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Caro Professor, Em 2009 os Cadernos do Aluno foram editados e distribuídos a todos os estudantes da rede estadual de ensino. Eles serviram de apoio ao trabalho dos professores ao longo de todo o ano e foram usados, testados, analisados e revisados para a nova edição a partir de 2010. As alterações foram apontadas pelos autores, que analisaram novamente o material, por leitores especializados nas disciplinas e, sobretudo, pelos próprios professores, que postaram suas sugestões e contribuíram para o aperfeiçoamento dos Cadernos. Note também que alguns dados foram atualizados em função do lançamento de publicações mais recentes. Quando você receber a nova edição do Caderno do Aluno, veja o que mudou e analise as diferenças, para estar sempre bem preparado para suas aulas. Na primeira parte deste documento, você encontra as respostas das atividades propostas no Caderno do Aluno. Como os Cadernos do Professor não serão editados em 2010, utilize as informações e os ajustes que estão na segunda parte deste documento. Bom trabalho! Equipe São Paulo faz escola.

2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

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Caro Professor,

Em 2009 os Cadernos do Aluno foram editados e distribuídos a todos os estudantes da rede estadual de ensino. Eles serviram de apoio ao trabalho dos professores ao longo de todo o ano e foram usados, testados, analisados e revisados para a nova edição a partir de 2010.

As alterações foram apontadas pelos autores, que analisaram novamente o material, por leitores especializados nas disciplinas e, sobretudo, pelos próprios professores, que postaram suas sugestões e contribuíram para o aperfeiçoamento dos Cadernos. Note também que alguns dados foram atualizados em função do lançamento de publicações mais recentes.

Quando você receber a nova edição do Caderno do Aluno, veja o que mudou e analise as diferenças, para estar sempre bem preparado para suas aulas.

Na primeira parte deste documento, você encontra as respostas das atividades propostas no Caderno do Aluno. Como os Cadernos do Professor não serão editados em 2010, utilize as informações e os ajustes que estão na segunda parte deste documento.

Bom trabalho!

Equipe São Paulo faz escola.

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GABARITO

Caderno do Aluno de Geografia – 8ª série/9º ano – Volume 1

Página 3

O texto permite uma reflexão sobre o significado das relações que se desenvolvem

em escala mundial. Refere-se a uma longa história de trocas culturais entre diversos

grupos sociais e nações. Considerando que as trocas atuais são muito mais volumosas e

aceleradas, até onde terão chegado as influências entre os povos? Isso não dará

condições para perceber que, na atualidade, a escala mundial está bem mais plena de

relações? Será que estamos nos transformando em “cidadãos do mundo”, bem mais do

que apenas cidadãos nacionais?

Neste sentido, sugerimos ao professor repassar com os alunos o significado dos

seguintes termos presentes no texto.

– Oriente Próximo: refere-se à região do Oriente Médio. O termo Oriente Próximo

é utilizado quando se tem como referência a Europa.

– Europa setentrional: o mesmo que norte da Europa.

– Fiados: qualquer filamento ou fibra têxtil que se reduziu a fio.

– Mocassins: tipo de calçado criado pelos indígenas norte-americanos, feito de

couro cru, que envolvia o pé, sem sola dura e sem salto. Na atualidade corresponde

ao tipo de sapato de couro, baixo e que tem como qualidade ser confortável.

– Gauleses: povo celta conquistado pelos romanos e que habitava a Gália, antiga

região correspondente, hoje, ao território da França.

– Masoquista: diz-se de pessoa que busca o sofrimento. No texto, o autor emprega

ironicamente o termo referindo-se ao sofrimento resultante do ato de se barbear.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

RELAÇÕES ENTRE ESPAÇO GEOGRÁFICO E GLOBALIZAÇÃO

Page 3: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

– Sumerianos: povo originário da Suméria, uma das mais antigas civilizações da

Mesopotâmia (Ásia).

– Semitas: grupo étnico e linguístico que compreende os hebreus, os assírios, os

aramaicos, os fenícios e os árabes.

– Narrativas: no texto corresponde à exposição de um acontecimento ou de uma

série de acontecimentos mais ou menos encadeada, reais ou imaginários, por meio de

palavras ou de imagens.

– Divindade hebraica: deus hebreu.

– Indo-europeia: ramo linguístico correspondente à maioria das línguas ocidentais.

Página 4

Considerando-se os diferentes ramos de atividades econômicas, espera-se que os

alunos coletem materiais representativos de empresas transnacionais, ou mesmo

consigam perceber o aumento da participação de produtos importados no cotidiano das

famílias brasileiras. Tais alterações são representativas das mudanças ocorridas na

economia brasileira após a abertura econômica ocorrida em meados de 1990, durante o

governo Collor. Antes desse período, a industrialização brasileira fundamentava-se no

modelo de substituição de importações. A redução das alíquotas de importação

ocorridas com a abertura econômica imprimiu profundas alterações no modelo

industrial brasileiro, responsável por consolidar a presença de capitais transnacionais em

setores anteriormente protegidos.

Em geral, os bens não duráveis (como os ramos alimentício, de higiene e limpeza,

têxtil e calçadista) eram representativos do capital industrial de base nacional.

Atualmente, esses setores passaram a pertencer a conglomerados transnacionais que

adquiriram o controle de inúmeras marcas nacionais, consolidando sua presença na

economia brasileira do século XXI. Evidentemente ainda perduram alguns grupos

nacionais; porém, cada vez mais, imprimem menor peso no mercado nacional.

Quanto às empresas produtoras de bens duráveis, historicamente pertencem a grupos

transnacionais, em função dos altos investimentos para a sua instalação e produção,

como ocorre nos setores de eletrodomésticos e automóveis.

Page 4: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

Páginas 5 - 6

A elaboração do mapa terá como base a síntese dos dados coletados pelos alunos. Em

sua elaboração, sugerimos que você ressalte aos alunos a importância da construção da

legenda, assim como os acompanhe na definição da largura das setas, pois a densidade

das mesmas representará a diferença de fluxos de uma região para outra do mundo.

Páginas 7 - 9

1. A figura representa o “encolhimento” do mapa do mundo em virtude do avanço nas

tecnologias de transporte, o que permite percorrer a mesma distância em muito

menos tempo. Desde 1500, com os barcos a vela, até 1960, com os jatos de

passageiros. Por meio da metáfora do “encolhimento”, pode-se compreender a

relativização das distâncias, que não são impedimentos para os contatos, desde que

se tenham os meios técnicos para isso.

a) Espera-se que os alunos identifiquem que o formato em funil representa o

encurtamento das distâncias em função das sucessivas alterações nos meios de

transporte ocorridas no decorrer da história.

b) Espera-se que os alunos extraiam da figura os dados correspondentes ao encurtamento

das distâncias derivadas das alterações ocorridas no sistema de transportes ao longo da

história humana. Como demonstra a figura, entre os séculos XVI e XIX, as carruagens e as

embarcações a vela deslocavam-se a 16 km por hora. Já com as locomotivas e as

embarcações a vapor, transportes popularizados nos século XIX e XX, o deslocamento

passou a ser bem maior chegando, respectivamente, 100 km/h e 57 km/h. Com a

introdução dos aviões a propulsão e os a jato, popularizados na segunda metade do século

XX, as velocidades tornaram-se muito acentuadas (480 a 640 km/h e 800 a 1100 km/h,

respectivamente), diminuindo-se o tempo de deslocamento de um lugar a outro do planeta.

c) Espera-se que os alunos identifiquem que, com a inserção de novos meios de

transporte, houve encurtamento do tempo. Nesse sentido, o espaço ganha novas

dimensões, pois pessoas e mercadorias chegam em menor tempo aos seus destinos,

modificando as relações sociais e econômicas entre os povos. Espera-se também que

Page 5: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

os alunos identifiquem novas formas de encurtamento das distâncias, tais como

popularização da aviação comercial, surgimento do trem-bala, podendo até mesmo

destacar a velocidade da transmissão de informações por meio de cabos de fibra

óptica, TV a cabo e internet.

d) Espera-se que os alunos destaquem a evolução do sistema de transportes,

responsável pelo encurtamento das distâncias e pela aproximação dos mercados.

2.

a) Espera-se que os alunos extraiam do mapa os seguintes dados: o maior número

de comunidades quilombolas concentram-se nos Estados do Rio de Janeiro, de Minas

Gerais, da Bahia, do Maranhão e do Pará.

b) Como grande parte dessas comunidades encontra-se isolada, pois resultam das

antigas áreas de abrigo de escravos, espera-se que os alunos identifiquem

dificuldades relativas à circulação de produtos e serviços característicos de áreas

mais urbanizadas e, portanto, disponibilizados pelas redes globalizadas. Podemos

também enfatizar o fato de que a internet tornou-se um meio adequado para a difusão

dos direitos dessas comunidades, principalmente no que concerne ao direito à terra e

ao reconhecimento da identidade particular desses grupos. Há inúmeros sites de

divulgação, como o da Comunidade Pró-Índio de São Paulo (Disponível em:

<http://www.cpisp.org.br/comunidades/>. Acesso em: 08 dez. 2009).

Página 10

A tabela demonstra a desigualdade entre os continentes em relação à difusão da

internet, demonstrada pela nº de internautas no mundo. A disparidade entre os países e

regiões representativas do mundo desenvolvido (Europa, Canadá e EUA e

Ásia/Pacífico) e o restante do mundo (países emergentes e subdesenvolvidos) é muito

grande, notadamente na África e no Oriente Médio. Portanto, a frase relata apenas a

existência de uma possibilidade tecnológica, sem considerar que o acesso aos sistemas

técnicos é desigual, não atingindo a todos igualmente. A tabela, portanto, evidencia que,

de fato, a globalização é seletiva.

Page 6: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

Páginas 12 - 15

1. O texto conduz o leitor a uma análise geral dos efeitos da globalização em diferentes

níveis e setores da vida em sociedade. Sugere-se, portanto, que o aluno considere

desde situações locais, como a questão das demissões em alguma empresa

importante na cidade ou na região; um setor produtivo que empregue muitas pessoas

e dependa das exportações para garantir empregos e salários, mas também situações

que estejam na mídia e que podem ser utilizadas como contexto para exemplificar os

efeitos da globalização em diferentes escalas. Além disso, é importante que você

pondere com os alunos, na discussão desse texto, que a formação dos blocos

econômicos supranacionais (União Europeia, por exemplo) obedece à lógica do

capitalismo, baseado no princípio neoliberal de redução de custos, aumento da

produtividade e maximização dos lucros. Portanto, a globalização da economia,

apoiada na eficiência cada vez maior dos sistemas produtivos, dos meios de

transporte e de comunicação, contribui para a ampliação dos mercados e o

encurtamento das distâncias, tornando esse processo uma tendência inevitável em

escala planetária.

a) A globalização, ao facilitar a expansão das empresas transnacionais e ampliar o

comércio mundial, auxilia no aumento do poder dessas empresas sobre as ofertas de

emprego e a fixação dos salários, por exemplo.

b) Espera-se que os alunos, a partir da leitura e da análise do texto, façam uma

reflexão sobre as consequências da globalização na dinâmica econômica e,

especificamente, no mercado de trabalho. A tendência é a de que os alunos

concordem com a afirmação do autor, mas podem surgir opiniões diferentes. O

importante é que você estimule a argumentação do aluno para justificar sua posição.

2. O texto traz um tema já estudado pelos alunos na 6a série/7o ano, a regionalização

brasileira. Portanto, já deverão estar familiarizados com os termos regionalização,

região e problemática regional. Agora, na 8a série/9o ano, busca-se aprofundar o

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

DIFERENÇAS REGIONAIS NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO

Page 7: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

tema estabelecendo relações entre as diferentes escalas do espaço mundial. Na

discussão, sugere-se ressaltar a importância do meio na formação do espaço, assim

como a influência exercida pelos sistemas técnicos na divisão territorial do trabalho.

Alguns exemplos: a cultura do habitante da Amazônia é muito influenciada pelas

águas e pela floresta; os sistemas coloniais influenciam na divisão do trabalho entre

metrópoles e colônias.

Páginas 15 - 16

1. Espera-se que os alunos indiquem formas de acesso a notícias e fatos facilitadas pela

diversidade dos meios de comunicação e informação, como o uso da internet, o acesso

à TV a cabo, o uso de caixas eletrônicos, a rapidez na emissão de documentos

(Poupatempo) etc. Além disso, é possível constatar a grande expansão do comércio de

bens duráveis e não duráveis vendidos em lojas popularizadas como “lojas de 1,99”.

2.

a) Espera-se que os alunos identifiquem um exemplo contundente da globalização

dos mercados no trecho em que o autor descreve em que condições as hortaliças

africanas podem ser adquiridas, transportadas e vendidas no dia seguinte no mercado

londrino.

b) O autor destaca que as encomendas realizadas pelos europeus só são possíveis

pela facilidade de bons acessos telefônicos.

c) Espera-se que os alunos percebam que a realidade do Brasil é diferente da

observada no continente africano. Apesar de o Brasil apresentar níveis diferenciados

de desenvolvimento regional, o setor de telecomunicações estende-se por quase todo

o território nacional. Portanto, no caso brasileiro, o acesso a esses benefícios torna-se

irregular em função da distribuição irregular da renda, e não em decorrência de

investimentos na infraestrutura das telecomunicações brasileiras. Isto posto, valerá

discutir com os alunos que a situação africana abarca as duas vertentes desse

problema, pois o continente apresenta baixos investimentos em infraestrutura de

comunicações, assim como apresenta os piores índices de renda na escala mundial.

Page 8: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

Página 17

O objetivo é que o aluno desenvolva e justifique as seguintes ideias: dependência

tecnológica, financeira, política, cultural etc. e suas consequências, como o aumento das

disparidades, fosso quase intransponível sem investimentos e desenvolvimentos de

tecnologias próprias.

Page 9: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

Páginas 18 - 19

1.

a) Esse mapa-múndi já contém uma primeira regionalização natural do mundo: a

divisão por continentes (Américas, Europa, Ásia, África e Oceania), baseada em

fatores naturais, pois apresenta a divisão entre terras emersas (continentais e ilhas) e

os oceanos e mares.

b) A resposta dependerá dos produtos encontrados pelos alunos, mas o sentido dos

fluxos deve auxiliar a identificação de uma forma de regionalização que considere

países e regiões de economia mais dinâmica em relação ao mercado brasileiro. Dessa

forma, espera-se que a maioria dos produtos seja de empresas transnacionais, tendo

suas sedes em países ricos. Provavelmente, serão lembrados os Estados Unidos, o

Canadá, o Japão e a Europa em geral, ou mais particularmente, os países da Europa

Ocidental.

2. Você poderá conversar com os alunos sobre a importância dos países que formam os

blocos econômicos apresentados no mapa e que possuem comércio com o Brasil. No

caso do Mercosul, em virtude do provável ingresso da Venezuela no bloco sul-

americano, mas que ainda não se definiu, sugerimos que você realize uma pesquisa

quando do momento de sua aula. Para que o país seja aceito como membro

permanente do Mercosul, seu nome deverá ser ratificado por todos os países

membros (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Já houve aprovação dos

congressos uruguaio e argentino estando em processo de votação no Brasil e no

Paraguai. Em outubro de 2009, o senado brasileiro aprovou o ingresso do país, o que

precisará ainda ser ratificado pela Câmara para posterior aprovação do presidente da

república. O Paraguai aguarda a posição brasileira para se definir.

a) Espera-se que os alunos identifiquem e discutam as semelhanças entre os

agrupamentos, já que o mundo contemporâneo é muito influenciado por

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

AS POSSIBILIDADES DE REGIONALIZAÇÃO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Page 10: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

países/regiões/blocos com economia mais dinâmica, como os da União Europeia e os

do Nafta, representados no mapa.

b) O bloco americano, tendo o dólar como referência monetária, está sob a

liderança dos Estados Unidos. É fundamental ressaltar que esse país exerce

incontestável influência regional, mas, acima de tudo, sua influência se dá na escala

global. O segundo bloco é o europeu, cuja referência monetária é o euro, sob

comando dos países que compõem a União Europeia e com significativa influência

no norte da África e parte do Oriente Médio. Esse bloco também exerce poderosa

influência na escala global e tem sido citado como o responsável pelo abalo da

posição do dólar como moeda hegemônica global. Finalmente, temos o bloco da Ásia

ou do Pacífico. A referência monetária ainda é o iene (japonês) e a área de projeção

econômica compreende o chamado Cinturão do Pacífico, a China, a Austrália e a

Nova Zelândia. Sem esquecer que, nesse bloco, a influência dos Estados Unidos é,

também, muito significativa.

c) A China, com seu dinamismo econômico, destaca-se no bloco do Pacífico,

colocando em xeque a liderança do Japão na região. Mas não somente entre os

blocos o poder das influências se altera. Entre blocos ou entre regiões, novos laços se

estabelecem. O Brasil, por exemplo, tem procurado, estrategicamente, incrementar o

intercâmbio comercial com a China, fazendo acordos comerciais e, com isso,

diminuir sua dependência (e a do restante da América do Sul) dos EUA. O Brasil já é

o principal parceiro comercial da China na América Latina. Empresas brasileiras têm

ampliado seus negócios naquele país, exportando, por exemplo, as turbinas geradoras

para a hidrelétrica de Três Gargantas. A cooperação estende-se para o setor

aeroespacial, com o desenvolvimento conjunto de satélites para meteorologia e

telecomunicações. Sugere-se que você destaque o papel de alguns países no âmbito

das influências econômicas globais, principalmente após o período de crise

econômica verificado no mundo no ano de 2009. Neste sentido, ressalta-se a

influência de um grupo de países conhecidos por BRIC (Brasil, Rússia, Índia e

China), formado por economias emergentes e que tem se destacado no cenário

econômico mundial.

Page 11: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

Páginas 20-22

1.

SSiisstteemmaa BBiippoollaarr

PPaaíísseess llííddeerreess

Estados Unidos União das Repúblicas Socialistas

Soviéticas

PPaaíísseess aalliiaaddooss

Países capitalistas como Reino

Unido, França, Alemanha Ocidental

ou República Federativa da

Alemanha (RFA), Canadá, Austrália

e outros ligados aos EUA por

acordos como a Otan.

Países socialistas localizados no Leste

Europeu: Tchecoslováquia, Hungria,

Romênia, Bulgária, Polônia, Alemanha

Oriental ou República Democrática da

Alemanha (RDA) e outros ligados à

URSS por acordo militar como o Pacto

de Varsóvia.

2.

a)

MMaaiioorreess ppoollooss ddee ccoomméérrcciioo mmuunnddiiaall

A União Europeia, o bloco dos países asiáticos e da

Oceania, os países que compõem a América do Norte.

ÁÁrreeaass ddee mmaaiioorr ffrraaggiilliiddaaddee nnaass ttrrooccaass mmuunnddiiaaiiss

A África, o Oriente Médio, a CEI e a América Latina.

3. O primeiro mapa representa a divisão bipolar do mundo entre capitalismo, sob a

hegemonia dos Estados Unidos, e socialismo, sob a liderança da extinta URSS, além

das regiões periféricas dominadas por esses países polarizadores. Essa divisão, típica

do período da Guerra Fria, foi superada com o fim da URSS e pelo domínio do

capitalismo, ainda sob a forte liderança dos EUA. Nessa nova configuração, surgem

novos centros econômicos no mundo que polarizam suas regiões, ampliando as

relações de influência regional e global, como mostra o segundo mapa.

4. Alternativa b. A organização dos países em blocos econômicos regionais não

corresponde a todas as dinâmicas importantes que ocorrem na ordem mundial

contemporânea que se organiza de modo multipolar. Um país como a China, de

Page 12: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

imensa população e produção, com enorme potencial de crescimento, conta sozinho

como uma força importante nessa nova ordem mundial.

Páginas 22 - 23

No texto dos alunos, espera-se que sejam contemplados os seguintes aspectos:

• A indicação de que os EUA, o Canadá, os países da Europa Ocidental, o Japão e a

Austrália são representativos dos países centrais, enquanto os países africanos, parte

dos asiáticos e dos latino-americanos representam os países periféricos.

• A condição marginal na participação de troca mundial de mercadorias de certas áreas

do planeta (América do Sul e Central, África e partes da Ásia) corresponde a uma

indicação, entre outras possíveis, da condição de subdesenvolvimento (ou de atraso

econômico) de alguns países, o que corresponde a uma possível visão de divisão do

mundo entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Essa condição à margem dos

grandes fluxos comerciais do mundo não significa que os países da “periferia” não se

relacionam com os do “centro”. As relações existem, porém elas são marcadas por

várias desigualdades e desvantagens econômicas nas transações e no poder de

decisão.

Espera-se, também, que a análise permita aos alunos questionar se ainda é possível

enxergar nesse mundo multipolar um centro e uma periferia. Dessa forma, eles podem

concluir que a fragilidade e a condição periférica na ordem mundial contemporânea

ainda permanecem em inúmeras áreas do mundo. Não é tão importante que eles

concluam algo correto, o que importa é que eles percebam e compreendam a existência

de desigualdades.

Page 13: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

Páginas 23 - 24

P

1  M  U  L  T  I  P  O  L  A R I  D A D E 

Í 

2  U  R  S  S  7 

E  E  11

S  U 9  M

3  B  I  P O L  A R I  D A  D E 

O O Ó R 

B L  C 

R 8  A 10 O

4  P A  Í  S  E  S  C E  N T  R A  I  S 

S  A P  U 12 

F  5  B E  R L  I  M 

T  C  E 

A N 

Páginas 24 - 25

1. Alternativa d. Diferentemente do senso comum que costuma afirmar sobre uma

situação de integração geral no mundo, de eliminação das desigualdades, de

ampliação do desenvolvimento, o processo de globalização ainda não traz esses

indícios. Ao contrário, são novas as desigualdades.

2. Alternativa d. De fato não é mais adequado olhar o mundo a partir de dois polos bem

marcados pelo socialismo e pelo capitalismo – uma ordem bipolar –, pois parece

mais real admitir um mundo multipolar, cujas expressões mais importantes são a

formação de blocos econômicos e o poderio de certas nações.

Page 14: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

Páginas 26 - 27

1. O texto apresenta uma síntese histórica da União Europeia, desde a sua formação até

a atualidade. Peça para os alunos verificarem no mapa da página 28 a localização

desses países, levando em consideração a data de ingresso de cada membro na

organização. Espera-se que eles identifiquem não apenas o assunto, mas percebam

que o texto apresenta um panorama histórico desde a fundação da União Europeia

em 1957, considerando o período pós-guerra e a necessidade de reorganização das

economias mundiais.

2. A necessidade de reorganização no período pós-II Guerra Mundial.

3. Esses países eram socialistas e só começaram a se aproximar da economia capitalista

da Europa Ocidental depois da crise do bloco socialista e o fim da Guerra Fria, o que

possibilitou a transição para o capitalismo e a busca de fortalecimento regional. Esse

processo resultou na assinatura do Tratado de Nice, em 2001, e o efetivo ingresso na

União Europeia.

Páginas 28 - 30

1. O mapa permite que os alunos destaquem todos os dados solicitados, desenvolvendo,

dessa forma, uma habilidade importante que é a de transposição de linguagens. Nesse

sentido, a atividade permite que os alunos leiam e extraiam informações do mapa e

organizá-las de outra forma, ou seja, em formato de tabela.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

OS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS SUPRANACIONAIS

Page 15: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

UUnniiããoo EEuurrooppeeiiaa

AAnnoo ddee iinnggrreessssoo PPaaííss AAddoottaa oo eeuurroo??

1957 Bélgica sim

1957 Holanda sim

1957 Luxemburgo sim

(1957) [1990] Alemanha (Ocidental) [após unificação da

Alemanha]

sim

1957 França sim

1957 Itália sim

1973 Reino Unido não

1973 Irlanda sim

1973 Dinamarca não

1981 Grécia sim

1986 Espanha sim

1986 Portugal sim

1995 Finlândia sim

1995 Áustria sim

1995 Suécia não

2004 Estônia não

2004 Lituânia sim

2004 Letônia sim

2004 Polônia sim

2004 República Tcheca sim

2004 Eslováquia sim

2004 Hungria não

2004 Chipre sim

2004 Malta sim

2004 Eslovênia sim

2007 Bulgária não

2007 Romênia não

Page 16: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

2. Aqui novamente os alunos poderão completar a atividade com o que foi discutido em

sala. Espera-se que eles citem os principais tratados e acordos fundamentais para a

constituição da União Europeia, bem como a ampliação no número de países

membros. Por exemplo:

– Tratado de Haia (1947): Bélgica, Luxemburgo e Holanda (BENELUX);

– Tratado de Paris (1948): uniram-se aos países anteriores a Alemanha Ocidental, a

França e a Itália (Ceca); esses países deram origem ao Mercado Comum Europeu

(1957).

O importante nesta proposta é que os alunos busquem reorganizar as informações do

texto, destacando os elementos mais importantes.

Páginas 31 - 37

Observação! Professor, na organização das atividades do Caderno do Aluno, optou-se

por explorar o texto referente ao Mercosul antes da atividade relativa à Alca, uma vez que

esta supõe dos alunos certos conhecimentos a respeito do Mercosul.

1.

a) Eliminação das tarifas alfandegárias de centenas de produtos, criando uma zona

de livre-comércio para a atuação das empresas; livre circulação de mercadorias e

dólares entre os países integrantes; restrições ao livre trânsito de trabalhadores entre

os países, impedidos de migrar em busca de melhores condições de vida.

b) O Canadá tem a vantagem de ampliar seu mercado escoando sua produção para

mais de 430 milhões de habitantes, mas pode, com isso, aumentar ainda mais sua

dependência dos Estados Unidos. O México igualmente usufrui da ampliação do

mercado consumidor. Porém seus sérios problemas sociais e sua fragilidade

econômica o deixam numa situação mais fragilizada perante os demais integrantes do

Nafta. Ele também se destaca como fornecedor de mão de obra barata para empresas

transnacionais dos Estados Unidos. Estes, por sua vez, levam vantagem com o Nafta,

pois ampliaram seu mercado consumidor e tiveram acesso à abundante mão de obra

barata mexicana. Entretanto, precisam resolver o problema social dos milhões de

imigrantes ilegais que vivem no país, principalmente mexicanos.

Page 17: 2010Volume1 CADERNODOALUNO GEOGRAFIA EnsinoFundamentalII 8aserie Gabarito

2. Espera-se que os alunos percebam que o Mercosul só passou a existir após a

aproximação de seus maiores membros, ou seja, Brasil e Argentina. O bloco nasceu

da aproximação geopolítica entre o Brasil e a Argentina e dos acordos prévios de

integração econômica bilateral firmados entre os dois países. A precondição para a

cooperação diplomática e econômica foi a redemocratização política: em meados da

década de 1980, ambos transitaram de ditaduras militares para regimes civis

baseados em eleições livres. Após as mudanças políticas ocorridas nos dois países e a

intensificação do processo de globalização, o empenho em transformar o rompimento

dessa situação em fronteiras comerciais abertas tem como ponto de partida o fato de

a América do Sul constituir uma unidade física contínua, propiciadora de

oportunidades de cooperação.

3.

a) A resposta encontra-se logo no início do texto: ao analisar os resultados da

balança comercial dos Estados Unidos nos últimos anos, ganha sentido o interesse

norte-americano em compor uma área de livre-comércio com toda a América, pois

apresenta superávits de exportação somente em comparação com a América Latina.

Em relação a todos os outros continentes, a balança comercial norte-americana é

deficitária.

b) Os países latino-americanos têm, em geral, receio de uma integração continental,

porque os interesses norte-americanos não são convergentes em relação às reais

necessidades dos povos latino-americanos. Isso se comprova nas diversas formas de

intervenção norte-americana em países da América Latina.

4. Espera-se que os alunos identifiquem nos textos motivações do governo brasileiro

em fortalecer o seu papel comercial na América do Sul. Nesse sentido, em relação à

concretização da Alca, a maior resistência vem do governo brasileiro que não tem

medido esforços para, de certo modo, retardar sua efetivação. A posição brasileira é

em defesa do Mercosul, atualmente o quarto maior bloco de mercado do mundo, com

um PIB conjunto que já supera 1 trilhão de dólares, e tem efetuado parcerias de livre

mercado com vizinhos, ampliando o seu poder na região.

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Página 37

Nos textos acerca dos blocos econômicos, há inúmeros dados e informações para

auxiliar na elaboração desta carta. Sugere-se também que os alunos sejam instruídos a

utilizar todos os procedimentos e normas adequados à elaboração de uma carta. Nesse

sentido, sugerimos que a atividade seja realizada em parceria com o professor de Língua

Portuguesa, que se encarregaria de desenvolver tais procedimentos, inclusive

considerando-se o trabalho como atividade interdisciplinar.

Páginas 37 - 38

Alternativa c, conforme os números 1 a 4 inseridos ao lado de cada um desses blocos

econômicos.

AJUSTES

Caderno do Professor de Geografia – 8ª série/9º ano – Volume 1

Professor, a seguir você poderá conferir alguns ajustes. Eles estão sinalizados a cada

página.

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Geografia – 8a série, 1o bimestre

de vestuário é produzida na China e em outros

países do Sudeste Asiático, enquanto a maioria

dos automóveis, embora fabricados em par-

te no país, são provenientes de empresas com

sedes originais em outros países (Alemanha,

França, Itália, EUA, Japão). A pesquisa pode

ser ampliada para verificar produtos culturais:

música e cinema, por exemplo.

Essa tabela será a matéria-prima para a

elaboração, em um mapa-múndi mudo como

o da Figura 1 (apenas com as divisões políti-

cas que delimitam os países), da representação

dos fluxos que indicam a origem e o destino

dos produtos da “escala global” que circulam

por aqui, além de localizar também a matriz

das empresas que fabricam os produtos.

Na efetivação desse trabalho os alunos pre-

cisam ser orientados para alguns procedimen-

tos básicos, como:

cartografar os dados extraídos da tabela ela- f

borada, indicando a origem e o destino dos

fluxos de mercadoria, por meio de setas;

utilizar um atlas como auxiliar referencial f

para o preenchimento adequado do mapa

mudo;

criar um título para o mapa elaborado. f

Mas isso ainda não é suficiente para a cons-

trução da ideia da configuração geográfica da

escala global. Entretanto, deve ser suficiente

para sugerir algumas características da globa-

lização, ou seja:

uma certa homogeneização dos lugares f

a partir da uniformização dos processos

produtivos, do consumo, dos hábitos;

Figura 5 – Projeção Bertin. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 136.

O�cina de cartogra�a da Sciences PoProjeção Bertin 1953

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Geografia – 8a série, 1o bimestre

Figura 3 – Comunidades quilombolas. Fonte: Adaptado de Fundação Palmares/Agência Brasil.

Por contraditória que seja a expressão, a

globalização não é universal. Mas pode-se afir-

mar que ela já implica maior interdependência

dos países entre si e das pessoas de certa ma-

neira; uma articulação instantânea entre os

diferentes lugares do mundo (conexão on-line),

uma certa tendência à uniformização de pa-

drões culturais.

Pode-se dizer que a multiplicação dos es-

paços de lucro (domínio de mercados, locais

de investimento e fontes de matérias-primas)

foi uma força que conduziu o mundo à glo-

balização. Entretanto, até este momento, há

limitações para a amplificação do fenômeno:

o progresso técnico atinge poucos países e re-

giões e, ainda assim, de forma circunscrita e

com efeitos que não vão se generalizar.

Está em construção uma nova cartogra-

fia do mundo, com as redefinições no espaço

geográfico. O professor poderá trabalhar com

diferentes mapas de diferentes tempos, como

veremos nas próximas Situações de Aprendi-

zagem, para que os alunos possam visualizar

essas transformações espaciais.

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Filmes assistidos, o uso da internet, con-

teúdos anteriores de História e Geografia po-

dem auxiliar.

Provavelmente nesse levantamento inicial

os olhares dos alunos estarão voltados para

as questões relacionadas aos hábitos, modos

de vida, esporte, itens de consumo (vestuá-

rio, automóveis, eletroeletrônicos), além dos

produtos da indústria cultural e de entreteni-

mento, principalmente música e cinema dos

Estados Unidos. Afinal, estamos inseridos na

sociedade de consumo, e os apelos publicitá-

rios são muito eficazes. O professor pode, no-

vamente, recordar o texto de García-Canclini,

lido na Situação de Aprendizagem 2.

Essas informações são importantes para

uma primeira caracterização. O aluno deverá

ser auxiliado a completar esse rol de informa-

ções que permitem a identificação dos países e,

novamente, o professor deve propor que pen-

sem em possibilidades de agrupamentos de

países em função dessa caracterização inicial.

Etapa 2 – Principais processos de integração regional, 2007

Agora os alunos irão trabalhar com o mapa

da Figura 4 que reproduz os blocos de poder

no mundo contemporâneo, indicativo da atual

regionalização.

Figura 4 – Principais processos de integração regional, 2007. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 41.

UE

ASEAN

NAFTA

MERCOSUL

APECAPECAPECAPEC

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Fonte:http://www.unctad.org/ http://europa.eu.int/http://www.aseansec.org/http://www.nafta-sec-alena.org/http://www.apec.org/http://www.ftaa-alca.org/http://www.mercosur.int/Be

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PIB nacional e regional(em bilhões de dólares PPA)

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Principais processos de integração regional, 2007

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Geografia – 8a série, 1o bimestre

A ideia central caracteriza-se como hipó-

tese geral da unidade, que será demonstrada

mediante o raciocínio do autor.

Quais argumentos o autor defende? f

Qual é o seu raciocínio? É mediante o

raciocínio que o autor demonstra sua

tese. O raciocínio do autor compõe a es-

trutura lógica do texto.

A análise temática serve de base para o re-

sumo do texto: a síntese das ideias do raciocí-

nio, e não a mera reprodução de parágrafos. O

resumo pode ser escrito com outras palavras,

desde que as ideias sejam as mesmas do texto.

Esta análise fornece as condições para

construir tecnicamente um roteiro de leitura,

para orientar os estudos, seminários e estu-

dos dirigidos.

Fonte: Adaptado: SEVERINO, Antônio Joaquim. Meto-dologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez Editora, 1998.

A seguir, recomendando que o mapa da

Figura 4 seja novamente examinado, apresen-

taremos algumas informações sobre as princi-

pais organizações econômicas supranacionais,

para auxiliar na realização da próxima ativi-

dade, que é a de trabalhar comparativamente

esses diferentes blocos econômicos.

Comecemos com a União Europeia, a par-

tir da leitura do texto a seguir:

União EuropeiaJaime Tadeu Oliva

A ideia de uma organização que congre-

gasse as economias de vários países europeus

se tornou mais forte com o final da II Guerra

Mundial, em decorrência da desestruturação

econômica provocada pelo conflito. Em 1947,

pelo Tratado de Haia, Bélgica, Luxemburgo

e Holanda criaram uma área de livre-co-

mércio denominada BENELUX – nome que

reúne as iniciais de cada um dos países-mem-

bros: BE de Bélgica, NE de Netherland (Ho-

landa) e LUX de Luxemburgo.

Em 1948, pelo Tratado de Paris, seis paí-

ses europeus uniram-se, formando outra en-

tidade econômica denominada Comunidade

Europeia do Carvão e do Aço (Ceca), com o

intuito de reorganizarem sua base industrial.

Essa pode ser considerada a base inicial de

uma nova organização, o Mercado Comum

Europeu (MCE), nascido em 1957, pelo Tra-

tado de Roma. Surgiu naquele momento a

“Europa dos 6”: Bélgica, Luxemburgo, Ho-

landa, Alemanha Ocidental, França e Itália.

O Tratado de Roma pode ser considerado

responsável pelo nascedouro da União Eu-

ropeia. Em 1973, mais três países solicitaram

o ingresso na organização, e Reino Unido,

Irlanda e Dinamarca passaram a fazer parte

do primeiro grande bloco de livre-comércio

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do mundo. Na década de 1980, após o fim

das ditaduras em seus países, ingressaram

Portugal, Espanha e Grécia.

Com a desintegração da URSS, respon-

sável pelo fim da Guerra Fria, e o fim da in-

fluência soviética no Leste Europeu, os doze

países do MCE ampliaram seus objetivos,

com o claro intuito de fortalecer a Euro-

pa diante da Nova Ordem Mundial, agora

mais econômica e menos militarizada. Em

1992, aconteceu na Holanda o encontro

dessas nações para assinatura do Tratado de

Maastrich, por meio do qual foi criada a

União Europeia, ampliando as alianças eco-

nômicas e políticas entre os países-membros.

Com isso, estabeleceu-se uma área de livre

circulação de mercadorias, pessoas, serviços

e capitais.

Em 1995, a nova conjuntura mundial

atraiu mais três países para a organização:

Suécia, Finlândia e Áustria, formando a

“Europa dos 15”. Com a assinatura do

Tratado de Amsterdã, em 1997, os países

da União Europeia instituíram o passapor-

te único e a moeda única, o euro – que co-

meçou a ser utilizado em 1999 somente em

transações comerciais e financeiras, entran-

do definitivamente em circulação em 2002.

Em 2001, a assinatura do Tratado de Nice

ampliou ainda mais o número de membros

da União Europeia, pois entraram nesse mo-

mento muitos dos antigos países socialistas

que viviam sob a influência direta da URSS –

Hungria, República Tcheca, Eslováquia, Polô-

nia, Estônia, Lituânia, Letônia e Eslovênia –,

além de Malta e Chipre. Como resultado

desse tratado, em 2004 nascia a “Europa dos

25”. Em 2007, ingressaram ainda Bulgária e

Romênia, formando a “Europa dos 27”.

Para fazer valer todos os compromissos

assumidos em 1957 com o Tratado de Roma,

ainda serão necessários a consolidação de

uma política militar comum e um maior

empenho dos países-membros em relação às

questões internacionais.

ReferênciasEuropa – União Europeia. Disponível em: <http://europa.eu/index_pt.htm>. Acesso em: 15 out. 2009.VICENTE, Paulo. O Tratado de Roma: nos cinquenta anos da Europa. Disponível em: <http://in-devir.com/index.php? option=com_content&task=view&id=361&Itemid=37>. Acesso em: 15 out. 2009.

Peça agora para os alunos verificarem no

mapa da Figura 9 a localização desses países,

levando em consideração a data de ingresso

de cada membro na organização, algo que o

mapa está representando.

A seguir, apresentaremos informações

iniciais sobre o Nafta, que deverão ser apro-

fundadas após a conclusão da pesquisa a ser

realizada pelos alunos.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola

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Geografia – 8a série, 1o bimestre

região no trato dos desafios e oportunidades

da globalização. A organização aprofundada

da convivência no espaço sulamericano pode

ampliar vantagens comparativas em um pro-

cesso de inserção competitiva na economia

mundial, na medida em que os vetores lo-

gística/transporte, telecomunicação/energia

forem desenvolvidos para adicionar valor e

reduzir custos, estimulando, num clima de

paz, os elos do comércio e do investimento.

Figura 10 – Mercosul. Fonte: Organizado por Jaime Tadeu Oliva especialmente para o São Paulo faz escola, 2008.

Seguindo a tendência que vigorou como

forma de reorganização econômica dos esta-

dos pós-Guerra Fria, o Mercosul, a partir de

1994, definiu como metas a implantação de

uma área de integração dos mercados, conso-

lidando o livre-comércio entre os quatro paí-

ses, com a eliminação completa das tarifas de

importação. Também propôs uma Tarifa Ex-

terna Comum (TEC), por meio da qual pro-

dutos importados de países não pertencentes

ao bloco só podem circular no interior dos

mesmos se as normas tarifárias atenderem aos

interesses de cada um dos países do bloco.

Essa integração comercial abrange uma

área de quase 12 milhões de km2 e um mer-

cado consumidor com mais de 240 milhões

de pessoas, envolvendo um PIB de 1,312 tri-

lhão de dólares (2006).

Dos quatro membros do bloco, as maiores

economias são as do Brasil e da Argentina

(juntas, correspondem a 80% das transações

do bloco). Também apresentam diferencia-

ções quanto aos custos de produção e tipo de

setores que recebem os maiores investimentos.

Enquanto o Brasil possui um parque indus-

trial bem mais diversificado que o da Argenti-

na, com tecnologia avançada, maior produção

e salários mais baixos, o país vizinho lidera a

produção de grãos, frutas e pecuária, apresen-

tando custos mais baixos que o brasileiro nes-

tes setores. Desta forma, a integração regional

entre estes dois países transformou o Merco-

sul num eixo prioritário do comércio exterior

brasileiro. A Argentina, nos primeiros anos de

funcionamento do bloco, tornou-se, isolada-

mente, o segundo maior parceiro comercial do

Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. Só

para exemplificar, em 1997, o bloco do Cone

Sul respondeu por mais de 16% da corrente

0 936 km

N

BRASIL

URUGUAI

PARAGUAI

ARGENTINA

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Geografia – 8a série, 1o bimestre

O mapa representa a divisão bipolar do

mundo entre capitalismo, sob a hegemo-

nia dos Estados Unidos, e socialismo, sob

a hegemonia da extinta URSS, além das

regiões periféricas dominadas por um e

outro. Essa divisão, típica do período da

Guerra Fria, foi superada com a extinção

do socialismo na URSS e pela hegemonia

do capitalismo, ainda sob a forte liderança

dos EUA.

5. Considerando o mapa apresentado a seguir e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta:

Principais processos de integração regional, 2007. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 41.

a) Os países da União Europeia, dife-

rentemente dos Estados Unidos e do

Japão, são os mais dinâmicos econo-

micamente, porque são os únicos a se

organizar em blocos regionais.

b) Não são somente os países que se orga-

nizam em blocos regionais que atuam

no comércio em escala mundial. Esse

é o caso da China, que de forma inde-

pendente é uma potência comercial.

c) A América do Sul com a constituição

do Mercosul está se isolando do pro-

cesso de globalização, visto que essa

organização restringe as relações com a

escala mundial.

UE

ASEAN

NAFTA

MERCOSUL

APECAPECAPECAPEC

ALCA

Fonte:http://www.unctad.org/ http://europa.eu.int/http://www.aseansec.org/http://www.nafta-sec-alena.org/http://www.apec.org/http://www.ftaa-alca.org/http://www.mercosur.int/Be

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PIB nacional e regional(em bilhões de dólares PPA)

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Principais processos de integração regional, 2007

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a) Nafta, Mercosul, União Europeia, Blo-

co Asiático.

b) União Europeia, Bloco Asiático, Nafta,

Mercosul.

c) União Europeia, Nafta, Mercosul, Blo-

co Asiático.

d) Nafta, Bloco Asiático, União Europeia,

Mercosul.

e) Nafta, Mercosul, Bloco Asiático, União

Europeia.

O mapa em questão possui alguns números

de 1 a 4 inseridos na posição de alguns blo-

cos econômicos e a sequência correta está

expressa na alternativa c.

Projeção Bertin. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 136. Adaptado para fins didáticos.

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Geografia – 8a série, 1o bimestre

3. Analise as informações do mapa a seguir e escreva um pequeno texto relacionando-o ao proces-

so de globalização.

Principais processos de integração regional, 2007. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 41.

O mapa representa as principais forças regionais que atuam na escala mundial, com o destaque do

bloco americano e da União Europeia.

UE

ASEAN

NAFTA

MERCOSUL

APECAPECAPECAPEC

ALCA

Fonte:http://www.unctad.org/ http://europa.eu.int/http://www.aseansec.org/http://www.nafta-sec-alena.org/http://www.apec.org/http://www.ftaa-alca.org/http://www.mercosur.int/Be

noît

MAR

TIN

, dez

embr

o 20

06

PIB nacional e regional(em bilhões de dólares PPA)

861

3 078

6 445

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Principais processos de integração regional, 2007

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