Introdução.

Por ser composta de elementos tracionados e comprimidos as vigas em treliça permitem que o projetista disponha de maiores vãos, pois possui uma alta relação resistência peso do sistema estrutural. Em consequência pode-se empregar elementos de seções transversais esbeltas, ocasionando peças com grandes envergaduras sem agregar muito peso, diferentemente das vigas de alma cheia.

Tipos usuais de vigas em treliça.

Treliça Pratt cujas diagonais ficam tracionadas, deixando os montantes comprimidos, no caso de cargas verticais para baixo.

Figura 1 - Treliça Pratt

Treliça Howe cujas diagonais, no caso de carregamento vertical para baixo, ficam comprimidas, deixando os montantes tracionados.

Figura 2 - Treliça Howe

Treliça Warren com ou sem montantes, com banzos inclinados sobre os apoios ou não, invertida ou não, simples ou dupla, conforme é ilustrado na seqüência abaixo.

Figura 3 - Treliça Warren

Tipos de perfis mais usados:

Os perfis são divididos em dois grupos (perfis de tração e compressão) conforme seu uso na treliça.

Os perfis mais utilizados sob tração são: Barras circulares ou chatas, perfis simples e compostos com cantoneiras.

Figura 4 - Perfis mais utilizados sob o esforço de tração.

Sob o efeito de compressão são utilizadas cantoneiras com as composições apresentadas a seguir.

Figura 5 - Composições de cantoneiras mais utilizadas sob compressão.

Nomenclatura das barras:

Figura 6 - Nomenclatura das barras

Dimensionamento:

O dimensionamento das treliças se baseia em quatro hipóteses:  1- Os elementos das treliças são ligados entre si por meio de pinos lisos e sem atrito  2- Os elementos que constituem a treliça são retilíneos  3- O deslocamento da treliça é insignificante, não sendo considerado portanto a deformação.  4- As cargas são aplicadas exclusivamente nos nós.São diversos os processos de determinação das forças de compreensão e tração nas barras das treliças. Antes de aplicá-los é necessária a determinação das cargas que atuam sobre cada nó da treliça.

Tipos de Ligações:

Soldadas:

Parafusada:

Contraventamento:

Mesmo quando não sujeitas a esforços de vento, podem apresentar deformações indesejáveis fora dos planos dos esforços principais. Para travar a estrutura seja pela atuação do vento, seja por efeito de flambagem ou da própria falta de rigidez do conjunto estrutural, são usados os denominados contraventamentos.

Os contraventamentos podem ser usados temporariamente, durante a montagem da estrutura, ou definitivamente.Como nunca se sabe em que direção poderá ocorrer o deslocamento do conjunto estrutural, o contraventamento deverá garantir a imobilidade em todas as direções. Para que ele não se torne um elemento pesado, tanto do ponto de vista visual como físico, deve-se, sempre que possível, fazer com que trabalhe a tração axial (o mais favorável dos esforços). Em vista disso a maneira mais simples de concebê-lo é na forma de um X, pois dessa forma, em um ou outro sentido, as barras que compõem esse X estarão submetidas à tração.

A estabilização da estrutura deverá ser garantida tanto no plano horizontal como no vertical. No caso da cobertura do galpão a estabilização horizontal, é dada pela criação de contraventamento no plano inclinado da cobertura.