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8/2/2019 51483974 Resumo Direito Penal Parte Especial
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PARTE ESPECIAL DOS CRIMES CONTRA A PESSOA -
CRIMES CONTRA A VIDA
HOMICDIO De forma geral, o homicdio o ato de destruio da
vida de um homem por outro homem. De forma objetiva, o ato
cometido ou omitido que resulta na eliminao da vida do ser
humano.
EspciesHomicdio simples Artigo 121 do CPB a conduta tpica
limitada a matar algum. Esta espcie de homicdio no possui
caractersticas de qualificao, privilgio ou atenuao. o
simples ato da prtica descrita na interpretao da lei, ou seja, o
ato de trazer a morte a uma pessoa.
Homicdio privilegiado - Artigo 121 - pargrafo primeiro a
conduta tpica do homicdio que recebe o benefcio do
privilgio, sempre que o agente comete o crime impelido
por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o
domnio de violenta emoo, logo aps a injustaprovocao da vtima, podendo o juiz reduzir a pena de um
sexto a um tero.
Homicdio qualificado - Artigo 121 - pargrafo segundo a
conduta tpica do homicdio onde se aumenta a pena pela prtica
do crime, pela sua ocorrncia nas seguintes condies: mediante
paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; por
motivo ftil, com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia,
tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou do qual possa resultar
perigo comum; por traio, emboscada, ou mediante dissimulao
ou outro recurso que dificulte ou torne impossvel a defesa do
ofendido; e para assegurar a execuo, a ocultao, a impunidade
ou a vantagem de outro crime.
Homicdio Culposo - Artigo 121- pargrafo terceiro a
conduta tpica do homicdio que se d pela imprudncia,
negligncia ou impercia do agente, o qual produz um resultado
no pretendido, mas previsvel, estando claro que o resultado
poderia ter sido evitado.
No homicdio culposo a pena aumentada de um tero, se o crimeresulta de inobservncia de regra tcnica de profisso, arte ou
ofcio, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro vtima. O
mesmo ocorre se no procura diminuir as conseqncias do seu
ato, ou foge para evitar priso em flagrante. Sendo o homicdio
doloso, a pena aumentada de um tero se o crime praticado
contra pessoa menor de quatorze ou maior de sessenta anos.
Perdo Judicial - Na hiptese de homicdio culposo, o juiz pod
deixar de aplicar a pena, se as conseqncias da infra
atingirem o prprio agente de forma to grave que to
desnecessria a sano penal.
Induzimento, instigao ou auxlio a suicdio - Artigo 122
CPB Ato pelo qual o agente induz ou instiga algum a se suic
ou presta-lhe auxlio para que o faa. Recluso de dois a s
anos, se o suicdio se consumar, ou recluso de um a trs anosda tentativa de suicdio resultar leso corporal de natureza gra
A pena duplicada se o crime praticado por motivo egostico
a vtima menor ou se tem diminuda, por qualquer causa
capacidade de resistncia. Neste crime no se pune a tentativa
Infanticdio - Artigo 123 Homicdio praticado pela me cont
filho, sob condies especiais (em estado puerperal, isto , lo
ps o parto).
Aborto - Artigo 124 Ato pelo qual a mulher interromp
gravidez de forma a trazer destruio do produto da concepNo auto-aborto ou no aborto com consentimento da gestante, e
sempre ser o sujeito ativo do ato, e o feto, o sujeito passivo.
aborto sem o consentimento da gestante, os sujeitos pass
sero o feto e a gestante.
Aborto provocado por terceiro o aborto provocado sem
consentimento da gestante. Pena: recluso, de trs a dez anos.
Aborto provocado com o consentimento da gestante
Recluso, de um a quatro anos. A pena pode ser aumentada p
recluso de trs a dez anos, se a gestante for menor de quato
anos, se for alienada ou dbil mental, ou ainda se o consentime
for obtido mediante fraude, grave ameaa ou violncia.
Forma qualificada - As penas so aumentadas de um tero
em conseqncia do aborto ou dos meios empregados p
provoc-lo, a gestante sofrer leso corporal de natureza gra
So duplicadas se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevm
morte.
Aborto necessrio - No se pune o aborto praticado por mdse no h outro meio de salvar a vida da gestante; e se a gravid
resulta de estupro e o aborto precedido de consentimento
gestante ou, quando incapaz, de seu representante lega
yesconcursos . com . br
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LESES CORPORAIS
Leso corporal - Ofensa integridade corporal ou a sade de
outra pessoa.
Leso corporal de natureza grave - Artigo 129 - pargrafo
primeiro - Se resulta: incapacidade para as ocupaes habituais,por mais de trinta dias; perigo de vida; debilidade permanente de
membro, sentido ou funo; ou acelerao de parto.
Leso corporal de natureza gravssima - Artigo 129 - pargrafo
primeiro - Se resulta: incapacidade permanente para o trabalho;
enfermidade incurvel; perda ou inutilizao do membro, sentido
ou funo; deformidade permanente; ou aborto.
Leso corporal seguida de morte - Se resulta morte e as
circunstncias evidenciam que o agente no quis o resultado, nem
assumiu o risco de produzi-lo ( o homicdio preterintencional).
Diminuio de pena - Se o agente comete o crime impelido por
motivo de relevante valor social ou moral, ou ainda sob o domnio
de violenta emoo, seguida de injusta provocao da vtima, o
juiz pode reduzir a pena de um sexto a um tero.
Leso corporal culposa Se o agente no queria o resultado do
ato praticado, mesmo sabendo que tal resultado era previsvel.
Violncia domstica - Se a leso for praticada contra ascendente,
descendente, irmo, cnjuge ou companheiro, ou com quem
conviva ou tenha convivido; ou ainda prevalecendo-se o agente
das relaes domsticas, de coabitao ou de hospitalidade. Pena:
deteno, de trs meses a trs anos.
DA PERICLITAO DA VIDA E DA SADE
Perigo de contgio venreo - Artigo 130 do CPB - Expor
algum, por meio de relaes sexuais ou qualquer ato libidinoso, a
contgio de molstia venrea, de que sabe ou deve saber que est
contaminado.
Perigo de contgio de molstia grave - Artigo 131 - Praticar,
com o fim de transmitir a outrem molstia grave de que est
contaminado, ato capaz de produzir o contgio.
Perigo para a vida ou a sade de outrem - Artigo 132 - Expor a
vida ou a sade de outrem a perigo direto e iminente. A pena
aumentada de um sexto a um tero, se a exposio da vida ou da
sade de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a
prestao de servios em estabelecimentos de qualquer nature
em desacordo com as normas legais.
Abandono de incapaz - Artigo 133 -Abandonar pessoa que e
sob seu cuidado, guarda, vigilncia ou autoridade, e, por qualq
motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes
abandono.
Aumento de pena - As penas cominadas aumentam-se de tero: se o abandono ocorre em lugar ermo; se o agente
ascendente ou descendente, cnjuge, irmo, tutor ou curador
vtima; e se a vtima maior de sessenta anos.
Exposio ou abandono de recm-nascido - Artigo 134 - Ex
ou abandonar recm-nascido para ocultar desonra prpria. S
aplicadas as qualificadoras, sempre que o fato resulta le
corporal de natureza grave ou se resulta a morte.
Omisso de socorro - Artigo 135 - Deixar de prestar assistn
quando possvel faz-lo sem risco pessoal, criana abandonaou extraviada, ou pessoa invlida ou ferida, ao desamparo ou
grave e iminente perigo; ou no pedir, nesses casos, o socorro
autoridade pblica. A pena aumentada de metade, se
omisso resulta a leso corporal de natureza grave, e triplicada
resulta a morte.
Maus-tratos - Artigo 136 - Expor a perigo a vida ou a sade
pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilncia, para fim
educao, ensino, tratamento ou custdia, quer privando-a
alimentao ou cuidados indispensveis, quer sujeitando-a
trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios
correo ou disciplina. Haver aumento da pena se do fato res
leso corporal de natureza grave ou morte, e se o crime
praticado contra pessoa menor de quatorze anos.
Rixa - Artigo 137 Briga ou contenda entre trs ou m
pessoas, com violncia fsica recproca ou com vias de fato.
ocorrer morte ou leso corporal de natureza grave, aplica-se, p
fato da participao na rixa, o aumento da pena.
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CRIMES CONTRA A HONRA
Todos os crimes que atingem a integridade ou a incolumidade
moral da pessoa humana. A honra pode ser conceituada como
conjunto de atributos morais, intelectuais e fsicos referentes a uma
pessoa. Honra subjetiva a auto-aferio dos atributos pessoais.
Honra objetiva a aferio feita entre o sujeito e sua participao
no meio social em que vive. Os crimes contra a honra so de ao
privada, iniciando a ao penal pela queixa-crime.
Calnia - Artigo 138 - Caluniar algum, imputando-lhe falsamente
fato definido como crime. Na mesma pena incorre quem, sabendo
falsa a imputao, a propala ou divulga. punvel a calnia contra
os mortos.
Exceo da verdade - Artigo 138 - pargrafo terceiro - Admite-
se a prova da verdade, salvo: se, constituindo o fato imputado
crime de ao privada, o ofendido no foi condenado por sentena
irrecorrvel; se o fato imputado a qualquer das pessoas indicadas
no inciso I do artigo 141; e se do crime imputado, embora de aopblica, o ofendido foi absolvido por sentena irrecorrvel.
Difamao - Artigo 139 - Difamar algum, imputando-lhe fato
ofensivo sua reputao.
Exceo da verdade -A exceo da verdade somente se admite
se o ofendido funcionrio pblico e a ofensa relativa ao
exerccio das suas funes.
Injria - Artigo 140 - Injuriar algum, ofendendo-lhe a dignidade
ou o decoro. O juiz pode deixar de aplicar a pena, quando o
ofendido, de forma reprovvel, provocou diretamente a injria e no
caso de retorso imediata, que consista em outra injria. Pode
aumentar a pena: se a injria consiste em violncia ou vias de fato,
que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem
aviltantes; e se a injria consiste na utilizao de elementos
referentes a raa, cor, etnia, religio, origem ou a condio de
pessoa idosa ou portadora de deficincia.
Disposies comuns - As penas cominadas aumentam-se, se
qualquer dos crimes cometido: contra o Presidente da Repblica,ou contra chefe de governo estrangeiro; contra funcionrio pblico,
em razo de suas funes; na presena de vrias pessoas, ou por
meio que facilite a divulgao da calnia, da difamao ou da
injria; ou contra pessoa maior de sessenta anos ou portadora de
deficincia, exceto no caso de injria.
Aplicao da pena em dobro - Se o crime cometido mediante
paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
Excluso do crime - Artigo 142 - No constituem injria
difamao punvel: a ofensa imposta em juzo, na discusso
causa, pela parte ou por seu procurador; a opinio desfavorve
crtica literria, artstica ou cientfica, salvo quando inequvoc
inteno de injuriar ou difamar; e o conceito desfavorvel emi
por funcionrio pblico, em apreciao ou informao que pre
no cumprimento de dever do ofcio.
Retratao - Artigo 143 - O autor do fato criminoso que, antessentena, se retrata cabalmente da calnia ou da difamao,
isento da pena.
Pedido de explicaes - Artigo 144 - Se, de referncias, alus
ou frases, se infere calnia, difamao ou injria, quem se ju
ofendido pode pedir explicaes em juzo. Aquele que se recus
d-las ou, a critrio do juiz, no as d de forma satisfat
responde pela ofensa.
Ao Penal - Artigo 145 - Nos crimes contra a honra somente
procede mediante queixa, salvo quando da violncia resulta lecorporal (no caso do 2 do art. 140, que trata da injria segu
de violncia). Procede-se mediante requisio do Ministro
Justia, no caso do inciso I do artigo 141, que trata do cri
praticado contra o Presidente da Repblica ou contra chefe
governo estrangeiro; e mediante representao do ofendido,
caso do inciso II do mesmo artigo.
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CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL
Constrangimento ilegal - Artigo 146 o ato de constranger
algum mediante violncia ou grave ameaa, ou depois de lhe
haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de
resistncia a no fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela
no manda.
Aumento da pena - As penas aplicam-se cumulativamente e em
dobro, quando, para a execuo do crime, se renem mais de trs
pessoas, ou h emprego de armas. Alm das penas impostas,
aplicam-se tambm as correspondentes violncia.
Ameaa - Artigo 147 - Ameaar algum, por palavra, escrito ou
gesto, ou qualquer outro meio simblico que lhe cause mal injusto
e grave. Somente se procede mediante representao.
Seqestro e crcere privado - Artigo 148 - Privar algum de sualiberdade, mediante seqestro ou crcere privado. A pena
aumentada: se a vtima ascendente, descendente, cnjuge ou
companheiro do agente ou maior de sessenta anos; se o crime
praticado mediante internao da vtima em casa de sade ou
hospital; se a privao da liberdade dura mais de quinze dias; se o
crime praticado contra menor de dezoito anos; ou ainda se o
crime praticado com fins libidinosos.
Reduo condio anloga a de escravo - Artigo 149 -
Reduzir algum condio anloga a de escravo, quer
submetendo-o a trabalhos forados ou a jornada exaustiva, quer
sujeitando-o a condies degradantes de trabalho, quer
restringindo, por qualquer meio, sua locomoo em razo de dvida
contrada com o empregador ou preposto.
Nas mesmas penas incorre quem cerceia o uso de qualquer meio
de transporte por parte do trabalhador, com o fim de ret-lo no
local de trabalho, e quem mantm vigilncia ostensiva no local de
trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do
trabalhador, tambm com o fim de ret-lo no local de trabalho. O
aumento da pena ocorre se o crime cometido contra criana ouadolescente, ou por motivo de preconceito de raa, cor, etnia,
religio ou origem.
CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO DOMICLIO
Violao de domiclio - Artigo 150 - Entrar ou permanecer,
clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou
tcita de quem de direito, em casa alheia ou em s
dependncias. H aumento da pena: se o crime come
durante a noite, ou em lugar ermo; se h emprego de violncia
de arma; se cometido por duas ou mais pessoas; e se o fat
cometido por funcionrio pblico, fora dos casos legais, ou c
inobservncia das formalidades estabelecidas em lei, ou ai
com abuso do poder.
Excluso de ilicitude - No constitui crime se a entradapermanncia em casa alheia ou em suas dependncias ocor
durante o dia, com observncia das formalidades legais; p
efetuar priso ou outra diligncia, a qualquer hora do dia ou
noite; ou quando algum crime est sendo ali praticado, ou est
iminncia de o ser.
A expresso "casa" compreende qualquer compartime
habitado, aposento ocupado de habitao coletiva, compartime
no aberto ao pblico, onde algum exerce profisso ou atividad
No se compreendem na expresso "casa": hospedaria, estalagou qualquer outra habitao coletiva, enquanto aberta, taber
casa de jogo e outras do mesmo gnero.
CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE
CORRESPONDNCIA
Violao de correspondncia - Artigo 151 - Devas
indevidamente o contedo de correspondncia fechada, dirigid
outrem. Tambm punido quem se apossa indevidamente
correspondncia alheia, embora no fechada e, no todo ou
parte, a oculta ou destri.
Violao de comunicao telegrfica, radioeltrica
telefnica - Quem indevidamente divulga, transmite a outrem
utiliza abusivamente comunicao telegrfica ou radioelt
dirigida a terceiro, ou conversao telefnica entre outras pesso
Tambm comete esse crime quem impede a comunicao o
conversao mencionadas, e quem instala ou utiliza estao
aparelho radioeltrico, sem observncia de disposio legal.
aumento da pena: se h dano para outrem; e se o agente com
o crime, com abuso de funo em servio postal, telegrfradioeltrico ou telefnico.
Correspondncia comercial - Artigo 152 - Abusar da condi
de scio ou empregado de estabelecimento comercial ou indus
para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou supr
correspondncia, ou revelar a estranho o seu contedo. O cr
somente se procede mediante representao.
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