Apresentação para décimo segundo ano, aula 3

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folhas

evitar ausência de margens

folhas de matemática

fragmentos

A4

nem apenas repetir o que está no texto

nem ser apenas especulativo

ir articulando generalizações com o próprio poema

demonstrar

mostrar

ou seja

isto é

tem a consciência de que

no poema do gato

em «Gato que brincas na rua»

básico

simples

«sorte»

assim,

logo,

portanto,

personagens [do poema]

Fernando Pessoa

o autor

o sujeito poético

o poeta

espontaneidade

fealdade

espontâneamente

espontaneamente

vivênciar

vivenciar

e, por isso,

e, ao mesmo tempo,

e, tal como a ceifeira,

e, no texto tal,

O tema é o mesmo em ambos os poemas — a dor de pensar provocada pela intelectualização do sentir. O poeta gostaria de ser como a ceifeira, ter a sua alegre inconsciência, mas, ao mesmo tempo, saber-se possuidor dessa inconsciência. Do mesmo modo, gostaria de ser como o gato que apenas sente («sentes só o que sentes») e, por isso, é feliz («és feliz porque és assim»), enquanto o poeta pensa («vejo-me e estou sem mim, / conheço-me e não sou eu»).

O tema é o mesmo em ambos os poemas — a dor de pensar provocada pela intelectualização do sentir. O poeta gostaria de ser como a ceifeira, ter a sua alegre inconsciência, mas, ao mesmo tempo, saber-se possuidor dessa inconsciência.

Do mesmo modo, gostaria de ser como o gato que apenas sente («sentes só o que sentes») e, por isso, é feliz («és feliz porque és assim»), enquanto o poeta pensa («vejo-me e estou sem mim, / conheço-me e não sou eu»).

Ao releres o excerto da «Ode triunfal» (p. 183), que na última aula viste apenas na diagonal, repara agora nas características deste heterónimo apontadas na parte «orientação de leitura» (p. 183, em baixo; também na p. 194 se elencam os aspectos mais típicos da poesia de Álvaro de Campos).

• real-exterior & emocional-interior;

• presença obsessiva da civilização moderna;

• uso extensivo de um dado campo lexical;

• expressão de uma emoção excessiva (o desejo de acolher todas as sensações);

• estilo dinâmico, torrencial;

• fuga para a recordação e/ou sonho;

• confusão emocional, desencontro dos outros;

• poetização do prosaico, do comum e quotidiano.

em termos estilísticos

• verso livre e longo

• repetições («Por todos / Por todos»)

• onomatopeias («r-r-r-r-r-r-r»)

• interjeições («Ah»)

• aliterações («rugindo, rangendo»; «A dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas»)

• frases exclamativas

• apóstrofes («Ó rodas»; «ó

engrenagens»)

• comparações e metáforas inesperadas («como um automóvel último-modelo»).

A partir dessa releitura (eventualmente, também, depois de uma vista de olhos à «Ode marítima», na p. 185), cria uma «Ode [escolher]» — de apologia a um assunto, objecto, e ao estilo deste heterónimo de Pessoa.

Ode a ________ / Ode _________ {adjectivo}

TPC

Lê as pp. 148-149 (incluem um excerto da carta de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro acerca da génese dos heterónimos).