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3º SEMINÁRIO INSTITUCIONAL PIBID-UERGS UM OLHAR PARA AS CRIANÇAS DO LAR: PERCEPÇÕES DO PIBID. Daiane Koehler (Uergs) Tatiana Luz Mello (Uergs) Fernanda Costa da Costa (Uergs) Gracieli Brandão (Uergs) Maria da Graça Prediger Da Pieve (Uergs/Orientadora) 28 e 29 de agosto de 2014 Unidade do Litoral Norte – Osório/RS

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3º SEMINÁRIO INSTITUCIONAL PIBID-UERGS

UM OLHAR PARA AS CRIANÇAS DO LAR: PERCEPÇÕES DO PIBID.

Daiane Koehler (Uergs)Tatiana Luz Mello (Uergs)

Fernanda Costa da Costa (Uergs)Gracieli Brandão (Uergs)

Maria da Graça Prediger Da Pieve (Uergs/Orientadora)

28 e 29 de agosto de 2014 Unidade do Litoral Norte – Osório/RS

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Roteiro de Apresentação:

• Introdução• Objetivos• Referencial Teórico• Metodologia• Resultados e Discussão• Considerações Finais• Referências

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IntroduçãoEste estudo “Um olhar para as crianças do lar:

percepções do Pibid” constitui-se em uma pesquisa-ação, ainda em fase inicial de observação e coleta de dados junto à Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlos Gomes, na cidade de Cruz Alta/RS, estando ligado ao Pibid – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência e articulado ao Subprojeto de Licenciatura em Pedagogia na Unidade de Cruz Alta. O foco da investigação são as crianças do lar incluídas nas turmas do 2° ao 7°ano do Ensino Fundamental que tem idade entre 7 e 12 anos.

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Objetivosa) Apresentar as percepções do Pibid com relação às

crianças do lar incluídas nas turmas do Ensino Fundamental;

b) Realizar uma análise com relação às interações (dimensão social) entre essas crianças, seus colegas e professores;

c) Perceber dificuldades que apresentam relacionadas à aprendizagem(dimensão cognitiva);

d) Realizar atividades interativas entre as crianças ajudando-as nos seus processos de desenvolvimento e aprendizagem.

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Referencial TeóricoOuvimos falar de crianças e adolescentes que moram em abrigos, mas sabemos pouco sobre suas vidas e as razões de seu abandono. Os abrigados têm o direito de manter os vínculos com suas famílias e estas necessitam de apoio para receber seus filhos de volta e conseguir exercer suas funções de forma adequada. É garantida pela Constituição Federal do Brasil, no artigo 227 (BRASIL, 1988) a convivência familiar e comunitária sendo um direito fundamental de crianças e adolescentes. Também o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em seu artigo 19 (BRASIL, 1990), estabelece que toda criança e adolescente tem direito a ser criado e educado por sua família e, na falta desta, por família substituta.

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Referencial Teórico

Propõe-se, hoje, um papel de inclusão para a escola que, para ser exercido, exige a desconstrução do preconceito, a aceitação da diversidade e das diferenças. Segundo Stainback & Stainback (1999, p. 21), a educação inclusiva pode ser definida como a prática da inclusão de todos independente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou cultural em escolas e salas de aula provedoras, onde as necessidades desses alunos sejam satisfeitas.

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Metodologia

O desenvolvimento da pesquisa está pautado na abordagem qualitativa (MINAYO, 1994.) e no método da pesquisa-ação (THIOLLENT, 2002), pois apresenta como características a interação entre pesquisadores e pessoas implicadas na situação investigada, além de ter como objetivo resolver ou esclarecer os problemas da situação investigada. Como instrumento da pesquisa optou-se pela observação participante e o registro em diário de campo.

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Resultados e DiscussãoNa escola constatamos que existem meninos e meninas que

moram no Lar. São crianças que por motivos pessoais foram deixadas lá para que possam ter uma vida melhor. A Casa Lar, denominada “Lar João e Maria”, está localizada na Rua Barão do Rio Branco n° 988, no centro da cidade. São vinte e cinco (25) crianças na faixa etária de zero (0) a doze (12) anos de idade, sendo dez (10) meninos e quinze (15) meninas e quatro (04) professoras por turno.

Observamos, que estas crianças na escola, em relação à aprendizagem, apresentam dificuldades, muitas delas, com idade entre 7 a 12 anos, ainda não sabem ler, nem escrever corretamente.

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Resultados e DiscussãoAs relações interpessoais dessas crianças que moram no Lar e

estão matriculadas na escola, são boas. As crianças que moram com os pais aceitam e entendem que as outras, algumas vezes, não têm o material, o lanche, por falta de condições financeiras. Entendem que são crianças normais, que tem capacidade de aprender, ter uma boa relação com os colegas, e que no Lar elas têm uma família de coração, onde tem pessoas que cuidam, ensinam e educam várias crianças com amor e carinho.

Diversos fatores chama a atenção nessas crianças: afetividade, necessidade de chamar atenção, traumas de abandono, carência, dificuldade de falar de si mesma, de expor ao grupo suas vivências, enfim suas raízes. Demonstram suas vivências em desenhos, em textos e em outras formas de linguagem, evidenciando o que passaram e o que sentem nos dias de hoje.

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Resultados e Discussão Com relação às crianças que moram no Lar, seguem algumas falas:

“O lar e muito bom, mas espero que eu e meu irmão encontramos uma outra família que nos de um futuro (ANDRÉ).”

Outra criança destaca: “Eu gosto muito do lar e meus colegas são minha família

(MÁRCIA).” As professoras também se pronunciam:

“Nós tentamos dar o melhor de nós para essas crianças para que elas não venham a pensar em seus sofrimentos (MARTA).” A professora Vera fez uma opção e coloca:

“Eu trabalhava nas escolas, mas preferi trabalhar com essas crianças (VERA).”

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Considerações FinaisEssa pesquisa permitiu olhar para as crianças do Lar “João e Maria”

matriculadas na EMEF Carlos Gomes e compreender que, apesar das diferenças (físicas, sociais, psicológicas), são todas iguais e tem o direito a uma escola e a aprendizagem de qualidade.

Percebemos a necessidade de estudos na área dos direitos humanos, a fim de investigar as significações que estão sendo atribuídas a essas crianças vindas de lares e incluídas nas escolas. Além disso, há também a necessidade de qualificar os professores e demais profissionais dos abrigos e das escolas, na tentativa de desconstruir preconceitos existentes e de evitar atitudes de exclusão.

De nossa parte, continuaremos as investigações e ações no sentido de compreender as dificuldades de aprendizagem que as crianças apresentam procurando relacionar as causas às situações vivenciadas pelas crianças, em suas interações nos grupos e nas relações de afetividade que lhes cercam. Pretendemos, nas vivências pibidianas na escola, realizar atividades interativas entre as crianças e ajudá-las nos seus processos de desenvolvimento e aprendizagem.

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Referências:ALEXANDRE, D. T.; VIEIRA, M. L. Relação de apego entre crianças institucionalizadas que vivem em situação de

abrigo (2004). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pe/v9n2/v9n2a07.pdf. Acesso em: 01 jul. 2014. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069, 1990. BRASIL, Ministério da Educação. Constituição Federal da República Federativa do Brasil. Disponível em:

www.mec.gov.br. Acesso em 12 jul. 2014.

BRASIL. Ministério Público Federal. Como é a vida de crianças e adolescentes nos abrigos? Disponível em: http://www.turminha.mpf.mp.br/direitos-das-criancas. Acesso em 8 jul. 2014.

CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: Com os Pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2004. MAHONEY, Abigail Alvarenga; ALMEIDA, Laurinda Ramalho de (org). Henri Wallon: Psicologia e Educação. 11 ed.

São Paulo: Loyola, 2012. MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. Vozes, 21ª. Edição, Petrópolis,

RJ. 1994. STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artmed, 1999. • THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2002.

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