Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 15

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«um gato de lisboa»

refere-se a Alfama

o autorFernando PessoaVasco Graça / Vasco Graça Moura

Entre «Gato que brincas na rua» e «um gato de lisboa», observam-se logo semelhanças de ordem formal. Ambos se socorrem de quadras, de redondilha maior e rima cruzada. No mesmo primeiro olhar, se vê porém que o poema de Graça Moura tem mais duas estrofes e título. Vale a pena atentar neste título. Através do artigo indefinido e do topónimo fixa-se a figura do gato como integrante de um cenário, muito mais detalhado do que o da abstrata rua do seu ascendente. No caso desse gato inspi-

rador — linhagem reconhecida em «nunca leste o pessoa» —, não temos mais elementos contextuais do que a rua, porque o que interessa é o sujeito poético, de quem o animal é apenas contraponto; o outro é uma figura da cidade, do bairro, que aliás parece substituir o «eu» como foco principal. Dir-se-á que, sendo o gato, tal como o do poema de Pessoa, o destinatário gramatical, são mais importantes «velhotas», «gaivotas», «pregão», «lotas», enfim, «lisboa».

Na última quadra o poeta conclui o poema.

Não tautologia

O maneta foi à manicura para tratar das suas dez belas unhas de gel.

Não contradição.

 

Sob o sol da meia-noite, o cego lia um jornal sem letras.

Não contradição 

O poema é constituído por quadras. A esse tipo de estrofes chamamos quartetos.

Não tautologia 

Os três mosqueteiros eram quatro. 

• D’Artagnan• Athos• Porthos• Aramis

Não choveu, porque houve seca.

Não tautologia 

[A meio de um comentário a um texto, opiniões próprias sobre o mesmo assunto ou paralelos com a vida corrente.]

Relevância 

Exmo. senhor Diretor de Finanças. | O requerente vem informar que está chateado com a situação criada pelo art.º 3, do decreto 45678, de 31 de março. Ainda falou com a sua querida Belinha ontem sobre o mesmo assunto.

Coerência pragmático-funcional 

Ganhámos, mas é preciso é levantar a cabeça e continuar a trabalhar.

Não contradição

a) Na frase «O Irondino, o Sancho e o Gualter foram a Braga», usa-se a vírgula para...

3. separar elementos com a mesma função sintática. 

b) Na frase «A Matilde nunca, nunca chega a horas», usa-se a vírgula para...

8. separar os elementos repetidos. 

c) Na frase «Camões, príncipe dos zarolhos, viveu no século XVI», usa-se a vírgula para...

2. isolar o modificador apositivo. 

d) Na frase «O Gustavo anda a ler Fernando Pessoa e eu, um romance de Saramago», usa-se a vírgula para...

4. indicar a supressão de uma palavra, geralmente o verbo. 

e) Na frase «Tu, Jorge, vais ao Porto esta semana», usa-se a vírgula para...

6. isolar o vocativo. 

f) Na frase «Ele era, dizia-se, um bom jardineiro», usa-se a vírgula para...

7. separar uma oração intercalada. 

g) Na frase «Se fores a Londres, visita o Museu Britânico», usa-se a vírgula para...

5. separar a oração subordinada adverbial que ocorre antes da oração principal. 

h) Na frase «Os alunos, que faltaram à aula, ficaram a estudar para o teste», usa-se a vírgula para...

1. isolar as orações subordinadas relativas explicativas.

a) O Saul comprou uma casa junto ao mar.

(Entre o predicado e o complemento direto não se coloca vírgula.) 

b) — Ó Mateus, que horas são?

(Trata-se, aqui, de um vocativo, que deve ser seguido de uma vírgula.) 

c) — Quem é aquela senhora?

(O pronome interrogativo «quem» introduz uma oração interrogativa, que deve terminar com um ponto de interrogação.) 

d) A Agostinha disse:— Vou mudar de nome, porque este é horroroso.

(Os dois pontos e o travessão introduzem o enunciado em discurso direto.) 

e) Se voltas a ter esse tipo de comportamento...

(As reticências indicam uma interrupção do discurso.) 

f) Socorro! Estou preso aqui dentro!

(Trata-se de frases exclamativas, que devem terminar em pontos de exclamação.) 

g) O Hélio, o Alberto e o Zuzarte compraram tostas, queijo e fiambre.

(Nas enumerações, os elementos separam-se por vírgulas.)

coesão frásica: – ordenação das palavras e funções sintáticas;

concordância; regências. coesão interfrásica: – mecanismos de coordenação ou subordinação;

conectores; pontuação.

coesão temporo-aspetual:– correlação de modos e tempos verbais; advérbios e

expressões preposicionais com valor temporal; articuladores indicadores de ordenação; outras marcas temporais.

 

 

coesão referencial:– recurso a anáforas, catáforas, elipses,

deíticos.

coesão lexical:– repetições; sinonímia; antonímia; hipero-

nímia, hiponímia; holonímia, meronímia.

a) «monstros» — substituição por um hiperónimo; mecanismo de coesão lexical;

b) «seres» — substituição por um hiperónimo; mecanismo de coesão lexical;

c) «répteis» — substituição por um hiperónimo; mecanismo de coesão lexical;

d) «bichos» — substituição por um hiperónimo; mecanismo de coesão lexical;

e) «eles» — pronominalização (uso de uma anáfora); mecanismo de coesão referencial;

f) Ø [estão extintos] — recurso a uma elipse; mecanismo de coesão referencial;

g) «criaturas» — substituição por um hiperónimo; mecanismo de coesão lexical;

h) «dinossauros» — repetição; mecanismo de coesão lexical.

a) O Jaime conhecia muito bem o Eleutério. Ele conhecia-o tão bem que lhe ofereceu um presente invulgar.

b) O rapaz viu a carrinha que estava estacionada à beira da estrada.

c) O Marcelino viu o Henrique no cinema e este disse-lhe que já tinha visto aquele filme.

d) O teu computador e o meu deviam ser substituídos.

e) Quaisquer que sejam as dúvidas, esclarecê-las-ei!

f) Gosto muito de ler Eça de Queirós. Tenho vários livros dele.

a) Fui cedo para a bilheteira, pelo que consegui bilhete e ainda vi os dois golos de Marega.

b) Eram oito horas quando ele chegou a casa.

c) Ele estava maldisposto desde que / porque comera uma salada russa.

d) Comi um bolo e bebi um sumo.

e) Consegui marcar os bilhetes para o concerto na Casa da Música, mas não arranjei lugar para Guimarães.

a) pelo que — locução conjuncional coordenativa conclusiva;

b) quando — conjunção subordinativa temporal;

c) desde que — locução conjuncional subordinativa temporal; porque — conjunção subordinativa causal;

d) e — conjunção coordenativa copulativa;

e) mas — conjunção coordenativa adversativa.

a) Primeiro, tomei o pequeno-almoço; depois, escovei os dentes.

b) Antigamente, pensava que tudo era fácil, mas, agora, penso que é mais complicado.

c) Adoro citrinos, ou seja, kunami, funimi e marakaté. Efetivamente, são as minhas frutas preferidas.

a) Ontem não saí de casa. Fiquei o dia inteiro a descansar e a trabalhar, porque tinha tido / tivera uma semana complicada. Dormi, vi televisão, li um pouco (apenas todo o Memorial do Convento) e estudei bastante (exceto para Português, é claro).

b) Um dia, visitarei a Islândia para assistir a uma aurora boreal. É claro que haverá muito mais para ver, nomeadamente, dinossauros.

a) Deite a gelatina de morango numa taça de modo a ficar com cerca de 1 cm de altura. Prepare a gelatina de acordo com as instruções da embalagem, mas utilizando apenas 1 dl de água a ferver e 2 dl de água fria.

b) Primeiro, cheguei a casa da Etelvina; depois, entrei.

c) Têm duas hipóteses: ou calam-se ou saem.

d) O dueto foi fantástico.

e) D. Afonso Henriques — cfr. Guimarães — foi o primeiro rei de Portugal.

f) Cheguei, vi e venci.

«Veni, vidi, vici»Ederson, aliás Júlio César (47 a. C)

TPC — Relanceia, em Gaveta de Nuvens, umas páginas, tiradas de uma gramática, sobre ‘pontuação’.