TRABALHO DE INSTRUÇÃO DE BOMBEIROS 1º MODULO - APH LIÇÃO 08 TRAUMA DE EXTREMIDADES

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TRABALHO DE INSTRUÇÃO DE

BOMBEIROS

1º MODULO - APH

LIÇÃO 08

TRAUMA DE EXTREMIDADES

Proporcionar aos participantes conhecimentos e habilidades que os capacitem a:

1.Conceituar fratura, luxação e entorse, citar as causas e

enumerar 4 sinais ou sintomas;2.Reconhecer as condições que ameaçam a vida por conta de traumas de extremidades;3.Citar duas razões para a imobilização provisória;4.Reconhecer os imobilizadores e suas formas de utilização de acordo com o tipo de lesão.

OBJETIVOS

Causas gerais de traumatismos Músculo- esqueléticos

Fraturas de membros superiores

Causas gerais de traumatismos Músculo- esqueléticos

Trauma direto: ocorre no local do impacto, ou não;

Forças de torção: O segmento ósseo ou articulação é exposto a uma força contrária;

Espasmos musculares: contração violenta do músculo;

Estresse: esforço repetitivo;

Condições patológicas: Processos destrutivos localizados. Ex: câncer, osteoporose, tumores, etc.

Anatomia e Fisiologia

206 ossos;

300 Articulações;

Músculos esqueléticos anterior e posterior

CONCEITOS BÁSICOS

Fraturas:

Perda total ou parcial da continuidade óssea; podem ser:

fechada aberta

Tipos de fraturas

Tipos de fraturas

FRATURA EXPOSTA

Sinais e sintomas de fraturas:

Edema; Hematoma; Hemorragia; Deformidade;

exposição óssea;Sensibilidade a dor;

limitação de movimento; redução da temperatura; e

palidez ou cianose das extremidades.

TRATAMENTOA imobilização é o tratamento mais indicado no APH.

Imobilizar abrangendo uma articulação acima e outra abaixo do local de fratura;

TIPOS DE IMOBILIZADORESTalas rígidas;

Talas moldáveis; Prancha longa; Prancha curta; e

Colete Imobilizador Dorsal.

Acessórios: Fita crepe; Atadura ; Bandagem, etc...

Fraturas de membros inferiores

Fratura de fêmur ou quadril

Tratamento

Imobilizar abrangendo uma articulação acima e outra abaixo do local de fratura;

Materiais adequados:

01 tala rígida - tamanho grande;

02 talas rígidas - tamanho média;

01 cobertor tamanho solteiro;

06 bandagens triangulares.

Estabilizar o membro relativo ao local da fratura apoiando firmemente com a mão segurando o

tornozelo e outra logo abaixo do joelho

Com auxílio de uma tala, passar inicialmente as bandagens sob os membros inferiores e cintura da

vítima.

LUXAÇÃO

É o desalinhamento das extremidades ósseas de uma articulação fazendo com que as superfícies articulares percam o contato entre si.

O desencaixe de uma articulação (luxação) pode ser causado por pressão intensa ou por violenta contração muscular.

Sinais e sintomas mais comuns:

Dor intensa, deformidade e impossibilidade de movimento.

O socorrista deverá proceder como se fosse um caso de fratura, imobilizando a região lesada, sem o uso de tração.

Exemplo de luxações

LUXAÇÃO DE ARTICULAÇÃO COXO-FEMURAL

FÊMUR, JOELHO, TÍBIA E FÍBULA e PÉS

Fazer imobilização de forma a sustentar o membro na posição encontrada, utilizar tala rígida ou moldável, prancha longa e cobertores.

Imobilizar de forma a impedir movimentação do quadril e do joelho.

Imobilizar o joelho envolvendo o fêmur, a tíbia e a fíbula.

Imobilizar envolvendo a articulação do joelho e tornozelo.

LUXAÇÃO DE ARTICULAÇÃO COXO-FEMURAL

LUXAÇÃO DE ARTICULAÇÃO COXO-FEMURAL

ENTORSE

É a torção ou distensão brusca de uma articulação além de seu grau normal de amplitude.

A entorse manifesta-se por uma dor de grande intensidade, acompanhada de inchaço e equimose.

Tratamento no APH: imobilização, compressa fria reduz o inchaço o hematoma e a dor.

Sinais e sintomas: similares às luxações.

Os ligamentos geralmente sofrem ruptura ou estiramento.

Comum

Raramente representa risco de morte imediato;

Risco de morte quando associada com hemorragias graves.

REGRAS GERAIS PARA A IMOBILIZAÇÃO

REGRAS GERAIS PARA IMOBILIZAÇÃODR A B C D E

Imobilizar fraturas antes de movimentar o acidentado; exceto quando?,

Nunca alinhar o osso fraturado e nem reintroduzir osso exposto.

Expor o local do ferimento e remover adornos, cobrir ferimentos com gaze estéril seca, fixando com atadura de crepe ou bandagem triangular.

Avaliar o pulso distal, perfusão capilar, cor, temperatura, sensibilidade, mobilidade e motricidade da extremidade afetada.

Tipos de Articulação

Pivô atlas e áxis

Plana vertebral e radioulnar

Em sela carpo e sacroilíaco

Dobradiça cotovelo e joelho

Bola e encaixe ombro e acetábulo

Procedimentos operacionais de imobilização de lesões músculo - esqueléticas

Clavícula, escápula e ombro.

Imobilizar o membro proporcionando sustentação para o braço.

Utilizar bandagem triangular:

Manter o membro na posição encontrada.

Procedimentos operacionais de imobilização de lesões músculo – esqueléticas

Úmero: envolver a articulação do ombro e do cotovelo, se a fratura for proximal, utilizar 2 bandagens triangulares;

Se a fratura for no 1/3 médio ou distal, utilizar tala rígida ou moldável na face anterior do braço, protegendo a extremidade da tala;

Rádio e ulna: envolver a articulação do cotovelo e do punho e utilizar a tala rígida ou moldável; e

Mãos e dedos: Imobilizar a mão com os dedos na posição anatômica, deixando-os apoiados sobre um rolo de atadura ou gaze.

PÉLVE

Imobilizar na prancha longa, com auxílio da tala rígida e bandagem triangular.

Imobilizar envolvendo a articulação do joelho e impedindo a flexão do quadril.

Colocar um cobertor enrolado entre os membros inferiores.

Poderá ser utilizado o colete imobilizador dorsal na posição invertida

Mecanismos de Lesão

Cinemática do trauma

Trauma direto x trauma indireto

História do trauma

Exemplos: queda em pé, fratura L5 - S1

Lesões Ósseas

Traumas de extremidades envolvem quatro situações:

Hemorragia;

Instabilidade;

Lesões de tecidos moles; e

Perda de tecidos (amputação).

Avaliação Secundária

Inspeção

Cor da pele Tumores DesviosSangramentos

Exposição Óssea

Palpação

Dor Pulsos

Edema Crepitação

Amputações

Quadro clínico evidente

Total ou parcial

grande (parcial)

Sangramento

pequeno (total)

Localizar extremidade amputada

Acondicioná-la em uma embalagem com soro fisiológico

Acondicionar a embalagem em recipiente com soro fisiológico a 4º C

Procedimentos Gerais

1º Tratar condições de risco de vida

2º Tratar condições de risco de perda do membro

3º Tratar as demais condições de trauma de extremidades

Procedimentos Gerais (continuação

Estancar sangramentoProteger a área lesadaImobilizar a região traumatizada incluindo uma articulação acima e uma abaixo

perfusãoReavaliar pulso

temperatura

Aplicar talas

ATENÇÃO

Nunca tentar realinhar um membro fraturado;

Na evidência de alteração de perfusão e ausência de pulso distal à fratura, informar à Central de Operações onde o médico regulador determinará se o SBV aguarda ou não o SAV; ou se vai ao seu encontro ou direto ao hospital de destino.

Estar atento para a possibilidade de choque nas vítimas com fratura de pelve e/ou fêmur pela grande quantidade de sangue no foco da fratura.