6
 www.cer s.com.br  OAB X EX A ME DE ORDEM  2ª FASE Direito Penal Ge o vane Mora es e A na Cristina Me ndonça 1  SIMULADO II  X EXAME DE ORDEM Daniel estava andando pela rua quando se deparou com Bruna, parada à espera do namorado que iria pegá-la e levá-la em casa. Percebendo que Bruna estava distraída, Daniel resolveu subtrair a bolsa da vítima, empregando violência e grave ameaça, e saiu correndo pelas ruas do bairro das Graças. Nesse momento, dois policiais chegaram à localidade e logo empreenderam perseguição no intuito de pegar o acusado, capturado 500 metros do local do crime. Ao ser levado à Delegacia, o delegado de plantão, Felipe, começou a realizar o auto de prisão em flagrante pela prática de roubo, nos termos do art. 157, caput, do Código Penal. Ao verificar a identificação do acusado, percebeu que Daniel era pa r ente de um ant igo desafeto, razão pe la qual res olveu deixá -lo sem nenhum tipo de comunicação na cadeia ao longo de 72 horas. Após o tempo decorrido, Felipe comunicou a prisão em flagrante ao juiz de plantão da Comarca de Recife e ao representante do Ministério Público, mas, apesar de Daniel informar ter a pessoa de Lucas como seu procurador, recusou-se a comunicar a prisão em flagrante ao advogado constituído, bem como à defensoria pública. Posteriormente, após a lavratura do APF e de todo o tempo de corr ido, cientificou o acusado de todas as acusações, entregando -lhe nota de culpa, tendo Daniel prestado recibo, além de ter comunicado a prisão à família do acusado. Considerando a situação hipotética acima, na qualidade de advogado contratado pela família de Daniel, redija a peça cabível, excetuando-se a utilização do Habea s Cor pus, no intuito de resti tuir a li berdade do s eu cliente. (Valor: 5,0) PADRÃO DE RESPOSTA Endereçamento corr eto (Valor: 0,2)  EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE RECIFE ES T ADO DE PER NAMBUCO Indicação correta do dispositivo que dá ensejo à apresentação do Relaxamento da Prisão em Flagrante  art. 5º, LXV da Constituição Federal em combinação com o art. 310 , I do Código de Processo Pena l (Valor: 0,6) Daniel, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da Cédula de identidade número ________, expedida pela _______, inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o núm er o __ _______, (residência e domicílio) , por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a este instrumento, vem muito respeitosamente à pre sença de Vossa Excelência, requerer o seu RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE com fundamento no artigo 5º, LXV, da Constituição Federal, em combinação com o artigo 310, I do Código de Processo Penal, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: Expos ição do s Fatos (Valor: 0,2)  1. Dos Fato s Consta nos fatos, a acusação de que o agente teria praticado o crime previsto no art. 157, caput, do Código Penal, pois teria subtraído com emprego de violência e grave ameaça, a bolsa de Bruna quando esta esperava o namorado para voltar para casa.

432 Simulado Resp

Embed Size (px)

Citation preview

7/23/2019 432 Simulado Resp

http://slidepdf.com/reader/full/432-simulado-resp 1/5

 

www.cers.com.br  

OAB X EXAME DE ORDEM – 2ª FASEDireito Penal

Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça

SIMULADO II – X EXAME DE ORDEM

Daniel estava andando pela rua quando se deparou com Bruna, parada à espera do

namorado que iria pegá-la e levá-la em casa. Percebendo que Bruna estava distraída,

Daniel resolveu subtrair a bolsa da vítima, empregando violência e grave ameaça, e saiucorrendo pelas ruas do bairro das Graças. Nesse momento, dois policiais chegaram à

localidade e logo empreenderam perseguição no intuito de pegar o acusado, capturado500 metros do local do crime. Ao ser levado à Delegacia, o delegado de plantão, Felipe,

começou a realizar o auto de prisão em flagrante pela prática de roubo, nos termos do

art. 157, caput, do Código Penal. Ao verificar a identificação do acusado, percebeu queDaniel era parente de um antigo desafeto, razão pela qual resolveu deixá -lo sem nenhum

tipo de comunicação na cadeia ao longo de 72 horas. Após o tempo decorrido, Felipecomunicou a prisão em flagrante ao juiz de plantão da Comarca de Recife e ao

representante do Ministério Público, mas, apesar de Daniel informar ter a pessoa de

Lucas como seu procurador, recusou-se a comunicar a prisão em flagrante ao advogado

constituído, bem como à defensoria pública. Posteriormente, após a lavratura do APF ede todo o tempo decorrido, cientificou o acusado de todas as acusações, entregando -lhe

nota de culpa, tendo Daniel prestado recibo, além de ter comunicado a prisão à famíliado acusado. Considerando a situação hipotética acima, na qualidade de advogado

contratado pela família de Daniel, redija a peça cabível, excetuando-se a utilização doHabeas Corpus, no intuito de restituir a liberdade do seu cliente. (Valor: 5,0)

PADRÃO DE RESPOSTA

Endereçamento correto (Valor: 0,2) 

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DACOMARCA DE RECIFE ESTADO DE PERNAMBUCO

Indicação correta do dispositivo que dá ensejo à apresentação do Relaxamento da

Prisão em Flagrante  – art. 5º, LXV da Constituição Federal em combinação com o art.310, I do Código de Processo Penal (Valor: 0,6) 

Daniel, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da Cédula deidentidade número ________, expedida pela _______, inscrito no Cadastro de Pessoa Físicado Ministério da Fazenda sob o número _________, (residência e domicílio), por seu advogado

abaixo assinado, conforme procuração anexa a este instrumento, vem muito respeitosamente àpresença de Vossa Excelência, requerer o seu

RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

com fundamento no artigo 5º, LXV, da Constituição Federal, em combinação com o artigo 310,I do Código de Processo Penal, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

Exposição dos Fatos (Valor: 0,2) 

1. Dos Fatos

Consta nos fatos, a acusação de que o agente teria praticado o crime previsto

no art. 157, caput, do Código Penal, pois teria subtraído com emprego de violência e graveameaça, a bolsa de Bruna quando esta esperava o namorado para voltar para casa.

7/23/2019 432 Simulado Resp

http://slidepdf.com/reader/full/432-simulado-resp 2/5

 

www.cers.com.br  

OAB X EXAME DE ORDEM – 2ª FASEDireito Penal

Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça

Perseguido após a prática delitiva, foi capturado e conduzido à Delegacia dePlantão, ocasião em que a autoridade policial reconheceu Daniel como um antigo desafeto,não respeitando nenhuma das formalidades da prisão em flagrante.

Da(s) ilegalidade(s) da prisão (Valor: 1,5) - Indicar como ilegalidade formal a comunicação extemporânea do flagrante ao juiz e ao

Ministério Público, além de todas as demais formalidades previstas no art. 306 doCódigo de Processo Penal somente terem sido realizadas após o prazo estabelecido em

lei. (Valor: 1,0) 

- Ainda é possível indicar o cometimento, por parte do Delegado de Polícia, de crime deabuso de autoridade, nos termos do art. 3º, “a” da Lei 4898/1965, por ter deixado o

agente preso ilegalmente sem o direito de nenhum benefício. (Valor: 0,5) 

2. Da(s) ilegalidade(s) da prisão

Inicialmente, cumpre esclarecer que, apesar da existência de requisitos para a

caracterização do flagrante, nos termos do art. 302 do Código de Processo Penal, não foramrespeitadas as formalidades exigidas em lei para a personific ação da prisão.

Nota-se que o Delegado, por reconhecer Daniel como um antigo desafeto, nãocumpriu o determinado no art. 306 do Código de Processo Penal, ou seja, não comunicou

imediatamente a prisão ao Juiz competente, ao representante do Ministério Público, bem comoao advogado constituído por Daniel, recusando-se ainda a comunicar a prisão à Defensoria

Pública.Não bastando todas as ilegalidades, esperou o prazo de 72 horas para a

conclusão do auto de prisão em flagrante para, só assim, proceder com as comunicações

devidas, realizando ainda a expedição da nota de culpa, a qual foi recebida pelo agente, bemcomo a comunicação à família do preso.

Notória a arbitrariedade exercida pelo Delegado ao deixar o presoincomunicável pelo prazo de 72 horas, cometendo o crime de ab uso de autoridade, previsto na

Lei 4898/1965. Como se não bastasse, infringiu preceito constitucional ao não realizar asdevidas comunicações, conforme previsão no art. 5º, LXII, LXIII, LXIV, bem como no art. 306,

§§ 1º e 2º do Código de processo penal, demonstrando a total ilegalidade da prisão emflagrante, devendo ser relaxada, de imediato, pelo juízo competente.

Da total ausência dos pressupostos da prisão preventiva (Valor: 1,0) - Indicar há inexistência de decretação da prisão preventiva do requerente em virtude da

ausência dos requisitos que a autorizam. (Valor: 1,0) 

3. Da total ausência dos pressupostos da prisão preventiva

Por fim, em caráter subsidiário e apenas por cautela, vale ressaltar que no casoconcreto, após o relaxamento da prisão em flagrante em face dos patentes vícios materiais e

formais, não existe a possibilidade de ser decretada a prisão preventiva do requerente.No caso em comento não existe quaisquer dos motivos que autorizariam a

prisão preventiva, configurando-se evidente a impossibilidade de manutenção do indiciado, ora

requerente, no cárcere, a qualquer título.

Dos pedidos (Valor: 1,3) 

- Pedido de reconhecimento da ilegalidade da prisão em flagrante, com o consequenterelaxamento da prisão em flagrante em virtude das ilegalidades formais constantes na

prisão. (Valor: 1,0) - Pedido de expedição do alvará de soltura. (Valor: 0,3) 

7/23/2019 432 Simulado Resp

http://slidepdf.com/reader/full/432-simulado-resp 3/5

 

www.cers.com.br  

OAB X EXAME DE ORDEM – 2ª FASEDireito Penal

Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça

4. Pedido.

 Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelência, com base no arti go 5º, LXV daConstituição Federal, e art. 310, I, do Código de Processo Penal, o reconhecimento da

ilegalidade da prisão em flagrante, com o consequente relaxamento da prisão em flagrante aele imposta, expedindo-se, de pronto, o competente alvará de soltura.

(Pedido de oitiva do representante do Ministério Público não obrigatório, já que como a prisão é

ilegal, não há que se realizar a oitiva do  parquet . Todavia, a realização do pedido pode e deveser feita, sem nenhum encargo ao candidato).

Estrutura correta (Valor: 0,2).

Termos em que,Pede deferimento

Recife, data

 Advogado, OAB

01. Rodrigo foi condenado à pena privativa de liberdade de dois anos de reclusão, em

regime aberto, pela prática do crime de furto qualificado. Inconformada, a defesa apeloupara o Tribunal de Justiça competente, que deu provimento ao recurso, reconhecendo a

causa de diminuição da pena. Assim, a pena privativa de liberdade foi reduzida para 1

ano e 4 meses de reclusão. Diante dessa situação, pergunta-se:I. Pode o Tribunal de Justiça converter o feito em diligência, a fim de que o Ministério

Público ofereça proposta de suspensão condicional do processo? (Valor: 0,65) 

II. Caso o Tribunal tivesse desclassificado o delito e Rodrigo tivesse sido condenadopelo crime de furto simples, a sua situação seria diferente? (Valor: 0,6) 

Fundamente as suas respostas nos di spositivos legais pertinentes.

PADRÃO DE RESPOSTA

Tendo o agente sido condenado pela prática de furto qualificado, com a penadiminuída para 01 ano e 04 meses, não caberia a suspensão condicional do processo, nostermos do art. 89 da Lei 9099/95, vez que o artigo estabelece que será cabível a aplicação aoscrimes cuja pena mínima abstratamente prevista seja igual ou inferior a 01 ano.

No caso concreto, o crime de furto qualificado tem com pena mínimaabstratamente prevista 02 anos, impossibilitando a aplicação do referido artigo.

Em sendo desclassificado o delito para o furto simples, pode o Ministério

Público propor a suspensão, já que o crime prevê pena mínima abstratamente prevista aodelito de 01 ano, aplicando-se ainda a Súmula 337 do Superior Tribunal de Justiça, onde écabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência

parcial da pretensão punitiva.

OBS: A título de aprendizado, vale salientar que nas duas assertivas caberia, para beneficiar oagente, a conversão da pena privativa de liberdade em restritivas de direitos, desde quepreenchidos os requisitos constantes no art. 44 do Código Penal.

7/23/2019 432 Simulado Resp

http://slidepdf.com/reader/full/432-simulado-resp 4/5

 

www.cers.com.br  

OAB X EXAME DE ORDEM – 2ª FASEDireito Penal

Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça

02. Tício foi denunciado pela prática de homicídio qualificado pelo motivo torpe (art. 121,§ 2º, inc. I do Código Penal). A denúncia foi recebida e, no decorrer da instrução

processual, a defesa requereu exame de insanidade mental do acusado (art. 149 e

seguintes do Código de Processo Penal). Ao final do referido incidente, restou

devidamente comprovado que Tício, ao tempo da ação, em razão de doença mental, erainteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- se de acordo

com esse entendimento. Nos debates, a defesa apresentou como única tese defensiva ainimputabilidade de Tício. Lastreado em tal premissa, responda a seguinte indagação:

I. Qual decisão deverá ser proferida pelo juiz ao final da primeira fase do procedimento

do júri? (Valor: 0,65) II. Qual o recurso cabível e o prazo para sua interposição e razões? (Valor: 0,6) 

Fundamente as suas respostas nos dispositivos legais pertinentes

PADRÃO DE RESPOSTA

No caso concreto indicado cabe por parte do magistrado prolatar sentença de

absolvição sumária, com fundamento nos termos do art. 415, inciso IV, parágrafo único doCódigo de Processo Penal. Caso o Ministério Público busque insurgir-se contra tal sentença, a

via recursal cabível seria a do Recurso de Apelação, com fundamento no art. 416 do Código deProcesso Penal, sendo o prazo para intento da Petição de Interposição de cinco dias a contar 

da intimação das partes em relação à sentença prolatada, e o prazo para intento das RazõesRecursais de oito dias a contar da intimação do recorrente para sua apresentação, nos termosdo art. 593 c/c art. 600, ambos do Código de Processo Penal.

Destaque-se prioritariamente que por se tratar de tese única de defesa, aarguição de inimputabilidade por doença mental completa, que gerou no agente ao tempo daação ou omissão a inteira incapacidade de entender o caráter ilícito do seu ato ou de portar-sede acordo com esse entendimento, hipótese caracterizadora da excludente de culpabilidade

constante do caput do art. 26 do Código Penal, é tese perfeitamente possível para sustentar opedido de absolvição sumária, por expressa previsão normativa, destacada da intelecção do

art. 415, parágrafo único, in fine, do Código de Processo Penal.

OBS: Ressalte-se que se a inimputabilidade ocorresse após o cometimento do delito a hipóteseseria outra, ou seja, o processo deveria permanecer suspenso até que o acusado serestabelecesse de acordo com o art. 152 do Código de Processo Penal.

03. Felipe usou de violência física para praticar conjunção carnal contra Jamile, tendo

ela procurado a autoridade policial competente para que esta tomasse as medida s legaiscabíveis. Após cometer a referida conduta, Felipe se arrependeu profundamente do que

fez e apresentou-se espontaneamente perante o delegado de polícia competente. Ainda

durante a fase de inquérito, o magistrado, tomando conhecimento do crime, decretou deofício a prisão preventiva somente pelo fato de o crime ser hediondo. Em face da

si tuação acima apresentada pergunta-se:

I. O juiz agiu de forma correta? (Valor: 0,65) II. Qual é o meio de impugnação mais rápido e eficaz para atacar a decisão do

magistrado? (Valor: 0,6) 

Fundamente suas respostas indicando o s respectivos artigos legais.

PADRÃO DE RESPOSTA

7/23/2019 432 Simulado Resp

http://slidepdf.com/reader/full/432-simulado-resp 5/5

 

www.cers.com.br  

OAB X EXAME DE ORDEM – 2ª FASEDireito Penal

Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça

O juiz não agiu de forma correta, pois não poderia decretar a prisão preventivade ofício na fase do inquérito policial, nos termos do artigo 311 do Código de Processo Penal.O meio de impugnação mais rápido e eficaz para atacar a decisão do magistrado é o habeas

corpus, nos termos do art. 648, III do Código de Processo Penal, em combinação com o artigo

5º, LXVIII, da Constituição Federal. Após a reforma trazida pela Lei 12.403/2011, o juiz somente poderá decretar 

de ofício a prisão preventiva no caso de já existir uma ação penal em curso, não sendopossível decretar a referida prisão cautelar de ofício em sede de investigação policial sem

requerimento das partes, como ocorreu no caso em concreto, nos exatos termos do artigo 311do Código de Processo Penal. Além disso, o simples fato do crime ser hediondo, ou a meraalusão à gravidade in abstracto da conduta, não autoriza a decretação de tal prisão, devendohaver os demais requisitos autorizativos da prisão preventiva.

No caso em concreto o juiz não tem competência para decretar a prisãopreventiva de ofício, já que ele somente poderá decretá-la nesta fase do procedimentomediante requerimento.

04. Luiz Neto, sabendo da prática habitual de crimes contra o patrimônio perpetrados por 

Barros de Souza, bem como de seu costume exibicionista de filmar e fotografar suasperipécias criminosas, adentrou na casa de Barros de Souza, escondido, dali subtraindo

diversas fotografias de furtos e roubos. De posse do material incriminador, Luiz Netopassou a exigir dinheiro de Barros de Souza, sob a ameaça de entregar os materiais ao

Ministério Público. Recusada a exigência, as fotos foram entregues ao promotor de

 justiça que, de imediato, requisitou a instauração de inquérito policia l. Barros de Souzaimpetrou, então, antes mesmo de iniciado o inquérito policial, habeas cor pu s requerendo

o trancamento do procedimento administrativo. Diante das informações, como advogado

de defesa de Barros de Souza, o que poderá ser alegado na ação autônoma deimpugnação no intuito de defendê-lo e evitar que haja ameaça à liberdade do agente?

(Valor: 1,25)

PADRÃO DE RESPOSTA

No intuito de defender e evitar que haja ameaça à liberdade do agente, deverá

ser impetrado habeas corpus, podendo ser alegada na ação autônoma de impugnação ailicitude da prova apresentada, bem como das provas dela derivadas, uma vez que sãoinadmissíveis no processo penal, nos termos do art. 5º, LVI da Constituição Federal emcombinação com o art. 157 do Código de Processo Penal, as provas ilícitas e as ilícitas por derivação.

No caso concreto, Luiz Neto adentrou na casa de Barros de Souza, sem o seu

consentimento, praticando o crime de violação de domicílio, nos termos do art. 150 de CódigoPenal, no intuito de obter fotografias e filmagens para incriminar o agente.

Pela análise do caso prático, verifica-se que as provas constantes obtidas por 

Luiz Neto em desfavor de Barros de Souza não podem servir como possível prova a embasar aacusação, pois foram obtidas por meio ilícito, violando frontalmente o art. 5º, LVI daConstituição Federal, bem como o art. 157 do Código de Processo Penal.