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TIC'S - 5 - CENPEC - ENSINAR E APRENDER NO MUNDO DIGITAL - LÍNGUAS E LINGUAGENS: BLOGS
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Ensinar e Aprender | 1 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
Ensinar e Aprender no mundo digital
Lnguas e linguagens: Blogs 5
Esta obra foi licenciada com a Licena Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil. Para ver uma cpia desta licena, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ ou envie um pedido por carta para Creative Commons, 444 Castro Street, Suite 900, Mountain View, California, 94041, USA.
AutoresFundamentos para a prtica pedaggica na cultura digital Anna Helena Altenfelder; Claudemir Viana, Elosa De Blsis; Regina Ins Villas Bas Estima; Sonia BertocchiArte e Cultura: o audiovisual Marcia Coutinho R. JimenezSujeitos, espao e meio ambiente: redes virtuais Claudemir Viana Resoluo de problemas: interpretao de dados Heloisa Amaral; Pedro Alonso Amaral Falco Lnguas e linguagens: blogs Sonia Bertocchi
Leitura crticaAdriana VieiraAnna Helena AltenfelderEdna AokiEloisa De Blasis
Heloisa AmaralMilada Tonarelli GonalvesPriscila GonsalesRegina Ins Villas Bas Estima
ConsultoriaMaria da Graa Moreira SilvaMaria Aparecida Jos Basso
Editorao Adriana VieiraIvana Boal
ColaboraoJos Carlos AntonioMariana Luggeri Gusmo
Edio de textoDenise Lotito
RevisoCristina Fernandes de SouzaFernanda de Andrade Santos
Projeto GrficoAlba CerdeiraGuilherme Santos de Oliveira
IniciativaCenpec Centro de Estudos e Pesquisas em Educao, Cultura e Ao Comunitria
Diretora PresidenteMaria Alice Setubal
SuperintendenteAnna Helena Altenfelder
Coordenao TcnicaMaria Amabile Mansutti
Gerncia de Projetos LocaisClaudia Petri
CoordenaoRegina Ins Villas Bas Estima
Organizao Eloisa De BlasisRegina Ins Villas Bas Estima
AgradecimentosAo Grupo de Discusso sobre Tecnologia da Informao e Comunicao do CENPEC
Cenpec, So Paulo, 2011
Ensinar e Aprender no mundo digital
Lnguas e linguagens: Blogs 5
SumrioAPreSentAo ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________6
A eStruturA do fASCCulo _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________7
PArA entender ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________8
linguagens, cdigos e tecnologias ______________________________________________________________________________________________________________________________________________8
As geraes de tecnologias da informao _____________________________________________________________________________________________________________________________10
A escola, as tIC e os ambientes digitais _________________________________________________________________________________________________________________________________12
leitura e escrita em suporte digital ____________________________________________________________________________________________________________________________________________13
nA PrtICA _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________17
Prepare-se ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________18
A produo de um blog temtico coletivo ________________________________________________________________________________________________________________________________20
outras formas de uso do blog ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________28
refernCIAS ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________30
Bibliografia ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________30
Sites ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________30
Vdeo__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________30
GloSSrIo _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________31
ApreSentAo
Os fascculos ensinar e Aprender no Mundo digital, especificamente voltados para a insero das Tecnologias de Informao e
Comunicao (TIC) na prtica pedaggica, passam, em 2011, a integrar a Coleo Ensinar e Aprender do Programa Acelerao da
Aprendizagem (6o. ao 9o. ano), desenvolvida pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educao, Cultura e Ao Comunitria (CENPEC).
As propostas didticas contidas nos fascculos buscam incorporar as tecnologias digitais a uma abordagem interdisciplinar a fim de:
aproximar a cultura digital e o currculo escolar, tendo como interlocutores e parceiros os gestores, os professores e os alunos;
contextualizar a cultura digital contempornea;
fomentar aes e reflexes entre os educadores acerca do que estas tecnologias digitais representam no cotidiano de todos, educadores e alunos;
refletir sobre a necessidade e as possibilidades de uma efetiva presena das TIC no universo da escola e suas implicaes para o currculo escolar, considerando-as nas esferas social, humana e conceitual.
Os fascculos esto organizados em quatro eixos temticos - Arte e Cultura; Sujeitos, Espaos e Meio Ambiente; Lnguas
e Linguagens; e Resoluo de Problemas - que se apresentam metodologicamente alinhados entre si e trabalham com
o conjunto de habilidades bsicas necessrias para ensinar e aprender na internet: pesquisar, comunicar-se, publicar e
trabalhar utilizando a internet como instrumento e suporte.
Lnguas e Linguagens: Blogs, o quinto fascculo, discute questes envolvidas na escrita em ambientes virtuais. Assim, prope a
construo de um blog temtico para a publicao coletiva de textos de diversos gneros, considerando as competncias leitoras e
escritoras significativas nessa forma de comunicao, especialmente o uso do hipertexto, mas tambm da hipermdia.
Espera-se, com essa iniciativa, ampliar as possibilidades de atuao dos educadores frente s demandas da sociedade
contempornea e contribuir para a efetiva aprendizagem de seus alunos. Boa leitura!
\\Apresentao \
Ensinar e Aprender | 6 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
A eStruturA do fAScculo
Esta publicao est organizada em duas partes: Para Entender, com informaes sobre os conceitos, as noes
e os temas tratados; e Na Prtica, com as propostas de atividades. Ao longo do texto, h termos e conceitos cuja
definio julgamos necessrio destacar. Esses termos esto reunidos ao final do fascculo, no Glossrio. Tambm
ao final encontra-se a seo Referncias, organizada em bibliografia e sites. Os links citados foram acessados
em agosto de 2011. H tambm referncias seo Recursos digitais, do Portal Cenpec, que traz indicaes
atualizadas de tutoriais, softwares, sites, acessvel atravs do link http://cenpec.org.br/tic-e-educacao.
Uma vez que o fascculo est disponvel na internet, alm de poder ser lido linearmente como uma publicao impressa,
ele dispe de alguns recursos de leitura interativa; tais como:
Sumrio interativo: clique no nmero da pgina e v direto ao contedo;
Para voltar ao Sumrio interativo, clique no cone no cabealho;
Nas setas localizadas no rodap, possvel navegar para a pgina anterior ou para a prxima;
No alto das pginas, encontra-se a migalha (do ingls breadcrumb trails, caminho de migalha de po), na qual
voc pode navegar pela estrutura dos captulos.
\\A estrutura do fascculo\
Ensinar e Aprender | 7 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
pArA entender
linguagens, cdigos e tecnologias
As diferentes linguagens (plsticas, corporais, escrita e digital) perpassam todos os aspectos da vida do homem
em sociedade.
Segundo os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN): A linguagem considerada [...] como a capacidade
humana de articular significados coletivos e partilh-los em sistemas arbitrrios de representao que variam
de acordo com as necessidades e experincias da vida em sociedade. A principal razo de qualquer ato de
linguagem a produo de sentido. Ainda de acordo com o mesmo documento, A linguagem permeia o
conhecimento e as formas de conhecer, o pensamento e as formas de pensar, a comunicao e os modos de
comunicar, a ao e o modo de agir. (BRASIL, p.5).
Considerando essa perspectiva, podemos concluir que as diferentes linguagens produzem sentidos partilhados
coletivamente e so intrinsecamente ligadas no s ao pensamento, mas tambm aos modos de comunicar e de
agir, sendo usadas de acordo com as necessidades sociais.
Buscando o mesmo referencial dos PCN, encontramos que cdigos so mltiplos e podem ser entendidos como
regras que determinam socialmente os usos das linguagens.
Um exemplo de cdigo ou conjunto de regras a gramtica normativa, associada ao uso da norma padro da
lngua. Durante longo tempo a gramtica normativa foi o nico cdigo verbal considerado legtimo e ensinado na
\\Para entender\
Ensinar e Aprender | 8 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
escola. Mas como a comunicao assume diferentes formas, produzindo diferentes sentidos de acordo com o
contexto social em que acontece, a gramtica normativa no pode ser considerada a nica regra, o nico cdigo
de funcionamento lingustico vlido. Ela somente uma das formas de regrar a comunicao verbal, de negociar
sentidos, existindo inmeros outros cdigos possveis.
Como acontece com a linguagem verbal, qualquer linguagem possui cdigos e regras negociados por seus
usurios, visando produzir sentidos em situaes de comunicao.
No mundo contemporneo, a comunicao humana cada vez mais apoiada por um conjunto de instrumentos
tcnicos desenvolvidos para rapidamente torn-la acessivel. As tecnologias da comunicao incluem instrumentos
e suportes. Tomando como exemplo a escrita ou o desenho, a distino entre instrumento e suporte parece
evidente: o instrumento o lpis ou equivalente; o suporte o papel ou outra superfcie em que se usa o
instrumento. Torna-se mais complexo distinguir suporte de instrumento no caso da linguagem digital. Uma
possibilidade, entre outras, considerar, por exemplo, celulares e computadores como instrumentos e como
suportes os cartes de memria dos celulares ou os discos dos computadores. Como cartes de memria fazem
parte desses instrumentos, mais difcil estabelecer a distino entre suas funes.
\\Para entender\ Linguagens, cdigos e tecnologias\
Ensinar e Aprender | 9 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
As geraes de tecnologias da informao
Como afirma Lcia Santaella, cada uma das geraes tecnolgicas nunca substitui por
completo a anterior, mas pode integr-la: o computador no fez o cinema nem a TV
desaparecerem, pelo contrrio, incorporou essas linguagens, levando para dentro de si os
filmes e os programas para serem vistos.
Dessa maneira, uma nova gerao tecnolgica pode diminuir o uso das tecnologias anteriores, sua influncia
no nosso cotidiano e sua relao com a forma com que aprendemos e processamos o conhecimento. Mas,
geralmente, no extingue a anterior.
Para a pesquisadora Lcia Santaella, as geraes de tecnologias podem ser categorizadas de acordo com a
sequncia a seguir, que as coloca numa certa linha de tempo. Observe que as mais recentes, em geral, no
excluem as mais antigas, e sim as incorporam.
Tecnologias do reprodutvel (eletromecnicas): jornal, fotografia e cinema introduziram o automatismo e a
mecanizao da vida.
Tecnologias da difuso (eletroeletrnicas): rdio e TV deram origem chamada cultura de massa, na qual h um
polo emissor com uma penetrao imensa entre os receptores.
Tecnologias do disponvel: videocassete, controle remoto, walkman, DVD, TV a cabo, xerox personalizaram a
recepo, colocaram disponvel a possibilidade de se gravar um programa de TV, ouvir msica andando na rua,
tirar cpias de apenas uma parte de uma obra etc.
Tecnologias do acesso: modem, mouse, software, mas, principalmente a internet, que permitem, em um clique, o
Linguagens Lquidas e Cibercultura,
Lcia Santaella
\\Para entender\ As geraes de tecnologias da informao\
Ensinar e Aprender | 10 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
acesso a uma infinidade de informaes.
Tecnologias da conexo contnua: telefones celulares e outras tecnologias nmades que
independem de cabos e outros recursos para se ter acesso informao.
A linguagem digital (ou informtica) no extinguiu as tecnologias da informao e comunicao (TIC)
anteriores, mas permeia todas elas. Para ter acesso a essa linguagem, as pessoas necessitam
desenvolver o que tem sido chamado de letramento digital.
A palavra letramento, embora no seja nova e seja frequentemente utilizada quando se fala de
ensino de escrita e outras linguagens, nem sempre claramente compreendida. Segundo os
PCN de Lngua Portuguesa, letramento entendido como produto da participao em prticas
sociais que usam a escrita como sistema simblico e tecnologia.
As pessoas constituem seu grau de letramento a partir de suas prticas em sociedades que tm
a escrita como uma de suas linguagens. Se a escrita linguagem, possui cdigos e o alfabeto
um deles, ento preciso ser alfabetizado para ter acesso ao que a linguagem escrita quer dizer. No basta,
porm, que as pessoas dominem o cdigo para serem letradas, preciso que compreendam os sentidos que os
textos escritos carregam e que podem ser partilhados socialmente.
na associao tecnologia da escrita/tecnologia digital que o conceito de
letramento digital tem seu lugar, significando apropriao interna dos sentidos que a
linguagem digital produzida socialmente traz em si.
TIC: So as tecnologias
a servio dos processos informacionais e comunicativos que se valem da digitalizao e da comunicao em rede, com objetivo de captao, transmisso e distribuio das informaes (texto, imagem esttica, vdeo e som). O desenvolvimento dessas tecnologias deu origem chamada
sociedade da informao.
Assim como o letramento na linguagem escrita s pode ser constitudo nas prticas sociais de leitura, o letramento digital s pode ser constitudo a partir das prticas sociais com as TIC.
\\Para entender\ As geraes de tecnologias da informao\
Ensinar e Aprender | 11 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
A escola, as tIC e os ambientes digitais
As TIC englobam, como j se disse, as redes de telecomunicaes e as tecnologias de computao e esto
presentes em muitos momentos da vida em sociedade, atingindo primeiramente os aglomerados urbanos, mas
alcanando, cada vez mais, grupos sociais que vivem em locais afastados das cidades.
As escolas no ficam imunes influncia das TIC porque, mesmo quando no utilizados como espaos
pedaggicos, os ambientes digitais (ou ambientes interativos, com participantes localizados em espaos mais ou
menos distantes) so vivenciados pelos alunos fora da escola.
Seu emprego na educao exige que os usurios - professores e alunos - sejam letrados digitalmente, isto , que
possam ler e aprender em ambientes digitais, tendo razovel domnio da manipulao dos aparelhos e instrumentos
que possibilitam o acesso a esses ambientes.
Segundo Pierre Lvy, o uso das tecnologias em educao deve ser visto no como a
utilizao de meras ferramentas de ensino, mas sim como um elemento constituinte
de uma relao com o saber, alterada, em sua natureza, por tecnologias intelectuais
que ampliam, exteriorizam e alteram algumas funes cognitivas humanas. Ao falar
em funes cognitivas, o autor se refere aos aspectos da memria, da imaginao, da
percepo e mesmo do raciocnio.
Pierre Lvy, filsofo da informao
que estuda as interaes entre internet e sociedade.
\\Para entender\ A escola, as TIC e os ambientes digitais\
Ensinar e Aprender | 12 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
Am
bien
tes
digi
tais Possibilidades para estimular aprendizagens
Dispem de ferramentas interativas que potencializam o estabelecimento de relaes entre as pessoas ou com as informaes por elas produzidas, estimulando a aprendizagem em rede;
Tm recursos apropriados para a instaurao de processos colaborativos, em que os saberes individuais so valorizados e ajudam na construo coletiva do conhecimento;
Possuem apelo ldico;
Privilegiam a autonomia;
So hipertextuais e hipermiditicos.
O educador precisa explorar essas possibilidades dos ambientes digitais para estimular aprendizagens no
mbito do letramento digital: aprender a pesquisar na internet, aprender a publicar em meio digital, aprender a
se comunicar digitalmente.
Nem sempre possvel trabalhar essas trs aprendizagens concomitantemente em uma mesma atividade ou
projeto. Mas, ao levar os alunos a desenvolverem atividades em ambientes digitais, certamente uma delas estar
em processo. A constituio do letramento digital tambm potencializa o letramento na linguagem escrita, uma vez
que ela est presente nas interaes feitas em ambientes digitais.
leitura e escrita em suporte digital
O acesso s Tecnologias da Informao e Comunicao, sobretudo internet, hoje imprescindvel para o
desenvolvimento da leitura e da escrita. No se trata somente de mudar da caneta tinteiro para esferogrfica, como
\\Para entender\ Leitura e escrita em suporte digital\
Ensinar e Aprender | 13 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
aconteceu no passado, ou trocar o teclado da mquina de escrever pelo do computador. Trata-se de ter acesso
a uma grande quantidade de informaes e de oportunidades de comunicao, sem as quais fica difcil formar o
cidado contemporneo.
Como em outros espaos letrados, o leitor/escritor do
mundo digital necessita desenvolver competncias leitoras
e escritoras especficas, significativas nessa forma de
comunicao, especialmente na leitura do hipertexto , mas
tambm no uso da hipermdia, que combina a escrita a
diferentes outras linguagens digitais como cinema, fotos, vdeos etc.
Hi
perm
dia
O potencial para aprendizagem
Os recursos hipermiditicos que combinam o uso de diferentes linguagens podem ser extremamente ricos para a aprendizagem, uma vez que cada linguagem tem o potencial de mobilizar um tipo diferente de raciocnio e de compreenso. Esses recursos podem proporcionar que os alunos usem suas habilidades pessoais, desde a preferncia ou facilidade pessoal com textos ou imagens at a possibilidade de simulao de fenmenos invisveis ou conceitos abstratos.
No caso da escrita em ambientes virtuais, h dois aspectos importantes a se levar em conta, relacionados com as
novas condies em que ela produzida. A reflexo sobre essas questes deve considerar as diferenas entre a
Hipertexto: Texto em formato
digital que remete a outras pginas na internet, baseado em associaes de ideias (links).
Hipermdia: Uma extenso
do hipertexto que inclui, alm dos prprios textos, sons, animaes e vdeos, de uma forma interativa.
\\Para entender\ Leitura e escrita em suporte digital\
Ensinar e Aprender | 14 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
escrita realizada nas comunicaes sncronas e
nas assncronas. Nas comunicaes assncronas,
as regras ou cdigos da linguagem escrita
tradicional geralmente so respeitadas. Nas
comunicaes sncronas, as palavras escritas
so resumidas e associadas a smbolos que
acentuam seu significado para permitir agilidade na comunicao.
Alm desses aspectos, preciso observar que a escrita para a internet tambm hipertextual, j que o autor supe
as possibilidades que o leitor tem de usar os links, criando um caminho pessoal de leitura.
Para entender a diferena de procedimentos de leitura no texto tradicional e no hipertexto, preciso considerar que
o texto escrito tradicional publicado em papel organizado linearmente, isto , a uma linha se segue outra. Para ler
o texto organizado de forma linear, o leitor desloca seu olhar de modo regular, do final de uma linha para o comeo
de outra, e depois para a pgina seguinte. J para ler o hipertexto, o leitor desloca o olhar de uma informao
contida num dado espao virtual (uma pgina da internet, por exemplo) para outro espao virtual.
A leitura do hipertexto exige do leitor maior habilidade de antecipao do tema ou ideia principal a partir de
elementos como ttulo e subttulo, de imagens e salincias grficas. Exige, tambm, maior facilidade de buscar
informaes complementares ao texto principal ou de estabelecer rpidas relaes entre textos, navegando de um
link a outro. Ainda necessrio que o leitor do hipertexto desenvolva maior capacidade para avaliar criticamente as
informaes encontradas e para saber identificar fontes mais confiveis entre as inmeras que a ele se apresentam.
Comunicao assncrona: Em que os usurios
interagem em tempos diferentes e-mail, artigo publicado na internet e comentado pelo leitor e discusses em fruns eletrnicos.
Comunicao sncrona: Em que os usurios se
comunicam num mesmo espao de tempo caso das comunicaes escritas instantneas por internet.
\\Para entender\ Leitura e escrita em suporte digital\
Ensinar e Aprender | 15 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
importante destacar que antes mesmo da revoluo digital, hipertextos j eram utilizados em textos impressos.
Citaes, notas de rodap, verbetes e termos em dicionrios so exemplos de ligaes contidas em lexias que
levam o leitor a uma outra lexia, permitindo, desta forma, a criao de um caminho individual de leitura. A no-
linearidade foi, de certa forma, tambm almejada no cinema, em histrias narradas de
forma no-linear no tempo ou com diversas possibilidades
contraditrias entre si.
Segundo Janet Murray, as antigas mdias j pressionavam
seus formatos mais lineares, num esforo de exprimir uma percepo que caracteriza o
sculo XX: a vida enquanto composio de possibilidades. O amplo uso do hipertexto ps-revoluo digital reflete
um desejo cultural que foi possvel de se concretizar graas s novas tecnologias.
O
text
o di
gita
l Hipertexto, lexias e hiperlinks
O termo hipertexto foi criado em 1963 por Theodor Holm Nelson (Ted Nelson), filsofo americano pioneiro da Tecnologia da Informao, para denominar um conjunto de ns conectados (em links) que possibilitam escrita e leitura no-lineares. Para Nelson, a grande diferena entre o texto tradicional e o hipertexto a possibilidade de seleo entre os blocos de mensagens, imitando a forma de operar do pensamento humano: a mente humana no trabalha por indexao, e sim por associao, diria ele. Essas associaes levam o leitor a lexias que ocupam o ciberespao. Lexias so os elementos que compem o hipertexto. Quando diferentes pginas se conectam atravs de links, h lexia. Geralmente, um hipertexto formado por lexias principais e secundrias. Em um portal tradicional dividido por reas temticas, cada uma das reas funciona como lexia principal, enquanto o seu contedo funciona como lexia secundria. A lexia no exclusividade do ambiente digital: uma cena de um filme pode levar o espectador a ler um livro. A diferena que, nesse exemplo, a lexia est em outro lugar. J um hiperlink existente em um documento digital leva a outro documento hipertextual, sem que para isso, o leitor precise abandonar este espao.
Pulp fiction e Corra, Lola, corra so
exemplos de filmes no lineares.
Janet Murray, PHD em literatura
inglesa pela universidade Harvard.
\\Para entender\ Leitura e escrita em suporte digital\
Ensinar e Aprender | 16 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
nA prticA
Nossa proposta de trabalho com a linguagem a construo de um blog temtico
para a publicao coletiva de textos de diversos gneros, cuja escrita ser apoiada
em resultados de pesquisas feitas na web. Dessa maneira, os espaos cibernticos
em que os alunos circularem proporcionaro a prtica de leitura e escrita
hipertextual, incentivando o exerccio da autoria e a publicao na web, alm de
favorecer o uso de recursos da hipermdia.
Um blog um dirio virtual, semelhante aos dirios em papel. Eles comearam a
aparecer no final dos anos 1990 e tm como ponto forte a facilidade de criao e publicao de novos contedos
na internet pelo criador do blog e pelos visitantes, possibilitando a comunicao rpida, simples e organizada.
Na escola, o blog pode tornar-se uma importante ferramenta que possibilita o
desenvolvimento de aprendizagens relativas pesquisa, comunicao digital
e postura autoral na internet, por meio da publicao e do compartilhamento
de contedos. Essa ferramenta tem potencial para que o professor possa, como
demanda o mundo digital, reinventar seu trabalho pedaggico e envolver muito
mais os alunos no processo ensino-aprendizagem, uma vez que ela favorece os
processos de colaborao, o exerccio da expresso criadora, a valorizao da produo escrita como forma de
interao social ampla e significativa, a autoria e o protagonismo.
Web ou WWW: a rea da internet cujas
pginas, feitas na linguagem HTML, so fceis de usar e possuem recursos multimdia. Web a teia que rene todos os sites, mas a internet possui outros tipos de rea: FTP, email, IRC.
Alm favorecer a leitura e a escrita em meio digital, o blog estimula a produo em outras linguagens e a constituio de
redes sociais e de saberes
\\Na prtica\ Leitura e escrita em suporte digital\
Ensinar e Aprender | 17 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
Prepare-se
Peculiaridades da escrita na web
As atividades de leitura para pesquisa de informaes, de leitura de textos do gnero que os alunos escrevero
e de escrita de textos nos gneros escolhidos podero constituir instrumentos de interao em situaes de
comunicao na web. Por isso, o professor e os alunos precisaro ficar atentos s peculiaridades da leitura e
escrita hipertextuais para compreender o processo cognitivo
envolvido e as semelhanas e diferenas com a leitura de
textos impressos.
Ao escrever um texto no espao ciberntico, o aluno realiza
ligaes com outros textos, j que qualquer texto escrito
sempre supe dilogos com o que j foi dito em outros
momentos. No texto produzido em espaos no virtuais
essas ligaes aparecem somente por meio do uso dos
discursos direto e indireto, e so marcadas por aspas,
verbos de dizer etc. No caso do hipertexto escrito na web,
alm das marcas usuais do discurso citado, as ligaes com o j dito so feitas por meio de links com acesso
imediato, que possibilitam tanto a quem escreve esse texto como a quem l arquiteturas de texto e itinerrios de
leitura particulares e pessoais.
Vdeo O que um blog? http://www.youtube.com/watch?v=X5GlHTfDNa0
\\Na prtica\
Ensinar e Aprender | 18 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
M
odal
idad
es d
e bl
ogs Blog temtico: dedicado a um tema especfico, como poltica, tecnologia, msica, etc. A relao entre o autor e seu pblico direta,
isto , no h mediao de um editor.
Blog pessoal: um dirio de vida que pode incluir fotos ou histrias.
Blog colaborativo: so escritos por vrias pessoas.
Fotolog (flog): com textos muito curtos, o importante o contedo das fotos, que representam um tempo ou um acontecimento.
Audioblog: tambm conhecido como podcast, usado para publicao de programas de rdio que permitem aos usurios baix-los.
Videoblog: similar ao flog, mas com vdeos de baixa resoluo.
Tumblelog (tlog): um formato de blog pensado para posts mais curtos, ou com menos contedo que o habitual. Permite colocar udio, vdeo, imagem e texto.
tica na web
Como em qualquer espao de convivncia humana, na web tambm preciso observar regras que implicam
considerao e respeito s demais pessoas, sejam do convvio prximo ou desconhecidas. Portanto, os usurios do
blog no devem:
usar palavras ou expresses que possam ofender leitores individualmente ou qualquer grupo social;
publicar informaes escritas ou em imagens que possam causar situaes constrangedoras para algum;
alterar publicaes de outras pessoas;
usar programas que dependem de autorizao expressa para utilizao;
\\Na prtica\ Prepare-se\
Ensinar e Aprender | 19 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
desrespeitar direitos autorais do contedo pesquisado na internet. Para proceder corretamente preciso verificar se possvel utilizar o contedo pretendido sem licena do autor ou se necessrio solicit-la.
citar autores sem indicar os crditos, isto , nome, formao do autor, assunto abordado por ele, nome do site
pesquisado, data etc.
A produo de um blog temtico coletivo
Conhecendo o que os alunos sabem sobre blog
Certamente, os alunos j ouviram falar de blogs. Mesmo assim, levante uma discusso sobre tipos de blogs e seus
objetivos para ver qual a preferncia dos alunos e as viabilidades e pertinncia de criao. Pergunte o que sabem
sobre o assunto, se conhecem blogs, se visitam alguns e quais tipos preferem, que objetivos tm ao frequent-los.
Verifique se h alunos que j criaram blogs e se utilizaram blogs em algum outro trabalho escolar. Para ampliar o
repertrio dos alunos, indique a leitura de blogs feitos por alunos e professores.
Ao final, retome a discusso, ressaltando que h diferentes tipos de blog. Muitos so pessoais, intimistas, veiculam
ideias ou sentimentos do autor. Alguns so voltados para diverso e outros utilizados em situao de trabalho; h
tambm aqueles que misturam tudo. Mas, em geral, enfocam um tpico ou rea de interesse de quem os escreve e
so atualizados com regularidade, da mesma forma que se faz, ou se fazia, com os dirios de papel.
Salve o registro dessa conversa em documento Word e coloque em uma pasta eletrnica. Pea aos alunos que
tambm registrem, individualmente, alguns apontamentos sobre a conversa e salvem em pastas prprias.
\\Na prtica\ A produo de um blog temtico coletivo\
Ensinar e Aprender | 20 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
O tema do blog
Depois do levantamento dos conhecimentos prvios dos alunos sobre blogs, explique que o blog desenvolvido pela
turma ser temtico e coletivo, isto , ter a participao de toda a classe e que o professor ser o publicador dos
textos que escreverem, das imagens escolhidas para ilustr-los, das mensagens que desejarem colocar no blog.
Converse com a classe sobre a importncia do tema escolhido para o blog.
Depois de definir com a turma um tema que possa ser gerador de interesses, o professor pode organizar a escrita e a
publicao no blog de gneros discursivos diversos, como entrevistas, notcias, depoimentos, crnicas, artigos de opinio etc.
Antes de criar o blog
D orientaes para a criao de pastas eletrnicas individuais, nas quais cada aluno salvar suas produes
antes de serem publicadas no blog. Em seguida, escolham coletivamente o nome que o blog ter.
Combine tambm posturas que todos devem ter ao publicar e comentar na internet e estabelea regras de tica e
de utilizao do blog, formuladas juntamente com os alunos. Esses combinados podero tambm estar publicados
no blog em forma de post.
Criando o blog
Criar um blog um exerccio muito fcil e simples. No exige conhecimento profundo
de informtica, nem instalao de programas para a publicao e atualizao. Uma boa
opo para professores e alunos obterem informaes de como criar seu blog o site
Blogger (www.blogger.com ), que oferece servio gratuito e em portugus.
Conhea outros sites de criao de blogs
no Portal Cenpec,
seo Recursos Digitais,
Ferramentas para trabalho
colaborativo.
\\Na prtica\ A produo de um blog temtico coletivo\
Ensinar e Aprender | 21 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
Depois de verificarem como se faz para criar um blog, defina com os alunos a
descrio da pgina e o template. Com auxlio do projetor multimdia, crie o blog
de modo que os alunos acompanhem o processo passo a passo. Este processo
de criao no leva mais do que quinze minutos.
Em seguida, construam o texto de apresentao do blog coletivamente e
publiquem. Assim que o blog estiver criado, os alunos devem se cadastrar no
site que hospeda o blog da turma.
Em alguns provedores de blog, seu criador pode alterar as configuraes para permitir que outros usurios
tambm publiquem imagens e mensagens. Se for o caso do blog que est sendo criado, combine procedimentos
adequados com os alunos.
Planejando a pesquisa de contedos
Para otimizar o trabalho com o blog temtico coletivo, interessante que os alunos iniciem o projeto organizando-
se em duplas. O trabalho em duplas, alm de favorecer os procedimentos interativos de pesquisa e produo de
textos, facilita o acesso aos computadores quando eles no so em nmero suficiente para que cada aluno trabalhe
em uma mquina.
Cada dupla se encarregar de fazer o levantamento de dados pesquisa sobre os tpicos do tema previamente
definido para o projeto. Nada impede que mais de uma dupla se ocupe de um mesmo item, ou mesmo de subitens.
Ao levantar os dados, a dupla j dever saber qual gnero textual produzir, uma vez que o tipo de informao
necessrio para escrever um artigo de opinio, por exemplo, nem sempre o mesmo de que se necessita para
uma reportagem ou uma entrevista. Assim, divida o trabalho j tendo explicado aos alunos as caractersticas do
Template:Modelo de documento sem
contedo, apenas com a
apresentao visual e instrues
sobre em qual rea qual tipo de
contedo deve entrar.
\\Na prtica\ A produo de um blog temtico coletivo\
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gnero textual que cada dupla produzir e o caminho de pesquisa mais adequado para esse gnero.
Aps organizar a classe, registre essa diviso de trabalho em
documento Word e salve em uma pasta eletrnica pblica . Assim,
todos podero consult-la sempre que necessrio. Mais tarde,
quando o blog j estiver publicado, esse documento servir de
base para colocar os crditos nas produes dos alunos.
Pesquisa de contedo
Para a alimentao do blog, os alunos tero que, previamente, fazer a busca
de informaes sobre o tema geral e sobre os subtemas que tiverem definido.
Tambm precisaro pensar no gnero textual em que vo escrever: se forem
produzir um artigo de opinio, devero ler vrios exemplares de artigos de
opinio na web e encontrar informaes gerais sobre o tema de seu texto a
partir de uma polmica (por exemplo: a preservao da qualidade da gua
no municpio est ou no preservada?); se forem produzir uma reportagem,
precisaro ler algumas reportagens na internet e depois procurar informaes
gerais sobre o assunto escolhido (por exemplo, o gnero musical rap) e
entrevistar pessoas que estejam envolvidas com o tema. Se forem escrever uma crnica, devem ler alguns textos
desse gnero na internet e depois entrevistar pessoas pessoalmente ou por e-mail, pesquisar notcias locais no
jornal virtual da cidade que possam virar mote de crnicas etc.
Registro do processo
Uma sugesto bastante interessante que os registros de todas as decises do projeto transformem-se em posts, ou seja, informaes publicadas no blog. Assim, vai se fazendo o registro durante o processo.
Ver no Portal Cenpec seo Recursos
Digitais, Ferramentas para trabalho colaborativo (Google Docs e Windows Office Live).
Ver no fascculo Sujeitos,
Espao e Meio Ambiente: redes virtuais a atividade A pesquisa nos sites de busca da internet.
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importante que o professor dirija a discusso a respeito da coleta de contedo para o blog. As perguntas a seguir
podem orientar essa conversa:
Como selecionar os sites e as informaes de acordo com o gnero textual que vo escrever?
Como registrar as informaes coletadas?
Onde e como arquivar esses dados que sero depois trabalhados criar pastas para cada dupla colocar o material pesquisado.
Que informaes os alunos querem divulgar no blog? Em que gneros textuais essas informaes estaro?
O gnero textual supe a insero de imagens (se for um artigo de opinio, por exemplo, provavelmente no; se for uma reportagem ou entrevista, sim)?
Que formato de imagens desejam publicar?
Onde buscar essas informaes e essas imagens?
Como buscar?
Haver publicao de vdeos?
Onde encontrar os vdeos?
Haver produo prpria de material (vdeos, fotos, udios)?
Depois de discutir essas questes, o professor pode indicar sites de referncia para os subtemas a serem
pesquisados. Em seguida, devem iniciar a pesquisa propriamente dita.
A leitura do material coletado
Depois de coletadas as informaes, deve-se proceder leitura desse material. Esta atividade tem o objetivo de
fazer com que os alunos, orientados pelo professor, aprendam a ler e resumir informaes coletadas, selecionando
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aquelas que so mais relevantes para a finalidade pretendida e fazendo anotaes que os ajudaro a redigir uma
sntese adequada ao gnero que produziro.
A produo escrita
Com o material j selecionado e resumido, anotaes feitas, e sempre com o acompanhamento do professor, cada
dupla de alunos produz um texto no gnero textual que ser publicado no blog em forma de post, ou posts, de
acordo com a organizao que o professor propuser. Por exemplo, se o professor e os alunos escolherem o gnero
reportagem, provavelmente ser mais adequado que algumas duplas fiquem encarregadas de produzir partes da
reportagem. Nesse caso, o professor poder publicar diversos posts com partes da reportagem, ou reunir os textos
de cada parte da reportagem em um s post.
Produzindo o primeiro post
Apresente as ferramentas de edio e publicao do blog. Depois, divida os alunos em duplas e oriente-os para
a elaborao de um texto de apresentao do trabalho de cada dupla e para a busca de imagens ou vdeos para
ilustr-la.
Para a produo desses textos de apresentao, importante j ter feito a diviso dos diversos subtemas entre as
duplas. Assim, o post funcionar como uma apresentao dos alunos e do assunto que eles vo desenvolver.
Os alunos digitam o texto em processador de texto (Word) e salvam na pasta
indicada anteriormente pelo professor. As duplas devem revisar o texto
produzido, preocupando-se com a linguagem adequada ao gnero a que
pertence o texto, usando a norma culta da lngua em momentos em que ela
Contedos citados, imagens e vdeos utilizados no blog devem ter seus autores e
fontes mencionados nos posts.
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Ensinar e Aprender | 25 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
necessria e utilizando linguagem coloquial, grias ou expresses tpicas sempre que forem adequadas ao gnero e
de acordo com as orientaes do professor para cada caso.
Caso usem imagens ou vdeos da internet, os alunos devem escolher aqueles cuja reproduo seja autorizada,
nome-lo e salv-lo no computador. Eles devem indicar crdito (o site do qual a imagem foi copiada e nome do
autor, se houver) e colocar uma legenda (uma breve descrio da foto ou vdeo).
Estrutura de um post
Basicamente, um post deve ter sempre:
ttulo: deve chamar e prender a ateno do leitor para seu contedo;
introduo ou apresentao: parte que apresenta em poucas palavras o assunto que ser tratado no post;
contedo: parte mais extensa do post, o gnero textual em si, ou seja, um artigo de opinio, um relato de experincia, uma notcia, uma entrevista, uma crnica, uma reportagem etc., ou seja, o contedo traz o gnero textual voltado ao leitor do blog, sempre com linguagem prpria do gnero (que pode ser mais ou menos precisa: se for uma notcia, o grau de preciso alto; se for um texto potico, a preciso dar lugar a construes mais metafricas, etc.);
concluso: o ltimo pargrafo do post pode incluir, se for o caso do gnero textual publicado, e em poucas palavras, um resumo do contedo e a opinio do(s) autor(es);
links: conveniente incluir links para outros materiais que tragam informaes complementares sobre o que
est sendo tratado no post.
Publicando os posts
Para publicar o texto inicial de cada tema, pea aos alunos que enviem o texto sntese por e-mail para o endereo
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eletrnico do professor. Com esse material em mos, o criador do blog deve inserir as novas postagens (cada uma
apresenta o ttulo do subtema da dupla). Copie o texto, insira a imagem e publique no blog.
Esse um blog coletivo e est dividido em temas. Portanto, oriente os alunos na organizao e identificao
adequada dos posts e comentrios.
Comentando as publicaes
Aps publicar as primeiras mensagens no blog, pea aos alunos que utilizem a funcionalidade Comentar e faam
comentrios sobre os textos dos colegas elogios, crticas, consideraes, sugestes. Todos os usurios podem
comentar as mensagens.
Avaliao do processo
A sistematizao coletiva do processo de criao e uso do blog pode ser um instrumento de avaliao do professor.
Assim, para finalizar, proponha classe a construo de um texto coletivo sobre o processo de construo e uso do
blog, retomando os registros iniciais.
Outra estratgia possvel e complementar os alunos fazerem uma auto-
avaliao, retomando seus registros iniciais e respondendo a questo: O que
aprendi com esse projeto?. Eles podem comparar com o que j sabiam e
avaliar se suas expectativas de aprendizagem foram contempladas.
Depois que os alunos retomaram seus registros individuais, amplie a conversa com a classe e socialize os ganhos
que os alunos apontam, as dvidas e dificuldades no processo.
A retomada dos objetivos iniciais um ponto de
partida para a avaliao das aprendizagens conquistadas.
\\Na prtica\ A produo de um blog temtico coletivo\
Ensinar e Aprender | 27 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
Aproveite para retomar os objetivos e discutir como, ao longo do trabalho, os alunos:
exploraram outros blogs;
ampliaram o repertrio sobre funes e recursos dos blogs;
organizaram a estruturao dos posts;
produziram os gneros textuais para publicao na internet;
inseriram comentrios nos textos e imagens dos colegas;
pesquisaram informaes e imagens na internet;
publicaram imagens no blog;
criaram as legendas e citaram os crditos das imagens;
organizaram e armazenaram material de pesquisa;
compartilharam informaes;
construram colaborativamente um blog;
utilizaram e-mail.
outras formas de uso do blog
Este projeto de criao e uso de blog como forma de exercitar a leitura e a escrita de hipertextos, alm de outras
linguagens da hipermdia, pode ser estendido at o professor achar que hora de parar ou iniciar outro tema.
possvel derivar esta atividade para outras relacionadas com o uso de blogs:
\\Na prtica\ Outras formas de uso do blog\
Ensinar e Aprender | 28 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
Utilizar o blog com outros objetivos educativos: relato dirio de projetos escolares, trabalhos em equipe com as
diferentes reas do conhecimento, anotaes de aula etc.
Lanar uma proposta de blogs individuais com temas livres. Nesse caso, os alunos devem trocar o endereo entre eles (registram os endereos no caderno ou no processador de textos e inserem no recurso Favoritos do navegador de internet). Em duplas, eles podem comentar o blog um do outro.
No caso dos blogs individuais, cada aluno ou dupla ser o criador do blog. Com esse perfil ser permitida a publicao de fotos digitais. Essa uma boa oportunidade para exercitar com os alunos o processo de criao e publicao de imagens digitais . Pode-se utilizar mquina digital ou escner.
Utilizar o fotoblog.
O professor tambm pode utilizar o blog como um roteiro de aula. Ele constri o blog com orientaes para
atividades e fontes para pesquisas e os alunos registram comentrios e resultados das atividades.
Ver no fascculo
Arte e Cultura:
o audiovisual, sobre captao de imagens.
\\Na prtica\ Outras formas de uso do blog\
Ensinar e Aprender | 29 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
refernciAS
Bibliografia
BRASIL. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Mdia e Tecnolgica. Parmetros curriculares nacionais:
ensino mdio. Parte II: Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias. Braslia: MEC/SEMTEC, 2000. Disponvel em: http://
portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf
SANTAELLA, Lcia. Linguagens Lquidas e Cibercultura. 6 Encontro de Educao e Tecnologias de Informao e
Comunicao. Universidade Estcio de S, Rio de Janeiro, 2008.
SO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educao. Diretoria de Orientao Tcnica. Caderno de Orientaes
Didticas Ler e Escrever: Tecnologias na Educao. So Paulo: SME/DOT e EducaRede, 2006. Disponvel em:
http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/documentos/BibliPed/Infoeduc/caderno_impresso.pdf
Sites
Blogger - http://www.youtube.com/watch?v=X5GlHtfdna0
Vdeo
O que um blog? - http://www.youtube.com/watch?v=X5GlHtfdna0
\\Referncias\ Bibliografia\
Ensinar e Aprender | 30 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
GloSSrio Comunicao assncrona:_______________________________________________________________________15
Em que os usurios interagem em tempos diferentes e-mail, artigo publicado na internet e comentado pelo leitor,
discusses em fruns eletrnicos.
Comunicao sncrona:________________________________________________________________________15
Em que os usurios se comunicam num mesmo espao de tempo caso das comunicaes escritas instantneas por internet.
Hipermdia:_________________________________________________________________________ 6, 14, 17, 28
Uma extenso do hipertexto que inclui, alm dos prprios textos, sons, animaes e vdeos, de uma forma interativa.
Diferentemente de multimdia, no a mera reunio dos meios existentes, e sim a fuso desses meios a partir de elementos
no-lineares.
Hipertexto:________________________________________________________________________ 14, 15, 16, 18
Texto em formato digital que remete a outras pginas na internet, baseado em associaes de ideias (links). A diferena
entre o hipertexto e o texto linear, feito nos suportes impressos, a possibilidade de diferentes escolhas para leituras e
interferncias online.
template:___________________________________________________________________________________22
Modelo de documento sem contedo, apenas com a apresentao visual e instrues sobre em qual rea qual tipo de
contedo deve entrar.
tIC - tecnologias da Informao e da Comunicao:______________________________________________11, 12
So as tecnologias a servio dos processos informacionais e comunicativos que se valem da digitalizao e da comunicao
em rede, com objetivo de captao, transmisso e distribuio das informaes (texto, imagem esttica, vdeo e som). O
desenvolvimento dessas tecnologias deu origem chamada sociedade da informao.
\\Glossrio \
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Web ou www:_______________________________________________________________________________17
a rea da internet cujas pginas, feitas na linguagem HTML, so fceis de usar e possuem recursos multimdia. Web
a teia que rene todos os sites, mas a internet possui outros tipos de rea: FTP, email, IRC. Timothy John Berners-Lee
inventou a Web em 1955 e o diretor do World Wide Web Consortium, que supervisiona o seu desenvolvimento.
\\Glossrio \
Ensinar e Aprender | 32 | Linguas e linguagens: Blogs 5no mundo digital
ApresentaoA estrutura do fascculoPARA ENTENDERLinguagens, cdigos e tecnologiasAs geraes de tecnologias da informaoA escola, as TIC e os ambientes digitaisLeitura e escrita em suporte digital
NA PRTICAPrepare-seA produo de um blog temtico coletivoOutras formas de uso do blog
REFERNCIASBibliografiaSitesVdeo
GLOSSRIO
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