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AMftlfiTVATUBA EM LISBOA
'3.° anno
1 mez .. SOO réis Annuncios: linha 20 réis; na !.•
3 raczes. 900 » pagina 100 réis; no corpo do
Avulso .. 10 » lorual com travessão 60 réis.
Communicados e outros artigos contratam-se na
administração. Sexla feira 23 de agosto de 1880
A**I*iNA1XJttA NAS fc»BOVff3iC*AS
3 mezes pagamento adiantado lí 150 réis
A correspondência sobre administração a Bodri-
o de MeUo Carneiro Zagaiio, travessa da Queiraa-
, 35, 1.° andar.
Numero 5:884
Q numero telepiiouico d'es-
te jarnal é 462.
0 drama de Pny-lmberl
Foi na verdade lugubre a ma-
drugada de 10 d abril para quem
assistiu ás pesquizas da justiça no
quarto em que Joanna Intlhoume,
acabava de praticar o seu quintu-
p!o assassinato.
Espalhãra-se que uma mulher se
asphixiara com seus filhos, em Puy
Ymbert. e toda a gente correra ao
local do acontecimento.
Nos arredores da casa do crime,
nas escadas que conduziam ao quar-
to dos csjíosos Souhein, divisava-se
a multidão dos visinhos, profunda-
mente consternados.
0 espectáculo era aterrador. As
janellns do quarto onde se pratica-
ra o attentado estavam abertas e a
luz do dia illuminava sobre os seus
dois leitos as cinco pequeninas vic-
timas. deitadas nuias ao pé das ou-
tras. lívidas, eja enrcgelaados pelo
frio da morte.
Ao pé de um dos leitos, Sonhem
chorava e gemia.
dicos foi declarada responsável e
entregue aas seus juizes.
Não será este processo, para o
leitor, o acto menos pungente d'a-
quellò drama lúgubre.
Os curiosos invadem a rua por
onde a accusada tem de passar para
ir da prisão ao tribunal; as escadas
e os corredores do palacio da jus-
tiça. são disputados pela multidão.
E augmentado o pessoal de policia
í
Quando a justiça, terminada
a sua primeira obrigação, quiz
retirar-se e levar comsigo a culpa-
da, esta debruçou-se nos leitos e
abraçou as suas victimas. compoz-
Ihe a3 roupas. e deixou-se tinal-
mente conduzir pelos agentes.
Ficaram as pobres creanças mor-
tas, que só depois do meio dia lo
ram retiradas do quarto fatal, che-
gando o fúnebre cortejo a Limoges
sob um sol brilhante.
Ao funeral das infelizes creanças
concorreram mais de 25:000 pessoas,
e quatro dias depois do enterra-
mento as campas das pobres victi-
mas tinham desàpnarecido sob um
monte de corôas, ae ílores artifi-
ciaes ou naturaes, que foram aug- mentando até ao din era que uma
subscripção publica proporcionou
os meios da cònstrucção a um mau-
soleo. »
A primeira versão relativa ao es-
pantoso crime foi esta:
A mulher de Sonhem no dia 9 de
abril viu seu marido, um pobre ca-
vador, ser levado para a prisão por
ter roubado uma pequena porção
de chumbu. 0 roubo era tão insignificante,
ue a condemnaçàc fòra de dois
ias de prisão.
Era casa não havia dinheiro e a
desgraçada, mãe de cinco .filhos,
achou-se impotente para alimental-os
durante aquelle tempo com os par-
cos recursos da venda de alguns
ossos e trapos, que apanhava pelas
ruas. Desvairada pela miséria, re-
solveu suicidar-se depois de ter
morto as cinco creanças. Antes,po-
rem. quiz dar um ultimo instante
de alegria aquelles infelizes. Ven-
deu uma cabra, que conservava pa-
ra amamentar o mais novo,e com o
producto comprou panno e fez saias
e blusas com que os vestiu. Para o
Entar deu lhes uma gallinha. que
es restava e depois fel-os deitar.
Os infelizes adormeceram pouco de-
pois.
Joanna começou então a executar
o seu intento. Primeiro suffocou,
apertando-o de encontro ao peito, o
mais novo.
Seus dois filhos e sua filha mais
velha dormiam na mesma cama.
Primeiro estrangulou a raparigui-
nha, que apenas contava três an-
nos e depois o filho mais novo,
chamado Pedro, e que tinha seis
annos e meio. Quando o filho mais
velho sentiu os dedos da mãe na
garganta, acordou e houve lucta
desesperada entre a mãe e o filho,
que finalmente foi estrangulado co- mo os outros. Este tinha nove an-
nos.
Faltava a filha mais velha. Gha-
mava-se Maria e tinha dez annos.
Acordou sobresaltada, e assentan-
do-se na cama, disse:
—Ah! mamã, mamã, também me
quer matar?
—Querida filha, disse a desvaira-
da, teus irmãos e tua irmã já mor-
reram, teu pae esta preso, eu que-
\ Se *
nba!
ro morrer. Se viveres, ficarás sôsi-
A infeliz pequena estendeu o pes-
coço a mãe, que a estrangulou co- mo aos outros filhos.
Depois tapou as fendas das por-
tas. acendeu um fogareiro e feriu-
se em um braço, sendo seu intento
morrer também.
Foi salva pela intervenção da vi-
sinhanca, sendo chamadas as aucto-
ridades.
#
Decorreram quatro mezes ea mãe
desnaturada, depois de ter sido sub-
.mettida ao exame de diQerentes me-
do serviço do tribunal, sendo a cus-
to que se mantém a ordem, e sendo
diflicil evitar que os curiosos se pre-
cipitem na sala da audiência.
0 defensor da accusada é Fayout,
o advogado das mulheres crimino-
sas. Dir-se ha que a sua especiali-
dade é a defesa dos grandes culpa-
dos. A u 11 ima causa que advogara
foi a da mulher de Saint-Denis des
Mors.
0 socialismo—diz um jornal de
Limoges—que quiz apoderar-se do.
processo da mulher de Souhem. e
servir-se d elle como um meio ex-
ccllcnte para as revendicações do partido, desde muito que rodeava
Souhem para o levar a escolher um
advogado de Paris imbuido de
ideas avançadas.
A accusada por^m quiz ser de-
fendida por Fayout. •
DiÍTerentes brochuras socialistas
foram dirigidas ao jury e distribuí-
das na cidade.
O seu verdadeiro fim era entravar
a accão da justiça, intimidando os
jurados.
O logar do ministério publico foi
occupado por M. Pironneau. »
Chega a accusada n uma carrua-
gem escoltada por dragões.
A mulher de Souhem está muito
mudada. Parece que o seu fim tem
sido illudir quem d elia se tem oc-
cupado desde a sua prisão.
A principio simulou uma febre
cerebral e durante tres dias conse-
guiu pôr em duvidas a medicina.
Ultimamente declarara achar se gravida; não sabemos se a gravi-
dez foi constatada ou se se t ralava
d'uma nova comedia.
Depois disse estar solTrendo d uma
cholerina, e já se perguntava se o
seu julgamento seria addiado.
A despeito de tudo isso, eil-a sen-
tada na frente dos seus juizes.
A sua chegada produziu verda-
deira emoção.
A infantéria fez recuar a multidão
até á praça d Aine. Os dragões con- servaram-se a cavallo em frente
da porta do palacio.
sinha, a sr.» Yinour, viu Joanna,
circulando no quarto; parecia ter
acabado a sua «toilette» e adornava-
se com uma coifa branca.
No entanto a visinha Mounier, di-
rigira-se a casa do guarda Ennezer,
que d alii a meia hora chegou e ba-
teu á poria da accusada, sem que
alguém lhe respondesse. Então for-
çou a porta, e entrou seguido de
visinhança.
0 espectáculo era horroroso. So-
bre um leito, proximo á porta, ja-
ziam os cada veres de tres filhos de
Joanna; Pedro, de quasi onze annos;
Pedro Eugénio, de G annos e meio;
Maria Margarida, de 3 annos e meio.
No outro leito, ao fundo d'uma
especie d alcova, distinguiam-se os
corpos inanimados de dois outros fi-
lhos da criminosa: Maria, de cerca
de 10 annos, e Maria Baptista, de 10
mezes.
Junto d estes deitara-se a accusa-
da, depois de se ter arranhado no
pescoço e no braço direifo com dois
ligeiros golpes, que nem sequer ti-
nham rompido toda a espessura da
pelle.
Levantada pelo guarda, a accusa-
da fingiu um desmaio completo, mas
que durou pouco, e ás perguntas
que lhe fizeram respondeu friamen-
te:
«Os meus filhos não morreram as-
Shixiados; tam pouco os envenenei. Ihem-lhcs para o pescoço e verão
como elles morreram.»
E como o guarda lhe perguntasse
o que diria seu marido logo que
saisse da prisão, a accusada repli-
cou:
«Ficará muito satisfeito, porque
muitas vezes tem manifestado o
prazer que sentiria de nos ver coin
uma boa dósc d arsénico no ventre.»»
Isto era uma mentira e João Sou-
hem. o marido da accusado, traba-
lhador pouco intelligente e pouco
assiduo ao trabalho cedera por al-
gumas vezes á tentativa de furto,
mas nunca se associara aos proje-
ctos de morte que sua mulher, des-
mmmmpsm Começa o julgamento.
#
Depois de prestado o juramento o
juiz dirige-se á accusada, cujo re-
trato hoje publicamos.
—Accusada, levante-se. Como se
chama?
—Joanna Dulhoume, mulher de
Souhem.
—Falle mais alto; os srs. jurados
não a ouvem. Que edade tem?
—Trinta c um annos.
—D onde é natural?
—De Labarre de Veyrac.
—Sabe já qual o crime de que a I
accusam. não é verdade?
0 juiz, depois de prevenir o pu-
blico de que reprimirá severamente
qualquer manifestação seja de que
naturesa fôr, ordena ao official que proceda á chamada das testemunhas.
Depois d isto o escrivão lé o auto
daccusação, que diz, resumida-
mente. o seguinte:
Na manhã de 10 de abril, das 6
para as 7 horas, a sr.a Beyrand, lo-
cataria d uma parte do 1.° andar da
casa Picat, no bairro de Puy-Imbert,
arredores de Limoges, notou que no
aposento contíguo áquelle que hi-
via semanas era occupado pela ac-
cusada, seu marido e cinco filhos,
entrava um fumo bastante intenso.
Preoccupada com algumas pala-
vras pronunciadas na vospera pela
mulher de Souhem, e sabendo que
o marido da sua visinha estava pre-
so desde 6 de abril, a sr.* Beyrend.
receiou que a accusada se tivesse
aproveitado da noute para attentar
contra a sua vida e a de seus filhos,
por meio da asphixia.
Duas visinhas. a sr.* Yinour e a
menina Mounier, correram ao seu
chamado.
A sr.â Yinour espreitou por uma
fenda da porta para o quarto da fa-
mília Souhem e viu estendido no lei-
to o mais velho dos filhos, Pedro,
que lhe pareceu inanimado.
As tres mulheres sairam e uma
d'ellas dispunha-se a ir procurar o
Euarda campestre Ennezer, a um
ilometro de Puv-lmbert, quando a
accusada appareceu á janella. dizen-
do-lhes espontaneamente:
«Isto não passa d um pouco de
fumo. Fui eu que accendi o fogarei-
ro».
Em seguida fechou a janella.
Alguns momentos depois, outra vi-
JOANNA SOUHEM
ÔIRIYESÀRIA
mAlREA
GR&HDE BÃRATEZA
SOTRE NOVIDADES
Completo sortimento
em todo o genero
de ourtvennria
preço» pe»jn comi>eiencli
V.» S8ARES
& FILHO
[OVEIS ANTIGOS
RK8TAURAÇAO
E FABKICO
DH MOVEIS
EM ESTYLO AN-
TIGO B MODERNO
Cadeira» Luiz XV e XVI.
ditas de couro fie espal-
dar e tamborete», conta-
dores de pau santo e em-
butidos, estantes earma-
rios de pau santo ou cora
obra de talha para livro*»
ou objectos d'arte, camas
autistas, molduras com
obra de talba. etc.. etc.
COMPRA K VENDE
OBJECTOS
D ARTB
MOVEIS ANTI-
GOS E MODERNOS
DEPOSITO
30, fína de. Serpa Pinto, 32
OFFICINA
15, Una Anchieta, 15
HISTORIA DE RONi
Está publicado o 27.° fascículo
Escripíorio, travessa da Queimada. 3!»
de janeiro, combinava e annunciava
abertamente.
Ha outros esclarecimentos impor-
tantes no auto da accusação, que
seguiremos amanhã, dando também
o resultado do julgamento, e bem
assim os retrates das cinco crean-
ças.
Indicações (heatraes
Trindade
Vão descançar os interpretes do
Gafo Preto, com grande gáudio
d'elles, e bastante tristeza do pu-
blico, que assim se vê privado do
seu espectáculo favorito.
Douiingo é a ultima recita.
*
Avenida
Para que possam subir ámanhà
á acena no theatro da Avenida os
llurjuçnotle.8, não La boje espectá-
culo n'este theatro.
A notável opera de Meyerbeer,
que é muito bem posta em scena,
está assim distribuída:
Margarida de Valois—Sr.a In-
cera.
O conde de Saint-Bris—Sr. Lo-
renzana.
Valentina—Sr.* Romondini.
O conde Nevers— Sr. Astillero.
De Coase—Sr. Tanci.
Tavannes—Sr. Apollo.
Maurevent—Sr. Fernandes.
De Retz—Sr. Cots.
Méru—Sr. Vidal.
Raul—Sr./Suanez.
Marcello—Sr. Serra.
Urbano—Sr.a Treves.
Uma dama dc honor—Sr.a Cla-
varri.
O chefe da ronda— Sr. Carreri.
Amanhã é a penúltima recita
da companhia lyrica.
#
/ Kcal Colyseu
O programma da fuucçao d'esta
noite no Colyseu é composto das
esplendidas peçae: Almacen de
Musica, Toros de Puntas e Coro
de Sehoras, tomando purte as ap-
plaudidas irmàs Morenoa.
Nilo é fácil encontrar espectá-
culo tào convidativo.
KÂLEfiOÃRIO alegre
Ao general Sá Carneiro
Farei sempre a continência.
Custa pouco, é delicado,
E agrada a sua excellencia.
Posto que eu seja paisano,
Costumo acatar os velhos.
Se der gosto a sua excellencia
Pòr-me-hei até de joelhos.
Bilhetes a 2$200 róis, décimos
a 220 réis para a loteria do dia
30 de agosto, com quatro prémios
de 7:200,5000 réis.
AoJonio Ignacio da Fonseca
CONVIDA.
Rogério Laroque, Rocambole
e a Collecção de Camillo
Castello Branco.
Assigna-se na calcada
da Estrella. 108 e IÒ4.
LUZ, 22, ásT2l"h. e 13' da t.—
Ao Diário Illitstrado.
(Barra do Porto).
Acaba de entrar a barra a es-
cuna iugleza Devon.
O capitão declarou que poucos
dias depois de ter sabido da Ter-
ra Nova, um tripulante suiciaou-
se, atirando-se ao mar.
( Correspondente).»
Prisão d um larapio
Foi proso pela policia judicia-
ria, proximo ae Bemfica, o traba-
lhador José Mendes, accusado de
ter roubado 355200 réis aos seus
companheiros José Henriques e
Manuel Antonio.
HIM-LÍFB
0 Senhor Infante D. Augusto par-
te no principio do mez de setembro
para Mafra.
# # »•
Fazem ámauhã annos as ex.»*"
sr.-*:
Condessa de Condeixa.
Condessa de Sarzcdas.
Iteroneza de Paranhos. I). Eugenia de Almeida c Yascon-
cellos Menezes (Lapa).
1). Maria Amalia Machado Castello
Branco (Figueira).
D. Gertrudes Leite de Mello Al-
vim.
I). Julia Adelaide Portugal Pereira
da Silva.
I). Carlota Maria Saldanha d'Oli-
veira e Daun
l). Maria Henriqueta Pereira de
Mira Franco.
D. Maria do Carmo Santiago Pe-
reira Lemos.
D.Carlota Adelaide Garcia Novaes.
1). Maria Carlota de Castro Ber-
nés.
E os srs.:
Conde das Alcaçovas.
D. Manuel de Sousa Coutinho
(Santa Iria).
Joaquim 1'rbano A rimes Moreira.
Regressou de Paris o distinctoes-
criptor e nosso presado amigo o sr.
visconde de Benalcanfòr.
—Parte hoje nara Paris o sr. Gui-
lherme Gomes Coelho.
—Begressa amanhã a Lisboa, das
Caldas da Bainha o sr. Luiz Gonza-
ga dos Beis 'Forjai.
—Partem ámanhã para Cintra as
sr.'* condessa de Lumiares e suas
lllhasi). Constança e D. Assump-
ção.
—Regressou do Lumiar á sua ca-
sa cm Lisboa o sr. João Pedro Fer-
reira Barruncho.
—Partiu para Extremoz o sr. Jo-
sé Maria de Jesus Bangcl
„ —Partiu para a Nazareth a ex.®4
sr.a D. Maria Leopoldina da Silva
Castro Barradas.
—Betirou de Vidago á sua casa
em Sacaveni a ex."14 sr.- D. Amelia
Adelaide Etur Mendes.
—Acha-se uo Purlo o sr. conde
de Villa Ileal.
—Partiu do Porto para Mondariz
o sr. conde de Bulhão.
—Chegou a Lisboa o sr. marquez
de Sevilha.
—Partiu para Vizeu o sr. general
Cunha Bebello.
—Regressou a Lisboa com sua es-
posa o sr. dr. Antonio de Ordaz.
—Acha-se em Madrid o sr. Luiz
dc Olviveira de Almeida.
—Regressou de Cintra com sua
família, o sr. José Joaquim Pereira
Alves, digno vereador da camara
municipal de Lisboa.
—Eslã em Lisboa o sr. conde de
Castello de Paiva.
—Parte hoje para Paris o sr. Jo.
ronymo da Cunha Pimentel, direc-
tor da Penitenciaria de Lisboa.
—Partiu para Espinho o sr. João
de Mendonça Cortez Junior.
—Parte hoje para Paris o sr. An-
tonio Feliz da Costa.
—Partiram para a Suissa os srs.
Eduardo Vil laça e Madeira Pinto.
—Esta em Lisboa o nosso amigo
o sr. Marçal Pacheco.
—Parte hoje para a Guarda o sr.
conselheiro Telles de Vasccncellos.
—Partiram hontem para Monte-
Mor o sr. visconde d'Amoreira da
Torre e seu irmão Leonardo Pali-
uha.
—Chegou da ilha de S. Thomé o
sr. Vicente Patricio Alvares, dignís-
simo director da allandcga d'aquel-
la ilha.
—Regressaram das Caldas da Rai-
nha á sua casa em Bemíica, o sr.
Julio de Brito e sua esposa.
# # *
Consta que está justo o casamen-
to da 111 ha «lo sr. I'e.dro Ignacio Lo-
pes com o sr. Hypacio Henrique
Brion, official da armada.
Progridem consideravelmente as
melhoras da ex.,n» sr.* D. Eugenia
Balsemão, til ha do sr. visconde de
Balsemão. Fazemos votos pelo prompto res-
tabelecimento da illuslrc enferma.
—Tem passado incommodado de
saúde o sr. conselheiro Jostf Lucia-
no de Castro.
—Também continua doente O-
sr. barão de Viamonte.
1/UR30 mLtrSTBABO
A poiitica
0 paiz deve ter comprehendido
uma cousa: quo ha quem, por
interesse propriamente politico,
tenha auxiliado o governo.
Este governo!
E o paiz, com esta comprehen-
são, tem o dever de por egual
dar combate ao governo e aos que
o auxiliam por mil lórmas, que
posto tenbam a pretensão a es-
pertai e finórias, são de uma es-
perteza e de uma finura a que se
costuma chamar—de rato.
E' esta a nossa opinião, talvez
singular e isolada, mas muitíssi-
mo convicta, e tanto que não du-
vidamos em expremil-a.
De certo que Sua Magestade,
por motivo das suas enfermida-
des, que nós, mais do que nin-
guém, lamentamos d'alma e co-
ração, não tem podido dar aquel-
la demorada attenção, que cos-
tumava dar, aos negocios públi-
cos, 2m que 6 supremo arbitro.
E* isto verdade; mas o principal
auxilio d'este governo tem-lhe
vindo d'esse auxilio aberrativo e
monstruoso, que sem ter um va-
lor de importancia para factos,
chega 110 entanto para a intriga
e para o mexerico; e tão grande
tem sido esse auxi/io, que basta
para cohenestar a permanencia
de uns homens que se veem
abandonados dos seus mais va-
liosos oradores e jornalistas, e
jue recebem uma votação de
Jesconfiança na camara dos pa-
n's na mais escandalosa das
questões que vieram á discussão
—a da OUTRA METADE!
i
#
# #
Muito de proposito sublinha-
mos as palavras—este governo,
porque nós concebemos utilida-
de e patriotismo em alianças,
auxílios e accordos. Mas não nas
actuaes circumstancias, mas não
com um governo infamado, mas
não com uma situação suja, mas
nunca com um gabinete que tem
na historia a tramóia, as falsifi-
cações, a carta do Marquez de
Fronteira, o telegramma dos Ín-
timos, e mais porcarias «Testas,
ás dúzias e aos centos.
Esse auxilio 6 indigno; não ha
ambições que o desculpem, nem
vaidades que o defendam. E' per-
feitamente e completamente re-
pugnante, A ascoroso.
Eleições
Diz um jornal que o sr. Joa-
quim Gonçalves, da Província, é
candidato ministerial por um dos
círculos do districto do Porto.
I)e modo que vamos vér o sr.
Correia de Barros a eleger o mes-
mo Gonçalves que combateu!
E estes dois factos, leitor, dsto-
se ambos no decennio de 18S0 a 180Ot
#
Do Seeulo:
««Pelo circulo plurinomiaal de Vi-
zeu sào propostos deputados, com a cliancella official, os srs. Marianno
de Carvalho, Francisco de Campos
c Augusto Fuschini.
Este ullimo propôe-se pela mino-
ria. mas os seus amigos já ha mui-
to dizem que o governo não só o
não hostiiisa, mas até se satisfaz
com a sua eleição.»
29
FOLHETIM
A trovoada
em Fronteira
Devemos acrescentar que o col- se costumam rubricar os persona-
lega dos Debates não deu a noti- gens sem importancia.
cia por e6ta forma. | Antes de analysarmos, porém,
, o original escripto, devemos dizer
' ao redactor da Charrua, que 6 um
! apreciável cavalheiro e distincto
• agronomo, que os prejuízos fo-
1 raui tão grandes que ailectuaram
í os lavradores e eiareiros que se
! chamam Antonio Soares Franco,
Por vezes o sr. Frederico Arou- José Maria da Silva Manuel Ma-
ca no parlamento pediu providen- ximo de Brito e Castro, João dos
cias instantes ao governo, tenden-; Prazeres Malenho, José dos. I ra-
tes a lenitivar as desgraças soffri-! zeres, Maximiano Antonio relies
das pelos habitantes da villa de de Castro, José Relvas, dr * ran Fronteira,por effeitode duas enor- cisco de bousa Namorado, dr.
mes trovoadas, das quaes a ulti-, * rancisco Mendes Callado, D.
ma, em 6 de iunho, produziu es- Joanna da Graça Proença, D. Ma-
tragos no valor de mais de 20 ria Joanna de boina, Sergio Au-
contos de réis. Nós auxiliámos gusto das Neves, Candido da Cos-
aqui, quanto podíamos, a voz do ta, Francisco Forças, herdeiros
illustre deputado, mas o governo i de Francisco Jose Canejo, Anto-
nio fez nada por sua acção, nem : mo Paes Rovisco, Antonio Victo-
propoz cousa alguma ao parla-1 nno Bugalho, Francisco da Cos-
mento, estando todos na ignoran- . ta líamos, etc., etc.,—muitos ou-
cia de qual foi a informação offi- , tros pequenos agricultores, que
ciai que recebeu do governador no seu coujuncto colhem cenaes
civil, documento de que já pedi- em importante numero de moios,
mos a publicação, muito necessa- E por isso que na povoação ria para se liquidarem responsabi- será difficil encontrar opinião
1 idades egual a do informador A. xV., sm-
Ó governo nada fez, mas não , guiar e original, dado, pelo que
PRlfflElRft PARTE
O amor impoft*ivel
(Continuado do n.° 5:883)
O monomano curado completa-
mente, ou atravessando simples-
mente um período de lucidez, re-
cupéra a memoria dos factos que
se produziram antes da sua doen-
ça ou durante os outros interva-
los lúcidos.
E parece authentic;#!ente de-
monstrado que essas suas memo-
rias se nâo confundem jamais.
JoiTo More vivia só, não tendo
nem mulher nem filhos, n'um can-
to da herdade.
se contentou com o não fazer cou- se vê, a opiniões dogmaticas, ou
sa alguma: levou o seu odio a um ' como vulgarmente se diz—sen
concelho, que lhe não dá votos, a' tenciadas de cadeira,
ponto de illudir S. Magestade a
Rainha, que do cofre dos inunda-
dos apenas mandou tirar a peque-
na esmola de IãOâOOO réis para
acudir a tilo grandes e numerosos
infortúnios!
Mas que o governo nada fizes-
se, nào é caso para admirar; para
Mas analysando.
Quer-lhe parecer que a tempes-
tade deu mais do <pie tirou.
E' já extraordinário que um in-
dividuo, portjue lhe parece uma
cousa, o que equivale a dizer que
não tem a certeza d'clla, veuha,
por uma preoccupaçào qualquer,
admiração é que na Charrua, jor- i que nunca pode ser louvável, dif-
ual agrícola que se publica em ; facultar as aliaz justas reclama-
Portalegre, apparecesse o seguiu- çòes dos seus conterrâneos!
te commonicado: * Mas ha gente assim, por effeito ; da natureza, da vaidade ou do
«Apreciando como lavrador os ef- • despeito, nâo sabendo nós a qual
feitos da trovoada de 0 de .junho, I d'estes factores attribuir similhan-
com que se tem feito tanta hulha, J ^ gentença, desde que nào pode-
quer-iúe bcui parecer que para o mos encher em nome os dois NX
çeral do concelho deu mais do que i excentric08
^Ninguém poderá contestar que 1 O informador assenta que a chuvas que a acompanharam be- tempestade deu a uns e tirou a que;
neflciarain muito as cearas em ge
ral e particularmente as de trigo ri- beiro semeado de primavera
outros.
O que tirou todos vêem, por-
que as ciaras ficaram destruídas.
,0s V* * a fórmula da reducti- raes, íoram ao circumscriptos
bilidade do que deu a tempesta-
O graniso destruhiu algumas cea- de? Por que processo se avalia o
ras completamente, mas isto apenas que certas sementeiras deram a
em parte da lreguezia da villa, Se-; mais do que teriam dado se lhes
nhora d Atalaia onde menos semea- n£0 chovesse n'aquella occasiào?
da estava, de modo que aqui mes-i Desejavamos conhecer essa for-
mo onde lambem niais fortes foram mala ou esge pr0CeSa0 para cum-
a ceai pnmentarmos o sei, origina, au-
ra e esta 110 sentido da corrente da ctor, mas em quanto elle a nao tempestade. | apresentar em idea, para alguém
Apesar da grande intensidade das j lh'a reduzir a prosa, diremos que
descargas, nao houve felizmente • f. de muito ruim intenção vir eon-
desgraças pessoaes nem perdas de trapôr, a desgraças que se conhe-
gado.
O que ficou completamente perdi-
do ou muito deteriorado foram os
fruclos e as culturas, das vinhas e
das poucas e pequenas hortas nas
proximidades da villa.
cem, felicidades que sào irredu-
ctiveis a um valor!
Mas queremos acompanhar aos
últimos reductos a excentricidade
do officioso informador, que pela
Em parte o mal ja vae reparado e primeira vez que apparece na
nas culturas hortícolas só se podo imprensa é para tirar razão aos
ra notar no presente alourai at.raso, ; fifcUS patricjos; admittindo que al-
KáríS JSTlAiTo'K 1 S™W». « "tr.s'p.ri,. corrido do que aos effeitos da Iro- r«in, deixa por isso de haver mo-
voada. tivo para lamentar a infelicidade
Quem pois soffreu verdadeiramen- dos últimos? 4* . : L . 1. I <i*i A n/v n/ihnvf)
te foi o cielreiro, que se achava nas condições atraz expostas, sendo no
Elle que responda, afíirmativa-
geral'todas as de mais queixas exa- mente ou negativamente, porque
geradas ou infundadas. •> qualquer dos modos de responder será a sua condemnaçâo.
Uns ficaram desgraçados—por-
que o informador confessa que Este commuDiçado, ou que me-
lhor nome haja, é firmado pelas
iniciaes V. 6'., e posto que ellas j algumas ciaras foram completa-
correspondam aos appellidos de mente destruídas })do granizo. Pois
ura proprietário da localidade, da-
do a manifestações de singulari-
dade e originalidade, custa-nos a
acreditar que elle fornecesse si-
milhantes ideas estravagantes pa-
ra lhe serem postas em prosa cor-
rentia. Naturalmente houve enga-
no typographico: em vez de N. C.
a assígnatura era de N. N.—le-
tras estas com que nas comedias
Os trabalhadores dormira nos
estábulos e palheiros.
Isto explica a rasào porque as
crises de João More, nào assus-
tavam ninguém.
Produziam-se as mais das ve-
zes durante a noite e ficavam por-
tanto ignoradas de toda a gente.
Quando, ao romper da manha,
algum dos creados de lavoura via
o feitor, alquebrado, o rosto con-
trahido e os olhos vermelhos, sus-
peitava logo que a noite fora má,
mas quasi sempre, n'esses momen-
tos, Joào More recuperara já* to-
da a sua rasào, o delírio desap-
parecera e ficara só a febre.
Era um espectáculo triste o d'a-
quelle homem entregue assim a
uma loucura furiosa, a um delí-
rio extravagante, transportado
subitamente para um mundo de
seres imaginarios, dos quaes se
julgava a victims, perseguido por
algozes que inventavam, cm sua
intenção, supplicios singulares,
torturas cruéis e aos quaes elle
estava entregue, sem poder de-
fender-se, se bem qne imaginasse
manejar nas suas rnàos crispadas,
armas terríveis.
conclue que ha exagero nas quei-
xas, e portanto nas reclamações!
Original e excentrico em tudo,
até na lógica, onde as excentrici-
dades sào prohibidas.
Outros ganharam, acrescenta.
Ora, admittindo que o informador
pertenceu ao numero d'est-es bem-
aventurados, devia ser coherente:
procurar a tal formula de descer-
E debatia-se, gemendo e gri-
tando no leito, os olhos fóra das
orbitas, o rosto inflamado, os ca-
bellos em desordem, os lábios fran-
jados de espuma... ares de epi-
léptico em pleno ataque.
E a lua, rompendo de entre as
nuvens, e filtrando pelajanella
do quarto, illuminava com a sua
luz suave a scena singular d'a-
quella lucta de um louco contra
as horríveis phantasmagorias do
seu pesadelo.
Foi só de manha que teve al-
gum socego, dormiu algumas ho-
ras e despertou, o sol já alto, sem
recordação alguma dos transportes
furiosos da noite.
Comtudo, como sentia os mem-
bros excessivamente fatigados,
nào saia n'aquelle dia.
Contentou-se com distribuir o
trabalho aos moços e deixou-se
ficar na herdade.
Roscoff chegou de manha.
—Entào, perguntou elle, como
se passou a noite?^ A febre acal-
mou um pouco, nào é verdade?
—Ah! sr. dr., replicou o pobre
homem, nào me lembro do que fiz
de noite, desde o momento em
nir o seu ganho—o lucro da tro
voada!—e dividil-o pelos que fo-
ram prejudicados.
Nào fazendo isto, o facto de vir
á imprensa, na pretensão de pre-
judicar as reclamações dos que
soffreram, dos que perderam, re-
presenta incontestavelmente uma
má acçào.
E é só porque as acções más
nos revoltam, que abrimos uma
excepção para lancetarmos esta
manifestação ferunculosa da vida
local, tanto mais condemnavel
quanto se apresenta com manei-
ras de imparcialidade e de boa
razão.
Pelo estrangeiro
Noticias e telegrammas
On acontecimento*
de Franca •
A condemnaçâo pronunciada pe-
la Haute Cour, levantou um mo-
vimento energico de indignação
na colonia francesa de Londres,
Sue, a titulo de protesto, foi no
ia 18, em massa, visitar o gene-
ral Boulanger.
A mauifestaçào teve lugar ás 5
horas da tarde, tomando parte
n'ella cerca de 1200 pessoas com
a bandeira tricolar á frente.
Quando o general appareceu, os
manifestantes proromperam em
acelamaçòes entnusiasticas:—« Vi-
va Boulanger! Viva a França!«
Um membro da colonia, em no-
me d'esta, oflereceu ao general um"
soberbo bouquet de flores naturaes;
outro dos manifestantes, leu um
protesto contra a condemnaçâo
proferida pela Haute Cour, sendo
a leitura constantemente cortada
pelos gritos de: «Viva Boulanger!
Abaixo Ferry! Abaixo Quesnay!
Abaixo Carnot!»
Em seguida, foi entregue ao ge-
neral um telegramma dos patrio-
tas francezes de Bruxellas, adhe-
rindo ao protesto dos de Londres.
Boulanger agradeceu commovi-
do, e as suas palavras foram aba-
fadas com enthusiastico3 vivas.
*
Assim que chegou a Carcassone
a noticia da sentença proferida
contra Boulanger. vários habitan-
tes arranjaram um manequim de
palha, vestiram lhe uma sotaina
vermelha, e queimaram-n o, aos
gritos de:—«Abaixo Beaurepaire,
o magistrado vendido!»
*
Annuncia a Presse que vae ter
lugar no dia 27 do corrente, em
Paris, um grande meeting de pro-
testo contra o processo do alto
tribunal, organisado pelos comités
revisionistas, socialistas e patrio-
tas do 18 ° arredondamento.
Entre os oradores inscriptos, fi-
gura o boulangiBta Laguerre.
#
Começam os protestos do exer-
cito francez contra as accusaeòcs
aleivosas do sr. de Beaurepaire.
A coisa promette.
O coronel Guerrier, comman-
dante do 129.° de linha, e o te-
nente coronel Vitalis, do mesmo
regimento, requereram ao minis-
tro da guerra a convocação d'um
conselho d'investigação, para fa-
zer a luz sobre as imputações de
que foram alvo no libello do pro-
curador geral.
O coronel Guerrier, commen-
dador da Legião de Honra, anti-
go chefe de estado maior do cor-
po expedicionário ao Tonkin, e
prestes a sair general, foi accu-
sado pelo crime de felonia.
Quanto ao tenente coronel Vi-
talis, o sr. de Beaurepaire accu-
sa-o de ter dispensado de todo o
serviço, no corpo, um sargento
muito dedicado a Boulanger, para
promover manifestações a favor
do general quando ha um anuo
passou alguns dias em Lisieux.
O conselho d'investigaçào para
averiguar estes factos vae ser im-
mediatamente convocado.
Como se vè, os protestos sur-
gem de toda a parte, mas parece
que os prote8tatarios clamara no
deserto.
Os maires que assistiram ao
grande banquete do Palacio da
Industria em Paris, foram apenas
11:182.
Sendo o numero fotal dos mai-
res 36:000, houve portanto 24:818
que nào estão em muito boas re-
lações com o governo da Repu-
blica.
Sarali Bernhardt
viuva
Falleceu no dia 18 em Paris,
no palacio que habitava com sua
mulher, o nosso conhecido Jac-
ques Damaia, marido de Sarah
Bernhardt.
Esta morte súbita, mas previs-
ta desde algum tempo, foi causa-
da pelo abuso que Damaia fazia
da morpliina e da cocaína.
Jacques Damaia era grego;
nascera no Pyreu, mas fizera-se
naturalisar francez. Muito novo
ainda, começou por abraçar a
carreira diplomatica e foi addido
de legação; mas apaixonando-se
por Sarah, n'uma tournée artística
que esta fez pelo estrangeiro,
abandonou a diplomacia e casou
com a grande actriz franceza.
Um bel lo dia os cartazes do
theatro da Gaite de Paris, an-
nunciaram uma recita extraordi-
naria em beneficio d uma senho-
ra pobre. O propramraa proinet-
tia: representava-se a Dama das
Camélias, fazendo Sarah o papel
de Margarida Gauthier e Dama-
ia o do Armand Duval.
O espectáculo realisou-se dian-
te d1 uma sala cheia. Sarah foi ac-
clamada, e seu marido applaudi-
do. A critica coroou de flores
Margarida Gauthier, e dispensou
palavras muito amaveis á distinc-
çào d'Armand Duval.
Depois de ter representado no
Ambigu as Mires ennemies de
Catulle, Damaia entrou para o
Gymnase, onde creou com gran-
de successo o Maitre dp. forges,
de Obnet, e o Prince Zilah, de
Jules Claretie.
Agora, estava nas Variétés, on-
de ainda ha quinze dias repre-
sentou com a grande tragica a
Dama das Camélias. *
Como acima dissemos, Jacques
Damaia foi victima do abuso da
morphina e da cocaína. Se nào
morresse ficaria doido, impossibi-
litado.
O infeliz tomava em tão gran-
de quantidade aquelles venenos,
que Sarah Bernhardt encontrou
no quarto mortuário 48 grammas
d'um e 15 d'outro.
#
Damaia era um perfeito rapaz,
elegante e distincto, e um bello
caracter dotado de ingenuidade
quasi feminil.
Tratava por tu toda a gente,
logo ao primeiro abord, e nào fal-
lava senào do seu successo era
versos alexandrinos.
Tinha uma bella presença, voz
sonora e gesto largo.
Nos cafés, tomava attitudes
theatraes para pedir um bocl:, e
para pagar a despeza.
Era o seu lado ridículo, mas
isso não impedia de ser bom.
Pobré" Damaia!
Paris, 21, n.
Entre o crescido numero de por-
que adormeci até o momento em
que acordei. O que sei é que nào
posso commigo... estou horrivel-
mente fatigado, moido, como se
tivesse levado uma sova de pau.
—Tem paciência. Dentro de
dois ou tres dias estarás curado.
—Assim o espero, graças ao se-
nhor doutor.
—Tomaste os pós esta manhã?
—Ainda nào.
—Pois nào te esqueças... uma
hora antes do almoço, e nào vás
hoje trabalhar no campo... o sol
está muito quente e poderia pro-
mover-te umas grandes dores de
cabeça. Por volta das quatro ho-
ras, quando sair do Castello, pas-
sarei pela herdade para vér se es-
tás mais socegado... Estarás
aqui?
— Sim, senhor doutor, encon-
trar-me-ha aqui ou na floresta ra-
chando lenha... O senhor é real-
mente muito bom para assim se
occupar de um desgraçado como
eu... Deus o recompensará!
Os trabalhadores recolheram á
herdade onde os osperava a refei-
ção do meio dia.
tuguezes que hoje foi á estação es-
perar o duque de Bragança estavam
os srs. Eça de Queiroz e Arai go (?).
Dizem cie Strasburgo que o impe-
rador Guilherme recebeu as aucto-
ridades e os funccionarios. é ama-
nhã assistirá ás manobras do
corpo do exercito, commandado pe-
lo general Heuduck, e dos ubtanos.
Londres, 22, m.
A rainha partirá hoje de Osborne,
indo para o paiz de (Jalles. Depois-
de curta demora n este ponto pas-
sará a residir larga temporada no
Castello de Balmoral (Escossia).
0 "Daily News publica um tele-
gramma de Berlim dizendo que nos
centros políticos allcmães se asse-
gura que estão entaboladas nego-
ciações pelas potencias alliadas aum<
de attratiirem a Hespanha á tríplice
alliança. Julga-se porém que a Hes-
panha repudiará todas as tentativas
n'esse sentido.
Continua a greve dos operários
das docas de Londres. Comtudo os
navios estão carregando graças ao
trabalho de jornaleiros adventícios
que as companhias teem contracta-
do.
(Hams).
Em poucas linhas
De um solteirão:—Mulheres feias!
Basta que a gente tenha de aturar
as que são nossas: mães, irmans e
tias!
—Parece oue o brioso militar a
que nos referimos, obtendo bons
resultados do systema Sequard,
acabará com a empreza aos domicí-
lios.
—0 sr. Xavier de Carvalho, cor-
respondente de vários jornaes por-
tugueses, continua a fazer uma
Eruerra medonha ao general Bou-
anger.
—Vae ser empalhado o luxurioso
inimigo da Montes.
—Acaba de se experimentar em
Italia um canhão de 120 toneladas.
Se fosse meu, punha-lhe como alvo*
o nariz do sr. Beirão.
—Julietta B, decana dos horison-
taes de Paris, vae deixar a America,
onde foi fazer fortuna.
Cosmopolita.
Piano vertical
Vende se ura de 7 oitavas em
bom uso, rua de S. Luiz, 20, se
diz.
Fez hontem exame de 3.° anno
de musica no Conservatorio, fican-
do approvado plenamente, o sr .
Acácio Vaz Nápoles.
U/L\ujj>
JaaíjBiia ÀDgusto da C*slí
FABRICANTE
\r<2>irae©<fcdorexcfin»iv» «i®-
l&Axateterfo fio»
cio» Efttrc&Kefro*» fiíe*
EiSlfltilUtO CotHB&Pftc
«?e c.
•Gora officii1 a na raa és S.
•fuíiâo. 440 3.°. onde íss
m completo sortiaefito m
sea geesro« ám ser
<ta foáa a fôrreapORÍMei».
Paquetes
Moçambique, '20, t.
Sahiu o paquete Dunkeld, d&
companhia «Castle Mail*.
#
Maranhão, 21, t.
Saiu hoje para Lisboa o paque-
te Brandenburg.
(liavas).
Joào More estava no seu esta-
do normal.
—Então isso vae melhor? per-
guntaram os moços.
—Peior não estou, e para não
ficar aqui a mandriar, acompa-
nhal-os-hei, se bem que o doutor
in'o prohibiu por causa do calor.
—Talvez seja melhor descan-
çar.
A' uma hora partiram todos pa-
ra o campo.
João More, que mesmo doente,
reputava uma vergonha passar
um dia sem trabalhar, pegou no
machado e dirigiu-se para a flo-
resta, separada da cidade por um
pequeno prado.
Ahi, foi obrigado a sentar-se,
sentia calafrios.
Poz de parte o machado, deitou-
se sobre a relva, apoiou a cabeça
n'um tronco de arvore e quiz dor-
mir.
Mas em breve despertou, os
olhos vermelhos, o rosto inflami-
mado, pepou no machado e poz-se
a rachar lenha.
Tudo era feito automaticamen-
te.
Xo arsenal dc marinha tem to-
gar ámanhã pelas 10 horas a ben-
ção da canhoneira Diu.
Agora nào tinha contorsues co-
mo durante a noite.
Na apparencia mesmo estava
socegado.
Mas de vez em quando parava-
olhava com inquietação em roda
de si, curvava-se como que se re-
ceiasse alguma cousa e resmunea-
va por entre dentes palavras en-
trecortadas que denunciavam bera
o estado da sua loucura.
—Oh! elle amarra-mc!... Mas
eu saberei escapar-lhe!... Pan-
cadas? ... você quer-me bater?...
Venha para ca, ande... Se me
tapar a boca, gritarei como um
desesperado. .. Olhe que me faz
mal... nào quero que me amarre
os braços... Oh! tantos ratos!...
Para que me manda elle agora
estes ratos?... Ahi começa a cor-
rer o meu sangue... Tu ra as pa-
garás! ... Que te fiz eu?.. .Que
torturas... Elie persegue-me ..
tenho de rae queixar aos gendar-
mes!
f Con iir.íta).
Jules Mast.
ILLtSTKIADO
eta ass obi adora, madame Shaw,
denominada o rouxinol de Nova-
York, rjne tem feito as delicias
dos boulevards.
O critico dramatico Adolpho
Brisson, director dos cumules poli-
tiques, casou coin uma filha de
Sarcey, o patriarch a da critica
parisiense
#
Abriu-se um concurso cm Pa-
ris, destinado á producçào de um
poema, que deverá servir á com-
posição musical de uma opera,
está encerrado o retrato do falle- dividida em muitos quadros! O
eido esposo, retrato que usam assumpto poderá ser historico,
suspenso do pescoço por uma fita legendário, ou symbolico. O pre-
de faille, bordada de emblemas mj0 offerecido do melhor libreto é
funerários com os cabellos do de- de 1:000 francos, (40 libras),
funto. #
Ainda a proposito de luto, pa- Foi bem acolhida a nova come-
rece que as parisienses resolve- dia dos Menus plaisi^s, Peur de
ram adoptar a moda ingleza, fâtre.
usando acima do cotovelo um bra-
celote de crepe preto, com as to»-1 Illtitllla.8e Briseis
leitos de cor, bastando elle para ra de Chabrier.
indicar o fallecimento de um ente
Do iiorlc ao sul
(Echos, traços e perfis)
Está agora muito em moda, em
França, um novo jogo, importado
do Canadá, c que se intitula Batt
and Ball. Este jogo assimelha-se,
simultaneamente, ao Cricket,
Crocket e .Latcn-Tamis. #
As modernas Artemisas inven-
taram um novo genero de luto,
que consiste em guarnecer de es-
cumilha o aro da medalha onde
a nova opc-
querido, sem terem de sujeitar-se
ao incommodo edespezados fatos
luctu0808. *
Quem será uma celebre Macca-
rona. estrella das ciganas, a que
se refere o Gil Blas, e que elle
, ri affirma gozar de uma enorme po- Como pendant ao professor pU]ftridHde, que se estende de Se-
Brown-Sequard, apparece agora vilha a LIeboa e dtí Cadiz a Bil-
o doutor Mahnconico, que acaba ^<inV
de descobrir o microl.io da velhi- Maccaroua é uma dançarina
ce. Este microbio, segundo aflirma vae cxhibir-se no Grande
o sábio italiano, transm.tte-se por Theatr0 da Exposição e qu.; Lis-
Incêndio
Gente queimada. — Creanças
salvas
Eram 11 horas da noite de an-
te-hontem quando se manifestou
fogo no Io andar do prédio 56 do
Campo de Santa Clara.
Mora no 2.° andar o sr. gene-
ral Caetano Pereira Sanches de
Castro e no 1.° seu filho Francis-
co, sua esposa aex.masr.n D. Hen-
riqueta Coelho Sanches dc Castro
e seus tres filhas as meninas Ma-
ria Henriqueta, de 10 annos; Ade-
lina, de 8; e Alice, de 6.
A' hora que mencionamos a sr.*
D. Henriqueta de Castro passou
de uma para outra sala com um
candieiro de petroleo na mão. De-
vido não sabemos a que circums
tancia o petroleo explosiu, derra
mando se sobre os vestidos da se-
nhora, incendiando-os. A sr.° D.
Henriqueta correu á janella pe-
dindo soccorro.
Note-se, porém, que para fazer
isto. teve de atravessar duas salas,
succedendo pois que o fogo mais
se ateou nos vestidos transmittin-
do-se ás bambinellas e outros
estofos.
Correram as pessoas da fami-
lia e os creados em soccorro de s.
ex.*, conseguindo apagar o fogo da
hereditariedade, invadindo o or-1 i"v'T viu iniicá'' -i' dlneito'da I rouPa' e conduzir * at''1('ta B?"íl0"
çanUmo humano, destniindo-o e ' boa "a° n"nC8' * a€ p * ■ I ra oara a rua. onde se veniacou
provocando a morte.
0 doutor Malinconico espera
encontrar o meio de combater
esse terrível microbio.
Desastre
Sobre o carpinteiro Custodio
dos Santos, que é bombeiro mu-
nicipal, caiu hontem, n'uma obra
do largo do Chafariz de Dentro,
onde estava trabalhando, uma pi-
lha de madeira que o deixou em
misero estado.
.... ~~—-i —r ra para a rua, ouue se vermeou
popularidade lusitana que o bil tin£a recebjd0 grandes queimadu-
Blas lhe attribue! ras. No hospital de marinha, onde
immediatameute a conduziram,
prestaram lhe os primeiros soccor-
ros medicos.
Duas phrases do Charivari:
Deus creou a mulher, mas
Infelizmente, não é verdade que
a grande cantora Elena Sanz fos-
se escripturada para S. Carlos, co-1 r"sT~' aQ mesm0 hn ital foi
mo alguns dos nossos collcgas as- Candida erouda da familia,
diabo fez a parisiense. E' preciso I Lisbo^Lisboa ouviria pela pri- ™to achava baa-
perdoar aos ricos nao serem sem- vf, a Carmen de Bizet (,lie tante queimada nas inaos
pre caritativos: os desgraçados n:nírupm canta como eiia. braços. #
♦cem tantas precisões. I c ^ tomou rapiao desenvol-
A nossa conhecida Jane May "mento, chegando a passar para
Diz-se que a princeza Victoria | regressou de Londres a Paris e 10 andar. _
da Prussia deve desposar o prin- foi escripturada na Renaissance. 01010 (*° llJcen(*io oram a -
cipe Carlos da Suécia, duque de • vas 88 tres meninas,
Oueetrogorie terceiro* filho do rei Começaram as representações general. - 1 - ~ í* • 1 Ab tres creanças estavam ja
deitadas quando se manifestou o
1861. | tradição inalteravelmente manti-1 sinistro, e chegaram a correr o
da desde 1882. A cantora Mater- perigo de sereni asphmadas pelo
Parece que nao são muito cor-1 na obteve um grande successo na fumo, que era intenso. I oi seu sal-
deaes as relações que actualmente parte de lvundry, successo parti- vador o sr. Francisco de 1 aula do
íhado pelo tenor Van Dyck, que Caes, amanuense do arsenal do
tem feito extraordinários progres- exercito. , , O fogo achava-se dominado a
uma hora da madrugada, traba-
Massenet está em Pourville, I lhando todo o pessoal e material do
onde trabalha na sua nova opera districto, bem como os voluntários
Mage de Lisboa e Ajuda e a ambulan-
* I cia voluntaria.
Adelina Patti é esperada em Houve bastantes prejuízos tan-
Londres, d onde seguirá para o to no 1.° como no 2.° andar. São
seu château do paiz de Galles, de- calculados em cerca de 600£000
morando-se ahi até á epocha da réis.
sua tournée de concertos nas gran- O prédio soffreu bastante
des cidades da Gran Bretanha, Dizein-nos ser grave o estado
sob a direcção do empresário da sr." D. Henriqueta Sanches de
Ilouke. Castro. . .
* Sentimos deveras este desgos-
0 conde Sparre, pertencente a to porque acabam de passar suas
uma das primeiras famílias da | ex."
Suécia, matou em Tassinge a co-
Telegrammas do Porto
PORTO, 22, ás 2 h. e 12' t.—Ao
Diário Elustrado.
O governador civil respondeu á
commis8ão, que soubesse verda-
deiramente qual a exigeucia dos
industriaea, e que elle auxiliaria
os operários se a razão lhe assis-
tisse.
E' falso o boato dos operários
apropriagistas da fabrica Social
terem abandonado o trabalho.
H.
PORTO, 22, n.— Ao Diário R-
lustrado.
Os operários da fabrica de Se-
bastião Antunes, sita no Bomjar-
dim, abandonaram o trabalho em
seguida a terem pedido 2 réis
mais em cada metro de riscado de
algodão. Presume-se o principio
d'outra greve.
—Uma commissão apresentou
hoje á municipalidade uma repre-
sentação com 118 assignaturas,
pedindo a continuação da nova
rua do Matadouro.
—Seguiram no Expresso o mes-
tre da banda da guarda munici-
pal de Lisboa e Pinto Ferreira,
capitão-tenente da armada.
—A commissão d^xpropriações
contractou hoje amigavelmente,
por 20:8005000 réis, as expropria-
ções de tres casas para a edifi-
cação da nova estação de S. Ben-
to.
—A alfandega rendeu hoje réis
17:160^527.
11.
Tomou honrem posse do com-
mando de arfilheria n.° 1, para
onde tiuha sido nomeado na ulti-
ma ordem do exercito, o sr. coro-
nel Craveiro Lopes.
Tourada cm Almada
Na próxima segunda feira 26
ha tourada em Almada, por oc-
casiào das festas dos Cyrios d'A-
talaya.
O gado pertence ao sr. Marcos
de Noronha (Vagos) e cavaileiros
o sr. Marcos Ferreira Pinto Bas-
tos e Casimiro Monteiro.
existem entre o príncipe Alexan-
dre de Battenberg e a familia
real de Inglaterra. O irmão da
ex-actriz, que o príncipe despo-
sou ha tempo, vae casar com a
filha de um coiteiro; o príncipe
Alexandre acaba de dirigir uma
ceremoniosa carta á rainha Victo-
ria, informando-a do interessante
acontecimento occorrido na fami-
lia da sua joven mulher.
Que dirá a isto a imperatriz das
índias?
O Budapesti Hirlaj) refere que
dois rapazes, Antonio Abradics e
Fernando Papp, partiram de Sza-
badka, (cidade de 40:000 habitan-
tes, cerca de Szeged) para irem a
pé a Paris. Começaram a jornada
no dia 18 de julho á 1 hora da
tarde e chegaram a Budapest no
dia 22. Regressaram de Budapest
no dia 23, passando por Vienna,
Munich e Strasburgo, e contam
chegar a Paris 25 dias depois.
TlieaSro*
Ha dias, o rei Dinah Salifou
assistiu no Ambigu á representa-
ção do h'oger La Honte. Deseseis I animado.
80S.
Falleceu em Loanda o guarda
livros da Companhia das Aguas
do Bengo o sr. Arthur da Fonse-
ca Guedes e Menezes, filho do
digno empregado da 3.a Circuns-
cripção Hydraulica,o sr. Augusto
Guedes da Fonseca e Gouveia, a
quem enviamos pezames.
Houve ante-hontem na sala da
associação dos soccorros mutuos
Antonio Augusto d'Aguiar uma
reunião da commissão de sargen-
tos com baixa, afiui de represen-
tar superiormente com relação ás
disposições transitórias da carta
de lei de 26 de julho de 1883, que
se refere acollocações lucrativas.
Nomeou-se a mesa e tomaram-
8e varias deliberações.
Alvitre que merece ser
attendido
nhecida ccmkre, Elvira Madigan, I Vieram hontem dc Faro acom-
com quem manti iha relações amo- panhados d um cabo o dois poli-
rosas. O conde disparou um tiro d aquella cidade os alienados
de rewolver contra a sua amante, João Rodrigues Netto, de -l an-
matando-se cm seguida. Sparre nos, natural d Oll.ao; e João de era casado e pae de familia. Tris- P°usa, de 3í> annos, natural de
te» Moncarrapacho. ! Os dois loucos estiveram nos
Francisco Soares, que foi victi- calabouços do governo civil e á
ma de um desastre occorrido no noite seguiram no comboio para
edifício do nosso jornal, está mais o Porto, para darem entrada no
pretalhões occuparam cinco cama-
rotes dc frente e uma friza de
proscénio. Todos pareciam muito
interessados no espectáculo; al-
guns faliam francez.
A Comédie Française fará o
seu reportorio da próxima futura
epocha com peças novas de Du-
mas, Meilhac e Pailleron. Alem
d'isso, subirão á scena o drama
de Charles Edmond, Bòcheronne, e
a tragedia Mahomet, de Henri de
Bornier.
p
Sarah Bernhardt representa a
Ff dor a na Porte Saint-Martin, no
proximo setembro.
«
A formosa cantosa Darclée, a
estrella da Opera de Paris, obte-
ve um grande êxito em S. l'e-
tersburgo.
*
Lecoq trabalha em uma opera
bulía em 3 actos, Don Japhet
d'Armenie, extraida da peça de
Scarron por C. Narrey e M. Car^
re. O illustre maestrino concluiu
alem d'isso o spartito do Chevrier,
em 2 actos, litretto extraído do ro-
mauce de Ferdinand Fabre.
O Whistling, a arte de assobiar
arias conhecidas, floresce nos Es-
tados-Unidos ha alguns annos.
Não ha festa nenhuma no Fifth-
avenida sem uma ou duas assobia-
doras de profissão. Nova-York
prefere o assobio aos tenores, can-
toras e inonologuistas. Acha-se
actualmente em Paris uma distin-
Nào foi possível ainda pôr-lhe
o apparelho na perna quebrada,
consequência de haver complica-
ção de ferida que a isso se oppõe
hospital do Conde Ferreira.
Foram acompanhados dos poli-
cias 41 e 116 da 2." divisão.
O regimento de cavallaria n.° 2
tenciona realisar brevemente um
O carro americano n.a 50, guia- exercício em Mafra.
do pelo cocheiro Luiz Francisco — — -
de Freitas, que hontem á noite Consta-nos que hontem á tarde
seguia pela rua 24 de Julho, foi se deram dois atropelamentos na
de encontro ao trem 241, causan- v*nte e Quatro de Julho,
do-lhe um prejuízo que se calcu- N um d elles foi atropellado por 1 um carro da companhia viaçao
um sujeito morador na rua do Al-
bito; no outro foi um menor, por
uma carroça.
Foram presos o cocheiro e o
carroceiro..
la em nove libras.
Tanto o cocheiro do carro ame-
ricano como o do trem foram pre-
sos por um soldado da guarda
municipal.
Pela rua do Arsenal seguia
hontem, de manhã, um carro ame-
ricano.
Logo atraz ia um carro Ripert,
guiado pelo cocheiro José Dias.
O americano parou para rece-
ber um passageiro.
N'essa occasião a lança do car-
ro Ripert. foi bater nas costas do
sr. João Pedro Salvador, proprie-
tário d'uma cordoaria no Rio Se-
co, que ia na plataforma do ame-
ricano, fazendo-lhe uma grande
contusão.
O cocheiro do Ripert foi preso.
Coimbra
0 "Diário Illustrado" acha-
se á venda cm Coimbra, em
casa do nosso eorresponden-
le, o sr. Mendes d'Abrca.
Tudo lhes faz conla
Hontem, pela volta da 1 hora
da tarde, emquanto os emprega-
dos da barca de banhos "Feliz
Destino» estavam entretidos em
recolher a roupa dos banhistas,
enxuta, entrou ali ogutuno Anto-
nio Carvalho e deitou a mão a al-
guns fatos de banho que estavam
pendurados a enxugar.
Dispunha-se já a safar-se pelo
jardim de Vasco da Gama quan-
do deram pelo furto, sendo ali;
mesmo preso.
Um outro gatuno de nome José
Maria, que o acompanhava, con-
seguiu evadir-se.
Pelas ultimas noticias recebi-
das da índia, consta que vae ser
nomeado governador de Quilima-
ne o sr. major de cavp.llaria D.
Nuno da Camara (Belmonte), ac-
tualmente governador em Diu.
No domingo ha festa de egreja
e arraial na Cova da Piedade.
Ganso] d'Almcida
No tribunal superior de guerra
e marinha, em sessão de 22 do cor-
rente, foi confirmada a sentença de
1." instancia que condemnon o reu
em 18 mezes de prizão militar ag-
gravada com a perda de posto, pe-
lo crime de falsificação e burla.
Tem passado incommodado de
saúde o nosso collega n esta re-
dacção o sr. D. Luiz Alvaro da
Costa.
Desejamos o seu completo res-
tabelecimento.
A benção da nova bandeira do
batalhão de caçadores n.° 5 deve
realisar-se brevemente.
Partiu hontem para o Porto a
actriz Rosa de Lemos. Como já
dissemos, está escripturada no
theatro Chalet d'aquella cidade,
devendo estrear-se no dia 12 do
mez que vem, na peça Os sete cas-
tellos do diabo.
Desgraça O
Nos trabalhos do novo deposito
que a companhia das aguas está
construindo em Campo de Ouri-
que, deu-se hontem de manhã
uma desgraça.
A's 10 horas, ou cerca d'ellas,
houve um desabamento, sendo co-
lhido o trabalhador José dos San-
tos, que ficou soterrado.
Foi immediatamente removida
a terra, e o desgraçado conduzido
em perigo de vida ao hospital de
S. José.
A' noite soubemos que ainda
vivia.
Tentativa de suicídio
Um sujeito chamado Henrique
Reguengo Vasconcellos, morador
na rua de Rodrigo da Fonseca,
quiz pôr termo á vida, tomando
uma porção de sal d'azedas.
Conduzido ao hospital de S. Jo-
sé, ali ficou em tratamento num
quarto particular.
Projecta-se nova regata no pro-
ximo mez de setembro, em Pc-
drouços.
Falleceu na ilha dc S. Thomé
o sr. barão de Agua Tzé.
A conhecida actriz Maria Joan-
na ha um mez que se acha em
casa bastante doente.
Desejamos as melhoras da en-
ferma. •
SECÇÃO CSÀSASISm
Charada em verso
—Diga-mo, meu professor,
Isto aqui mie nome tem?
E se lhe chamar um verbo
.Não o classificarei bem?—-2
—Sim. inuito hem. meu alumno,
Deu-lhe o nome que devia:
Chamando a isto um verbo
Também errar não podia.—I
—Estes dois verbos que temos
Não se poderão juntar?
E â juneção d'clles ambos
Que nome havemos de dar?
—Os ditos verbos, menino,
Podem juntar se, pois não...
I na-os, va, experimente,
Verá uma povoação.
Conceição d'Ourique.
M. Dias Grillo.
Deeifração da charada do nume-
ro antecedente.
Ribatejo.
Enpeclacoloe
8 1|2 h.—TRINDADE.
0 gato preto.
8 1|2 h.—C0LYSR0.
Espectáculo pela companhia de
novidades e variedades.
Agora que está proximo a aber-
tura da linha de Cascaes, que,
sem duvida, vae dar grande de-
senvolvimento ás povoações limi-
troplies, seria muito para desejar
que as auctoridades respectivas
olhassem com attenção para o es-
tado de abandono em que se en-
contram algumas d'aquellas po-
voações no concelho d'Oeiras, e
especialmente o pittoresco sitio
de l.inda a Pastora, que ha mais
de dois annos tem por concluir a
única estrada ]ue, com facilidade
para o publico, poderá communi-
car com a estação do caminho de
ferro, na Cruz Quebrada.
campanhia de zarzuela.
tonoras.
Pela campí
Coro de Sc
Almacen de musica.
Toros de pun tas.
JARDIM Z00L00IC0 — Exposição
permanente d'animaes—Vendas ga-
rantidas daniraaes, ovos, plantas se-
mentes, ec., etc.—Recebem-se ani-
maes para deposito—Musica aos do-
mingos e dias santificados.
Entrada geral 100 réis.
Typ. do "Diário íllaslrado
T. tia (dnefiotada, 35
M
Tribnaaes militares
No tribunal superior de guerra
e marinha em sessão de 22 do cor-
rente, foram julgados os recursos
dos processos dos seguintes reus:
Antonio Cezar do Nascimento,
corneteiro do regimento n.° 5 d'in-
fanteria do Imperador de Austria
Francisco José, condemnado em
conselho de. guerra na pena de 8
mezes de prisão militar pelo crime
de extravio de artigos.
José Caetano, soldado do regi-
mento de cavallaria 9, condemna-
do no conselho de guerra na pena
de 10 mezes de prizão militar pe-
lo crime de abandono de posto de
sentinella.
João Quaresma, aprendiz de fer-
rador do regimento de cavallaria
5, condemnado no conselho de
guerra na pena de 13 mezes de
Erisâo militar pelo crime de insu-
ordinação, por desobediencia e
por palavras a superior.
O tribunal confirmou as senten-
ças da 1." instancia dos 1.° e 2.°
processo e annullou o 3.° por er-
rada applicação da pena.
Recebemos da anonyma C. M.
500 réis para serem entregues a
Anna da Piedade, viuva de Fran-
cisco Alves de Sousa.
Agradecemos.
Foram concedidos ao sr. Ernes-
to iFrederico Bartholomeu, segun-
do official da Direção Geral da
Divida Publica, mais 30 dias de
licença.
A'manhã é a festa do Sagrado
Coração de Maria no convente da
Encarnação, celebrando missa no-
va o reverendo Carlos Rego.
Na festa de Corpo de Deus que
ámanhã se faz em S. Pedro da
Cintra, a missa é executada pela
sociedade philarmonica de Mafra,
orando o reverendo Conceição
Vieira.
A'manhã celebra-se a festa dc
S. Luiz, na egreja dos Francezes.
Vae sair brevemente um alma-
nach militar illustrado, dedicado
ao Senhor Infante D. AfTonso e ao
exercito. ,
Este almanach, alem do fim a
que são distinadas as publicações
d'esta ordem, contem artigos his-
tóricos, scientificos e de iustruc-
çào.
MDCCCLXX1
cisas l nm
Cirurgião dciíists
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Rua Garrett 10 e 12, (Chiado), o
(pie ha de melhor em taine-
Societév Alfénide e Christofle.
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° authorisaçào do senhorio, pro-
ximo á Lapa, 9 divisões, jardim,
agua e gaz. Na agencia de anún-
cios Rastos & Goncalves Rua dos
Rctro/.ciros 147 se diz. *28
Na alfandega loram despacha-
das duas grandes estatuas de már-
more, vindas da Italia, e destina-
das ao monumento que se está
erigindo no cemiterio dos Praze-
res a .Antonio Augusto d'Aguiar, por cu brincar nos quiritaes.
meu menino Jesus!
Quem vos deu? Poraue choracs? Deu-me minha avô Sant'Anna
T3apel para CIGARROS, com ou 1 semgomma. cada livro 10 rs.
0 melhor conhecido. Toma en-
commendas para a província.
A' venda em todas as tabacarias;
uuico depositário em Portugal e
Colonias.
TABACARil AMERICANA
II. CHIADO* I I
Li^joa
Administração do
Circulo Adua-
neiro do Sul
Contencioso Fiscal
Leilão
TV0 sabbado24 do corrente, pelo
meio dia,ino armazém dos lei-
lões d'esta casa fiscal, se procederá
á venda das fazendas demoradas e
arrestadas abaixo mencionadas,
Louca de barro tino, farinha d'ar-
roz, qíiinquelhcrias, dexetrina. algo-
dão em rama. etc.
Alfandega de Lisboa em 22 de
agosto de 1889.
0 escrivão
Guilherme Emilio Raposo de Carm
bulho. *5
IAB90 ILLUSTBADO
Alberto Mcería
CIBT7BQIÃO DEHTIBTA
DO OURO, N.« 100. !.• Escola Pratica de Viticultura
de Torres Vedras
J2
João Candido
da Silva
OOQ D rln Dunn 1331 A Direcção da Bscola Pratica de Viticultura faz sabèr que nô_dia 31 de LLO. n. UO uuru, ZOS A- Acosto de 1839, pelas 12 horas do dia na salla da Administração do
Concelho de Torres Vedras, se ha-de proceder d arremataçao, em carta
Loteria portugueza. sabhado, 241tcchada' da empreitada abaixo designada.
de agosto, premio maior.
9:0001000
Construcção d uma adega, e suas dependencias.
Base de licitacão 8.356:780.
Deposito provisorio 250:000.
Praso para a conclusão do trabalho, seis mezes.
Loteria de Madrid, novidade, sex-
ta feira, 30 de agosto, com 4 pre-1 *?s
mios de
40:000 pesetas
Bilhete. 25200. Meios, lá 100. Dé-
cimos, 220 réis.
Ha também bilhetes das quatro
séries, podendo-se obter dois. três
ou quatro com o mesmo numero.
João Candido
da Silva
CONVIDA.
229, Rna do Ouro. 231
EDITAL
José Quintino Travassos Lo-
pes. Inspector de Inslrne-
ção Primaria na í.a Cir-
eumseripeão Escolar, por
Sua Magestade El-Rei.que
Deus Guarde, ele.
l?ÀÇO saber que até ao dia 23 do A proximo futuro mez de setem-
bro se recebem ra secretaria d esta
inspecção, rua nova do Desterro n.°
35. 1° andar, das 10 horas da ma-
nhã ás 4 da tarde, requerimentos dos
candidatos ao magistério primário
official, instruídos com os seguintes
documentos:
!.*—Certidão que prove terem pe-
lo menos 18 annos completos de
edade e que estão emancipados:
2.°— Attestados de bons costumes
passados pela camara municipal e administrador do concelho ou con-
celhos onde houverem residido nos
últimos dois annos;
3.°—Certificado do registo criminal
relativo ã época dos exames;
4.°—Certidão do facultativo nela
qual mostrem que não teem deleito
physico que os inbabititc de bem
exercer as funeções do professora-
do:
5.o__Docfimentos de terem pago na recebedoria da séde da circuuiscri-
pçào a propina do.exame, que será
dé 3£000 réis para todos os candi-
datos.
Os aspirantes poderão juntar a es-
tes documentos quaesquer outros
que comprovem as suas habilitações
litterarias e serviços prestados a ins-
trucção.
Escola Pratica de Viticultura em 3 de agosto de 1880.
0 DIRECTOR
Antonio Batalha Reis.
— —
Restaurador
UNIVERSAL do Cabello
S. A» Allen Senhora
Para restaurar cabellos grisalhos, brancos
ou desbotados á sua côr, lustre e belleza
juvenil. Penova a sua vida, força e cre-
scimento. Depressa remove a caspa.
O seu perfume é rico e raro.
Vende-se nos Caboileiros, Pcrfamistas e casas de modas. Depósito Principal: 114 e 116 Southampton Row, Londres; Paris e New York.
VENDE-SE em todas as perfumarias, pharmacias e drogarias. Por
grosso em casa dos srs. Henry Roberts & C.a, T. da Palha, 28.
0 VIGOR DO CABELLO,
DE AYER,
Preparado sob bases scien-
tificas e physiologicas.
Promove o crescimento
abundante e viçoso dos
cabellos:
Impede seu cahir e re-
stitue sua côr natural:
Cura a caspa e outras
moléstias eruptivas do
pericraneo:
Torna os cabellos ma-
cios e sedosos, conser-
vando os em
estado flo-
rescente de
belleza e
saúde.
PnEPÀRADO PELO
ZDxt. J". O. AYEE SC
LOWELL, MASS., EST. UN.
A' venda nas principaes pharmacias e lojas
de perfumarias do reino.
Representantes: James Casseis & C*. Rua Mousi-
nho da Silveira, 25, 1.° Porto.
Os reqnerimentos, escriptos e
sigilados pelos propriosrequerentes,
e todos os docuraeutos exigidos, se-
rão devidamente sellados e reco-
nhecidos.
Os pretendentes deverão declarar
na requerimento se desejam obter diploma para otf nsino elementar ou
para o complementar, ou para o ele-
mentar com algumas das disciplinas mencionadas no art." 21 da carta de
lei de 11 de junho de 1880.
Findo o praso da apresentação dos requerimentos, sera affixado nas
portas das escolas normaes desta
cidade um edital indicando os nomes trantes admittidos e dos re-
e o dia e a hora em que se
começar os exames.
Anti-rheumatico flay |
rrARANTE-SB a cura completa das j
dòres nevralgicas e rheunna-
ticas aos doentes que usaram 4 a 6
fricções d este precioso medicamen-
to. Á' venda nas principaes pharma-
cias. Deposito, rua da Trata, 194
^1
NO praso improrogavel de 5 dias
os aspirantes podem appellar para o governo do despacho do inspector,
a quem devem apresentar o recurso
Secretaria da Inspecção Escolar
de lnstrucção Primaria ae Lisboa, Í)C>
24 de agosto de 1889. 1 —
BANCO
Industrial e iercanti!
do Bio de Janeiro
Sociedade auonyma
de resçonsaViUAade limitada
Emissão de 10:000 acções--ao par-- oo Rs. 2.000:000^000
MOEDA BRÁZXLEIRA
O Banco Lusitano está auctorisado a receber proposta de subscnpçao
até ao dia 14 de setembro proximo futuro, na sua séde em Lisboa
e na sua filial no Porto, sendo preferidos os actuaes accionistas daquel-
le Banco,
Lisboa 20 de agosto de 1889.
Pelo Banco Lusitano
Lêr, faliar e escrever
Em 0 mezes
A lingua françeza pelo rne-
tiiodo Ollendorff
LIVRO excepcionalmente pratico
c adoptado em muitos lyceus.
5.a edição. Um grosso volume. 1£000
réis.
MAGALI1AES & MONIZ—editores—
Porto, e nas principaes livrarias de
Lisboa.
Caminhos de ferro do
Sul e Sueste
T7AZ-SE publico que até á uma 1 hora da tarde de 25 do cor-
rente mez, na administração do 2.°
bairro de Lisboa, recebem-se pro-
postas em carta fechada para o for-
necimento de quarenta e cinco mil
kilogrammaa de azeite de oliveira.
O deposito provisorio para poder
licitar e da quantia de 270^000 réis,
e o definitivo será o que correspon-
der a 5 0j0 da importancia total do fornecimento, sendo, ambos, feitos
na caixa geral dos depositos, á or-
dem d'estes caminhos de ferro.
O caderno de encargos está pa-
tente na secretaria dos referidos ca- minhos de ferro, largo do Carmo,
n.° 32, onde pode ser examinado
nos dias úteis, desde as 10 horas
da manhã até ás 4 da iarde.
Lisboa, 5 d'agosto de 1889.
Companhia Heal
dos Caminhos
de Ferro Por-
tuguezes
Avímo a» pulílico-]
«Sanca provisória
merviço aduaneiro
Fronteira
Desde 1 de agosto de 1889, até
31 de outubro proximo futuro, se-
rá transferido de Marvão para
Castello de Vide o serviço d'Al-
fandega da Fronteira, havendo
por consequência, as seguintes
alterações no horário d'esta com-
panhia, em vigor desde Ide ju-
nho ultimo:
Comboios ascendentes—Castello
de Vide: comboio 43, cheg. u 1,40
da in. part. 1,4."» da m.; comb. 47.
cheg. 2,49 m.,part. 2,59 in.—Mar-
vão, comb. 43, cheg. 2,9 m., comb.
47, cheg. 3,26 m:
Com botos descen dentes—M a rvao,
comb. 42, part, ás 10,48 da m.,
comb. 44 ás 9,31 m., com. 48 ás
10,8 t.—Castello de Vide; comb.
42, chej;. 11,32 m., part. 12,7 t.,
comb. 44, cheg. 9,55 m., part. 10
e 5 in.; '•omb. 58, cheg. 10,35 t.
part. 10,59 t.
Estas modificações nas mar-
chas dos comboios, não alterarão
as horas actuaes de chegada e
partida nas estações além ou
áquein de Marvão e Castello de
Vide.
Lisboa 24 de julho de 1889.
O director da companhia.
Pedro Ignacio Lopes.
coracosicoii
49—Rua Áurea—51
A. C. BRAGANÇA
T^ENDO comprado na liquidação A da ourivesaria Bello & C.* o
que havia n'este estabelecimento de
commendas, hábitos, e medalhas
militares em prata e cobre, e bem
assim as titãs para as mesmas, par-
ticipa que tem hoje o mais comple-
to sortimento d estes artigos. 10
Para o Porlo e
Hamburgo
O vapor
ITALIA
Sairá depois da indispensável de-
-se a 24 do corrente.
Para carga o-i passagens trata-se
com os agentes
Charles Coverley & 6'.4
140, rua de S. Julião, 1.°
Para o Pará
áM
Sahirá depois de pouca demora
em Lisboa o vapor inglez LAN-
FRANC, que se espera em 25 do cor-
rente.
Para carga ou passagens trata-sf
na rua do Alecrim, n.° 10. Os agentes
Garland Laidley <5: C* 8
Para Pernambuco
Directamente
Descarregando dentro do porlo
Sahirá depois de pouca demore
em Lisboa o vapor ínglez AUTHOR,
que se espera em 28 do corrente.
Para carga trata-se na rua do Ale-
crim, 10.
Os agentes
Garland Laidley & C.* 5
Compagnie
des
MESSAGE RIES MARIT13IES
liBXMA QllKZEKAL
PAQUKBOTS POSTE FBANÇAI8
Para Dakar, Pernambuco, Ba-
hia. Rio de Janeiro. Mon-
tevideu e Buenos Ayres.
Sairá depois de pouca demora
n'este porto o paquete trance*
«ORENOQUE», cominandante Mor-
temard, que se espera de Bordeaux
em 24 do corrente.
Para mais informações trata-se no
escriptorio da agencia, travessa do
Sequeiro das Chagas. 1.
Os agentes
Torlades & C-'
Para Londres
O vapor
Gibraltar
CAÍRA' depois de pouca demora
° em Lisboa o vapor inglez LAN-
FRANC, que se espera em 25 do cor-
rente.
Para carga trata-se na rua do Ale-
crim, 10.
Os agentes
Garland l^aidley &gC.* 7
Para o Ceará e
ranhão
Ma-
corrente,
ens trata-
Para o Havre
e Liverpool
Recebendo ca
para Hong-Kong e
wÈÈÍÍÊÈL
Sahirá depois de pouca demora
em Lisboa o paquete inglez CLE •
MENT, que se espera em 25 do cor-
rente.
Para carga ou passagens trata-Rf
na rua do AJecrim, 10. Os agentes
Garland Laidley & C." 6
Espera-se a 25 d
Para carga e passager
no Caes do Sodré, 04, 1.°.
Os agentes
E. Pinto Basto & C.* 3
Para a Bahia e Rio
da Janeiro
Recebendo carga
para os portos do Sul
Sairá depois de pouca demora em
Lisboa o paquete inglez LAP1.AC
que se espera em 26 do corrente.
Para carga trata-se na rua do Aie-
10.
Os agentes
Garland J^uidley Sc C.■ 2
lombaim
Os Directores
Guilherme Arnaud.
Guilherme da Stlva Guimarães.
0 inspector,
José Quintino Travassos Lopes.
139
RS
Dara onde .
«rimeiro da
'0 meio dia
uma carta, a que tra-
o recebi. Escreve
com o nome todo
Podes no dia 30
procurar-me.
AS D AMUADAS DE PARIS
Está publicada a 40.* caderneta
ESCKIPTORIO. TRAVESSA BA QilEMABA, 33, I.»
LISBOA
Sahirá depois de pouca demora
em Lisboa o vapor inglez ANSELM,
que se espera em 30 ou 3 i do cor-
Para carga passagens trata-se na
rua do]Alecrim, 10. Os agentes
Garland Laidley & C.* 12
Para Bordeos
e Leiíh
o vapor
THE PACIFIC STEAM NAVIGATION COHPAHY
Para o Bio de janeiro, Montevideu
Buenos-Ayres, Valparaiso, Ãrica, Isíay e Callau
íaeieAo oe paquetes
BRITANNIA, a 28 de agosto. | GALICIA. a 25 de setembro.
•P0T0S1, a 11 de setembro [ -JOHN ELDER, a 9 de outubro. •• Os paquetes POTOSI e JONH ELDER farão escala por Pernamimco
e Bahia para onde só recebem malas e passageiros. Faz-se abatimento às famílias que viajarem para os portos do Brasil
e Rio da Prata.
Na passagem de 3.» classe por estes magníficos vapores, está aoiuí-
do vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.
A bordo ha criados cosmheiros portuguezes e medico.
STAHLEYHAL
Espera-se de 24 a 25 do corrente.
Para carga trata-se no Caes do So-
dré, 64, 1.° Os agentes
E. Pinto Basto & C.u 11
Para Vigo, Bordeaux, Plymouth e Liverpool
O PAQUETE
(tAUCIA
Espera-se de 25 a 2G de agosto.
Para carga e passagens trata-se com os agentes: EM LISBOA I NO PORTO
E. Pinto Basto & C % [ Vasco Ferreira Pinto Baêl* 04—Caes do Sodrô—64 \ 10—Largo de S. Jofe Kow—lfl