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1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2010 Diretor: Flávio Júnior Sacoman Pedagogos (a): Adriano Pires e Noeli Ribas Hey Moletta

1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2010 · 2012. 2. 10. · O conceito de Projeto Político-Pedagógico, encontramos em Vasconcelos (2004a, p.169) a seguinte explicação: “ É o plano

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2010

Diretor: Flávio Júnior Sacoman

Pedagogos (a): Adriano Pires

e Noeli Ribas Hey Moletta

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Projeto Político Pedagógico

SUMÁRIO págAPRESENTAÇÃO 4INTRODUÇÃO 7ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA 7MISSÃO E VALORES 14MARCO SITUACIONAL 16MARCO CONCEITUAL 19CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO 19CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO 20CONCEPÇÃO DE HOMEM 21 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE 22CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO 22CONCEPÇÃO DE ESCOLA 24CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 26 CONCEPÇÃO DE TÉCNOLOGIA 28 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO 29 INCLUSÃO 31ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA 32FORMAÇÃO CONTINUADA 33REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO 35MARCO OPERACIONAL 38REDIMENCIONAMENTO DA ORG. DO TRABALHO PEDAGÓGICO 38GESTÃO DEMOCRÁTICA 39PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA ESCOLA 40RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO 49CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS, TURNO,SÉRIES, CA- LENDÁRIO ESCOLAR E HORÁRIO

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CRITÉRIOS PARA ORG. E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS 49CRITÉRIOS PARA ORG. DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFES- SOR EM RAZÃO DE ESPECIFICIDADES

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DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PESSOAL DOCEN- TE E NÃO DOCENTE

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INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTOS DOS EGRESSOS – FICA 52SALA DE APOIO 57RECUPERAÇÃO PARALELA 58CELEM 61PROJOVEM

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 62 ANEXOS CALENDÁRIO ESCOLAR GRADE CURRICULAR PPCPTDDISTRIBUIÇÃO DAS TURMAS

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APRESENTAÇÃO

Projeto Político-Pedagógico – construção Coletiva

O conceito de Projeto Político-Pedagógico, encontramos em Vasconcelos (2004a, p.169) a seguinte explicação:

“ É o plano global da instituição. Pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar. É um instrumento teórico-metodológico para a intervenção e mudança da realidade. É um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição neste processo de transformação. ”

O Projeto Político-Pedagógico é, portanto, um documento que facilita e organiza as atividades, sendo mediador de decisões, da condução das ações e da análise dos seus resultados e impactos. Ainda se constitui num retrato da memória histórica construída, num registro que permite à escola rever a sua intencionalidade e sua história.

A própria metodologia de construção do projeto – centrada em algumas pessoas que detêm o poder de comando da escola ou coletivo de forma que todos se sintam partícipes e responsáveis pelas decisões tomadas – é indício de posição político-ideológica.

De acordo com a forma como procuramos conceituar a importância e relevância de um Projeto Político-Pedagógico, não caberia uma construção autoritária e hierárquica. Isso porque compreendemos a escola não como lugar somente de transmissão de conhecimento, e sim como lugar privilegiado para realizar um trabalho pedagógico muito mais amplo visando à formação integral dos cidadãos e buscando o exercício da cidadania por meio da participação e reflexão da realidade da comunidade escolar. A importância de a escola construir este documento é reconhecida pela legislação. Assim, o Projeto Político-Pedagógico, em âmbito federal, é citado pela Lei de Diretrizes e Bases, Lei 9396/98 (BRASIL,1998),

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Segundo Sousa e Corrêa (apud DAVIS, 2002, p.49), é preciso pensar

“o projeto pedagógico como um direito e um dever da escola e como um dos desafios para o avanço na organização do trabalho pedagógico”.

Para o Projeto Político-Pedagógico realmente ser um direito e um dever, todos os envolvidos nesse processo precisam estar cientes de que fazem parte dele, acreditando na sua importância, para não ser somente um documento, e sim ser utilizado como norteador para um trabalho pedagógico desenvolvido coerentemente entre teoria e prática.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96, a instituição escolar tem autonomia para que o Projeto Político- Pedagógico aconteça. Isto é assegurado no art. 15, Título IV:

“Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público.”

(BRASIL, 1996) .

Em relação à autonomia, é preciso perceber que existem três eixos que estão interligados – administrativo, financeiro e pedagógico – e que delineiam a identidade da escola. Autores que discutem a questão da autonomia reconhecem a limitação da escola em relação a esses eixos, sendo, portanto, uma autonomia relativa.

Segundo Veiga (2004, p. 14),

A principal possibilidade de construção do projeto político- pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua própria identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público, lugar de debate, do diálogo, fundado na reflexão coletiva.

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Assim, entendendo a importância do Projeto Político-Pedagógico e atendendo a solicitação da SEED, baseado no que diz e no que dispõe a lei vigente, a organização e funcionamento da Escola Pública do Estado do Paraná, baseia-se na Política de Educação Nacional, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Federal número 9394/96, aprovada em 20 de dezembro de 1996, a qual consolida e amplia o dever do poder público para com a educação em geral. Neste contexto a ESCOLA ESTADUAL FAXINAL DA BOA VISTA – EFM- ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, localizada na Rua das Violetas No 13, Vila Residencial Ibema, Turvo– Pr, observou a necessidade de repensar sua prática pedagógica e vem elaborar seu PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Nunca na história da educação, nossas escolas discutiram tanto autonomia, cidadania e participação. Estes são os temas mais originais e marcantes do debate educacional brasileiro hoje, tanto a escola, quanto o projeto estão inseridos num cenário marcado pela diversidade e cada escola é o resultado de um processo de desenvolvimento de suas próprias contradições.

A luta pela autonomia e pela gestão democrática contribuiu para que cada segmento da comunidade escolar tentasse equacionar com realismo seus problemas e suas possibilidades de intervenção. O Projeto Político Pedagógico é a maior e melhor expressão desse trabalho sério.

Entendemos que a proposta pedagógica é a própria identidade da escola, que estabelece as diretrizes básicas, a linha de Ensino e a atuação na comunidade. Formalizando assim, o compromisso assumido por toda a comunidade escolar.

O referido projeto tem como objetivo:

Viabilizar o processo decisivo de tomada de decisão participativas, preocupando-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico de qualidade que desvele os conflitos e as contradições, explicitando princípios baseado na autonomia da escola, na solidariedade entre agentes educativos e no estímulo à participação de todos no projeto comum e coletivo. Além disso, conter ações explícitas na direção da superação de problemas, no decorrer do trabalho educativo, voltado para uma realidade específica, reafirmando o compromisso com a formação do cidadão. Abraçar poucos objetivos, condizentes com os anseios dos alunos e desenvolvê-los de modo integrado.

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INTRODUÇÃO

O Colégio Estadual Faxinal da Boa Vista - Ensino Fundamental e Médio identificado sob o código 41106644, situado à Rua das Violetas, No 13 – Vila Residêncial Ibema Telefone/Fax (0xx42) 3676-1246, pertencendo ao NRE de Guarapuava, ficando deste a uma distância de 75 km. Sendo mantida pelo Governo do Estado do Paraná, funciona sob as seguintes autorizações: Estabelecimento Rec.: Res. 4708/96; Ensino Fundamental: Ren. Rec.: Res. 2768/07 e Ensino Médio: Ren. Rec.: 2769/07 .

A referido colégio utiliza-se de espaço compartilhado com a escola municipal de ensino básico João Miguel Maia.

O prédio escolar é construído em alvenaria, com área total de 718,69 m2 . Atendendo 457 (2009) alunos distribuídos em 16 turmas, 5a, 6a, 7a e 8a séries do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio no período da manhã, 5a, 6a, 7a séries e 8ª série,1º, 2º e 3º anos do ensino médio no período da noite sendo parte da equipe escolar: 22 professores sendo 4 QPM e demais PSS, 02 pedagogos - PSS, 01 secretária, 01 merendeira, 02 auxiliares de serviço gerais e 01 diretor e diretora auxiliar. Estes mesmos alunos usufruem de biblioteca com aproximadamente 3000 mil obras, laboratório de informática com 20 terminais, com previsão de mais 16 terminais para 2010, sala de vídeo equipada e sanitários adequados

Aspectos históricos da escolaO Colégio Estadual Faxinal da Boa Vista – Ensino Fundamental e Médio

localiza-se na região interiorana do Município de Turvo, Centro Oeste do Paraná denominada Faxinal da Boa Vista. Uma região formada, em sua grande maioria, por funcionários da IBEMA – Fábrica de papel, comerciantes, pequenos agricultores, e também faxinalenses, indígenas.

Até 1994 a escola, cuja denominação era Escola Municipal João Miguel Maia – Ensino de 1º. Grau pertencia ao Sistema Municipal de Educação. A partir de 1995 o ensino das quatro últimas séries do 1º. Grau (hoje Ensino Fundamental), passaram a ser responsabilidade do Estado quando foi criada a Escola Estadual Faxinal da Boa Vista – Ensino de 1º Grau, conforme resolução 6266/94 de 22/12/94, sendo que no mesmo ano, em 22/09/94 através da resolução 4.575/94 o então Secretário da Educação Olivir Gabardo concedeu autorização de funcionamento do Ensino de 2º Grau Regular, a partir do ano letivo de 1995.

O prazo de autorização de funcionamento do Ensino de 2º. Grau foi prorrogado através da resolução 4.195/96 de 30/10/96 por mais dois anos, contados a partir de 1997. O Ensino de 2º Grau, hoje Ensino Médio, foi

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reconhecido pela Resolução n. º 5012/02 de 20 de dezembro de 2002.O Curso de 1º Grau, hoje Ensino Fundamental, foi reconhecido em 1996

através da Resolução 4.708/96 de 17/12/96.A história do Colégio inicia-se sob a direção da professora Olinda

Virgínia de Caires Afonso Sandri, tendo como pessoal de apoio um único assistente administrativo: Maria Claudet Oliveira Raiffer de Paula e as senhoras Beatriz Elena Antonete e Rosa Mendes Machado Barbosa como auxiliar de serviços gerais. Como professores: Sidnei Antonio Buhrer, Edimar Cordeiro Silvestre, Solange Dalla Rosa de Oliveira, Miriam Kovalski Raiffer, Humberto Martins Sant´ana, Rutila Sant´ana e Silmara Gambarelli Rodelli. Para atender alguns requisitos legais, o Colégio contou com a colaboração da IBEMA - Cia Brasileira de Papel, na pessoa do Sr. Milton Veronezzi.- Gerente Administrativo.

A partir de 2001, assumiu a Direção do Colégio o Prof. Sidnei Antonio Bührer. No período de sua gestão, 2001 a 2005, foram implantados e realizados grupos de estudo por professores, realizou-se o “Prêmio Aluno Nota 10” e com a participação de toda a comunidade, desenvolveram-se vários projetos na área da saúde e do meio ambiente, além de atividades recreativas como jogos escolares e a” Noite Cultural”. Neste ano, uma das idéias, que para muitos era sonho, está se tornando realidade. No mês de Junho foi instalado o laboratório de Informática onde alunos e professores tiveram acesso à Internet além de adquirirem conhecimentos mais técnicos.

Espaço Físico

Nosso estabelecimento encontra-se em dualidade física e administrativa conforme já citado, esta localizado em região rural, distante da sede 30 Km, e tem enfrentado diversos problemas no decorrer de sua existência.

Entre eles, citamos a falta sistemática de professores em cada reinício de ano Letivo, a precariedade de espaço físico1 onde não é adequado e portadores de nescessidade especial, por exemplo cadeirantes, pois a Escola não esta construída em diferença de nível sem rampas de acesso, sendo que as escadas não oferecem segurança.

Devido a falta muro existe muitos transtornos devido a escola estar parcialmente aberta, pois alunos tanto da escola municipal como estadual saem do pátio da escola para a Vila Residencial Ibema, a qual as escolas estão inseridas, além do risco de entrada de pessoas estranhas ao ambiente escolar.

1 Previsão de contrição de Colégio em 2010 !.

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Não há quadra de esporte adequada, pois a existente oferece riscos de acidentes por ser de concreto rústico causando lesão, além de não haver cobertura. Está em projeto nova quadra de esporte em convênio com o Estado do Paraná para o ano de 2010.

Nossa escola estadual possui 8 (oito) salas as quais estão dotadas de TV Pen Drive, sendo que em 2008/2009 foram construídas 3 salas através de convênio com o Estado e Município, uma biblioteca, uma secretária, uma sala de Direção, uma sala da equipe pedagógica e um laboratório de informática também usado como segunda opção de sala de professores, pois a sala de professores é de uso compartilhado com munícipio com restrição de espaço.

Neste ano de 2009 foi implantado uma sala compartilhada com o munícipio a Sala de Apoio para atender o alunos da 5ª série da manhâ em contra turno tarde.

Não possuímos sala de recursos, sala de contra-turno e auditório. No ano de 2007 o Município reivindicou as 4 (quatro) salas que usávamos no período da tarde. Por este motivo estava-mos tendo nossas aulas no salão comunitário da igreja Nossa Senhora das Brotas.

Este fato dificulta bastante, pois o local não era apropriada. Das quatro salas organizadas, duas não possuiam divisórias, as outras duas eram muito pequenas e todas eram muito quentes, pouco arejadas e com iluminação abaixo do exigido para estudos..

Em 2009 foram atendidas a solicitação e construídas 3 novas salas com convênio munícipio e estado.

Gerar e gerir um trabalho docente eficaz não é simples numa região em que os professores têm que pernoitar para poder cumprir sua carga horária, em razão de só haver ônibus entre Turvo e nossa localidade, diuturnamente e em horários não adequados, e não existe ônibus de linha no horário noturno, onde é utilizado o de estudantes que estudam em Guarapuava..

Os professores e alunos fazem uma verdadeira “maratona diária” para ministrar e assistir aulas dependendo do transporte escolar e compartilhamento de viagens no caso dos professore de Guarapuava distante 75 km e Turvo 30 km..

Até o ano de 2006 havia uma grande dificuldade de acesso à escola, devido ao grande risco de acidentes no percurso de estrada de chão que conduzia à escola. Atualmente a referida está asfaltada com riscos de acidentes elevados pelas curvas, estrada estreita e sem acostamento.

Contudo a escola proporciona uma aprendizagem “possível”, dentro dos

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recursos humanos, materiais e tecnológicos existentes. Somente a partir do ano 2008, recebemos um número suficiente de computadores, e tivemos acesso à INTERNET, o que possibilitou uma melhor aprendizagem. Com previsão de mais 16 terminais para o fim do ano de 2009/2010 através de convênio Estado e MEC.

Concomitantemente ao exposto, busca-se no Colégio Faxinal da Boa Vista, uma didática que permita uma pedagogia com finalidade sócio - política e pedagógicas e as bases teóricas - científicas e técnicas na elaboração da aprendizagem em que a ação pedagógica constitua-se num alicerce integrador, onde o aluno possa ser agente de si mesmo e de transformação da sociedade capaz de emancipar-se..

Certamente há muito o que caminhar para atingir emancipação, é a partir do conhecimento e do empenho de todos âmbitos, os resultados naturalmente poderão ser satisfatórios.Ofertas de cursos e turmas Ver Anexo 2

Caracterização da população escolarA comunidade que nos cerca é bastante heterogênea no que diz respeito

às condições sócio-culturais-econômicas. É formada na sua grande maioria por filhos de pequenos agricultores, pequenos comerciantes, operários da fábrica de papel, trabalhadores rurais, faxinalenses, indígenas. Além disso, muitos não possuem emprego fixo e nem carteira assinada. São os que “trabalham por dia” aqui e acolá.

É necessário ressaltar que a maioria não tem acesso à informação, à cultura e ao lazer, tendo na escola o único meio de garantir esse acesso. É uma comunidade extremamente carente, haja visto que é uma das regiões com menor IDH do Brasil.

Há a predominância de valores ainda muito tradicionais de convivência social e religiosa, o que deve ser considerado também no momento do planejamento escolar.

Muitos de nossos alunos, principalmente os do noturno, trabalham no período diurno. Uns ajudam seus pais na lavoura ou nos trabalhos de casa.

Outros tantos trabalham em turno na IBEMA e que, embora estejam dentro do que a Legislação prevê (75% de freqüência para aprovação), acabam perdendo muitas aulas e isso reflete em aspectos de seu rendimento escolar.2

2 No sentido de proporcionar condições mais adequadas para esses alunos e evitar repetência e evasão escolar, têm-se buscado várias formas de recuperação de conteúdos e avaliação além da sensibilização de professores para o problema.

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Na localidade onde a escola está inserida existem atividades agrícolas, como plantação de soja e milho, assim como aquelas pequenas propriedades rurais familiares com o cultivo de subsistência básica e gado de leite e corte.

Ainda, na região de Faxinal da Boa Vista, existe uma vasta área de reflorestamento para atender a IBEMA (Fábrica de Papel), com a plantação de pinus e araucária, que segundo o último levantamento a indústria possui cerca de 8.000 mil hectares de áreas denominadas rurais, dos quais 5.000 mil hectares são plantados com reflorestamento e 3.000 mil hectares destinados à preservação permanente em reserva legal. As florestas são compostas por árvores, principalmente de pinus de 1 à 25 anos de idade buscando minimizar os impactos ambientais e a preservação da fauna e da flora desta região.

A empresa IBEMA ( indústria de papel), possui cerca de 800 funcionários, os quais têm padrões de vida variados. Alguns (os que residem na Vila IBEMA) com toda infra-estrutura de suas casas; com água e luz fornecida pela a empresa. No centro da Vila existe igreja, esta escola, mercado, farmácia, posto do correio e neste ano de 2009 foi criado um destacamento da Policia Militar ao lado da escola

Contudo, nas chácaras e pequenos sítios da redondeza, muitos não tem energia elétrica, vivem sobre luz de velas e lampiões, a água vem de poço ou vertentes, o que gera o contraste aos que são operários da fábrica-de-papel que residem na vila com casas cedidas pela empresa, comerciantes, funcionários públicos e que residem na vila com casas cedidas pela empresa e há também as vilas adjacentes que também tem seus contrastes socio economico,onde moram o professores, aposentados, comerciantes, chacreiros e funcionários da Ibema menos previlegiados.

Neste ano de 2009 vem sendo implantado o projeto de Luz Para todo, onde segundo a COPEL será concluído em 2010. Apesar das dificuldades pode-se dizer que o trabalho realizado na escola supre as necessidades da população, mais que podem ser melhorados no que se refere à aquisição dos conhecimentos pelos alunos onde estes possam ser o agente de transformação de nossa região e até mesmo além dos limites geograficos.

Caracterização dos professores, funcionários e equipe de direção.

É pequeno o número de professores concursados e existe uma grande rotatividade de professores contratados temporariamente (PSS), alem de faltas de professores para atender uma população de região rural, ou seja, do campo. Este fato torna difícil um comprometimento de todos e o devido

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conhecimento do alunado, pois muitos professores trabalham em outras escolas e é incerto o ano seguinte, pois a distância desmotiva a permanência.

Fator este que é primordial para haver um bom desempenho das atividades pedagógicas.

A precariedade de espaço físico se dá pelo motivo de estarmos compartilhando espaço com a escola municipal, o que impede um planejamento que busque a qualidade do uso dos espaços, e até mesmo de ofertarmos turmas de Ensino Médio Diurno, o que é uma reivindicação antiga de pais e mães à direção do Colégio. Porém em 2009 foi implantado 1º ano do ensino médio no turno matutino.

No momento dispomos de um quadro não estável de tais profissionais, pois há certo isolamento causado pela distância e difícil acesso, isso somado à lentidão do Processo Seletivo causa a falta sistemática de professores em cada reinício de ano letivo, além de licenças Médicas e Prêmio. Porém pode se mencionar que contamos com 21 (vinte e um) professores destes 10 - QPM, e 11 PSS, 08 (oito) funcionários administrativos e serviços gerais, 02 (dois) Pedagogos - PSS, 01 (um) Diretor e 01(uma) Diretora auxiliar.

Organização de Hora Atividade no horário escolarA organização da Hora Atividade em nossa escola é feita individualmente,

de acordo com o número de aulas de cada professor.Considerando que a maioria dos professores leciona em outras escolas, há

uma necessidade de adequação dos horários aos das outras escolas, e sempre que possível organizamos os professores por disciplinas para que possam socializar suas experiências.

Necessidades educacionais especiais

Nosso currículo se propõe a atender todos os alunos, inclusive aos portadores de necessidades educativas especiais.

Porém se houver casos de cadeirantes não há espaço físico adequado para o acesso as salas, devido à escadas, portas estreitas, sem acesso ao pátio para o recreio e fazer a merenda às salas e aos banheiros, e outros. Até mesmo as novas salas de aulas construídas neste ano não contemplaram esta realidade.

Uma maneira de contornar esta deficiência, caso ocorra algum aluno cadeirante é trocar sala de aula com a Escola Municipal João Miguel Maia, já

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que está em nível com acesso mais apropriado e estar próximo de local de merenda, no entanto a biblioteca e laboratório de infomática estará em em local de difícil acesso devido as escadas entre os prédios.

Não há, no entanto, um currículo especial para alunos especiais.A todos são fornecidas as mesmas oportunidades de aprendizagem,

metodologia, conteúdos, avaliação.As Necessidades Educacionais Especiais que se apresentam são: alguns

casos de hiperatividade, um caso de surdez e visão parcial com uso de aparelhos. Além de vários casos de alunos com problemas de aprendizagem.

Caso ocorra algum aluno com Necessidades Educacionais Especiais será oportunizada o atendimento adequado conforme preve a legislção.

Organização Curricular e do Tempo Escolar

O currículo é o conjunto daquilo que se ensina e daquilo que se aprende, de acordo com uma ordem de progressão determinada, no quadro de um dado ciclo de estudos. Um currículo é um programa de estudos ou um programa de formação. Mas considerados em sua globalidade, em sua coerência didática e em sua continuidade temporal, isto é, de acordo com a organização sequêncial das situações e das atividades de aprendizagens às quais dá lugar ( FORQUIN, 1996, p.188)

Durante muito tempo a organização curricular foi concebida como uma ação voltada para modelar as consciências dos alunos. A educação, através da ação curricular servia como modo de reprodução das estruturas, normas e valores da sociedade.

Hoje em dia os conteúdos já não são ensinados de forma isolada e sim contextualizados, permitindo a constituição de cidadãos solidários e autônomos.

Num currículo voltado para a transformação há espaço para a diversidade étnica, cultural, de gênero, incluindo-se ainda as experiências dos professores e alunos que lhe dão vida.

Através da discussão de assuntos relevantes para a vida em sociedade procura-se transmitir aos alunos conhecimentos que lhes permitem conhecer, ser cidadão critico e transformar a realidade em que vivem.

Trabalhar com a diversidade não significa, no entanto, atender a aspectos específicos de uma cultura sem tentar ampliar os conceitos de seus membros.

Um currículo multicultural não pretende apagar os modos de ser, viver,

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falar de seus alunos, porém, a partir das características próprias dos diferentes grupos, busca levá-los a conhecer e vivenciar o que é considerado patrimônio cultural comum da humanidade.

Nosso currículo tem como base o Reconstrucionista Social, onde de acordo com McNeil (2001a), o reconstrucinismo social concebe homem e mundo de forma interativa. A sociedade injusta e alienada pode ser transformada à medida que o homem – inserido em um contexto, social, econômico, cultural, político e histórico – adquire, por meio da reflexão, conciência crítica para assumir-se sujeito do seu próprio destino.

Neste prisma, a educação, é um agente social que promove a mudança. A visão social da educação e currículo consiste em provocar no indivíduo atitudes de reflexão sobre si e sobre o contexto social em que está inserido. É um processo de promoção que objetiva a intervenção consciente e libertadora sobre si e a realidade, de modo a alterar a ordem social.

Na perspectiva de reconstrução social agrupam-se as posições que consideram o ensino um atividade crítica, cujo processo de ensino-aprendizagem deva se contituir em uma prática social com posturas e opções de caráter ético que levem à emancipação do cidadão e à transformação da realidade.

O currículo de nossa escola é organizado em disciplinas. Estas são: Português, Matemática, Geografia, História, Educação Artística, Educação Física, Ciências, Biologia, Física, Ensino Religioso e Inglês, Filosofia e Sociologia (parte diversificada da Matriz Curricular).

Sendo que para o ano de 2010 será implantado o CELEM - LEM – Espanhol, onde está prevista 2 turmas atendeno alunos, cumunidade e professores.

Também está previsto em 2010, formação de turmas de PROJOVEM RURAL atendendo alunos da faixa de idade de 18 anos em diante que não terminaram o ensino funadamental, 5ª a 8ª series, voltado a realidade do homem do campo.

Dentro da disciplina de História/Geografia aborda-se o estudo de caso sobre o Estado do Paraná.

O estudo sobre a Inclusão Social e Cultura Afro-brasileira e Africana são trabalhados como conteúdos de história.

E também contemplar os desafios educacionais contemporâneos de forma interdisciplinar nas disciplinas quando o conteúdo oportunizar os seguintes temas definidos pela mantenedora SEED-Pr.:

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História e Cultura Afro-Brasileira , Africana e Indígena;Enfretamento à Violência na Escola;Prevenção ao uso indevido de drogas;Sexualidade;Educação Ambiental;Educação Fiscal.

No que concerne à organização do tempo escolar, seguimos as Diretrizes da S.E.E.D.

MISSÃO E VALORES DO COLÉGIO ESTADUAL FAXINAL DA BOA VISTA -EFM

A MISSÃO do Colégio Faxinal da Boa Vista – EFM é formar alunos conscientes de seus direitos e deveres, capazes de lutar por uma sociedade justa e igualitária. VALORES

Justiça Cidadania Igualdade Respeito Solidariedade Verdade

Amor Esses valores serão planejados e trabalhados interdisciplinarmente no decorrer do ano letivo.

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Formas de Registros Avaliativos e Intervenções pedagógicas

A avaliação dos alunos é feita durante o bimestre, através de exercícios feitos pelos alunos, observações diárias dos professores, trabalhos apresentados pelos alunos, seminários, debates. Estas observações são registradas através de notas. São quatro períodos (bimestres) valendo 100 pontos no total. Ao final do quarto bimestre soma-se o total das notas e divide-se por quatro. É necessário que cada aluno tenha obtido no mínimo 60% das notas.

Acreditamos que tais notas ou conceitos não possam por si só explicar o rendimento do aluno e justificar uma decisão de aprovação ou retenção sem que sejam analisados os processos de ensino aprendizagem e as condições oferecidas para promover a aprendizagem do aluno.

Avaliar exige antes, que se defina aonde quer chegar, que se estabeleçam os critérios, para em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles referentes à coleta de dados, comparados e postos em cheque com o contexto e a forma em que foram produzidos.

No entender de Luckesi (1.999) “para não ser autoritária e conservadora a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento da identificação de novos rumos”

Modificar a forma de avaliar implica na reformulação do processo pedagógico, deslocando também a idéia da avaliação do ensino para a avaliação da aprendizagem.

Durante o ano é feito um acompanhamento individual com os alunos e na medida do possível são formados grupos de alunos para estudos.

Durante os bimestres os professores retomam os conteúdos que não foram apreendidos pelos alunos e é ofertada a nova oportunidade de aprenderem, que deverá refletir na avaliação de recuperação que acontece sempre ao final de cada bimestre.

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MARCO SITUACIONAL Após uma análise da realidade brasileira, reporta-se uma reflexão de posturas governamentais. Temos um Brasil maravilhoso, desenvolvido em potencialidades mas carente de recursos. O quadro educacional brasileiro é ainda bastante insatisfatório. Alguns indicadores quantitativos e qualitativos mostram um longo caminho a ser percorrido. Comparações com outros países em estágio equivalente de desenvolvimento, colocam o Brasil em desvantagem não só na área da educação, mas vários âmbitos sociais e econômicos, mais que um dos viés de transformação é uma política pública com ênfase no âmbito educacional em todos os seus aspectos. Os dados revelam desigualdades regionais, baixo aproveitamento escolar, defazagem idade/série, índices de evasão e repetência. A má distribuição da renda tem funcionado como entrave para que uma parte considerável da população possa fazer valer os seus direitos e interesses fundamentais, como o direito à educação de qualidade, embora, nos últimos anos houve uma siginificativa mudança da política de desenvolvimento da educação. Estamos no entanto, sempre em busca de uma educação transformadora sem ignorar as desordens e desigualdades sociais que nos cercam no dia a dia. O analfabetismo no Brasil é hoje um fenômeno regional, ficando mais acentuado nas regiões norte e nordeste do Brasil, sendo que vários programas para erradicação do analfabetismo estão sendo desenvolvidos no país, como o Brasil Alfabetizados e outros programas governamentais, todos levando à uma progressiva queda do mesmo, inclusive na nossa comunidade escolar. Além do prejuízo que o atraso na progressão escolar ocasiona aos próprios alunos, estimulando a evasão e a tentativa de ingresso no mercado de trabalho sem a necessária qualificação as taxas de repetência criam custos adicionais para os sistemas de ensino e ao estado, constituindo hoje um dos problemas do quadro educacional do país, pois embute o estigma da não aprendizagem, mostrando a baixa qualidade do ensino e a incapacidade das escola em garantir a permanência dos alunos na sala de aula em idade escolar. Construir um Projeto Político Pedagógico numa sociedade em constantes mudanças é um desafio enorme para nós educadores, pois a construção de uma sociedade igualitária passa pelas escolas e a evidência do insucesso no aproveitamento escolar tem forte repercussão no meio social. O país hoje apresenta um quadro de crise na política nacional, precisamos urgentemente de uma faxina nos ministérios, na burocracia, nas instituições

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federais e estaduais, como diz a escritora “Lia Luft” num artigo da revista Veja: “Podemos usar essa tremenda crise para mudar.

Nossas dores de agora podem ser dores de crescimento, não de naufrágio, para assumir-mos de uma vez por todas o nosso papel em relação ao nosso país.” Há programas para erradicação da fome, chamado “Fome Zero” (Governo Federal), Leite da Criança (Estadual), Luz Fraterna (Estadual) entre outros.

Mas vê-se uma grande necessidade e um programa que leve informação ao povo, educação e trabalho com dignidade. A crise começa a denegrir a imagem do Governo, pois segundo a imprensa, não basta ser honesto, precisa parecer honesto e isso não está acontecendo. Os programas assistenciais estão causando uma dependência enorme na população, que espera cada vez mais dos governos e consequentemente das escolas. Um ponto positivo dos últimos anos no Estado do Paraná, é a formação continuada dos profissionais da educação onde semanal e alternadamente os professores estão sendo encaminhados à Faxinal do Céu (Universidade do Conhecimento) ou à Curitiba para participar de seminários e simpósios, objetivando a reformulação da Grade Curricular do Estado e aprimoramento dos professores do ensino. O município de Turvo conta com uma população aproximada de 14.531 habitantes, sendo 10,352 ( senso 2000) no meio rural e 4.179 ( senso 2000 ) habitantes no meio urbano, população essa que ainda é influenciada pelas culturas italianas, ulcraniana, pela sua colonização. O município acompanha os programas do governo no que diz respeito à educação de jovens e adultos, oferecendo espaço físico e atendendo diversas necessidades dos alunos dessa modalidade educacional.

Temos hoje uma sociedade discriminadora e elitizada que valoriza mais o ter do que o ser. Cabe a nós como escola participante ativa na formação de cidadãos, buscar através do nossa trabalho, transformar a sociedade em que vivemos, numa sociedade mais justa, humana, igualitária e cumpridora de suas funções. Uma grande escola exigirá docentes competentes, abertos para o mundo e para o saber. Docentes e estudantes devem estar conscientemente comprometidos com valores morais e éticos que os definam como cidadãos atuantes no meio em que estão inseridos.

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Uma grande escola exigirá espaços físicos e culturais, sociais e artísticos, equipados com a máxima tecnologia de comunicação existente, abrigando toda a sabedoria acumulada pela humanidade e toda a esperança de um futuro, que não seja só continuidade do presente, mas que ultrapasse e transforme. Uma grande escola exigirá tempo.

Tempo de encontro, de encanto, de canto, de poesia de arte, de cultura, de lazer, de discussão, de gratuidade, de ética e de estética, de bem estar e de bem querer, mas fundamentalmente de beleza e de felicidade.

Porque escola grande se faz com grandes cabeças, mas também com grandes corações, com muitos braços que se estendam em abraços que animam caminhadas para grandes horizontes Sendo assim, o Colégio Faxinal da Boa Vista, propõe um Projeto que desmistifique antigos paradigmas da educação. Na prática viabilizamos nossos projetos através da participação dos professores e da comunidade escolar, planejados em reuniões pedagógicas e na hora atividade, projetos e eventos escolares como:, Incentivo a Leitura na Escola, de combate às drogas, alcoolismo, Meio Ambiente, projetos relacionados a datas comemorativas entre muitos outros, alguns delas com parcerias. Esses projetos só são possíveis por que buscamos em nossa escola garantir espaço de participação efetiva de todos os envolvidos, através de uma gestão democrática, com direitos e deveres, que envolva todos os segmentos da comunidade escolar. Nosso grande desafio é confrontar a teoria com a prática procurando transformar a sociedade que temos em uma sociedade mais justa, humana e igualitária, cumpridora das suas funções. Precisamos tirar da escola essa função assistencialista que oferece o saber fragmentado e por não partir da realidade do aluno, enfrenta uma porcentagem grande de evasão e repetência, para uma escola onde todos sejam acolhidos e trabalhados dentro das suas necessidades individuais, pois se o ensino é coletivo, a aprendizagem é individual. Percebe-se que nossos alunos num contexto de vida no e do CAMPO não têm um perspectiva à continuação dos estudos e nem de trabalho, pois atualmente não há políticas de incentivo aos pequenos agricultores, embora o Estado do Paraná vem avançando nos últimos 10 anos em uma política que valorize o homem do campo, por esse motivo apresentam um grande índice de desmotivação e muitos vêm à aula apenas porque são obrigados pela família,

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sociedade. Não é isso que queremos. Nosso objetivo é formar alunos mais críticos, interessados, responsáveis pelos seus atos, construtores do seu conhecimento e autônomos no que diz respeito a sua escolha de vida e de trabalho. O grande entrave no processo de socialização do saber, ainda é a resistência a mudança de muitos professores que ainda de maneira tradicional encontra-se na posição de meros transmissores do conhecimento quando na verdade espera-se que sejam vocacionados, sintam gosto pelo educar e como mediadores do conhecimento sejam também inovadores, felizes e estimados a aperfeiçoar-se enquanto desenvolvem suas funções e assim receberem o reconhecimento social e a valorização que esperam pelo importante papel social que é o do educador. A escola como um todo só funciona na totalidade com qualidade, se todos os envolvidos no processo se empenham nesse objetivo, por isso não apenas os professores, familiares e gestores devem se esmerar na sua prática tentando fazer o melhor possível, mas os funcionários envolvidos com a manutenção da estrutura escolar, com a alimentação e coordenação, devem agir como educadores em potencial, fazendo a sua parte e assim também merecer um olhar de respeito por toda a comunidade escolar.

MARCO CONCEITUAL

CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

Para que serve uma escola? Que sentido existe em nos organizarmos socialmente para convivermos

horas, dias, meses e anos num ambiente escolar? Já se tornou comum o fato de que a escola não muda o mundo, ela muda

com o mundo. Os estudos curriculares devem possibilitar a compreensão sobre o que se processa no interior da escola e os vínculos com a comunidade onde ela está inserida, ou seja, deve ser uma ferramenta imprescindível para se compreender os interesses que perpetuam e estão em permanente jogo na escola e na sociedade. Podemos definir currículo como um conjunto de ações que cooperam para a

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formação humana em suas múltiplas dimensões constitutivas, pode-se dizer que o currículo imprime uma identidade à escola e aos que dela participam.

Permite, ainda, perceber que o conhecimento trabalhado no ambiente escolar extrapola os limites de seus muros.

Sacristán / 2000 nos remete a importante reflexão de que “não tem sentido renovações de conteúdos sem mudanças de procedimentos e tampouco uma fixação em processos educativos sem conteúdos de cultura”. Em nosso entendimento, isso significa, compreender que o currículo escolar traduz marcas impressas de uma cultura nem sempre visível, mas que está latente nas relações sociais de uma época. Essa cultura reflete, como já demos a entender, aceitação ou negação de determinados mecanismos de reprodução social. O currículo escolar, põe em foco, justamente, amplas questões, entre elas: O que e como se aprende na escola? A quem interessa e a serviço de quem está o que é aprendido? Como podemos fazer para democratizar o que é discutido nas escolas de forma a não excluir os conhecimentos dos diferentes segmentos sociais, sem anular identidades ou se segregar saberes? Como romper com a “clausura” que a escola vive em relação à dinâmica social de nossos dias? Ainda não há consenso sobre um caminho que garanta certeza ou segurança para res- ponder a esses questionamentos. Longe se representar um beco sem saída, o não consenso, neste caso, expressa a existência de diferentes caminhos, de caminho plurais. O que pode significar um bom sinal se consideramos o conhecimento sensível dos poetas de que “o caminho se faz ao caminhar”. Parafraseando este saber, podemos dizer que o currículo de nossas escolas expressam os conflitos e alternativas que se constróem a partir dos dilemas demandados em nosso tempo. Esses dilemas têm origens que podem e devem ser conhecidas para serem superados. Uma possibilidade de concretizar avanços no sentido de superar uma visão estreita de currículo é o caminho do debate da lógica curricular que aprisiona o trabalho pedagógico em nossas escolas restringindo-o, muitas vezes, a uma frustrante tentativa de socializar aspectos das culturas tradicionalmente hegemônicas, ao mesmo tempo, relegando a um plano secundário os sinais das culturas oprimidas, que teimam em resistir à massificação imposta por “valores” dominantes.

CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Atualmente, assistimos as mudanças profundas ocorrendo na sociedade e mesmo na vida privada das pessoas a partir dos avanços das novas tecnologias e dos novos meios de comunicação.

Por um lado, verificamos que os conhecimentos sistematizados não estão

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mais reunidos unicamente nas bibliotecas e nem o acesso a eles dá-se apenas nas salas de aula. Devido aos avanços tecnológicos e informacionais, sendo veiculado não apenas pelos meios tradicionais de comunicação (rádio, jornais, revistas, televisão, etc.), mas também pelo computador e, sobretudo, pela Internet, e também com recente TV Pen Draiver instaladas em cada sala de aula, uma ferramenta importante no ensino aprendizagem. É necessário que os profissionais da educação estejam cientes de que, hoje, a relação das pessoas com o saber sistematizado passa por muitas outras alternativas e fontes de conhecimento além da escola.

Por outro lado, a criação de novos conhecimentos nunca foi tão acelerada como hoje, provocando a necessidade de reorganizar em novas bases todo o saber acumulado. Não acompanhar esse movimento passa a representar uma desvantagem para as pessoas e para os setores nos quais atuam. Essas características relacionadas ao saber (velocidade de criação, renovação, acesso e constante atualização), levaram alguns autores a nomear esse atual momento não apenas como era da informação mas como sociedade do conhecimento.

Portanto, essa sociedade do conhecimento clama por uma nova escola, por um jeito novo de ensinar e de aprender.

O jovem dessa sociedade, cobrará da escola não somente um diploma ou o mero domínio dos equipamentos modernos e de algumas tecnologias, mas a excelência do seu conhecimento. Dominar o uso de equipamentos e das novas tecnologias é necessário, mas não suficiente. Nessa direção afirma um estudioso:

Não se trata aqui apenas de usar a qualquer preço as tecnologias, mas acompanhar conscientemente e deli- beradamente uma mudança de civilização que recolo- ca profundamente em causas institucionais as mentali- dades e a cultura dos sistemas educativos tradicio- nais e notadamente os papéis do professor e do alu- no.( LEVY,1999,p. 172)

CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem necessita produzir continuadamente a sua própria existência. Para tanto em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a

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si, isto é, transformá-la pelo trabalho’. (Saviani, 1992). Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade,

se encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade.

Isto o torna capaz de relacionar-se, de sair de si, de projetar-se nos outros, de transcender.

Essas relações não se dão apenas com os outros, mas se dão no mundo, com o mundo e pelo mundo.

Quando o homem compreende sua realidade, pode levantar hipóteses sobre o desafio dessa realidade e procurar soluções. Assim pode transforma-la e com seu trabalho pode criar um mundo próprio, seu eu e suas circunstâncias.

Nós, enquanto escola queremos colaborar na formação de um homem saudável em sua integridade física moral e intelectual. Que possa ser participe do projeto de evolução de um ser humano competente, responsável e comprometido com sua dignidade. Um ser humano que saiba amar e ser amigo e que, como cidadão, tenha consciência de seus direitos e deveres enquanto homem, atuante na sociedade em que está inserido.

Buscamos formar um homem que saiba agir dentro da técnica, com valores éticos e morais, desenvolvendo sua capacidade criativa e crítica, sem perder sua identidade e autonomia. Que saiba conviver em harmonia com a humanidade e a natureza, respeitando a contradição como elemento da evolução.

Queremos formar um homem cidadão, preocupado com o coletivo, com o individual e com o meio ambiente. Que consigam pensar com autonomia e independência e sejam capazes de se importar com a vida, com eles mesmos e com a comunidade.

Que saibam usar bem os recursos do meio em que vivem e saiam pelo mundo como pessoas dignas, com respeito por si mesmo e pelos outros. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Nunca houve tantas pessoas aprendendo tantas coisas ao mesmo tempo como em nossa sociedade atual. De fato, podemos concebê-la como uma sociedade da aprendizagem. (Pozo, 2002). Uma sociedade na qual aprender constitui não apenas uma exigência social crescente, como também uma via indispensável para o desenvolvimento pessoal, cultural e mesmo econômico dos cidadãos.

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Além disso, essas demandas crescentes de aprendizagem produzem-se no contexto de uma suposta sociedade do conhecimento, que não apenas exige que mais pessoas aprendam cada vez mais coisas, mas que aprendam de outra maneira, no âmbito de uma nova cultura. Para Atílio Baron (1986), vivemos numa sociedade heterogênea e fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo tipo-classe, etnia, gênero, religião, etc. Essa fragmentação do social foi reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo. Pensando nessa sociedade desigual, gostaríamos de provocar mudanças, começando pelos nossos alunos e comunidade escolar, pois somente uma sociedade interessada, consciente e motivada em busca de transformação. A sociedade que buscamos construir deverá estar assentada nos valores éticos, e que seus integrantes participem da sua construção, com normas de convivência, participação de todos e responsabilidade no bem comum. Uma sociedade que tenha como meta o equilíbrio social e intelectual, baseado na saúde, educação e segurança para todos. Onde as pessoas possam ser felizes, sabendo respeitar o limite de seus espaços, concordando e agindo com regras de convivência.

CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-os dentro da história ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. Em um livro bastante introdutório, Carlos Rodrigues Brandão, busca responder a questão “ o que é educação?”. Logo no início ele afirma:

Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de outro todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias mistu- ramos a vida com a educação. Com uma ou com

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várias: Educação? Educação. (...) por isso sempre achamos que

temos algumas coisa a dizer sobre a educação que nos invade a vida...

Esta consideração nos fornece pistas gerais para caracterizar a educação

como um processo amplo que se dilui em vários momentos da vida social, possui formas diversos de se concretizar. Esse processo implica a experiência do aprender, ensinar e aprender-ensinar. Assim, uma comunidade constrói socialmente vários saberes (conhecimento, atitudes, valores...). Essas considerações, assim como a concepção das novas atribuições da educação e, consequentemente da função social da escola, tem sido bastante debatida. Nos anos 90 a UNESCO produziu um relatório no qual a educação é concebida a partir de princípios que constituem os quatro pilares da educação: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver e aprender a ser. Esses quatro pilares fazem a formação integral dos discentes. Uma formação nesses moldes, ainda está longe do ideal, porém não nos impede de sonharmos, e através desse sonho que podemos oferecer o melhor que temos. Assim, é preciso sempre termos em vista os princípios: gestão democrática, valorização dos profissionais da educação, qualidade de ensino, relação entre escola e comunidade, autonomia e democratização do acesso e permanência com sucesso do aluno na escola. Tudo isso construímos nosso trabalho centrado nos valores: Respeito mútuo, solida riedade, justiça, amizade e comprometimento, pois acreditamos no potencial de nossa comunidade escolar, por isso buscamos o envolvimento de todos para o sucesso de nossos alunos, incentivamos nas diversas formas de expressão, favorecendo assim uma aprendizagem significativa. Essas aprendizagens só serão significativas na medida em que elas consigam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e o conhecimento previamente estabelecidos, que atendam às expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do aluno.

Cabe à escola em sua função social formar cidadãos capazes de atuar com competência e habilidade, para assumir, de fato, um papel ativo na transformação da sociedade. Portanto, a Proposta Curricular deve estar em consonância com as questões sociais contemporâneas cujas aprendizagens são consideradas essenciais para os alunos, considerando as suas expectativas e necessidades, assim como a dos pais e da comunidade.

Isso requer que a escola, numa interação dinâmica com os pais e a

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comunidade, seja um espaço de formação e informação e, em sua prática crie possibilidades e condições para que todos os seus alunos desenvolvam habilidades e competências e aprendam conteúdos significativos para interagir com a realidade.

No contexto da cidadania iniciam-se as práticas sociais e políticas, culturais e de comunicação integrado-as à vida pessoal, o cotidiano, a convivência e as questões ligadas ao meio ambiente, corpo e saúde.

A contextualização preocupa-se com aplicação, assumindo a aprendizagem com o sócio-interativo, envolvendo valores e criado condições para que os alunos experienciem os eventos da vida real a partir de múltiplas perspectivas.

Principalmente cria problematizações visando o desenvolvimento do raciocínio, da reflexão. Aprender a pensar, buscar soluções, criar, agir em situações inusitadas e/ou previsíveis, utilizando seus conhecimentos, suas habilidades e capacidades.

Acreditamos assim no nosso trabalho e primamos por proporcionar aos nossos alunos as condições necessárias para que acima de tudo, conscientizem-se de que são cidadãos e precisam exercer essa cidadania e, que é pela educação que se aprende e se conquista espaços e respeito dentro da sociedade buscando sempre o ideal de comunidade.

CONCEPÇÃO DE ESCOLA

Sempre que a sociedade defronta-se com mudanças significativas em suas bases sociais e tecnológicas, novas atribuições passam a ser exigidas à escola. Consequentemente, também sua função social tende a ser revista; seus limites e possibilidades, questionados. “Comecemos por lembrar que a escola representa a instituição que a humanidade criou para socializar o saber sistemati-zado”.

(PENIN & VIEIRA , 2001)

Entretanto, sua função social, variou ao longo do tempo, relacionando-se aos diferentes momentos da história, as culturas dos países; regiões e povos. O processo de conhecimento, valores e formas de convivência social é o que constitui a essência da tarefa escolar.

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Sendo assim, a escola passa a ser lugar de ensino e difusão do conhecimento, e instrumento para o acesso das camadas populares ao saber elaborado, é, simultaneamente, meio educativo de socialização do aluno no mundo social adulto. O ensino como mediação técnica, deve dar a todos uma formação cultural e científica de alto nível: a socialização, como mediação sócio-política, deve cuidar da formação da personalidade social em face de uma nova cultura. A contribuição da escola para a democratização está no cumprimento da função que lhe é própria: a transmissão assimilação ativa do saber elaborado.

Assume-se, assim, a importância da difusão da escolarização para todos e do desenvolvimento do ser humano total, cujo ponto de partida está em colocar a disposição das camadas populares os conteúdos culturais mais representativos do que de melhor se acumulou, historicamente, do saber universal, requisito necessário para tomarem partido no projeto – histórico – social de sua emancipação humana.

Portanto, uma escola que se propõe a atender os interesses das classes populares terá que assumir suas finalidades sociais referidas a um projeto de sociedade onde, as relações sociais e existente sejam modificadas.

Isso requer que a escola seja um espaço de formação, em que a aprendizagem de conteúdos deve necessariamente favorecer a inserção do aluno no dia-a-dia das questões sociais marcantes e em universo cultural maior.

A formação escolar deve propiciar o desenvolvimento de capacidade, de modo a favorecer a compreensão e a intervenção nos fenômenos sociais e culturais, assim como possibilitar aos alunos usufruir das manifestações culturais nacionais e universais.

A escola, neste contexto, deve ser um agente de transformação, estar integrada com a família e a sociedade, numa troca permanente de informações, descobertas, experiências e projetos, almejando o desenvolvimento do homem integral: físico, psíquico, intelectual e moral. A escola também deve ser local de reflexão e capacitação profissional, capaz de preparar o indivíduo para se inserir, agir e modificar a realidade em que vive, sabendo conviver e viver na pluralidade/diversidade de idéias e tecnologias. Esta escola, num contexto participativo de professores, servidores de apoio, técnicos – administrativos, alunos, família, comunidade, deverá ser um ambiente de troca permanente, de busca e de novas metodologias, num clima constante de aprender de forma prazerosa, individual e coletiva. A escola ideal que buscamos implica:

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● Vivência de valores permanentes; ● Integradora, participativa e ética; ● Que acompanha o desenvolvimento científico e tecnológico; ● Preparadora para encaminhar os educandos para os desafios do mundo.

O aluno que queremos formar para a nova escola:

O aluno contemporâneo, inserido num contexto de múltiplas e constantes mudanças, deve ser preparado com uma visão de perfil que implica:

● Ser agente construtor do conhecimento em perfeita harmonia com seus semelhantes;

● Ser livre e autônomo para criar e recriar os projetos de vida que realmente contemplam suas expectativas;

● Ser consciente dos princípios e relações norteadores da formação, adequados ao mundo globalizado.

ENSINO E APRENDIZAGEM

Por muito tempo a pedagogia focou o processo de ensino no professor, supondo que, como decorrência, estaria valorizando o conhecimento. O ensino, então, autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo de aprendizagem ficou relegado a segundo plano. Hoje sabe-se que é necessário ressignificar a unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez que, sem aprendizagem o ensino não se realiza.

A busca de um marco explicativo que permita essa ressignificação, além da criação de novos instrumentos de análise, planejamento e condução da ação educativa na escola, tem se situado, atualmente, para muitos teóricos, uma perspectiva progressista, entre eles, podemos citar: Dermeval Saviani, Freinet, Miguel Gonzales, Paulo Freire e outros.

Hoje, graças ao avanço da investigação científica na área da aprendizagem, tornou-se possível interpretar o erro como algo inerente ao

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processo de aprendizagem e ajustar a intervenção pedagógica para ajudar a superá-lo, e assim, alcançar níveis superiores de conhecimento.

O que o aluno pode aprender em determinado momento da escolaridade depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento de que dispõe na determinada fase do desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu anteriormente e do ensino que recebe.

Por mais que o professor, os companheiros da classe e os materiais didáticos possam e devam, construir para que a aprendizagem se realize, nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele que enriquece e, portanto, constrói novos e mais potentes instrumentos de ação e interpretação.

Conceber o processo de aprendizagem como propriedade do sujeito não implica desvalorizar o papel determinante da interação com o meio social e, particularmente, com a escola. Ao contrário, situações escolares de ensino e aprendizagem são situações comunicativas, nas quais os alunos e professores atuam como co-responsáveis, ambos com influência decisiva para o êxito do processo.

A abordagem progressista considera o desenvolvimento pessoal como o processo mediante o qual o ser humano assume a cultura do grupo social a que pertence. Daí a importância, das interações entre educandos e destes com parceiros mais experientes, dentre os quais destacam-se professores e outros agentes educativos.

As aprendizagens que os alunos realizam na escola serão significativas à medida que conseguirem estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos por eles, num processo de articulação de novos significados.

Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a realização de aprendizagens com o maior grau de significado possível, uma vez que esta nunca é absoluta, sempre é possível estabelecer alguma relação entre o que se pretende conhecer e as possibilidades de observação, reflexão que o aluno já possui. A aprendizagem significativa implica sempre alguma ousadia; o aluno precisa elaborar hipóteses e experimentá-las, mas, os fatores e processos afetivos, motivacionais e relacionais são importantes nesse momento.

Se a aprendizagem for uma experiência de sucesso, o aluno constrói uma representação de si mesmo como alguém capaz. Se, ao contrário, o ato de aprender tenderá a se transformar em ameaça, e a ousadia necessária se transformará em medo, gerando desinteresse.

Existem ainda, dentro do contexto escolar, outros mecanismos de influência educativa. Dentre eles destacam-se a organização e o funcionamento da instituição escolar e os valores implícitos e explícitos que permeiam as

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relações entre os membros da escola; são fatores determinantes da qualidade de ensino e podem chegar a influir de maneira significativa sobre o que e como os alunos aprendem.

Como fatores de influência os alunos contam também com os amigos, a mídia, a igreja, a família, essas influências somam-se ao processo de aprendizagem escolar, mas algumas vezes essa mesma influência pode apresentar obstáculos à aprendizagem escolar, ao indicar uma direção diferente, ou mesma oposta, daquela presente ao encaminhamento escolar.

Aqui nos cabe uma intervenção que favoreça a ultrapassagem desses obstáculos num processo articulado de interação e integração.

O professor deve ter propostas claras sobre o que, quando e como ensinar e avaliar, a fim possibilitar o planejamento das atividades de ensino para a aprendizagem de maneira mais adequada e coerente com seus objetivos. É a partir dessas determinações que o professor elabora a programação das suas aulas e organiza sua intervenção de maneira a propor situações de aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos. Em síntese, não é a aprendizagem que deve se ajustar ao ensino, mas sim o ensino deve potencializar a aprendizagem.

CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

O mundo vive um acelerado desenvolvimento, em que a tecnologia está presente direta ou indiretamente em atividades bastante comuns. A escola faz parte do mundo e para cumprir sua função de contribuir para a formação de indivíduos que possam exercer plenamente sua cidadania, a escola deve estar aberta e incorporar novos hábitos, comportamentos, percepções e demandas. A escola tem importante papel a cumprir na sociedade, ensinando os alunos a se relacionar de maneira seletiva e crítica com o universo de informações a que têm acesso no seu cotidiano. A familiaridade com tecnologia também pode constituir-se um problema para as pessoas, pois no cotidiano são muitas as situações que exigem conhecimento tecnológico. O pouco conhecimento pode levar algumas pessoas a se sentirem discriminadas ou constrangidas por não serem capazes de realizar algumas atividades, como ocorre em caixas eletrônicas, por exemplo. A incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se contribuir para a melhoria da qualidade de ensino. A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional, propiciando a construção de conhecimentos por meio de uma atuação ativa, crítica e criativa por parte dos alunos e professores.

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Os meios eletrônicos de comunicação, permitem a interação com diferentes formas de representação simbólica gráficos, textos, notas, músicas e podem ser importantes fontes de informação, da mesma forma que textos, livros, revistas, jornais, documentário, filme, novelas, noticiários. Essas informações podem ser utilizados na escola para obter, comprar e analisar informações de diferentes naturezas. As tecnologias da comunicação e informação podem ser utilizadas para realizar formas artísticas; exercitar habilidades matemáticas; apreciar e conhecer textos produzidos por outros; imaginar, sentir, observar, perceber se comunicar e pesquisar informações. O professor continua sendo quem planeja e desenvolve situações de ensino a partir do conhecimento que possui sobre o conteúdo, sobre os processos de aprendizagem, sobre a didática das disciplinas e sobre a potencialidade da ferramenta tecnológica como recurso para a aprendizagem. É sempre o professor quem define quando, por que e como utilizar o recurso tecnológico a serviço do processo de ensino e aprendizagem. O professor é sempre o responsável pelos processos que desencadeia para promover a construção de conhecimentos, e nesse sentido é insubstituível. No Colégio Estadual Faxinal da Boa Vista, o aluno fará uso do computador em todas as matérias, ora como ferramenta, ora como recurso, ora como fonte de pesquisa, e também como instrumento de comunicação. Sempre coordenado pelo professor e de acordo com os interesses da faixa etária, e acompanhados por monitor auxiliar administrativo.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação formativa vai além da visão tradicional, que focaliza o controle externo do aluno mediante notas ou conceitos, para ser compreendida como integrante e intrínseca ao processo educacional. A avaliação, ao não se restringir ao julgamento sobre sucessos ou fracassos do aluno, é compreendida como um conjunto de atuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Acontece contínua e sistematicamente por meio da interpretação qualitativa do conhecimento construído pelo aluno. Possibilita conhecer o quanto ele se aproxima ou não da expectativa de aprendizagem que o professor tem em determinados momentos da escolaridade, em função da intervenção pedagógica realizada. Portanto, a avaliação das aprendizagens só pode acontecer se forem relacionadas com as oportunidades oferecidas, isto é, analisando a adequações didáticas propostas aos conhecimentos prévios dos alunos e aos desafios que

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estão em condições de enfrentar. A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão

contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio.

Tomar a avaliação nessa perspectiva e em todas essas dimensões requer que esta ocorra sistematicamente durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não somente após o fechamento de etapas do trabalho, como é o habitual. Isso possibilita ajustes constantes, num mecanismo de regulação do processo de ensino e aprendizagem, que contribui efetivamente para que a tarefa educativa tenha sucesso.

O acompanhamento e a reorganização do processo de ensino e aprendizagem na escola inclui, necessariamente, uma avaliação inicial, para o planejamento do professor, e uma avaliação ao final de uma etapa de trabalho.

A avaliação investigativa inicial instrumentalizará o professor para que possa pôr em prática seu planejamento de forma adequada às características de seus alunos. Esse é o momento em que o professor vai se informar sobre o que o aluno já sabe sobre determinado conteúdo para, a partir daí, estruturar sua programação, definindo os conteúdos e o nível de profundidade em que devem ser abordados. A avaliação inicial serve para o professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos, assim como para o aluno tomar consciência do que já sabe e do que pode ainda aprender sobre um determinado conjunto de conteúdos. Na verdade, a avaliação contínua do processo acaba por subsidiar a avaliação final, isto é, se o professor acompanha o aluno sistematicamente ao longo do processo pode saber, em determinados momentos, o que o aluno já aprendeu sobre os conteúdos trabalhados. Esses momentos, por outro lado, são importantes por se constituírem boas situações para que alunos e professores formalizem o que foi e o que não foi aprendido. Esta avaliação, que intenciona averiguar a relação entre a construção do conhecimento por parte dos alunos e os objetos a que o professor se propôs, é indispensável para se saber se todos os alunos estão aprendendo estão aprendendo e quais condições estão sendo ou não favoráveis para isso, o que diz respeito às responsabilidades do sistema educacional.

Um sistema educacional comprometido com o desenvolvimento das capacidades dos alunos, que se expressam pela qualidade das relações que

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estabelecem e pela profundidade dos saberes constituídos, encontra, na avaliação, uma referência à análise de seus propósitos, que lhe permite redimensionar investimentos, a fim de que os alunos aprendam cada vez mais e melhor e atinjam os objetivos propostos.

Esse uso da avaliação, numa perspectiva democrática, só poderá acontecer se forem superados o caráter de terminalidade e de medição de conteúdos aprendidos – tão arraigados nas práticas escolares – a fim de que os resultados da avaliação possam ser concebidos como indicadores para a reorientação da prática educacional e nunca como um meio de estigmatizar os alunos.

Utilizar a avaliação como instrumento para o desenvolvimento das atividades didáticas requer que ela não seja interpretada como um momento estático, mas antes como um momento de observação de um processo dinâmico e não-linear de construção de conhecimento.

Em suma, a avaliação contemplada nos Parâmetros Curriculares Nacional é compreendida como: elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; conjunto de ações que busca obter informações sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades; ação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. Uma concepção desse tipo pressupõe considerar tanto o processo que o aluno desenvolve ao aprender como o produto alcançado. Pressupõe também que a avaliação se aplique não apenas ao aluno, considerando as expectativas de aprendizagem, mas às condições oferecidas para que isso ocorra. Avaliar a aprendizagem, portanto, implica avaliar o ensino oferecido – se, por exemplo, não há a aprendizagem esperada significa que o ensino não cumpriu com sua finalidade: a de fazer aprender. A repetência deve ser um recurso extremo; deve ser estudada caso a caso, no momento que mais se adequar a cada aluno, para que esteja de fato a serviço da escolaridade com sucesso. A permanência em um ano ou mais na série deve se compreendida como uma medida educativa para que o aluno tenha oportunidade e expectativa de sucesso e motivação, mais, porém com o cuidado de não ser desmotivadora, para garantir a melhoria de condições para a aprendizagem. Quer a decisão seja de reprovar ou aprovar um aluno com dificuldades, esta deve sempre ser acompanhada de encaminhamentos de apoio e ajuda para garantir a qualidade

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das aprendizagens e o desenvolvimento das capacidades esperadas.

INCLUSÃO "A filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada em que as escolas, enquanto comunidades educativas,

devem satisfazer as necessidades de todos os alunos, sejam quais forem as suas características pessoais, psicológicas ou sociais (com independência de ter ou não deficiência). Trata-se de estabelecer os alicerces para que a escola possa educar com êxito a diversidade de seu alunado e colaborar com a erradicação da ampla desigualdade e injustiça social."

(SANCHEZ, 2005)

A inclusão educacional constitui a prática mais recente no processo de universalização da educação. Ela se caracteriza em princípios que visam à aceitação das diferenças individuais, à valorização da contribuição de cada pessoa, à aprendizagem através da cooperação e à convivência dentro da diversidade humana.

Dessa forma, o papel da escola consiste em favorecer que cada um, de forma livre e autônoma, reconheça nos demais a mesma esfera de direito que exige para si. Neste âmbito, a prática da inclusão social se baseia em princípios diferentes do convencional: consideração das diferenças individuais, valorização de cada pessoa, convivência dentro da diversidade humana e aprendizagem por meio da cooperação.

Tendo em vista o exposto acima, podemos concluir que o conceito de inclusão engloba também aqueles que de certa forma são excluídos da sociedade e não somente alunos com deficiências. Sendo assim, a educação inclusiva abrange também alunos acometidos de alguma doença ou impossibilidade, alunos oriundos de populações nômades e etnias, além dos alunos em situação de risco.

Há anos o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, trabalha a questão da inclusão, especificamente voltada para as crianças com necessidades especiais associadas a algum tipo de deficiência.

No Paraná, a Educação Especial, é oferecida tanto na rede regular de ensino quanto nas instituições especializadas conveniadas ou não, com início na faixa etária de zero a seis anos, prolongando-se durante toda a educação básica até o Ensino Superior.

A inclusão, é de responsabilidade de todos do sistema de ensino, ela não deve ser apenas educacional mas também social. Para que isso possa

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acontecer, há a necessidade de se valorizar o professor, de promover o acesso e a permanência do aluno na escola, com sucesso e qualidade, enfim, o sistema precisa ser inclusivo. E isso requer a acessibilidade para que um aluno, com qualquer tipo de deficiência, possa entrar na escola e Ter condições de permanência do aluno na escola. Isso significa Ter material didático especializado para que o aluno possa evoluir em sua escolaridade. O professor precisa estar motivado e, principalmente, todo o pessoal ligado e capacitado à gestão escolar. Na verdade, hoje, a educação especial está mais presente do que nunca pois trabalha-se a diversidade escolar, a pluralidade. Todos os alunos precisam ser valorizados e inseridos o mais cedo possível. A Educação Inclusiva, para ser efetiva, passa por uma reestruturação da escola, dos sistemas de ensino, dos programas de capacitação profissional, tanto iniciais como os contínuos. Passa, sobretudo, por uma mudança de valores e de atitudes dos educadores, de modo a se tornarem sensíveis às necessidade diferenciadas de atenção e metodologia.

Dentre as estratégias facilitadoras da promoção inclusiva, destacam-se: Em âmbito de sistema: a adoção da inclusão como política

educacional, a realização de parcerias, a necessidade de formação dos educadores, o monitoramento e avaliação das ações realizadas.

Em âmbito de Escola: a capacitação dos professores para a realização de um trabalho diferenciado, orientação e apoio para os professores que realizam esse trabalho, acompanhamento psico - pedagógico, a sensibilização dos alunos como um todo para aceitarem e conviverem de maneira positiva e receptiva com as diferenças, o envolvimento dos pais.

ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

Também a organização do espaço reflete a concepção educativa adotada pelos professores e pela escola. Assim, numa sala de aula, a simples disposição das carteiras pode facilitar o trabalho em grupo, o diálogo e a cooperação;armários não trancafiados podem ajudar a desenvolver a autonomia do aluno, como também favorecer o aprendizado da preservação do uso freqüente, que as paredes sejam utilizadas para exposição de trabalhos individuais ou coletivos, desenhos e murais. Nessa organização é preciso considerarmos a possibilidade de os alunos assumirem a responsabilidade pela disposição de trabalhos, jornais,

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programação culturais. Quando o espaço é tratado dessa maneira, possa a ser abjeto de aprendizagem e respeito, o que somente acorrerá através de investimentos sistemáticos ao longo da escolaridade. Os espaços existentes fora da sala de aula também podem são aproveitados para realizar atividades como ler, contar histórias, fazer desenho de observação e buscar materiais para coleções. Muitas vezes, a aprendizagem de determinados conteúdos requer a exploração de espaços da comunidade, o que implica em visita a museus, teatro, cinema, fabricas, marcenarias, estabelecimentos comerciais, postos de saúde etc. Nossos docentes utilizam o espaço de sala de aula de muitas formas: agrupamentos por afinidades, com rítmos diferentes, em grupos de trabalho, aula coletiva, trabalho pessoal entre outros. Outro aspecto do currículo são as opções metodológicas, que interferem nos conteúdos: aulas expositivas, exercícios, textos, pesquisas, pesquisas de campo, filmes, documentos, visitas etc. A INTERNET que é de grande valia, e temos disponível em nossa escola desdo fim do ano de 2007. Estas ações são definidas de acordo com cada professor. Elas elas interferem na profundidade e nas interpretações, no próprio conteúdo trabalhado.. Os recursos didáticos disponíveis em nossa Escola desempenham um papel importante no processo de ensino e aprendizagem, temos a clareza das possibilidades e dos limites que cada um deles apresenta e de como eles podem ser inseridos numa proposta global de trabalho.

Salientamos a importância de fazer um bom uso de recursos didáticos como quadro de giz, ilustrações, mapas, globo terrestre, discos, livros, dicionários, revistas, jornais, folhetos de propaganda, cartazes, modelos, jogos ebrinquedos, entre outros. Aliás, materiais de uso social e não apenas escolares são ótimos recursos de trabalho, pois os alunos aprendem sobre algo que tem função social real e se mantêm atualizados sobre o que acontece no mundo, estabelecendo o vínculo necessário entre o que é aprendido na escola e o conhecimento extraescolar.

É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos alunos como instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras. Sem dúvida essa é uma preocupação que exige posicionamento e investimento em alternativas criativas para que as metas sejam atingidas.

Dentre os diferentes recursos, o livro didático é um dos materiais de mais forte influência na prática de ensino brasileira. Nossos professores estão atentos à qualidade, à coerência e a eventuais restrições que apresentem em relação aos objetivos educacionais propostos. Além disso, é importante

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mencionar que o livro didático não é o único material utilizado em nossa Escola, pois há uma grande variedade de fontes de informações que contribuem para que o nosso aluno tenha uma visão ampla do conhecimento.

FORMAÇÃO CONTINUADA O avanço tecnológico observado nas últimas décadas aponta para

caminhos de adequação profissional a essas novas requisições que se fazem presentes em todas as áreas do conhecimento . o professor profissional, que está à frente do processo de formação de cidadãos comprometidos com a transformação,

“ é, Antes de tudo, um profissional da articulação do proceso ensino – aprendizagem em uma determinada situação, um profissional da interação das significações compartilhadas” ( Perrenoud, 2001, p. 24)

Sendo assim, não pode estar a margem na busca por instrumentos que colaborem com a sua função, mas para isso precisa conhecer e compreender os processos que conduzem a sociedade.

“O acesso à informação é fundamental, imprescindível para o desenvolvimento de

um estado democrático, e caberá à educação um papel fundamental nesse sentido... Jamais chegaremos a uma sociedade informatizadas desenvolvida se o conhe- cimento dos códigos instrumentais e as operações em rede se mantiverem nas mãos de poucos iniciados. E, portanto uma questão de sobrevivência das sociedades que todos os indivíduos saibam

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operar as novas tecnologias da informação”. (Moraes, 1987, p.189).

O investimento na formação do professor é um dos componentes da transformação social, mas é importante esclarecer que a função da escola só será mudada se as relações sociais forem também transformadas. Na medida em que as mudanças sociais, culturais, políticas e econômicas exigem novas posturas perante a realidade, cabe à Secretaria de Educação, ao C.E.E., às Universidades, às Associações e Sindicatos, e aos demais órgãos da sociedade civil, caminhar, lado a lado com os profissionais da educação, na construção de referenciais dignos e éticos, expressados em projetos coletivos que favorecem a ação consciente da ciência a favor da cidadania. A formação continuada do Magistério é parte essencial da estratégia de melhoria permanente da qualidade da educação, poderá ser feitas em diversas modalidades: Educação a Distância, Grupo de Estudos, Seminários, Encontros, no Conselho de Classe e outros. É importante que se garanta formação continuada aos profissionais e também outras condições, como a estabilidade do corpo docente, o que incide sobre a consolidação dos vínculos e dos processos de aprendizagem; a adequada relação entre o número de professores e o número de alunos, salários condizentes com a importância do trabalho entre outros.

REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO – PRÁTICA TRANSFORMADORA

Sem a educação, a socialização dos progressos do desenvolvimento histórico – social seria impossível, o que acometeria a própria existência da humanidade. Isso nos faz refletir sobre a modalidade específica da educação no espaço escolar. A educação escolar deve ser vislumbrada no contexto do progresso educativo no sentido mais amplo que corresponde a formação histórico – social dos educandos. Ao manter uma relação consciente com seu trabalho, o professor é

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impulsionado a explicitar sua intencionalidade pedagógica. Em outras palavras, não basta formar indivíduos, é preciso saber para que tipo de sociedade. Dentro de uma visão progressista o professor se tornará um facilitador das aprendizagens tanto as suas como as dos educandos. Acima de tudo, ele assumirá o compromisso de acompanhar a evolução pessoal e o projeto de vida dos alunos. Nessa perspectiva , ensina consiste em aprender a conhecer quem é, o que o outro necessita. Essa dimensão é complexa, obriga o professor a repensar sua prática pedagógica, os conteúdos e as estratégias. Para que essa prática se efetive é necessário que se construa um processo de identidade, o desenvolvimento profissional do professor e do processo educativo. Para tanto, devem ser desenvolvidas competências morais e éticas. A prática pedagógica, para se efetuar como um todo, necessita que, na formação do professor sejam desenvolvidas competências administrativas, pois a dimensão burocrática dessa prática implica numa reflexão do trabalho como um todo. Essas reflexões nos levam a pensar também, nos desafios da escola hoje. Muitos mestres encontraram gigantescas dificuldades para educar, pois as crianças e adolescentes, cada um a seu modo, desfilam comportamentos – às vezes inconvenientes – próprios do processo de crescimento.

Com todo potencial tecnológico desenvolvido para informar, a solução ainda está no humano. É o mestre que, as conhecer e buscar compreender o aluno, poderá auxiliá-lo a encontrar meios de ser feliz. Com respeito, sensatez, ética... E esse tem de ser o maior dos objetivos da educação.

Considerando os objetivos da Educação, sabe-se que a escola tem função não somente pedagógicas, cabe aos professores entenderem as tendências ou linha pedagógica, analisá-las e adotar aquilo que há de melhor em cada uma delas, de acordo com suas convicções, uma vez que nenhuma delas consegue captar toda a riqueza da prática concreta, bem como as diferenças intrínsecas de cada escola.

Sabemos que existem diferentes processos envolvidos na aprendizagem, bem como uma diversidade muito grande de maneiras de aprender. Os diferentes enfoques teóricos estão sendo questionados, e alguns dogmas revistos. Em um momento no qual cada vez mais os paradigmas estabelecem uma interlocução entre si e diferentes leituras da realidade nos mostram que não existe um só ponto de vista verdadeiro, é necessário retomar alguns dos principais eixos teóricos que norteiam as diversas práticas pedagógicas e as contribuições de cada um para a escola.

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Toda proposta pedagógica fundamenta-se em uma concepção explícita ou implícita acerca da aprendizagem, que por sua vez, apóia- se na concepção que temos do “sujeito” e de sua relação com o mundo, e reconhecer o desempenho desse sujeito. Relacionar, operar, descrever, comparar, diferenciar, adequar, relatar, diagramar, analisar, decidir , representar, seqüenciar, organizar, com autonomia, competência e criatividade etc..., são desempenhos que, além de permitir reconhecer a compreensão, constituem a própria compreensão. Nesse sentido, os desempenhos em termos de ação não implicam apenas e necessariamente ações observáveis. Processos mentais complexos, como conjecturar, discenir e pensar também são desempenhos. Nessa visão o aluno deve ser ativo, deve participar do processo ensino -aprendizagem, de também ser comunicativo e pertencer a grupos (pois o ser humano não vive sozinho). O professor deve valorizar então o contexto de vida do aluno, fazendo com que o conhecimento seja formulado a partir de conhecimentos que o aluno já possui para que seja uma aprendizagem significativa . O professor progressista também deverá ser muito ativo, pois terá que pensar muito mais em todos os momentos do processo: no planejamento inicial, no planejamento junto aos alunos e com toda a comunidade escolar, devendo identificar problemas e encaminhar soluções, propor desafios que o encaminhem para o conhecimento. Ele de fazer com que o saber, o conhecimento chegue ao maior número de pessoas possível. Segundo Vygotski, o professor resgata seu papel ao incentivar e aproximar cada vez mais a criança dos conhecimentos que estão no mundo. Outra questão que se coloca é a importância dos conteúdos culturais como instrumentos de luta pela emancipação social. A apropriação dos conteúdos é fundamental como ponto de partida para sua própria superação. A interdisciplinaridade deve ser valorizada. O aluno deve pensar, solucionar problemas, e os problemas nem sempre estão separados, estão dentro de um contexto complexo. A avaliação e sua conseqüente divisão social, deve verificar se o aluno está aprendendo bem e também ser utilizada de uma maneira diagnóstica que possibilite ao professor solucionar e / ou suprir as necessidades dos alunos e possibilitar o crescimento. A avaliação é um desafio para possibilitar aos alunos um enriquecimento do seu saber. O erro é construtivo, é sinal de que o aluno ainda pode crescer naquele ponto se for estimulado. A partir daí podemos traçar o perfil do professor progressista. Ele deve estar engajado na prática transformadora, deve conhecer o conteúdo que ensino e saber que esse conteúdo está em constante reelaboração. Deve saber

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ainda como o aluno aprende. O professor que desenvolve uma prática educativa progressista tem um ideal a alcançar, e esse ideal é ser aquele que: • é comprometido politicamente com a socialização do conhecimento científico e cultural. • busca sua competência técnico – pedagógica. • sabe-se mediador ou facilitador entre as experiências trazidas pelos alunos e o conteúdo de ensino. • busca a superação do imperialismo pedagógico (escola tradicional), da crença na impossibilidade de que o professor possa ensinar alguma coisa (escola nova) e da negação da necessida de do professor (escola tecnicista). • acredita na recuperação do papel do professor como de fundamental importância para auxiliar o aluno a se apropria dos conteúdos. • sabe que sua autoridade, firmada na competência e no compromisso, se constrói numa relação democrática. • não se envergonha e nem se omite de sua autoridade, muito menos a utiliza como instrumento arbitrário de dominação e poder. • desencadeia situações de desequilíbrio de forma a desafiar os alunos para que estes busquem nova equilibração. • Paulo Freire aponta algumas qualidades indispensáveis a prática educativa progressista: bom senso, postura não autoritária, coragem de lutar pela defesa da justiça e enfrentar o conflito, tolerância, respeito, disciplina interior, integridade, ética, luta contra preconceitos, capacidade de decisão, segurança, competência profissional, clareza política e alegria de viver. • No que diz respeito a avaliação dentro de uma prática progressista, ela deverá ser utilizada de uma maneira diagnóstica que possibilite ao professor solucionar e/ou suprir as necessidades dos alunos e possibilitar o crescimento e formar cidadãos pensantes. Entendendo o conhecimento como um valor especial hoje, a maioria dos pais procura propiciá-lo de todas as maneiras a seus filhos, mais até que bens materiais. Percebem que o melhor a oferecer-lhes é proporcionar uma boa formação geral e garantir maneiras de continuar adquirindo mais conhecimentos, num processo de educação permanente. Fortalecendo a preocupação dos pais, muitos são os autores que, diante das incertezas que o atual momento tende a despertar, indicam a importância do conhecimento para todos os indivíduos, sobretudo o jovem, para enfrentar o presente e o futuro.

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Diante dessas preocupação cabe a nós enquanto escola, reconhecer que mudanças são necessárias no sistema educacional e são urgentes, mas só será possível essa mudança com esforço coletivo de todos que fazem educação (profissionais, governos, sindicatos, etc.), assim como da sociedade como um todo.

MARCO OPERACIONAL

REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO Fundamentada na Pedagogia Progressista

“A formação do indivíduo é sempre um progresso educativo” (Duarte, 1996).

As reflexões acerca da prática pedagógica procuram evidenciar que não basta que a escola tenha profissionais com conhecimentos em sua área de atuação. É preciso que estes conhecimentos estejam inseridos criticamente na realidade socioeconômica e política e de nossa sociedade. Esses conhecimentos também devem estar articulados a uma prática comprometida com a concretização do processo de ensino e aprendizagem com qualidade e que essa concretização, se dê baseada nas relações democráticas. Na nossa escola o Projeto Político-Pedagógico foi construído coletivamente (professores, direção, equipe pedagógica, funcionários, pais e alunos), nele constam as concepções dando destaque para a concepção de educação que objetiva a aquisição crítica do conhecimento sistematizado pelo aluno. As questões relativas à prática pedagógica da escola são discutidas coletivamente, essas orientam todo planejamento, a avaliação, recuperação paralela, projetos interdisciplinares, disciplina entre outros. O planejamento dos professores é fundamentado no PPP e também na Propósta Pedagógica Curricular, nele consta as atividades que serão desenvolvidas pelo professor sempre que possível com a orientação e acompanhamento da equipe pedagógica. Nessas atividades os professores procuram urilizar estratégicas e recursos variados incluindo as MCS.

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A escola trabalha em conjunto as questões sociais (violência, drogas, sexualidade e outras), e os temas sociais contemporâneos (Meio ambiente, saúde, tr..) Na busca de soluções dos problemas disciplinares, em primeiro lugar identificamos suas causas, em seguida tomamos medidas coletivas inclusive em conjunto com os familiares. Somente como último recurso recorremos a elementos externos à escola (Conselho Tutelar). Para os alunos com dificuldades de aprendizagem são desenvolvidas atividades diferenciadas de reforços. Na hora – atividade a equipe pedagógica acompanha e contribui com os professores e também garante o tempo necessário o trabalho individual e troca de informações relacionadas a função docente. No início do ano letivo são realizadas avaliações diagnósticas para o conhecimento do nível de aprendizagem dos alunos. A partir disso são elaborados os planejamentos e/a planos de Ação de cada professor. Feiras, Mostras e Exposições são realizadas na Escola com a participação da comunidade. Para 2007, os projetos que serão desenvolvidos, serão articula dos com órgãos públicos e outras instituições da sociedade civil, para atender a necessidade da nossa comunidade escolar.

GESTÃO DEMOCRÁTICA

O papel de um gestor é fazer com que sua organização produza os resultados esperados , através do melhor uso possível dos recursos existentes e do desenvolvimento de soluções criativas e eficazes para superação de desafios, novos ou antigos. Em primeiro lugar, é preciso ter clareza quanto aos resultados que a escola deve produzir. Para isso é necessário compreender quem são os públicos servidos pela escola, organização essencialmente prestadora de serviços. Esses públicos são os alunos e a comunidade da qual eles fazem parte. É para eles - alunos e comunidade – que a escola tem de gerar resultados. Portanto, a gestão democrática numa escola é uma ação coletiva e integral com um propósito claro: EDUCAR O ALUNO. Tendo como resultado o desenvolvimento da capacidade do aluno de tornar-se cada vez mais aquilo que ele potencialmente pode vir a ser, na sua integralidade.

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Além disso, gestão democrática, no contexto escolar, significa também o envolvimento não só dos professores e outros funcionários, mas de alunos, pais e qualquer outro representante da comunidade nos processos de: • estabelecimento dos objetivos da escola; • diagnóstico e solução de problemas; • tomada de decisões sobre investimentos a serem realizados; • estabelecimento e manutenção de padrões de desempenho.

Desta forma, é a gestão na qual se expressa igualmente uma condição de participação e distribuição eqüitativa de poder, de responsabilidade e de benefícios.

PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO/PROFISSIONAL DA ESCOLA E DIREÇÃO:

• A Equipe de Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de Ensino, definidos na Proposta Pedagógica. • A Equipe de Direção mencionada no caput deste artigo é composta por Diretor, designado por ato próprio.

Compete ao Diretor: Submeter o Plano de Trabalho à aprovação do Conselho Escolar; Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a voto, somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembléia;

● Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

● Elaborar e submeter a aprovação do Conselho Escolar as Diretrizes específicas da administração do estabelecimento, em consonância com as normas e organizações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

● Elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação, as propostas de modificação, provadas pelo Conselho Escolar;

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● Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregadas de estu- dar e propor alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica, administrativa e situações emergenciais;

● Propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola, extinguindo ou abrindo cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e turmas e a composição das classes;

● Propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovações do Conselho Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão administrativa;

● Coordenar a implantação das diretrizes pedagógicas emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

● Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela secretaria de Estado da Educação;

● Analisar e aprovar o Regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao Conselho Escolar para aprovação;

● Manter o fluxo de informações entre o estabelecimento e os órgãos da administração estadual de ensino;

● Supervisionar a exploração da Cantina Comercial, onde estas tiverem autorização de funcionamento, respeitada a Lei vigente;

● Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor comunicando ao Conselho Escolar e aos Órgãos da Administração: reuniões, encontros, grupos de estudos e outros eventos;

● Exercer as demais atribuições decorrentes deste Regimento Escolar e no que concerne à especificidade de sua função.

● Subsidiar a Direção com critério para a definição do Calendário Escolar, organização das classes, do horário semanal e distribuição de aulas;

● Elaborar com o corpo docente, o currículo pleno do estabelecimento de ensino, em consonância com as diretrizes Pedagógicas da Secretaria do Estado da Educação;

● Assessorar e auxiliar a implementação dos programas de Ensino e dos Projetos Pedagógicos desenvolvidos no estabelecimento de Ensino;

● Elaborar o regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com o seu responsável;

● Orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para a garantia do seu espaço pedagógico;

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● Acompanhar o processo do ensino, atuando junto aos alunos e pais, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vistas a sua melhoria;

● Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações relativas aos serviços de ensino prestados pelo estabelecimento e o rendimento do trabalho escolar;

● Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;

● Elaborar com o Corpo Docente os planos de recuperação a serem proporcionados aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;

● Analisar e emitir parecer sobre adaptações de estudos, em casa de recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigentes;

● Propor à Direção a implementação de projetos de enriquecimento curricular a serem desenvolvidos pelo estabelecimento e coordená-los, se aprovados;

● Coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, se adotados pelo estabelecimento obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela Secretaria de Estado de Educação;

● Instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual do estabelecimento de ensino, a partir do rendimento escolar acom-panhamento de egressos, de consultas e levantamentos junto à comunidade;

● Participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões, encontros de grupos de estudos e outros eventos;

● Promover a compatibilização da filosofia educacional da escola e o projeto político-pedagógico com a ação prática;

● Analisar e interpretar a legislação vigente, assessorando a quem necessite de orientação;

● Acompanhar o desenvolvimento dos conteúdos que estão sendo trabalhados nas diferentes áreas do conhecimento;

● Avaliar o desempenho do corpo docente no processo de ensino- aprendizagem, com vistas à tomada de decisões;

● Exercer as demais atribuições decorrentes deste Regimento e no que concerne à especificidade de cada função;

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DO PEDAGOGOCompete ao Pedagogo:

Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico e do Plano de Ação da Escola; coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica Curricular da Escola, a partir das Políticas Educacionais da SEED/PR e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola; participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico escolar no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar; sistematizar, junto à comunidade escolar, atividades que levem à efetivação do processo ensino e aprendizagem, de modo a garantir o atendimento às necessidades do educando; participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os profissionais da escola e promover ações para a sua efetivação, tendo como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar; analisar as propostas de natureza pedagógica a serem implantadas na escola, observando a legislação educacional em vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como fundamentos da prática educativa; coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do Projeto Político-Pedagógico e da Proposta Pedagógica Curricular da Escola, intervindo na elaboração do calendário letivo, na formação de turmas, na definição e distribuição do horário semanal das aulas e disciplinas, da hora-atividade, no preenchimento do Livro Registro de Classe de acordo com as Instruções Normativas da SEED e em outras atividades que interfiram diretamente na realização do trabalho pedagógico; coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas a partir de critérios legais, pedagógicos e didáticos e da Proposta Pedagógica Curricular da Escola; organizar e acompanhar a avaliação do trabalho pedagógico escolar pela comunidade interna e externa; apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que promovam o desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme o Projeto Político-Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular, o Plano de Ação da Escola e as Políticas Educacionais da SEED; coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir da Proposta Pedagógica Curricular e do Projeto Político-Pedagógico da Escola; participar da organização pedagógica da biblioteca, assim como do processo de aquisição de livros e periódicos; orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores da escola; subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas; organizar a hora-atividade do coletivo de professores da escola,

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de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja utilizado em função do processo pedagógico desenvolvido em sala de aula; atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de propostas de recuperação de estudos a partir das necessidades de aprendizagem identificadas em sala de aula, de modo a garantir as condições básicas para efetivação do processo de socialização e apropriação do conhecimento científico; organizar a realização dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de formulação do trabalho pedagógico desenvolvido pela escola e em sala de aula, além de coordenar a elaboração de propostas de intervenção decorrentes desse processo; informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento escolar; coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar; orientar a comunidade escolar na proposição e construção de um processo pedagógico numa perspectiva transformadora; ampliar os espaços de participação, de democratização das relações, de acesso ao saber da comunidade escolar; participar do Conselho Escolar, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar; propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua participação nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola; promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação do compromisso ético-político com todas as categorias e classes sociais.

DO CORPO DOCENTE Compete ao Corpo DocenteContribuir para o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino em que atuar;

✔ elaborar o planejamento anual e de aulas de sua área/sub-área, zelando pelo seu cumprimento em consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino e tendo como norteadores os princípios contidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais e políticas da SEED para a Educação Profissional;

✔ estabelecer a relação teoria-prática no desenvolvimento das atividades curriculares de acordo com os conhecimentos disciplinares selecionados, atendendo às características do curso;

✔ atender as características do estágio profissional supervisionado aplicando procedimentos metodológicos variados contidos no Plano de

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Estágio que facilitem e qualifiquem o trabalho pedagógico na articulação da relação teoria-prática pedagógica;

✔ desenvolver metodologias que venham propiciar a efetivação do processo ensino-aprendizagem de seus alunos; conhecer e utilizar novas técnicas e recursos tecnológicos específicos da área/sub-área do curso em que atua, como apoio pedagógico;

✔ organizar a rotina de aula, observando, ouvindo e registrando dados que possibilitem a intervenção do professor nos momentos de dificuldade no processo de ensino-aprendizagem;

✔ exprimir-se com clareza na correção das atividades escolares de seus alunos; conduzir os procedimentos em sala de aula tendo a capacidade para mediar situações de conflito;

✔ adotar uma postura reflexiva, crítica e questionadora na direção do processo de ensino aprendizagem ter habilidade para o manuseio de materiais didáticos necessários ao desenvolvimento de sua disciplina;

✔ obedecer aos preceitos constitucionais, à legislação educacional, da educação profissional e o Estatuto da Criança e do Adolescente;

✔ ser capaz de expressar-se por meio das várias linguagens presentes na educação, ou seja, ter mobilidade dentro de sala de aula para atender os alunos de uma forma individual e coletiva; expressar-se verbalmente de maneira objetiva com uma dicção clara;

✔ realizar avaliação da aprendizagem de modo a acompanhar o processo de construção do conhecimento pelos alunos e fazendo intervenções pedagógicas para que eles possam superar as defasagens de aprendizagem durante o processo de ensino aprendizagem;

✔ assumir compromisso com a sua formação continuada participando dos programas de capacitação ofertados pela SEED e/ou por outras instituições, mantendo atitude permanente de estudo e pesquisa;

: ✔ Elaborar com a Equipe Pedagógica, a Proposta Pedagógica do

estabelecimento de ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação;

✔ Escolher juntamente com a Equipe Pedagógica de Ensino livros e materiais didáticos comprometidos com a política da Secretaria de Es- tado da Educação;

✔ Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista apreensão do

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conhecimento pelo aluno; ✔ Proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e

crítica do conhecimento filosófico-científico pelo aluno; ✔ Promover e participar de reuniões de estudo, encontros, cursos,

seminários e outros eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;

✔ assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminado de cor, raça, sexo, religião e classe social;

✔ estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando sempre o respeito humano ao aluno;

✔ manter e promover o relacionamento cooperativo de trabalho, com seus colegas, com alunos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;

✔ participar dos planos de recuperação a serem proporcionados aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;

✔ proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola com vistas ao melhor rendimento do processo ensino- aprendizagem.

DA SECRETARIA:

➢ A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo a serviço de escrituração escolar e correspondência do estabelecimento.

➢ Os Serviços da Secretaria são coordenados e supervisionados pela direção, ficando a ela subordinados.

➢ O cargo de Secretário é exercido por um profissional devidamente designado para o exercício dessa função, indicado pelo Diretor do Estabelecimento, de acordo com as normas da Secretaria de Estado da Educação, em ato específico.

COMPETE AO SECRETÁRIO:

➔ Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;

➔ Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus auxiliares;

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➔ Redigir a correspondência que lhe for confiada; ➔ Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,

ordens de serviços, circulares, resoluções e demais documentos; ➔ Rever todo o expediente a ser submetido a despachar do Diretor; ➔ Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades

competentes; ➔ Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devem

ser assinados; ➔ Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de

assentamento dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação;

➔ A identidade e regularidade da vida escolar do aluno; ➔ Da autenticidade dos documentos escolares ➔ Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à

matrícula, transferência, adaptação de curso; ➔ Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos a

secretaria; ➔ Comunicar à Direção toda a irregularidade que venha a ocorrer na

Secretaria. ➔ A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o

expediente da Secretaria conte com a presença de um responsável, independentemente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do estabelecimento.

COMPETE AO AGENTE DE APOIO EDUCACIONAL:

Os Serviços Gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.

Compõem os Serviços Gerais, mencionados no caput deste artigo, servente, merendeira, vigia, inspetor de alunos e outros previstos em ato específico da Secretaria de Estado da Educação.

Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, providenciando o material e produtos necessários;

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Efetuar tarefas correlatas à sua função.

COMPETE A MERENDEIRA

➔ Preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativa e qualitivamente;

➔ Informar ao Diretor do Estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do estoque;

➔ Conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho, procedendo a limpeza e arrumação;

➔ Efetuar tarefas correlatas à sua função.

O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Cabe ao projeto político pedagógico os papéis de: organizador de diversidade, construtor de espaços de autonomia, gerador de descentralização e impulsionador de uma atitude democrática e comunicativa: (Carvalho e Diogo 1994, p.49 ). Por isso, tornam-se relevantes as discussões sobre a estrutura organizacional da escola, geralmente composta pelo Conselho Escolar e o Conselho de Classe e outras instâncias de ação colegiada como APMF e o Grêmio Estudantil que são instituições auxiliares para o aprimoramento do processo educativo. O Conselho Escolar numa concepção democrática é concebido como local de debate e tomada de decisões. Como espaço de debates e discussões, permite que professores, funcionários, pais, alunos explicitem seus interesses, suas reivindicações. A instância de caráter mais deliberativo de tomada de decisões sobre os assuntos substanciais da escola.

O Conselho Escolar deverá, portanto, favorecer a aproximação dos centros de decisões. O Conselho Escolar é um órgão gerador de descentralização, é o órgão máximo de decisões no interior da escola, procura defender uma nova visão de trabalho. No Colégio Estadual Faxinal da Boa Vista serão oportunizados encontros para instrumentalizar cada membro sobre seu verdadeiro papel dentro do órgão.

O Conselho de Classe é uma instância colegiada contraditória. De um

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lado, ele se reduz em grande parte a um mecanismo de reforço das tensões dos conflitos, vistas à manutenção da estrutura vigente, tornando peça – chave para o fortalecimento da fragmentação e da burocratização do processo e do trabalho pedagógico.

Por outro lado, o Conselho de Classe pode ser concebido como uma instância colegiada que, ao buscar superação da organização prescrita e burocrática, se preocupa com processos avaliativos capazes de reconfigurar o conhecimento, de rever as relações pedagógicas alternativas e contribuir para alterar a própria organização do trabalho pedagógico.

É preciso ficar claro que o objeto do Conselho de Classe é o ensino e suas relações com a avaliação da aprendizagem.

Cabe ao Conselho de Classe dar conta, de importantes questões didático – pedagógicas, aproveitando seu potencial gerador de idéias e como espaço educativo

Em nossa Escola, os Conselhos de Classe acontecem de maneira preventiva, uma vez por bimestre ou mais se houver necessidade, onde se reunem os professores, equipe pedagógica e direção para analisar/verificar o desempenho dos alunos/turmas, registrando os aspectos positivos e negativos e o planejamento de ações para obter novos resultados.

Os alunos serão comunicados do seu desempenho, de forma individual, com o objetivo de estimulá-los a um melhor desempenho e possibilitar um acompanhamento mais efetivo aos que não conquistaram resultados satisfatórios no bimestre.

A APMF é uma instituição auxiliar que tem por finalidade colaborar no aprimoramento da educação e na integração familiar – escola – comunidade. A APMF deverá exercer a função de sustentadora jurídica das verbas públicas recebidas e aplicadas pela escola, com a participação dos pais no seu cotidiano em cumplicidade com a administração.

Gadotti, afirma que uma escola pública deverá “Ter a qualidade da escola controlada pela comunidade, cujas decisões a ela caibam, e não sejam entregues aos devaneios e ao lirismo tecnológico dos planejadores”.

Na nossa Escola acontece a participação dos pais, professores, alunos e funcionários por meio da APMF, dando autonomia à escola, favorecendo a participação de todos na tomada de decisões no que concerne às atividades curriculares e culturais, à elaboração do calendário escolar, horário escolar etc.

O Grêmio Estudantil é a instância onde se cultiva gradativamente o interesse do aluno, para além da sala de aula, é caracterizado por documento legal como órgão independente da direção da escola ou qualquer outra instância de controle e tutela que possa ser reivindicado pela instituição.

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Para que aconteça uma verdadeira ação educativa na escola, essa deve, necessariamente, garantir a autonomia dos alunos que interagem no processo educativo. Para tanto, adotamos mecanismos que levem em conta a importância da participação dos alunos e demais integrantes da organização do trabalho pedagógico e um desses mecanismos é o Grêmio Estudantil que se organizam juntamente com a Direção da Escola para que se efetive um melhor trabalho na educacional.

RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO:

O Colégio Faxinal da Boa Vista recebe verbas do Governo Federal- Programa Dinheiro Direto na Escola –PDE, Fundo Rotativo do Governo Estadual e APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários. Materiais pedagógicos; coleções , livros de apoio entre outros, também dispomos das TICs : televisores, vídeos, DVDs, máquina fotográfica e laboratório de informática em andamento.

CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS, SÉRIES, TURNOS,CALENDÁRIO ESCOLAR E HORÁRIOS

Esta Escola elaborará, anualmente, o Calendário Escolar, atendendo o disposto na Legislação vigente, bem como às normas baixadas em instrução específica da Secretaria de Estado da Educação, submetendo-o à apreciação e homologação do Núcleo Regional De Educação, submetendo-o a análise do Conselho Escolar e a homologação do Núcleo Regional de Educação.

CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

A escola é o local onde se concretiza o processo de ensino e aprendizagem, e para que esse processo se fundamente na formação humana é necessário que os ambientes educativos sejam inclusivos e que as relações sejam éticas e democráticas. Durante o ano letivo são realizadas, dinâmicas e atividades que visem a integração dos profissionais da escola, todos têm oportunidade de participação e liberdade expressar diferentes pontos de vista, independente da função que exercem ou do lugar que ocupam na estrutura escolar.

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Deve haver um grande comprometimento dos profissionais da escola com o processo de trabalho, assim como a cooperação que é um princípio observado e praticado pelos profissionais na sua prática cotidiana. Abaixo segue como são utilizados os demais espaços educativos da nossa escola:

DA BIBLIOTECA

• A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo estará à disposição de toda a Comunidade Escolar. • A Biblioteca estará a cargo de profissional designado para a função. • A Biblioteca terá regulamento próprio, onde estarão explicitados sua organização, funcionamento, e atribuições do responsável. • A Escola estabelece o seguinte Regulamento interno para a Biblioteca, visando melhor organização, funcionamento e aproveitamento: • O uso do acervo da Biblioteca, é destinado aos alunos deste Estabelecimento, bem como da comunidade; • A Biblioteca é lugar de leitura e pesquisa, por isso deve ser ambiente de silêncio; • O aluno que freqüentar a Biblioteca deverá estar vestido adequadamente; • Ao fazer uma pesquisa na Biblioteca, não será permitido o uso de caneta; • Só será emprestado livros de leitura e revistas, aos alunos regularmente matriculados no Estabelecimento; • O aluno poderá ficar com o material emprestado pela Biblioteca, durante 15 (quinze) dias corridos; • O aluno que danificar ou extraviar livros será responsável pelo pagamento dos mesmos, conforme o valor do livro no mercado.

JARDINAGEM E HORTA ( proposta)

Temos proposta de desenvolver na escola uma área verde produtiva, pela qual todos se sintam responsáveis, que torne as áreas externas e outros espaços da escola mais agradáveis e prazerosos de se estar.

O ambiente externo é o primeiro a ser visualizado causando boa ou má

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impressão a quem chega à escola, por isso, freqüentemente desenvolve-se projetos de corresponsabilidade na montagem de horta e de jardim.

Com a horta pretende-se divulgar a importância de um cardápio diversificado conscientizando para a mudança de hábitos alimentares na escola e na família.

A produção da horta será utilizada no enriquecimento do lanche escolar. O projeto de jardinagem e horta possibilita trabalhar conteúdos de várias

disciplinas com a prática. Dessa forma os alunos podem vivênciar experiências concretas

necessárias para que se sintam partes integrantes da natureza construindo valores e atitudes necessários à compreensão da importância da preservação dos recursos naturais do planeta.

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

O acesso as várias mídias permite o desenvolvimento das várias potencialidades dos alunos e garante-lhes possibilidades de inserção social.

Portanto cabe a Escola o papel de assimilar em sua cultura e prática a linguagem da informática como aliada no processo do ensino e aprendizagem.

É uma possibilidade inovadora que pretende a capacitação dos docentes e para que possam utilizar o laboratório de informática.

Será um grande passo no sentido de modificar e motivar as aulas, inovando as metodologias usando a informática para produzir fontes audiovisuais diferenciadas que constituirão relevante apoio à prática pedagógica.

CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR EM RAZÃO DE ESPECIFICIDADES

O Colégio Estadual Faxinal da Boa Vista tem sua proposta baseada na Lei 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional, Constituição Federal e Estadual, Estatuto da Criança e do Adolescente e as Deliberações n° 05/98, 07/99 e 16/99, utilizando-as como referencial teórico para elaboração da mesma. Este Estabelecimento de Ensino oferece o Ensino Fundamental de 5a à 8a séries e Ensino Médio de 1º ao 3º ano em período vespertino e noturno

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organizadas conforme anexo 03: As distribuições das aulas para os professores acontece até o início do ano letivo, seguindo os critérios da Resolução 6007/2006.

DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE

As reflexões acerca do desenvolvimento educacional ressaltam a responsabilidade da escola e do sistema como um todo no sentido de fazer um acompanhamento desse desenvolvimento, como forma de garantir aquilo que é direito do educando: a apropriação de conhecimento científicos, culturais e tecnológicos significativos, comprometidos com a formação humana.

Por ser uma escola de pequeno porte há casos de evasão e abondono por diversos motivos, e tenta-se conversar com os pais e não havendo retorno dos alunos, comunica-se o Conselho Tutelar através do FICA; nos casos de dificuldades de aprendizagem, há acompanhamento por parte da direção, equipe pedagógica e dos professores que juntos definem ações que visem a superação das dificuldades apresentadas e a elevação de nível de aprendizagem dos alunos.

Como parte integrante do processo de avaliação de desempenho que abrange toda a comunidade escolar, temos a AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL que acontece nas escolas do Paraná e tem o propósito de mobilizar as escolas através da reflexão e discussão coletivas, a fim de criar uma cultura de autoconhecimento e de comprometimento em torno da principal função da escola, que é a efetivação do processo de ensino e aprendizagem.

Outras práticas avaliativas estemdem-se também aos docentes, equipe pedagógica, agentes de apoio, utilizando diálogo como instrumento para conquistar mudanças que sejam necessárias. Cabe à Equipe Pedagógica e Direção o acompanhamento dos docentes e de sua prática fazendo sugestões e críticas construtivas para o crescimento do profissional e consequentemente a conquista de melhores resultados.

Soma-se a isso análise dos itens constitutivos da ficha do avanço diagonal por merecimento, na qual estabele-se valor numérico de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), num processo transparente envolvendo de forma individual o professor, a direção e a equipe pedagógica. Atitudes , postura e ética profissional, metodologias são acompanhadas diariamente buscando-se um processo educativo harmônico e produtivo.

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Cabe a direção e equipe pedagógica o acompanhamento das funções que competem aos seviços gerais, sempre tendo como premissa o diálogo.

ACOMPANHAMENTO DOS EGRESSOS – FICA

Temos em nossa escola a Ficha de Intenção de Acompanhamento dos Egressos – FICA - Ficha de Comunicação do Aluno Ausente, é um dos instrumentos colocados a disposição da escola e da sociedade para a sociedade para a sistematização de ações de combate à evasão em todo o Estado do Paraná.

No sistema de operacionalização do FICA, a atuação da escola é essencial, pois além da família, as instituições educacionais também são responsáveis pelo desenvolvimento pessoal e social da criança e adolescente. O principal agente desse processo é o professor, na medida em que, constatada a ausência do aluno por 05 (cinco) dias consecutivos ou, então 07 (sete) alternados no período de um mês, esgotados as iniciativas a seu cargo, comunicará o fato à equipe pedagógica da escola, que entrará em contato com a família, orientando e adotando procedimentos que possibilitem o retorno do aluno.

PRÁTICAS AVALIATIVAS Quando escolhemos um caminho, um método de avaliação, adotamos

algum modelo. Todos são construídos a partir das teorias da educação que traduzem diferentes concepções de homem, de sociedade, de educação, de processo de ensino e aprendizagem, de trabalho pedagógico e de trabalho docente. Vale a pena destacar ainda que a escolha de um modelo de avaliação não é neutra nem arbitrária, ou seja: a escolha não é feita aleatoriamente, sem critérios.

O modelo de avaliação mais comum em nossas escolas é o chamado tradicional, que apresenta algumas características: • preocupação com a objetividade dos resultados e dos instrumentos de medida: aspecto quantitativo; • ênfase na avaliação do produto – conhecimento; • pouca ou nenhuma participação dos sujeitos envolvidos no processo; • preocupação com aprovação e reprovação; • ênfase na avaliação do aluno, dando pouca ou nenhuma atenção à avaliação

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de outros elementos que constituem o processo educativo.

Outro modelo, ainda pouco presente em nossas escolas, é o democrático e participativo, que se caracteriza por apresentar maior preocupação com: • aspectos qualificativos da avaliação; • avaliação de todo o processo e não apenas do produto; • participação de todos os sujeitos envolvidos no processo educativo; • maior desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, focalizando mais o sucesso escolar do que a reprovação; • a avaliação de todos os que participam do processo educativo escolar e não apenas a avaliação do aluno; • mudança na concepção de avaliação, visando a incorporação das características anteriores.

Dessa forma, as práticas avaliativas do Colégio Estadual Faxinal da Boa Vista serão primordialmente observacionais, com ênfase na avaliação qualitativa sobre a quantitativa, independente do critério de atribuição de notas ou conceitos.

A avaliação que antecede a elaboração de um projeto político pedagógico, de uma Proposta Pedagógica Curricular (PPC), de um Plano de Trabalho Docente (PTD), é avaliação diagnostica. Ela tem como função básica informar sobre o contexto em que o trabalho pedagógico irá se realizar, bem como sobre os sujeitos que dele participarão; fornecerá subsídios para uma tomada de decisão mais ampla, ou seja, para que seja traçado um plano geral do trabalho.

Porém é de se observar que o acompanhamento dos alunos durante os anos de escolaridade é dificil devido a rotatividade de professores, onde a cada ano são diferentes dos anos anteriores, assim não há uma continuidade , além da falta de professores no início do ano letivo, e percebe-se que os que são da localidade conhecem bem a realidade dos alunos.

Mas a avaliação diagnóstica pode acontecer, também, após a definição dos objetivos. Vejamos um exemplo: se o Projeto-Político-Pedagógico, o plano de desenvolvimento da escola ou regimento tiverem dentro seus objetivos e elaboração de projetos de recuperação paralela dos alunos, as atividades de recuperação só poderão ser planejadas após ser feito o diagnóstico das dificuldades apresentadas pelos alunos.

Ou seja, é necessário saber quais são as dificuldades (avaliação formativa) e o porquê dessas dificuldades (avaliação diagnóstica).

Esse diagnóstico deverá ser feito sempre que a recuperação for

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necessária. Para isso poderão ser usados diversos recursos, como: análise das provas e exercícios, para verificar em quais questões o aluno apresenta maior dificuldade; observação; entrevista; trabalhos individuais.

A avaliação formativa nos ajuda a captar os avanços e as dificuldades que forem se manifestando ao longo do processo, ainda em tempo de tomar providências que possam sanar as dificuldades percebidas.

Sua função é informar sempre o que está acontecendo. Essa informação, contudo, não pode ser apenas descritiva ela deve ser realmente avaliativa, possibilitando novas decisões, sempre que essas se fizerem necessárias, o que quase sempre acontece.

A avaliação como parte integrante de um projeto pedagógico ou de qualquer outra atividade deve ser tão dinâmica quanto esses, pois ela fornece as bases para as novas decisões necessárias ao longo do processo de realização.

Um projeto, mesmo quando bem elaborado inicialmente, está em permanente construção, demandando sensibilidade e disposição para a mudança, a todos os que dele participam. Essa predisposição exige uma nova concepção de avaliação, que é condição para o sucesso do projeto em desenvolvimento.

“ A avaliação é o ponto de partida de todo e qualquer trabalho pedagógico e, também, ponto de chegada”

A avaliação que o Colégio Faxinal da Boa Vista adotará, é a formativa. Por quê? Porque se destina a apoiar o desenvolvimento do trabalho escolar em

todas as suas dimensões. Aplicá-la ou praticá-la significa atribuir ao trabalho escolar o papel de contribuir para o desenvolvimento:

Três aspectos são fundamentais à prática da avaliação formativa:

➔ Todos os envolvidos (alunos, professores, diretores, coordenadores, etc); ➔ Todos de modo particular o aluno, deve ser capaz de julgar a qualidade

do que está sendo produzido; ➔ Todos devem ser capazes de acompanhar adequadamente o

desenvolvimento de seu trabalho.

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A avaliação formativa aplica-se ao trabalho pedagógico como num todo e não apenas a avaliação do aluno. Todos podem beneficiar-se da avaliação formativa. O auto – acompanhamento do trabalho do aluno pelo aluno, corresponde a uma auto – avaliação formativa. Estudantes familiarizados com a auto – avaliação geralmente avaliam-se adequadamente e são mais capazes de auto – avaliar-se de forma crítica e reflexiva. Estudantes familiarizados com a auto – avaliação geralmente avaliam-se adequadamente e são capazes de encontrar deficiências em suas produções.

Além disso apresenta vantagens tais como:

a) Desenvolvimento de responsabilidade pelo trabalho. b) Formação de aprendiz independentes e permanentes, pois o processo os incentiva a tomar decisões.

Apesar de sua importância o tema avaliação ainda nos incomoda e nos preocupa. Tanto que muitas vezes nós sentimos pouco à vontade para lidar com o assunto e não o tratamos com a naturalidade esperada. Às vezes, chegamos até a negá-lo, dizendo:

para que avaliar? Nossa escola quer buscar junto com os professores e a comunidade

escolar, uma maneira de pensar a avaliação escolar para que ela venha a ser, realmente, mais um recurso pedagógico capaz de contribuir para que a escola desempenhe seu papel na formação do aluno cidadão e o Projeto Político é esse instrumento reflexivo que nos fundamenta nessa tentativa de melhorar a avaliação escolar e consequentemente a aprendizagem.

Conforme a Deliberação 007/99 do CEE e o que consta no Regimento Escolar, a avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhe valor numérico.

No Colégio Estadual Faxinal da Boa Vista a avaliação será diagnóstica e contínua com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitavos, sendo

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seus resultados computados e divulgados no final de cada bimestre. Esses resultados são provenientes do inter-relacionamento entre conhecimentos, habilidades e competências verificados através dos seguintes instrumentos: Nas avaliações, as questões contextualizas deverão ser priorizadas; Atividades individuais ou em grupo; Avaliações diversificadas; Pesquisas bibliográficas, de campo, na internet, revistas, jornais; Apresentações de trabalhos; Produção de cartazes, panfletos, anúncios, jornais, murais; Relatórios de: experiências , observações de visitas; Leituras complementares; Dinâmicas de grupo;

Avaliações com diversas tipologias textuais para socializar aprendizagem específicas de cada disciplina e da Escola; Leitura O caderno do aluno contendo todos os registros da disciplina; Seminários; Caderno ou fichas de registro do professor com anotações individuais; Jogos pedagógicos;

Vivenciar situações problema pertinentes de cada disciplina, procurando alternativas, soluções e possibilidades.

Nossa escola condena a avaliação como mecanismo de disciplinamento, punição, instrumento de poder e competitividade ( premiação ou classificação).

SALA DE APOIO

Conforme a INSTRUÇÃO Nº 022/2008 – SUED/SEED, os estabelecimentos de ensino terão abertura automática de 01 sala de apoio à aprendizagem a cada três turmas de 5ª série ofertadas. Para esse cálculo, não serão consideradas as turmas do turno noturno.

Aplica-se aos alunos de 5ª séries com defasagem de aprendizagem, frequentará em turno contrário ao qual está matriculado, conforme indicado pelo professor (es) regente (s) em formulário próprio da disciplina de

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Matemática e ou Língua Portuguesa. A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa e Matemática, será:

De 04 Horas Aulas e 01 Hora Atividade;Devendo ser ofertadas prioritaraimente em aulas germinadas em dias não

subsequentes.As Salas de Apoio devem ser organizadas em grupos de no máximo 15

alunosO funcionamento da Sala de Apoio esta condicionado à frequencia de

alunos, existência de espaço físico adequado e PTD. A Sala de Apoio é organizada em grupo de no máximo de 15 alunos.

RECUPERAÇÃO PARALELA

O Colégio Estadual Faxinal da Boa Vista, proporcionará estudos de Recuperação Paralela e contínua de conteúdos, conforme consta no Regimento Escolar a todos os alunos com baixo rendimento de aprendizagem. O professor deverá fazer constar em seus diários de classe a forma de como desenvolverá a Recuperação Paralela com os alunos que não atingiram os objetivos propostos. Após cada avaliação será oportunizada ao aluno a recuperação de conteúdos. No final do bimestre, o aluno que não atingir a média seis vírgula zero ( 6,0 ), terá o direito a mais uma oportunidade de recuperar sua média prevalecendo a maior nota. A relação professor-aluno deverá permitir o aperfeiçoamento dos valores éticos e morais num clima de diálogo, respeito, participação e interação, possibilitando o exercício da liberdade sem licenciosidade, o que proporcionará um trabalho coletivo bem orientado, democratizado e compartilhado com integração, fortalecendo o aperfeiçoamento das relações humanas entre o corpo docente e discente, possibilitando assim o crescimento de toda comunidade escolar. Inclusão – a escola está aberta a incluir alunos especiais. Mas para isso é necessário capacitação e atendimento individualizado aos docentes e adaptações no ambiente físico da Escola. Indisciplina na nosssa escola acontece raramente um caso de indisciplina, caso aconteça faremos sempre o uso do diálogo , conversa com pais, parcerias

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com o Conselho Tutelar, desenvolver projetos com parcerias (Grêmio Estudantil, Entidades, Profissionais Liberais, entre outros). Caso a indiciplina ultrapasse seguiremos o que determina o Estatuto Escolar.

Temas Sociais Contemporâneos – esses devem estar inseridos nas disciplinas afins; conforme a nescessidade consideradas importantes pela comunidade escolar. Valores – os valores descritos no início deste projeto, serão desenvolvidos no dia-a-dia da sala de aula concomitantemente aos conteúdos, integrados aos conteúdos de cada disciplina.

Escola do Campo – a identidade da educação do campo que vem sendo construída na luta por políticas públicas que assegurem aos povos do campo o direito à educação, coloca-se como parte de um debate mais amplo que implica na siscussão de um projeto de desenvolvimento para o campo.

A idéia de desenvolvimento do campo que priorize o ser humano e o campo como um lugar de vida, de trabalho, de lazer, de produção econômica, cultural e de conhecimentos está vinculada à luta e resistência dos povos do campo para

Ter acesso à terra ou permanecer nela, e implica em concebê-lo como parte fundamental do desenvolvimento do país. A afirmação do campo enquanto espaço de vida contribui para auto afirmação da identidade dos povos do campo, no sentido da valorização do seu trabalho, da sua história, da sua cultura, dos seus conhecimentos. O campo retrata uma diversidade sócio cultural, que se dá a partir dos sujeitos que nele habitam: assalariados rurais temporários, posseiros, meeiros, arrendatários, acampados, assentados, reassentados atingidos por barragens, agricultores familiares, vileiros rurais, povos da floresta , indígenas, descendentes negros provenientes de quilombos, pescadores, ribeirinhos e outros mais. Entre estes, há os que estão vinculados a alguma forma de organização popular, outros não.

São diferentes gerações, etnias, gêneros, crenças e diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar, de resolver os problemas, de lutar, de ver o mundo e resistir no campo.

Nossos alunos são filhos de pequenos produtores rurais, queremos mostrar a eles que as propriedades poderão ser auto-sustentável. A escola oportunizará quando possível; projetos especiais como:

● Visitas a propriedades agrícolas tradicionais e agroecológicas;● Visitas a feiras;

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● Palestras;

Com as seguintes parcerias:

● Ibema Cia Brasileira de Papel● EMATER● SENAR ● Cooperativas Agrícolas● Profissionais Liberais● Universidade Unicentro● Faculdades● Prefeitura Municipal de Turvo

Pro Jovem do campo - Saberes da TerraAssim, com esta perspectiva de Escola do e no Campo é que neste ano de

2010, está mplantado em nosso estabelecimento uma turma de jovens e adultos no ensino de 4ª a 8ª série

A Escola que desejamos deve relacionar-se com a comunidade de forma clara e objetiva, numa relação de cooperação mútua entre família e escola, em perfeita sintonia, aspirando ao planejamento de ações que levem ao crescimento integral do aluno, sendo de fundamental importância, aumentar e diversificar a participação dos alunos na aplicação prática de seus conhecimentos adquiridos em todas as áreas: sociais, cultural e esportiva, com atuante participação no âmbito escolar e comunitário.

Neste contexto fazem-se necessários dirigentes responsáveis, comprometidos, democráticos, não permissivos e imparciais. Dirigentes entusiasmados com o que fazem, que saibam passar a auto-estima a seus colaboradores, bem relacionados, receptivos às sugestões, altruístas e idôneos. Suas propostas devem estar voltadas para o coletivo da escola.

Desejamos que nossa escola, além de oferecer qualidade de ensino, seja uma escola aberta para as atividades, atendendo os desejos da comunidade, oferecendo cursos, palestras, promovendo campanhas, trabalhos sociais, participação em feiras , eventos e outros, resguardando os princípios de justiça e de sua finalidade maior que é educar para a vida.

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O Colégio Faxinal da Boa Vista, continuará trabalhando por séries e por disciplinas específicas e de modo interdisciplinar quando possível.

Como meio de articulação com a família e comunidade serão feitas reuniões de acompanhamento mensais, onde será esclarecido o progresso de cada aluno, também grupos de estudos com temas específicos. As Palestras serão oferecidas aos pais, alunos, professores, funcionários e também a comunidade onde a nossa escola está inserida.

A educação é condição necessária à vida humana, já que contribui na modificação das condições adversas existentes, no crescimento global da sociedade e na formação de cidadãos conscientes. Almejamos uma educação voltada à realidade, isto é, que leve em conta os parâmetros do nosso desenvolvimento, sensível à realidade social do aluno, acompanhando o processo tecnológico, e que possa contar em seus currículos com conteúdos que atendam às necessidades do mercado de trabalho e à formação integral do indivíduo. É muito importante que a comunidade se faça presente, planejando e se coresponsabilizando pelas lutas, fracassos e sucessos.

Ajudarão a colocar a proposta pedagógicas em ação as Instâncias Colegiadas da Escola: Conselho de Classe, APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil. A integração de todos permite melhorias na escola, por esse motivo as ações desenvolvidas em nossa escola, procuram integrar a comunidade, num trabalho conjunto.

● Reuniões Pedagógicas ● Reunião com Pais ● Apresentações artísticas para comunidade com visitas à: feiras, parques

ambientais, propriedades agrícolas; industria de papel local, entre outros

● Projeto Agrinho ● Projeto Fera com Ciência● Organização do Grêmio Estudantil ● Festa Junina ● Palestras de universidades para divulgação de cursos ● Folclores diversos ● Educação Fiscal ● Conferência sobre o Meio Ambiente ● Jogos Escolares

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CELEM – Centro de Excelencia de Lingua Estrangeira Moderna Conforme INSTRUÇÃO Nº 019/2008 -SUED/SEED e a a Resolução

Secretarial no 3904/2008, que regulamenta a oferta de cursos nos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM);

O CELEM ofertará Cursos Básico e de Aprimoramento para Línguas: Alemã, Espanhola, Francesa, Inglesa, Italiana, Japonesa, Mandarim, Polonesa e Ucraniana.

Não será admitida a cobrança de quaisquer taxas ou mensalidades nos cursos do CELEM.

As atividades do CELEM deverão estar integradas às demais atividades do estabelecimento onde está sediado, subordinando-se a todas as suas instâncias pedagógicas e administrativas.

Os cursos do CELEM poderão funcionar nos estabelecimentos da Rede Estadual de Educação Básica.

O CELEM deverá atender a todas as disposições da Resolução no 3904/2008, e da presente Instrução, bem como, às orientações do CELEM/DEB/SEED.

DA IMPLANTAÇÃO E CESSAÇÃO DOS CURSOS DO CELEM NOS ESTABELECIMENTOS

O CELEM poderá ser implantado em Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública Estadual de Educação Básica, mediante solicitação da direção do estabelecimento, com aval da comunidade envolvida representada pelo Conselho Esco lar. DA DURAÇÃO E CARGA HORÁRIA DOS CURSOS

Os Cursos Básicos das Línguas Ucraniana, Japonesa e Mandarim terão duração de 03 (três) anos, com carga horária anual de 160 (cento e sessenta) horas/aula, perfazendo um total de 480 (quatrocentas e oitenta) horas/aula.

Os Cursos Básicos das demais línguas terão duração de 02 (dois) anos, com carga horária anual de 160 (cento e sessenta) horas/aula, perfazendo um total de 320 (trezentos e vinte) horas/aula.

O Curso de Aprimoramento para todas as Línguas Estrangeiras ofertadas pelo CELEM terá duração de 01(um) ano, com carga horária de 160 (cento e sessenta) horas/aula.

A carga horária semanal dos cursos do CELEM será de 04 (quatro)

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horas/aula de 50 (cinqüenta) minutos, distribuídas em até 02(dois) dias, preferencialmente não consecutivos. O cumprimento da carga horária estabelecida para os cursos é obrigatório. DA FREQÜÊNCIA

É obrigatória ao aluno do CELEM, a freqüência mínima de 75% do total da carga horária do período letivo, para fins de promoção. Nos cursos do CELEM seráconsiderado desistente, para efeito de registros do resultado final, o aluno que se ausentar por mais de 40 aulas consecutivas, ou seja, 25% da carga horária do período letivo, podendo efetuar a rematrícula no curso sem o aproveitamento da carga horária cursada e dos registros de notas obtidos, somente quando existirem vagas remanescentes. DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM, DA RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E DA PROMOÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados e coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento deensino.

É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que se possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

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ANEXOS

PPC - Proposta Pedagógica Curricular

PTD – Plano de Trabalho Docente

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REVISTAS, Pátio nos 35, 36, 33, 30, 34 REVISTAS, Aprender Brasil, no 03 REVISTAS: Gestão em Rede: no 56, 63, 52, 62, 60 HOFFMANN, Jussara. Avaliação – mito & desafio:Uma perspectiva construtivista, 21a ed, Porto Alegre Mediação, 1996 VEIGA, Ilma Passos A . Projeto Político – Pedagógico da Escola: Uma construção coletiva. São Paulo: Pioneira, 1988 TEMAS EM EDUCAÇÃO II Livro das jornadas 2003 O CURRÍCULO - UMA REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA GANDIN, Danilo, Avaliação na escola. Palestra promovida pela Se-

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cretaria Municipal do Rio de Janeiro, 1987; GANDIN, Danilo. Temas para um Projeto Político Pedagógico. Pe- trópolis, RJ: Vozes, 1999; www.slfpadreanchieta.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/.../planodeacaopedagogos2009.doc / 10/10/2009. BRASIL. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: < http:// www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 25 out. 2005. DAVIS, Cláudia. et al. Gestão da Escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. HERNÁNDEZ, Fernando. O Projeto Político-Pedagógico vinculado à melhoria das escolas. Pátio, Porto Alegre: Artmed, n.25, p. 08-11, fev. 2003. PADILHA, Paulo Roberto. Caminho para uma escola cidadã mais bela prazerosa e aprendente. Pátio, Porto Alegre: Artmed, n.25, p. 12-15, fev. 2003. VASCONCELOS, Celso do Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2004a. ______. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico – elementos metodológicos para elaboração e realização. 7. ed. São Paulo: Libertad, 2004b. VEIGA, Ilma Passos A. (Org). Projeto político-pedagógico: uma construção possível. 17. ed. Campinas: Papirus, 2004.

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ANEXO

PPC

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

2010

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ANEXO

RI

REGIMENTO INTERNO

2010

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ANEXO

Calendário Escolar

2010

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ANEXO

Distribuição de Turmas

2010