivosa, não haverá dentro dele senão a passividade atônita de um bebê que

chora e que nada pode fazer por si mesmo. Um governo que se mete em tudo obriga as

pessoas a tudo reivindicarem dele (...)”. Portanto, se a intelligentzia tupiniquim quer levar

consigo as massas para o precipício da dependência do Estado, buraco sem o qual não

sobrevive, cabe aos grupos de direita evitar a todo custo este mal. Contra o “discurso de

ódio”, cabe aos grupos de direita reivindicarem um espaço de retratação ao jornal, para

afirmar em alto e bom som nos ouvidos da intelligentzia tupiniquim a resposta de Olavo

de Carvalho a este enquadramento: “Fascista é cu da sua mãe”.