Úlcera diabética (thamires e stéfani)

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Projeto de Extensão

Cuidar-te Stéfani Moreira e Thamires Oliveira

O diabetes mellitus é uma epidemia em

curso. Estimava-se haver cerca de 173

milhões de adultos com DM no mundo, e

há a projeção de chegar em 300 milhões

em 2030.

O número de indivíduos diabéticos vem

aumentando devido ao aumento do

envelhecimento populacional,

urbanização, obesidade e sedentarismo.

Hoje é considerada internacionalmente

como um problema de saúde pública.

Diabetes Mellitus é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, a qual é o resultado de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambos.

DM 1: auto-imune e idiopático. Corresponde a cerca de 10% dos casos.

DM 2: tipos específicos com defeitos na ação e secreção de insulina, diabetes gestacional. Forma presente em 90 a 95% dos casos.

Pré-diabetes: estado intermediário entre a homeostase e o DM.

O DM é a principal causa da cegueira adquirida: os

portadores de DM apresentam 25 vezes mais

possibilidades de perder a visão do que os não diabéticos. A doença é ainda responsável pela

segunda causa de insuficiência renal terminal.

(KOZAK; ROWBOTHAM; GIBBONS, 1996; GAMBA, 1998).

Entre as complicações crônicas, uma das mais graves

constitui as lesões nos pés, conhecidas, na

nomenclatura médica, como pé diabético. As úlceras

de pé diabético ocorrem mais comumente devido à

neuropatia periférica e à doença vascular periférica.

As úlceras diabéticas são desencadeadas

por uma tríade patológica bastante clássica

que envolve a neuropatia, a doença

vascular periférica e as infecções.

Cada uma delas pode estar isoladas ou

combinadas umas com as outras, alterando

a complexidade do quadro clínico.

O risco para o surgimento dessas

complicações aumenta com a severidade e

a duração da hiperglicemia no decorrer da

doença.

Tais complicações manifestam-se por

alterações patológicas nos tecidos e a

patogênese das mesmas deveria ser

considerada dentro do processo que

ocorre em vários estágios, de maneira

progressiva.

Muitas das alterações funcionais são

reversíveis e passíveis de detecção, antes

do aparecimento lesões irreversíveis.

Existem também outras condições e fatores além da hiperglicemia que

podem influir na progressão dos

processos patológicos, fatores

agravantes como o álcool, o tabagismo

e os excessos e deficiências alimentares

tem papel primordial na irreversibilidade

destas complicações.

a neuropatia diabética é o agente

causal, ou seja, é ela que inicia o

processo fisiopatológico, causando

desde ulcerações até amputações,

podendo ser classificada como

neuropatia sensitiva (perda da

sensibilidade), motora (ocasiona

deformidades nos pés) e autonômica

(leva ao ressecamento dos membros

inferiores).

As úlceras diabéticas são causadas pela neuropatia periférica e por doença vascular periférica inerente a evolução natural da hiperglicemia ocasionada pelo diabetes. a neuropatia periférica afeta os nervos sensoriais, alem de causar perda da sensibilidade e comprometer a biomecânica do pé. a doença vascular periférica afeta as arteríolas menores e gera trombose na artéria que fornece sangue para irrigação do dedo afetado, o que pode originar gangrena e consequente amputação.

a incidência da neuropatia esta

relacionada ao tempo (expresso em anos) de duração do diabetes: para 20

anos da doença estima-se a incidência

de 35% de neuropatia periférica; para 30

anos, 45% de incidência; para 40 anos,

75%. Tal proporção explica a presença

de ulceras diabéticas nos pés dos clientes

com doença avançada.

A neuropatia autônoma compromete o

sistema nervoso autônomo e provoca

disfunções em quase todos os órgãos do

corpo provocando manifestações

clínicas que incluem mais comumente

hipotensão postural, taquicardias sinusais,

infarto agudo do miocárdio com dor

atípica ou indolor, entre outros.

Destas manifestações, a anidrose de

membros inferiores, decorrente da

inativação das glândulas sudoríparas é importante fator de risco para o

desenvolvimento de úlceras, pois

favorece o ressecamento da pele,

tornando-a fina e passível de lesões.

A doença vascular periférica deve-se ao

desenvolvimento da aterosclerose

macrovascular, muito frequente no

diabético, tendo em vista diversos

problemas metabólicos, especialmente

quando estão inadequadamente

controlados.

Além de estar diretamente ligada aos

processos ulcerativos é quatro vezes mais

comum em diabéticos e ocorre de maneira precoce em ambos os sexos.

Sua severidade está também ligada ao

inadequado controle glicêmico, duração da doença, idade, tabagismo,

hipertensão, hiperlipidemia e obesidade.

Um dos maiores desafios na prevenção

de úlceras diabéticas é a incapacidade

de manutenção da integridade cutânea

que os pacientes apresentam devido á

neuropatia, doença vascular periférica e

imunocomprometimento.

A avaliação criteriosa do grau desta

incapacidade para a adequação de medidas de prevenção são os objetivos

da assistência de enfermagem a estes

pacientes.

A prevenção deve ser feita com: - História do paciente

- Exame físico

- Avaliação Psicosocial - Autocuidado - Avaliação da incapacidade de manutenção da integridade - Característica da úlcera e da pele ao seu redor - Característica do exsudato - Aparência da úlcera - Teste de sensibilidade: - térmica - tátil - dolorosa

Intervenções preventivas:

- trabalho do educador sobre: - controle metabólico

- controle do diabetes

- higiene adequada (lavagem, secagem

e hidratação)

- alimentação adequada

- controle do diabetes

- controle da rotina das atividades e

precauções com o posicionamento corporal

e quanto ao decúbito.

O tratamento deve ser realizado com

uma assistência especializada, curativos,

higiene e medicamentos apropriados

para cada especificidade.

O cuidado e as atividades do paciente

interferem de maneira significativa no

tratamento e na sua possível reabilitação.

Artigo: Prevenção de úlceras no membros inferiores em pacientes com diabetes mellitus. Autora: Sonia Aurora Alves Grossi Site: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v32n4/v32n4a11.pdf, visitado em 8 e 9 de setembro de 2013.

Manual de condutas para tratamento de úlceras em hanseníase e diabetes. Ministério da saúde; 2ª edição revisada e ampliada; Brasília – DF, 2008. Site: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ulcera.pdf, visitado em 8 de setembro de 2013.

Site: http://www.biosanas.com.br/subpages/tese/Revisao%20Teorica.pdf, visitado em 10 de setembro de 2013.

Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009. Disponível em: http://www.diabetes.org.br/attachments/diretrizes09_final.pdf. Acesso em 13/09/2013.