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Marca eActividade Cerebral João Pinto e Castro 2010

Marca e actividade cerebral

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Como o funcionamento do cérebro condiciona a gestão eficaz da marca

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Marca e Actividade Cerebral

João Pinto e Castro

2010

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Questões

Como é que as marcas atraem a nossa atenção?

Como é que a retêm? Como é que se tornam importantes para nós? Como é que lhes associamos significados?

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Como funciona a comunicação?

Uma boa parte da comunicação de marketing desperta pouca atenção e pouco interesse ao público

Na comunicação de baixo envolvimento, uma boa parte do efeito alcançado opera ao nível subconsciente

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Dois processos fundamentais

Aprendizagem – aquisição de novos conceitos e sua associação a outros já conhecidos

Memória – retenção de conceitos e sua disponibilização para uso futuro

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Ideias centrais

1. O funcionamento do cérebro esclarece como funciona a comunicação

2. Aprendizagem e memória são centrais no processo de comunicação

3. A atenção é a porta de entrada para o cérebro4. A emoção desempenha um papel central na

formação da consciência

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5. Sem emoção não há comunicação6. A atenção condiciona a memória, a memória

condiciona a atenção

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Como absorvemos informação?

Efeito de primazia – a informação sobre um determinado tema que primeiro chega até nós tem vantagem

Efeito de recência – a informação que recebemos há menos tempo tem vantagem

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Níveis de memorização

Memória de curto prazo – retém informação durante breves segundos, é antecâmara da memória de longo prazo

Memória de longo prazo – retém informação de forma duradoura, por vezes é difícil de recuperar

Supervisão da atenção – articula a atenção com a memória

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Interpretação

A menção da palavra “Coca-Cola” remete-nos para o conceito de Coca-Cola

Ao mesmo tempo, activa na nossa memória de longo prazo o que retivemos sobre Coca-Cola

A linguagem despoleta certas ideias, é a isso que chamamos interpretação, a qual depende das memórias previamente arquivadas

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Estrutura cerebral

Cortex cerebral• Lóbulo central – planeia a acção futura e controla os

movimentos• Lóbulo parietal – relação entre o corpo e o espaço• Lóbulo temporal – dedicado à audição• Lóbulo occipital – dedicado à visão

Corpo caloso• Sistema límbico – controlo de prazer e medo

– Hipocampo – comando da reacção racional– Amígdala – reacções ao medo

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Neurónios e sinapses

Neurónio – unidade celular básica da estrutura do cérebro, inclui núcleo, dendrites, axónios e telodendrites

As dendrites são fibras que recebem sinais eléctricos de outros neurónios

Os axónios comunicam sinais a outros neurónios

A sinapse é o espaço entre um axónio e uma dendrite

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Sinapses e memória

As sinapses activam processos químicos, não impulsos eléctricos como os neurónios

A memória não está armazenada em registos eléctricos nos neurónios, mas na probabilidade de uma sinapse activar outros neurónios

Quando o estado químico da sinapse é alterado, torna-se mais sensível a futuros impulsos – é nisso que consiste a memória

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Nuvens neuronais

Uma rede neuronal envolve dendrites, axónios e sinapses

O estímulo de um neurónio desencadeia um efeito em cadeia envolvendo outros neurónios

A palavra “cozinha” sugere outras: “forno”, “frigorífico”, “comida”, “louça”, “armário”, etc. – uma nuvem de conceitos

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Associações de ideias

As associações de ideias espontâneas resultam da frequente activação de sinapses

As ideias não existem isoladamente no nosso cérebro, mas em ligação com outras

A experiência pessoal consiste no hábito de associar automaticamente umas ideias a outras

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Resumo

1. As memórias não são arquivadas como marcas nos neurónios, mas como sensibilidades nas sinapses

2. O estado da sinapse é determinado pela experiência: número de vezes em que uma ligação entre neurónios foi activada no passado

3. A memória funciona como uma nuvem de neurónios activados por um impulso externo

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4. É a nuvem de neurónios activados que permite interpretar um estímulo particular na sua relação com outros

5. As observações que conduzem à interpretação vão sedimentando a memória de longo prazo

6. A memória não está localizada numa parte específica do cérebro, mas distribuída por todo ele

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Emoção e razão

A amígdala cerebral está estreitamente associada aos processos que produzem adrenalina

A adrenalina induz um estado geral de alerta Qualquer estímulo segue duas vias paralelas

– Amígdala – reacção rápida, emocional e sem nuances– Hipocampo – reacção lenta, ponderada e subtil

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Sistema límbico

A sua função é enviar um alerta que foca a atenção e prepara para a acção

Governa as emoções, separando prontamente os estímulos em positivos ou negativos, atraentes ou perigosos

A simplicidade é um elemento essencial ao seu funcionamento

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Alerta e consciência

Alerta é um estado que força a nossa atenção num dado sentido

Consciência é aquilo a que prestamos atenção e em que pensamos

O nível de actividade consciente resultante de um estímulo é determinado– Pela intensidade do estímulo– Pela intensidade sináptica prévia da rede neuronal pré-

existente

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O que é uma emoção

1. Causada pela reacção (positiva ou negativa) a um evento relevante para uma dada meta

2. Desencadeia uma propensão para agir e traçar planos

3. Usualmente experimentada como um estado mental característico

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“A atenção é o resultado de uma emoção não a sua causa.”

Oatley & Jenkins

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Sumário

As reacções instintivas emocionais conformam o comportamento racional

A razão não opera sem uma reacção emocional que focaliza a atenção

A emoção é a parte mais importante do comportamento humano

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As marcas no cérebro

A marca existe no cérebro como uma rede neuronal de memórias

Os signos identificadores da marca (nome, logo) funcionam como um etiqueta da representação

Representação da marca é sinónimo de reacção mental

O nome da marca activa as memórias relevantes

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Marcas e emoções

As emoções governam a nossa reacção consciente e inconsciente às marcas

A comunicação de marca deve ser notada, o que só é possível se provocar uma reacção emocional

A recordação da marca depende da frequência com que com que a contactamos

A marca reforça-se através da associação ao processo de uso e consumo