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10 o Fórum de Telecom Políticas Públicas, Regulamentação e o Futuro das Telecomunicações Amcham – Câmara Americana de Comércio 18 a 20 de Agosto de 2005 Guarujá – SP Documento Final Índice 1.0 Introdução e Agradecimentos 2.0 A Amcham e o Fórum de Telecomunicações 3.0 Sumário Executivo 4.0 O Mercado Brasileiro de Telecomunicações em 2004 e 2005 5.0 Principais Temas em Debate 6.0 Políticas Públicas, Regulamentação e o Futuro das Telecomunicações –Síntese das Discussões e Principais Conclusões 7.0 Recomendações 8.0 Programação do Evento 9.0 Participantes

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10o Fórum de Telecom

Políticas Públicas, Regulamentação e o Futuro das Telecomunicações

Amcham – Câmara Americana de Comércio

18 a 20 de Agosto de 2005 Guarujá – SP

Documento Final

Índice 1.0 Introdução e Agradecimentos 2.0 A Amcham e o Fórum de Telecomunicações 3.0 Sumário Executivo 4.0 O Mercado Brasileiro de Telecomunicações em 2004 e 2005 5.0 Principais Temas em Debate 6.0 Políticas Públicas, Regulamentação e o Futuro das Telecomunicações –Síntese das Discussões e Principais Conclusões 7.0 Recomendações 8.0 Programação do Evento 9.0 Participantes

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1.0 INTRODUÇÃO E AGRADECIMENTOS

Dois temas têm dominado as discussões do setor de telecomunicações neste momento: o

esgotamento do modelo e o impacto da convergência no processo regulatório brasileiro.

Neste cenário de discussões e avaliações sobre o futuro das telecomunicações brasileiras

e sobre diretrizes para políticas públicas, foi realizado, nos dias 18, 19 e 20 de Agosto

no Hotel Casagrande do Guarujá, o 10o Fórum de Telecomunicações da Amcham com o

tema “Políticas Públicas, Regulamentação e o Futuro do Setor”.

A proposta do Fórum, desde a sua primeira edição, tem sido a de convidar autoridades e

executivos do primeiro escalão de empresas representativas de todos os segmentos do

setor, para debate e formulação de propostas que contribuam para o seu

desenvolvimento. O Fórum contou nessa edição com 62 participantes e, pela primeira

vez, representantes do segmento de conteúdo estiveram presentes, o que é uma clara

indicação do momento de convergência que vivemos.

As discussões realizadas estão resumidas neste documento que será distribuído aos

participantes, divulgado na imprensa e entregue às Autoridades , como uma

contribuição de um grupo que conhece, na prática, o dia a dia do ambiente empresarial e

seus desafios.

Queremos agradecer, entre outros, a Elifas Gurgel do Amaral, presidente da ANATEL,

a André Barbosa, representante da Casa Civil da Presidência da República e a Ricardo

Villas Boas Cuevas, conselheiro do CADE pela presença e apresentações realizadas.

Agradecemos também ao deputado Julio Semeghini, representante da Comissão de

Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, e ao

Secretário Mauro Arce, da Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do

Estado de São Paulo por sua presença e seus pronunciamentos.

Em particular, estendemos os agradecimentos, pela palestra proferida, a Juarez Quadros

do Nascimento, ex-Ministro das Comunicações, cuja experiência e visão muito

contribuíram para o evento na análise das macro-tendências da regulamentação no

mundo.

Aos principais executivos das associações de classe – ABRAFIX, ABTA, ACEL E

TELCOMP – registramos um agradecimento especial por sua participação no painel que

resumiu a sua visão.

Queremos também agradecer a todos os participantes pelo nível dos debates e pela

franqueza de posições, fatores que muito valorizam o evento e que são a essência do

Fórum da Amcham.

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Agradecemos a Artur Vasconcellos, diretor superintendente da Amcham, pelo seu

pronunciamento que foi o ponto de partida das discussões, e também a toda a equipe de

apoio da Amcham, ao Grupo Coordenador do Comitê de Telecomunicações e ao portal

Teleco pela organização do Fórum.

Finalmente, agradecemos a nossos patrocinadores Accenture, Qualcomm e

TIM sem cuja contribuição não teria sido possível a realização do evento.

São Paulo, 30 de Setembro de 2005

Comitê de Telecomunicações da Amcham

Humberto Cagno Luis Antonio Oliveira

Presidente Vice-Presidente

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2.0 A AMCHAM E O FÓRUM DE TELECOMUNICAÇÕES A Amcham – Câmara Americana de Comércio foi fundada em junho de 1919 e é uma

entidade independente politicamente, não subsidiada, com unidades em Belo Horizonte,

Brasília, Campinas, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife e São Paulo. É a segunda

maior câmara de comércio do mundo, a primeira fora dos Estados Unidos, com cerca de

5.800 associados, empresas pequenas (70%), médias (21%) e grandes (9%). Do total

das empresas 80% são brasileiras e 20% estrangeiras. Sua missão é servir seus

associados influenciando construtivamente políticas públicas no Brasil e nos Estados

Unidos, promovendo o comércio, o investimento e a cidadania empresarial.

O Fórum de Telecomunicações é um encontro anual, organizado pelo Comitê de

Tecnologia de Informação e Comunicações da Amcham, que é presidido pelo Eng.

Humberto Cagno, através do subgrupo de Telecom. O objetivo do encontro é discutir a

regulamentação e as perspectivas de médio e longo prazo para o setor de

telecomunicações por meio de apresentações e ênfase nos debates entre os participantes.

O Fórum reúne executivos de empresas, associações, consultores e advogados

representando todos os segmentos de telecomunicações e autoridades do setor

convidadas especialmente para o evento.

A proposta do Fórum 2005 colocou em discussão as mudanças que estão ocorrendo, em

todo o mundo, decorrentes da integração dos serviços de telecomunicações, informática

e mídia e seu impacto nas políticas públicas e na regulamentação setorial. Como nos

anos anteriores, tratou-se de um evento fechado e sem a presença da imprensa, sendo a

participação apenas para convidados, incluindo autoridades do Executivo e Legislativo.

As opiniões expressas nos debates e resumidas neste documento são dos participantes e

não representam uma posição da Amcham ou mesmo do Comitê de Tecnologia da

Informação e Comunicações da Amcham.

Finalmente, é importante esclarecer que, neste documento, não foram apresentados

todos os pontos dos debates. Apesar de diversas outras questões terem sido levantadas

nas discussões do Fórum, este resumo procurou concentrar-se naquilo que era mais

pertinente ao tema do Fórum - Políticas Públicas, Regulamentação e o Futuro das

Telecomunicações.

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3.0 SUMÁRIO EXECUTIVO 3.1 Introdução

Neste ano, observou-se a realização de um grande número de seminários discutindo a

regulamentação e o modelo brasileiro de telecomunicações. Alguns dos

questionamentos são se ele está esgotado, se não atingiu seus objetivos e se está

preparado para as alterações trazidas pelo mundo da convergência. Procura-se

identificar propostas que, respondendo a essas questões, assegurem ao país os

investimentos necessários, ao acesso a novas tecnologias e uma maior universalização

dos serviços. Foi neste cenário que foi realizado o 10o Fórum de Telecomunicações da

Amcham – que possui uma estrutura única – onde convidados, executivos do setor de

telecomunicações e autoridades do Governo, durante três dias debateram temas

relacionados com as Políticas Públicas e a Regulamentação do setor, num ambiente

onde a interação e os debates entre os presentes têm o mesmo peso das apresentações.

3.2 O Mercado Brasileiro de Telecomunicações

O setor de telecomunicações brasileiro apresenta alguns índices significativos de

desempenho. Sua receita de R$ 116 bilhões corresponde a 7% do PIB, e sua

participação na composição do índice Bovespa é de 29%. Os telefones fixos estão

presentes em todos os municípios brasileiros, num total de 30.678 localidades mas a sua

densidade, de 22 terminais por 100 habitantes, ainda é baixa quando comparada com os

padrões mundiais. Os telefones móveis com penetração de 36% estão presentes em

municípios que correspondem a 87% da população brasileira, mas mais de 80% da base

de terminais é constituída de telefones pré-pagos. Ou seja, houve muito progresso desde

a abertura à competição e privatização dos serviços de telecomunicações, mas é preciso

buscar novas soluções para uma maior universalização dos serviços, ampliando este

conceito para além dos serviços de voz, em especial visando aumentar a inclusão

digital.

3.3 A Competitividade do Brasil

O Brasil não tem tido um bom desempenho na atração de investimentos diretos

internacionais; passou do 3o lugar em 2001 para o 17o em 2004. Quando medido por 22

fatores de avaliação da competitividade do país num grupo de cinco países em

desenvolvimento – BRICM, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e México – o

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Brasil classificou-se em último lugar do grupo, com apenas 9% dos fatores com alto

desempenho. Estes fatos colocam em destaque a importância das políticas públicas para

o setor de telecomunicações como alavanca para aumentar a competitividade do país.

3.4 As Questões Regulatórias nas Telecomunicações Mundiais

O mercado de comunicações mundial passa por uma renovação onde telecomunicações,

radiodifusão e tecnologia da informação convergem e exigem maior agilidade nas

políticas públicas e um novo perfil regulatório. A convergência de redes e serviços, o

fortalecimento da Internet e o futuro da telefonia móvel dominam os debates nos setores

de mídia e telecomunicações. Vários países procuram reavaliar suas políticas públicas e

seus marcos regulatórios. Reconhecendo a necessidade de se adaptar frente à

convergência de telecomunicações, mídia e tecnologia da informação, a União Européia

estabeleceu um novo modelo regulatório para redes e serviços de comunicação

eletrônica integrando telecomunicações, radiodifusão e serviços baseados em Internet.

Os principais destaques desta regulação são a instituição de uma autorização geral para

todos os serviços e redes de comunicação eletrônica, redução dos encargos pagos pelos

prestadores que cobrem apenas custos administrativos necessários ao funcionamento

das autoridades reguladoras e o foco na redução de custos da exploração dos serviços.

3.5 A Nova Lei Geral de Comunicação Eletrônica de Massa

No momento, a Casa Civil da Presidência da República está retomando a elaboração de

um anteprojeto de Lei Geral de Comunicação Eletrônica de Massa. O anteprojeto de lei,

elaborado pelo Grupo de Trabalho constituído a partir do Decreto de 26/04/2005, será

encaminhado primeiramente ao Presidente da Republica e posteriormente ao Congresso

Nacional. Conforme apresentado no Fórum pelo representante da Casa Civil, a nova

regulamentação levará em conta a evolução tecnológica. Alguns exemplos de avanços

tecnológicos são o Triple-Play (a oferta de TV, internet e voz pela mesma prestadora de

serviços), as alternativas de comunicações sem fio (‘wireless”) e as tecnologias de

banda larga. Em resumo, seu objetivo será o de estabelecer as diretrizes para um modelo

de transição para o mundo da convergência que seja eficiente e eqüitativo, desenvolver

a cooperação regional, reduzir as barreiras de entrada, assegurar a concorrência entre os

atores econômicos e preservar a diversidade cultural e o acesso à informação.

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3.6 A ANATEL e as Perspectivas da Regulamentação

O modelo de regulação consolidado pela LGT (Lei Geral de Telecomunicações)

considera as políticas públicas elaboradas no âmbito dos Poderes Executivo e

Legislativo, marcos institucionais cujos pilares são a universalização dos serviços

considerados essenciais, qualidade e a ampla competição entre os prestadores e uma

estratégia regulatória que é baseada nos objetivos determinados pelas políticas públicas

e nas competências da agência para a promoção do equilíbrio setorial. No momento

atual, diversos fatores, alguns com forte impacto, afetam o mercado de

telecomunicações. Conteúdo e sua distribuição pela internet tendem a intensificar o

desequilíbrio de tráfego das redes projetadas para voz. As novas formas de acesso na

convergência tecnológica e a criação de serviços criam um novo paradigma de uso das

redes. Terminais permitem acessar diferentes redes e serviços. A plataforma digital abre

um novo paradigma de integração da radiodifusão sonora com novos serviços.

A regulamentação precisa ser adaptada. A regulamentação deve considerar, em especial,

as mudanças que advirão da convergência, das necessidades dos usuários, dos modelos

de negócios e deve seguir a dinâmica das inovações trazidas pela inovação tecnológica e

a simplificação da regulação. Nesse cenário, as transformações certamente encontram

respaldo nos princípios adotados na legislação brasileira, na medida em que são

importantes instrumentos para a competição. A ANATEL está trabalhando nos

seguintes programas:

• Plano de numeração do SCM

• Desagregação de elementos de rede (“unbundling”)

• Definição das regras para empresas com PMS (Poder de Mercado Significativo)

• Implementação de modelo de alocação de custos nas empresas detentoras de PMS

• Licitação das licenças da 3G para telefonia móvel

• Portabilidade numérica dos serviços fixos e móveis

• Revenda de serviços, parcerias e alianças comerciais

• Licitação para outorgas de TV por Assinatura

• Modelo de conversão pulso para minuto

• Modelagem do Índice Setorial de Telecomunicações – IST

• Revisão do Regulamento de Interconexão de redes

• Revisão do Regulamento do STFC

• Regulamento do AICE (Acesso Individual de Classe Especial)

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• Regulamento do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC)

3.7 Principais Conclusões

As principais conclusões de caráter geral dos participantes do Fórum podem ser assim

resumidas:

• Existe a necessidade de se estabelecer políticas públicas de longo prazo que

possam contribuir para o desenvolvimento do setor de telecomunicações e o

aumento da competitividade do país.

• O arcabouço legal e regulatório brasileiro não está preparado para abrigar as

mudanças decorrentes da convergência. Por outro lado, reconhece-se que a Lei

Geral de Telecomunicações (LGT) representou um avanço importante e tem

muitos pontos fortes que devem ser preservados. O caminho para adaptar a

regulamentação deve evitar uma grande mudança na LGT, buscando-se

alternativas que permitirão avanços parciais.

3.8 Síntese das Discussões

A ANATEL tem sido extremamente importante para o desenvolvimento do setor e

precisa ser fortalecida. Recentemente, a agência tem sofrido com a falta de recursos, o

que impacta a sua operação. Os recursos previstos em lei devem ser de responsabilidade

da agência para que ela possa atuar como esperado em favor da sociedade.

No sentido de aumentar a representatividade do setor junto ás Autoridades e à sociedade

é preciso que as empresas se organizem melhor em torno de bandeiras comuns. A

importância do setor para a economia é inconteste e várias de suas contribuições não

têm sido destacadas nas discussões havidas. Questões como a elevadíssima carga

tributária que incide sobre os serviços e a falta de utilização dos recursos do FUST e

FISTEL poderia ser negociada caso houvesse uma maior representatividade e união do

setor.

3.9 Recomendações

O Fórum apresentou uma lista de recomendações que serão encaminhadas às

autoridades do Setor. Estas foram:

• Assegurar recursos para a ANATEL

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• Assegurar a Participação da ANATEL no Anteprojeto da Lei Geral de

Comunicação de Massa

• Estabelecer tratamento isonômico para investimentos estrangeiros nos diversos

segmentos do setor

• Desenvolver opções de serviços orientados para as classes menos favorecidas

• Buscar mecanismos que agilizem o Sistema Brasileiro de Defesa da

Concorrência

• Buscar alternativas para o recolhimento do ICMS no Estado de São Paulo

• Desenvolver anteprojeto de Lei Federal sobre Infra-Estrutura

• Buscar formas de aumentar a Representatividade Institucional do Setor

• Desenvolver anteprojeto de Lei de Distribuição de Conteúdo.

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4.0 O MERCADO DE TELECOMUNICAÇÕES BRASILEIRO EM 2004-2005

As empresas do setor de telecomunicações no Brasil apresentaram em 2004, uma

receita bruta superior a R$ 116 Bilhões, o que corresponde a 7% do PIB brasileiro.

Mais de 85% deste valor é proveniente do setor de serviços. As operadoras de

telecomunicações têm grande importância para o mercado acionário brasileiro, com

uma participação de 29% na composição do Índice Bovespa (Agosto 2005).

A receita bruta das operadoras de Telefonia Fixa, em 2004, foi de aproximadamente

R$ 64 Bilhões, de Celular R$ 35 Bilhões e de TV por Assinatura R$ 4 Bilhões.

Estas operadoras contribuíram em 2004 com mais de R$ 25 Bilhões em ICMS e

outros impostos indiretos.

A receita do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST)

foi de R$ 711 milhões e do Fundo de Fiscalização dos Serviços de

Telecomunicações (FISTEL) R$ 1.987 milhões. As despesas da ANATEL em 2004

foram de R$ 252 milhões, tendo sido R$ 82 milhões gastos com Pessoal, R$ 147

milhões sob a rubrica Atividades e R$ 23 milhões com Investimentos.

O quadro abaixo apresenta os dados dos últimos quatro anos e do primeiro semestre

de 2005:

Dados da Arrecadação do FUST, FISTEL e Orçamento da ANATEL

R$ Milhões 2001 2002 2003 2004 Jan-

Jun/05

Arrecadação Fust 1.045 1.099 530 711 281

Arrecadação Fistel 4.430 2.694 1.288 1.987 1.493

Despesas ANATEL* 225 258 231 252 146 *compromissado

As indústrias do setor apresentaram em 2004, um faturamento de R$ 13 Bilhões

(Abinee). As exportações de equipamentos totalizaram US$ 1,1 bilhões, enquanto as

importações foram de US$ 923 milhões, resultando num saldo de US$ 219 milhões,

(não incluídos os componentes de telecomunicações).

No 1º semestre de 2005 foram exportados 15 milhões de telefones celulares no valor de

US$ 1,1 bilhões, superando o total do ano de 2003 (US$ 1,06 Bi) e de 2004 (US$ 736

milhões).

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O Brasil era, no final de 2004, o 5º país do mundo em número de telefones fixos em

serviço (39,4 milhões) e o 6º em celulares (65,6 milhões). Em julho de 2005, o número

de celulares era 76,6 milhões.

A densidade de telefones fixos e móveis no Brasil ainda é baixa comparada com

padrões mundiais. O país terminou o ano de 2004 com 22 telefones fixos por 100

habitantes e 36 celulares por 100 habitantes. Em junho de 2005, a densidade para os

celulares superou a marca de 41 celulares por 100 habitantes, sendo o Distrito Federal a

Unidade da Federação com o maior índice (113) .

As operadoras de telefonia fixa atendiam em junho de 2005 todos os municípios

brasileiros, estando presente em 30.678 localidades. O serviço celular atendia 87% da

população, sendo 84% com mais de uma operadora, e 52% dos municípios brasileiros,

praticamente todos com mais de 10 mil habitantes.

Em junho de 2005, o Brasil possuía 18 milhões de usuários domiciliares com acesso à

Internet, de acordo com a pesquisa Nielsen/NetRatings, sendo 11 milhões ativos. No

final de 2004, o número de acessos de Banda Larga no Brasil era de 2,3 milhões, valor

que subiu para 2,9 milhões no 1o semestre de 2005. Em dezembro de 2004, o número de

assinantes de TV por assinatura era 3,8 milhões.

As tabelas a seguir apresentam alguns dados operacionais (base Junho 2005) e

financeiros (base ano de 2004) das operadoras de telefonia fixa e móvel.

Dados Operacionais das Operadoras de Telefonia Fixa (Junho 2005)

2004 Telefones em Serviço (mil)

Banda Larga ADSL (mil)

Telemar 14.966 641

Brasil Telecom 9.540 747

Telefônica 12.442 976

Total 36.948 2.364 Fonte: Teleco

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Resultados de Operadoras de Telefonia Fixa (ano de 2004)

R$ Milhões Telemar* Brasil

Telecom Telefonica Embratel

Receita Bruta 22.125 12.763 18.426 9.687

Receita Líquida 15.842 9.065 13.309 7.333

EBITDA 6.531 3.565 6.038 1.373

Margem EBITDA 41,2% 39,3% 45,4% 18,7%

Lucro (Prejuízo) Líq 751 252 2.181 (339) * inclui Oi.

Fonte: Teleco Dados Operacionais das Operadoras de Telefonia Celular (Junho 2005)

jun/05 Celulares (mil) Market Share de Celulares

Vivo 28.447 37,7%

Tim 16.752 22,2%

Claro 16.201 21,5%

Oi 8.112 10,7% Telemig e Amazônia Celular 4.217 5,6%

BrT GSM 1.345 1,8% CTBC e Sercomtel Celular 423 0,6%

Total 75.517 100,0% Fonte:Teleco

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Resultados das Operadoras de Telefonia Celular (ano de 2004)

Telemig R$ Milhões Vivo Claro TIM Oi Amz Cel

Receita Bruta 14.721 6.351* 8.137* 2.995 2.243

Receita Líquida 10.929 5.248 6.290* 2.337 1.653

EBITDA 3.653 18 1000* 96 586

Margem EBITDA 33,40% 0,30% 16% 4,10% 35,50%

Lucro (Prejuízo) Líq (250) ND ND (489) 157 *Estimada pelo Teleco. Fonte: Teleco

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5.0 PRINCIPAIS TEMAS DO DEBATE 5.1 A Competitividade do Brasil

A competitividade vem ganhando força por sua relevância para a prosperidade e a

qualidade de vida das nações. No entanto, o Brasil vem perdendo atratividade como

destino dos investimentos diretos externos e passou do 3o lugar em 2001 para 17o em

2004, segundo o A.T. Kearney Confidence Index. Mesmo aumentando

significativamente o valor de suas exportações, que passaram de US$ 43,5 bilhões em

1994 para US$ 96,0 bilhões em 2004, a participação percentual do país no comércio

mundial pouco mudou no mesmo período: passou de 1,01% para 1,08%. Quando

medido por 22 fatores de avaliação da competitividade do país num grupo de cinco

países em desenvolvimento – BRICM, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e

México – o Brasil classificou-se em último lugar, com apenas 9% dos fatores com alto

desempenho comparado com o primeiro colocado, China, que apresentou 70% na

mesma avaliação. Os fatores avaliados incluíram marcos regulatórios, educação,

propriedade intelectual, tributação, geração de empregos e posicionamento em

negociações internacionais (1).

Estes fatos colocam em destaque a importância das políticas públicas para o setor de

telecomunicações como alavanca para aumentar a competitividade do país.

5.2 As Questões Regulatórias nas Telecomunicações Mundiais – Princípios e

Tendências

Após um excesso de investimentos no início da década seguido de uma crise, o setor de

telecomunicações mostra novamente um forte vigor. Em 2004, a receita mundial do

setor foi de US$ 2,1 trilhões, apresentando um crescimento de 9,4% em relação a 2003,

segundo a Research and Markets. Segundo outra fonte, Insight Research, a indústria

global deve registrar, entre 2005 e 2010, um crescimento médio anual de 5,9% nas

receitas.

O mercado de comunicações mundial passa por uma renovação onde telecomunicações,

radiodifusão e tecnologia da informação convergem e exigem maior agilidade das

políticas públicas e um novo perfil regulatório. A convergência de redes e serviços, a

chegada do mundo da Internet e o futuro da telefonia móvel dominam os debates nos

(1) O documento completo preparado pelo Grupo Estratégico de Competitividade, sob o título “Competitividade Brasil” pode ser obtido na AMCHAM (www.amcham.com.br).

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setores de mídia e telecomunicações. As inovações tecnológicas se antecipam à

regulação, deixando os governos surpresos e sem ação, enquanto tais inovações vão

gerando fatos consumados. Vários países procuram reavaliar seus marcos regulatórios,

buscando formas mais horizontais de regulação, harmonizando redes e serviços e

limitando a regulação ao mínimo necessário. Estes países criam autorizações gerais para

serviços, ao mesmo tempo em que mantêm o controle de freqüências e números, que

são recursos escassos.

Nesse momento, é importante rever os conceitos sobre regulação.

Sob o ponto de vista social e econômico, os mecanismos de regulação devem:

• Ampliar a eficiência econômica, ou seja, a garantia da oferta ótima de serviço e

a menor diferença entre preço e custo;

• Evitar abusos do poder de monopólio nos mercados locais e nacionais;

• Introduzir critérios que garantam a qualidade e a universalização dos serviços - o

que inclui diminuir a exclusão digital;

• Assegurar o acesso universal a um preço compatível dos serviços;

• Criar e manter canais de interação entre agentes fornecedores, intermediários e

consumidores.

Sob o ponto de vista tecnológico os mecanismos de regulação devem atender aos

seguintes critérios:

• Estimular a inovação tecnológica por meio da introdução de mecanismos que

permitam identificar as oportunidades de novos serviços.

• Assegurar a padronização tecnológica e compatibilidade de equipamentos.

• Padronizar a tecnologia, garantir a segurança e defesa do meio ambiente.

• Remover obstáculos e promover incentivos à inovação em suprimentos e

serviços.

• Promover o acesso e uso de novas tecnologias compatíveis com as condições de

demanda domésticas.

Além dos conceitos sociais, econômicos e tecnológicos a regulação deve debater:

• Previsibilidade

• A própria necessidade de regular

• Uma regulação que seja eficiente, justa, clara e durável

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• A avaliação periódica

• Background de dados confiáveis

• Liberação de encargos inúteis e dispendiosos

Reconhecendo a necessidade de se adaptar frente à convergência de telecomunicações,

mídia e tecnologia da informação, a União Européia estabeleceu em 7 de março de

2002, por meio de várias Diretrizes, um novo modelo regulatório para redes e serviços

de comunicação eletrônica integrando telecomunicações, radiodifusão e serviços

baseados em Internet. São cinco Diretrizes para Redes e Serviços de Comunicação

Eletrônica:

• Diretriz Geral sobre a Regulamentação (2002/21/EC) ;

• Diretriz sobre o Regime de Autorizações (2002/20/EC);

• Diretriz sobre Acesso e Interconexão (2002/19/EC);

• Diretriz sobre Universalização de Serviços (2002/22/EC);

• Diretriz sobre dados pessoais e privacidade (97/66/EC - esta diretriz é de

15/12/1997).

Os principais destaques desta regulação são:

• É instituída uma autorização geral para todos os serviços e redes de

comunicação eletrônica – Licença Única.

• Os encargos pagos pelos prestadores cobrem apenas custos administrativos

necessários ao funcionamento das autoridades reguladoras.

• Há um único quadro regulatório para redes e serviços.

• Foco na redução de custos da exploração dos serviços.

Apesar de estas diretrizes tratarem de transmissão e não de conteúdo, elas consideram as

relações entre eles, visando assegurar pluralismo de mídia, diversidade cultural e

lingüística e proteção aos consumidores.

As regras da União Européia chamam a atenção em alguns aspectos:

• As redes incluem internet e cabos de eletricidade;

• Existe um claro posicionamento a favor de uma licença única, e;

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• Como incentivo a uma maior competição, os encargos cobrados devem ser

reduzidos e reembolsar apenas os custos administrativos.

A posição nos EUA é diversa. A regulamentação naquele país segue na linha das

licenças especificas. Enquanto existe um consenso quanto à convergência da tecnologia,

o mesmo não ocorre nas tendências regulatórias que são divergentes.

. No Brasil, para se adaptar a legislação no sentido de permitir a emissão de uma licença

única seria necessária uma Emenda Constitucional além de alterações em outras leis,

inclusive a Lei Geral de Telecomunicações.

5.3 O Projeto de Lei Geral de Comunicação Eletrônica de Massa

A principal lei que regula o setor de telecomunicações no Brasil é a Lei 9.472/97,

chamada de Lei Geral de Telecomunicações (LGT) promulgada após a Emenda

Constitucional no 8 de 15/08/95 que terminou com o monopólio estatal dos serviços

públicos de telecomunicações no país. Na ocasião, já existia a idéia de elaborar uma

nova Lei de Comunicação de Massa que tratasse dos serviços de radiodifusão sonora, e

de sons e imagens. Hoje, passados oito anos da promulgação da LGT e num ambiente

de convergência tecnológica e de serviços cada vez maiores, a Comunicação de Massa

ainda não foi objeto de uma nova lei, apesar da existência de alguns anteprojetos. Em

26/04/2005, a Presidência da República emitiu um Decreto criando um Grupo de

Trabalho Interministerial (GTI) com a finalidade de elaborar o anteprojeto de lei de

regulamentação dos artigos 221 e 222 da Constituição e da organização e exploração

dos serviços de comunicação social eletrônica, chamada de Lei Geral de Comunicação

Eletrônica de Massa. O grupo de trabalho é composto por representantes da Casa Civil,

dos Ministérios da Cultura, das Comunicações, da Fazenda, da Justiça, do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Educação, das Relações Exteriores,

da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da

República e da Advocacia-Geral da União. A Coordenação é de um representante da

Casa Civil. Poderão ser convidados representantes de outros órgãos, entidades públicas

ou organizações da sociedade civil, para participar das reuniões e discussões realizadas

pelo Grupo. O Grupo de Trabalho contará ainda com o apoio de um Comitê Consultivo,

integrado por representantes da sociedade civil, por especialistas e por entidades

relacionadas com a produção audiovisual e com os serviços de comunicação social

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eletrônica, ao qual caberá oferecer àquele colegiado as contribuições que julgar

necessárias para elaboração do anteprojeto de lei.

O anteprojeto de lei elaborado pelo Grupo de Trabalho será encaminhado

primeiramente ao Presidente da Republica e posteriormente ao Congresso Nacional.

Recentemente, com as mudanças ministeriais, houve uma discussão se o projeto deveria

ser coordenado pelo Ministério das Comunicações ou pela Casa Civil, tendo sido

decidido por sua manutenção na Casa Civil.

De acordo com o representante da Casa Civil, seu objetivo é o de estabelecer as

diretrizes para um modelo de transição para o mundo da convergência que seja eficiente

e eqüitativo, desenvolver a cooperação regional, reduzir as barreiras de entrada e

assegurar a concorrência entre os atores econômicos e preservar a diversidade cultural e

o acesso à informação.

5.4 A ANATEL e as Perspectivas da Regulamentação

O modelo de regulação consolidado pela LGT considera as políticas públicas elaboradas

no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo, marcos institucionais cujos pilares são a

universalização dos serviços considerados essenciais, qualidade e a ampla competição

entre os prestadores e uma estratégia regulatória que é baseada nos objetivos

determinados pelas políticas públicas e nas competências da agência para a promoção

do equilíbrio setorial.

O arcabouço regulatório busca:

• Promover a competição e a diversidade dos serviços;

• Criar oportunidades de investimentos

• Estimular a expansão do uso de redes e serviços

• Estimular o desenvolvimento tecnológico e industrial, em ambiente competitivo

• Universalizar o Serviço Telefônico Fixo Comutado

Busca ainda os seguintes benefícios para os agentes:

Sociedade

• Redução dos preços dos serviços

• Aumento da qualidade e opções de serviços

• Aumento da competitividade econômica das empresas usuárias

Investidores

• Garantia de regras justas e econômicas para todos eqüitativamente

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• Permissão a opção de investimentos nas empresas mais eficientes

• Atração de investimentos de longo prazo

Prestadores de Serviço

• Garantia para melhorias constantes na busca da eficácia

• Incentivo para o repasse destes ganhos aos clientes gerando retenção

Indústria

• Novas oportunidades de negócios

• Certificação

No momento atual, diversos fatores, alguns com forte impacto, afetam o mercado de

telecomunicações. Conteúdo e sua distribuição pela internet tendem a intensificar o

desequilíbrio de tráfego das redes projetadas para voz. As novas formas de acesso na

convergência tecnológica e a criação de novos serviços criam um novo paradigma de

uso das redes. Terminais permitem acessar diferentes redes e serviços. A plataforma

digital abre um novo paradigma de integração da radiodifusão sonora com novos

serviços. Os recursos interativos da TV Digital possibilitam novos serviços nas

plataformas atuais. Parcerias intensificam as ofertas de serviços complementares e

convergentes.

A regulamentação precisa ser adaptada. A regulamentação deve considerar, em especial,

as mudanças que advirão da convergência, das necessidades dos usuários, dos modelos

de negócios e deve seguir a dinâmica das inovações trazidas pela inovação tecnológica e

a simplificação da regulação. Mas a adaptação não decorre apenas de movimentos de

mercado, mas também da evolução tecnológica. Nesse novo cenário, as transformações

certamente encontram respaldo nos princípios adotados na legislação brasileira, na

medida em que são importantes instrumentos para a competição. No novo ambiente

convergente haverá oportunidades de convivência harmônica entre serviços regulados e

não regulados. A prestação de serviços, por tecnologia de plataforma IP ao público em

geral, estará vinculada a qualquer serviço regulamentado, sendo este sujeito à outorga

prévia e com utilização de equipamentos certificados pela ANATEL.

As perspectivas da adaptação devem considerar alguns aspectos: a convergência, como

um novo paradigma para a criação da licença unificada para serviços de

telecomunicações; o estabelecimento de uma regulação desvinculada de conceitos

tecnológicos pré-estabelecidos e sua orientação para serviços; a busca do equilíbrio nas

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regras que se aplicam às empresas que operam em segmentos competitivos; a preservação e respeito das regras contratuais.

A agenda regulatória da ANATEL contempla as seguintes ações para estimular a

competição:

• Plano de numeração do SCM

• Desagregação de elementos de rede (“unbundling”)

• Definição das regras para empresas com PMS (Poder de Mercado Significativo)

• Implementação de modelo de alocação de custos nas empresas detentoras de

PMS

• Licitação das licenças da 3G para telefonia móvel

• Portabilidade numérica dos serviços fixos e móveis

• Revenda de serviços, parcerias e alianças comerciais

• Licitação para outorgas de TV por Assinatura

A agenda da ANATEL contempla ainda as seguintes ações voltadas para as

concessionárias de STFC:

• Implementação do modelo de remuneração, baseado em custos

• Modelo de apuração do Fator de transferência

• Cálculo do custo médio ponderado de capital (CMPC ou WACC)

• Modelo de conversão pulso para minuto

• Modelagem do Índice Setorial de Telecomunicações - IST

• Revisão do Regulamento de Interconexão de redes

• Portabilidade numérica do terminal de assinante

• Revisão do Regulamento do STFC

• Regulamento do AICE (Acesso Individual de Classe Especial)

• Regulamento do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC)

• Desagregação (“unbundling”) das redes locais de telefonia fixa

• Revenda de serviços

A ANATEL acredita que os planos de metas poderiam ser revistos observando-se a

qualidade percebida e a qualidade aferida, no sentido de orientar os recursos para o que

seja mais importante.

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6.0 POLÍTICAS PÚBLICAS, REGULAMENTAÇÃO E O FUTURO DAS

TELECOMUNICAÇÕES – SÍNTESE DAS DISCUSSÕES E PRINCIPAIS

CONCLUSÕES

6.1 Definição de Políticas de Longo Prazo para o Setor de Telecomunicações. O

setor carece de uma política de longo prazo e esta falta de clareza quanto aos rumos

prejudica as definições de investimentos. As discussões entre as atribuições dos órgãos

do Governo também enfraquecem o setor, tanto interna quanto externamente.

6.2 O modelo brasileiro e a convergência

O 10o Fórum debateu o modelo de agência reguladora para o setor. Foi discutido o

modelo inglês (OFCOM) que inclui na mesma agência as atribuições referentes a

telecomunicações, radiodifusão e conteúdo. Foram discutidos também outros modelos

que mantêm os segmentos em agências separadas. Houve um consenso que no caso

brasileiro dever-se-ia buscar minimizar o número de agências, por exemplo, reunindo

telecomunicações e radiodifusão, mas que é difícil uma integração total no primeiro

momento. Quanto ao conteúdo, esta agência deve regulamentar a sua inclusão nas

aplicações, mas não ser responsável por regulamentar a informação. É importante para o

País, ter um marco regulatório para conteúdo.

Existem impedimentos constitucionais e legais para unificar as licenças no Brasil, caso

haja a intenção de estabelecer uma licença única como a existente na Comunidade

Européia. O caminho para o Brasil deve ser de redução do número de licenças, de forma

gradual, buscando licenças mais convergentes como é o caso do Serviço de

Comunicação Multimídia (SCM).

Qualquer mudança na LGT deve ser feita com muito cuidado, no sentido de evitar que

numa revisão sejam perdidas conquistas importantes para o setor. A LGT atende

atualmente à maior parte das demandas.

6.3 Princípios para as Leis e Regulamentos

Os participantes procuraram definir alguns princípios que devem nortear as ações como

uma forma prática de atingir os resultados esperados. Alguns princípios mencionados

foram:

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• Na análise de mudanças regulatórias deve-se avaliar os diferentes modelos de

negócio, e cuidar para que a regulamentação permita e incentive os diferentes

modelos.

• É importante preservar a competência de Pesquisa e Desenvolvimento do Brasil,

criada pela Lei de Informática.

• No processo de preparar propostas para a adaptação e revisão leis e

regulamentos, é importante separar o que é constitucional, infra-constitucional e

regulatório.

• A regulamentação nos mercados onde existe competição deve ser simplificada.

• A regulamentação deve ser mínima, sempre orientada para o reconhecimento de

competências, e evitar subsídios que distorçam a avaliação dos custos.

• As políticas públicas devem procurar assegurar aos usuários o acesso irrestrito

aos serviços de voz e a universalização de serviços além da voz, incluindo

conteúdo.

• Um marco regulatório que separe com clareza a produção do conteúdo, a

distribuição de conteúdo e a operação da infra-estrutura podem trazer benefícios

fiscais para as empresas.

6.4 Respeito às leis e aos contratos

Participantes do Fórum manifestaram-se quanto à importância do respeito às leis e ao

cumprimento dos contratos existentes. Situações que ocorreram no passado recente,

como a discussão sobre a alteração do índice de correção dos contratos e a discussão

sobre a legalidade da assinatura básica, precisam ser evitadas, pois prejudicam muito o

setor e os investidores e também o país como destino de investimentos diretos. Não se

deve minimizar o seu impacto no mercado internacional.

6.5 Importância da ANATEL

Uma questão que obteve apoio unânime no Fórum foi quanto à necessidade de uma

agência reguladora forte. Recentemente, a agência tem sofrido com a falta de recursos,

o que impacta a sua operação. Os recursos previstos em lei devem ser da agência para

que ela possa atuar como esperado em favor da sociedade. Diversos projetos em

andamento tais como portabilidade numérica, plano de numeração do SCM, a revenda e

“unbundling” têm tido seu andamento prejudicado por falta de recursos. Alguns estão

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em fase adiantada e podem trazer benefícios para a sociedade em curto prazo. Membros

da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicações e Informática da Câmara dos

Deputados têm se prontificado a apoiar a agência.

6.6 Representatividade do Setor

Telecomunicações são essenciais para o crescimento econômico do país, para melhorar

a distribuição de renda e para viabilizar a inclusão social. No entanto, constata-se que o

setor não tem conseguido defender suas posições de uma forma integrada. Os esforços

são individuais. Existe a necessidade de maior união dos diversos segmentos do setor

para desenvolver trabalhos em conjunto e aumentar a representatividade do setor junto

ao Poder Público. Em 18 de Agosto foi criada uma Federação – Febratel, reunindo seis

sindicatos patronais de telecomunicações, que pode servir como um primeiro veículo

para viabilizar a ação conjunta. No entanto, reconhece-se que ainda existem

divergências entre segmentos. Foi sugerida a criação de um Comitê com representantes

das associações do setor, inicialmente proposto para ser organizado pela Amcham e

posteriormente aceito para ser formado pela Federação, com o objetivo de diluir as

divergências e buscar pontos convergentes que fortaleçam posições. Duas bandeiras de

consenso foram sugeridas: a elaboração de um anteprojeto de lei federal de uso do solo

e uma campanha de redução da carga tributária do setor.

Algumas ações sugeridas foram:

• A criação de mecanismos para acompanhar os dados do setor

• A fiscalização do correto uso dos fundos setoriais

• O aproveitamento da base de clientes para reforçar o marketing do setor.

6.7 Lei Geral de Comunicação Eletrônica de Massa

Nas discussões referentes à Lei Geral de Comunicação de Massa, participantes

defenderam que a lei estabelecesse a democratização do conteúdo, o que significa que

todos os prestadores de todos os serviços teriam acesso aos conteúdos que desejassem,

negociando com os geradores de conteúdo. Foi proposto que o conteúdo fosse tratado

como serviço de valor adicionado no anteprojeto de Lei.

A importância de preservar as características de produção local da TV brasileira foi

ressaltada pelos presentes como outro ponto importante.

Foi também destacado que a elaboração de uma nova Lei deve respeitar o modelo de

negócio da TV aberta brasileira, que é um sucesso para a população possuindo uma

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penetração em mais de 90% dos lares brasileiros e é reconhecido como um marco

internacional.

Finalmente, houve uma proposta conjunta dos participantes do Fórum para que a Casa

Civil, responsável pela coordenação do Grupo de Trabalho criado pela Presidência da

República para elaborar um anteprojeto para uma Lei Geral de Comunicação de Massa,

fizesse um convite para que a ANATEL participasse como convidada permanente.

6.8 Impostos

O 10o Fórum de Telecomunicações não poderia deixar de discutir a elevadíssima carga

tributária do setor de telecomunicações. As dificuldades para conseguir a sua redução

são grandes. Os tributos sobre telecomunicações constituem uma parcela significativa

da receita dos estados. Sua fiscalização é relativamente simples já que os grandes

contribuintes são poucos e a sonegação é quase impossível. No entanto, existe o

consenso que a carga tributária incidente sobre o setor é a grande ofensora para um

desenvolvimento maior das telecomunicações no país e impede uma penetração maior

nas classes de menor poder aquisitivo.

Um ponto levantado foi o valor elevado da contribuição do Fistel (Fundo de

Fiscalização das Telecomunicações). Pode-se observar que a arrecadação é muito maior

do que o orçamento da ANATEL. No sentido de desonerar os consumidores do repasse

da taxa, o Governo poderia reduzir as alíquotas. Outra contribuição, a do FUST (Fundo

de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), criada para subsidiar a

universalização, até hoje não foi utilizada, sendo necessário estabelecer mecanismos que

viabilizem a sua aplicação com exclusividade no setor.

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7. 0 RECOMENDAÇÕES

7.1 Assegurar Recursos para a ANATEL. Uma das razões do sucesso do modelo

brasileiro de telecomunicações após 1996, reconhecido por todo o mundo, é a

Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL. Por razões de política

econômica, a agência tem sofrido pela falta de recursos, apesar da LGT assegurá-

los. Para que não se perca os investimentos feitos no setor durante a última década, é

fundamental que a agência esteja aparelhada para cumprir as suas obrigações. Além

da operação normal da agência, o que inclui a fiscalização do setor, projetos

importantes para o país como portabilidade numérica, plano de numeração SCM,

revenda (MVMO) e “unbundling”.

7.2 Assegurar a Participação da ANATEL no Anteprojeto da Lei Geral de

Comunicação de Massa. É importante que a ANATEL participe como membro

oficial permanente das reuniões do grupo criado pela Presidência da República e

coordenado pela Casa Civil para propor uma Lei Geral de Comunicação de Massa.

A experiência da agência e de seus técnicos pode representar uma importante

contribuição para o anteprojeto.

7.3 Estabelecer Tratamento Isonômico para Investimentos Estrangeiros nos

diversos Segmentos do Setor. Hoje existem restrições para investimentos de capital

estrangeiro em alguns setores, como por exemplo, TV a Cabo, o que não ocorre em

outros segmentos do setor. É importante que haja tratamento isonômico nos

diferentes segmentos. Propõe-se que seja preparada uma proposta de alteração da

chamada Lei do Cabo para encaminhamento ã Câmara dos Deputados.

7.4 Desenvolver opções de serviços orientados para as classes menos favorecidas.

Como uma forma de ampliar a penetração dos serviços de telecomunicações nas

classes menos favorecidas sugere-se a criação de incentivos para serviços

desenvolvidos especificamente para este segmento da sociedade, a exemplo do que

ocorre na área de distribuição de energia elétrica.

7.5 Buscar mecanismos que agilizem o Sistema Brasileiro de Defesa da

Concorrência. O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC),

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atualmente é composto pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae),

vinculada ao Ministério da Fazenda, pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) e

pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), ambos vinculados ao

Ministério da Justiça. É preciso simplificar e agilizar o fluxo dos processos de

análise de infrações da ordem econômica e concentração econômica definindo

claramente as responsabilidades e estabelecendo prazos para os processos. Existem

vários agentes no processo quando as questões incluem empresas de

telecomunicações (ANATEL, SDE, Seae, CADE e às vezes Minicom), o que resulta

em prazos muito longos.

7.6 Buscar alternativas para o recolhimento do ICMS no Estado de São Paulo.

Existe a possibilidade de discutir com o Estado de São Paulo a troca de

recolhimentos de ICMS por certos serviços prestados à comunidade. O Comitê de

Telecomunicações da Amcham agilizará esforços medidas para levar a questão aos

secretários de Estado.

7.7 Desenvolver anteprojeto de Lei Federal sobre Infra-Estrutura. Hoje várias

prefeituras e estados legislam sobre infra-estrutura sem conhecimento do setor de

telecomunicações, resultando em legislações desiguais e muitas vezes carentes de

fundamentação técnica. Como conseqüência, as empresas que precisam instalar seus

equipamentos se defrontam com proibições e requisitos de difícil atendimento,

sendo obrigadas a buscar a justiça local para resolver as questões. Sugere-se a

elaboração de uma lei federal que trate de infra-estrutura, uniformize os direitos e

obrigações e assegure os direitos das operadoras, separando as competências das

esferas Federal, Estadual e Municipal. Mais uma vez é possível mencionar o

exemplo da Comunidade Européia que, dentro da licença unificada incluiu o direito

das prestadoras de serviço para instalar facilidades, de acordo com um Regulamento

Geral válido para todos os países membros. Nas questões de infra-estrutura devem

ser incluídas as radiações ionizantes, que também tem tido tratamentos sem

fundamentação técnica por parte de autoridades municipais.

7.8 Buscar Formas de Aumentar a Representatividade Institucional do Setor. Uma

importante recomendação do Fórum foi para que o setor se organize melhor para

fazer-se ouvir pelos Poderes Públicos e pela Sociedade. Dada a importância que

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desempenha para o desenvolvimento do país, é preciso que o setor esteja mais

representado nas diversas discussões que vêm ocorrendo no Executivo, Legislativo e

Judiciário em suas três esferas. O Deputado Federal Julio Semeghini, presente ao

Fórum, prontificou-se a encaminhar as propostas para a Comissão de Comissão de

Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados e a

promover um debate amplo naquela comissão. Uma proposta é de aproveitar melhor

a grande base de clientes (penetração total de telefones superior a 40%) para o

marketing do setor.

7.9 Desenvolver Anteprojeto de Lei de Distribuição de Conteúdo. Em face dos

projetos de lei e de emenda constitucional já em tramitação no Congresso Nacional,

foi sugerido que se criasse um Grupo de Trabalho representativo de todos os

segmentos do setor de telecomunicações para elaboração de um anteprojeto de lei

para regulamentar a distribuição de conteúdo pelas novas mídias, anteprojeto este

que será posteriormente encaminhado para o Governo.

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8.0 PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

Quinta-feira 18 de agosto

19h30 - Recepção e jantar

20h30 - Jantar

Sexta-feira 19 de Agosto

8h - Abertura

Arthur Vasconcellos – CEO Amcham – Câmara Americana de Comércio

Humberto Cagno – Presidente do Comitê de Tecnologia de Informação e Comunicações

da Amcham

8h15 – Macro-tendências da Regulamentação no Mundo

Juarez Quadros do Nascimento – Sócio da Orion Consult e Ex-Ministro das

Comunicações

9h – Perguntas

9h30 - Lei Geral de Comunicação de Massa

André Barbosa Filho – Casa Civil da Presidência da República

10h – Perguntas

10h30 – Coffee Break

11h – ANATEL e as Perspectivas da Regulamentação

Elifas Gurgel do Amaral – Presidente da ANATEL

11h45 – Perguntas

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12h15 – Síntese da manhã

12h30 – Almoço

14h – Debate aberto

Regulamentação e Modelos de Negócio: Posicionamento

O objetivo deste segmento do Fórum é discutir, numa sessão exclusiva de debates entre

os participantes, a atualidade das políticas públicas e do modelo brasileiro frente aos

novos desafios colocados pela convergência de serviços e de tecnologias, e pelo

ambiente no qual conteúdo, transporte, distribuição e terminais apresentam-se num

formato novo, ameaçando os modelos de negócio existentes.

16h – Coffee Break

16h30 – Debate aberto

Regulamentação e Modelos de Negócio: Propostas

Neste segmento, também dedicado exclusivamente ao debate entre os participantes, o

Fórum irá buscar exemplos de novas situações que já ocorrem no setor e procurar

identificar propostas que podem levar a um aumento de produtividade e do nível de

investimentos no setor. A visão será de propostas para um posicionamento futuro do

novo setor de telecomunicações frente aos desafios do país.

18h – Síntese da tarde

20h - Jantar

Sábado 20 de agosto

8h30 Políticas Públicas, Regulamentação e o Futuro das Telecomunicações. A visão das

associações:

ABRAFIX – José Fernandes Pauletti

ABTA – Alexandre Annenberg

ACEL – Amadeu Castro Neto

TELCOMP – Luis Cuza

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10h30 – Coffee Break

11h –Concorrência e Regulação do Setor de Telecomunicações: Competências do

CADE e da ANATEL

Pronunciamento do Conselheiro do CADE – Ricardo Villas Boas Cueva.

11h30 – Pronunciamento do Secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do

Estado de São Paulo

Mauro Arce

12h – Perguntas

12h30 – Sumário e Recomendações

13h – Almoço de Encerramento

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9.0 PARTICIPANTES

NOME EMPRESA

1 Alexandre Annenberg Associação Brasileira de Televisão p/

Assinatura 2 Álvaro Marques AMTEL

3 Amadeu de Paula Castro Neto ACEL

4 André Barbosa Filho Casa Civil da Presidência da República

5 André Mota AMCHAM

6 André Muller Borges NET

7 Ângela Tavares Rehem de Azevedo Editora Abril

8 Arthur Vasconcellos AMCHAM

9 Atair Neto AMCHAM

10 Carlos F.X. Duprat Ericsson

11 Carlos Rocha Samurai

12 César Rômulo Silveira Neto Telebrasil

13 Eduardo Fonseca AMCHAM

14 Eduardo Tude Teleco

15 Elifas Gurgel do Amaral ANATEL

16 Ércio Alberto Zilli Telemar

17 Fabio Ferreira Kujawski Barreto Ferreira, Kujawski, Brancher e

Gonçalves Advs. 18 Fernando Mello Iqara Telecom

19 Fernando Mousinho NET

20 Foad Shaikhzadeh Furukawa

21 Frederico Lohmann Societé Générale

22 Frederico Trigueiro Claro

23 George Freud A.T Kearney

24 Guilherme Costa Felsberg, Pedretti, Mannrich e Aidar Advs.

25 Hélio Graciosa CPqD

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26 Hélio Guerra FDTE

27 Humberto Cagno Siemens

28 Jairo Okret Korn Ferry

29 Joel Garcia ANATEL

30 John Paul Groom Telefinance

31 Jonas de Oliveira Júnior Telefônica

32 José Barbosa Mello Teleco

33 José Fernandes Pauletti ABRAFIX

34 José Luis Oliveira de Souza Daruma

35 Juarez Quadros Orion Consultores

36 Júlio Semeghini Câmara dos Deputados

37 Leila Lória TVA

38 Liliana Nakonechnyj TV Globo

39 Lucas Câmara Amcham

40 Ludgero Pattaro Telecom Itália

41 Luis Antonio Alves de Oliveira RFS

42 Luis Carlos G. Balieiro TVA

43

Luis Cuza Telcomp

44 Luis Eduardo Sym Cardoso Promon Enegenharia

45 Luiz Roberto Veiga de Sá Comsat

46 Marcos Alberto Bitelli Bitelli Advogados

47 Mário Baumgarten Siemens

48 Maurício Szapiro RadioNet

49 Neusa Risette Associação NEO TV

50 Paulo Gomes Castelo Branco Nec do Brasil

51 Petrônio Nogueira Accenture

52 Rafael De Cunto Pinheiro Neto Advogados

53 Raul Aguirre DiamondCluster

54 Raul Antonio Del Fiol Trópico

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55 Regina Ribeiro do Valle José Carlos Magalhães e Advs.

56 Ricardo Villas Bôas Cueva CADE

57 Roberto Gregori Jr. Recall do Brasil

58 Rodrigo Abreu Nortel Networks

59 Rodrigo Mendes Redevox

60 Silvia Melchior Melchior & Micheletti Advs.

61 Valerijonas Seivalos Jr. Qualcomm

62 Tiago Gerevini AMCHAM